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CADERNO EPIDEMIO

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1 
EPIDEMIOLOGIA 
 
A EPIDEMIOLOGIA 
 
EPIDEMIOLOGIA = estudo da distribuição e 
dos determinantes dos eventos ou padrões 
de saúde em populações definidas, e a 
aplicação deste estudo para controlas 
problemas de saúde. 
Objetivos Principais: 
- Descrever a distribuição e magnitude dos problemas 
de saúde nas populações humanas 
- Proporcionar dados essenciais para o planejamento, 
execução e avaliação das ações de prevenção, 
controle e tratamento das doenças 
- Identificar padrões etiológicos e sociais relacionados 
à doença. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Os seres humanos são únicos! É A 
INDIVIDUALIDADE DA POPULAÇÃO! 
 
 
 
 
ÍNDICE E INDICADORES DE SAÚDE
 
= Métodos de se quantificar numericamente 
direta ou indiretamente a doença de forma 
objetiva ou subjetiva 
 
INDICADORES = São meios que se referem 
a alguma característica unidimensional (ex.: 
perda dental) 
- São utilizados a fim de conhecer 
adequadamente a situação. Informam a 
situação existente e permitem comparações 
a fim de subsidiar tomadas de decisões 
 
ÍNDICE = São meios multidimensionais, 
agrupando características diferentes (ex.: IDH: 
renda + saúde + educação) 
- CPO (cariado, perdido, obturado) 
 
CRITÉRIOS PARA UM BOM 
ÍNDICE/INDICADOR 
1. Simples 
2. Válido: eficaz – mede o que ele quer e o que 
tem que medir (saber se a pessoa fuma é diferente de 
saber se ela realmente tem câncer) 
- sensibilidade 
- especificidade 
 
 
3. Confiável, consistente: posso 
reproduzir 
- Kappa(grau de confiabilidade) varia de -
1.01+1 
4. Barato – custo-benefício 
5. Aceito pelo examinado (p/ dados primários) 
– pode ressaltar alguns pontos como dor e embaraço 
6. Disponibilidade de dados (p/ dados 
secundários) 
 
 
USOS E APLICAÇÕES 
 Diagnostico coletivo da saúde da 
população – é preciso ter uma validade na média 
 Diagnostico individual para 
rastreamento de casos – ex.: exames de papa 
nicolau – diagnostico precoce 
 Avaliação do cumprimento de metas em 
planejamentos em saúde 
 Descrever a história da doença ao longo 
do tempo(monitoramento) 
 
 
INDICES/INDICADORES 
Indicadores gerais de saúde: são indiretos! 
 
 2 
 Nutricionais: medidas de avaliação da 
dieta e doenças de deficiência são 
comumente usadas 
 Socioeconômicos: escolaridade, renda 
 Ambientais: poluição do ar, água, terra, 
alimentos 
 Serviços de saúde: número de leitos 
por habitante, número de dentistas por 
habitante 
 
Indicadores globais: 
 Mortalidade proporcional: são 
construídas as proporções de óbitos por 
causa específica em relação ao total de 
óbitos – indica a importância de uma dada 
causa de óbitos na população 
- Curva de Nelson-Moraes 
 Mortalidade: número de óbitos em 
determinado local e época. 
*Obs.: o coeficiente de mortalidade infantil é um 
indicador sensível de vida e saúde de uma 
comunidade. 
 Esperança de vida: “vida média ao 
nascer” 
- Excelente forma de avaliar saúde em 
geral(não é influenciada pela estrutura etária) 
 Qualidade de vida: 
- APVP (Anos Potenciais de Vida Perdidos) 
- DALY(Anos de vida vividos ajustados para 
incapacidade) 
- Qualidade de vida relacionada a doenças 
específicas(ex.: saúde bucal 
 Fecundidade: Expressa a média de 
filhos por mulher, utiliza o número de 
mulheres entre 15 e 49 anos, é um 
coeficiente de natalidade, depende do 
número de nascidos vivos em determinada 
área e período, não está relacionado com o 
tamanho da população. 
 
Indicadores por causa específica: 
 Mortalidade por causa especifica: 
mortalidade com o conhecimento do óbito 
 Morbidades: soma dos agravos que 
atingem um grupo de pessoas 
- Tipos: Auto referida (alguma vez um médico 
disse que...superestimada) ou observada 
(clinicamente e/ou laboratorial) 
- Fontes de dados: Periódicos(IBGE), 
Rotineiro(Ministério da saúde), Outros 
locais(unidades de saúde...) 
 
COLETA DE DADOS: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Prontuários e arquivos(coletados) 
*Obs.: O problema desse é que só mostra as pessoas 
que foram ao atendimento nos serviços de saúde. 
2. Inquéritos ou exames(a coletar) 
*Obs.: exemplo de inquéritos = SB Brasil 
 
 
ICEBERG CLÍNICO = É a diferença 
entre a necessidade (normativa) de cuidados 
médico-odontológico e a utilização dos 
Serviços 
 Implicações: 
- Revela o pequeno impacto dos profissionais 
na saúde (a maioria das pessoas não é 
atendida) 
- Os casos tratados não são representativos 
do quadro epidemiológico da população 
 Possíveis Razões: 
- Doenças assintomáticas 
- As pessoas não se sentem doentes 
- Acesso ao tratamento 
- Outras razões (medo, descrença) 
 Observações: 
- O uso é a concretização de uma demanda, mas nem 
todas as demandas confluem pra uma concretização, 
uma vez que as ofertas são deficitárias. 
- Necessidade = a busca por serviços, pode ser 
normativa ou sentida/ percebida. 
- Demanda = a forma como os indivíduos expressam 
o que procuram em um determinado serviço, como o 
da saúde. Nem sempre será executado com clareza, 
concisão ou integralidade, visto que existe dúvida e 
subjetividade por parte de alguns indivíduos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
MEDIDAS DE FREQUENCIA EM EPIDEMIOLOGIA
- Como as doenças vêm evoluindo, e se as 
atividades vêm surgindo o efeito esperado, 
se os tratamentos voltados para o controle 
da doença X têm sido adequados 
 
 
TIPOS DE MEDIDA 
= servem para quantificar ou medir a 
frequência com os problemas de saúde. 
 Razão: relação entre duas quantidades 
quaisquer 
 Proporção: mostram qual a fração de 
uma população é afetada. Tipo de razão onde o 
numerador é da mesma natureza e está contido no 
denominador 
 Taxas: mostram com que rapidez a 
doença está correndo em uma população. 
Tipo de razões especiais, nas quais o denominador é 
uma unidade de tempo. 
 
 
INCIDENCIA = Número de novos casos 
de doença que ocorrem durante um período 
determinado de tempo em população . 
 O elemento crucial na definição de 
incidências é: NOVOS casos de doença 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*Obs.: para uma taxa de incidência ser significativa, 
qualquer indivíduo que seja incluído no denominador 
deve ter potencial para se tornar parte do grupo 
 O numerador é tempo de 
acompanhamento! 
 
 
 
 
 
 
 
PREVALENCIA = número de pessoas 
afetadas, em determinado tempo, dividido 
pela população total 
*Obs.: indicado para implementação de medidas de 
controle e tratamento 
 Como o numerador inclui uma mistura 
de pessoas com diferentes durações de 
doença, o resultado não tem uma medida de 
risco. 
 
 
 
 
 
Exemplo: 
 
 
 
 
 
 
 
 Fatores que determinam a 
prevalência: 
- Incidência e sua duração, assim como pelos 
movimentos migratórios. 
- Quanto mais elevada a incidência e ou, a 
duração de uma doença, mais tende a ser 
sua prevalência 
 
 
 
 
 
 
 
 
*Obs.: Quanto maior a duração média da doença, 
maior será a diferença entre prevalência e incidência. ( 
P = I x Duração) 
 
 
TAXAS 
Taxa de mortalidade geral: 
 
 
 
- A desvantagem da mortalidade geral é o 
fato de não levar em conta que o risco de 
 
 4 
morrer varia conforme o sexo, idade, raça, 
classe social... 
Não se deve utilizar coeficientes para 
comparar diferentes períodos de tempo ou 
diferentes áreas geográficas 
 
TAXA MORTALIDADE= 
 
 
 
 
 
 
LETALIDADE = Mede a severidade de 
uma doença. 
- Boa para avaliara gravidade de uma doença 
aguda e de curta duração. 
*Obs,: algumas doenças apresentam letalidade nula, 
como a escabiose, outras a letalidade é igual a 100, 
como a raiva humana 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA
= Progressão inenterrupta do 
desenvolvimento da doença desde o 
momento que ela surge até a exposição da 
causa dos agentes. 
 
