Prévia do material em texto
<p>Tiragem:</p><p>10.000 exemplares</p><p>Dados Técnicos:</p><p>A. Vieira Serviços</p><p>Diagramação:</p><p>A. Vieira Serviços</p><p>Revisão do Texto:</p><p>A. Vieira Serviços</p><p>Capa e Ilustrações:</p><p>Márcio da Silva Morais</p><p>Márlio Esmeraldo Ribeiro</p><p>Rachel Silvestri Morais</p><p>Guia da Gestante – 9ª edição atualizada, 2021</p><p>© 2003, Secretaria da Saúde do Estado do Rio grande do Sul</p><p>Copyright © 2012 by Governo do Estado do Rio Grande do Sul</p><p>É permitida a reprodução parcial desta publicação</p><p>desde que citada a fonte.</p><p>Governador Eduardo Leite</p><p>Secretária: Arita Bergmann</p><p>Diretora: Ana Lucia Pires Afonso da Costa</p><p>Coordenadora: Gisele Mariuse da Silva</p><p>Coordenadora Adjunta: Carolina de Vasconcelos Drügg</p><p>Secretaria da Saúde – Coordenação</p><p>Secretaria da Educação</p><p>Secretaria do Trabalho e Assistência Social</p><p>Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos</p><p>Secretaria da Cultura</p><p>Alneura Ana Provenzi, Ana Paula Bittencourt Ferreira, Bruna Oliveira dos</p><p>Santos, Bruno Moraes da Silva, Carolina de Vasconcellos Drügg, Cleci de</p><p>Souza Lima Martins, Gabriela Dutra Cristiano, Gisele Mariuse da Silva, Janine</p><p>Garcia Serafim, Jonathan Araújo Vieira, Juliana Favero Perin, Karine Isis</p><p>Bernardes Verch, Letícia Ratkiewicz Boeira, Luciane de Almeida Pujol, Luiza</p><p>Campos Menezes, Márlio Esmeraldo Ribeiro, Maria Helena Santos, Marília</p><p>Pinto Bianchini, Melissa Pellin Muller, Paloma Chaves Pastoriza, Raquel Aresi</p><p>Andrade , Rosana Nobre Santos, Sandra Silveira Nique da Silva, Tayná dos</p><p>Santos Lopes, Virgínia Heberle Eichler.</p><p>Programa Primeira Infância Melhor</p><p>Alneura Ana Provenzi</p><p>Carolina de Vasconcelos Drügg</p><p>Leticia Ratkiewicz Boeira</p><p>Luiza Campos Menezes</p><p>Virgínia Heberle Eichler</p><p>Divisão de Atenção Primária à Saúde</p><p>Carol Rodrigues</p><p>Política Estadual de IST/HIV/AIDS</p><p>Aline Coletto Sortica</p><p>Política Estadual de Alimentação e Nutrição</p><p>Maisa Beltrame Pedroso</p><p>Política Estadual de Saúde Mental</p><p>Marilise Fraga de Souza</p><p>Política Estadual de Saúde do Homem</p><p>Fernando Vettorazzi</p><p>Política Intersetorial de Plantas Medicinais e</p><p>Fitoterápicos do Rio Grande do Sul</p><p>Ângela Sperry</p><p>Roger Remy Dresch</p><p>Cristiane Bernardes de Oliveira</p><p>Política Estadual de Saúde da Criança</p><p>Marília Ache Carlotto Brum Santos</p><p>Apresentação....................................................................................7</p><p>Mensagem Inicial.............................................................................9</p><p>1. Períodos Gestacionais.................................................................11</p><p>1.1 1º Trimestre..........................................................................11</p><p>1.2 2º Trimestre..........................................................................12</p><p>1.3 3º Trimestre..........................................................................14</p><p>2. A importância do Pré-Natal.........................................................17</p><p>3. Alimentação...............................................................................19</p><p>4. Saúde Bucal................................................................................22</p><p>5. Gestantes com fatores de risco que precisam de</p><p>maiores cuidados............................................................................24</p><p>5.1 Gestantes Adolescentes........................................................25</p><p>5.2 Gestantes com mais de 35 anos............................................25</p><p>5.3 Gestantes com Doença Falciforme........................................26</p><p>5.4 Gestantes com Depressão.....................................................27</p><p>5.5 Gestantes com DST/IST.......................................................28</p><p>5.6 Gestantes com Deficiência...................................................34</p><p>6. Situações que Requerem Atenção Especial..................................35</p><p>7. Cuidados Durante a Gestação.....................................................37</p><p>7.1 Atividades Físicas................................................................37</p><p>7.2 Atividades Sexuais...............................................................38</p><p>7.3 Bebidas Alcoólicas, Fumo e outras drogas............................39</p><p>7.4 Tintura para Cabelo..............................................................40</p><p>7.5 Medicamentos......................................................................40</p><p>7.6 Café e Bebidas com Cafeína.................................................40</p><p>7.7 Plantas Medicinais/Chás.......................................................40</p><p>8. Parto...........................................................................................41</p><p>8.1 O dia do parto está chegando................................................41</p><p>8.2 O Trabalho de Parto..............................................................43</p><p>8.3 Parto....................................................................................43</p><p>SUMÁRIO</p><p>9. Pós-Parto....................................................................................47</p><p>9.1 Puerpério.............................................................................47</p><p>9.2 Primeiros cuidados com o bebê............................................48</p><p>9.3 Necessidades comuns ao recém-nascido...............................50</p><p>9.4 Alimentação do Bebê............................................................51</p><p>9.3 Cuidados com a Higiene do Bebê.........................................51</p><p>10. Depressão Pós-Parto ou Reações Emocionais</p><p>da Mulher Após o Parto..................................................................53</p><p>11. Amamentação...........................................................................55</p><p>11.1 Quais são os benefícios proporcionados pela</p><p>amamentação, tanto para você, quando para o bebê?..................57</p><p>11.2 Uso do Copinho.................................................................59</p><p>12. Tornar-se pai: como viver em parceria o</p><p>momento da gestação................................ ....................................61</p><p>13. Triagem Neonatal......................................................................64</p><p>14. Conheça seus Direitos..............................................................66</p><p>14.1 Direitos Trabalhistas..........................................................66</p><p>14.2 Direitos Sociais..................................................................67</p><p>14.3 Gestantes adolescentes também têm seus</p><p>direitos garantidos.....................................................................68</p><p>14.4 Direitos nos Serviços de Saúde...........................................68</p><p>14.5 Lei da vinculação para o parto............................................68</p><p>14.6 Gestante e bebê sempre têm direito à vaga.........................68</p><p>14.7 Lei do direito a acompanhante............................................69</p><p>14.8 Promoção de Acessibilidade...............................................69</p><p>14.9 Privação de Liberdade........................................................69</p><p>14.10 Garantia de acesso às políticas de saúde...........................70</p><p>14.11 Registro Civil...................................................................70</p><p>Mensagem Final.............................................................................71</p><p>15. Referências...............................................................................72</p><p>A gestação é um período de grandes transformações na sua vida</p><p>como mulher, de seu (sua) parceiro (a) e sua família. Ela pode ter</p><p>sido planejada ou você e sua família podem ter sido surpreendidos</p><p>com essa notícia. Em ambas situações surgem muitas dúvidas,</p><p>sobre as transformações do corpo, as relações familiares e você pode</p><p>ter sentimentos, muitas vezes contraditórios, com essas mudanças.</p><p>As transformações também acontecem com o bebê que já inicia seu</p><p>desenvolvimento ainda na barriga. Por isso, é muito importante que</p><p>vocês conheçam esses processos e compreendam como eles ocor-</p><p>rem.</p><p>Ao longo desses meses que vocês estão se preparando para a</p><p>chegada do bebê, o Primeira Infância Melhor (PIM) busca apoiá-los,</p><p>tanto neste momento quanto após o nascimento, acompanhando a</p><p>família até os cinco anos de idade. O PIM</p><p>é um programa que tem</p><p>como objetivo apoiar e orientar você e sua família ao longo do perío-</p><p>do gestacional, parto e puerpério, fortalecendo o exercício da paren-</p><p>talidade (cuidar, educar, proteger), promovendo a proteção às crian-</p><p>ças e o desenvolvimento integral infantil. O programa pode ser</p><p>também um facilitador no acesso à rede de serviços, quando são</p><p>identificadas necessidades. Além disso, promove o desenvolvimen-</p><p>to integral das crianças, que é uma necessidade e um direito de toda</p><p>criança.</p><p>Para isso, você receberá visitas e participará de atividades</p><p>grupais mediadas pelo visitador do PIM. Por meio de atividades que</p><p>vocês realizarão juntos, ele escutará suas ansiedades e necessidades,</p><p>esclarecerá dúvidas, além de lhe apoiar nesta fase importante.</p><p>Este Guia da Gestante foi elaborado pensando exatamente em</p><p>você e sua família e traz a vocês orientações e dicas que podem apoi-</p><p>á-los. Nas páginas do Guia da Gestante você encontrará assuntos,</p><p>como:</p><p>As ações do PIM são complementares ao cuidado pré-natal, que</p><p>deve ser feito na unidade de saúde de referência. As orientações do</p><p>visitador e dos profissionais de saúde contribuem para uma gesta-</p><p>ção saudável e a vinculação entre você, sua família e o bebê.</p><p>Alterações corporais mais comuns na mulher grávida;</p><p>Períodos gestacionais;</p><p>Pré-natal;</p><p>Alimentação Saudável;</p><p>Saúde Bucal;</p><p>Cuidados importantes durante a gestação;</p><p>Parto;</p><p>Pós-parto;</p><p>Amamentação;</p><p>Triagem Neonatal;</p><p>Direitos.</p><p>Ao pensarmos no sentido da palavra pré-natal, convém refletir</p><p>sobre o seu significado. Pré é o que vem antes, o que se antecipa,</p><p>enquanto “natal” está relacionado ao nascimento, início da vida.</p><p>O ideal é que, quando o desejo de engravidar se manifeste, você</p><p>e seu companheiro se vinculem a algum serviço de saúde para reali-</p><p>zar uma avaliação. Esta atitude aumentará as chances de uma gravi-</p><p>dez saudável. Porém, se isso não acontecer, deve-se dar início ao</p><p>pré-natal, tão logo a gravidez seja confirmada e, preferencialmente,</p><p>antes das 12 semanas de gestação.</p><p>Na primeira consulta, o exame que será feito em você será com-</p><p>pleto, inclusive com avaliação ginecológica. Todas as informações</p><p>sobre o histórico de doenças da família devem ser fornecidas à equi-</p><p>pe de saúde e a gestante deve aproveitar o momento para esclarecer</p><p>todas as suas dúvidas sobre as futuras transformações do seu corpo.