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UNIVERSIDADE FRANCISCANA CURSO DE DIREITO Disciplina: Processo Penal III Professor: Leonardo Sagrillo Santiago Acadêmico: Tiago Schuh Beck TRABALHO – HABEAS CORPUS 1) LOCAL DE CUMPRIMENTO DA PENA INCOMPATÍVEL COM O REGIME FIXADO – ORDEM CONCEDIDA Ementa: HABEAS CORPUS. PACIENTE EM REGIME DIVERSO COM O COMPATÍVEL QUE LHE É IMPOSTO. NO CASO, NÃO HÁ INFORMAÇÃO EFETIVA DE QUE TENHA SIDO CUMPRIDA A COLOCAÇÃO EM REGIME COMPATÍVEL. ENTÃO, DIANTE DO CONTEXTO APRESENTADO AO CASO, NÃO HÁ OUTRA SOLUÇÃO QUE NÃO O DEFERIMENTO DA MEDIDA, HAJA VISTA QUE NÃO SE PODE PERMITIR QUE O APENADO PERMANEÇA EM ESTABELECIMENTO INCOMPATÍVEL COM O REGIME FIXADO. SUBLINHA-SE QUE OS TRIBUNAIS SUPERIORES JÁ FIRMARAM ENTENDIMENTO NO SENTIDO DA POSSIBILIDADE DE CONCESSÃO DA PRISÃO DOMICILIAR PARA CASOS NÃO PREVISTOS NO ARTIGO 117 DA LEP, ENTENDENDO QUE O ROL DO CITADO DISPOSITIVO NÃO É TAXATIVO. ASSIM, DEVE O PACIENTE SER IMEDIATAMENTE COLOCADO EM REGIME COMPATÍVEL COM O FIXADO, QUAL SEJA, O SEMIABERTO OU, ENTÂO, EM NÃO HAVENDO VAGAS PARA TANTO, SEJA IMEDIATAMENTE COLOCADO EM PRISÃO DOMICILIAR, COM MONITORAMENTO ELETRÔNICO, PARA AGUARDAR A DESIGNAÇÃO DE VAGA COMPATÍVEL AO REGIME SEMIABERTO. MANUTENÇÃO DO DEFERIMENTO DA LIMINARCONCEDIDA NESTA IMPETRAÇÃO. LIMINAR RATIFICADA. ORDEM CONCEDIDA. (Habeas Corpus Nº 70076953280, Terceira Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sérgio Miguel Achutti Blattes, Julgado em 18/04/2018). Comentário: trata-se de entendimento sedimentado na súmula vinculante 51 do STF. 2) REVOGAÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA – ORDEM CONCEDIDA Ementa: HABEAS CORPUS. PACIENTE PRESO EM FLAGRANTE, E DEPOIS PREVENTIVAMENTE, POR SUPOSTA INFRAÇÃO AO CRIME PREVISTO NO ARTIGO 16, DA LEI 10.826/2003, POR TER SIDO ENCONTRADA UMA ARMA NO INTERIORDE SEU VEÍCULO. LIMINAR DEFERIDA NO PLANTÃO JUDICIÁRIO PARA REVOGAR A PRISÃO PREVENTIVA, COM APLICAÇÃO DE MEDIDAS CAUTELARES. [...] Na presente hipótese, levando-se em conta que o acusado é primário e possui condições pessoais favoráveis e que a conduta não foi praticada com violência ou grave ameaça à pessoa, subsiste a possibilidade de que ele não seja lançado ao cárcere após formalmente reconhecida a sua culpabilidade. Ademais, não há dados concretos indicando que ele possa opor obstáculos à aplicação da lei. Em tais circunstâncias, não se justifica que fique preso quando ainda se apura se ele merece ou não ser condenado. Ordem parcialmente concedida, consolidando-se a decisão liminar conferida em sede de plantão judiciário. (HC 00002388720188190000 (TJ-RJ). DES. CAIRO FRANÇA DAVID. Julgado em 08/03/2018). Comentário: A prisão preventiva se dá quando presentes indícios de autoria e materialidade do delito e se fizer necessária para a garantia da ordem pública, assegurar a aplicação da lei penal, por conveniência da instrução processual ou, ainda, quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa. Desse modo, entendeu o Tribunal que nenhum dos requisitos se aplica ao caso em apreço. 