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MINISTÉRIO DA SAÚDE CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ACOMPANHANDO OS CICLOS DE VIDA DAS FAMÍLIAS: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE PROGRAMA SAÚDE COM AGENTE E-BOOK 23 Brasília – DF 2023 MINISTÉRIO DA SAÚDE CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL Brasília – DF 2023 PROGRAMA SAÚDE COM AGENTE E-BOOK 23 ACOMPANHANDO OS CICLOS DE VIDA DAS FAMÍLIAS: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 2023 Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não Comercial – Compartilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte. A coleção institucional do Programa Saúde com Agente pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde: http://bvsms.saude.gov.br Tiragem: 1ª edição – 2023 – versão eletrônica Elaboração, distribuição e informações: MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde Departamento de Gestão da Educação na Saúde Coordenação-Geral de Ações Educacionais SRTVN 701, Via W5 Norte, lote D, Edifício PO 700, 4º andar CEP: 70719-040 – Brasília/DF Tel.: (61) 3315-3394 E-mail: sgtes@saude.gov.br Secretaria de Atenção Primária à Saúde Departamento de Saúde da Família Esplanada dos Ministérios Bloco G, 7º andar CEP: 70058-90 – Brasília/DF Tel.: (61) 3315-9044/9096 E-mail: aps@saude.gov.br Secretaria de Vigilância em Saúde SRTVN 701, Via W5 Norte, lote D, Edifício PO 700, 7º andar CEP: 70719-040 – Brasília/DF Tel.: (61) 3315.3874 E-mail: svs@saude.gov.br CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE Esplanada dos Ministérios, Bloco G, Anexo B, Sala 144 Zona Cívico-Administrativo CEP: 70058-900 – Brasília/DF Tel.: (61) 3022-8900 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL Av. Paulo Gama, 110 - Bairro FarroupilhaCEP: 90040-060 – Porto Alegre/RS Tel.: (51) 3308-6000 Coordenação-geral: Célia Regina Rodrigues Gil- MS Cristiane Martins Pantaleão – Conasems Hishan Mohamad Hamida – Conasems Isabela Cardoso de Matos Pinto - MS Leandro Raizer – UFRGS Lívia Milena Barbosa de Deus e Méllo - MS Luciana Barcellos Teixeira – UFRGS Organização: Núcleo Pedagógico do Conasems Supervisão-geral: Rubensmidt Ramos Riani Coordenação técnica e pedagógica: Carmen Lúcia Mottin Duro Cristina Crespo Diogo Pilger Fabiana Schneider Pires Valdívia Marçal Elaboração de texto: Alessandra Vaccari Revisão técnica: Alayne Larissa M. Pereira- SAPS/MS Andréa Fachel Leal – UFRGS Camila Mello dos Santos – UFRGS Carmem Lúcia Mottin Duro - UFRGS Diogo Pilger – UFRGS José Braz Damas Padilha – SVS/MS Lanusa T. Gomes Ferreira – SGTES/MS Michelle Leite da Silva – SAPS/MS Patrícia da Silva Campos – Conasems Wendy Payane F. Dos Santos- SAPS/MS Designer educacional: Alexandra Gusmão – Conasems Juliana Fortunato – Conasems Pollyanna Lucarelli – Conasems Priscila Rondas – Conasems Colaboração: Fabiana Schneider Pires- UFRGS Josefa Maria de Jesus – SGTES/MS Katia Wanessa Silva – SGTES/MS Marcela Alvarenga de Moraes – Conasems Marcia Cristina Marques Pinheiro – Conasems Rejane Teles Bastos – SGTES/MS Roberta Shirley A. de Oliveira– SGTES/MS Rosângela Treichel – Conasems Assessoria executiva: Conexões Consultoria em Saúde LTDA Coordenação de desenvolvimento gráfico: Cristina Perrone – Conasems Diagramação e projeto gráfico: Aidan Bruno – Conasems Alexandre Itabayana – Conasems Bárbara Napoleão – Conasems Lucas Mendonça – Conasems Ygor Baeta Lourenço – Conasems Fotografias e ilustrações: Banco de Imagens do Conasems Freepik Revisão: Camila Miranda Evangelista Normalização: Luciana Cerqueira Brito – Editora MS/CGDI Valéria Gameleira da Mota – Editora MS/CGDI Brasil. Ministério da Saúde. Acompanhando os ciclos de vida das famílias: saúde da criança e do adolescente [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. – Brasília : Ministério da Saúde, 2023. xx p. : il. – (Programa Saúde com Agente; E-book 23) Modo de acesso: World Wide Web: ISBN xxx-xx-xxx-xxxx-x 1. Agentes comunitários de saúde. 2. Agentes de combate às endemias. 3. Atenção básica em saúde. I. Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde. II. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. III. Título. Ficha Catalográfica Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2023/0xxx Título para indexação: Tracking Families' life cycles: children and teenager health CDU 614 Este material se refere à fundamentação teórica da segunda parte do e-book da disciplina Acompanhando os ciclos de vida das famílias. A partir de agora daremos ênfase na Saúde da Criança e do Adolescente. Com este estudo vamos refletir sobre a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) e as Diretrizes Nacionais para a Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens na Promoção, Proteção e Recuperação da Saúde. Abordaremos também os principais aspectos do acompanhamento de crianças e adolescentes saudáveis como, cuidados com recém-nascidos, crescimento e desenvolvimento, situação vacinal, aleitamento materno e introdução alimentar. Vamos entender como o Agente Comunitário de Saúde pode contribuir com as ações de promoção da saúde da criança e do adolescente com atenção em situações de violências, prevenção de acidentes, agravos prevalentes na infância, doenças crônicas e deficiências. Estude este material com atenção e consulte-o sempre que necessário! Acompanhe também a Teleaula, a aula interativa, os textos complementares e realize as atividades propostas para assimilar as informações apresentadas. Bons estudos! OLÁ, AGENTE! LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ACE - Agente de Combate às Endemias ACS - Agente Comunitário de Saúde AESP - Atividade Elétrica Sem Pulso APS - Atenção Primária à Saúde BPM - Batimentos por minuto DPI - Desenvolvimento na Primeira Infância FC - Frequência Cardíaca FR - Frequência Respiratória FV - Fibrilação Ventricular HIV - Vírus da Imunodeficiência Humana IST - Infecções Sexualmente Transmissíveis OMS - Organização Mundial da Saúde PCR - Parada Cardiorrespiratória PNTN - Programa Nacional de Triagem Neonatal PNAISC - Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança PSE - Programa Saúde na Escola RAS - Rede de Atenção à Saúde RCP - Ressuscitação Cardiopulmonar SAMU - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência SBV - Suporte Básico de Vida SINAN - Sistema de Informação de Agravos de Notificação SUS - Sistema Único de Saúde TCE - Trauma Cranioencefálico UBS - Unidade Básica de Saúde SUMÁRIO A POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA CRIANÇA (PNAISC) CUIDADOS COM O RECÉM-NASCIDO, ALEITAMENTO MATERNO E ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR SAUDÁVEL PROMOÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTO SAUDÁVEL NA INFÂNCIA, NA ADOLESCÊNCIA E NA JUVENTUDE DIRETRIZES NACIONAIS PARA A ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DE ADOLESCENTES E JOVENS NA PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO DA SAÚDE