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e-book-disc-23-acs-saude-da-crianca-e-do-adolescente-pptx-1681499824

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Prévia do material em texto

MINISTÉRIO DA SAÚDE 
CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL 
ACOMPANHANDO OS CICLOS 
DE VIDA DAS FAMÍLIAS: 
SAÚDE DA CRIANÇA E DO 
ADOLESCENTE
PROGRAMA SAÚDE COM AGENTE
E-BOOK 23
Brasília – DF 
2023 
MINISTÉRIO DA SAÚDE 
CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL 
Brasília – DF 
2023  
PROGRAMA SAÚDE COM AGENTE
E-BOOK 23
ACOMPANHANDO OS CICLOS 
DE VIDA DAS FAMÍLIAS: 
SAÚDE DA CRIANÇA E DO 
ADOLESCENTE
2023 Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde. Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não Comercial – 
Compartilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, 
desde que citada a fonte.
A coleção institucional do Programa Saúde com Agente pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da 
Saúde: http://bvsms.saude.gov.br
Tiragem: 1ª edição – 2023 – versão eletrônica
Elaboração, distribuição e informações:
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Gestão do Trabalho e da 
Educação na Saúde
Departamento de Gestão da Educação na 
Saúde
Coordenação-Geral de Ações Educacionais 
SRTVN 701, Via W5 Norte, lote D, 
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CEP: 70719-040 – Brasília/DF
Tel.: (61) 3315-3394
E-mail: sgtes@saude.gov.br
Secretaria de Atenção Primária à Saúde
Departamento de Saúde da Família
Esplanada dos Ministérios Bloco G, 7º andar
CEP: 70058-90 – Brasília/DF
Tel.: (61) 3315-9044/9096
E-mail: aps@saude.gov.br
Secretaria de Vigilância em Saúde
SRTVN 701, Via W5 Norte, lote D,
Edifício PO 700, 7º andar
CEP: 70719-040 – Brasília/DF
Tel.: (61) 3315.3874
E-mail: svs@saude.gov.br
CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS
MUNICIPAIS DE SAÚDE
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Zona Cívico-Administrativo
CEP: 70058-900 – Brasília/DF
Tel.: (61) 3022-8900
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
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90040-060 – Porto Alegre/RS Tel.: (51) 
3308-6000
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Célia Regina Rodrigues Gil- MS
Cristiane Martins Pantaleão – Conasems
Hishan Mohamad Hamida – Conasems
Isabela Cardoso de Matos Pinto - MS
Leandro Raizer – UFRGS
Lívia Milena Barbosa de Deus e Méllo - MS 
Luciana Barcellos Teixeira – UFRGS
Organização:
Núcleo Pedagógico do Conasems
Supervisão-geral:
Rubensmidt Ramos Riani
Coordenação técnica e pedagógica:
Carmen Lúcia Mottin Duro
Cristina Crespo
Diogo Pilger
Fabiana Schneider Pires
Valdívia Marçal
Elaboração de texto:
Alessandra Vaccari
Revisão técnica:
Alayne Larissa M. Pereira- SAPS/MS
Andréa Fachel Leal – UFRGS
Camila Mello dos Santos – UFRGS
Carmem Lúcia Mottin Duro - UFRGS
Diogo Pilger – UFRGS
José Braz Damas Padilha – SVS/MS
Lanusa T. Gomes Ferreira – SGTES/MS
Michelle Leite da Silva – SAPS/MS
Patrícia da Silva Campos – Conasems
Wendy Payane F. Dos Santos- SAPS/MS
Designer educacional:
Alexandra Gusmão – Conasems
Juliana Fortunato – Conasems
Pollyanna Lucarelli – Conasems
Priscila Rondas – Conasems
Colaboração:
Fabiana Schneider Pires- UFRGS
Josefa Maria de Jesus – SGTES/MS
Katia Wanessa Silva – SGTES/MS
Marcela Alvarenga de Moraes – Conasems
Marcia Cristina Marques Pinheiro –
Conasems
Rejane Teles Bastos – SGTES/MS
Roberta Shirley A. de Oliveira– SGTES/MS
Rosângela Treichel – Conasems
Assessoria executiva:
Conexões Consultoria em Saúde LTDA
Coordenação de desenvolvimento gráfico:
Cristina Perrone – Conasems
Diagramação e projeto gráfico:
Aidan Bruno – Conasems
Alexandre Itabayana – Conasems
Bárbara Napoleão – Conasems
Lucas Mendonça – Conasems
Ygor Baeta Lourenço – Conasems
Fotografias e ilustrações:
Banco de Imagens do Conasems
Freepik
Revisão:
Camila Miranda Evangelista
Normalização:
Luciana Cerqueira Brito – Editora MS/CGDI
Valéria Gameleira da Mota – Editora
MS/CGDI
Brasil. Ministério da Saúde. 
 Acompanhando os ciclos de vida das famílias: saúde da criança e do adolescente [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde. Conselho 
Nacional de Secretarias Municipais de Saúde. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. – Brasília : Ministério da Saúde, 2023.
xx p. : il. – (Programa Saúde com Agente; E-book 23)
Modo de acesso: World Wide Web: 
ISBN xxx-xx-xxx-xxxx-x 
 1. Agentes comunitários de saúde. 2. Agentes de combate às endemias. 3. Atenção básica em saúde. I. Conselho Nacional de 
Secretarias Municipais de Saúde. II. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. III. Título.
Ficha Catalográfica
Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2023/0xxx
Título para indexação: 
Tracking Families' life cycles: children and teenager health
CDU 614
Este material se refere à fundamentação teórica da segunda parte do 
e-book da disciplina Acompanhando os ciclos de vida das famílias. A 
partir de agora daremos ênfase na Saúde da Criança e do 
Adolescente. Com este estudo vamos refletir sobre a Política Nacional 
de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) e as Diretrizes 
Nacionais para a Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens 
na Promoção, Proteção e Recuperação da Saúde. Abordaremos 
também os principais aspectos do acompanhamento de crianças e 
adolescentes saudáveis como, cuidados com recém-nascidos, 
crescimento e desenvolvimento, situação vacinal, aleitamento materno 
e introdução alimentar.
Vamos entender como o Agente Comunitário de Saúde pode contribuir 
com as ações de promoção da saúde da criança e do adolescente 
com atenção em situações de violências, prevenção de acidentes, 
agravos prevalentes na infância, doenças crônicas e deficiências.
Estude este material com atenção e consulte-o sempre que necessário! 
Acompanhe também a Teleaula, a aula interativa, os textos 
complementares e realize as atividades propostas para assimilar as 
informações apresentadas.
Bons estudos!
OLÁ, AGENTE!