</p><p>Serão solicitados exames com o objetivo de se detectar algum</p><p>problema materno que possa afetar a saúde do bebê e garantir o bom</p><p>desenvolvimento da gestação, como: hemograma (exame de</p><p>sangue), testes para sífilis e rubéola, HIV, glicemia (diabetes), grupo</p><p>Se você não reside no município da maternidade, conver-</p><p>se com o profissional de saúde sobre como proceder em caso de</p><p>intercorrências e/ ou trabalho de parto.</p><p>Evitar o não comparecimento em consultas e exames.</p><p>Convidar a sua parceria sexual para uma consulta de</p><p>pré-natal proporcionando melhoria no vínculo familiar e também</p><p>prevenir e tratar ISTs.</p><p>Utilizar preservativos masculinos ou femininos em todas</p><p>as relações sexuais durante a gestação e amamentação, previne as</p><p>ISTs, reduzindo a possibilidade de transmissão vertical.</p><p>Seguir as orientações da equipe de saúde quanto à</p><p>alimentação, medicação se necessária, e atividades físicas.</p><p>Ter sempre a sua Caderneta da Gestante preenchida e</p><p>atualizada com todos os dados importantes;</p><p>Manter organizados todos os exames realizados;</p><p>Lembre-se de:</p><p>sanguíneo e fator Rh, urina e outros que o profissional de saúde</p><p>julgar necessário. Esses exames, possivelmente serão repetidos no</p><p>decorrer da gestação. Os exames de sífilis e HIV podem ser realiza-</p><p>dos por Teste Rápido na própria unidade de saúde. Sua caderneta de</p><p>vacinação será verificada e serão recomendadas atualizações neces-</p><p>sárias, também são solicitadas ao longo da gestação ultrassonogra-</p><p>fias.</p><p>Todas as informações sobre sua gestação serão registradas na</p><p>Caderneta da Gestante e deverá ser levada em todas as idas aos</p><p>serviços de saúde (Unidade de saúde, ambulatório de gestação de</p><p>alto risco, pronto atendimento e maternidade).</p><p>É fundamental que você realize seis ou mais consultas de</p><p>pré-natal, considerando que sempre é avaliado o seu estado geral,</p><p>como: pressão arterial, crescimento uterino, batimentos cardíacos,</p><p>movimentos fetais, etc, para avaliação.</p><p>Qualquer alteração, ou se o parto não ocorrer até sete dias após</p><p>a data provável, você deverá ser encaminhada ao serviço de referên-</p><p>cia.</p><p>A alimentação deve atender as suas necessidades individuais,</p><p>respeitando suas condições sociais, econômicas e a sua cultura.</p><p>Para uma gestação saudável é necessário que você tenha cuida-</p><p>dos com a alimentação, pois é importante fator no desenvolvimento</p><p>do feto, no trabalho de parto, no pós-parto e na amamentação.</p><p>Não existe alimento que sozinho de conta de tudo o que o nosso</p><p>corpo precisa. Por isso, quando você puder, experimente alimento de</p><p>cores, texturas e sabores diferentes. Faça o seu prato o mais colorido</p><p>possível!</p><p>Para garantir a ingestão diária de vitaminas e minerais, você</p><p>deve:</p><p>Consumir alimentos naturais como frutas (laranja, banana,</p><p>goiaba, amora, pitanga, caqui, ameixa, pêssego, abacate), leite, ovos</p><p>peixe, gado, frango, fígado e outros miúdos, feijão, arroz, milho,</p><p>batata, mandioca (aipim), tomate, abóbora, alface, couve, agrião,</p><p>espinafre entre outros.</p><p>Faça uso de temperos como manjerona, temperinho verde,a-</p><p>lecrim, louro e utilize pequenas quantidade de sal , óleo e gorduras,</p><p>açúcar ao preparar seus alimentos.</p><p>Limite o consumo de alimentos em conservas como picles,</p><p>cenoura, rabanete, repolho; doces em compotas, pães industrializa-</p><p>dos com os de sanduíche, bisnaguinha, por exemplo.</p><p>Procure comer em local tranquilo e, sempre que possível na</p><p>companhia de familiares, amigos ou colegas de trabalho ou escola;</p><p>Beba bastante água! Dê preferência para consumir entre as</p><p>refeições.</p><p>Se possível, faça pequenos lanches entre o café da manhã , o</p><p>almoço e o jantar. Uma fruta é sempre uma boa ideia!</p><p>Consumir carnes bem passadas e ovos cozidos, evitando os</p><p>crus, pelo risco de contaminação;</p><p>Lave bem as frutas e verduras antes de consumi-las. Se possí-</p><p>vel, coloque de molho em uma solução feita com um (01) litro de</p><p>água e uma (01) colher de sopa de hipoclorito (água sanitária).</p><p>Deixe os legumes e as frutas de molho nesta solução por 15 minutos.</p><p>Depois lave com água corrente.</p><p>Evite o consumo de sucos, refrigerantes, balas, chicletes,</p><p>sorvetes e picolés, bolos, bolachas e biscoitos, preparações que este-</p><p>jam prontas nas prateleiras dos mercados.</p><p>Evite o consumo de adoçantes artificiais como sacarina,</p><p>aspartame e outros, pois são prejudiciais à saúde do bebê.</p><p>Reduza o consumo de café, chimarrão e chá preto.</p><p>Evite o consumo de bebidas alcoólicas e do cigarro para ga-</p><p>rantir o nascimento de um bebê saudável.</p><p>A gravidez é uma fase de mudanças no organismo da mulher,</p><p>inclusive em sua saúde bucal. Você deverá tomar cuidado redobrado</p><p>para evitar cáries e inflamação das gengivas. O não acompanhamen-</p><p>to e a falta de cuidados, podem ocasionar o enfraquecimento da</p><p>estrutura dos dentes que leva ao aparecimento da cárie e gengivite.</p><p>O uso pode</p><p>causar alterações dentárias e prejudicar a mastigação, a deglutição</p><p>(ato de engolir), a fala, a respiração e o crescimento da face.