ATENÇÃO À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE COM AGRAVOS PREVALENTES NA INFÂNCIA, COM DOENÇAS CRÔNICAS E PORTADORAS DE DEFICIÊNCIAS AÇÕES DE ATENÇÃO À CRIANÇA E ADOLESCENTE EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIAS, PREVENÇÃO DE ACIDENTES E PROMOÇÃO DA CULTURA DE PAZ RETROSPECTIVA REFERÊNCIAS 6 17 25 31 36 41 47 49 A POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA CRIANÇA (PNAISC) 7 Em 5 de agosto de 2015, por meio da Portaria de número 1.130 do Ministério da Saúde, foi instituída a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS). A PNAISC tem objetivo de promover e proteger a saúde das crianças, defende o aleitamento maternoe instrumentaliza os profissionais para a realização dos cuidados integrais e integrados desde a gestação até os 9 anos de idade. A PNAISC aborda a importância da atenção integral à primeira infância e às populações de maior vulnerabilidade, objetivando a redução da morbimortalidade e promovendo condições do pleno desenvolvimento infantil em um ambiente facilitador e com condições dignas de existência. Segundo a PNAISC, a criança é todo indivíduo de 0 a 9 anos ou, se você preferir pensar em meses, é o indivíduo de 0 a 120 meses. Já a primeira infância é um período mais curto, que engloba apenas os 5 primeiros anos de vida. O atendimento à saúde da criança e do adolescente pelo SUS está garantido e deve ser realizado a todos os indivíduos até os 15 anos ou 192 meses. 8 É importante, como Agente Comunitário de Saúde (ACS), saber que os princípios que orientaram a construção da PNAISC, têm relação direta com vários aspectos do SUS já estudados no curso e também com outras políticas de atenção ao indivíduo, tais como: Agora vamos entender quais são os sete eixos estratégicos da PNAISC e como eles podem fortalecer o trabalho do (a) ACS junto à população. Porém, antes é interessante saber que esses eixos têm a finalidade de orientar e qualificar a assistência em saúde prestada às crianças em todo o território nacional. Eles sempre têm como norte os determinantes sociais para a redução da vulnerabilidade e a promoção do desenvolvimento infantil de forma saudável, com vistas a prevenir o adoecimento e o aparecimento de doenças crônicas, bem como a morte prematura das crianças. Assim, na portaria da PNAISC está escrito: Direito à vida e à saúde;1 Acesso universal à saúde;3 Prioridade absoluta da criança;2 Integralidade do cuidado;4 Equidade em saúde;5 Humanização da atenção;7 Ambiente facilitador à vida;6 Gestão participativa e controle social.8 9 Consiste na melhoria do acesso, da cobertura, da qualidade e da humanização da atenção à gestante e ao recém-nascido. Integra as ações do pré-natal e acompanhamento da criança na Atenção Primária à Saúde (APS) com aquelas já desenvolvidas nas maternidades, é muito importante que seja construída de forma articulada. Assim, após conhecer o eixo 1, vamos pensar em exemplos de sua atuação como ACS relacionados a ele: ● Vigilância do comparecimento da gestante em suas consultas de pré-natal, bem como na consulta de puerpério; vigilância no acompanhamento da utilização dos suplementos pré-natais (como ferro e ácido fólico), da realização das vacinas necessárias na gestação e da boa nutrição da mãe. ● É importante que todos da equipe saibam que, no pré-natal, toda e qualquer gestante deve ser orientada a realizar exames para identificar doenças que possam ser transmitidas aos seus bebês, em especial as infecções pelo vírus do HIV, STORCH (sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovirose, herpes simples) e do vírus zika. Atenção: estes exames só podem ser realizados se a gestante consente em fazê-los e ela tem direito ao sigilo absoluto dos resultados. Eixo 1: Atenção humanizada e qualificada à gestação, ao parto, ao nascimento e ao recém-nascido 10 ● Saber indicar para a gestante o nome do hospital ou maternidade que é a referência para o parto do seu bebê. ● Orientação quanto à importância da realização, na primeira semana de vida do bebê, da primeira consulta do recém-nascido e do Teste do Pezinho. E agora, você consegue identificar outros exemplos? Eixo 2: Aleitamento materno e alimentação complementar saudável Estratégia ancorada na promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno, iniciando na gestação, considerando-se as vantagens da amamentação para a criança, a mãe, a família e a sociedade, bem como a importância da adoção de hábitos alimentares saudáveis. Aqui, no eixo 2, também podemos pensar em exemplos de sua atuação como ACS, como: ● Escuta ativa da mãe a respeito das mamadas do bebê, identificando possíveis problemas com a amamentação que possam ser direcionados ao atendimento de um (a) profissional na unidade de saúde. ● Acompanhamento do ganho de peso do bebê, conferindo o seu crescimento na curva específica na carteirinha da criança. 11 ● Promoção da alimentação saudável através de dicas sobre a substituição de alimentos industrializados, ou também chamados de ultraprocessados (bolachas recheadas, massas instantâneas, salgadinhos de pacote, refrigerantes) por alimentos naturais ou menos processados (comida da família: arroz, feijão, batata, carnes, frutas, legumes, vegetais e água ou sucos naturais). ● Orientação sobre a limpeza e o armazenamento correto dos alimentos, mantendo-os em boas condições para consumo. Toda criança tem direito à amamentação: o leite materno é muito importante para o desenvolvimento da criança. Ainda assim, é fundamental que se tenha alguns cuidados. Um deles é que uma mulher não deve amamentar o filho de outra (“amamentação cruzada”). Outro cuidado muito importante: a amamentação é contraindicada nos casos em que a mãe vive com HIV, pois o vírus pode ser transmitido para a criança durante a amamentação. Lembre-se: muitas vezes a família desconhece o diagnóstico da mulher e o seu papel, enquanto profissional da saúde, é apoiar a mãe e garantir o sigilo em relação ao seu diagnóstico. 12 Eixo 3: Promoção e acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento integral Consiste na vigilância e estímulo do pleno crescimento e desenvolvimento da criança, em especial do "Desenvolvimento na Primeira Infância (DPI)", pela APS, conforme as orientações da "Caderneta de Saúde da Criança", incluindo ações de apoio às famílias para o fortalecimento de vínculos familiares. No eixo 3, o principal exemplo de sua atuação como ACS é a realização de visitas domiciliares para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento das crianças, com a verificação dos dados antropométricos (peso e altura) e checagem desses números nos gráficos específicos da carteirinha da criança. Aqui, também é importante realizar em suas visitas domiciliares a vigilância da situação vacinal da criança, atentando para possíveis atrasos no calendário vacinal, nesse caso encaminhando a criança para a realização das vacinas em atraso. Eixo 4: Atenção integral a crianças com agravos prevalentes na infância e com doenças crônicas Consiste em estratégia para o diagnóstico precoce e a qualificação do manejo de doenças prevalentes na infância e ações de prevenção de doenças crônicas e de cuidado dos casos diagnosticados, com o fomento da atenção e internação domiciliar sempre que possível. 