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA 
 
Limiar clínico = --- = os primeiros sintomas 
*Obs.: quanto mais longo o tempo, menos aguda a 
doença 
 
PADRÕES DE PROGRESSÃO DA DOENÇA: 
A) Doença aguda que seu final é o óbito 
B) Doença aguda e rápida, que a pessoal vai melhorar 
sem nenhuma intervenção. Ex.: Resfriado 
C) Doença aguda, que a pessoa nem sabe que tevea 
doença. 
D) Doença crônica, progride lentamente e leva a 
pessoa ao óbito. 
E) Doença crônica a vida toda. 
 
OBSTÁCULOS DO ESTUDO DA HISTORIA 
NATURAL DA DOENÇA 
 . 
 . 
 . 
 
CONCEPÇÃO DE HISTORIA (progresso em 
intervenção) da doença 
1. Visão da doença a partir dos 
serviços: investigações clínicas 
longitudinais, de pacientes que demandaram 
assistência médica especializada 
2. Visão da doença a partir da 
comunidade: Busca ativa de pacientes na 
comunidade (Inquéritos populacionais). 
Descrição da doença com base populacional. 
Acompanhamento desde a fase “pré-
patologica”. 
 
Período Pré Patológico = antes do individuo 
adoecer 
- interação de agentes mórbidos, o 
hospedeiro humano e os fatores ambientais 
- Não há doença propriamente dita, mas 
existem condições que favorecem o seu 
aparecimento; fatores de risco. 
- Fase da suscetibilidade 
 
Periodo Patológico = individuo com doença 
- Pré Clínica: existem alterações precoces, 
sem sintomas 
- Fase Clínica: doença precoce discernível e 
doença avançada. Ao se manifestar, a 
doença se encontra em estágio adiantado, 
demandando espontânea por serviços de 
saúde – “ a ponta do iceberg” 
- Fase residual: Convalescença. Se a 
doença permaneceu do jeito que estava ou 
não foi curada por completa, deixa sequelas. 
 
 5 
CLASSIFICAÇÃO DAS MEDIDAS 
PREVENTIVAS (visam evitar as doenças ou 
duas consequências, quer ocorram de forma 
esporádica, quer de modo endêmico ou epidêmico): - 
tem um sentido de evitar o aparecimento do 
estágio seguinte da história natural da doença. 
 Medidas Inespecíficas e Especificas: 
- Inespecíficas(gerais) tem o objetivo de 
promover o bem-estar das pessoas 
- Especificas(restritas): incluem as técnicas 
próprias para lidar com cada dano. Ex.: 
Fluoretação da água e vacinas. 
 
 Prevenção Primária, Secundária e 
Terciária: 
- Primária: “prevenção”/”promoção” - Ações 
dirigidas p/ manutenção da saúde. 
Prevenção da ocorrência da fase patológica. 
– período pré patológico – 
- Secundária: “cura”/ “proteção” – Medidas 
orientada p/ período patológico, enquanto a 
doença está progredindo, seja em fase 
subclínica, seja de evolução clinicamente 
aparente. A prevenção da evolução. Ex.: uso 
de antibiótico em processo infeccioso. 
- Terciária: “Reabilitação”/”Recuperação”. 
Ações se dirigem à fase final do processo. 
Visam a desenvolver a capacidade residual 
do individuo. Ex.: Sequela de AVC 
 
CINCO NIVEIS DE PREVENÇÃO 
1. Promoção da saúde = Ações destinadas 
p/ manter o bem-estar, sem visar a nenhuma 
doença em particular 
Ex.: educação sanitária, alimentação adequada, 
habitação adequada, emprego/ salário adequados, 
condições p/ satisfazer necessidades básicas. 
 
 
 
 
 
2. Proteção específica = impedem o 
aparecimento de doenças específicas. 
Ex.: vacinação, exame pré-natal, quimioprofilaxia, 
fluoretação da água, eliminação de exposição e 
agente carcinogênicos. 
3. Diagnóstico e tratamento precoce = 
identifica o progresso patológico no seu 
início, antes dos sintomas. 
Ex.: rastreamento, exame periódico de saúde, auto-
exame, intervenções preções. 
4. Limitação do dano: Identifica a doença, 
limita a extensão das lesões e retarda o 
aparecimento de complicações. 
Ex.: Acesso facilitado a serviços de saúde, tratamento 
adequado, hospitalização em função das 
necessidades. 
5. Reabilitação: Desenvolve o potencial 
residual do organismo após ter sido afetado 
pela doença, de modo a contribuir para que o 
indivíduo tenha uma vida útil e produtiva. 
Ex.: terapia ocupacional, treinamento do deficiente, 
próteses e orteses. 
*Obs.: Recuperação = 3, 4 e 5 nível. 
 
 
RASTREAMENTO 
 Melhorar diagnósticos 
 Proteger a sociedade de doenças 
contagiosas 
 Alocação de recursos racional 
 Seleção de indivíduos saudáveis 
 Pesquisa(HND) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VARIÁVEIS DESCRITIVAS – PESSOAS E LUGARES
 
EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA 
QUEM¿ 
QUANDO¿ 
ONDE¿ 
 
USOS DA EPIDEMILOGIA 
1. Descrever as condições de 
saúde(diagnóstico coletivo. Ex.: prevalência e 
incidência) 
 
 
2. Identificar a etiologia das doenças(fatores 
de risco e prognóstico) 
3. Identificar tendências nas condições de 
saúde(epidemias e endemias) 
4. Verificar o valor de procedimentos clínicos 
para diagnóstico e terapêutica 
5. Avaliar o impacto de um planejamento em 
saúde púbica. 
 
 
 6 
VARIAVEIS RELATIVAS ÀS PESSOAS 
 Variáveis demográficas(universais) 
Ex.: idade, sexo, raça. 
Sexo = Diferenças entre sexo se explicam a 
partir de questões biológicas e questões 
sociais /comportamentais. 
Idade = Existem tipos de agravos que 
acometem mais em cada faixa etária. 
 - Tempo de acúmulo 
 - Envelhecimento 
 
 Variáveis sociais: 
Ex.: estado civil, renda, ocupação, 
educação... 
Estado civil = seleção para o casamento e 
proteção conferida pela família estão 
associadas. 
Classes sociais: 
 - Teoria do artefato: 
 - Teoria da seleção natural: ex.: 
 - Teoria materialista/ estruturalista: 
pessoas ficam doentes, pq elas tem 
condições de vida ruins 
 - Teoria cultural/ comportamentalista: 
 
 Variáveis relativas ao estilo de vida: 
Ex.: estresse, fumo, exercícios, alimentação, 
álcool. 
*Obs.: as principais doenças em países desenvolvidos 
e emergentes são crônicas. Muitas delas são 
associadas ao estilo de vida. 
- Doenças e agravos não-transmissíveis 
(DANTs) caracterizam-se por: historia natural 
prolongada, múltiplos fatores de risco, causa 
necessária desconhecida, longo período de latência, 
longo curso assintomático, curso clínico lento, 
manifestação clínica com períodos de remissão, 
lesões irreversíveis, baixa letalidade (cárie, doença 
mental,etc) 
 
FATORES DE RISCO EM COMUM: 
 
VARIÁVEIS RELATIVAS À LUGAR 
- usos de mapas geográficos: 
representação absoluta e representação 
relativa 
- uso de mapas de correlação 
 Comparações internacionais 
 Comparações Nacionais 
 Comparações zona rural x urbana 
 Comparações regionais 
 
 
VARIAVEIS RELATIVAS AO TEMPO 
 Variações históricas-secularização: 
 Variações cíclicas: 
 Variações sazonais 
 Variações acidentais: 
*Obs.: as 3 primeiras são previsíveis, a acidental é 
previsível. 
 
PREVALENCIA X INCIDENCIA 
= Estudos que acompanham a prevalência 
são importantes para estabelecimento de 
tendência, mas um aumento na prevalência 
da doença não configura a presença de 
uma epidemia, pq a prevalência não depende 
apenas da incidência. 
 