3) EXCESSO DE PRAZO – ORDEM CONCEDIDA Ementa: HABEAS CORPUS. ROUBO E ESTUPRO TENTADO PERPETRADO CONTRA MENINA DE 11 ANOS DE IDADE EM VIA PÚBLICA. PACIENTE QUE DOIS DIAS ANTES DOS FATOS HAVIA SIDO POSTO EM LIBERDADE EM PROCESSO CRIMINAL QUE APURA DELITO DE ESTUPRO NA COMARCA DE SÃO LEOPOLDO CONTRA MENINA DE 14 ANOS DE IDADE. EXCESSO DE PRAZO. Tendo em vista que o paciente se encontra preso desde 06/02/2016, e não tendo sido conduzido à audiência pela SUSEPE em seis oportunidades, evidenciado o excesso de prazo na formação da culpa. Embora não tenha ocorrido desídia da julgadora singular, eis que a não condução do réu às solenidades se deu por culpa exclusiva da SUSEPE, da mesma forma que há a necessidade de acautelar a sociedade, garantindo a ordem pública, necessária a devida celeridade em se tratando de processo com réu preso. Em se tratando de paciente primário, possível a substituição da prisão preventiva pelas medidas cautelares previstas no art. 319, incisos I, III, IV e V, do CPP. ORDEM PARCIALMENTE CONCEDIDA, POR MAIORIA. (Processo Nº 70077443257, Quinta Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Genacéia da Silva Alberton, Julgado em 23/05/2018). Comentário: é expressa no texto constitucional a garantia do encerramento do processo em prazo razoável (art. 5º, LXXVIII). No mesmo sentido, está consignado no art. 8º, 1, do Pacto de San José da Costa Rica. Ademais, há constrangimento ilegal quando alguém fica preso por mais tempo do que determina a lei (art. 648, II, CPP). 4) FIANÇA IMPOSTA INADEQUADA – ORDEM CONCEDIDA Ementa: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO. PRISÃO QUE É DECRETADA PARA GARANTIR A ORDEM PÚBLICA E, APÓS, SUBSTITUÍDA POR CAUTELARES MENOS GRAVOSAS, DENTRE AS QUAIS, PRESTAÇÃO DE FIANÇA, QUE NÃO É SATISFEITA POR AUSÊNCIA DE CONDIÇÕES ECONÔMICAS. OFERTA DE CAUTELA MEDIANTE HIPOTECA DE IMÓVEL QUE NÃO É ACEITA. PEDIDO PARA QUE SE ORDENE SEJA ACEITA. CASO EM QUE A FIANÇA IMPOSTA NÃO É ADEQUADA NEM PROPORCIONAL, SENDO AFASTADA, RELAXANDO A PRISÃO, INVOCANDO JURISPRUDÊNCIA DO STJ, QUE NÃO ADMITE A MANTENÇA DA PRISÃO QUANDO A FIANÇA EM PECÚNIA NÃO ESTÁ AO ALCANCE DO RÉU. A decisão que decretou a prisão está fundamentada na necessidade de garantir a ordem pública. E aquela que a substituiu por medidas cautelares menos gravosas, limitou-se a desqualificar alguns dos fundamentos da decisão original, sem agregar outros, o que faz supor tenham sido consideradas suficientes essas medidas para a cautela cuja necessidade havia sido antes cogitada. Todavia, a cautela da fiança não assegura a ordem pública, apenas sendo aplicável quando adequada e necessária à tutela do processo ou garantia de aplicação da lei penal, no caso dos autos, portanto, não satisfaz o disposto no artigo 282, inciso II, do CPP, por inadequação entre fins e meios. Conforme abalizada doutrina que é citada no corpo do acórdão, "se verifica se a restrição advinda da cautelar (recolhimento ao cárcere ou art. 319 do CPP) atinge a finalidade buscada pela mesma e se a espécie de medida se reveste de idoneidade para atingir o resultado desejado (geeignetheit - adequação)". De sorte que essa cautelar foi imposta sem fundamento razoável e sem base fática a suportá- lo. Não se pode olvidar o mandamento constitucional de que "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei" (art. 5º, II), a garantia do direito de propriedade (art. 5º, XXII) e, portanto, o patrimônio individual, não se admitindo confiscos ou intervenções estatais nesta seara, senão nas hipóteses e na forma da lei, assegurado o devido processo legal (art. 5º, LIV). A imposição de medidas cautelares de caráter restritivo, ainda que patrimoniais, como quaisquer outras, exige vários