Prévia do material em texto
SAÚDE DA CRIANÇA E HÁBITOS DE HIGIENE CARTILHA 06 #construindojuntos ● OUTUBRO /2021 ● PADIN Governador Camilo Sobreira de Santana Vice-Governadora Maria Izolda Cela de Arruda Coelho Primeira-Dama do Estado Onélia Maria Leite de Santana Secretária da Educação Eliana Nunes Estrela Secretário Executivo de Cooperação com os Municípios Márcio Pereira de Brito Coordenadora de Educação e Promoção Social Francisca Aparecida Prado Pinto Articuladora da Coordenadoria de Educação e Promoção Social Antonia Araújo de Sousa Assessora Técnica Coordenadoria de Educação e Promoção Social Sandra Maria Silva Leite Orientador da Célula de Integração Família, Escola, Comunidades e Rede de Proteção Daniel Marinho Almeida GT/PADIN Régis Brito Ribeiro - Gerente Ana Paula Pinto de Oliveira Bárbara Cruz Débora Oliveira Cavalcante Ribeiro José Felício da Silva Elvira Carvalho Mota Maria Ana do Amarante Azevedo OBRA COLETIVA Ana Kelly Araújo Freire Antônia Ribeiro Lima Denise Pedroso de Moraes Fabiana Gomes do Nascimento Santos Francisco Renato Gomes Cardozo Geiciany de Medeiros Carvalho Sales Iana Lívia Silva Araújo Ismaela Oliveira de Araújo Jeneffer Marinho Luziana Soares Marques Maruska Ramos de Araújo Rosângela Matos Santos Feitoza Maria Edmaura Gomes do Nascimento Aguiar Ocilandia Soares Olga Maria Pinto Manhaes Valdenise Ismério Ferreba Design Gráfico Daniel Dias Sumário APRESENTAçãO ................................................................................... 4 SAúDE EMOCIONAL ........................................................................... 5 1. A SAÚDE DA CRIANÇA ............................................................... 6 AMAMENTAçãO ........................................................................... 7 ALIMENTAçãO SAUDÁVEL ......................................................... 10 A IMPORTÂNCIA DE TER UMA ALIMENTAçãO SAUDÁVEL .............................................. 11 O QUE NãO PODEMOS ACRESCENTAR EM NOSSA ALIMENTAçãO? ..................................................... 12 PUERICULTURA E VACINAçãO ................................................. 13 ROTINA E A HORA DO SONO ..................................................... 15 SAúDE EMOCIONAL ..................................................................... 17 2. HÁBITOS DE HIGIENE .................................................................. 20 HIGIENE BUCAL ............................................................................ 23 HORA DO BANHO ......................................................................... 26 A PANDEMIA E OS CUIDADOS COM O BEBÊ ........................ 27 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................... 29 REFERÊNCIAS ....................................................................................... 35 4 I Saúde da Criança e Hábitos de Higiene ApreSentAção Prezadas/os Supervisoras/es e ADIs, É com imensa satisfação que apresentamos a vocês a 6ª Cartilha PADIN 2021, elaborada por vários colaboradores das CREDEs 06 e 19, dentro do Projeto #construindojuntos para levar o melhor conteúdo possível a cada município que implementa o Programa. Esta cartilha traz como temática A SAÚDE DA CRIANÇA E HÁBITOS DE HIGIENE e visa proporcionar a vocês conhecimentos e reflexões necessários para tratar dos temas aqui abordados com as famílias PADIN. Como o PADIN pode contribuir para a promoção da saúde das famílias e das crianças? Nas próximas páginas, vocês poderão conferir alguns tópicos referentes aos dois grandes blocos temáticos desta cartilha. Ao falarmos em SAÚDE DA CRIANÇA, abordamos desde a amamentação, que é fundamental para a saúde do bebê nos primeiros anos de vida, a necessidade de uma alimentação saudável, o acompanhamento à saúde do bebê e da criança, por meio das consultas de puericultura e a prevenção a doenças por meio da vacinação; além, é claro, dos cuidados com a saúde emocional das nossas crianças, especialmente em um pe- ríodo tão complexo, como este da pandemia. Tratamos, também, dos HÁBITOS DE HIGIENE, abordando de maneira geral, os principais hábitos, porém, demos uma ênfase maior na saúde bucal, higiene do corpo, “A hora do Banho”; e os cuidados durante a pandemia. Ressaltamos, enfim, que trabalhamos com pessoas carentes, extrema- mente vulneráveis, por vezes, sem acesso às informações. Dessa forma é que o PADIN contribui, por meio do nosso trabalho educacional e ações interse- toriais que vêm se desenvolvendo ao longo do tempo com as famílias; nós, Supervisores e Agentes de Desenvolvimento Infantil (ADI) somos os agentes mensageiros dessa transformação. Aproveitem a leitura e bom trabalho! CARTILHA 06 #construindojuntos ● OUTUBRO/2021 ● PADIN I 5 SAúde emocionAl As interações familiares, refletem no desenvolvimento infantil, desde a forma que a mamãe se comunica, até o modo que o papai agiu, essas relaçõese maneiras, refletem com certeza, na saúde emocional infantil. Saúde emocional, é uma questão importante, e quando se trata da infantil, torna-se ainda mais relevante, já que a infância é o período, considerado decisivo, para construção do serzinho atuante. As crianças têm sua saúde emocional, associada ao bem-estar dos pais, se estes estiverem bem, a criança estará muito mais, mas se esses viverem em conflito, com clareza eu te digo: a criança perderá a paz! Diante disso torna-se importante, saber lidar com a situação, procurar para a criança um apoio psicológico, ou algum tipo de orientação, porque os pais são os espelhos pros filhos, e tudo o que é refletido, é levado da mente e pro coração. Se a criança