13 No eixo 4, é importante a atuação do (a) ACS na identificação da criança doente. Quando, por exemplo, a criança apresentar situações, como falta de apetite ou dificuldade de mamar ou comer, febre alta, episódios repetidos de diarréia ou vômitos, dificuldade ou esforço para respirar, chiado ou barulho no peito, ou ficar muito “molinha” ou sonolenta. Após a identificação é necessário o direcionamento da criança para atendimento em um serviço de saúde de acordo com as necessidades do momento. Outro item relevante é a vigilância em relação à realização do tratamento das crianças com doenças crônicas já identificadas, e também o acompanhamento das necessidades das crianças portadoras de deficiências. Esses grupos precisam de uma atenção especial para o auxílio nas demandas das crianças e suas famílias. 14 Eixo 5: Atenção integral à criança em situação de violências, prevenção de acidentes e promoção da cultura de paz Consiste em articular um conjunto de ações e estratégias da rede de saúde para a prevenção de violências, acidentes e promoção da cultura de paz. Além disso, visa organizar metodologias de apoio aos serviços especializados e processos formativos para a qualificação da atenção à criança em situação de violência(de natureza sexual, física e psicológica, negligência e/ou abandono), objetivando à implementação de linhas de cuidado na Rede de Atenção à Saúde (RAS) e na rede de proteção social no território. Após conhecer o eixo 5, podemos destacar a importância do (a) ACS identificar as situações de risco para as crianças e vulnerabilidade da família, durante as visitas domiciliares, realizando os encaminhamentos necessários para cada caso. Também, é necessário fazer a orientação e a educação da família quanto às ações que devem ser realizadas para evitar acidentes domésticos com crianças menores de cinco anos. 13 Eixo 6: Atenção à saúde de crianças com deficiência ou em situações específicas e de vulnerabilidade Consiste na articulação de um conjunto de estratégias intrasetoriais e intersetoriais, para inclusão dessas crianças nas redes temáticas de atenção à saúde, mediante a identificação de situação de vulnerabilidade e risco de agravos e adoecimento, reconhecendo as especificidades deste público para uma atenção resolutiva. No eixo 6, podemos pensar como um exemplo de atuação do (a) ACS o encaminhamento de uma criança que está com dificuldade de aprendizagem na escola por dificuldade visual (relatada pelos professores à família) para atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS) . Essa interação da família com a escola e a equipe de saúde pode ser facilitada pelo Programa Saúde na Escola, com participação importante do (a) ACS. 15 16 Eixo 7: Vigilância e prevenção do óbito infantil, fetal e materno Consiste na contribuição para o monitoramento e a investigação da mortalidade infantil e fetal e possibilita a avaliação das medidas necessárias para a prevenção de óbitos evitáveis. Quando pensamos no eixo 7, podemos lembrar da atuação do (a) ACS em todos os eixos anteriores, pois quando você trabalha na orientação, na educação e na promoção da saúde da população, está auxiliando para diminuir o número de óbitos infantis evitáveis. Você sabia que o financiamento, o monitoramento e a avaliação da realização do PNAISC é de responsabilidade tripartite? Isso quer dizer que os três entes (governos federal, estadual e municipal) desenvolvem ações de acordo com as pactuações feitas pelas instâncias colegiadas de gestão do SUS. CUIDADOS COM O RECÉM-NASCIDO, ALEITAMENTO MATERNO E ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR SAUDÁVEL 18 Recém-nascido é como chamamos a criança que tem até 28 dias de vida, ou seja, podemos considerar, na prática, como sendo o primeiro mês de vida de um bebê. É um mês com muitos cuidados, em que a mãe também está se recuperando do parto e se acostumando com o novo integrante da família, mesmo que ela já tenha outros filhos. Você, como ACS, durante a visita domiciliar, pode observar os cuidados que estão sendo realizados pela mãe ou por outros familiares com o recém-nascido e, assim, orientar a família se for necessário. Alguns aspectos que devem ser conhecidos e orientados em relação ao recém-nascido: ● É normal o bebê perder um pouco de peso na primeira semana de vida, mas esse peso deve ser recuperado até o 15° dia de vida. ● A maioria dos bebês nasce com peso entre 2,5 kg e 4 kg. Os bebês com menos de 2,5 kg ou mais de 4 kg podem correr alguns riscos de saúde. Você precisará acompanhar esses bebês com mais frequência, pois geralmente eles precisam de cuidados diferentes dos outros e acompanhamento mais frequente na UBS. 19 ● Os cuidados com o banho do recém-nascido incluem usar água morna e sabonetes neutros, evitar produtos com cheiro ou cor e não demorar muito no banho para evitar o resfriamento do bebê. ● Para evitar assaduras, é importante enxugar bem as dobras do corpo do bebê, após o banho, e cortar as unhas para evitar arranhões e acúmulo de sujeira. O banho deve ser realizado em horários mais quentes do dia e pode ser repetido sem problemas. Não se deve usar perfume, óleos industrializados ou talco na pele do bebê devido ao risco de aspiração e alergias. ● No nariz, podem aparecer bolinhas amarelinhas que parecem espinhas, isso é normal (e vai desaparecer), o importante é não espremer, pois podem inflamar e/ou infeccionar. Se a pele do bebê estiver amarelada, o encaminhamento deve ser realizado com urgência para o atendimento em saúde, pois pode ser icterícia, muitas vezes chamado de “amarelão”. ● No caso de casquinhas na cabeça do bebê, deve-se limpá-las durante o banho, mas não force a retirada. Se houver mau cheiro, é necessário procurar atendimento médico. Se o bebê nascer com um dente, deve-se procurar um dentista e nunca tentar remover o dente. ● No peito do bebê, as mamas podem estar inchadas e com saída de um líquido esbranquiçado nos primeiros dias, isso é normal e ocorre em decorrência dos hormônios da mãe, não se deve apertar as mamas, isso vai desaparecer em alguns dias. 20 ● O coto umbilical deve ser cuidadosamente limpo com álcool 70% pelo menos 3 vezes ao dia, bem como lavado durante o banho com água morna e sabão neutro. É essencial secá-lo completamente com uma toalha e deixá-lo exposto fora das fraldas para mantê-lo seco. Esses cuidados ajudam a prevenir a mortalidade durante o coto umbilical seca e cai, geralmente entre o 5º e o 14º dia de vida. ● Se uma pontinha amarela aparecer no umbigo após a queda do cordão umbilical, o bebê deve ser avaliado por um profissional de saúde, pois pode ser um granuloma que precisa de tratamento. Se houver cheiro ruim, forte ou vermelhidão e calor na região, é necessário procurar ajuda médica imediatamente. ● Um umbigo "saltado" ou sobressalente pode ser uma hérnia umbilical comum em recém-nascidos. Não se deve usar faixas ou esparadrapos, pois eles impedem a secagem adequada do umbigo. Não se deve colocar no local ervas, fumo, frutas, café, teia de aranha, moedas ou qualquer outro objeto, pois isso pode causar problemas. A hérnia umbilical será avaliada nas consultas regulares do bebê na UBS. ● As cólicas são comuns em bebês e podem ocorrer a partir da terceira semana até o terceiro mês de vida. Para aliviar as cólicas, é recomendado manter o bebê aquecido e aconchegado, usando compressas mornas e realizando massagens na barriga e movimentos nas pernas em direção ao abdome. Não é aconselhável usar medicamentos para aliviar o choro do bebê. Caso o choro persista e o bebê apresente sinais de dor intensa, é importante procurar atendimento médico. 