EPIDEMIAS X ENDEMIAS 
 Epidemia = Concentração de novos 
casos de uma mesma doença em um dado 
local e época em excesso (aumento) do que 
se espera 
- epidemia explosiva/ pontual/ 
espontânea/ surto = tem fonte única de 
transmissão e todos casos expostos ao 
mesmo tempo (comida contaminada em 
restaurante), tem crescimento rápido e pico 
único. 
*Obs.: pandemia≠surto >>> a pandemia é 
transmissível de um lugar p/ outro 
- epidemia contínua = a exposição é 
prolongada e pode ocorrer 
- epidemia progressiva/ propagada = 
aumentos graduais por sucessivas 
exposições a fontes diferentes (insetos ou 
individuos-indivíduo). Tem o crescimento 
exponencial, com inicio lento e uma série de 
picos. Cada indivíduo de um surte é fonte 
para o próximo surto. 
 Endemia = os novos casos de uma 
doença são constantes e previsíveis, 
 
 7 
independente da prevalência atual. – causas 
da doença estão sobre controle 
 
 
 
 
 
 
 
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
= relacionada às práticas de atenção e 
promoção da saúde dos cidadãos e aos 
mecanismos adotados para prevenção de 
doença. 
- política e planejamento 
- processo de saúde e doença 
- territorialização 
- epidemiologia 
- condições de vida 
- situações de saúde das populações, 
ambiente e processos de trabalho 
 
 
CONCEITOS BÁSICOS 
 Vigilância EM saúde: articulação das 
práticas de vigilância epidemiológica e 
sanitária, ambiental e saúde do trabalhador. 
Visa ações de forma integrada, nessas 
áreas, podendo ser executadas em nível 
central, distrital ou local. 
 Vigilância DA saúde: forma de 
planejar, organizar, executar e avaliar açõesde saúde, individuais e coletivas, dirigidas a 
uma determinada população, na perspectiva 
de um modelo de ação. 
 Levantamento epidemiológico: 
estudo seccional geralmente do tipo 
amostral, levado a efeito quando as 
informações existentes são inadequadas ou 
insuficientes em virtude de diversos fatores. 
 Inquérito epidemiológico: estudo 
realizado com base nos dados existentes nos 
registros dos serviços de saúde ou de outras 
instituições. Não é um estudo amostral e 
destina-se a coletar dados para 
complementar as informações já existentes. 
 
 
TIPOS 
EPIDEMIOLÓGICA: ações que 
proporcionam a detecção ou prevenção de 
qualquer mudança nos fatores determinantes 
e condicionantes de saúde individual ou 
coletiva. 
 Objetivos: 
- Acompanhamento do comportamento 
epidemiológico 
- Detecção precoce de surtos e mudanças na 
distribuição espacial da ocorrência das 
doenças 
- Recomendar medidas de prevenção e 
controle 
- Interrupção das cadeias de transmissão de 
problemas 
- Identificar novos problemas de saúde 
pública 
 Funções: 
- coleta, processamento e interpretação de 
dados, bem como recomendações de 
medidas de controle apropriadas. 
- Promoção das ações de controle indicadas 
- Avaliação da eficácia e efetividade das 
medidas adotadas. 
- Divulgação de informações pertinentes. 
 Investigação epidemiológica: é o 
método de trabalho utilizado para esclarecer 
a ocorrência de doenças transmissíveis ou 
de agravos inusitados à saúde, a partir de 
casos isolados ou relacionados entre si. 
Consiste em um estudo de campo realizado 
a partir de casos notificados (clinicamente 
declarados ou suspeitos) e seus contatos. 
 Medidas quantitativas de avaliação: 
sensibilidade, especificidade, 
representatividade e oportunidade. 
 Medidas qualitativas de avaliação: 
simplicidade, flexibilidade a aceitabilidade. 
 
A vigilância epidemiológica deve fornecer 
orientação técnica permanente para os 
profissionais de saúde que tem a 
responsabilidade de decidir sobre a 
execução de ações de controle de doenças e 
agravos, tornando disponíveis, para esse fim, 
informações atualizadas sobre a ocorrência 
dessas doenças e agravos, bem como dos 
fatores que a condicionam, numa área 
geográfica ou população específica. 
 
 SINAN (Sistema de Informações de 
Agravos de Notificação) = Coleta e processa 
 
 8 
dados de agravos de notificação em todo 
território nacional, desde o nível local até 
nacional. 
*Obs.: entrada é feita a partir de formulário 
padronizado destacando-se a Ficha Individual de 
notificação(FIN) e Ficha Individual de Investigação(FII) 
 
 
AMBIENTAL: ações que proporcionam o 
conhecimento e a detecção de mudança nos 
fatores determinantes e condicionantes do 
meio ambiente que interferem na saúde 
humana, com a finalidade de identificar as 
medidas de prevenção e controle dos fatores 
de risco ambientais relacionados às doenças 
ou a outros agravos à saúde. 
 
SANITÁRIA: Ações capazes de eliminar, 
diminuir ou prevenir riscos à saúde e de 
intervir nos problemas sanitários decorrentes 
do meio ambiente, da produção e circulação 
de bens e da prestação de serviço de 
interesse da saúde, abrangendo o controle 
de bens de consumo que, indiretamente, se 
relacionem com a saúde, compreendidas 
todas as etapas e processos, da produção ao 
consumo. 
 ANVISA = principal órgão 
- licenciamento de estabelecimento 
- fiscalização 
- observação do fato 
- julgamento de irregularidades 
- aplicação de penalidades 
- normatização 
- educação 
 
SAÚDE DO TRABALHADOR: conjunto de 
ações feitas com a participação dos 
trabalhadores, feita de forma contínua e 
sistemática. 
 Objetivo: detectar, pesquisar e analisar 
fatores determinantes e condicionantes da 
saúde relacionados ao trabalho, cada vez 
mais complexo e dinâmico. 
 
 
HISTÓRIA 
 Início: século XX – avanço da era 
bacteriológica 
 Nos anos 50, o termo vigilância 
passou a ser usado especificamente para o 
combate da malária. 
- organização de grandes campanhas 
sanitárias 
- doenças que comprometem a atividade 
econômica 
- febre amarela, peste e varíola 
= campanhas valiam-se de instrumentos 
precisos para o diagnóstico de casos, 
combate a vetores, imunização e tratamento 
em massa com fármacos, dentre outros. 
 “Observações sistemáticas e ativa de 
casos suspeitos ou confirmados de doenças 
transmissíveis” = se tratava da vigilância de 
pessoas a partir do isolamento/ quarentena – 
ações individuais e não coletivas 
 Após 1ª metade da década de 60 = 
estrutura de vigilância com o objetivo de 
busca ativa da doença, a fim de desencadear 
ações destinadas a bloquear a 
transmissão. 
 21ª Assembleia Mundial de Saúde 
realizada em 1968 – tema central: vigilância 
epidemiológica 
- abrangência do conceito = aplicação de 
variados problemas de saúde pública 
 
VIGILÂNCIA = VIGIAR = OLHAR = 
OBSERVAR = CONHECER. 
 
 Campanha de Erradicação da Varíola 
(CEV), 1966-73 = marco da 
institucionalização das ações de vigilância no 
país, tendo fomentado e apoiado a 
organização de unidades de vigilância 
epidemiológica na estrutura das secretarias 
estaduais de saúde. 
 5ª Conferencia Nacional de Saúde – 
1975: institui-se o Sistema Nacional de 
Vigilância e Saúde Epidemiológica (SNVE) 
- obrigatória a notificação de doenças 
transmissíveis selecionadas 
- 1977: normas técnicas para a vigilância. 
 1990: vigilância epidemiológica é de 
responsabilidade do SUS – descentralização 
de responsabilidade e integralidade da 
prestação de serviços. 
- antes a detecção dos caos era feita via 
Instituto Nacional de Assistência Médica da 
Previdência Social (INAMPS) 
 
 
VIGILÂNCIA ATIVA 
 
 9 
= Busca ativa e rotineira de novos casos da 
doença pelos profissionais da vigilância. 
 Tipo de vigilância mais caro, mas de 
melhor qualidade. 
 
 
VIGILÂNCIA PASSIVA 
= vigilância que “espera ser avisada” sobre 
novos casos. 
- No Brasil, há uma séria de doenças de 
notificação compulsória (nenhuma bucal) 
 Tipo de vigilância barato, mas que 
subestima a incidência pela 
subnotificação. 
 
 
VIGILÂNCIA SENTINELA 
= Relato de casos de doença que deveriam 
ser prevenidas. 
 Tipo mais barato, entretanto só pode 
ser aplicado a um pequeno grupo de 
doenças. 
 
 
INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA 
= Trabalho de campo, realizado a partir de 
casos notificados (clinicamente declarados 
ou suspeitos) e seus contatos. 
 Estabelecer ou confirmar o diagnóstico 
 Identificar a fonte de infecção e o modo 
de transmissão 
 Identificar os grupos expostos a maior 
risco e buscar casos secundários. 
 Esclarecer as circunstâncias que 
propiciam a ocorrência e investigar fatores de 
risco. 
 Determinar as principais características 
epidemiológicas. 
= orienta a recomendação e adoção 
oportuna de medidas de controle para 
impedir a ocorrência de novos casos. 
 