vive em uma família, quer seja de pais separados ou não, e existe brigas contínuas, falta de suporte e de atenção, sinto-lhes dizer, mas a criança irá crescer com descontrole de emoção. Por isso precisamos refletir, a saúde emocional das crianças trabalhar, para que elas possam evoluir, sem no fim se prejudicar, porque nossa verdadeira intenção, é trabalhar com o coração, e a infância ajudar. ADI Valdenise Ismerio Ferreba FARIAS BRITO/CE 6 I Saúde da Criança e Hábitos de Higiene O Direito das Crianças Toda criança no mundo Deve ser bem protegida Contra os rigores do tempo Contra os rigores da vida. Criança tem que ter nome Criança tem que ter lar Ter saúde e não ter fome Ter segurança e estudar. Não é questão de querer Nem questão de concordar Os direitos das crianças Todos têm de respeitar. Ruth Rocha 1 A SAúde dA criAnçA Sabemos que é dever do Estado, da família e da sociedade, assegurar às crianças o direito ao lazer, à educação, à vida, à cultura, à dignidade, à liber- dade, à convivência familiar, e principalmente à saúde, direitos esses que estão expressas em leis, desde a Constituição Federal, de 1988, bem como do Esta- tuto da Criança e do Adolescentes (ECA). Mas o que vem a ser saúde? Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), pode-se definir como sendo o estado de bem estar físico, mental e social. Nesta seção, abordaremos subtemas de grande relevância relacionados à saúde da criança, dentre os quais: amamentação, alimentação saudável, rotina e a hora do sono, puericultura e vacinação e a saúde emocional. Venha conferir! CARTILHA 06 #construindojuntos ● OUTUBRO/2021 ● PADIN I 7 AMAMENTAÇÃO A amamentação é fundamental para a saúde e a qualidade de vida da criança. Há evidências científicas que comprovam que a amamentação, quan- do realizada exclusivamente até os 6 meses e complementada com uma nu- trição adequada até os 2 anos de idade ou mais, previne doenças, promove o crescimento e desenvolvimento do ser humano (BRASIL, 2018). Algumas dúvidas são frequentes entre as mamães em período de ama- mentação. Meu leite é fraco? Será que o leite materno é mesmo completo? Preciso dar água para o bebê no intervalo das mamadas? E durante a pandemia, se eu testar positivo para Covid, posso continuar amamentando?As respostas são simples e precisam ser reforçadas pelos profissionais da saúde e por nós, equipe PADIN, sempre que possível. O leite materno não é fraco, ele é composto por todos os nutrientes necessários ao bebê, contendo água abundante em sua composição, o que descarta a necessidade de que a mãe ofereça qualquer outro líquido ao lactente. Mesmo durante a pandemia, tendo a mãe detectado que está contaminada com o coronavírus, é necessário manter o aleitamento materno, considerando os cuidados que o contexto exi- ge: uso de máscara e higienização das mãos, por exemplo. 8 I Saúde da Criança e Hábitos de Higiene Saiba mais, acessando o Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente por meio do link: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/biblioteca/ perguntas-frequentes- amamentacao-e-covid-19-ms/ Além dos benefícios que a amamentação traz para o bebê, é perceptível o fortalecimento do vínculo entre a mãe e a criança. O ideal é que a mãe consiga dedicar nos momentos da amamentação, o máximo de atenção ao bebê, aca- riciando seu rostinho, cabelos, mãos; olhando nos olhos; conversando com ele, cantando, contando histórias. Enquanto se alimenta, o bebê se sente acolhido, amado e tudo isso favorece o desenvolvimento da autoestima e segurança, que lhe serão preciosas no futuro. Ressaltamos que há políticas públicas com o intuito de promover, prote- ger e apoiar a mulher desde o período gestacional, dando ênfase à importância da amamentação. Por isso, é importante que as equipes de Atenção Primária à Saúde estimulem a amamentação exclusiva nos seis primeiros meses de vida e orientem práticas adequadas de alimentação complementar saudável a fim de prevenir algumas doenças. A Atenção Primária à Saúde (APS) é o primeiro nível de aten- ção em saúde e se caracteriza por um conjunto de ações de saú- de, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte positivamente na situação de saúde das coletivi- dades. [...] No Brasil, a Atenção Primária é desenvolvida com o mais alto grau de descentralização e capilaridade, ocorrendo no local mais próximo da vida das pessoas. Há diversas estraté- gias governamentais relacionadas, sendo uma delas a Estratégia de Saúde da Família (ESF), que leva serviços multidisciplinares às comunidades por meio das Unidades de Saúde da Família (USF), por exemplo. (BRASIL, SAPS, s/d) CARTILHA 06 #construindojuntos ● OUTUBRO/2021 ● PADIN I 9 MUNICÍPIO DE COREAÚ ADI: Cristina Carlos de Oliveira MÃE: Auricelia da Silva Santos Nascimento Criança: Sofia Silva do Nascimento. MUNICÍPIO DE COREAÚ ADI: Maria Aparecida Gomes Pinto MÃE: Ana Cláudia Moreira do Nascimento Criança: João Miguel Sena. 10 I Saúde da Criança e Hábitos de Higiene ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL Nada mais saudável em se tratando de alimentação dos bebês e crianças pequenas que a amamentação, a qual, como ressaltamos, deve ser exclusiva nos seis primeiros meses de vida. Após isso, o bebê deve ser estimulado a provar ou- tros alimentos. Aqui começa uma importante jornada para que a criança apren- da a se alimentar e aprecie alimentos mais diversos, paulatinamente, enquanto desenvolve também outros sentidos e experimenta o mundo à sua volta. A alimentação da criança é de suma importância para o desenvolvimento da mesma, toda criança precisa obter uma