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NÃO PODE FALTAR
REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO
Anísio Calciolari Júnior
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PRATICAR PARA APRENDER
A Educação Física é uma pro�ssão legalmente reconhecida. Nesta seção vamos
compreender melhor as dinâmicas institucionais e legais que regem a pro�ssão,
como o Conselho Federal de Educação Física (CONFEF), os Conselhos Regionais de
Educação Física (CREFs) e o Código de Ética dos Pro�ssionais de Educação Física.
Conhecer o Sistema CONFEF/CREFs é fundamental para a inserção no mercado de
trabalho e a construção da responsabilidade civil. Vamos pensar: Você ergueria sua
casa com um engenheiro que tivesse seu registro regular em seu respectivo
Fonte: Shutterstock.
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Áudio disponível no material digital.
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conselho pro�ssional? Ou, na nossa área (saúde), você iria a um dentista ou médico
sem registro em seu conselho? Já percebeu que nas clínicas de pro�ssionais da
saúde sempre há junto ao nome do pro�ssional seu registro no respectivo conselho
pro�ssional? Você concorda que isso dá uma maior credibilidade e garantia do
serviço, da qualidade e responsabilidade pro�ssional, tanto por parte dele como de
uma instituição que regula aquela pro�ssão? 
A existência dos Conselhos Pro�ssionais, dos seus códigos de ética, das suas
normativas e resoluções regulatórias garantem à sociedade uma estrutura
reguladora que �scaliza desde a formação inicial até a atuação do pro�ssional. 
Mas como uma pro�ssão é legalmente regulamentada? Qual foi o processo de
regulamentação pro�ssional da educação física? Qual o papel e função dos
Conselhos Federal e Regional? Essas re�exões nortearão esta seção, o que, claro,
não se encerra nesse momento, mas deve orientar toda a constituição da
identidade e da trajetória pro�ssionais.
Nesta seção, imagine que João Marcos já está formado, �nalizou o curso e é um
pro�ssional de educação física. Sua experiência no estágio despertou-lhe o
interesse pela área da saúde. Ele passou por um rigoroso processo de seleção e,
neste momento, acaba de receber a notícia de que foi aceito para uma vaga em
uma Clínica Multipro�ssional que atua no campo da promoção da saúde,
prevenção de doenças e reabilitação motora a partir da prática de atividade física e
exercício físico. Um dos requisitos para assumir sua função é ter o registro em seu
respectivo conselho pro�ssional. No entanto, João Marcos lembrou que ainda não
havia feito seu registro pro�ssional, pois pensava: sou formado em uma instituição
reconhecida e possuo um diploma de ensino superior: isso não comprovaria que
sou um pro�ssional formado e não bastaria para atuar no mercado de trabalho?
Assim, João Marcos deve descobrir a função do sistema CONFEF/CREF, além da
dimensão deontológica que envolve o Código de Ética dos Pro�ssionais de
Educação Física. 
CONCEITO-CHAVE
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A Educação Física, ao longo da história, passou por signi�cativas transformações.
Uma das mais signi�cativas foi sua regulamentação pro�ssional. No Brasil, desde a
década de 1940, muitas pro�ssões passaram por um processo de regulamentação,
cada uma criando seus respectivos Conselhos Federais e Regionais que determinam
e decidem acerca de sua regulamentação pro�ssional.
Todo processo de regulamentação pro�ssional não é consensual, pelo contrário,
revela con�itos, interesses, compreensões pro�ssionais e ideológicas distintas. Uma
das premissas nos processos de regulamentação pro�ssional, de um modo geral, é
a possibilidade de reserva e garantia de um mercado pro�ssional, estabelecendo
também o direito do exercício pro�ssional a partir de uma formação especí�ca, na
qual o formando adquire saberes, conhecimentos e procedimentos relacionados ao
exercício da pro�ssão. Portanto, a regulamentação de uma pro�ssão envolve as
formas de ingresso, de inserção na pro�ssão e no respectivo mercado/reserva
pro�ssional. Como as demais pro�ssões da área da saúde, a Educação Física é
regulamentada. Contudo, há um processo histórico até chegar à regulamentação,
ao reconhecimento legal. Desde a década de 1940, há registros de tentativas nesse
sentido por educadores físicos, mas foi somente no �nal do século passado que a
Lei nº 9.696, de 1 de setembro de 1998 (BRASIL, 1998) regulamenta a pro�ssão da
Educação Física, criando, também, o Conselho Federal de Educação Física (CONFEF)
e os Conselhos Regionais de Educação Física.