LISTA DE SIGLAS E 
ABREVIATURAS
ACE - Agente de Combate às Endemias
ACS - Agente Comunitário de Saúde
AESP - Atividade Elétrica Sem Pulso
APS - Atenção Primária à Saúde 
BPM - Batimentos por minuto
DPI - Desenvolvimento na Primeira Infância 
FC - Frequência Cardíaca
FR - Frequência Respiratória
FV - Fibrilação Ventricular
HIV - Vírus da Imunodeficiência Humana
IST - Infecções Sexualmente Transmissíveis 
OMS - Organização Mundial da Saúde
PCR - Parada Cardiorrespiratória
PNTN - Programa Nacional de Triagem Neonatal
PNAISC - Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança 
PSE - Programa Saúde na Escola
RAS - Rede de Atenção à Saúde
RCP - Ressuscitação Cardiopulmonar
SAMU - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
SBV - Suporte Básico de Vida
SINAN - Sistema de Informação de Agravos de Notificação
SUS - Sistema Único de Saúde
TCE - Trauma Cranioencefálico
UBS - Unidade Básica de Saúde 
SUMÁRIO
A POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO 
INTEGRAL À SAÚDE DA CRIANÇA 
(PNAISC)
CUIDADOS COM O RECÉM-NASCIDO, 
ALEITAMENTO MATERNO E ALIMENTAÇÃO 
COMPLEMENTAR SAUDÁVEL
PROMOÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO 
CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTO 
SAUDÁVEL NA INFÂNCIA, NA ADOLESCÊNCIA 
E NA JUVENTUDE
DIRETRIZES NACIONAIS PARA A ATENÇÃO 
INTEGRAL À SAÚDE DE ADOLESCENTES E 
JOVENS NA PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E 
RECUPERAÇÃO DA SAÚDE
ATENÇÃO À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE COM 
AGRAVOS PREVALENTES NA INFÂNCIA, COM 
DOENÇAS CRÔNICAS E PORTADORAS DE 
DEFICIÊNCIAS
AÇÕES DE ATENÇÃO À CRIANÇA E 
ADOLESCENTE EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIAS, 
PREVENÇÃO DE ACIDENTES E PROMOÇÃO DA 
CULTURA DE PAZ
RETROSPECTIVA 
REFERÊNCIAS
6
17
25
31
36
41
47
49
A POLÍTICA 
NACIONAL DE 
ATENÇÃO INTEGRAL 
À SAÚDE DA 
CRIANÇA (PNAISC)
7
Em 5 de agosto de 2015, por meio da Portaria de número 1.130 do 
Ministério da Saúde, foi instituída a Política Nacional de Atenção 
Integral à Saúde da Criança (PNAISC) no contexto do Sistema Único 
de Saúde (SUS). A PNAISC tem objetivo de promover e proteger a 
saúde das crianças, defende o aleitamento maternoe 
instrumentaliza os profissionais para a realização dos cuidados 
integrais e integrados desde a gestação até os 9 anos de idade.
A PNAISC aborda a importância da atenção integral à primeira 
infância e às populações de maior vulnerabilidade, objetivando a 
redução da morbimortalidade e promovendo condições do pleno 
desenvolvimento infantil em um ambiente facilitador e com 
condições dignas de existência.
Segundo a PNAISC, a criança é todo indivíduo de 0 a 9 anos ou, se 
você preferir pensar em meses, é o indivíduo de 0 a 120 meses. Já a 
primeira infância é um período mais curto, que engloba apenas os 
5 primeiros anos de vida. O atendimento à saúde da criança e do 
adolescente pelo SUS está garantido e deve ser realizado a todos 
os indivíduos até os 15 anos ou 192 meses.
8
É importante, como Agente 
Comunitário de Saúde (ACS), saber 
que os princípios que orientaram a 
construção da PNAISC, têm relação 
direta com vários aspectos do SUS já 
estudados no curso e também com 
outras políticas de atenção ao 
indivíduo, tais como:
Agora vamos entender quais são os sete eixos estratégicos da 
PNAISC e como eles podem fortalecer o trabalho do (a) ACS junto à 
população. Porém, antes é interessante saber que esses eixos têm a 
finalidade de orientar e qualificar a assistência em saúde prestada 
às crianças em todo o território nacional. Eles sempre têm como 
norte os determinantes sociais para a redução da vulnerabilidade e a 
promoção do desenvolvimento infantil de forma saudável, com vistas 
a prevenir o adoecimento e o aparecimento de doenças crônicas, 
bem como a morte prematura das crianças. Assim, na portaria da 
PNAISC está escrito:
Direito à vida e à 
saúde;1
Acesso universal 
à saúde;3
Prioridade absoluta 
da criança;2
Integralidade do 
cuidado;4
Equidade em 
saúde;5
Humanização da 
atenção;7
Ambiente facilitador 
à vida;6
Gestão participativa 
e controle social.8
9
Consiste na melhoria do acesso, da cobertura, da qualidade e da 
humanização da atenção à gestante e ao recém-nascido. 
Integra as ações do pré-natal e acompanhamento da criança 
na Atenção Primária à Saúde (APS) com aquelas já 
desenvolvidas nas maternidades, é muito importante que seja 
construída de forma articulada.
Assim, após conhecer o eixo 1, vamos pensar em exemplos de 
sua atuação como ACS relacionados a ele:
● Vigilância do comparecimento da gestante em suas 
consultas de pré-natal, bem como na consulta de 
puerpério; vigilância no acompanhamento da utilização 
dos suplementos pré-natais (como ferro e ácido fólico), da 
realização das vacinas necessárias na gestação e da boa 
nutrição da mãe.
● É importante que todos da equipe saibam que, no 
pré-natal, toda e qualquer gestante deve ser orientada a 
realizar exames para identificar doenças que possam ser 
transmitidas aos seus bebês, em especial as infecções pelo 
vírus do HIV, STORCH (sífilis, toxoplasmose, rubéola, 
citomegalovirose, herpes simples) e do vírus zika. Atenção: 
estes exames só podem ser realizados se a gestante 
consente em fazê-los e ela tem direito ao sigilo absoluto 
dos resultados. 
Eixo 1: Atenção humanizada e 
qualificada à gestação, ao parto, ao 
nascimento e ao recém-nascido
10
● Saber indicar para a gestante o nome do hospital ou 
maternidade que é a referência para o parto do seu bebê.
● Orientação quanto à importância da realização, na primeira 
semana de vida do bebê, da primeira consulta do 
recém-nascido e do Teste do Pezinho.
E agora, você consegue identificar 
outros exemplos?
Eixo 2: Aleitamento materno e 
alimentação complementar saudável
Estratégia ancorada na promoção, proteção e apoio ao aleitamento 
materno, iniciando na gestação, considerando-se as vantagens da 
amamentação para a criança, a mãe, a família e a sociedade, bem 
como a importância da adoção de hábitos alimentares saudáveis.
Aqui, no eixo 2, também podemos pensar em exemplos de sua 
atuação como ACS, como:
● Escuta ativa da mãe a respeito das mamadas do bebê, 
identificando possíveis problemas com a amamentação que 
possam ser direcionados ao atendimento de um (a) 
profissional na unidade de saúde.
● Acompanhamento do ganho de peso do bebê, conferindo o 
seu crescimento na curva específica na carteirinha da criança.
11
● Promoção da alimentação saudável através de dicas sobre 
a substituição de alimentos industrializados, ou também 
chamados de ultraprocessados (bolachas recheadas, 
massas instantâneas, salgadinhos de pacote, refrigerantes) 
por alimentos naturais ou menos processados (comida da 
família: arroz, feijão, batata, carnes, frutas, legumes, vegetais 
e água ou sucos naturais).