alimentação saudável e para isso precisamos muito da ajuda do adulto (pai, mãe, cuidador) para que este possa, de forma responsável, adequar a alimentação diária na rotina alimentar do pe- queno, orientando de maneira correta, fazendo-o entender que a alimentação saudável na infância e na adolescência promove saúde, crescimento, desen- volvimento e previne problemas futuros, tais como a anemia por deficiência de ferro, entre outros. A alimentação da criança deve conter cinco cores diferentes, se possível, rica em verduras, legumes e frutas. Portanto, o ideal é buscarmos alimentos que nos proporcionem bem-estar e que nos façam bem, tais como: AMAMENTAÇÃO LEGUMES FRUTAS ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL CARNES VERDURAS FEIJÃO PROMOVE O CRESCIMENTO E RENOVAÇÃO DOS TECIDOS CARTILHA 06 #construindojuntos ● OUTUBRO/2021 ● PADIN I 11 A IMPORTÂNCIA DE TER UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL Consideramos saudável aquela alimentação que oferece ao corpo os nu- trientes necessários para que funcione adequadamente, permitindo que tanto a criança quanto o adulto tenha uma saúde equilibrada. Uma alimentação saudável nos proporciona: PREVINE DOENÇAS INFECCIOSAS DIMINUI O RISCO DE DOENÇAS CRÔNICAS PROMOVE O CRESCIMENTO E RENOVAÇÃO DOS TECIDOS MAIS ENERGIA 12 I Saúde da Criança e Hábitos de Higiene O QUE NÃO PODEMOS ACRESCENTAR EM NOSSA ALIMENTAÇÃO? Para manter a saúde do nosso corpo, devemos evitar alimentos que tal- vez os pequenos gostem muito, porém não trazem nenhum benefício à saúde, portanto devem ser evitados, tais como: Está gostando de ler sobre este tema? Pois indicamos também alguns links para você aproveitar nas visitas às famílias do PADIN! SUGESTÕES DE LIVROS: A cesta de dona Maricota: https://www.youtube.com/wat- ch?v=901SNLf2GWc A menina e as frutas (vídeo https://you- tu.be/LquIqHWh8Ec ) SUGESTÕES DE MÚSICA: Alimentação saudável (https://youtu.be/UfdT8IcASTw) Vitamina Tutti-Frutti, Grupo Zis: https://www.youtube.com/ watch?v=-6Dz1grc3-s CARTILHA 06 #construindojuntos ● OUTUBRO/2021 ● PADIN I 13 PUERICULTURA E VACINAÇÃO A atenção à saúde da criança inicia-se desde o pré-natal, dando con- tinuidade por meio das consultas de puericultura. São muitas as ações de prevenção, promoção e tratamento de problemas de saúde da criança, mas a maioria delas estão voltadas ao incentivo ao aleitamento materno, à diminui- ção de carências nutricionais, ao acompanhamento do crescimento e desen- volvimento infantil tendo em vista amenizar a redução da morbimortalidade infantil (BRASIL, 2018). Com base na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança: orientações para implementação (2018, p. 50), deve-se incluir também vários cuidados importantes para promover a saúde do binômio mãe-bebê: • Verificação dos registros da maternidade nas Cadernetas de Saúde da Criança e Caderneta da Gestante, sobre as condições de parto/nascimento e intercorrências nos primeiros dias de vida, que exigem cuidados na Atenção Básica (icterícia etc.) [...]. • Aplicação de vacinas para a mãe (dTpa – tétano, difteria e co- queluche, tríplice viral, sarampo, rubéola e caxumba), caso ainda não vacinada, e para o RN (BCG e hepatite B), caso não tenha sido imunizado na maternidade. • Agendamento das consultas, preferencialmente médicas, de pós -parto e planejamento familiar para a mãe, e de puericultura de 1 mês de vida para a criança (em caso de RN de risco deverá ser mais precoce). Percebe-se que além das consultas de puericultura, é importante ficar atento às cadernetas de Saúde da criança e da gestante e as vacinações de ambos, pois “a vacinação é a maneira mais eficiente de evitar diversas doenças imunopreveníveis [...]” (BRASIL, 2018, p. 120). Toda criança tem o direito de receber gratuitamente as vaci- nas e as suplementações nutricionais. 14 I Saúde da Criança e Hábitos de Higiene Para isso, é importante que os pais ou responsáveis e até mesmo os profissionais da saúde viabilizem o acesso aos serviços públicos de saúde, conduzindo as crianças à sala de vacinação, fornecendo suplemento de ferro durante a consulta. Além disso, você, ADI, deve saber que é direito da família e da criança o acesso às doses necessárias e o fornecimento de suplementos e seu registro no prontuário e na Caderneta de Saúde da Criança (CSC), com o intuito de acom- panhar a situação vacinal e verificar como são distribuídos os suplementos, pela equipe da Saúde. Osregistros, na Caderneta de Saúde da Criança, das vacinas do Calendário Nacional de Vacinação recebidas pela criança, devem ser sempre observados pelos profissionais da Atenção Básica e mesmo de outros serviços de saúde que venham a ter contato com ela, com objetivo de que esteja sempre com a vacinação atualizada (BRASIL, 2014). CARTILHA 06 #construindojuntos ● OUTUBRO/2021 ● PADIN I 15 Portanto, é importante que as va- cinas sejam orientadas nas consultas de Puericultura, e a família leve a caderne- ta de vacinação, pois esta é o primeiro documento utilizado pelos serviços de saúde para o acompanhamento integral infantil; é ela que traz informações e orientações indispensáveis para o cui- dado e a vigilância do crescimento e desenvolvimento infantil, servindo as- sim como instrumento dialógico entre profissionais da saúde e familiares. ROTINA E A HORA DO SONO Já é um consenso que é preciso no mínimo oito horas de sono por dia para ter uma rotina saudável. Mas o que nem todos se atentam é que as crianças, do primeiro ano ao fim da adolescência, têm demandas ainda maiores de sono. A quantidade ideal varia de acordo com a idade. Salavessa e Vilariça (2009, p. 584) ressaltam que “O sono é essencial para o normal crescimento e desenvolvimento, quer nos aspectos físicos, quer emocionais da criança.” Para tanto, é necessário criar e manter uma rotina saudável para a criança, na qual ela tenha seus horários de soneca e descanso respeitados, visto que “O sono favorece, em condições normais, no bebé, o desenvolvimento de processos de autorregulação fundamentais para o seu desenvolvimento emocional e interacções sociais futuras.” (SALAVESSA E VILARIçA, 2009, p. 585) Não basta dormir todas as horas necessárias, é preciso ter qualidade de sono. Para isso, a família deve cuidar do que os especialistas chamam de “hi- giene do sono”. 