ASSIMILE 
Uma das ações anteriores à regulamentação de 1998 ocorreu na década de
1980. O Projeto de Lei nº 4.559/84 buscava a criação do Conselho Federal e
os Regionais dos Pro�ssionais de Educação Física, Desporto e Recreação,
sendo o primeiro projeto o�cialmente apresentado para sua
regulamentação. O interessante nesse caso é que o projeto chegou a ser
aprovado pelo Congresso Nacional em dezembro de 1989, mas foi vetado
pelo Presidente José Sarney no início de 1990. Um dos argumentos foi o de
que os professores de Educação Física estariam diretamente ligados ao
Ministério da Educação. Cabe lembrar que, no ano de 1987, havia sido
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criado o bacharelado em Educação Física (Resolução nº 3, de 1987) e, com a
abertura política e o fortalecimento das pro�ssões liberais, junto com o
crescimento de novos mercados de trabalho, o cenário futuro para a
Educação Física começava a tomar outras con�gurações, tanto na formação
quanto na intervenção pro�ssional.
A regulamentação da pro�ssão veio atender aos anseios da área e da sociedade que
busca, a cada dia, pro�ssionais e serviços de melhor qualidade. Dentre os pontos
que podem ser destacados com forte poder argumentativo, há o fato da existência
de muitos leigos atuando na área, especialmente fora do contexto escolar,
delimitando, assim, a atuação dos pro�ssionais legalmente formados. Muitos desses
leigos eram praticantes de atividade/exercício físico, atletas e ex-atletas que
trabalhavam com os fenômenos da área, como o esporte e exercício físico, sem uma
formação pro�ssional de natureza acadêmica-cientí�ca. A necessidade de registro
pro�ssional para poder atuar – como ocorria com as pro�ssões da área da saúde,
da qual a Educação Física faz parte desde 1997 – se apresentava como um forte
argumento de proteção do mercado de trabalho em relação a outros pro�ssionais
(e não somente aos leigos). Nesse sentido, exercia-se, também, uma proteção do
conhecimento, da expertise da pro�ssão, apreendida em curso superior
reconhecido pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), respeitando as diretrizes
e legislações vigentes para a formação. Outro importante aspecto nesse processo é
a existência de um código de ética que garantisse à sociedade a qualidade da
formação e dos serviços prestados.
Sendo assim, a Lei nº 9.696, de 1º de setembro de 1998 (BRASIL, 1998), que dispõe
sobre a regulamentação da pro�ssão de Educação Física e cria os respectivos
Conselhos Federal e Regional de Educação Física, estabelece, em seu art. 1, que “O
exercício das atividades de Educação Física e a designação de Pro�ssional de
Educação Física é prerrogativa dos pro�ssionais regularmente registrados nos
Conselhos Regionais de Educação Física” (BRASIL, 1998, [s. p.]). Nesse sentido, o art.
2 estabelece três situações em que se consegue o registro no sistema
CONFEF/CREFS, logo, ser inscrito nos Conselhos Regionais de Educação Física. Duas
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estão relacionadas à posse de diploma, ou seja, ser um graduado: a) possuir
diploma obtido em curso de Educação Física, o�cialmente autorizado ou
reconhecido; b) possuir diploma em Educação Física expedido por instituição de
ensino superior estrangeira, revalidado na forma da legislação em vigor. A terceira
condição reconhece os pro�ssionais que foram denominados provisionados. Eles
seriam aqueles pro�ssionais que, antes da regulamentação da pro�ssão pela Lei nº
9.696/1998, exerciam comprovadamente atividades exclusivas dos pro�ssionais de
educação física, nos termos do Conselho. A esses pro�ssionais,muitos deles
atuando na área do esporte e do exercício físico, foi concedido o registro
pro�ssional em seu respectivo Conselho Regional. Como forma de identi�cação e
diferenciação, a Cédula de Identidade Pro�ssional para o provisionado foi expedida
na cor vermelha, podendo atuar, especi�camente, na modalidade de atividade
física/esportiva indicada em sua Cédula de Identidade Pro�ssional, de acordo com
sua comprovada atuação. Já o pro�ssional graduado recebe a Cédula de Identidade
Pro�ssional na cor verde, cor que é atribuída aos cursos da área da saúde. 