requisitos, não se podendo impor qualquer medida cautelar por puro arbítrio ou capricho. Conforme reiterada jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, o não pagamento de fiança, especialmente quando se alega impossibilidade de fazê-lo, por si só, não é fundamento idôneo para manter cidadão preso sem formação da culpa. Precedentes do STJ: HC 353.167/SP e HC 369.467/SP. Presença de constrangimento ilegal evidenciado, devendo ser imediatamente afastada a imposição de fiança, determinando o relaxamento da prisão. ORDEM CONCEDIDA. (Processo Nº 70072277015, Quinta Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: João Batista Marques Tovo, Julgado em 08/02/2017). Comentário: a fiança imposta pelo juiz deve vir acompanhado de elementos concretos que a fundamentem, de fatos ou atos que indiquem a real, e não abstrata, necessidade da medida. 5) TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL – ORDEM CONCEDIDA Ementa: HABEAS CORPUS. USO DE DOCUMENTO FALSO. ART. 304, DO CP. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. ATIPICIDADE DA CONDUTA VERIFICADA. Analisando os termos da denúncia como posta pelo órgão acusatório, não está demonstradaa elementar do tipo do art. 304, do CP, qual seja a conduta de fazer uso, empregar, utilizar ou aplicar. Na linha dos precedentes do Superior Tribunal de Justiça, o crime descrito no art. 304, do CP, consuma-se com a apresentação do documento falso. A mera posse de documento falsificado não é capaz de ensejar a tipificação delitiva do art. 304, do CP. ORDEM CONCEDIDA. (Processo Nº 70077415933, Quarta Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Rogerio Gesta Leal, Julgado em 10/05/2018). Comentário: a atipicidade da conduta caracteriza a impossibilidade jurídica do pedido e a extinção da punibilidade relacionada ao interesse de agir. 6) DESENTRANHAMENTO DE PROVA ILÍCITA – ORDEM CONCEDIDA Ementa: HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO. PROVAS ILÍCITAS POR DERIVAÇÃO. DESENTRANHAMENTO. 1. Declarada ilícita em writ anterior a "conversa informal" mantida entre um policial e o paciente (preso) no interior da delegacia de polícia, após ter ele negado participação do crime em seu interrogatório formal, todas as demais provas diretamente relacionadas à prova declarada ilícita são, por derivação, também ilícitas, nos termos do artigo 157, § 1º, do Código de Processo Penal. 2. No caso, resulta evidente a derivação do depoimento do policial que manteve a conversa com o paciente, depois declarada ilícita. Para além disso, o fato de ele relatar em detalhes essa conversa contamina, subjetivamente, os julgadores, que embora não tenham contato direto com o conteúdo da conversa, tomarão conhecimento da sua existência quando do julgamento. Impositivo, por isso, o desentranhamento dessa prova. Da mesma forma, comprovado ter sido realizada a segunda perícia somente depois de os policiais, nessa conversa, terem tomado conhecimento do local do crime, evidenciada está a derivação da prova pericial e, consequentemente, impositivo o seu desentranhamento dos autos, também nos termos do artigo 157, § 1º, do Código de Processo Penal. ORDEM CONCEDIDA EM PARTE. (Processo Nº 70055773006, Terceira Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Nereu José Giacomolli, Julgado em 05/09/2013). Comentário: entende-se como provas ilícitas por derivação aquelas provas adquiridas em conformidade com o ordenamento jurídico e de forma lícita, porém a sua origem derivou de uma informação obtida de prova ilicitamente colhida; com isso, a prova ilícita acaba se tornando imprópria e inadequada para ser utilizada no processo. Este entendimento é proveniente da teoria dos frutos da árvore envenenada, criada pela Suprema Corte Americana, segundo a qual o vício da planta se transmite a todos os seus frutos. 