16 I Saúde da Criança e Hábitos de Higiene ● Ambiente isento de luz, até aquela luz indireta que parece “inofensiva”; ● Ausência de barulho; ● Sem eletrônicos por perto; ● posição confortável …são alguns fatores que contribuem para a qualidade do sono dos nossos pequenos!! [...] é importante reconhecer que existem bebês nos quais o sono é excessivamente desorganizado e fragmentado, que pode acarretar consequências graves em termos de desen- volvimento e que requerem atenção clínica. Estima-se que entre 3 a 14% de crianças tenham este tipo de problemas. (SALAVESSA E VILARIÇA, 2009, p. 588) Mas então quantas horas são necessárias? Cada pessoa tem uma necessidade de sono diferente. Na infância, a va- riabilidade é ainda maior, explica Gustavo Antônio Moreira, pediatra e pesqui- sador do Instituto do Sono da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). A criança recém-nascida atinge 16 horas de sono e deve chegar ao padrão de 8 horas até os 18 anos. A quantidade de horas necessárias varia de acordo com o amadurecimento do cérebro. Quanto mais imaturo, mais horas de sono. É normal que a criança durma muito durante o dia nos pri- meiros anos de vida. É só a partir dos três meses que ela co- meça a distinguir o dia da noite, por exemplo. CARTILHA 06 #construindojuntos ● OUTUBRO/2021 ● PADIN I 17 Ao longo do tempo as sonecas vão diminuindo: com um ano de idade são duas sonecas durante o dia, no fim do segundo ano de idade já tem apenas uma soneca diurna. Todas as horas de sono em um período de 24 horas entram na soma total. SAÚDE EMOCIONAL Falaremos sobre um assunto de muita importância que é a saúde emo- cional das crianças e dos familiares em geral, com destaque aqui, as do PADIN. A saúde emocional dos pequenos é algo que deve ser cuidado, preser- vado e trabalhado. Como sabemos, a primeira infância é o período em que a criança está mais aberta a absorver informações, então, muito do que ela visualiza ao seu redor será interiorizado e pode moldar o seu comportamento. Elas têm a saúde mental associada ao bem-estar da família e a qualidade do relacionamento entre seus membros, assim, estarão sob risco quando crescem em um ambiente repleto de brigas, conflitos, xingamentos. Por isso, torna-se tão importante manter uma convivência/relação saudável e respeitosa inde- pendente da situação. Felizmente, os serviços de saúde mental infanto-juvenis contribuem com uma função social que extrapola o fazer meramente técnico, e incluem ações como acolher, escutar e cuidar. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), “saúde emocional é o estado de bem estar, onde o indivíduo realiza suas próprias habilidades, lida com os fatos extremamente normais da vida, e é capaz de contribuir com a sociedade”. Mas qual é o papel da família para manter a saúde emocional das crianças? Primeiramente, é preciso construir um ambiente favorável à relação familiar, e, embora os conflitos possam existir entre os membros da família, evitar brigas e discussões diante das crianças, promovendo um ambiente aco- lhedor, de diálogo, com melhores oportunidades e capacidade de terem quali- dade de vida, no sentido de contribuir para o pleno desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças. Um ambiente familiar saudável proporciona, além do fortalecimento de vínculos, os estreitamentos dos laços. 18 I Saúde da Criança e Hábitos de Higiene Uma das grandes responsáveis pelo agravamento de muitos proble- mas que afetam a saúde emocional foi a pandemia. A pandemia da Co- vid-19 ocasionou sérios prejuízos à sociedade em geral, espalhando muito mais que o próprio vírus, mas sentimentos de medo e incerteza, angús- tia, desespero, pânico. A necessidade de conter o vírus, modificou todo o modo de vida, acarretando problemas sociais, de saúde, educacionais e inclusive emocionais, merecendo um olhar especial às crianças e às famí- lias em situação de vulnerabilidade social. Como a família pode auxiliar na promoção do ambiente saudável emo- cionalmente? • Evitar críticas; • Escutar a criança; • Evitar cobranças excessivas; • Ensinar a lidar com as frustrações; • Reservar um tempo para lazer; • Ensinar a lidar com os “não”; • Impor limites; • Fornecer informações apropriadas à idade; • Demonstrar empatia e paciência; • Criar rotinas, as quais foram alteradas devido à pandemia. CARTILHA 06 #construindojuntos ● OUTUBRO/2021 ● PADIN I 19 Segundo Kreppner, a família tem um importante papel na sobrevivên- cia humana e na transmissão de valores, tradições e significados. Sob essa perspectiva, podemos concluir que o núcleo familiar configura um importante alicerce para o crescimento do indivíduo, e as relações subsistentes nele in- fluenciam pontualmente em seu desenvolvimento integral. Se uma criança está inserida em um ambiente familiar onde existem boas relações entre os membros, apoio afetivo, e suporte, certamente crescerá positivamente em di- versos aspectos, (que