Como estabelecido na Lei nº 9.696/1998, foi criado o CONFEF e, de acordo com seu
Estatuto, o sistema CONFEF/CREFs possui a função de “normatizar, orientar,
disciplinar e �scalizar o exercício das atividades próprias dos Pro�ssionais de
Educação Física e das pessoas jurídicas, cuja �nalidade básica seja a prestação de
serviços nas áreas das atividades físicas, desportivas e similares”, segundo o art. 1, §
2º (CONFEF, 2010, [s. p.]); e, também, “regula, regulamenta, �scaliza e orienta o
exercício pro�ssional, defendendo interesses da sociedade em relação aos serviços
prestados pelos pro�ssionais e pessoas jurídicas nas áreas de atuação que
competem ao pro�ssional”, conforme o art. 1, § 4º (CONFEF, 2010, [s. p.]).
O papel normatizador, regulador e �scalizador do exercício pro�ssional está
fortemente relacionado ao que a sociedade espera, e sempre irá cobrar, na defesa
dos próprios interesses, zelando pela qualidade dos serviços pro�ssionais. No
entanto, além de garantir esse respeito por parte do pro�ssional à sociedade,
também busca garantir dignidade e respeito ao pro�ssional de educação física.
Nesse sentido, em seu art. 5, estabelece XI incisos que dão corpo à sua �nalidade
institucional. Desde sua criação, respeitando a dinamicidade da sociedade, o
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Sistema CONFEF/CREF busca pensar qual seu papel na sociedade, como defensor
desta e como legitimador da pro�ssão e de seus pro�ssionais, fazendo valorizar e
reconhecer nosso papel na sociedade.
Para colaborar nesse processo, foram criados os CREFs. O art. 6 do Estatuto
estabelece que os “CREFs têm por �nalidade promover os deveres e defender os
direitos dos Pro�ssionais de Educação Física e das pessoas jurídicas que neles
estejam registrados” (CONFEF, 2010, [s. p.]). Ao longo desse artigo do Estatuto,
também são estabelecidos XI incisos sobre a �nalidade dos CREFs, garantindo o
exercício e cumprimento das normas estabelecidas pelo Sistema CONFEF/CREFs.
Assim, os CREFs �scalizam o exercício pro�ssional em sua área de abrangência,
estimulam e apoiam o aperfeiçoamento e a atualização de seus pro�ssionais
registrados, além de prezar pelo cumprimento dos deveres dos pro�ssionais
regularmente registrados. 
Um dos elementos mais signi�cativos para o estabelecimento de uma pro�ssão está
relacionado à construção de um código de ética pro�ssional, que são os códigos
deontológicos. Assim, o CONFEF elaborou o Código de Ética dos Pro�ssionais de
Educação Física, vigente na Resolução CONFEF nº 307, de 9 de novembro de 2015
(CONFEF, 2015). Um dos sentidos do CONFEF é dar uma resposta à sociedade
quanto aos seus anseios sobre a atuação do pro�ssional, sempre pautada pela
ética, orientando os caminhos que norteiam o dever e a atuação do pro�ssional.
REFLITA
Como apreendemos na seção anterior, os saberes e conceitos sobre ética e
moral são fundamentais para a vida e estrutura social. Mas, quando
pensamos em uma pro�ssão, como podemos pensar a materialidade de
uma ética e de uma moral? Como vimos, a ética está relacionada aos
princípios gerais que regem a vida humana, já a moral está na dimensão
prática, na aplicação do comportamento humano no social. E a deontologia?