21 ● É normal que um recém-nascido durma até 20 horas por dia, em períodos fracionados, mas nunca de maneira contínua. O bebê precisa acordar para mamar e ter sua higiene realizada. Se o bebê estiver ganhando peso e se desenvolvendo, é normal dormir bastante. No entanto, se o bebê parecer muito sonolento e não quiser acordar, pode estar com hipoglicemia e deve ser acordado para mamar. ● O sono do recém-nascido é uma das principais preocupações das mães no primeiro mês de vida, pois alguns bebês podem inverter o dia pela noite. Para evitar isso, é recomendável manter uma rotina normal da casa durante o dia, com luzes acesas e barulhos comuns, e tentar criar um ambiente mais tranquilo durante a noite. É importante manter uma rotina de sono com horários regulares para ajudar o bebê a dormir melhor. ● É recomendado colocar o bebê para dormir de barriga para cima, sem travesseiros ou outros tecidos perto do bebê para evitar acidentes. O bebê deve dormir no mesmo quarto dos pais, em seu próprio berço, para evitar o risco de sufocamento. Se for necessário dividir a cama com o bebê, deve-se tomar precauções, como evitar deixar o bebê no meio, não colocá-lo na ponta da cama e não compartilhar a cama com adultos que fumam, consomem álcool, drogas ou medicamentos calmantes. Nunca se deve deixar o bebê sozinho na cama ou na rede. ● É importante que todas as pessoas que cuidam do bebê lavem bem as mãos e que a casa seja mantidalimpa e bem arejada. As roupas e fraldas do bebê devem ser lavadas frequentemente com sabão neutro, evitando o uso de amaciante, e devem ser secas ao sol sempre que possível e passadas com ferro quente. 22 ● Os testes do pezinho, orelhinha, olhinho e coraçãozinho fazem parte do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) para todos os recém-nascidos. Esses exames têm o objetivo de descobrir cedo alguma alteração no bebê para que o tratamento possa iniciar imediatamente, evitando ou reduzindo possíveis sequelas. Você, como ACS da família, deve estar vigilante se a criança realizou todos esses testes e, caso não tenha realizado, encaminhá-la para a UBS. Você já deve ter estudado que o aleitamento materno é muito importante para o desenvolvimento, a saúde e a qualidade de vida da criança. Atualmente, já é comprovado que a amamentação exclusiva (até 6 meses de idade) e complementada adequadamente de forma saudável (até os 2 anos) contribui para a prevenção de doenças até mesmo na idade adulta, além, é claro, de auxiliar diretamente no crescimento e desenvolvimento da criança. As orientações sobre a amamentação devem iniciar no período pré-natal e continuar, pelo menos, até os dois anos de vida do bebê. É importante que essas orientações sejam repassadas para a família, pois a rede de apoio para a pessoa que irá amamentar será valiosa para o sucesso do aleitamento materno. Você sabe a diferença entre aleitamento materno e amamentação? E o que é mamanalgesia? 23 A amamentação é quando o bebê suga o leite direto do peito da mãe, já o aleitamento materno é quando o bebê recebe o leite humano de qualquer forma, pode ser direto no peito, mas também por copinho, colherzinha ou sonda. Mamanalgesia é o efeito de diminuir a dor e acalmar os bebês durante procedimentos invasivos quando são amamentados no seio materno. O bebê cresceu e chegou o momento da introdução alimentar, como você, ACS, pode auxiliar? A alimentação complementar saudável deve iniciar com 6 meses de idade, já que o bebê precisará receber outros nutrientes para continuar o seu crescimento e o seu desenvolvimento. Entretanto, lembre-se: o leite materno continua sendo valioso até, pelo menos, os dois anos de idade. A alimentação saudável é fundamental para garantir a saúde e o bom crescimento e o desenvolvimento das crianças. Ela também previne doenças e evita deficiências nutricionais, como a anemia. Muitas crianças deixam de ser amamentadas nos primeiros meses de vida e recebem alimentos não saudáveis (como os industrializados e artificiais) ao invés dos alimentos caseiros e regionais. Essas escolhas prejudicam a formação de hábitos alimentares saudáveis e podem favorecer o aparecimento de doenças, ainda na infância, como obesidade, pressão alta e diabetes. 24 Você, como ACS, pode acompanhar a introdução alimentar no bebê, reconhecendo as dificuldades da criança e da família, compartilhando com a equipe de saúde seus achados. Para isso, é fundamental conhecer as etapas da introdução alimentar tendo em vista que, ao final desse período, a criança deve estar recebendo alimentos como frutas, cereais ou tubérculos, legumes e verduras, grãos, carnes e ovos. Esses alimentos vão acrescentar às refeições outros nutrientes que são necessários para o crescimento e o desenvolvimento da criança e para a prevenção de doenças. Também é importante orientar quanto à oferta de água nos intervalos entre as refeições e os males causados por refrigerantes ou sucos artificiais. Clique aqui e veja as recomendações para uma alimentação adequada e saudável. Se estiver lendo este material no formato impresso, escaneie o QR para fazer download. Para garantir a saúde da família, é importante preparar e armazenar adequadamente os alimentos. Lavar frutas e legumes e também as mãos, antes de preparar os alimentos, pode prevenir a diarreia e outras infecções. Nos primeiros anos de vida, recomenda-se evitar açúcar, frituras, enlatados, café, chá mate e refrigerantes, pois podem estar associados a problemas de peso, anemia, alergias alimentares e cáries. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menino_5.ed.pdf#page=31 PROMOÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTO SAUDÁVEL NA INFÂNCIA, NA ADOLESCÊNCIA E NA JUVENTUDE O (a) ACS, como parte integrante da equipe da APS, tem suas responsabilidades na vigilância e estímulo do pleno crescimento e desenvolvimento da criança e do adolescente. Você conhece a diferença entre crescimento e desenvolvimento? ● O crescimento é o aumento do corpo como um todo, podemos medir por meio da altura e do peso. ● O desenvolvimento da criança é o amadurecimento das funções do corpo, fazendo a criança aprender a se relacionar com os outros. Você, como ACS, no seu trabalho diário deve realizar o acompanhamento sistemático do crescimento das crianças com o registro dos dados antropométricos (peso e altura) e possíveis condições inadequadas de nutrição, ligadas ou não a outras situações de vulnerabilidade (baixa renda, maus-tratos, violência intrafamiliares). Também deve observar o desenvolvimento da criança relacionando com os marcos de desenvolvimento esperados para cada idade e como a família se relaciona com a criança. Não esqueça também de verificar a situação vacinal da criança. 26 Neste curso, você já estudou sobre o Programa Nacional de Imunizações (PNI) e sobre as vacinas obrigatórias para a criança e o adolescente. Caso não lembre bem, você pode estudar novamente o material da disciplina de “Imunização”. Você sabe interpretar os gráficos de crescimento? Durante o acompanhamento da criança, na visita domiciliar, é importante olhar no gráfico de crescimento como está o estado nutricional e a estatura da criança. Então, vamos lá! 1º) Você deve escolher a curva correta. Na caderneta da criança tem várias curvas: as azuis para os meninos e as rosas para as meninas. Além disso, existe um gráfico para cada faixa etária da criança: menores de 2 anos, entre 2 e 5 anos incompletos e entre 5 e 10 anos de idade. 2º) Você vai precisar dos dados de peso e altura para colocar na curva (faça as medidas novas em cada visita domiciliar). 3º) Você deverá usar dois gráficos de cada vez, um deles será do peso x idade e outro será de comprimento/altura x idade. 4ª) Você deve colocar os dados no gráfico e verificar o ponto onde o peso, ou a altura, encontram a idade (ponto de intersecção). 27 Para todos os gráficos, a sistemática adotada é a mesma, indiferente da idade ou do sexo da criança. Clique aqui e veja em “Caderneta da Criança” o gráfico Peso para Idade de 0 a 2 anos. Se estiver lendo este material no formato impresso, escaneie o QR para fazer download. 27 https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menina_5.ed.pdf#page=92 https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menina_5.ed.pdf#page=92 Atenção: Quando o resultado em um gráfico estiver abaixo da linha -2 ou acima da linha +2, a criança deve ser encaminhada para avaliação com a equipe de saúde. Você sabe o que são os marcos de desenvolvimento infantil? São os comportamentos e atitudes que crianças de cada faixa etária devem manifestar, são pontos de referência do avanço do seu desenvolvimento. É muito importante que você, como ACS, conheça esses marcos para observar e detectar possíveis atrasos, encaminhando a criança para atendimento na UBS se perceber que algo não vai bem. Para saber mais sobre os marcos de desenvolvimento infantil e como interpretar os gráficos de crescimento Clique aqui e veja em “Caderneta da Criança”, estas informações. Se estiver lendo este material no formato impresso, escaneie o QR para fazer download. Agora vamos estudar um pouco sobre o desenvolvimento dos adolescentes. Veja a seguir. 28 https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menina_5.ed.pdf#page=79A adolescência é a fase da vida entre a infância e a idade adulta, na qual ocorrem muitas mudanças físicas, psicológicas, sociais e morais. Nesse período, o indivíduo passa por um intenso crescimento e desenvolvimento e o (a) ACS deve estar preparado (a) para o acompanhamento dessa população. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica como adolescente o indivíduo entre 10 e 19 anos de idade completos. E o período da juventude como tendo seu início aos 15 anos e término aos 24 anos. Assim, o termo “pessoas jovens” se refere a todas aquelas entre 10 e 24 anos de vida. Esses marcos são importantes quando pensamos nos delimitadores das estratégias de atendimento e das políticas públicas de saúde. Entretanto, quando analisamos a complexidade desta faixa etária, entendemos que o atendimento precisa ser intersetorial para abrir canais entre a saúde, a comunidade e outros setores importantes para a saúde e o bem-estar das pessoas jovens. E o termo “puberdade”, você já ouviu falar? Enquanto a adolescência é um marco que tem relação com a idade e com as mudanças sociais, a puberdade envolve fatores biológicos – podendo, inclusive, ter duração e acontecer em idades diferentes. Assim, a puberdade são as mudanças físicas que acontecem durante o início da adolescência. 29 Tanto meninos quanto meninas passam por um estirão de crescimento, que é o período no qual acontece o aumento da transpiração e odores, da oleosidade da pele e o crescimento de pelos. As meninas experimentam o desenvolvimento das mamas, a diminuição da cintura, o aumento do quadril e a primeira menstruação (menarca), enquanto nos meninos ocorre o alargamento do peito, o aumento da força muscular, o agravamento da voz, o crescimento do pênis e dos testículos e a primeira ejaculação (semenarca). Para o acompanhamento é importante estabelecer uma relação de respeito e confiança. Grupos de jovens na UBS são uma boa estratégia para fortalecer essa relação e fornecer orientações. Os adolescentes têm direito à privacidade e ao sigilo, assim como ao consentimento informado. Também é importante estar atento (a) à precocidade em que os adolescentes se tornam pais, para levar essa questão à equipe e juntos planejarem estratégias de educação em saúde. É importante que essa população tenha informações para poder fazer suas escolhas de forma informada e responsável. Entenderemos melhor esses aspectos no próximo tópico. 30 DIRETRIZES NACIONAIS PARA A ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DE ADOLESCENTES E JOVENS NA PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO DA SAÚDE As Diretrizes Nacionais para a Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens na Promoção, Proteção e Recuperação da Saúde foram publicadas em meados de 2010. O objetivo do documento foi refletir sobre temas estruturantes que são fundamentais para a articulação de ações para a atenção integral dessa população, pensando na promoção da saúde e no desenvolvimento humano em sua multidimensionalidade. Além disso, existe a perspectiva do reconhecimento dos adolescentes e jovens como sujeitos plenos de direitos, socialmente mais responsáveis e mais cooperativos, com capacidade de posicionamento frente à vida e à sua saúde. Assim, os temas estruturantes citados nas diretrizes são: Participação Juvenil: é uma estratégia eficaz de promoção de saúde e de construção da autonomia através de espaços na família, na escola, na comunidade e na vida social de desenvolvimento da participação criativa, construtiva e solidária na solução de problemas. Equidade de Gênero: é a promoção da igualdade entre homens e mulheres, tendo em vista suas diferenças e necessidades. Mesmo com os avanços dos últimos anos, os homens ainda são mais expostos a riscos externos e fatores agressivos. Já as mulheres são mais expostas a cobranças quanto à maternidade e às questões domésticas. 