● Orientação sobre a limpeza e o armazenamento correto dos 
alimentos, mantendo-os em boas condições para consumo.
Toda criança tem direito à amamentação: o leite 
materno é muito importante para o desenvolvimento 
da criança. Ainda assim, é fundamental que se tenha 
alguns cuidados. Um deles é que uma mulher não 
deve amamentar o filho de outra (“amamentação 
cruzada”). Outro cuidado muito importante: a 
amamentação é contraindicada nos casos em que a 
mãe vive com HIV, pois o vírus pode ser transmitido 
para a criança durante a amamentação. 
Lembre-se: muitas vezes a família desconhece o 
diagnóstico da mulher e o seu papel, enquanto 
profissional da saúde, é apoiar a mãe e garantir o 
sigilo em relação ao seu diagnóstico.
12
Eixo 3: Promoção e acompanhamento do 
crescimento e do desenvolvimento integral
Consiste na vigilância e estímulo do pleno crescimento e 
desenvolvimento da criança, em especial do "Desenvolvimento 
na Primeira Infância (DPI)", pela APS, conforme as orientações da 
"Caderneta de Saúde da Criança", incluindo ações de apoio às 
famílias para o fortalecimento de vínculos familiares.
No eixo 3, o principal exemplo de sua atuação como ACS é a 
realização de visitas domiciliares para o acompanhamento do 
crescimento e desenvolvimento das crianças, com a verificação 
dos dados antropométricos (peso e altura) e checagem desses 
números nos gráficos específicos da carteirinha da criança. 
Aqui, também é importante realizar em suas visitas domiciliares 
a vigilância da situação vacinal da criança, atentando para 
possíveis atrasos no calendário vacinal, nesse caso 
encaminhando a criança para a realização das vacinas em 
atraso.
Eixo 4: Atenção integral a crianças com 
agravos prevalentes na infância e com 
doenças crônicas
Consiste em estratégia para o diagnóstico precoce e a 
qualificação do manejo de doenças prevalentes na infância e 
ações de prevenção de doenças crônicas e de cuidado dos casos 
diagnosticados, com o fomento da atenção e internação domiciliar 
sempre que possível.
13
No eixo 4, é importante a atuação do (a) ACS na identificação da 
criança doente. Quando, por exemplo, a criança apresentar 
situações, como falta de apetite ou dificuldade de mamar ou 
comer, febre alta, episódios repetidos de diarréia ou vômitos, 
dificuldade ou esforço para respirar, chiado ou barulho no peito, 
ou ficar muito “molinha” ou sonolenta. Após a identificação é 
necessário o direcionamento da criança para atendimento em um 
serviço de saúde de acordo com as necessidades do momento. 
Outro item relevante é a vigilância em relação à realização do 
tratamento das crianças com doenças crônicas já identificadas, e 
também o acompanhamento das necessidades das crianças 
portadoras de deficiências. Esses grupos precisam de uma 
atenção especial para o auxílio nas demandas das crianças e 
suas famílias.
14
Eixo 5: Atenção integral à criança em 
situação de violências, prevenção de 
acidentes e promoção da cultura de paz
Consiste em articular um conjunto de ações e estratégias da 
rede de saúde para a prevenção de violências, acidentes e 
promoção da cultura de paz. Além disso, visa organizar 
metodologias de apoio aos serviços especializados e 
processos formativos para a qualificação da atenção à 
criança em situação de violência(de natureza sexual, física e 
psicológica, negligência e/ou abandono), objetivando à 
implementação de linhas de cuidado na Rede de Atenção à 
Saúde (RAS) e na rede de proteção social no território.
Após conhecer o eixo 5, podemos destacar a importância do 
(a) ACS identificar as situações de risco para as crianças e 
vulnerabilidade da família, durante as visitas domiciliares, 
realizando os encaminhamentos necessários para cada caso. 
Também, é necessário fazer a orientação e a educação da 
família quanto às ações que devem ser realizadas para evitar 
acidentes domésticos com crianças menores de cinco anos.
13
Eixo 6: Atenção à saúde de crianças com 
deficiência ou em situações específicas e 
de vulnerabilidade
Consiste na articulação de um conjunto de estratégias 
intrasetoriais e intersetoriais, para inclusão dessas crianças nas 
redes temáticas de atenção à saúde, mediante a identificação de 
situação de vulnerabilidade e risco de agravos e adoecimento, 
reconhecendo as especificidades deste público para uma atenção 
resolutiva.
No eixo 6, podemos pensar como um exemplo de atuação do (a) 
ACS o encaminhamento de uma criança que está com dificuldade 
de aprendizagem na escola por dificuldade visual (relatada pelos 
professores à família) para atendimento na Unidade Básica de 
Saúde (UBS) . Essa interação da família com a escola e a equipe de 
saúde pode ser facilitada pelo Programa Saúde na Escola, com 
participação importante do (a) ACS.
15
16
Eixo 7: Vigilância e prevenção do óbito 
infantil, fetal e materno
Consiste na contribuição para o monitoramento e a investigação 
da mortalidade infantil e fetal e possibilita a avaliação das 
medidas necessárias para a prevenção de óbitos evitáveis.
Quando pensamos no eixo 7, podemos lembrar da atuação do (a) 
ACS em todos os eixos anteriores, pois quando você trabalha na 
orientação, na educação e na promoção da saúde da população, 
está auxiliando para diminuir o número de óbitos infantis evitáveis. 
Você sabia que o 
financiamento, o 
monitoramento e a avaliação 
da realização do PNAISC é de 
responsabilidade tripartite? 
Isso quer dizer que os três entes 
(governos federal, estadual e 
municipal) desenvolvem ações 
de acordo com as pactuações 
feitas pelas instâncias 
colegiadas de gestão do SUS.
CUIDADOS COM O 
RECÉM-NASCIDO, 
ALEITAMENTO MATERNO 
E ALIMENTAÇÃO 
COMPLEMENTAR 
SAUDÁVEL
18
Recém-nascido é como chamamos a criança que tem até 28 dias 
de vida, ou seja, podemos considerar, na prática, como sendo o 
primeiro mês de vida de um bebê. É um mês com muitos cuidados, 
em que a mãe também está se recuperando do parto e se 
acostumando com o novo integrante da família, mesmo que ela já 
tenha outros filhos. 
Você, como ACS, durante a visita domiciliar, pode observar os 
cuidados que estão sendo realizados pela mãe ou por outros 
familiares com o recém-nascido e, assim, orientar a família se for 
necessário.
Alguns aspectos que devem ser conhecidos e orientados em 
relação ao recém-nascido:
● É normal o bebê perder um pouco de peso na primeira 
semana de vida, mas esse peso deve ser recuperado até o 
15° dia de vida.
● A maioria dos bebês nasce com peso entre 2,5 kg e 4 kg. Os 
bebês com menos de 2,5 kg ou mais de 4 kg podem correr 
alguns riscos de saúde. Você precisará acompanhar esses 
bebês com mais frequência, pois geralmente eles precisam 
de cuidados diferentes dos outros e acompanhamento mais 
frequente na UBS.