A deontologia está associada ao que é obrigatório, a um modo de ser, de
dever ser a partir de códigos deontológicos que de�nem parâmetros éticos e
que regem os princípios e deveres no exercício pro�ssional. Portanto, é
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fundamental para uma pro�ssão o estabelecimento de um código de ética
especí�co, assentado em valores humanos, colaborando para a criação de
uma cultura de pro�ssionalismo. Na sociedade atual, seria possível pensar
uma pro�ssão sem um código de ética? 
Como princípios éticos, a elaboração do Código de Ética dos Pro�ssionais de
Educação Física (CONFEF, 2015) está ancorada em princípios éticos universais,
como a Declaração Universal dos Direitos Humanos (ASSEMBLEIA GERAL DAS
NAÇÕES UNIDAS, 1948); a Agenda 21 (UNCED, 1992), que demonstra valores éticos
e morais associados ao meio ambiente no contexto das relações entre os homens
em sociedade; e a Carta Brasileira de Educação Física (CONFEF, 2000).
ASSIMILE
O item 9 da Carta Brasileira de Educação Física (CONFEF, 2000, [s. p.])
estabelece que:
Como você pode compreender, o Código de Ética dos Pro�ssionais de Educação
Física apresenta uma base �losó�ca, norteadora do exercício pro�ssional a partir de
valores éticos e morais. Aliado à prática pro�ssional, na materialidade dos
conhecimentos apreendidos no processo de formação, devem estar os valores
éticos, constituindo uma indissociabilidade entre conhecimento, habilidade e as
decisões constantemente tomadas na atuação pro�ssional a partir de uma visão
ética.
A materialidade do Código de Ética dos Pro�ssionais de Educação Física está
ancorada em 12 princípios norteadores:
O CONFEF e os CREFs, pelas suas atribuições em lei e comprometimento diante
da Educação Física no Brasil, atuarão fundamentalmente no compromisso de
uma EDUCAÇÃO FÍSICA DE QUALIDADE, sendo que, para isto, deverão intervir por
uma melhoria e valorização dos seus pro�ssionais, inclusive quanto ao
cumprimento do Código de Ética estabelecido, complementando a sua
intervenção com ações vigorosas e consistentes, como a elaboração e difusão
desta CARTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO FÍSICA, para que a Educação Física possa,
de fato alcançar a QUALIDADE objetivada e assim contribuir para uma sociedade
cada vez melhor. 
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I - O Código de Ética dos Pro�ssionais de Educação Física, instrumento regulador do exercício da Pro�ssão,
formalmente vinculado às Diretrizes Regulamentares do Sistema CONFEF/CREFs, de�ne-se como um
instrumento legitimador do exercício da pro�ssão, sujeito, portanto, a um aperfeiçoamento contínuo que lhe
permita estabelecer os sentidos educacionais, a partir de nexos de deveres e direitos;
II - O Pro�ssional de Educação Física registrado no Sistema CONFEF/CREFs e, consequentemente, aderente ao
presente Código de Ética, na qualidade de interventor social, deve assumir compromisso ético para com a
sociedade, colocando-se a seu serviço primordialmente, independentemente de qualquer outro interesse,
sobretudo de natureza corporativista; 
III - Este Código de Ética de�ne, para seus efeitos, no âmbito de toda e qualquer atividade física, como
destinatário, o Pro�ssional de Educação Física registrado no Sistema CONFEF/CREFs e, como bene�ciários das
intervenções pro�ssionais os indivíduos, grupos, associações e instituições que compõem a sociedade. O
Sistema CONFEF/CREFs é a instituição mediadora, por exercer uma função educativa, além de atuar como
reguladora e codi�cadora das relações e ações entre bene�ciários e destinatários;
IV - A referência básica deste Código de Ética, em termos de operacionalização, é a necessidade em se
caracterizar o Pro�ssional de Educação Física diante das diretrizes de direitos e deveres estabelecidos
normativamente pelo Sistema CONFEF/CREFs. Tal Sistema deve visar assegurar por de�nição: qualidade,
competência e atualização técnica, cientí�ca e moral dos Pro�ssionais nele incluídos através de inscrição legal
e competente registro;
V - O Sistema CONFEF/CREFs deve pautar-se pela transparência em suas operações e decisões, devidamente
complementada por acesso de direito e de fato dos bene�ciários e destinatários à informação gerada nas