 
VIGILÂNCIA DAS DOENÇAS 
CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS 
(DCNT) = vigilância integrada dos principais 
fatores de risco modificáveis e comum a 
maioria das doenças crônicas. 
 Têm sido monitorados não por 
sistemas de informações, mas por 
inquéritos de base populacional(estudos 
transversais) patrocinados pelo governo. 
 2000 = Sist. NAc. de Vig. Específico 
p/ doenças crônicas não transmissíveis. 
 
 
 
 
 
 
 Monitora-se fatores de risco e não a 
doença em si. Ex.: monitorar o % de jovens que 
fumam é um indicador de futuros casos de câncer de 
pulmão. 
 Estratégia: 
- Analise das tendências temporais de 
morbidade e mortalidade 
- Monitoramento dos fatores de risco 
- Inquéritos de saúde regulares e especiais 
- Analise e crítica dos resultados e fontes de 
dados 
- Validação e melhoria dos instrumentos e 
indicadores 
- Indução e apoio a ações de promoções à 
saúde, prevenção e controle 
- Monitoramento e avaliação das 
intervenções realizadas 
- Subsídio para políticas sociais, econômicas 
e ambientais. 
- Disseminação, discussão, capacitação e 
advocacia. 
 
 
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 
 Conhecer a realidade 
 Saber como intervir 
 Avaliar mudançasNa vigilância Epidemiológica: 
- Dados demográficos, socioeconômicos 
e ambientais. 
- Dados de morbidade. 
- Dados de mortalidade. 
- Notificação de surtos e epidemias 
 A alimentação do banco de dados do 
SINAN pode–se calcular a incidência, 
prevalência, letalidade e mortalidade + 
realizar analises de acordo com as 
características da pessoa, tempo e lugar = 
avaliação local, municipal, estadual e 
nacional 
 
 
 
 10 
MEDIDAS DE ASSOCIAÇÃO
>>>Entre as variáveis entre fator de risco e 
desfecho 
 
Fator de risco / exposição = fator de 
estudo/ exposição: variável que se supõe 
possa estar associada ao desfecho. 
 
Desfecho: evento de interesse (surgimento 
de uma doença, sintoma, morte) 
 
TABELA CONTINGÊNCIA 2X2 
 
 
 
MEDIDAS DE ASSOCIAÇÃO 
RELATIVAS = razão 
= mostram a magnitude da associação entre 
o fator de exposição e o desfecho 
!Quanto maior a diferença entre os grupos, 
maior a associação! 
- Quantas vezes a ocorrência é maior no 
grupo exposto em relação ao grupo não 
exposto? 
 
 Risco Relativo (RR)= estudos de 
coorte 
Qual o risco de desenvolver uma doença se 
estiver exposto ou não? 
Força de associação = quando que a 
exposição a um favor aumenta ou não uma 
doença? 
 
 
 
 
= risco dos expostos / risco dos não exposto 
 = ocorrência de doença no grupo exposto / 
ocorrência de doença no grupo não exposto 
 
RESULTADOS: 
= 1 não há associação 
> 1 há associação de risco 
< 1 não há associação de proteção 
 
Atenção! Quase sempre o RR vem 
acompanhando de um intervalo de 
confiança (de 95%) 
 
- Quando o intervalo conter o número 1 = NÃO é 
estatisticamente significativo (IC95%: 0,90-3,98) 
- Quando o intervalo NÃO conter o número 1 = é 
estatisticamente significativo (IC95%: 1,90-3,98) = 
FATOR DE RISCO 
 
 Razão de Prevalência (RP) = estudos 
transversais 
Qual a prevalência de um desfecho/doença 
comparando exposto ou não? 
 
 
 
 
= prevalência dos exposto/ prevalência dos não 
expostos 
 
 Odds Ratio (OR) = caso controle 
Qual a chance de desenvolver a doença 
estando exposto ou não? 
 
 
 
 
 
*Obs.: = razão dos produtos trocados 
 
RESULTADOS: 
= 1 não existe associação ou risco 
> 1 existe associação ou risco – associação 
positiva = fator de risco 
< existe associação ou risco – associação 
negativa = fator de proteção 
 
 
 
ABSOLUTAS = diferença 
- Quanto a frequência de um desfecho é 
maior/menor/ igual em relação ao grupo de 
expostos e não expostos. 
- Dá uma ideia, em nível populacional, da 
extensão do problema causado pela 
exposição. 
 
Diferença de Risco = Taxa 1 – Taxa 2 
 
RESULTADOS: 
= 0 não existe associação ou risco 
> 0 existe associação ou risco 
< existe associação ou risco 
 
 
 11 
Exercício 1) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Razão absoluta: DIFERENÇA DE RISCO 
 Salada de ovo = 83 -30 = 53 
 Macarrão = 76 - 67 = 9 
 Requeijão = 71 - 69 = 2 
 Salada de atum = 78-50 = 28 
 Sorvete = 78 - 64 = 14 
 Outros = 72-50 = 22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Razão Relativas: 
 Salada de ovo = 83/30 = 2,77 
 Macarrão = 76/ 67 = 1,13 
 Requeijão = 71/ 69 = 1,03 
 Salada de atum = 78/50 = 1,56 
 Sorvete = 78/64 = 1,21 
Outros = 72/50 = 1,44 
 
 
Exercício 2) 
 
 
1º = Qual tipo de estudo? 
2º = Qual forma iremos utilizar? 
 
RESOLUÇÃO: 
RR = (40 / 40+120) / (30 / 30+190) 
RR = (40 /160) / (30/ 220) 
RR = (40 x 200) / (160 x 30) 
RR = 8800 / 4800 = 1,83 
 
 
 
 
 
ENSAIOS CLÍNICOS RANDOMIZADOS (ECR/RCT)
= constituem numa poderosa ferramenta de 
avaliação de intervenções para a saúde. 
= define qual a intervenção e depois avalia. 
*Ensaio clínico = EXPERIMENTAL 
*Randomizado = aleatório 
 
*Obs.: NA PANDEMIA = seria perfeito ter estudos 
randomizados que comparassem medicamentos para 
isso. 
 
 
CONCEITO DE ECR 
 É uma atividade de pesquisa científica 
em que pacientes humanos são avaliados 
para determinar prospectivamente o efeito e 
valor dos agentes preventivos, diagnósticos e 
terapêuticos, estratégias, regimes e 
procedimentos. 
 É uma forma de experimento planejado 
que envolve pacientes e é desenhado para 
elucidas os tratamentos mais apropriados 
para os futuros pacientes. 
 Um experimento científico que gera 
dados clínicos com o propósito de avaliar 
uma ou mais terapias em uma população de 
pacientes. Está implícito no ensaio o fato de 
que o investigador clínico tem controle do 
processo de tratamento determinado ao 
paciente. 
 
O PRIMEIRO ENSAIO CLÍNICO: 
- Final da década de 40 
- Austin Bradfors Hill 
- alocou aleatoriamente pacientes com 
tubérculos pulmonares em dois grupos: um 
recebendo estreptomicina e um que não 
recebe (grupo placebo). 
= pode avaliar de maneira não viesada a 
eficácia deste medicamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 12 
ENSAIOS CLÍNICOS: estudos onde 
um grupo de interesse em que se faz uso de 
uma terapia ou exposição é acompanhado 
comparando-se com um grupo controle 
 O pesquisador planeja e intervém 
ativamente nos fatores que influenciam a 
amostra, minimizando assim a influência dos 
fatores de confundimento 
 Quando bem conduzidos. São o pão-
ouro entre os estudos para guiarem a nossa 
prática clínica diária. 
 A elaboração de um ECR visa a um 
estudo que seja suficientemente grande para 
que um efeito clínico importante seja 
estatisticamente significativo, mas não tão 
grande para que desfechos pouco 
importantes sejam significativos. 
 