19
● Os cuidados com o banho do recém-nascido incluem usar 
água morna e sabonetes neutros, evitar produtos com cheiro 
ou cor e não demorar muito no banho para evitar o 
resfriamento do bebê.
● Para evitar assaduras, é importante enxugar bem as dobras 
do corpo do bebê, após o banho, e cortar as unhas para 
evitar arranhões e acúmulo de sujeira. O banho deve ser 
realizado em horários mais quentes do dia e pode ser 
repetido sem problemas. Não se deve usar perfume, óleos 
industrializados ou talco na pele do bebê devido ao risco de 
aspiração e alergias.
● No nariz, podem aparecer bolinhas amarelinhas que 
parecem espinhas, isso é normal (e vai desaparecer), o 
importante é não espremer, pois podem inflamar e/ou 
infeccionar. Se a pele do bebê estiver amarelada, o 
encaminhamento deve ser realizado com urgência para o 
atendimento em saúde, pois pode ser icterícia, muitas vezes 
chamado de “amarelão”.
● No caso de casquinhas na cabeça do bebê, deve-se 
limpá-las durante o banho, mas não force a retirada. Se 
houver mau cheiro, é necessário procurar atendimento 
médico. Se o bebê nascer com um dente, deve-se procurar 
um dentista e nunca tentar remover o dente.
● No peito do bebê, as mamas podem estar inchadas e com 
saída de um líquido esbranquiçado nos primeiros dias, isso é 
normal e ocorre em decorrência dos hormônios da mãe, não 
se deve apertar as mamas, isso vai desaparecer em alguns 
dias.
20
● O coto umbilical deve ser cuidadosamente limpo com álcool 
70% pelo menos 3 vezes ao dia, bem como lavado durante o 
banho com água morna e sabão neutro. É essencial secá-lo 
completamente com uma toalha e deixá-lo exposto fora das 
fraldas para mantê-lo seco. Esses cuidados ajudam a 
prevenir a mortalidade durante o coto umbilical seca e cai, 
geralmente entre o 5º e o 14º dia de vida.
● Se uma pontinha amarela aparecer no umbigo após a 
queda do cordão umbilical, o bebê deve ser avaliado por um 
profissional de saúde, pois pode ser um granuloma que 
precisa de tratamento. Se houver cheiro ruim, forte ou 
vermelhidão e calor na região, é necessário procurar ajuda 
médica imediatamente.
● Um umbigo "saltado" ou sobressalente pode ser uma hérnia 
umbilical comum em recém-nascidos. Não se deve usar 
faixas ou esparadrapos, pois eles impedem a secagem 
adequada do umbigo. Não se deve colocar no local ervas, 
fumo, frutas, café, teia de aranha, moedas ou qualquer outro 
objeto, pois isso pode causar problemas. A hérnia umbilical 
será avaliada nas consultas regulares do bebê na UBS.
● As cólicas são comuns em bebês e podem ocorrer a partir da 
terceira semana até o terceiro mês de vida. Para aliviar as 
cólicas, é recomendado manter o bebê aquecido e 
aconchegado, usando compressas mornas e realizando 
massagens na barriga e movimentos nas pernas em direção 
ao abdome. Não é aconselhável usar medicamentos para 
aliviar o choro do bebê. Caso o choro persista e o bebê 
apresente sinais de dor intensa, é importante procurar 
atendimento médico.
21
● É normal que um recém-nascido durma até 20 horas por dia, 
em períodos fracionados, mas nunca de maneira contínua. O 
bebê precisa acordar para mamar e ter sua higiene 
realizada. Se o bebê estiver ganhando peso e se 
desenvolvendo, é normal dormir bastante. No entanto, se o 
bebê parecer muito sonolento e não quiser acordar, pode 
estar com hipoglicemia e deve ser acordado para mamar.
● O sono do recém-nascido é uma das principais 
preocupações das mães no primeiro mês de vida, pois 
alguns bebês podem inverter o dia pela noite. Para evitar 
isso, é recomendável manter uma rotina normal da casa 
durante o dia, com luzes acesas e barulhos comuns, e tentar 
criar um ambiente mais tranquilo durante a noite. É 
importante manter uma rotina de sono com horários 
regulares para ajudar o bebê a dormir melhor.
● É recomendado colocar o bebê para dormir de barriga para 
cima, sem travesseiros ou outros tecidos perto do bebê para 
evitar acidentes. O bebê deve dormir no mesmo quarto dos 
pais, em seu próprio berço, para evitar o risco de 
sufocamento. Se for necessário dividir a cama com o bebê, 
deve-se tomar precauções, como evitar deixar o bebê no 
meio, não colocá-lo na ponta da cama e não compartilhar a 
cama com adultos que fumam, consomem álcool, drogas ou 
medicamentos calmantes. Nunca se deve deixar o bebê 
sozinho na cama ou na rede.
● É importante que todas as pessoas que cuidam do bebê 
lavem bem as mãos e que a casa seja mantidalimpa e bem 
arejada. As roupas e fraldas do bebê devem ser lavadas 
frequentemente com sabão neutro, evitando o uso de 
amaciante, e devem ser secas ao sol sempre que possível e 
passadas com ferro quente.
22
● Os testes do pezinho, orelhinha, olhinho e coraçãozinho 
fazem parte do Programa Nacional de Triagem Neonatal 
(PNTN) para todos os recém-nascidos. Esses exames têm o 
objetivo de descobrir cedo alguma alteração no bebê para 
que o tratamento possa iniciar imediatamente, evitando ou 
reduzindo possíveis sequelas. Você, como ACS da família, 
deve estar vigilante se a criança realizou todos esses testes e, 
caso não tenha realizado, encaminhá-la para a UBS.
Você já deve ter estudado que o aleitamento materno é muito 
importante para o desenvolvimento, a saúde e a qualidade de vida 
da criança. Atualmente, já é comprovado que a amamentação 
exclusiva (até 6 meses de idade) e complementada 
adequadamente de forma saudável (até os 2 anos) contribui para 
a prevenção de doenças até mesmo na idade adulta, além, é 
claro, de auxiliar diretamente no crescimento e desenvolvimento 
da criança.
As orientações sobre a amamentação devem iniciar no período 
pré-natal e continuar, pelo menos, até os dois anos de vida do 
bebê. É importante que essas orientações sejam repassadas para 
a família, pois a rede de apoio para a pessoa que irá amamentar 
será valiosa para o sucesso do aleitamento materno.
Você sabe a diferença 
entre aleitamento materno 
e amamentação? E o que é 
mamanalgesia?
23
A amamentação é quando o bebê suga o leite direto do peito da 
mãe, já o aleitamento materno é quando o bebê recebe o leite 
humano de qualquer forma, pode ser direto no peito, mas também 
por copinho, colherzinha ou sonda.
Mamanalgesia é o efeito de diminuir a dor e acalmar os bebês 
durante procedimentos invasivos quando são amamentados no 
seio materno.
O bebê cresceu e chegou o momento 
da introdução alimentar, como você, 
ACS, pode auxiliar?