32 Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos: o direito de controle e de decisão sobre a sua sexualidade e sobre sua reprodução promove a igualdade entre homens e mulheres relacionado ao respeito, consentimento, divisão de responsabilidades e possíveis consequências. Projeto de Vida: o fortalecimento da identidade pessoal, social e cultural da pessoa jovem é um processo que culmina no descobrimento do protagonismo de sua vida, levando o jovem a olhar e planejar o seu futuro. Cultura de Paz: é um novo olhar sobre a violência, é quando o jovem tem a oportunidade de desenvolver suas potencialidades e habilidades sociais, capaz de desempenhar um papel de promoção da paz. Ética e Cidadania: a condução da vida por princípios éticos torna os jovens mais livres, autônomos e dignos e, assim, se desenvolvem de forma mais saudável e cidadã. Igualdade Racial e Étnica: é o respeito pela diversidade e participação igualitária de todos os indivíduos e povos para a construção de uma realidade sem qualquer tipo de discriminação. O trabalho do (a) ACS pede uma relação de proximidade e vínculo com os (as) adolescentes e jovens. Também, é importante que exista confiança entre o (a) adolescente e os (as) profissionais de saúde. Portanto, entender a fase que estão passando, estar disponível para ouvi-los sempre dentro da sua realidade (sem julgamentos) e respeitar a diversidade é essencial para o dia a dia do (a) ACS junto à essa população. 33 O trabalho de promoção à saúde e prevenção de agravos deve ser realizado em equipe e integrado com diferentes espaços do território, tais como: escolas, clubes, associações, grêmios recreativos, grupos de jovens (de artes, de capoeira, de hip hop, de funk, etc). Enfim, todos os lugares onde os adolescentes estão e se reúnem são um bom local para o trabalho do (a) ACS, para esclarecer dúvidas e realizar sensibilização para os cuidados de saúde na adolescência. Quando pensamos na atuação do (a) ACS na promoção da saúde dos (as) adolescentes e jovens, podemos destacar algumas atividades muito importantes, tais como: ● Identificação de adolescentes com problemas dentários e necessidade de atendimento odontológico. A perda dentária é um sinal que a saúde bucal da pessoa não está adequada, necessitando de atenção e orientação. ● Conhecimento da situação geral de vida dos adolescentes e jovens do território, identificando situações de vulnerabilidade (como adolescentes com doenças crônicas, vivendo com HIV, portadores de deficiências e situações de não adesão ao pré-natal, de violência doméstica e sexual, evasão escolar, uso abusivo de álcool e outras drogas, sofrimento mental, trabalho infantil, risco de envolvimento no tráfico, em conflito com a lei, em trajetória de vida nas ruas, etc). ● Orientação quanto à importância da realização da consulta de saúde anual com a equipe de saúde. ● Identificação e direcionamento de adolescentes com sofrimento mental para o atendimento psicossocial disponível no território, sempre discutindo com os demais integrantes da sua equipe na APS. 34 As orientações educativas que devem ser realizadas pelo (a) ACS com a população de adolescentes são: ● Prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e HIV/Aids; ● Promoção do planejamento reprodutivo; ● Manutenção do esquema vacinal atualizado; ● Prevenção do abuso de tabaco, álcool e outras drogas; ● Manutenção da saúde através da realização de atividades físicas diárias e uma boa alimentação; ● Manutenção da saúde bucal; ● Educação sobre os tipos de violências, de acidentes e riscos no trânsito. Para saber mais sobre as orientações educativas que devem ser realizadas pelo (a) ACS com a população de adolescentes, Clique aqui . Se estiver lendo este material no formato impresso, escaneie o QR para fazer download. colocar material complementar aqui Para saber mais sobre todo o assunto estudado nesta disciplina, acesse também o material complementar. Clique aqui, ou, se estiver lendo este materialno formato impresso, escaneie o QR para fazer download. 35 http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/guia_acs.pdf ATENÇÃO À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE COM AGRAVOS PREVALENTES NA INFÂNCIA, COM DOENÇAS CRÔNICAS E PORTADORAS DE DEFICIÊNCIAS Nos últimos anos, os tipos das doenças das crianças mudaram, trazendo novas demandas para os serviços de saúde, que vão desde doenças como problemas alérgicos, obesidade, diabetes, hipertensão, distúrbios neurológicos, câncer e problemas de saúde mental até doenças raras como síndromes genéticas e metabólicas. Lembrando ainda que as condições crônicas de saúde apresentam um leque de gravidade muito variável. Assim, o (a) ACS necessita estar preparado (a) para as visitas domiciliares destas crianças pois, além do tratamento específico, existe o desafio do acompanhamento constante e da integração com serviços especializados. O acompanhamento integral das crianças e dos adolescentes consiste em ficar atento para qualquer sinal de doença que se apresente. O diagnóstico precoce e o tratamento qualificado são determinantes para um melhor prognóstico e, muitas vezes, melhoram a qualidade de vida da criança. 37 No seu trabalho, você já acompanhou alguma criança com doenças prevalentes da infância? Como você agiu? A primeira ação necessária após a suspeita de doenças provenientes da infância (como as respiratórias e as diarréicas) é encaminhar a pessoa para uma avaliação médica ou com profissional de enfermagem. Após, é importante que o (a) ACS monitore a realização do tratamento e desenvolva ações educativas para evitar a nova ocorrência do adoecimento. As doenças prevalentes da infância, se não houver ação em tempo oportuno, podem evoluir para situações muito graves, inclusive com risco de morte. Essas doenças, tão comuns, podem ser agravadas pela má nutrição e hábitos não saudáveis. Além das doenças, você, ACS, deve ficar sempre atento aos sinais de perigo em uma visita domiciliar, pois esses sinais indicam que a criança necessita de atendimento em saúde com urgência na UBS. Por isso, é importante sempre fazer perguntas do tipo: ● A criança consegue beber ou mamar no peito? (Durante a pergunta, observar se a criança está conseguindo beber alguma coisa ou mamar no peito). ● A criança vomita tudo o que ingere? (Durante a pergunta, observar se a criança não consegue beber nada sem vomitar). ● A criança apresenta movimentos anormais nos últimos três dias? (Durante a pergunta, observar se a criança está molinha, sonolenta e sem reações ao ser chamada). 