relações de mediação e dopleno exercício legal. Considera-se pertinente e fundamental, nestas
circunstâncias, a viabilização da transparência e do acesso ao Sistema CONFEF/CREFs, através dos meios
possíveis de informação e de outros instrumentos que favoreçam a exposição pública;
VI - Em termos de fundamentação �losó�ca o Código de Ética visa assumir a postura de referência quanto a
direitos e deveres de bene�ciários e destinatários, de modo a assegurar o princípio da consecução aos
Direitos Universais. Buscando o aperfeiçoamento contínuo deste Código, deve ser implementado um enfoque
cientí�co, que proceda sistematicamente à reanálise de de�nições e indicações nele contidas. Tal
procedimento objetiva proporcionar conhecimentos sistemáticos, metódicos e, na medida do possível,
comprováveis; 
VII - As perspectivas �losó�cas, cientí�cas e educacionais do Sistema CONFEF/CREFs se tornam
complementares a este Código, ao se avaliarem fatos na instância do comportamento moral, tendo como
referência um princípio ético que possa ser generalizável e universalizado. Em síntese, diante da força de lei
ou de mandamento moral (costumes) de bene�ciários e destinatários, a mediação do Sistema produz-se por
meio de posturas éticas (ciência do comportamento moral), símiles à coerência e fundamentação das
proposições cientí�cas;
VIII - O ponto de partida do processo sistemático de implantação e aperfeiçoamento do Código de Ética dos
Pro�ssionais de Educação Física delimita-se pelas Declarações Universais de Direitos Humanos e da Cultura,
como também pela Agenda 21, que situa a proteção do meio ambiente em termos de relações entre os
homens e mulheres em sociedade e ainda, através das indicações referidas na Carta Brasileira de Educação
Física (CONFEF, 2000), editada pelo CONFEF. Estes documentos de aceitação universal, elaborados pelas
Nações Unidas, e o Documento de Referência da qualidade de atuação dos Pro�ssionais de Educação Física,
juntamente com a legislação pertinente à Educação Física e seus Pro�ssionais nas esferas federal, estadual e
municipal, constituem a base para a aplicação da função mediadora do Sistema CONFEF/CREFs no que
concerne ao Código de Ética; 
IX - Além, da ordem universalista internacional e da equivalente legal brasileira, o Código de Ética deverá levar
em consideração valores que lhe conferem o sentido educacional almejado. Em princípio, tais valores como
liberdade, igualdade, fraternidade e sustentabilidade com relação ao meio ambiente, são de�nidos nos
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Quanto ao exercício pro�ssional, para garantir uma atuação ética e de qualidade, o
art. 4 do Código de Ética determina que os pro�ssionais devem se basear a partir
dos seguintes princípios:
O Código de Ética também determina as diretrizes para a atuação dos órgãos do
Sistema CONFEF/CREFs e para o desempenho da atividade pro�ssional, fazendo
então a relação entre o sistema e a pro�ssão. Tais diretrizes são:
documentos já referidos. Em particular, o valor da identidade pro�ssional no campo da atividade física -
de�nido historicamente durante séculos - deve estar presente, associado aos valores universais de homens e
mulheres em suas relações socioculturais;
X - Tendo como referências a experiência histórica e internacional dos Pro�ssionais de Educação Física no
trato com questões técnicas, cientí�cas e educacionais, típicas de sua pro�ssão e de seu preparo intelectual,
condições que lhes conferem qualidade, competência e responsabilidade, entendidas como o mais elevado e
atualizado nível de conhecimento que possa legitimar o seu exercício, é fundamental que desenvolvam suas
atuações visando sempre preservar a saúde de seus bene�ciários nas diferentes intervenções ou abordagens
conceituais; 
XI - A preservação da saúde dos bene�ciários implica sempre na responsabilidade social dos Pro�ssionais de
Educação Física, em todas as suas intervenções. Tal responsabilidade não deve e nem pode ser compartilhada
com pessoas não credenciadas, seja de modo formal, institucional ou legal; 
XII - Levando-se em consideração os preceitos estabelecidos pela bioética, quando de seu exercício, os
Pro�ssionais de Educação Física estarão sujeitos sempre a assumirem as responsabilidades que lhes cabem. 