</p><p>Sabe-se que gravidez não é sinônimo de doença, mas que este</p><p>período na vida da mulher requer alguns cuidados. Em alguns casos,</p><p>é necessário acompanhamento mais frequente pela equipe de saúde,</p><p>assim como o apoio de familiares e pessoas próximas.</p><p>É extremamente importante que você tenha clareza sobre o que</p><p>são considerados fatores de risco para entender o motivo pelo qual</p><p>os profissionais de saúde reforçam tanto a realização de consultas de</p><p>pré-natal. Este acompanhamento protegerá sua saúde e a do bebê.</p><p>Estar com baixo peso, sobrepeso ou obesidade (este fator é</p><p>medido a partir do Índice de Massa Corporal- IMC - que permite ver</p><p>o peso ideal a partir da altura, em consulta, o profissional</p><p>de saúde</p><p>te informará esse índice)</p><p>Ter histórico de</p><p>doenças anteriores, como</p><p>pressão alta, diabetes, ane-</p><p>mias, hipotireoidismo, uso de</p><p>medicamentos de forma contínua,</p><p>Na adolescência, você ainda está em pleno desenvolvimento e,</p><p>além das mudanças físicas, pode enfrentar alterações emocionais e</p><p>sociais, que às vezes se intensificam na gravidez. Embora a vinda de</p><p>um bebê envolva responsabilidade por parte dos pais, a gestação não</p><p>é motivo para a desistência da escola; a continuidade dos estudos é</p><p>um direito garantido por lei (Leia o capítulo 14 - página 66).</p><p>As alterações hormonais na adolescência e na gravidez podem</p><p>trazer instabilidade emocional, mudança de humor, medo, vergonha,</p><p>tristeza, ansiedade, diminuição da autoestima e insegurança. Junto a</p><p>isso, somam-se os desafios e responsabilidades dessa nova fase.</p><p>É importante que se estabeleça um diálogo aberto com sua fa-</p><p>mília de modo a fortalecer sua relação afetiva com o bebê. O Visita-</p><p>dor do PIM, assim como o Agente Comunitário de Saúde e outros</p><p>membros da equipe de saúde, educação e assistência, podem auxiliar</p><p>muito na acolhida e na solução de dúvidas neste período.</p><p>Ter histórico de doenças infectoconatgiosas (rubéola, tuber-</p><p>culose, meningite), entre outras;</p><p>Fazer uso de drogas lícitas e ilícitas, como cigarro, álcool e</p><p>outras drogas.</p><p>Condições ambientais desfavoráveis (exemplos intervalo</p><p>entre os partos menor que 2 anos ou maior que cinco anos, cirurgia</p><p>uterina anterior a gestação, infecção urinária em gestação atual, três</p><p>ou mais cesarianas).</p><p>infecções e/ou doenças sexualmente transmissíveis (HIV, AIDS,</p><p>sífilis, hepatite, gonorreia, HPV), entre outras;</p><p>Hoje em dia, tem sido mais comum as mulheres engravidarem</p><p>após os 35 anos, por várias razões. Os avanços científicos qualificaram</p><p>os cuidados com gestantes de mais idade encorajam as mulheres a</p><p>serem mães em um período de maior maturidade.</p><p>É necessário lembrar que, segundo estudos científicos mais</p><p>recentes, o fator de risco de gravidez tardia pode ser controlado.</p><p>Através de adequada assistência, desde antes da gravidez, durante o</p><p>pré-natal, no trabalho de parto, no parto e no período pós-parto,</p><p>pode-se prevenir riscos e agravos, tanto para a mãe quanto para o</p><p>bebê. Também deve ser dada a devida atenção ao bebê, visando a</p><p>identificação de possíveis alterações no desenvolvimento da criança.</p><p>Quando a gestante com mais idade tem algumas doenças como,</p><p>por exemplo, hipertensão arterial (pressão alta) e diabetes (açúcar</p><p>no sangue), os cuidados devem ser reforçados. Pressão alta é um</p><p>dos principais riscos à saúde da gestante, mas é controlável através</p><p>de um estilo de vida saudável e acompanhamento médico. Nestas e</p><p>em outras situações pode ser indicado o acompanhamento em</p><p>centro de atendimento especializado para gestantes, tanto no</p><p>pré-natal como no pré-parto, parto e depois deste. O objetivo é dar</p><p>suporte e cuidados especiais para a mulher e seu bebê.</p><p>mulher tem mais de 35 anos de idade.</p><p>A saúde mental da gestante também exige cuidados especiais.</p><p>É muito importante que você tenha clareza da diferença entre um</p><p>sentimento de tristeza ocasional e um estado depressivo que exige</p><p>cuidados ampliados da equipe de saúde.</p><p>No período gestacional é comum uma maior sensibilidade emo-</p><p>cional, com sentimentos às vezes contraditórios, com relação a</p><p>chegada do bebê, e as diversas adaptações no dia a dia. Se esses</p><p>sentimentos se tornarem intensos e constantes, com crises de choro</p><p>e tristeza, você e sua família devem dar atenção especial a eles e</p><p>dialogar com o visitador e com os profissionais de saúde de referên-</p><p>cia.</p><p>São infecções transmitidas através da relação sexual que podem</p><p>colocar sua saúde em risco. Para prevenir as IST, como a Aids, sífilis</p><p>e alguns tipos de hepatites, o uso da camisinha é simples e eficaz.</p><p>Dependendo da situação, outras formas de prevenção podem ser</p><p>combinadas, se você tiver dúvidas converse com a equipe de saúde.</p><p>Grande parte das IST tem cura se tratadas corretamente, por-</p><p>tanto é importante que você e sua parceria sexual realizem os</p><p>exames e tratamento adequado, se seu parceiro não tratar, você</p><p>pode pegar novamente.</p><p>Caso você seja diagnosticada com alguma destas infecções, o</p><p>engajamento do(a) seu (sua) parceiro(a) neste processo é funda-</p><p>Cansaço constante;</p><p>HIV é a abreviatura para o Vírus da Imunodeficiência Humana.