7) NULIDADE ABSOLUTA DA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO – ORDEM CONCEDIDA Ementa: HABEAS CORPUS. AMEAÇA, ESTUPRO, VIOLAÇÃO DE DOMICÍLIO, SEQUESTRO E CÁRCERE PRIVADO E PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO, NO ÂMBITO DA LEI MARIA DA PENHA. 1. No caso, está evidenciada a nulidade absoluta da audiência de instrução realizada no processo-crime originário, pois o réu estava sob a tutela do Estado mediante prisão cautelar no processo, não tendo sido conduzido pela SUSEPE à solenidade. A realização de audiência sem a presença de réu preso (e sem a prova documental de que ele, pessoalmente intimado, se recusou a comparecer à audiência), com a coleta de atos instrutórios orais substanciais para a pretensão punitiva deduzida pela parte acusatória, viola o direito de autodefesa pessoal e, ipso facto, causa objetivo, concreto e irreversível prejuízo, na medida em que a prova oral é colhida sem a sua presença, ou seja, sem as garantias constitucionais pessoais - da autodefesa, da ampla defesa e do contraditório aplicáveis à espécie. Sobre a questão, excepcionadas a recusa escrita do réu preso em comparecer à audiência e o não-comparecimento voluntário do réu solto, a concordância pela Defesa técnica com a ausência desse réu preso à solenidade instrutória, para ser válida, precisa estar forrada em procuração ad judicia (= instrumento de mandato) com poderes especiais expressos de renunciar a uma garantia constitucional do réu, a teor dos artigos 104, caput, e 105, caput, do NCPC, aplicados por via do art. 3º do CPP. Em síntese, o advogado sem poderes expressos não pode transigir, desistir, renunciar a direito. E renunciar a direito sobre o qual se funda a ação, em processo cível, equivale, no processo penal, a renunciar a garantia que possa violar o princípio da autodefesa pessoal do acusado. Neste contexto, no caso, a concordância da Defesa nomeada para o ato com a realização da audiência de inquirição das vítimas e de testemunha acusatória sem a presença do réu preso, é nula de pleno direito por ausência de poderes expressos para fazer renúncia a direito explícito do paciente, que é o direito de autodefesa. Portanto, concretamente cerceado os princípios da autodefesa, da ampla defesa e do contraditório do réu no devido processo legal aplicável à espécie, daí resultando a existência de efetivo prejuízo e, em consequência, a anulação do ato instrutório oral, com a determinação de renovação do ato de instrução desconstituído e a subsequente procedimentalização do feito na forma da lei. 2. Nesta mesma senda, a fim de garantir a ampla defesa do paciente, já violada até o presente, não vejo óbice, no caso, à inquirição pelo Juízo a quo das testemunhas arroladas - enfatizo - pela Defensoria Pública. ORDEM CONCEDIDA. HC/M 3.440 S 26.04.2018 EP 301. (Processso Nº 70077359396, Sexta Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Aymoré Roque Pottes de Mello, Julgado em 26/04/2018). Comentário: sabe-se que a ausência do réu na audiência de instrução não acarreta, por si só, a nulidade do processo, ou seja, caso o réu tenha a presença regular de um defensor e não evidencie qualquer prejuízo, não há nulidade. No entanto, no caso em apreço, verificou-se prejuízo para o réu, motivo pelo qual houve nulidade absoluta da audiência de instrução. 