 
 Amostragem = grupo de pessoas que fará 
 Randomização = Aloca de maneira aleatória 
pessoas em diferentes grupos = faz com que se tenha 
grupos muito semelhantes ao acaso. 
*se fossem pessoas diferentes, o resultado poderia 
ser pelas diferenças pessoais, e não pelo 
medicamento 
 Cegamento = ninguém sabe em que grupo está. 
- Único = somente os participantes não sabem 
- Duplo cego= nem o participante nem o pesquisador 
- triplo cego = nem o banco de dados sabe 
 
 
TRATAMENTO X PLACEBO 
 Tratamento = Quando há um tratamento 
disponível, as legislações nacionais e 
internacionais sustentam que os benefícios, 
os riscos, os encargos e a eficácia de uma 
nova intervenção devem ser testados 
comparativamente com as melhores 
intervenções atuais comprovadas 
 Placebo = Quando não há um 
tratamento atual disponível, o grupo controle 
pode ser tratado por um placebo, ou seja, um 
tratamento simulado que não contém um 
componente ativo, é algo igual, mas sem o 
componente terapêutico/ intervencionista. 
 
 
ECR 
- É o instrumento mais poderoso da pesquisa 
- É um estudo no qual as pessoas são 
alocadas ao acaso para receber uma de 
carias intervenções clínicas 
- É um estudo comparativo e experimental. 
- Habitualmente uma das intervenções é 
considerada como padrão de comparação 
(controle placebo) 
- objetivo: mede e compara diferentes 
desfechos depois da intervenção. 
 
 
 
DESENHOS DE ECR 
 Paralelos (independentes)= Quando 
há pelo menos 2 grupos diferentes 
simultaneamente sendo acompanhados. 
 Cruzados ou Crosser 
Over(pareados) = Todos os indivíduos são 
submetidos a todas terapias em sequencia 
aleatória. 
Ex.: Grupo 1 -> terapia 1 -> terapia 2 
Grupo 2 -> terapia 2 -> terapia 1 
 Split mouth (pareado) = útil em 
situação de órgãos simétricos (olhos, 
dentes...) 
 
 
JUSTIFICATIVAS PARA ECR 
 A ausência de pesquisas prévias NÃO é 
justificativa para um ensaio clínico 
 Um ECR pressupõe o pesquisador: 
- conheça os mecanismos biológicos da 
doença 
- conheça a causa da doença 
 
 13 
- tenha uma hipótese provavelmente capaz 
de curar o paciente ou melhorar sua 
condição 
 O principio do provável, mais incerta, 
cura justifica um ECR. 
 
 
ALOCAÇÃO ALEATÓRIA 
 Todos participantes tem a mesma 
chance de serem alocados para cada um 
dos grupos 
 Portanto, a alocação não é determinada 
pelos investigadores ou pelos participantes. 
 Todos os participantes tem a mesma 
chance de serem incluídos em cada um dos 
grupos de estudo. 
 
 
QUAL O VALOR DA RANDOMIZAÇÃO 
 Reduz o risco de desequilíbrio de 
fatores desconhecidos que poderiam 
influenciar o curso clínico dos participantes Nenhum outro delineamento permite 
um equilíbrio de fatores não conhecidos 
 Tanto determinantes conhecidos como 
desconhecidos do desfecho de interesse 
sejam distribuídos de forma semelhante entre 
os grupos tratado e controle 
 
 
QUANDO FAZER UM ECR? 
 Devem ser considerados quando: 
a. Há incerteza sobre o efeito de uma 
exposição ou tratamento 
b. A exposição pode ser modificada no 
estudo 
 Potenciais limitações de ensaios 
clínicos randomizados incluem: 
a. Limitada generalização da população em 
estudo 
b. Limitada generalização do ambiente em 
estudo 
c. Ensaios clínicos randomizados respondem 
a uma questão de estudos específicos 
 As medias de magnitude de efeito 
usuais em ensaios clínicos randomizados 
são o risco relativo e a diferença de risco. 
 
 
INTERVENÇÕES 
INDIVIDUAIS X EM GRUPOS 
 Aplicabilidade em grupo 
- Pode haver contaminação individual = 
proximidade dos indivíduos, com conversas 
por exemplo, podem influenciar em 
mudanças nos hábitos do outro. 
 Aplicabilidade individual = indivíduos 
desenvolvem sozinhos a técnica. 
 Com o delineamento de intervenção de 
uma comunidade, temos um ensaio clínico 
em cluster, em que o pesquisador atribui 
status de exposição à comunidade inteira. 
 De modo geral, esses ensaios incluem 
educação em saúde pública e outros tipos de 
trabalhos de campo não envolvidos 
tipicamente em estudos individuais, embora 
os princípios epidemiológicos sejam os 
mesmos. 
 
 
DESENVOLVIMENTO DE FÁRMACO 
E MEDICAMENTOS 
FÁRMACOS: 
1. Pesquisa experimental ou fase pré clinica: 
Antes de começar os testes em seres humanos, os 
pesquisadores realizam testes em células e em 
animais. 
2. Pesquisa clínica: Nesta fase o objetivo 
principal é testar a segurança e a eficácia deste novo 
medicamento em seres humanos. 
 
 
MEDICAMENTOS: 
 
1. Segurança: 
- Nro participantes = pequenos grupos de 20 a 100 
- Tempo de duração = vários meses 
- Objetivos = segurança, avaliação preliminar 
2. Eficácia: 
- Nro participantes = número limitado 
- Tempo de duração = vários meses até 2 anos 
- Objetivos = eficácia, definição da dose eficaz. Em 
paralelo, a segurança. 
3. Multicêntrico: 
 
 14 
- Nro participantes = grandes e variados grupos 
- Tempo de duração = 1 a 4 anos 
- Objetivos = segurança, eficácia comparativa, risco/ 
benefício. Aumenta-se o número de participantes. 
Tem a intenção de registrar o novo medicamento. 
4. Pós comercialização: 
- Nro participantes = milhares 
- Tempo de duração = vários anos 
- Objetivos = Farmacovigilância. Promover experiência 
com o produto, avaliar novas indicações para os 
mesmos. 
 
 
 
 
 
 
EFICÁCIA/ EFETIVIDADE/ EFICIENCIA 
EFICÁCIA = 
EFETIVIDADE= 
EFICIENCIA = 
 
 
 
 
ESTUDOS TRANSVERSAIS
= Seccional, de prevalência, cross-section, 
survey. 
= observação direta da população ou de 
determinada quantidade planejada 
(amostra) de indivíduos em uma única 
oportunidade 
 
POPULAÇÃO: Conjunto completo de 
indivíduos que pode ser descrito de acordo 
com uma característica comum a todos. 
 
CARACTERÍSTICA: define a população; está 
relacionada com critérios geográficos, sexo, 
faixa etária, ocupação. 
 
INFERÊNCIA: O conjunto de métodos que 
permitem formular, em termos 
probabilísticos, um julgamento sobre uma 
população a partir dos resultados observados 
em uma amostra extraída ao acaso da 
população. 
 
 
CARACTERÍSTICAS 
A. As mensurações são feitas num único 
momento do tempo 
B. São úteis quando se quer descrever 
variáveis e seus padrões de distribuição 
C. Constituem o único desempenho que 
possibilita identificar a prevalência de um 
fenômeno de interesse. 
 
 
TIPOS DE ESTUDO: de acordo com o 
propósito 
 Inquérito descritivo (surveys)= 
estimar taxas, médias ou proporções válidas 
para descrever a doença na população. 
 Estudo de Associação = Obter 
associações (OR, RP) válidas entre duas 
variáveis (fator de risco e doença) 
 
VANTAGENS: 
 Baixo custo (comparado ao longitudinal) 
 Rápido 
 Descreve o quadro de saúde das 
população 
 Fornece uma estimativa de 
prevalência 
 Gera hipóteses sobre a causa 
 
DESVANTAGENS 
 Não estabelece relação temporal ou 
causal ( o que veio antes ou depois, HND) 
 Curados ou mortos não 
aparecem(sujeito a sobrevivência seletiva – 
3ª idade) 
 Estima associação e não estima risco. 
 
 
ETAPAS 
PLANEJAMENTO > EXECUÇÃO > ANÁLISE 
E DIVULGAÇÃO 
 
 15 
 
PLANEJAMENTO: 
 Protocolo / projeto de pesquisa 
 Preparação dos instrumentos 
 Processo de amostragem 
 Seleção e treinamento dos 
pesquisadores 
 
EXECUÇÃO 
 Realização de um estudo-piloto 
 Coleta de dados 
 Controle de qualidade dos dados. 
 
ANÁLISE E DIVULGAÇÃO 
 Construção de banco de dados 
 Análises descritivas (porcentagem, 
média, desvio-padrão) 
 Análises bivariadas (relação entre 
variáveis) 
 Análises multivariadas 
 Elaboração de relatório final para 
publicação. 
 