</p><p>Causador da Aids. O vírus ataca o sistema de defesas do corpo, o</p><p>qual nos protege contra doenças, ou seja, quem é portador do HIV</p><p>deve tomar cuidados especiais em relação a sua saúde para que o</p><p>sistema de defesas do corpo se mantenha forte. Dessa forma, a</p><p>presença do HIV/AIDS configura um fator de risco para a gestação,</p><p>sendo essencial que se faça acompanhamento junto à equipe de</p><p>saúde para avaliar a hora certa de iniciar o tratamento com medica-</p><p>mentos específicos (terapia antirretroviral).</p><p>Outra preocupação em relação ao HIV é o seu diagnóstico.</p><p>Muitas mulheres tomam conhecimento da infecção pelo vírus ao</p><p>realizar o pré-natal, às vezes durante o parto ou pós-parto, ou ainda,</p><p>somente quando descobrem que sua criança está infectada.</p><p>mental, tanto no que se refere ao diagnóstico como no acompanha-</p><p>mento e tratamento. Grande parte das Ists tem cura se tratadas</p><p>corretamente, portanto é importante que você e sua parceria sexual</p><p>realizem os exames e tratamento adequadamente, se sua parceria</p><p>não tratar, você poderá pegar novamente.</p><p>É importante que você saiba que dentre as infecções listadas</p><p>acima, existem vacinas contra algumas Hepatites Virais. Para a</p><p>gestante está disponível a vacina da Hepatite B. Veja a seguir as</p><p>orientações fornecidas pelo Ministério da Saúde para gestantes e</p><p>crianças.</p><p>No pré-natal, a equipe de saúde, indica a terapia antirretroviral.</p><p>Esse tratamento reduz consideravelmente a chance de transmis-</p><p>são para o bebê. O indicado atualmente pelo Ministério da Saú-</p><p>de é que se inicie com a medicação a partir da 14ª semana de</p><p>Quanto antes for realizado o diagnóstico melhor. Isso favorece</p><p>o acompanhamento precoce pela equipe de saúde, preservando a</p><p>saúde. Sabe-se que o portador de HIV que faz tratamento e cuida de</p><p>sua saúde, tem grandes chances de ter uma vida longa, como qual-</p><p>quer outra pessoa.</p><p>Em gestações planejadas, com intervenções realizadas adequa-</p><p>damente durante o pré-natal, o parto e a amamentação, o risco de</p><p>transmissão vertical do HIV é reduzido a menos de 2%.</p><p>É importante que você saiba que, desde 2012, está previsto em</p><p>lei que os teste para o HIV e Sífilis sejam realizados na Unidade</p><p>Básica de Saúde-UBS de sua referência, e no caso das gestantes,</p><p>assim que começa o pré-natal. No terceiro trimestre da gestação e</p><p>na hora da admissão para o parto na maternidade, os testes rápidos</p><p>também devem ser realizados. No caso em que sua UBS não possua</p><p>testes rápidos, exames laboratoriais para essas doenças devem ser</p><p>solicitados.</p><p>O engajamento do(a) seu (sua) parceiro(a) neste processo é</p><p>fundamental, tanto no que se refere ao diagnóstico do HIV, como no</p><p>acompanhamento e tratamento. Se o casal for soropositivo, o uso da</p><p>camisinha ainda é necessário para que não ocorra o que chamamos</p><p>de troca de vírus, aumentando a quantidade de vírus no corpo e</p><p>tornando o tratamento menos eficaz.</p><p>Todas as pessoas com HIV/AIDS devem usar antirretrovirais,</p><p>incluindo a gestante. Os antirretrovirais devem ser mantidos após</p><p>o nascimento do bebê, para preservar a saúde, melhorando sua</p><p>qualidade e expectativa de vida da mãe. Se você não tem HIV, a</p><p>amamentação é fundamental para o seu bebê, mas é importan-</p><p>te que você tome medidas de prevenção, como o uso do preser-</p><p>vativo. Se você tiver alguma situação de risco para o HIV, você</p><p>deve procurar o serviço de saúde e realizar o teste e medidas</p><p>preventivas, se for o caso. Além disso, não permita que nenhuma</p><p>outra mulher amamente seu bebê, devido ao risco de contrair</p><p>infecções, dentre elas o HIV.</p><p>Está indicada a realização de testes rápidos para todas as ges-</p><p>tantes e seus parceiros na maternidade,</p><p>independente de já</p><p>terem realizado o teste no pré-natal. Quanto à transmissão do</p><p>HIV, é indicada medicação específica para a mãe, durante o</p><p>trabalho de parto e pós-parto, e também para o bebê logo após</p><p>o nascimento até o 28º dia de vida. É extremamente importante</p><p>que a criança tome esta medicação para prevenir a infecção.</p><p>Saber do diagnóstico do seu parceiro é importante para prevenir</p><p>a doença para você seu bebê . A equipe de saúde vai orientá-la</p><p>de como dar os medicamentos em casa para o bebê e qual</p><p>serviço de saúde você precisa procurar para acompanhar a</p><p>criança.</p><p>de é que se inicie com a medicação a partir da 14ª semana de</p><p>gravidez. Todas as pessoas com HIV/Aids devem usar antirretro-</p><p>virais, incluindo a gestante. Os antirretrovirais devem ser manti-</p><p>dos após o nascimento do bebê, para preservar a saúde, melho-</p><p>rando sua qualidade e expectativa de vida da mãe.</p><p>A Sífilis é uma infecção que tem três fases. Num primeiro mo-</p><p>mento, os sinais são feridas que podem aparecer no local do contato</p><p>como boca e ânus. Como esta fase é passageira e com o tempo as</p><p>feridas desaparecem, muitas pessoas pensam que estão curadas e</p><p>não buscam tratamento. Porém, a doença permanece e outros sinto-</p><p>mas surgem com o passar do tempo, podendo afetar o cérebro,</p><p>causando sequelas.</p><p>básica de saúde ou serviço de referência de seu município.</p><p>Hoje em dia há uma aceitação maior da sociedade em relação ao</p><p>HIV/AIDS, mas o preconceito ainda é forte e muitas pessoas que</p><p>vivem com o HIV passam por situações difíceis. Ainda existe a ideia</p><p>de que o HIV pode ser transmitido através do toque ou na utilização</p><p>de objetos compartilhados no dia a dia. Isso é um mito, pois com-</p><p>provadamente as formas de transmissão relação sexual, comparti-</p><p>lhamento de seringa e transfusão de sangue infectado. A Aids está</p><p>presente em homens e mulheres e em diferentes grupos e classes</p><p>sociais.