38 Durante as perguntas iniciais, aproveite para observar como está a respiração da criança, se tem batimento de asas de nariz, gemência, tosse ou tiragem, isso pode significar dificuldade respiratória. As doenças respiratórias continuam sendo um dos principais problemas de saúde pública entre os menores de 5 anos, particularmente a partir da primeira semana de vida. Quando a criança demonstrar dificuldade respiratória e muita tosse, é importante perguntar por quanto tempo ela está com essa dificuldade, e se tem ou já teve chiado no peito (barulho como se fosse um miado de gato). Além das doenças respiratórias, outra doença prevalente na infância é a diarreia. Ela geralmente é definida como a ocorrência de três ou mais episódios de fezes amolecidas ou líquidas em um período de 24 horas. É uma das principais causas de doença e morte de crianças no Brasil, principalmente de bebês menores de 6 meses que não estão sendo amamentados. Para identificar a diarreia, é necessário observar a frequência e consistência das fezes, bem como sinais de desidratação, como pele enrugada. Em caso de febre, é importante verificar se a criança está com excesso de roupa e dar um banho morno para ajudar a diminuir a temperatura. Se a febre persistir, ou outros sinais de perigo aparecerem, como dificuldade respiratória, é melhor procurar um médico com urgência. Casos de recém-nascidos com febre são considerados emergência, por isso o atendimento médico deve ser procurado imediatamente. 39 Em algumas situações, a família deve ser orientada a procurar o mais rápido possível um serviço de saúde. Clique aqui e veja quais são. Se estiver lendo este material no formato impresso, escaneie o QR para fazer download. Você, como ACS, também poderá encontrar crianças portadoras de deficiências em seu território, elas têm as mesmas necessidades básicas que as outras crianças. As crianças com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo (de natureza física, mental, intelectual ou sensorial) que, ao se depararem com barreiras, podem ter dificuldades em sua participação plena e efetiva na sociedade. Isso quer dizer que elas não têm igualdade de condições com as outras crianças. Em suas visitas domiciliares a essas crianças, é importante que você identifique e reporte à equipe de saúde algumas informações, como os tipos de deficiência encontrados e as condições de vida delas. É necessário que você estimule as famílias a incluírem as crianças nas atividades diárias. IMPORTANTE Como já estudamos, o acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento infantil, normalmente, mostram o início dos sinais das deficiências. Em caso de qualquer dúvida ou suspeita, encaminhe a criança para a UBS. 40 http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/guia_acs.pdf#page=74 AÇÕES DE ATENÇÃO À CRIANÇA E ADOLESCENTE EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIAS, PREVENÇÃO DE ACIDENTES E PROMOÇÃO DA CULTURA DE PAZ Você sabia que a violência e os acidentes são definidos como causas externas de adoecimento ou morte, e se configuram como grave problema de saúde pública? Na PNAISC, violência é definida como: quaisquer atos ou omissões dos pais, responsáveis, instituições e, em última instância da sociedade em geral, que resultam em dano físico, emocional, sexual e moral. Abrange ainda a negligência e/ou abandono. Já os acidentes são decorrentes de acontecimentos previsíveis e preveníveis. Tanto a violência quanto os acidentes precisam de ações de prevenção e promoção da cultura de paz junto à comunidade. Tristemente, a violência contra as crianças e adolescentes é cada vez mais frequente no dia a dia do trabalho do (a) ACS. Esses indivíduos são vulneráveis, pois têm dificuldade (ou até mesmo são incapazes de se defender), principalmente quando o agressor é alguém conhecido ou da família. 42 Os principais tipos de violência sofrida pelas crianças e adolescentes são: violência sexual (abuso sexual, pedofilia, exploração sexual), violência psicológica (assédio moral), violência física e negligência, maus-tratos e abandono. Existem alguns sinais que podem ser indícios de violência, e o (a) ACS deve estar atento (a) a eles, como por exemplo: os responsáveis pelas crianças e adolescentes procurarem atendimento médico com grande demora após o aparecimento de lesões, hematomas, fraturas, entre outras alterações, faltas frequentes nas consultas agendadas, ou até mesmo atraso na vacinação da criança, tudo para evitar ir até a unidade de saúde. Você, como ACS, pode estar atento a alguns sinais em relação ao agressor, como: ● Deixa as crianças pequenas sozinhas ou fora de casa; ● Não leva os filhos na escola, não participa ou acompanha as atividades escolares dos filhos; ● É extremamente protetor ou extremamente distante com os filhos; ● Coloca a culpa de tudo na criança; ● Agrada ou ameaça a criança para não contar nada; ● Abusa de álcool ou outras drogas; Outros indícios (sinais) físicos de violência são: fraturas frequentes, arranhões, manchas roxas, queimaduras por cigarro ou óleo quente, feridas no rosto, boca e genitais, regiões sem cabelo, sangramentos e corrimentos, urinar na cama. 43 ● Explica de maneira não convincente sobre machucados e marcas na criança; ● Pode possuir histórico de maus-tratos,violência física ou sexual na infância. Os principais tipos de violência sofrida pelas crianças e adolescentes são: ● violência sexual (abuso sexual, pedofilia, exploração sexual); ● violência psicológica (assédio moral); ● violência física, negligência, maus-tratos e abandono. O que fazer se você identificar uma situação suspeita de violência? Converse com a equipe de saúde e, juntos, discutam sobre os possíveis encaminhamentos: conversar na escola para obter mais informações, comunicar o Conselho Tutelar da sua região, entre outras ações. Essas situações demandam trabalho multiprofissional e intersetorial e é muito importante que você, ACS, não se coloque em risco e proteja a sua própria segurança. A promoção da saúde e da cultura de paz e a prevenção de violências contra crianças e adolescentes é papel de todos indivíduos da sociedade em geral. colocar material complementar aqui 44 A atuação do (a) ACS como liderança em seu território tem impacto na redução dos riscos de violência e promoção da cultura de paz. Isso porque o (a) profissional faz alianças e se torna presente na vida cotidiana das famílias e da comunidade, agregando eficácia em suas ações. Entretanto, em territórios em que a infraestrutura é mais precária, onde a vulnerabilidade financeira e social é maior ou onde existe a presença do tráfico de drogas, o desafio para se alcançar uma cultura de paz pode ser muito grande. Assim, é essencial que o (a) ACS trabalhe de forma multiprofissional e intersetorial, com o apoio dos (as) demais profissionais para o planejamento de suas ações, evitando se colocar em risco durante a sua atuação. IMPORTANTE A Organização das Nações Unidas, em 1999, definiu “cultura de paz” como sendo o conjunto de valores, atitudes, modos de comportamento e estilo de vida, mediante o diálogo e mediação de conflitos. Ou seja, é criar oportunidades de convivência e solidariedade, de respeito à vida, de fortalecimento de vínculos e de mediação de conflitos. Tudo isso prevendo a garantia dos direitos humanos e as liberdades fundamentais dos indivíduos. 