— (CONFEF, 2015, [s. p.])
I - a respeito à vida, à dignidade, à integridade e aos direitos do indivíduo; 
II - a responsabilidade social;
III - a ausência de discriminação ou preconceito de qualquer natureza;
IV - o respeito à ética nas diversas atividades pro�ssionais;
V - a valorização da identidade pro�ssional no campo das atividades físicas, esportivas e similares;
VI - a sustentabilidade do meio ambiente;
VII - a prestação, sempre, do melhor serviço a um número cada vez maior de pessoas, com competência,
responsabilidade e honestidade;
VIII - a atuação dentro das especi�cidades do seu campo e área do conhecimento, no sentido da educação e
desenvolvimento das potencialidades humanas, daqueles aos quais presta serviços. 
— (CONFEF, 2015, [s. p.])
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Outros dois textos fundamentais para nortear a atuação do pro�ssional, de acordo
com a Resolução do CONFEF nº 307/2015, são os capítulos III e IV – Das
Responsabilidades e Deveres; e Dos Direitos e Benefícios, respectivamente. No
capítulo III, destaca-se o art. 6, que trata especi�camente das responsabilidades e
deveres dos pro�ssionais. Ao longo de seus XXII incisos, estabelece diretrizes
importantes para a pro�ssão na sociedade atual. Quando pensamos na relação de
uma pro�ssão com a sociedade mediada pelos valores éticos e morais, a dimensão
do dever e da responsabilidade é extremamente necessária para dar segurança à
sociedade em relação ao serviço prestado. Como destaque, podemos apontar os
três primeiros incisos do art. 6.
O capítulo IV, Dos Direitos e Benefícios, busca dar garantias ao pro�ssional, como
uma dimensão protetiva. No art. 10 da Resolução do CONFEF nº 307/2015,
encontramos quais são os direitos do pro�ssional de educação física:
I - comprometimento com a preservação da saúde do indivíduo e da coletividade, e com o desenvolvimento
físico, intelectual, cultural e social do bene�ciário de sua ação;
II - aperfeiçoamento técnico, cientí�co, ético e moral dos Pro�ssionais registrados no Sistema CONFEF/CREFs;
III - transparência em suas ações e decisões, garantida por meio do pleno acesso dos bene�ciários e
destinatários às informações relacionadas ao exercício de sua competência legal e regimental;
IV - autonomia no exercício da pro�ssão, respeitados os preceitos legais e éticos e os princípios da bioética;
V - priorização do compromisso ético para com a sociedade, cujo interesse será colocado acima de qualquer
outro, sobretudo do de natureza corporativista;
VI - integração com o trabalho de pro�ssionais de outras áreas, baseada no respeito, na liberdade e
independência pro�ssional de cada um e na defesa do interesse e do bem-estar dos seus bene�ciários.
—  (CONFEF, 2015, [s. p.])
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I - promover a Educação Física no sentido de que se constitua em meio efetivo para a conquista de um estilo
de vida ativo dos seus bene�ciários, através de uma educação efetiva, para promoção da saúde e ocupação
saudável do tempo de lazer;
II - zelar pelo prestígio da pro�ssão, pela dignidade do Pro�ssional e pelo aperfeiçoamento de suas
instituições;
III - assegurar a seus bene�ciários um serviço pro�ssional seguro, competente e atualizado, prestado com o
máximo de seu conhecimento, habilidade e experiência. 
— (CONFEF, 2015, [s. p.])
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EXEMPLIFICANDO
Quando um pro�ssional formado realiza seu registro no Conselho Regional
de Educação Física de sua jurisdição, passa a estar de acordo e tem o dever
de se pautar no estabelecido do Código de Ética pro�ssional. Esse
pro�ssional não pode alegar falta de conhecimento das leis que regem sua
dimensão deontológica, ou seja, da ética de sua pro�ssão.