se encontram interligados): sociais, cognitivos, físicos, mentais e emocionais. Do contrário, se a criança está exposta a um ambiente com más relações de interação, turbulento ou até mesmo violento, crescerá com prejuízos, principalmente nos aspectos emocionais. O prejuízo nos aspectos emocionais, afeta todos os outros, e compromete, mais rigorosamente, as relações sociais que a criança tem, ou que vai, poste- riormente construir. Portanto, pode-se concluir que a interação sadia e os pa- drões de comunicação saudáveis estabelecidos entre os membros da família, configuram-se como eficazes para construção de indivíduos psicologicamente fortes e capazes de controlar e gerenciar suas emoções internas. É necessária uma rede coletiva para cuidar de uma criança. Apoio de forma integral, pautado na escuta e no cuidado. Precisamos proteger e garantir os direitos de nossas crianças. Para Refletir: Em que situações da vida emocional da criança a família pode procurar ajuda? Se a criança está com um comportamento diferente do rotineiro, difi- culdade para interagir, apatia, mau humor, falta de apetite, tristeza, irritação, pode ser a hora deprocurar um especialista. Oriente a família a levar a criança a um psicólogo, caso haja necessidade. 20 I Saúde da Criança e Hábitos de Higiene 2 HÁBitoS de HiGiene Os hábitos de higiene são aliados à saúde da criança; não é à toa que estamos tratando dos dois temas aqui nesta cartilha. Vamos conversar mais sobre higiene e a necessidade de bons hábitos para a manutenção da saúde dos bebês e das crianças pequenas. Os hábitos de higiene pessoal precisam ser estimulados desde muito cedo com os nossos bebês. Podemos definir o conceito higiene como “um conjunto de conhecimentos e técnicas para evitar doenças infecciosas usando desinfecção, esterilização e outros métodos de limpeza com o objetivo de conservar e fortalecer a saúde”. (TOGNOLI, s/d) Desde quando se deve promover o desenvolvimento de hábitos de hi- giene? É claro que na infância, o mais cedo possível já devemos envolver nossos pequenos nas atividades de higienização de forma que, aos poucos, eles se tornem autônomos e compreendam a importância desses hábitos para uma vida mais saudável. A tarefa aqui é da família, a qual é incentivadora no processo de educação e conscientização. Contudo, quando a criança já estiver frequentando a escola, a tarefa será dividida entre família e escola, uma importância parceria para a aprendizagem da criança em assuntos diversos, incluindo higiene, em situações práticas da rotina escolar. ENSINAR COM O EXEMPLO: hábitos de higiene são aprendi- dos pela demonstração e por meio do exemplo. É fundamen- tal que os adultos ensinem as crianças a realizar ações e que as crianças os vejam fazendo o mesmo. CARTILHA 06 #construindojuntos ● OUTUBRO/2021 ● PADIN I 21 Aos poucos, é esperado que as crianças integrem esses hábitos na rotina e se torne muito natural lavar as mãos, escovar os dentes, lavar os alimentos, entre outros. Antes que a criança faça de forma autônoma, é preciso paciên- cia, lembrando-os constantemente do que precisam fazer. Aqui vão algumas dicas para manter a higiene das nossas crianças, confor- me matéria publicada no Blog Educa Pais sobre os diferentes tipos de higiene. 1. Lavar as mãos antes e depois das refeições, assim como depois de usar o banheiro 2. Cortar e limpar regularmente as unhas 3. Tomar banho todos os dias 4. Escovar os dentes ao acordar, depois das refeições e antes de dormir 5. Manter o nariz limpo 6. Lavar os alimentos antes de comê-los 7. Manter o ambiente limpo e organizado 22 I Saúde da Criança e Hábitos de Higiene SAIBA MAIS NO BLOG EDUCA PAIS: https://blog.educapais.com/higiene-e-saude- na-infancia/ Por fim, criar uma rotina com hábitos saudáveis para as crianças não preci- sa ser encarado como algo sério e desconfortável. Incentive as famílias a trans- formarem os momentos de higiene em situações de aprendizagem divertidas para as crianças, com direito a música, muitas risadas e carinho. Cada momento desses pode ser precioso para o fortalecimento do vínculo com seu filho. Como incentivar as crianças a cuidarem da higiene pessoal? No site a seguir, você poderá ler mais sobre o assunto, mas aqui vai um resuminho com umas dicas muito legais: https://grupomarista.org.br Converse e dê o exemplo Torne a higiene um momento de prazer Vincule os produtos de higiene com diversão Ensine brincando Use histórias e músicas CARTILHA 06 #construindojuntos ● OUTUBRO/2021 ● PADIN I 23 Quer dicas de músicas SUPER ANIMADAS para a hora do banho? Confira nos links a seguir! Banho é bom, Grupo ZIS: https://www.youtube.com/wat- ch?v=LeP2CIepzYQ Bom banho, Mundo Bita: https://www.youtube.com/wat- ch?v=31iBxkTTAfc Chuva chove no chuveiro, Balofofos: https://www.youtube. com/watch?v=f1QWPKEbeQU HIGIENE BUCAL A higiene bucal na primeira infân- cia é muito importante, faz-se necessário que os pais/cuidadores sejam orientados quanto a necessidade da mesma, como também as consultas de odontopediatria, ambas têm como objetivo a promoção da saúde oral e a prevenção das patologias mais frequentes como a cárie. 