A alimentação complementar saudável deve iniciar com 6 meses 
de idade, já que o bebê precisará receber outros nutrientes para 
continuar o seu crescimento e o seu desenvolvimento. Entretanto, 
lembre-se: o leite materno continua sendo valioso até, pelo 
menos, os dois anos de idade. 
A alimentação saudável é fundamental para garantir a saúde e o 
bom crescimento e o desenvolvimento das crianças. Ela também 
previne doenças e evita deficiências nutricionais, como a anemia.
Muitas crianças deixam de ser amamentadas nos primeiros meses 
de vida e recebem alimentos não saudáveis (como os 
industrializados e artificiais) ao invés dos alimentos caseiros e 
regionais. Essas escolhas prejudicam a formação de hábitos 
alimentares saudáveis e podem favorecer o aparecimento de 
doenças, ainda na infância, como obesidade, pressão alta e 
diabetes.
24
Você, como ACS, pode acompanhar a introdução alimentar no 
bebê, reconhecendo as dificuldades da criança e da família, 
compartilhando com a equipe de saúde seus achados. Para isso, é 
fundamental conhecer as etapas da introdução alimentar tendo 
em vista que, ao final desse período, a criança deve estar 
recebendo alimentos como frutas, cereais ou tubérculos, legumes 
e verduras, grãos, carnes e ovos. 
Esses alimentos vão acrescentar às refeições outros nutrientes que 
são necessários para o crescimento e o desenvolvimento da 
criança e para a prevenção de doenças. Também é importante 
orientar quanto à oferta de água nos intervalos entre as refeições e 
os males causados por refrigerantes ou sucos artificiais. 
Clique aqui e veja as recomendações 
para uma alimentação adequada e 
saudável. Se estiver lendo este material 
no formato impresso, escaneie o QR para 
fazer download. 
Para garantir a saúde da família, é importante preparar e 
armazenar adequadamente os alimentos. Lavar frutas e legumes 
e também as mãos, antes de preparar os alimentos, pode 
prevenir a diarreia e outras infecções. Nos primeiros anos de vida, 
recomenda-se evitar açúcar, frituras, enlatados, café, chá mate e 
refrigerantes, pois podem estar associados a problemas de peso, 
anemia, alergias alimentares e cáries.
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menino_5.ed.pdf#page=31
PROMOÇÃO E 
ACOMPANHAMENTO DO 
CRESCIMENTO E DO 
DESENVOLVIMENTO 
SAUDÁVEL NA INFÂNCIA, NA 
ADOLESCÊNCIA E NA 
JUVENTUDE
O (a) ACS, como parte integrante da equipe da APS, tem suas 
responsabilidades na vigilância e estímulo do pleno crescimento e 
desenvolvimento da criança e do adolescente.
Você conhece a diferença entre 
crescimento e desenvolvimento?
● O crescimento é o aumento do corpo como um todo, 
podemos medir por meio da altura e do peso. 
● O desenvolvimento da criança é o amadurecimento das 
funções do corpo, fazendo a criança aprender a se relacionar 
com os outros. 
Você, como ACS, no seu trabalho diário deve realizar o 
acompanhamento sistemático do crescimento das crianças com o 
registro dos dados antropométricos (peso e altura) e possíveis 
condições inadequadas de nutrição, ligadas ou não a outras 
situações de vulnerabilidade (baixa renda, maus-tratos, violência 
intrafamiliares). 
Também deve observar o desenvolvimento da criança 
relacionando com os marcos de desenvolvimento esperados para 
cada idade e como a família se relaciona com a criança. Não 
esqueça também de verificar a situação vacinal da criança.
26
Neste curso, você já estudou sobre o 
Programa Nacional de Imunizações (PNI) e 
sobre as vacinas obrigatórias para a 
criança e o adolescente. Caso não lembre 
bem, você pode estudar novamente o 
material da disciplina de “Imunização”.
Você sabe interpretar os gráficos de 
crescimento?
Durante o acompanhamento da criança, na visita domiciliar, é 
importante olhar no gráfico de crescimento como está o estado 
nutricional e a estatura da criança. Então, vamos lá!
1º) Você deve escolher a curva correta. Na caderneta da 
criança tem várias curvas: as azuis para os meninos e as rosas 
para as meninas. Além disso, existe um gráfico para cada faixa 
etária da criança: menores de 2 anos, entre 2 e 5 anos 
incompletos e entre 5 e 10 anos de idade.
2º) Você vai precisar dos dados de peso e altura para colocar 
na curva (faça as medidas novas em cada visita domiciliar).
3º) Você deverá usar dois gráficos de cada vez, um deles será 
do peso x idade e outro será de comprimento/altura x idade.
4ª) Você deve colocar os dados no gráfico e verificar o ponto 
onde o peso, ou a altura, encontram a idade (ponto de 
intersecção).
27
Para todos os gráficos, a sistemática adotada é a 
mesma, indiferente da idade ou do sexo da 
criança. Clique aqui e veja em “Caderneta da 
Criança” o gráfico Peso para Idade de 0 a 2 anos. 
Se estiver lendo este material no formato 
impresso, escaneie o QR para fazer download. 
27
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menina_5.ed.pdf#page=92
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menina_5.ed.pdf#page=92
Atenção: Quando o resultado em um 
gráfico estiver abaixo da linha -2 ou acima 
da linha +2, a criança deve ser 
encaminhada para avaliação com a 
equipe de saúde.
Você sabe o que são os marcos de 
desenvolvimento infantil?
São os comportamentos e atitudes que crianças de cada faixa 
etária devem manifestar, são pontos de referência do avanço do 
seu desenvolvimento.
É muito importante que você, como ACS, conheça esses marcos 
para observar e detectar possíveis atrasos, encaminhando a 
criança para atendimento na UBS se perceber que algo não vai 
bem.
Para saber mais sobre os marcos de 
desenvolvimento infantil e como interpretar 
os gráficos de crescimento Clique aqui e 
veja em “Caderneta da Criança”, estas 
informações. Se estiver lendo este material 
no formato impresso, escaneie o QR para 
fazer download. 
Agora vamos estudar um pouco sobre o desenvolvimento dos 
adolescentes. Veja a seguir.
28
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menina_5.ed.pdf#page=79A adolescência é a fase da vida entre a infância e a idade adulta, na 
qual ocorrem muitas mudanças físicas, psicológicas, sociais e morais. 
Nesse período, o indivíduo passa por um intenso crescimento e 
desenvolvimento e o (a) ACS deve estar preparado (a) para o 
acompanhamento dessa população.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica como adolescente 
o indivíduo entre 10 e 19 anos de idade completos. E o período da 
juventude como tendo seu início aos 15 anos e término aos 24 anos. 
Assim, o termo “pessoas jovens” se refere a todas aquelas entre 10 e 24 
anos de vida.
Esses marcos são importantes quando pensamos nos delimitadores 
das estratégias de atendimento e das políticas públicas de saúde. 
Entretanto, quando analisamos a complexidade desta faixa etária, 
entendemos que o atendimento precisa ser intersetorial para abrir 
canais entre a saúde, a comunidade e outros setores importantes 
para a saúde e o bem-estar das pessoas jovens.