8) JUÍZO INCOMPETENTE – ORDEM CONCEDIDA Ementa: HABEAS CORPUS. ROUBO. QUALIFICADO. ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA. AUTORIA. NÃO CONHECIMENTO. PRISÃO FLAGRANCIAL CONVERTIDA. PREVENTIVA. JUÍZO INCOMPETENTE. Se a prisão em flagrante foi convolada em preventiva por autoridade que se declarou incompetente, sem homologação pelo juízo declinado, reveste-se tal ato de ilegalidade, sendo o relaxamento da prisão medida impositiva (art. 564, I, do CPP). (HABEAS CORPUS 02716406320178090000 (TJ-GO). DES. IVO FAVARO. Julgado em 16/01/2018). Comentário: aplicação do art. 5º, LXI, CF. 9) AMEAÇA INDIRETA À LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO – ORDEM CONCEDIDA Ementa: HABEAS CORPUS - AMEAÇA INDIRETA À LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO - CABIMENTO. I - O cabimento do habeas corpus não se restringe às hipóteses de ameaça direta, alcançando, também, a ameaça indireta, reflexa, potencial ou remota ao direito fundamental. CONHECERAM DO HABEAS CORPUS, VENCIDO O RELATOR. (Agravo Interno 1.0000.16.062675-0/001. DES. EDISON FEITAL LEITE. Julgado em 29/11/2016). Comentário: tendência jurisprudencial da Suprema Corte, no sentido de que o Habeas Corpus não é cabível somente em caso de ameaça direta ao direito de ir e vir, mas também nas hipóteses de ameaça reflexa ou até remota a esse direito fundamental. 10) SUPERAÇÃO DE FLAGRANTE ILEGALIDADE DECORRENTE DE DECISÃO JUDICIAL QUE INDEFERIU A PETIÇÃO INICIAL DE AÇÃO CAUTELAR DE JUSTIFICAÇÃO CRIMINAL – ORDEM CONCEDIDA Ementa: HABEAS CORPUS – SUPERAÇÃO DE FLAGRANTE ILEGALIDADE DECORRENTE DE DECISÃO JUDICIAL QUE INDEFERIU A PETIÇÃO INICIAL DE AÇÃO CAUTELAR DE JUSTIFICAÇÃO CRIMINAL – POSSIBILIDADE – ORDEM CONCEDIDA. 1.É cabível a impetração de Habeas Corpus visando discutir decisão de indeferimento da petição inicial da ação de justificação. 2.O procedimento cautelar de justificação criminal é o caminho processual adequado a ser seguido por quem deseja produzir prova nova capaz de embasar futuropedido de revisão criminal, pois, a http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10620716/artigo-564-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10620675/inciso-i-do-artigo-564-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/c%C3%B3digo-processo-penal-decreto-lei-3689-41 partir dele, o novo elemento probatório será produzido à luz dos princípios do contraditório e da ampla defesa, tornando-se, assim, legítimo para possibilitar a posterior rediscussão da coisa julgada. (Processo 14068542520178120000 (TJ-MS). DES. LUIS GONZAGA MENDES MARQUES. Julgado em 03/07/2017). Comentário: a cautelar de justificação tem como finalidade a produção de prova para embasar a futura revisão criminal. Assim, não havendo óbice legal para a realização da audiência de justificação criminal antes do trânsito em julgado da condenação, requisito a ser observado apenas quando da propositura da revisão criminal, deve ser deferida a justificação.
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