</p><p>A penicilina é a medicação de escolha para todas as fases da</p><p>infecção. O diagnóstico, acompanhamento e tratamento do(a)</p><p>parceiro(a) também se fazem necessários. É importante salientar</p><p>que o tratamento não impede nova infecção. Caso haja relação</p><p>sexual desprotegida (sem o uso do preservativo masculino ou femi-</p><p>nino), com pessoas que tenham sífilis, é possível que ocorra nova</p><p>infecção. O tratamento reduz de maneira significativa a transmissão</p><p>da bactéria causadora da sífilis para o bebê.</p><p>Assim como você, o(a) seu(sua) companheiro(a) pode precisar</p><p>de orientação/compreensão quanto às práticas sexuais durante a</p><p>gestação. Caso seja necessário, busque orientação junto à equipe de</p><p>saúde.</p><p>Dialogue com o(a) seu(sua) companheiro(a) sobre como</p><p>vocês estão se sentindo com relação ao sexo neste período.</p><p>Se você faz uso de alguma dessas substâncias, é de extrema</p><p>importância que saiba dos malefícios do uso e das consequências</p><p>para a saúde do bebê.</p><p>Saiba que, ingerir bebidas alcoólicas durante a gestação pode</p><p>trazer sequelas, como por exemplo, baixo peso ao nascer, deficiência</p><p>intelectual ou física, maior risco de aborto, parto prematuro ou</p><p>morte fetal. Além disso, pode provocar síndromes e malformações.</p><p>O uso de outras drogas pode causar efeitos, tanto no feto</p><p>quanto no recém-nascido, que podem ser: prematuridade, altera-</p><p>ções do crescimento e consequências graves, como malformações</p><p>físicas e alterações neurológicas.</p><p>A fumaça do cigarro também pode causar riscos, sendo assim, é</p><p>fundamental que você evite ficar próxima de pessoas que estejam</p><p>fumando.</p><p>Parar ou diminuir o consumo de álcool, fumo ou outras drogas</p><p>durante a gestação é essencial. Caso você tenha dificuldade, procure</p><p>ajuda junto à equipe de saúde. O Sistema Único de Saúde – SUS</p><p>oferece atendimento em serviços especializados.</p><p>Os chás medicinais para uso em gestantes devem ser avaliados</p><p>pelo profissional da saúde. Muitos não são recomendados, principal-</p><p>mente nos 3 primeiros meses de gestação. Por exemplo, os chás com</p><p>grande quantidade de cafeína (chá verde, chá preto e infusões com</p><p>erva-mate, inclusive o chimarrão) devem ser evitados por agravar</p><p>episódios de azia e pela tendência de provocarem insônia.</p><p>Assim, você deve comunicar ao profissional da saúde sobre a</p><p>utilização de chás medicinais e receberá orientações corretas para o</p><p>uso desta prática terapêutica.</p><p>Não faça uso de medicamentos sem orientação médica, nem os</p><p>comumente utilizados. A utilização de remédios nesse período pode</p><p>causar aborto ou malformação no feto.</p><p>Caso você faça uso de medicação de uso contínuo, informe ao</p><p>profissional de saúde.</p><p>Durante a gestação e principalmente no primeiro trimestre, não</p><p>é indicado que você realize colorações, alisamentos, onduladores e</p><p>demais procedimentos com produtos químicos. O feto é sensível à</p><p>ação de substâncias tóxicas que são utilizadas nesses procedimen-</p><p>tos.</p><p>(conheça mais sobre os</p><p>seus direitos na página 66)</p><p>Organize seus documentos ou peça ajuda ao(a) companhei-</p><p>ro(a) ou familiar e coloque todos juntos para levar à maternidade;</p><p>Conhecer a maternidade através de uma visita orientada, duran-</p><p>te o pré-natal, é importante para deixá-la mais segura. Lembre-se</p><p>também que pode ter um acompanhante da sua escolha ao longo do</p><p>trabalho de parto parto, parto e pós-parto (Conforme LEI Nº</p><p>11.108, de 7 de abril de 2005, para saber consulte a página 69 deste</p><p>guia).</p><p>Se você ainda não tomou algumas medidas práticas, está na</p><p>hora de começar.</p><p>Se você utiliza medicação de uso contínuo comunique a equipe</p><p>de saúde e leve-a juntamente com a receita médica.</p><p>Cada mulher vive a experiência do parto de uma maneira,</p><p>segundo seu momento de vida, etnia e cultura. O nascimento de um</p><p>filho ou filha é um marco na história de vida da mãe, do pai e/ou</p><p>parceria, da família e do bebê.</p><p>Apesar de a posição</p><p>ainda mais usada para o parto ser</p><p>a da mulher deitada, ou seja, a mesma do</p><p>exame ginecológico. Outras posições como de</p><p>cócoras, sentada ou de joelhos também favorecem o</p><p>nascimento do bebê porque o canal do parto fica mais</p><p>curto, a abertura da vagina fica maior e o oxigênio</p><p>circula melhor para o bebê. Dialogue com a</p><p>equipe de saúde.</p><p>No momento do nascimento as contrações são fortes, acompa-</p><p>nhadas de “uma vontade de empurrar”. A dilatação do colo do útero</p><p>é total, possibilitando a saída do bebê. O parto termina com a expul-</p><p>são da placenta e restos da bolsa d’água.</p><p>O pai ou parceiro(a) também deve ser estimula-</p><p>do(a) a permanecer com vocês, pois esse também é um momento</p><p>importante para a vinculação entre ele(ela) e o bebê e ainda para o</p><p>casal.</p><p>FONTE: Ministério da Saúde (2018) Caderneta da Gestante. p. 34</p><p>Após o nascimento do bebê inicia-se uma fase importante em</p><p>sua vida, chamada puerpério, também conhecido como “resguardo”</p><p>ou “quarentena” que dura aproximadamente 42 dias.</p><p>O momento após o parto, é um período de possível fragilidade</p><p>e instabilidade para a mulher, devido às alterações hormonais, emo-</p><p>cionais, sociais e familiares que envolvem a maternidade.