E o termo “puberdade”, 
você já ouviu falar?
Enquanto a adolescência é um marco que tem relação com a 
idade e com as mudanças sociais, a puberdade envolve fatores 
biológicos – podendo, inclusive, ter duração e acontecer em 
idades diferentes. Assim, a puberdade são as mudanças físicas 
que acontecem durante o início da adolescência. 
29
Tanto meninos quanto meninas passam por um estirão de 
crescimento, que é o período no qual acontece o aumento da 
transpiração e odores, da oleosidade da pele e o crescimento de 
pelos. As meninas experimentam o desenvolvimento das mamas, a 
diminuição da cintura, o aumento do quadril e a primeira 
menstruação (menarca), enquanto nos meninos ocorre o 
alargamento do peito, o aumento da força muscular, o 
agravamento da voz, o crescimento do pênis e dos testículos e a 
primeira ejaculação (semenarca). 
Para o acompanhamento é importante estabelecer uma relação 
de respeito e confiança. Grupos de jovens na UBS são uma boa 
estratégia para fortalecer essa relação e fornecer orientações.
Os adolescentes têm direito à privacidade e ao sigilo, assim como 
ao consentimento informado. Também é importante estar atento 
(a) à precocidade em que os adolescentes se tornam pais, para 
levar essa questão à equipe e juntos planejarem estratégias de 
educação em saúde. É importante que essa população tenha 
informações para poder fazer suas escolhas de forma informada e 
responsável.
Entenderemos melhor esses aspectos no próximo tópico.
30
DIRETRIZES NACIONAIS 
PARA A ATENÇÃO 
INTEGRAL À SAÚDE DE 
ADOLESCENTES E JOVENS 
NA PROMOÇÃO, PROTEÇÃO 
E RECUPERAÇÃO DA SAÚDE
As Diretrizes Nacionais para a Atenção Integral à Saúde de 
Adolescentes e Jovens na Promoção, Proteção e Recuperação da 
Saúde foram publicadas em meados de 2010. O objetivo do 
documento foi refletir sobre temas estruturantes que são 
fundamentais para a articulação de ações para a atenção integral 
dessa população, pensando na promoção da saúde e no 
desenvolvimento humano em sua multidimensionalidade. 
Além disso, existe a perspectiva do 
reconhecimento dos adolescentes e 
jovens como sujeitos plenos de 
direitos, socialmente mais 
responsáveis e mais cooperativos, 
com capacidade de 
posicionamento frente à vida e à 
sua saúde.
Assim, os temas estruturantes citados nas diretrizes são:
Participação Juvenil: é uma estratégia eficaz de promoção de 
saúde e de construção da autonomia através de espaços na 
família, na escola, na comunidade e na vida social de 
desenvolvimento da participação criativa, construtiva e solidária 
na solução de problemas.
Equidade de Gênero: é a promoção da igualdade entre homens e 
mulheres, tendo em vista suas diferenças e necessidades. Mesmo 
com os avanços dos últimos anos, os homens ainda são mais 
expostos a riscos externos e fatores agressivos. Já as mulheres são 
mais expostas a cobranças quanto à maternidade e às questões 
domésticas.
32
Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos: o direito de controle e de 
decisão sobre a sua sexualidade e sobre sua reprodução promove 
a igualdade entre homens e mulheres relacionado ao respeito, 
consentimento, divisão de responsabilidades e possíveis 
consequências.
Projeto de Vida: o fortalecimento da identidade pessoal, social e 
cultural da pessoa jovem é um processo que culmina no 
descobrimento do protagonismo de sua vida, levando o jovem a 
olhar e planejar o seu futuro.
Cultura de Paz: é um novo olhar sobre a violência, é quando o 
jovem tem a oportunidade de desenvolver suas potencialidades e 
habilidades sociais, capaz de desempenhar um papel de 
promoção da paz.
Ética e Cidadania: a condução da vida por princípios éticos torna 
os jovens mais livres, autônomos e dignos e, assim, se desenvolvem 
de forma mais saudável e cidadã.
Igualdade Racial e Étnica: é o respeito pela diversidade e 
participação igualitária de todos os indivíduos e povos para a 
construção de uma realidade sem qualquer tipo de discriminação.
O trabalho do (a) ACS pede uma relação de proximidade e vínculo 
com os (as) adolescentes e jovens. Também, é importante que 
exista confiança entre o (a) adolescente e os (as) profissionais de 
saúde. Portanto, entender a fase que estão passando, estar 
disponível para ouvi-los sempre dentro da sua realidade (sem 
julgamentos) e respeitar a diversidade é essencial para o dia a dia 
do (a) ACS junto à essa população.
33
O trabalho de promoção à saúde e prevenção de agravos deve ser 
realizado em equipe e integrado com diferentes espaços do 
território, tais como: escolas, clubes, associações, grêmios 
recreativos, grupos de jovens (de artes, de capoeira, de hip hop, de 
funk, etc). Enfim, todos os lugares onde os adolescentes estão e se 
reúnem são um bom local para o trabalho do (a) ACS, para 
esclarecer dúvidas e realizar sensibilização para os cuidados de 
saúde na adolescência.
Quando pensamos na atuação do (a) ACS na promoção da saúde 
dos (as) adolescentes e jovens, podemos destacar algumas 
atividades muito importantes, tais como:
● Identificação de adolescentes com problemas dentários e 
necessidade de atendimento odontológico. A perda dentária 
é um sinal que a saúde bucal da pessoa não está adequada, 
necessitando de atenção e orientação.
● Conhecimento da situação geral de vida dos adolescentes e 
jovens do território, identificando situações de 
vulnerabilidade (como adolescentes com doenças crônicas, 
vivendo com HIV, portadores de deficiências e situações de 
não adesão ao pré-natal, de violência doméstica e sexual, 
evasão escolar, uso abusivo de álcool e outras drogas, 
sofrimento mental, trabalho infantil, risco de envolvimento no 
tráfico, em conflito com a lei, em trajetória de vida nas ruas, 
etc).
● Orientação quanto à importância da realização da consulta 
de saúde anual com a equipe de saúde. 
● Identificação e direcionamento de adolescentes com 
sofrimento mental para o atendimento psicossocial 
disponível no território, sempre discutindo com os demais 
integrantes da sua equipe na APS.
34
As orientações educativas que devem ser realizadas pelo (a) ACS 
com a população de adolescentes são:
● Prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) 
e HIV/Aids;
● Promoção do planejamento reprodutivo;
● Manutenção do esquema vacinal atualizado;
● Prevenção do abuso de tabaco, álcool e outras drogas;
● Manutenção da saúde através da realização de atividades 
físicas diárias e uma boa alimentação;
● Manutenção da saúde bucal;
● Educação sobre os tipos de violências, de acidentes e riscos 
no trânsito.
Para saber mais sobre as orientações 
educativas que devem ser realizadas pelo 
(a) ACS com a população de adolescentes, 
Clique aqui . Se estiver lendo este material 
no formato impresso, escaneie o QR para 
fazer download. 
colocar material complementar aqui
Para saber mais sobre todo o assunto 
estudado nesta disciplina, acesse 
também o material complementar. 