A ética, a moral e a ética pro�ssional (a deontologia) sustentam e ancoramas
pro�ssões na sociedade moderna. A Educação Física, reconhecida como pro�ssão a
partir da Lei nº 9.696/1998, vem buscando, a partir do Sistema CONFEF/CREFs,
atender às dimensões da sociedade, como as que envolvem desde a formação até a
atuação pro�ssional. Debates, embates, críticas, erros e acertos vão construindo os
caminhos da Educação Física voltada para uma sociedade mais justa, igual e
democrática.
FAÇA VALER A PENA
I - exercer a Pro�ssão sem ser discriminado por questões de religião, raça, sexo, idade, opinião política, cor,
orientação sexual ou de qualquer outra natureza;
II - recorrer ao Conselho Regional de Educação Física, quando impedido de cumprir a lei ou este Código, no
exercício da pro�ssão;
III - requerer desagravo público ao Conselho Regional de Educação Física sempre que se sentir atingido em
sua dignidade pro�ssional;
IV - recusar a adoção de medida ou o exercício de atividade pro�ssional contrários aos ditames de sua
consciência ética, ainda que permitidos por lei;
V - participar de movimentos de defesa da dignidade pro�ssional, principalmente na busca de aprimoramento
técnico, cientí�co e ético;
VI - apontar falhas e/ou irregularidades nos regulamentos e normas, formalmente, por escrito, aos gestores
de eventos e de instituições que oferecem serviços no campo da Educação Física quando os julgar
tecnicamente incompatíveis com a dignidade da pro�ssão e com este Código ou prejudiciais aos bene�ciários;
VII - receber salários ou honorários pelo seu trabalho pro�ssional. 
— (CONFEF, 2015, [s. p.])
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Questão 1
A regulamentação pro�ssional é caracterizada pelo processo que leva ao
reconhecimento de uma pro�ssão. Sobre essa temática, leia e analise as a�rmativas
a seguir:
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I. No Brasil, somente a partir dos anos 1980 as pro�ssões liberais conseguiram ser
reconhecidas.
II. Todo processo de regulamentação pro�ssional não é consensual, pelo contrário,
revela con�itos, interesses, compreensões pro�ssionais e ideológicas distintas.
III. A regulamentação de uma pro�ssão envolve as formas de ingresso, de inserção
na pro�ssão e no seu respectivo mercado/reserva pro�ssional.
Sobre a temática apresentada, está(ão) correta(s) a(s) a�rmativa(s):
a.  I e III.
b.  II e III.
c.  I e II.
d.  I. 
e.  I, II e III.
Questão 2
A Lei nº 9.696, de 1º de setembro de 1998, regulamentou a pro�ssão da Educação
Física e criou o Conselho Federal de Educação Física (CONFEF) e os Conselhos
Regionais de Educação Física (CREFs). Sobre o processo de regulamentação da
Educação Física, assinale V para as a�rmativas verdadeiras e F para as a�rmativas
falsas. 
( ) Uma das ações anteriores à regulamentação em 1998 ocorreu na década de
1980. O Projeto de Lei nº 4.559/1984 buscava a criação do Conselho Federal e os
Regionais dos Pro�ssionais de Educação Física, Desporto e Recreação.
( ) Um dos argumentos dos defensores da regulamentação da área era a existência
de muitos leigos atuando na área, especialmente fora do contexto escolar,
delimitando, assim, a atuação dos pro�ssionais legalmente formados.
( ) Os provisionados são os pro�ssionais que, de modo comprovado, exerciam
atividades exclusivas dos pro�ssionais de educação física antes da regulamentação
da pro�ssão pela Lei nº 9.696/1998. 
Assinale a alternativa que apresenta a resposta correta:
0
V
er
 a
n
o
ta
çõ
es
REFERÊNCIAS 
ASSEMBLEIA GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração Universal dos Direitos
Humanos. 10 dez. 1948. Disponível em: https://uni.cf/3h7txH5. Acesso em: 28 abr.
