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CENTRO UNIVERSITÁRIO TOCANTINENSE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS KAYO HENRIQUE DINIZ DE SOUZA MACEDO TICS: OBSTRUÇÃO PORTAL Araguaína - TO 2022 • ATIVIDADE: O que potencialmente pode ocorrer com o paciente portador de obstrução portal? A obstrução na veia porta hepática, gera um aumento na pressão sanguínea, podendo ser chamada de hipertensão portal. Já que as veias presentes no sistema porta hepático não possuem válvulas, o sangue flui dali devido ao gradiente de pressão. Sendo assim, devido à hipertensão portal, o sangue segue pelas anastomoses da veia cava. O sistema porta hepático possui anastomoses da veia cava em três regiões: esôfago distal, reto e abdome superficial. Na região do esôfago, podem ocorrer varizes esofágicas que incham e podem estourar, levando rapidamente a um sangramento que pode ser fatal, visto que o paciente estará “engolindo” sangue. No reto, as veias retais também sangram e incham, podendo ocasionar hemorroidas. No abdome superficial, tem-se o sinal da medusa, indicando uma circulação colateral tipo porta, na qual as veias umbilicais incham. Além disso, a hipertensão portal pode acarretar ascite, pelo aumento da pressão nos capilares peritoneais e em anemia, plaquetopenia e leucopenia, devido ao hiperesplenismo e à esplenomegalia. • RELAÇÃO TEÓRICO-PRÁTICA: Portanto, é de grande importância saber diferenciar as principais manifestações clínicas da obstrução portal, pois o diagnóstico se baseia em critérios clínicos, geralmente associados a exames de imagem e endoscopia. Além disso, saber que o tratamento inclui a prevenção de sangramento pelo trato gastrintestinal com terapêutica endoscópica, farmacológica ou ambas, e, raramente, com shunts portocava ou transplante de fígado, facilitará na escolha do melhor tratamento para o paciente. • REFERÊNCIAS: FELIX, V. N. Hipertensão Portal. Principais determinantes. Bases do tratamento. São Paulo: Editora Ferring Pharmaceuticals, p. 1-28, 2005. MARTINELLI, Ana L. Candolo. Hipertensão portal. Medicina (Ribeirão Preto), v. 37, n. 3/4, p. 253-261, 2004.
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