45 É importante que você oriente os pais e familiares sobre os cuidados gerais para a prevenção de acidentes, que são: ● Manter o ambiente seguro, retirando o que representa risco. ● Guardar fora do alcance da criança objetos pontiagudos e cortantes (facas, tesouras, chaves de fenda); produtos químicos de limpeza, remédios, objetos pequenos que possam ser ingeridos ou inalados; objetos que possam cair, sacos plásticos, cordões e fios capazes de sufocá-la; É necessário cuidado especial com álcool etílico e outros produtos inflamáveis, inclusive isqueiros e fósforos. ● Não deixar as crianças perto do fogão. ● Tampar as tomadas que estão ao alcance das crianças, para evitar choques elétricos. Clique aqui e conheça os cuidados específicos de cada faixa etária para evitar acidentes. Se estiver lendo este material no formato impresso, escaneie o QR para fazer download. Agora, vamos refletir sobre os acidentes. Você sabia que os acidentes estão entre as cinco principais causas de morte na infância e podem comprometer o futuro e o desenvolvimento da criança? 46 http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/guia_acs.pdf#page=68 RETROSPECTIVA Nesta disciplina, vimos que a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) tem como objetivo cuidar da saúde e promover o aleitamento materno das crianças, desde a gestação até os 9 anos, com ênfase na primeira infância e na inclusão. Vimos também que durante as visitas domiciliares, é importante que você, ACS, monitore o crescimento, o risco nutricional, o desenvolvimento, a interação da família com a criança e a situação vacinal. O diagnóstico precoce de doenças e o tratamento qualificado podem melhorar a qualidade de vida da criança. Refletimos sobre a violência e os acidentes que são problemas graves de saúde pública. Além disso, vimos que a promoção da cultura da paz é uma estratégia eficaz e que a atenção à saúde de adolescentes e jovens visa promover seu bem-estar físico, mental, moral, espiritual e social. Esperamos que você tenha compreendido o conteúdo apresentado e esteja pronto (a) para aplicar esses conhecimentos em sua prática profissional, contribuindo para a melhoria dos serviços de saúde e da qualidade de vida da população em seu município. Até o próximo tema! 48 REFERÊNCIAS 50 BRASIL. Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Abuso sexual contra crianças e adolescentes – abordagem de casos concretos em uma perspectiva multidisciplinar e interinstitucional. Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. Brasília, 2020. Disponível em: https://cutt.ly/EyUEqTM BRASIL. Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Enfrentando a violência on-line contra adolescentes no contexto da pandemia de COVID-19. 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Ministério da Saúde. Caderneta de Saúde do Adolescente. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde de Adolescente e Jovem. Brasília, 2013. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_saude_adole scente_masculino.pdf BRASIL. Decreto n° 6286 de 05 de dezembro de 2007. Institui o Programa Saúde na Escola. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=downl oad&alias=1726-saudenaescola-decreto6286-pdf&category_slug=do cumentos-pdf&Itemid=30192BRASIL, Ministério da Saúde. Dez passos para uma alimentação saudável para crianças brasileiras menores de dois anos. Brasília, 2014. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/passos_alimentacao_sa udavel_menores_2anos_1edicao.pdf BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes nacionais para a atenção integral à saúde de adolescentes e jovens na promoção, proteção e recuperação da saúde. Secretaria de Atenção em Saúde. 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Ministério da Saúde. Manual AIDPI NEONATAL: quadro de procedimentos. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Organização Pan-Americana da Saúde. Brasília, 2014. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/maual_aidpi_neonatal_ quadro_procedimentos.pdf BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de quadros de procedimentos AIDPICRIANÇA: 2 meses a 5 anos. Organização Pan-Americana da Saúde, Fundo das Nações Unidas para a Infância. Brasília, 2017. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_quadros_proce dimentos_aidpi_crianca_2meses_5anos.pdf BRASIL. Ministério da Saúde. Nota Técnica nº 39/2021. Secretaria de Atenção Primária em Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Coordenação-Geral de Ciclos de Vida. Coordenação de Saúde da Criança e Aleitamento Materno. Brasília, 2021. Disponível em: https://egestorab.saude.gov.br/image/?file=20211028_N_NTAmamenta rVacinar_8242222904849256266.pdf BRASIL. 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Distribuição da população por sexo, segundo os grupos de idade (gráfico). Censo demográfico, 2010. Disponível em: https://brasilemsintese.ibge.gov.br/populacao/populacao-por-sexo-e -grupo-de-idade-2010.html MINAS GERAIS. Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte. Protocolo de Atenção Integral à Saúde do Adolescente. Belo Horizonte, 2015. Disponível em: https://prefeitura.pbh.gov.br/sites/default/files/estrutura-de-governo/s aude/2018/publicacaoes-da-vigilancia-em-saude/protocolo-atencao _integral_adolescente-alterada.pdf VIEIRA, et. al. Uso de álcool, tabaco e outras drogas por adolescentes escolares em município do Sul do Brasil. Cad Saúde Pública. 2008. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csp/a/WsH7FhgRq3ycpH7wyhLCS9z/#. Acesso em: 31/03/2023. Conte-nos a sua opinião sobre esta publicação. Clique aqui e responda a pesquisa. https://brasilemsintese.ibge.gov.br/populacao/populacao-por-sexo-e-grupo-de-idade-2010.html https://brasilemsintese.ibge.gov.br/populacao/populacao-por-sexo-e-grupo-de-idade-2010.html https://prefeitura.pbh.gov.br/sites/default/files/estrutura-de-governo/saude/2018/publicacaoes-da-vigilancia-em-saude/protocolo-atencao_integral_adolescente-alterada.pdf https://prefeitura.pbh.gov.br/sites/default/files/estrutura-de-governo/saude/2018/publicacaoes-da-vigilancia-em-saude/protocolo-atencao_integral_adolescente-alterada.pdf https://prefeitura.pbh.gov.br/sites/default/files/estrutura-de-governo/saude/2018/publicacaoes-da-vigilancia-em-saude/protocolo-atencao_integral_adolescente-alterada.pdf https://www.scielo.br/j/csp/a/WsH7FhgRq3ycpH7wyhLCS9z/# https://customervoice.microsoft.com/Pages/ResponsePage.aspx?id=00pVmiu1Ykijb4TYkeXHBcuyUSjBpEtCq8T0cY9k8jBUN0NRS0FYWVhDWjBKT1FUUUM5OFRLOVNPMS4u 55 Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde bvsms.saude.gov.br
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