</p><p>O apoio do(a) companheiro(a) e/ou da família é muito impor-</p><p>tante neste período. A mulher precisa de auxílio para passar este</p><p>período com maior tranquilidade e sentir-se mais segura, sem</p><p>muitas dificuldades. Carinho e compreensão são fundamentais por</p><p>parte daqueles que convivem com a puérpera.</p><p>A presença ativa do pai e/ou parceiro(a) no acompanhamento</p><p>da gestação, o estimula a uma maior participação e responsabilidade.</p><p>O acompanhamento por profissionais de saúde é fator de funda-</p><p>mental importância nessa fase.</p><p>O período do pós-parto é muito delicado e rico em aprendiza-</p><p>gem. Esse é o momento em que você, o pai e/ou parceiro(a) e fami-</p><p>liares devem reconhecer seus novos papéis dentro da família. É</p><p>importante que se organizem para bem acolher o bebê.</p><p>O seu bebê acaba de nascer e é muito importante que a família</p><p>aprenda a identificar suas necessidades, observando suas preferên-</p><p>cias e o modo como se comunica. É um novo ser que passa a fazer</p><p>parte da família, exigindo a atenção de todos.</p><p>Toda criança, ao nascer, depende dos cuidados de um adulto</p><p>responsável.</p><p>Precisa ser alimentada, protegida e cuidada. O amor de</p><p>seus pais, cuidadores e demais familiares facilita os estímulos tão</p><p>importantes para seu desenvolvimento.</p><p>O choro do bebê é uma das manifestações que mais angustiam</p><p>vocês nos primeiros dias. Procurem identificar por que seu bebê</p><p>está chorando e busque atender às suas necessidades.</p><p>Na consulta de puerpério, você e o profissional de saúde que</p><p>a acompanha, também conversarão sobre o desejo de uma nova</p><p>gestação e sobre métodos contraceptivos que são mais adequados</p><p>para você.</p><p>Você deve ir a unidade de saúde na primeira semana após o</p><p>parto, sempre que possível junto com seu(sua) companheiro(a) é</p><p>importante para que você e o bebê possam ser avaliados pela equipe</p><p>de saúde.</p><p>Se mesmo dando toda a atenção e cuidados ao seu bebê, ele</p><p>continuar chorando muito, convém levá-lo à unidade de saúde para</p><p>que os profissionais de saúde possam avaliar o porquê do choro.</p><p>traindicação siga orientações médicas. Veja orientações sobre aleit-</p><p>tamento materno na página 55;</p><p>Lembre-se que, a consulta da primeira semana de vida do</p><p>bebê deve ser realizada na unidade de saúde que é sua referência.</p><p>Nesse primeiro contato após a alta da maternidade, vários cuidados</p><p>essenciais devem ser ofertados para você e bebê, como: consulta de</p><p>pós-parto para a mulher com verificação da Caderneta da Gestante,</p><p>orientações sobre o planejamento reprodutivo, vacinação, apoio e</p><p>incentivo ao aleitamento materno, orientações sobre o crescimento</p><p>e desenvolvimento infantil, agendamento da próxima consulta do</p><p>bebê, triagens neonatais, esclarecimentos e orientações quanto aos</p><p>primeiros cuidados com o recém-nascido e consulta do bebê com a</p><p>verificação dos registros da Caderneta de Saúde da Criança.</p><p>Providencie as vacinas para o bebê junto à equipe de saúde.</p><p>Atenção!</p><p>As consultas de rotina para a criança devem ser realizadas</p><p>conforme o preconizado pelo Ministério da Saúde (1ª semana, 1º,</p><p>2º, 4º, 6º, 9º, 12º, 18º e 24º mês de vida) A partir de 2 anos de idade,</p><p>as consultas de rotina devem ser anuais.</p><p>Lembre-se! Leve sempre a Caderneta da Criança em todas as</p><p>consultas.</p><p>Nunca utilize qualquer</p><p>tipo de creme, pomada ou</p><p>curativo. Não cubra o</p><p>umbigo com faixas, pois</p><p>ele deve ficar arejado para</p><p>permanecer bem seco;</p><p>O bebê já ouve ao nascer, mas sua visão irá desenvolver-se</p><p>gradativamente nos meses que seguem. Pouco a pouco, o bebê</p><p>passa a fixar os olhos nas pessoas e nos objetos próximos;</p><p>Sempre que possível, chame o pai e/ou parceiro(a) e</p><p>os irmãos para participarem, pois este também é um momento de</p><p>fortalecimento do vínculo afetivo com a família.</p><p>Se você sentir algum desses sinais, deve buscar ajuda e procurar</p><p>a equipe de saúde mais próxima o mais breve possível. Pode procu-</p><p>rar também um CAPS - Centro de Atenção Psicossocial ou a emer-</p><p>gência do hospital geral. A avaliaçao da gravidade da situação deverá</p><p>ser feita pelo médico clínico, psiquiatra ou psicólogo, podendo ser</p><p>indicado tratamento com medicação ou, acompanhamento psicoló-</p><p>gico.</p><p>No início da mamada, o leito é rico em proteínas, lactose, vita-</p><p>minas, sais minerais e água que sacia a sede do bebê. No decorrer da</p><p>mamada, aumentada a quantidade de gordura, o que dá sociedade ao</p><p>bebê. Daí a importância da criança esvaziar ambas as mamas, pois</p><p>nos primeiros tempos, a maioria dos bebês não consegue esvaziá-las</p><p>totalmente. Sendo assim, é importante que a próxima mamada você</p><p>inicie pela mama que foi menos estimulada na mamada anterior.</p><p>As crianças que mamam no peito adoecem menos, porque o</p><p>leite materno é livre de bactérias e também contém anticorpos que</p><p>funcionam como uma verdadeira vacina, pois o bebê ainda está</p><p>construindo a sua imunidade.