24 I Saúde da Criança e Hábitos de Higiene VOCÊ SABIA QUE MESMO QUE O BEBÊ AINDA NÃO TENHA DENTES, PRECISA HIGIENIZAR A BOQUINHA? Nos lactentes ainda sem dentes, a higiene deve ser feita após a amamentação, com o objectivo de familiarizar a criança com a higiene oral, colocando em volta do dedo uma dedeira de bor- racha ou simplesmente uma gaze embebida em água morna e limpar com movimentos rotativos, que começam pelos lábios, continuam na boca, por todo o rolete gengival e língua. Com a gengiva limpa, a criança estará mais saudável, tendo menor risco de aparecimento de doenças, como a candidíase oral, e me- nos desconforto no momento da erupção dos primeiros dentes. (AREIAS, 2010, p. 219). Atenção, ADIs e Supervisores! Percebe-se que para uma higiene bucal adequada, com o objetivo de evitar a cárie na primeira infância é essencial orientar os pais/cuidado- res por meio de ações de prevenção e promoção de saúde, pois é na primeira infância que a criança aprende as noções básicas de higiene e saúde, a mesma pode aprender em casa com seus familiares ou até mesmo na comunidade onde vive. A higiene dentária deve iniciar-se com a erupção do primeiro dente, com escova macia ou gaze. À medida que os primeiros dentes vão erupcionando, a higiene oral deve ser feita durante três minutos (escovar a superfície voltada para a bochecha supe- rior e inferior, a superfície interna superior e inferior, a super- fície de mastigação e a língua) com escova dentária macia de cabeça pequena que deve ser substituída no máximo de três em três meses. (AREIAS, 2010, p.219). Tão cedo quanto possível, recomendam-se duas escovagens por dia (se- gundo OMS, FDI (Federação Dentária Mundial)), sendo uma delas antes de deitar, podendo a partir dos doze anos utilizar-se uma pasta de adulto (1000 ppm de fluoretos). (AREIAS,2010, p.219). CARTILHA 06 #construindojuntos ● OUTUBRO/2021 ● PADIN I 25 Observa-se que para ter uma saúde bucal adequada, alguns hábitos de higiene dentários devem ser realizados como: escovar os dentes duas vezes por dia, sendo uma delas antes de deitar, a qual deve ser feita minuciosa- mente, como também usar o fio dental, no entanto é necessário que os pais/ cuidadores controlem o uso de dentifrícios (pastas) com sabor a fruta usados pelas crianças, pois o seu consumo em excesso pode causar fluorose. A fluorose dentária é uma patologia que afeta os dentes e que se desenvolve durante a sua formação tem como carac- terística principal o surgimento de manchinhas assimétricas nos dentes, podendo variar de cor desde de esbranquiçadas a amarronzada dependendo do grau de complicação. No momento da escovagem, faz-se necessário que os pais/cuidadores orientem as crianças sobre a quantidade correta de creme dental a ser utili- zada sempre de acordo com a faixa etária da mesma. A escovagem deve ser sempre supervisionada pelos pais/cuidadores até o momento que a criança adquira o controle dos movimentos finos. Os cuidadores devem ser orientados sobre o risco de cárie do seu filho, dispensando um volume adequado de pasta de dente a cada idade, escova de tamanho adequado e auxiliando na escovação das crianças. Em crianças com menos de 2 anos de idade, a quan- tidade de dentifrício fluoretado recomendado é a de um grão de arroz, e em crianças de 2 a 5 anos, a quantidade deve ser seme- lhante ao tamanho de uma ervilha. (SILVA, 2017, p.577). VOCÊ SABE QUAIS FATORES PODEM FAVORECER O APARECIMENTO DE CÁRIE NAS CRIANÇAS? Existem vários fatores de risco que podem influenciar no desenvolvimen- to da cárie na primeira infância- CPI como: hábitos alimentares inadequados, com alimentos e bebidas com sabor doce nas principais refeições, conheci- mento limitado dos pais/ cuidadores quanto a importância da higiene bucal desde a erupção do primeiro dente. 26 I Saúde da Criança e Hábitos de Higiene É preciso toda uma atenção quanto à saúde bucal, pois a cárie causa se- quelas que podemincluir dor, dificuldades de sono, mastigação, fatores estes que são capazes de prejudicar o desenvolvimento das crianças. Sendo assim, faz-se necessário orientar os pais/cuidadores quanto a im- portância da saúde bucal, através de orientações voltadas para medidas pre- ventivas da cárie, os mesmos podem ensinar as crianças a terem hábitos de higiene oral, uma alimentação com menos alimentos açucarados, uma esco- vação adequada, assim, a criança terá um baixo risco de cárie. HORA DO BANHO A criança se desenvolve social e emocionalmente com cada atividade desenvolvida durante sua vida cotidiana. O banho com certeza também se inclui nesse grupo de atividades que devem ser trabalhadas com os pequenos durante o dia. O banho deve ser um momento de alegria e prazeroso para as crianças, além de melhorar as habilidades motoras do bebê, é um momento de criar laços, relaxar e brincar. CARTILHA 06 #construindojuntos ● OUTUBRO/2021 ● PADIN I 27 É também a hora de compartilhar desco- bertas. Para reforçar a interação e o vínculo entre seus familiares, o caminho é conversar sempre com os pequenos, olhá- los nos olhos e aproveitar essa diversão. Durante o banho, uma dica para a família é que vá dizendo o que está fazendo em cada mo- vimento, por exemplo, “Agora, vamos lavar os pés? Você tem cócegas no pé direito? E no pé esquerdo?” Tomar banho todos os dias é considerado um hábito básico de higiene que deveria ser seguido por todas as pessoas; e para as crianças este momento deve ser especial. Outras sugestões para tornar esse momento mais prazeroso para as crianças: fazer penteados divertidos no banho, conversar e dar aten- ção ao pequeno, brincar com as mãos e os pés enquanto ensaboa e enxagua a criança, criar música juntos, contar pequenas histórias. A PANDEMIA E OS CUIDADOS COM O BEBÊ À medida que seu bebê cresce e se desenvolve, novas habilidades apare- cerão. É importante observar essas habilidades para proporcionar, na medida certa, desafios para ele se desenvolver ainda mais. Abaixo você encontrará algumas dicas para auxiliá-lo nesse momen- to de pandemia. 