2021.
a.  F – V – V.
b.  V – V – F.
c.  V – F – V.
d.  F – F – V.
e.  V – V – V.
Questão 3
O Sistema CONFEF/CREFs possui um papel importante no processo de
normatização da pro�ssão, garantindo à sociedade a prestação de um serviço de
qualidade e buscando sempre a melhoria da formação e atuação pro�ssional. 
Sobre essa temática, assinale a resposta correta:
a.  O sistema CONFEF/CREF luta pelos interesses dos pro�ssionais de modo corporativista, protegendo
também os pro�ssionais que não agem de acordo com suas normas e valores.
b.  É responsabilidade do CONFEF �scalizar o exercício pro�ssional em sua área de abrangência. O órgão
estimula e apoia o aperfeiçoamento e a atualização de seus pro�ssionais registrados. 
c.  O CONFEF elaborou o Código de Ética dos Pro�ssionais de Educação Física, vigente na Resolução
CONFEF nº 307, de 9 de novembro de 2015, e o pro�ssional registrado opta por aceitar ou não as
normatizações e princípios presentes no código, sendo livre de punições. 
d.  Como princípios éticos, a elaboração do Código de Ética dos Pro�ssionais de Educação Física está
ancorada na Declaração Universal dos Direitos Humanos (ASSEMBLEIA GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS, 1948),
na Agenda 21 (UNCED, 1992) e na Carta Brasileira de Educação Física (CONFEF, 2000).
e.  O pro�ssional conhecedor dos saberes, habilidades e competências gerais e especí�cas da área e que
atua à margem do Código de Ética da pro�ssão é o ideal a ser construído enquanto imagem de qualidade e
responsabilidade.
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https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos-humanos
BRASIL. Lei nº 9.696, de 1 de dezembro de 1998. Dispõe sobre a regulamentação da
Pro�ssão de Educação Física e cria os respectivos Conselho Federal e Conselhos
Regionais de Educação Física. Diário O�cial da União, Brasília, DF, 1998. Disponível
em: https://bit.ly/3b9bPzr. Acesso em: 20 mar. 2021.
BRASIL. Projeto de Lei nº 4.559/1984. Dispõe sobre o Conselho Federal e os
Conselhos Regionais dos Pro�ssionais de Educação Física, Desportos e Recreação.
12 nov. 1984.
CONFEF. Carta Brasileira de Educação Física. CONFEF, 2000. Disponível em:
https://bit.ly/3xU3B7R. Acesso em: 28 abr. 2021.
CONFEF. Estatuto do Conselho Federal de Educação Física. Diário O�cial da União:
seção 1, Brasília, DF, n. 237, 12 dez. 2010. Disponível em: https://bit.ly/3uoOykz.
Acesso em: 20 mar. 2021.
CONFEF. Resolução CONFEF nº 264/2013. Dispõe sobre o Código Processual de Ética
do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Educação Física. Rio de Janeiro,
16 de dezembro de 2013. Diário O�cial da União: seção 1, Brasília, DF, n. 28, 10
fev. 2014. Disponível em: https://bit.ly/33hQ6Rz. Acesso em: 28 abr. 2021.
CONFEF. Resolução CONFEF nº 307/2015. Dispõe sobre o Código de Ética dos
Pro�ssionais de Educação Física registrados no Sistema CONFEF/CREFs. Rio de
Janeiro, 9 de novembro de 2015. Diário O�cial da União: seção 1, Brasília, DF, n.
221, 19 nov. 2015. Disponível em: https://bit.ly/3hjrlN9. Acesso em: 28 abr. 2021. 
UNCED. Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento.
Agenda 21 (global), em português. 1992. Disponível em: https://bit.ly/3vL2C87.
Acesso em: 28 abr. 2021.
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es
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9696.htm
https://www.confef.org.br/confef/conteudo/21
https://www.confef.org.br/confef/conteudo/471
https://www.confef.org.br/confef/resolucoes/339
https://www.confef.org.br/confef/resolucoes/381
https://www.ecologiaintegral.org.br/Agenda21.pdf

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