 
 
COMO EU FAÇO PARA IDENTIFICAR? 
- No objetivo = estimar a prevalência de 
acesso 
- Resultados: mostra os dados de RP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDOS DE COORTE (longitudinais)
= Estudos observacionais onde os 
indivíduos são classificados (ou 
selecionados) segundo o status de 
exposição, sendo seguidos para avaliar a 
incidência da doença 
- Status de exposição = o nível que está exposto 
(ex.: o quanto a pessoa digere açúcar) 
- Seguidos para avaliar a incidência = 
acompanhamento de pessoas para avaliar caso novo 
de doença. 
- Grupo de pessoas tem que ser avaliado em pelo 
menos dois momentos: o 2º depende do tempo que 
leva para que o desfecho ocorra 
- Classificados: 
 
POR QUE O TERMO COORTE? 
 Grupo de pessoas que a gente vai 
acompanhar, que tem algo em comum 
(exposição) em um grupo definido. 
 
RECRUTAMENTO DE PESSOAS: 
 No 1º momento = Estudo transversal = 
avalia um monte de fatores 
- As pessoas que já tem o desfecho são 
eliminados da coorte 
 Seleção da população geral. Ex.: Visitas 
a domicílio 
- dificuldade em acompanhar, pq se perde pessoas ao 
longo do tempo – problema quando é uma perca muito 
grande 
 Seleção de grupos populacionais 
restritos (ELSA) 
- Facilita o acompanhamento 
 Seleção de grupos com exposição 
especial (exposição não usual) 
 
 
ESTUDOS DE COORTE 
 Melhor delineamento para medir 
incidência 
 Sequencia temporal entre fator e 
desfecho 
 Permite estudar vários desfechos 
COORTE FIXA = Seleciona todo mundo do 
momento e só elas serão acompanhadas – 
Só há perca de pessoas. 
COORTE DINÂMICA = Está sempre 
recrutando pessoas. 
 
 
OBJETIVOS 
-> Acompanhamento de indivíduos ao longo 
do tempo (avaliada e reavaliada) 
 
 16 
1. Descrever a incidência dos eventos em 
período de tempo (descritivo) 
2. Analisar associações entre fatores de 
risco e os desfechos de interesse (analítico) 
= AVALIAR A ETIOLOGIA DA DOENÇA 
= AVALIAR A HND 
 
 
COORTE PROSPECTIVA 
= contemporâneo 
 Acompanhamento ao longo do tempo 
 Ter muita perda é um problema 
 
VANTAGENS: 
- Mede a incidência (retrospectivo também) 
- Investigação de causa (retrospectivo 
também) – no transversal não! 
- Fator precede desfecho (retrospectivo 
também) 
- Permite uma medida acurada da variável de 
interesse – mede da melhor forma possível 
- Pode construir informações baseadas na 
informação do próprio paciente 
 
DESVANTAGENS: 
- Alto custo 
- Ineficiente para doenças raras 
- Doença com fase pré-clinica longa – pq não 
se sabe quando inicia exatamente 
 
 
 
 
 
 
 
 
COORTE RETROSPECTIVA 
= históricos 
 Analisa dados de hoje para trás. 
 Vai olhar para locais onde já tenham 
as informações que precisa já coletadas. 
Algumas pessoas não desenvolveram o 
desfecho de interesse 
 Em serviços de saúde: analise de 
prontuários. 
 Em outros estudos de coorte, com 
desfechos que não foram a priori. 
 
VANTAGENS: 
- Mede a incidência (prospectivo também) 
- Investigação de causa (prospectivo 
também) – no transversal não! 
- Fator precede desfecho (prospectivo 
também) 
- Desfecho não enviesa pelo conhecimentodo desfecho 
- Custo menor 
 
DESVANTAGENS: 
- Investigador não tem controle sobre a 
natureza e qualidade das aferições feitas 
 
 
COORTES DE NASCIMENTO 
= Bebês acompanhados desde o nascimento 
até o estudo existir 
 Raro = Caro e difícil de seguir os 
participantes 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DE CASO CONTROLE / 
 
 Assim como os estudos de série de 
casos, os de caso-controle são também 
estudos observacionais, mas apresentam 
um GRUPO COMPARATIVO. 
 Assim como os transversais, não 
proporciona tratamento algum aos 
indivíduos pesquisados. = apenas avalia e 
compara desfechos clínicos entre grupos 
de indivíduos. 
 Um pouco mais complexos que os 
transversais = evidencias obtidas mais 
robustas. 
 Baratos e de rápida implementação. 
 
 
O ESTUDO: 
 Muito utilizados 
 Fácil de realizar, barato e rápido 
 Comparação entre grupos 
 
 17 
 Parte de um grupo com doença e 
outro igual sem a doença e procura 
associações de risco no passado 
(retrospectivo) 
 Permite calcular associações: Odds 
Ratio. 
 O que é de interesse do avaliador é 
avaliar os fatores que no passado 
poderiam estar associados a desenvolver 
a doença de interesse. 
 
 Compara uma possível causa entre 
casos e controles 
 Determinam se fatores de risco são 
causas contribuintes da doença 
 Alternativa aos estudos de coorte 
 Retrospectivos 
 Defechos raros? 
 
 
TABELA 2X2 = Permite organizar os 
dados de maneira gráfica e estabelecer 
associações entre o tabagismo e o câncer de 
pulmão. 
 Necessidade de 4 grupos de 
indivíduos: 
- Com doença expostos 
- Com doença sem exposição 
- Sem doença expostos 
- Sem doença não expostos 
Ex.: 
 
 
CÁLCULO DE ODDS: Com a razão de duas 
probabilidades; a probabilidade de que um 
evento aconteça dividido pela probabilidade 
de que o evento não aconteça. 
 
1- Odds de que os expostos desenvolvam 
câncer de pulmão = probabilidade de ter 
diagnóstico de câncer de pulmão e ser 
tabagista = 1350 
-Probabilidade de ter diagnóstico de câncer 
de pulmão e não ser tabagista (7) = 192,8 
= a chance de ser tabagista e desenvolver 
câncer de pulmão é quase 193 vezes maior 
quando comparado com os indivíduos não 
tabagistas. 
 
2 – Probabilidade de ser tabagista e não 
desenvolver câncer de pulmão = 
probabilidade de ser tabagista (controle) e 
não ter diagnóstico de câncer de pulmão 
(1296) 
- Probabilidade de não ser tabagista e não ter 
câncer de pulmão(61) =21,2 
 
3 – Cálculo de Odds: 192,8/ 21,2 = 9 
 
 
SELEÇÃO DE CASOS E 
CONTROLES 
1. Como selecionar os casos: 
- Critério diagnóstico 
- Critério de eligibilidade 
2. Como selecionar controles: 
- Controle da população 
- Controle da vizinhança 
- Controle aleatório (telefone) 
- Controle hospitalar 
3. Pareado X Não pareado 
 
 
UTILIDADES 
 Doenças muito raras ou que demorar 
anos para aparecer (pouco prevalentes ou 
incidentes ou de evolução crônica) = 
permitem avaliar de uma forma fácil, 
barata e rápida prováveis associações. 
 
 
DICIFULDADES NA HORA DE 
(RE)AVALIAR 
 O avaliador consegue medir aquilo 
que pretendia? 
- Viés = erros que podem invalidar os 
resultados da pesquisa. 
 
 18 
- Quando existe viés, a pesquisa perde valor 
e o estudo deve ser repetido. 
 
VIÉS DE SELEÇÃO: Quando o grupo 
controle escolhido como comparador do 
grupo de casos não apresenta as mesmas 
características epidemiológicas. 
VIÉS DE MEMÓRIA: Com frequência 
acontece que quem padece de uma doença 
lembra mais dos detalhes passados. 
Geralmente isto acontece pela vontade de 
quem está doente de poder achar uma 
explicação para o que lhe acontece. Um 
grupo tende a se lembrar melhor do que 
outro. 
VIÉS DO ENTREVISTADOR: Analises de 
dados feitas de forma diferente pelo 
entrevistador, devido suas influencias. Por 
conhecimento do grupo. 
- Entrevistadores devem ser cegos de qual a 
hipótese da pesquisa em casos de 
deficiência. 
 
 Quando selecionados os casos deve-
se identificar com extremo detalhe quem 
poderia ser selecionado como caso. 
1. Como foi selecionada a amostra 
(hospitalar, ambulatorial, representativa de 
uma população). 
 
 
 
2. Critérios que definem um caso: idade, 
sexo, sintomas e sinais clínicos dos 
pacientes, exames laboratoriais, métodos de 
diagnósticos utilizados. 
3. Considerar a preferência de casos 
novos (incidentes) ou casos velhos 
(prevalentes). 
 