Clique aqui, ou, se estiver lendo este 
materialno formato impresso, 
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35
http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/guia_acs.pdf
ATENÇÃO À CRIANÇA E 
AO ADOLESCENTE COM 
AGRAVOS PREVALENTES 
NA INFÂNCIA, COM 
DOENÇAS CRÔNICAS E 
PORTADORAS DE 
DEFICIÊNCIAS
Nos últimos anos, os tipos das doenças das crianças mudaram, 
trazendo novas demandas para os serviços de saúde, que vão 
desde doenças como problemas alérgicos, obesidade, diabetes, 
hipertensão, distúrbios neurológicos, câncer e problemas de saúde 
mental até doenças raras como síndromes genéticas e 
metabólicas. Lembrando ainda que as condições crônicas de 
saúde apresentam um leque de gravidade muito variável. 
Assim, o (a) ACS necessita estar preparado (a) para as visitas 
domiciliares destas crianças pois, além do tratamento específico, 
existe o desafio do acompanhamento constante e da integração 
com serviços especializados.
O acompanhamento integral das crianças e dos adolescentes 
consiste em ficar atento para qualquer sinal de doença que se 
apresente. O diagnóstico precoce e o tratamento qualificado são 
determinantes para um melhor prognóstico e, muitas vezes, 
melhoram a qualidade de vida da criança.
37
No seu trabalho, você já 
acompanhou alguma criança 
com doenças prevalentes da 
infância? Como você agiu? 
A primeira ação necessária após a suspeita de doenças 
provenientes da infância (como as respiratórias e as diarréicas) é 
encaminhar a pessoa para uma avaliação médica ou com 
profissional de enfermagem. Após, é importante que o (a) ACS 
monitore a realização do tratamento e desenvolva ações 
educativas para evitar a nova ocorrência do adoecimento.
As doenças prevalentes da infância, se não houver ação em tempo 
oportuno, podem evoluir para situações muito graves, inclusive 
com risco de morte. Essas doenças, tão comuns, podem ser 
agravadas pela má nutrição e hábitos não saudáveis.
Além das doenças, você, ACS, deve ficar sempre atento aos sinais 
de perigo em uma visita domiciliar, pois esses sinais indicam que a 
criança necessita de atendimento em saúde com urgência na UBS. 
Por isso, é importante sempre fazer perguntas do tipo: 
● A criança consegue beber ou mamar no peito? (Durante a 
pergunta, observar se a criança está conseguindo beber 
alguma coisa ou mamar no peito).
● A criança vomita tudo o que ingere? (Durante a pergunta, 
observar se a criança não consegue beber nada sem 
vomitar). 
● A criança apresenta movimentos anormais nos últimos três 
dias? (Durante a pergunta, observar se a criança está 
molinha, sonolenta e sem reações ao ser chamada).
38
Durante as perguntas iniciais, aproveite para observar como está a 
respiração da criança, se tem batimento de asas de nariz, 
gemência, tosse ou tiragem, isso pode significar dificuldade 
respiratória.
As doenças respiratórias continuam sendo um dos principais 
problemas de saúde pública entre os menores de 5 anos, 
particularmente a partir da primeira semana de vida. Quando a 
criança demonstrar dificuldade respiratória e muita tosse, é 
importante perguntar por quanto tempo ela está com essa 
dificuldade, e se tem ou já teve chiado no peito (barulho como se 
fosse um miado de gato).
Além das doenças respiratórias, outra doença prevalente na 
infância é a diarreia. Ela geralmente é definida como a ocorrência 
de três ou mais episódios de fezes amolecidas ou líquidas em um 
período de 24 horas. É uma das principais causas de doença e 
morte de crianças no Brasil, principalmente de bebês menores de 6 
meses que não estão sendo amamentados. Para identificar a 
diarreia, é necessário observar a frequência e consistência das 
fezes, bem como sinais de desidratação, como pele enrugada. 
Em caso de febre, é importante verificar se a criança está com 
excesso de roupa e dar um banho morno para ajudar a diminuir a 
temperatura. Se a febre persistir, ou outros sinais de perigo 
aparecerem, como dificuldade respiratória, é melhor procurar um 
médico com urgência. Casos de recém-nascidos com febre são 
considerados emergência, por isso o atendimento médico deve ser 
procurado imediatamente.
39
Em algumas situações, a família deve ser 
orientada a procurar o mais rápido possível 
um serviço de saúde. Clique aqui e veja 
quais são. Se estiver lendo este material no 
formato impresso, escaneie o QR para 
fazer download. 
Você, como ACS, também poderá encontrar crianças portadoras 
de deficiências em seu território, elas têm as mesmas 
necessidades básicas que as outras crianças. 
As crianças com deficiência são aquelas que têm impedimentos 
de longo prazo (de natureza física, mental, intelectual ou sensorial) 
que, ao se depararem com barreiras, podem ter dificuldades em 
sua participação plena e efetiva na sociedade. Isso quer dizer que 
elas não têm igualdade de condições com as outras crianças. Em 
suas visitas domiciliares a essas crianças, é importante que você 
identifique e reporte à equipe de saúde algumas informações, 
como os tipos de deficiência encontrados e as condições de vida 
delas. É necessário que você estimule as famílias a incluírem as 
crianças nas atividades diárias.
IMPORTANTE
Como já estudamos, o 
acompanhamento do crescimento 
e do desenvolvimento infantil, 
normalmente, mostram o início dos 
sinais das deficiências. Em caso de 
qualquer dúvida ou suspeita, 
encaminhe a criança para a UBS.
40
http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/guia_acs.pdf#page=74
AÇÕES DE ATENÇÃO À 
CRIANÇA E ADOLESCENTE 
EM SITUAÇÃO DE 
VIOLÊNCIAS, PREVENÇÃO 
DE ACIDENTES E 
PROMOÇÃO DA CULTURA 
DE PAZ
Você sabia que a violência e os 
acidentes são definidos como causas 
externas de adoecimento ou morte, e 
se configuram como grave problema 
de saúde pública?
Na PNAISC, violência é definida como: quaisquer atos ou omissões 
dos pais, responsáveis, instituições e, em última instância da 
sociedade em geral, que resultam em dano físico, emocional, 
sexual e moral. Abrange ainda a negligência e/ou abandono. Já os 
acidentes são decorrentes de acontecimentos previsíveis e 
preveníveis. Tanto a violência quanto os acidentes precisam de 
ações de prevenção e promoção da cultura de paz junto à 
comunidade.
Tristemente, a violência contra as crianças e adolescentes é cada 
vez mais frequente no dia a dia do trabalho do (a) ACS. Esses 
indivíduos são vulneráveis, pois têm dificuldade (ou até mesmo 
são incapazes de se defender), principalmente quando o agressor 
é alguém conhecido ou da família.
42
Os principais tipos de violência sofrida pelas crianças e 
adolescentes são: violência sexual (abuso sexual, pedofilia, 
exploração sexual), violência psicológica (assédio moral), violência 
física e negligência, maus-tratos e abandono. 