28 I Saúde da Criança e Hábitos de Higiene ESTIMULAÇÕES VISUAIS Procure sentar em frente a um espelho e coloque seu bebê no colo, mostrando-o para o espelho. Você pode mostrar para ele diferentes coisas do ambiente, como os objetos da casa, itens da cozinha, insetos, animais, árvores e pessoas pela ja- nela, incentivando-o a olhar para tudo. Isso irá ampliar seu vocabulário e ele aprenderá mais palavras! ESTIMULAÇÕES SONORAS As músicas despertam muito o interesse dos bebês. Busque cantar enquanto você dá banho, troca a fralda ou veste seu bebê. Cante músicas com poucas palavras e com sons pareci- dos com os que o bebê emite, como “mamama” ou “bababa”, e encoraje- o a repetir estes sons. Procure conversar com seu bebê! Vale mostrar suas partes do corpo, movimentando o corpo dele como uma dança, enquanto canta para ele. ESTIMULAÇÕES MOTORAS Você pode colocar o bebê de bruços para brincar usando dife- rentes objetos. Mostre a ele um brinquedo, como um ursinho ou chocalho, movimentando o objeto em frente ao rosto dele como se fizesse cambalhotas. Seu bebê irá acompanhar o ob- jeto e pode tentar acompanhar movimentando seu corpo. Você também pode pegar uma meia colorida, colocar na sua mão e usá-la como um fantoche para brincar com seu bebê, tocando as partes do seu corpo. CARTILHA 06 #construindojuntos ● OUTUBRO/2021 ● PADIN I 29 3 conSiderAçÕeS FinAiS A elaboração desta cartilha foi um processo rico, de muita aprendizagem e interação entre as/os supervisoras/es e demais colaboradoras/es. Por meio do projeto #construindojuntos, tivemos a oportunidade de construir novos vínculos, saberes e ressignificarmos o tema, procurando produzir o melhor material para dar suporte aos atendimentos e visitas realizados no âmbito do PADIN. Encontramo-nos várias vezes entre agosto e setembro do corrente ano, inicialmente para fazer levantamento do referencial teórico que utilizamos e, aos poucos, produzindo as páginas que vocês puderam conferir neste material. A cartilha teve o propósito de fornecer informações acerca dos dois temas correlatos Saúde da Criança e Hábitos de Higiene. Ao longo do texto, des- tacamos a importância da amamentação, da inserção de alimentos saudáveis nas refeições do bebê, da necessidade de fazer o acompanhamento periódico nas consultas de puericultura, bem como manter as vacinas em dia, para pre- venir o aparecimento de doenças que podem ser fatais para um ser tão frágil e requer tantos cuidados. Abordamos também a necessidade da manutenção de uma rotina, com horário de dormir, já que tem relação direta com o crescimento e desenvolvi- mento da criança, inclusive no aspecto emocional. Ressaltamos a relevância da família promover a higienização da criança e ensiná-la a fazer, à medida em que cresce e ganha autonomia, mas sempre com a supervisão do adulto, enquanto ainda for pequena. Sem esquecer, claro, do tópico exclusivo para tratar da higiene bucal, a qual, inúmeras vezes tende a ser negligenciada no bebê, especialmente quando ainda não houve a erupção dos primeiros dentes. 30 I Saúde da Criança e Hábitos de Higiene Os temas aqui tratados merecem toda a atenção de cada um de nós, su- pervisoras/es e ADIs, porque a saúde das crianças está em primeiríssimo lugar. Uma criança saudável física e emocionalmente estará apta a se desenvolver em todos os aspectos requeridos ao longo da infância. Mas, para isso, nossas crianças precisam da atenção e cuidado das famílias e de todos que fazem a rede de proteção à infância: nós, mensageiros da esperança do PADIN, faze- mos parte dessa rede, junto com a Saúde e a Assistência Social, nesse trabalho intersetorial, em prol das famílias mais vulneráveis dos nossos municípios. Enfim, chegamos ao final de mais um momento de estudo e reflexão so- bre temas que são pertinentes ao trabalho no PADIN. Esperamos que tenham gostado da leitura e que a cartilha tenha contribuído para o aprofundamen- to de seus saberes. CARTILHA 06 #construindojuntos ● OUTUBRO/2021 ● PADIN I 31 CREDE 06 Coordenador Daniel Carlos da Costa Orientador CECOM Jefferson dos Santos Costa Articuladora Mais Infância Geiciany de Medeiros Carvalho Sales Prefeito de Coreaú: José Edézio Vaz de Sousa Vice-Prefeita: Érika Frota Monte Coelho Secretário de Educação: Benedito Moreira Gomes Gerente Municipal Mais Paic: Francisca Fabiana Lustosa Ramos Supervisora do PADIN: Maria Edmaura Gomes do Nascimento Aguiar CREDE 19 Coordenadora Marfra Rejanne Martins Pierre Orientadora CECOM Lavina Maria Soares Gerente Regional Denise Pedroso de Moraes Articuladora Mais Infância Rosângela Matos Santos Feitoza Prefeito de Farias Brito: Francisco Austragézio Sales Vice-prefeito: Lauro Nathanael Gomes Silva Secretário de Educação: Aliomar Liberalino de Almeida Júnior Gerente Municipal Mais Paic: Amanda Rafaela Pereira Silva Supervisora do PADIN: Ismaela Oliveira de Araújo 32 I Saúde da Criança e Hábitos de Higiene Prefeita de Graça: Maria Iraldice de Alcântara Vice-prefeito: Pedro Valdomiro Jorge Secretário de Educação: Paulo Lopes Fernandes Gerente Municipal Mais Paic: Viviane de Azevedo da Silva Supervisora do PADIN: Fabiana Gomes do Nascimento Santos Prefeita de Irauçuba: Patrícia Maria dos Santos Barreto Vice-prefeito: Francisco Evaristo Lopes Maciel Secretário de Educação: Manoel Mota Berreto Filho Gerente Municipal Mais Paic: Alexandra Braga de Sousa Supervisora do PADIN: Maruska Ramos de Araújo Prefeito de Moraújo: Carlos Áquila Cunha de Queiroz. Vice-prefeito: Antônio José Lourenço. Secretário de Educação: Francisco Jackson Moreira de Sampaio. Gerente Municipal Mais Paic: Eliane Albano Freire de Menezes Supervisor do PADIN: Francisco Renato Gomes Cardozo CARTILHA 06 #construindojuntos ● OUTUBRO/2021 ● PADIN I 33 Prefeito de Mucambo: Francisco das Chagas Parente Aguiar Vice-Prefeito: Tarcísio Régis Linhares Aguiar Secretáriode Educação: José Carlos Rodrigues Gomes Gerente Municipal Mais Paic: Tatiana Ximenes Feijó de Aguiar Supervisora do PADIN: Antônia Ribeiro Lima Prefeita de Pires Ferreira: Lívia Maria Mesquita Mororó Muniz Marques Vice-prefeita: Francisca Fabiana Rodrigues de Sousa Secretária de Educação: Rosa Ferreira Matias Macedo Gerente Municipal Mais Paic: Maria Gildevania Paiva de Oliveira Supervisora do PADIN: Iana Lívia Silva Araújo Prefeito de Reriutaba: Pedro Humberto Coelho Marques Vice-prefeito: Francisco Tarciano Castro Secretária de Educação: Lisandra Liberado Moraes Gerente Municipal Mais Paic: Narcélia Brito Aguiar Supervisora do PADIN: Olga Maria Pinto Manhaes 34 I Saúde da Criança e Hábitos de Higiene Prefeito de Santana do Acaraú: Francisco das Chagas Mendes Vice-Prefeito: Paulo Sérgio Braz Secretário de Educação: Antônio Júnior Carneiro Gerente Municipal Mais Paic: Ana Silvânia Gomes Supervisora do PADIN: Luziana Soares Marques Prefeito de Senador Sá: José Martins Barros Júnior Vice-prefeito: José Vilane Marques Secretária de Educação: Francisca Priscila Xavier Lima Gerente Municipal Mais Paic: Antônio Edivando Ferreira Costa Supervisora do PADIN: Ana Kelly Araújo Freire CARTILHA 06 #construindojuntos ● OUTUBRO/2021 ● PADIN I 35 referências ● AREIAS, Cristina. Cárie Precoce da infância - o estado da arte. 2010. Disponível em: https://repositorio-aberto.up.pt/bitstre- am/10216/61720/2/77980.pdf. Acesso em: 02 set. 2021. ● BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saú- de. Perguntas Frequentes – Amamentação e COVID-19 (MS). Brasí- lia. 2020. ● ______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Depar- tamento de Ações Programáticas Estratégicas. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança: orientações para implementa- ção / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departa- mento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília: Ministério da Saúde, 2018. ● ______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Depar- tamento de Ações Programáticas Estratégicas. Bases para a discus- são da Política Nacional de Promoção, Proteção e Apoio ao Alei- tamento Materno / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasí- lia: Ministério da Saúde, 2017. ● ______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Depar- tamento de Ações Programáticas Estratégicas. Caderneta de Saúde da Criança. 9. ed. Brasília, 2014. 92 p. ● ______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saú- de. O que é Atenção Primária. Disponível em: https://aps.saude. gov.br/smp/smpoquee Acesso em 21 set. 2021 ● ______. Ministério da Saúde. Protocolo de Manejo Clínico do Corona- vírus (COVID-19) na atenção primária à saúde. Recuperado de: https:// www.saude.gov.br/images/pdf/2020/April/05/Protocolo-de-Manejo- Cl--nico-para- oCovid-19.pdf. Brasil, Ministério da Saúde (2020). 36 I Saúde da Criança e Hábitos de Higiene ● LEAL, Aline. Dicas para manter o equilíbrio emocional das crianças na quarentena. Agência Brasil. Publicado em 21 jun. 2020. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-06/veja- dicas-para-manter-equilibrio-emocional-de-criancas-na-quarentena Acesso em 15 set. 2021 ● OLIVEIRA, Amanda. Como a pandemia afeta a saúde emocional das crianças. Revista Crescer. Texto publicado em 29 mai. 2020. Disponí- vel em https://revistacrescer.globo.com/Criancas/noticia/2020/05/ como-pandemia-afeta- saude-emocional-das-criancas.html Acesso em 02 set. 2021 ● SALAVESSA, M.; VILARIÇA, P. Problemas de sono em idade pediátrica. Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, [S. l.], v. 25, n. 5, p. 584–91, 2009. DOI: 10.32385/rpmgf.v25i5.10676. Disponível em: https://www.rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/10676. Acesso em: 22 set. 2021. ● SILVA, Mgb da. Cárie precoce da infância: fatores de riscos associados. 2017. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Catarina -Alencar/publication/322783498_Carie_precoce_da_infancia_fatores_ de_risco_associados/links/5ac28f4645851584fa773841/Carie-precoce- da-infancia-fatores-de-risco-associados.pdf. Acesso em: 02 set. 2021. ● Sociedade Brasileira de Pediatria; Sociedade Brasileira de Imuniza- ções (2020). Calendário Vacinal da criança e a pandemia pelo Coro- navírus. Recuperado de: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_ upload/nt-sbpsbimcalendariodacriancapandemiacovid-200324.pdf. ● Sociedade de Pediatria de São Paulo (2020). Medidas para o Pedia- tra relacionadas à Pandemia da COVID-19. Recuperado de: https:// www.spsp.org.br/2020/03/20/medidas-para-o-pediatra-relaciona- das- com-a-pandemia-docovid-19/ ● TOGNOLI, Gabriel. Higiene e saúde na infância. Disponível em: https://blog.educapais.com/higiene-e-saude-na-infancia/ Acesso em 19/09/2021 ● https://www.pastoraldacrianca.org.br/images/temas/1535-impac- tos-da-saude- emocional-da-crianca-em-situacoes-dificeis/1535-en- trevista-com-Ir-Veroni-Medeiros-Impactos-da-Saude-Emocional-da- crianca-em-situ CARTILHA 06 #construindojuntos ● OUTUBRO/2021 ● PADIN I 37 Apresentação Saúde emocional A SAÚDE DA CRIANÇA AMAMENTAÇÃO ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL A IMPORTÂNCIA DE TER UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL O QUE NÃO PODEMOS ACRESCENTAR EM NOSSA ALIMENTAÇÃO? PUERICULTURA E VACINAÇÃO ROTINA E A HORA DO SONO SAÚDE EMOCIONAL HÁBITOS DE HIGIENE HIGIENE BUCAL Hora do banho A PANDEMIA E OS CUIDADOS COM O BEBÊ CONSIDERAÇÕES FINAIS Referências