 A seleção de controles deve ser 
metodologicamente detalhada. Devem ser 
idênticos aos casos (sem a doença em 
questão) e escolhidos da mesma 
população. 
- Os controles representam o risco habitual 
que qualquer individuo tem de se transforma 
em caso. 
 
 Os entrevistadores DEVEM não 
conhecer os objetivos da pesquisa, quem 
é o caso e quem o controle, qual o 
desfecho para não ser induzido. 
- Evitar induzir os participantes, 
 
 Confundidores = outras exposições 
(des)conhecidas que podem alterar a 
associação entre a exposição e a doença de 
interesse. Devem ser também pensados e 
identificado antes de iniciar a pesquisa. 
 
 
 
 
 
ESTUDOS ECOLÓGICOS
= analisa um grupo ou população inteira, 
não o individuo 
 Frequentemente realizadas com dados 
censitários ou de outra fonte, como 
DATASUS no Brasil. 
 
 
OBJETIVOS 
1. Gerar hipótese etiológica a respeito de 
uma dada doença 
- HIPOTESE ETIOLOGICA = Na 
epidemiologia não faz sentido estudar coisas 
que não são causais 
2. Testa hipótese etiológica 
3. Avaliar a efetividade de intervenções 
em saúde pública 
4. Avaliar o efeito do contexto 
 
NÍVEL DE ANÁLISE 
 Individuo: quando as informações são 
coletadas e analisadas no nível do individuo, 
sendo um atributo das mesmas. Ex.: sexo, 
idade, renda, fumante, ter cárie... 
 Ecológico: Quando a unidade de análise 
é o grupo, sendo a informação considerada 
um atributo do grupo. Muitas vezes, o nível 
ecológico é uma variável substituo pela falta 
de informação no nível individual. 
 
 
 
 
 
 
 19 
ANALISE DE GRUPOS = MODELO 
ALINHADO – parte dos dentes 
 
 
TIPOS VARIÁVEIS 
 Individuais: são variáveis próprias de 
atributos de pessoas 
 Ecológicas ou contextuais: são 
variáveis que representam atributos do 
contexto onde as pessoas vivem, trabalham 
ou circulam. Pode ser: 
- Ambientais: características físicas do 
ambiente, próprias do nível agregado, mas 
que eventualmente podem ser medidas em 
nível individual. Ex.: clima, poluição. 
*Obs.: AMBIENTAIS – analisa Taxas 
- Derivadas/ Agregadas: variáveis 
contribuídas a partir de variáveis individuais, 
em geral são médias ou percentuais. Ex.: 
renda por capta do país, % de analfabetismo 
municipal. 
*Obs.: Derivadas/agregadas = não são originalmente 
do ambiente. 
- Globais/ integrais: atributos exclusivos do 
nível de grupo e não podem ser reduzidas 
para os indivíduos. Ex.: tipo de sistema 
político ou organizacional de uma empresa. 
- Contágio 
 
 
TIPOS DE ESTUDOS – I 
 Exploratórios: descreve os padrões 
temporais ou espaciais de uma determinada 
doença. É comum o uso de mapas (i. e. 
cartograma) – gera hipóteses 
 Analíticos: associa os padrões da 
doença numa área com algum a exposição 
média à um fator de risco - associações 
 
 
TIPOS DE ESTUDOS - II 
 Estudo de múltiplos grupos: para um 
mesmo ponto no tempo, os grupos são em 
geral agrupamentos geográficos como 
bairros, cidades, países. Pode também ser 
comparações entre fábricas, universidades, 
fazendas, etc. 
 
 
 
 
 
 Estudos de séries temporais: para um 
mesmo grupo, avalia-se a doença ao longo 
do tempo. Constitui-se em um conjunto de 
estudos transversais 
 
 Estudos mistos (espaço tempo): 
acompanha diferentes grupos. 
- Mortalidade é variável 
- Se botar mais uma variável, vira um estudo 
de associação 
- Descritivo 
 
 
FALÁCIA ECOLÓGICA 
“DIFICULDADES” 
 É um erro de interferência devido ao 
fato de que os resultados podem ser 
verdadeiros somente para o nível ecológico. 
 Quando alguém tente inferir para o 
nível individual o resultado de uma 
associação (e descrição) ecológica, comete a 
falácia ecológica. 
 
 
 
VANTAGENS Fácil 
 Barato 
 Ampla cobertura geográfica 
 Dados censitários possuem boa 
qualidade e amostragem representativa 
 Considerável validade dos dados entre 
os grupos 
 Avalia o efeito de contexto. Ex.: 
comparações transculturais e sociais. 
 
 20 
DESVANTAGENS 
 Não é possível inferir associações 
para o nível individual sem a possibilidade de 
falácia ecológica. 
 Dificuldade de fazer comparações, 
pela impossibilidade de controlar por fatores 
de confusão. 
 Falta de fonte de dados para 
informações importantes 
 Colineariidade entre várias ecológicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ODONTOLOGIA EMBASADA EM EVIDÊNCIA (SBE)
“Em cinco anos, utilizaremos somente 50% 
do conhecimento atual, porém não sabemos 
quais os 50%”. 
 
 
 Os livros texto, apesar de serem vitais 
na aquisição de conhecimento básico de 
informação já bem estabelecida, apresentam 
falhas importantes, principalmente em áreas 
de rápida transforação. 
 Informações podem apresentar atraso 
de vários anos. 
 
EPIDEMIOLOGIA E CLÍNICA: Raízes 
comuns; 
 Clínica – individual/ laboratório; 
 
 
ODONTO BASEADA EM 
EVIDENCIAS 
= Integração de melhor evidência clínica, 
habilidade clínica e valores do paciente 
O DENTISTA: 
 Incerteza nas decisões clínicas 
(conhecimentos sobre o real impacto?) 
 Experiência clínica e fisiologia, apesar 
de necessários são insuficientes; 
 Busca evidÊncia de pesquisas para 
responder às incertezas (clínica ou 
epidemiológica) 
 Integração de melhor evidência clínica, 
habilidade clínica e valores do paciente. 
 
 
O QUE É EBD? 
“ Uso consciente, explicito e critico das 
melhores evidencias disponíveis na literatura 
médica para tomar decisões em relação ao 
manejo de pacientes” 
 Melhor evidencia de pesquisa = 
ensaio clínico randomizado = pesquisa 
clinicamente relevante 
 Habilidade clínica = usar nossos 
conhecimentos clínicos e experiência 
 Valores do paciente = preferências 
particulares, preocupações e expectativas de 
cada paciente 
 
*Três elementos integrados: clínicos e 
pacientes formam uma aliança diagnóstica e 
terapêutica 
 
 
QUALIDADE DAS EVIDÊNCIAS 
CIENTIFICAS PARA INTERVENÇÕES 
 
 
 
 21 
CATEGORIAS DE RECOMENDAÇÃO A 
FAVOR OU CONTRA UMA INTERVENÇÃO 
 
 
 
POR QUE O INTERESSE NA 
ODONTOLOGIA BASEADA EM 
EVIDÊNCIAS? 
 Autoridades – observação sistemática 
dos pacientes 
 1992 – MBE 
- Necessidade diária de informação com 
validade sobre diagnóstico. Prognóstico, 
terapia e prevenção 
- Inadequação das fontes tradicionais (livros 
sisáticos desatualizados, especialistas 
corretos?, revistas em muita quantidade e 
com grande variedade de informação 
- Pouco tempo 
 
 
CLÍNICOS DE TEMPO INTEGRAL 
 Desenvolvimento de estratégias para 
identificar e analisar evidências 
 Criação de revisões sistemáticas 
(Colaboração Cochrane) 
 Criação de revistas de BEM 
 Criação de sistemas de informação 
 Aplicação de estratégias efetivas para 
aprendizado 
 
 
COMO PRATICAR OEE 
 Transformação da necessidade de 
informação em uma pergunta que pode ser 
respondida. 
 Identificação da melhor evidência com 
a qual responder esta pergunta; 
 Analise critica da evidencia quanto à 
validade, ao impacto e aplicabilidade. 
 
 
LIMITAÇÕES 
 Necessidade de desenvolver novas 
habilidades na busca e análise crítica; 
 Tempo limitado e recursos 
necessários para o acesso às evidencias. 
 