Existem alguns sinais que podem ser indícios de violência, e o (a) 
ACS deve estar atento (a) a eles, como por exemplo: os 
responsáveis pelas crianças e adolescentes procurarem 
atendimento médico com grande demora após o aparecimento 
de lesões, hematomas, fraturas, entre outras alterações, faltas 
frequentes nas consultas agendadas, ou até mesmo atraso na 
vacinação da criança, tudo para evitar ir até a unidade de saúde. 
Você, como ACS, pode estar atento a alguns sinais em relação ao 
agressor, como: 
● Deixa as crianças pequenas sozinhas ou fora de casa; 
● Não leva os filhos na escola, não participa ou acompanha as 
atividades escolares dos filhos;
● É extremamente protetor ou extremamente distante com os 
filhos;
● Coloca a culpa de tudo na criança;
● Agrada ou ameaça a criança para não contar nada;
● Abusa de álcool ou outras drogas;
Outros indícios (sinais) físicos de 
violência são: fraturas frequentes, 
arranhões, manchas roxas, 
queimaduras por cigarro ou óleo 
quente, feridas no rosto, boca e 
genitais, regiões sem cabelo, 
sangramentos e corrimentos, 
urinar na cama.
43
● Explica de maneira não convincente sobre machucados e 
marcas na criança;
● Pode possuir histórico de maus-tratos,violência física ou 
sexual na infância.
Os principais tipos de violência sofrida pelas crianças e 
adolescentes são: 
● violência sexual (abuso sexual, pedofilia, exploração sexual);
● violência psicológica (assédio moral); 
● violência física, negligência, maus-tratos e abandono. 
O que fazer se você identificar uma 
situação suspeita de violência?
Converse com a equipe de saúde e, juntos, discutam sobre os 
possíveis encaminhamentos: conversar na escola para obter mais 
informações, comunicar o Conselho Tutelar da sua região, entre 
outras ações. Essas situações demandam trabalho 
multiprofissional e intersetorial e é muito importante que você, ACS, 
não se coloque em risco e proteja a sua própria segurança. 
A promoção da saúde e da cultura 
de paz e a prevenção de violências 
contra crianças e adolescentes é 
papel de todos indivíduos da 
sociedade em geral. 
colocar material complementar aqui
44
A atuação do (a) ACS como liderança em seu território tem 
impacto na redução dos riscos de violência e promoção da cultura 
de paz. Isso porque o (a) profissional faz alianças e se torna 
presente na vida cotidiana das famílias e da comunidade, 
agregando eficácia em suas ações. 
Entretanto, em territórios em que a infraestrutura é mais precária, 
onde a vulnerabilidade financeira e social é maior ou onde existe a 
presença do tráfico de drogas, o desafio para se alcançar uma 
cultura de paz pode ser muito grande. Assim, é essencial que o (a) 
ACS trabalhe de forma multiprofissional e intersetorial, com o apoio 
dos (as) demais profissionais para o planejamento de suas ações, 
evitando se colocar em risco durante a sua atuação.
IMPORTANTE
A Organização das Nações Unidas, em 1999, 
definiu “cultura de paz” como sendo o 
conjunto de valores, atitudes, modos de 
comportamento e estilo de vida, mediante 
o diálogo e mediação de conflitos. Ou seja, 
é criar oportunidades de convivência e 
solidariedade, de respeito à vida, de 
fortalecimento de vínculos e de mediação 
de conflitos. Tudo isso prevendo a garantia 
dos direitos humanos e as liberdades 
fundamentais dos indivíduos.
45
É importante que você oriente os pais e familiares sobre os 
cuidados gerais para a prevenção de acidentes, que são: 
● Manter o ambiente seguro, retirando o que representa risco.
● Guardar fora do alcance da criança objetos pontiagudos e 
cortantes (facas, tesouras, chaves de fenda); produtos 
químicos de limpeza, remédios, objetos pequenos que 
possam ser ingeridos ou inalados; objetos que possam cair, 
sacos plásticos, cordões e fios capazes de sufocá-la; É 
necessário cuidado especial com álcool etílico e outros 
produtos inflamáveis, inclusive isqueiros e fósforos. 
● Não deixar as crianças perto do fogão.
● Tampar as tomadas que estão ao alcance das crianças, 
para evitar choques elétricos.
Clique aqui e conheça os cuidados 
específicos de cada faixa etária para 
evitar acidentes. Se estiver lendo este 
material no formato impresso, 
escaneie o QR para fazer download. 
Agora, vamos refletir sobre os acidentes. Você 
sabia que os acidentes estão entre as cinco 
principais causas de morte na infância e podem 
comprometer o futuro e o desenvolvimento da 
criança? 
46
http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/guia_acs.pdf#page=68
RETROSPECTIVA
Nesta disciplina, vimos que a Política Nacional de Atenção Integral à 
Saúde da Criança (PNAISC) tem como objetivo cuidar da saúde e 
promover o aleitamento materno das crianças, desde a gestação até os 
9 anos, com ênfase na primeira infância e na inclusão.
Vimos também que durante as visitas domiciliares, é importante que 
você, ACS, monitore o crescimento, o risco nutricional, o desenvolvimento, 
a interação da família com a criança e a situação vacinal. O diagnóstico 
precoce de doenças e o tratamento qualificado podem melhorar a 
qualidade de vida da criança. 
Refletimos sobre a violência e os acidentes que são problemas graves de 
saúde pública. Além disso, vimos que a promoção da cultura da paz é 
uma estratégia eficaz e que a atenção à saúde de adolescentes e jovens 
visa promover seu bem-estar físico, mental, moral, espiritual e social.
Esperamos que você tenha compreendido o conteúdo apresentado e 
esteja pronto (a) para aplicar esses conhecimentos em sua prática 
profissional, contribuindo para a melhoria dos serviços de saúde e da 
qualidade de vida da população em seu município.
Até o próximo tema!
48
REFERÊNCIAS
50
BRASIL. Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Abuso 
sexual contra crianças e adolescentes – abordagem de casos 
concretos em uma perspectiva multidisciplinar e interinstitucional. 
Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. Brasília, 
2020. Disponível em: https://cutt.ly/EyUEqTM
BRASIL. Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. 
Enfrentando a violência on-line contra adolescentes no contexto da 
pandemia de COVID-19. Secretaria Nacional de Políticas para as 
Mulheres. Brasília, 2020. Disponível em: 
https://www.gov.br/mdh/pt-br/navegue-por-temas/politicas-para-
mulheres/publicacoes-1/68ENFRENTANDO_VIOLENCIA_ONLINE.pdf
BRASIL. Ministério da Saúde. Caderneta da Criança: passaporte da 
cidadania. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de 
Ações Programáticas Estratégicas. Coordenação de Saúde da 
Criança e Aleitamento Materno. Brasília, 2015. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_saude_cria
nca_menina_10ed.pdf
BRASIL. Ministério da Saúde. Caderneta da Criança: passaporte da 
cidadania. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de 
Ações Programáticas Estratégicas. Coordenação de Saúde da 
Criança e Aleitamento Materno. Brasília, 2015. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_saude_cria
nca_menino_10ed.pdf
BRASIL. Ministério da Saúde. Caderneta de Saúde da Adolescente. 
Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Ações 
Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde de Adolescente e 
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