</p><p>Atenção! Existem algumas situações especiais em que o aleita-</p><p>mento materno não é indicado. A mãe portadora do vírus HIV, por</p><p>exemplo, não deve amamentar. É importante buscar uma alternativa</p><p>segura para alimentar seu bebê. Nenhum bebê deve ser amamenta-</p><p>do por outra pessoa que não seja a sua mãe. Nessas situações o bebê</p><p>tem acesso a fórmula láctea durante todo o primeiro ano de vida</p><p>Inclua o pai nas consultas de pré-natal, nos exames de</p><p>ecografia, no preparo do enxoval, incentive o companheiro(a), para</p><p>Entender um pouco a história do outro facilita o planeja-</p><p>mento da maternidade e da paternidade. A história de cada um</p><p>pode ajudar a pensar que tipo de mãe e pai querem ser.</p><p>Depois do nascimento de seu bebê é importante que você</p><p>não exerça todo o cuidado sozinha. Muitas vezes, as</p><p>Inclua a presença do pai durante a amamentação, mes-</p><p>mo este sendo um ato materno. A particioação do pai é possível</p><p>e importante, podendo ajudar no posicionamento do bebê, além</p><p>de proporcionar conforto para você.</p><p>Conversem sobre a infância que tiveram. Isso pode apro-</p><p>ximá-los mais e fazer com que possam entender melhor um ao</p><p>outro neste momento da vida. Como foi a infância de vocês?</p><p>Do que costumavam brincar? Quais foram os momentos mais</p><p>felizes; as pessoas importantes de quando eram crianças? Que</p><p>momentos foram difíceis?;</p><p>Leiam este guia juntos. Este pode ser um bom começo;</p><p>que o mesmo realize exames de rotina preventivos, bem como</p><p>acompanhe o momento do parto. Esses momentos são impor-</p><p>tantes para promover um pai e mãe saudáveis, de modo que a</p><p>família possa ter tranquilidade para dar os cuidados necessários</p><p>ao bebê. Estes cuidados refletem inclusive na saúde e bem-es-</p><p>tar do recémnascido.</p><p>A presença do seu companheiro durante o parto pode</p><p>gerar mais segurança para você, que reconfortada pela presença</p><p>do marido/companheiro/namorado poderá contribuir com um</p><p>trabalho de parto mais confortável na medida do possível,</p><p>tornando o ambiente hospitalar mais acolhedor para essa nova</p><p>vida.</p><p>Além disso, nessas consultas a você e sua família será</p><p>orientada sobre a prevenção e formas de tratamento de eventu-</p><p>ais infecções.</p><p>Além disso, essas consultas a você e sua família será</p><p>orientada sobre a prevenção e formas de tratamento de eventu-</p><p>ais infecções sexualmente transmissíveis e não transmissíveis,</p><p>recebendo informações acerca do planejamento familiar, possi-</p><p>bilitando, assim, que os planos do casal se realizem.</p><p>mulheres não consideram os homens como parceiros no cuida-</p><p>do ao bebê, o que pode prejudicar a aproximação entre pai e</p><p>filho(a).</p><p>Um pai se torna pai vivendo este momento. Então, por que</p><p>não envolvê-lo no cuidado e atenção ao bebê, como dar banho,</p><p>levar às consultas de saúde, alimentar, brincar, trocar as fraldas</p><p>e ninar.</p><p>Na maternidade onde o</p><p>bebê nasceu.</p><p>Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), você</p><p>tem o direito de ser atendida com sigilo, autonomia e de receber</p><p>informações sobre saúde sexual e reprodutiva. E, sempre que prefe-</p><p>rir, pode ser atendida sozinha.</p><p>O bebê pode ser registrado na maternidade/hospital onde</p><p>nasceu ou no Cartório de Registro Civil do município de nascimen-</p><p>to ou de residência. Para realizar o registro devem ser apresentados</p><p>os documentos dos pais e a Declaração de Nascido Vivo – DNV</p><p>fornecida pela maternidade ou hospital.</p><p>72</p><p>Ministério da Saúde. Caderneta da Criança. Passa-</p><p>porte da Cidadania. 1ª edição. Brasília-DF, 2019</p><p>Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral</p><p>à Saúde da Criança: Orientações para implementação/Ministério</p><p>da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações</p><p>Programáticas Estratégicas. Brasília: Ministério da Saúde, 2018.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Lei nº 11.340/2007. Garante à ges-</p><p>tante o direito de ser informada anteriormente, pela equipe do</p><p>pré-natal, sobre qual a maternidade de referência para seu parto</p><p>e de visitar o serviço antes do parto. Brasília-DF.</p><p>2018.</p><p>EMA, European Medicines Agency. Community herbal monograph</p><p>on Zingiber.</p><p>76</p><p>77</p><p>YATOO, M. I., GOPALAKRISHNAN, A., SAXENA, A., PARRAY, O.</p><p>R., TUFANI, N. A., CHAKRABORTY, S., et al. Anti-inflamma-</p><p>tory drugs and herbs with special emphasis on herbal medicines</p><p>for countering inflammatory diseases and disorders</p><p>-a review.</p><p>Drug Discov., 2018.</p><p>WORLD HEALTH ORGANIZATION. WHO monographs on selec-</p><p>ted medicinal plants. Geneva, Switzerland: World Health Organi-</p><p>zation, v. 1, p. 277-287, 1999.</p><p>A Vieira Serviços</p><p>Impressos Gráficos</p><p>Rua Dom João VI, 52 - / Porto Alegre - RS</p><p>CEP: 90660-020 / Fone: (51) 3377-7884</p><p>O Primeira Infância Melhor é uma política pública de promoção</p><p>do desenvolvimento integral na primeira infância. Seu objetivo</p><p>é apoiar as famílias, a partir de sua cultura e experiências, para</p><p>que promovam o desenvolvimento integral de suas crianças,</p><p>desde a gestação até os seis anos de idade. Suas ações</p><p>buscam promover as competências familiares em suas funções</p><p>de cuidado, proteção e educação da criança nos primeiros</p><p>anos de vida; articular em rede, fortalecendo as ações da</p><p>atenção básica em saúde, proteção social básica e educação;</p><p>e promover o desenvolvimento integral na primeira infância.</p><p>www.pim.saude.rs.gov.br</p><p>Telefone: +55 51 3288.5921 / E-mail: pim@saude.rs.gov.br</p><p>Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF)</p><p>Av. Borges de Medeiros, 1501 4º andar - Ala Norte</p><p>Praia de Belas CEP 90110-150 Porto Alegre/RS</p><p>PIM - PRIMEIRA INFÂNCIA MELHOR</p>