 
COMO SURGEM AS 
PERGUNTAS CLÍNICAS? 
 Causa das doenças 
 Achados clínicos 
 Diagnóstico diferencial 
 Testes diagnósticos 
 Prognóstico 
 Prevenção 
 Tratamento 
 Experiência 
 Aperfeiçoamento e atualização 
 
CLASSIFICAÇÃO POR ASSUNTO: 
1. Etiologia 
2. Diagnostico 
3. Prognostico 
4. Tratamento 
 
 
PROCESSO 
1º = Traduza cenário do paciente em uma 
Questão Clínica Adequada; 
2º = Selecione e analise as melhores 
evidencias; 
3º = Aplique as evidencias ao seu paciente 
 
PASSOS: PICO 
P= Paciente e Problema 
- perguntar “como eu descreveria um grupo 
de pacientes similar ao meu?” 
- compromisso entre precisão e brevidade 
I = Intervenção (tratamento, teste, 
prognóstico, etiopatologia, etc.) 
- perguntar “qual a principal intervenção que 
estou considerando?” 
- tratamento ou exposição 
C = Comparação 
- compare com: nenhum/placebo ou padrão 
atual, teste ou achado clínico, tratamento ou 
exposição 
O = Outcome (desfecho) 
- importante para o paciente ou saúde 
pública 
- fácil de detecção e análise 
 
 22 
- quantificável 
- definição do evento 
- como precisão e acurácia 
 
EM SÍNTESE: As perguntas mais relevantes 
são aquelas identificadas ao atender os 
pacientes 
 Todo o profissional de saúde deve 
alocar tempo para a sua pesquisa para: 
avaliar a sua atividade, planejar como 
desenvolver, valoriza o impacto do seu 
trabalho, inovar no serviço de saúde, local de 
excelência ou de qualidade e manter 
interesse através de perguntas. 
, 
 
MÉTODO CIENTÍFICO 
 Investigação clínica de boa qualidade 
metodológica = PESQUISA CLÍNICA 
 Avaliação crítica da literatura e síntese 
adequada das informações = 
ODONTOLOGIA BASEADA EM 
EVIDENCIAS 
 
 
DESAFIOS DO SISTEMA DE 
SAÚDE 
 Transição epidemiológica 
 Envelhecimento populacional 
 Demanda crescente por serviços de 
alta qualidade 
 Incremento acelerado de avanços 
tecnológicos 
 Grande variabilidade na prática clínica 
 Identificação de intervenções afetivas 
 
 
PORQUE A ODONTOLOGIA DEVE 
EMBASAR-SE EM EVIDENCIAS 
 Grande volume de conhecimento 
 Demora na aplicação de novos 
conhecimentos 
 Varias fontes de informação 
 Dados controversos 
 Exigências da sociedade 
 
 
RAMPA ESCORREGADIA = 
 
 
 
 
A OEE NÃO É RESTRITA A ENSAIOS 
CLÍNICOS RANDOMIZADOS! 
Revisões sistemáticas 
Enfoque Delineamento 
RX ECR 
Etiologia Estudo de coorte/ caso controle 
Prognóstico Estudo de coorte 
DX Estudo transversal 
$ Custo-efetividade 
 
 
DIFICULDADES E SOLUÇÃO 
 Porque alguns profissionais de saúde 
são resistentes ao desenvolvimento de 
protocolos clínicos? 
 Como estimular para que eles fiquem 
sensibilizados para esta nova prática? 
 
DIFICULDADES PARA ENCONTRAR A 
EVIDENCIA: 
 É difícil acessar a informação 
 Como encontrar a melhor abordagem 
e não apenas uma estratégia 
 É impossível manter-se atualiado! 
 
 
ONDE BUSCAR INFORMAÇÃO 
- Internet? 
- Artigos? 
- Congressos? 
- Coegas? 
Livros? 
 
 
 
 
 
= busca de revisões sistemáticas 
 
 23 
REVISÃO SISTEMÁTICA E METANÁLISE
 Não são novidade, voltaram pela 
necessidade da SBE 
 A ciência é acumulativa, com novas 
ideias tendo como base o conhecimento 
prévio e a observação 
 Profissionais, pesquisadores e 
gestores do setor saúde tem que lidar com 
uma quantidade exagerada de informações 
 
 Como avaliar, dentre toda essa 
informação, qual evidência é útil e tem 
qualidade para uma tomada de decisão? 
Uma das maneiras é avaliando evidencias 
por meio de revisões sistemáticas, pois 
elas representam uma maneira eficiente de 
integrar informação e prover uma base 
racional para tomada de decisões. 
 
 
 
REVISÕES SISTEMÁTICAS 
 Delineamento de pesquisa original 
 Estudo secundário, cujo objetivo é 
reunir estudos semelhantes, avaliando-os 
criticamente (questão de pesquisa definida) 
 Maximiza o poder de estudos 
individuais 
*Obs.: Secundário pq, reúne estudos semelhantes por 
baixo de uma pergunta de pesquisa. = Maximalisa os 
estudos individuais 
 São consideradas a evidencia de 
melhor nível de evidência para tomada de 
decisão em cuidados em saúde. 
*Obs.: Revisões sistemáticas de ensaios clínicos são 
consideradas as melhores fontes de evidências 
clínicas sobre a efetividade terapêutica de uma 
terapia. 
 
 
O QUE UMA RS RESPONDE: 
 Incerteza 
- Tratamento 
- Prevenção 
- Dano 
- Etiologia 
- Prognostico 
- Prevalência 
- Diagnóstico 
- Econômico 
 
 
 
REVISÃO SISTEMÁTICA X NARRATIVA 
(TRAD) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUANDO PENSAR EM UMA RS? 
 Estruturando a pergunta da melhor 
forma 
 Existem dúvidas mesmo? 
 Não existem RSbem elaboradas? 
 Se existem, há erros? 
 Quais os erros e motivos? 
 Sem protocolo de 
pesquisa 
 Sem questão clínica 
específica 
 Referências a critérios do 
autor 
 Não necessariamente 
discute qualidade evidência 
 Síntese qualitativa 
 Protocolo de pesquisa a 
priori 
 Questão clínica 
específica 
 Estratégia de busca na 
literatura 
 Qualidade metodológica 
avaliada 
 Metanálise (opcional) 
 
 24 
 Posso corrigi-los? 
 
 
PASSOS 
1. Definir a questão 
2. Verificar rodos os estudos que 
abordam a questão. 
3. Avaliar os estudos para selecionar 
aqueles relevantes 
4. Avaliar a qualidade dos estudos 
5. Calcular os resultados para cada 
estudo (e combiná-los quando apropriado) 
6. Interpretar os resultados 
 
 
COMO AVALIAR UMA RS 
 Enfoque 
 Ano 
 Journal? 
 Delineamento foi o melhor? 
 Condução adequada? 
 Análise dados foi correta² 
 
 
QUALIDADE DAS RS PADRÃO-
OURO 
 
 
 
 
 
 
 
METANÁLISE 
= estatística pra sumarizar os resultados 
 A meta-análise é o uso de métodos 
estatísticos para sumarizar os resultado de 
estudos semelhantes (desde a extração dos 
dados) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ELEMENTOS DE UMA RS 
 Definir a questão 
 Verificar todos os estudos (pretensão) 
que abordam a questão 
 Avaliar os estudos para selecionar 
aqueles relevantes 
 Calcular os resultados para cada 
estudo 
 Interpretar os resultados 
 
 
PLANEJAMENTO – PROTOCOLO 
 Importante para definir os métodos 
empregados na realização da RS 
 Objetivos: ter um documento escrito 
com o plano da revisão e diminuir vieses 
(busca, seleção, extração de dados e 
avaliação) 
 PROTOCOLO: 
- Grupo de trabalho 
- Documento do que está fazendo 
- Diga a todos o que está fazendo 
- Minimizar o viés 
*Obs.: uma questão clínica bem definida 
deve especificar PICO 
 
 
ESTRATÉGIA DE BUSCA 
 Sensibilidade (buscas em locais além 
do obvio) 
 Minimizar vieses 
 Eficiencia 
 
 
ESTUDOS COM DESFECHOS POSITIVOS: 
 Com maior frequência (viés 
publicação) 
 Em inglês (viés de idioma) 
 
O QUE É QUALIDADE? 
 Relevância clínica da questão de 
pesquisa 
 
 25 
 Validade interna 
 Validade externa 
 Análise de dados e apresentação 
 Implicações éticas da intervenção 
 
 
 
 
 
 
 
 
VIÉSES
 
 A VALIDADE EM ESTUDOS 
EPIDEMIOLÓGICOS 
Validade interna: “refere-se ao uso de 
informações geradas pelo estudo para fazer 
inferências sobre a população de onde a 
amostra do estudo foi retirada”. 
 Ameaças à validade interna de um 
estudo: 
1. Erros sistemáticos: 
 Viés (bias) de seleção 
 Viés (bias) de informação / mensuração 
 Confundimento 
2. Erros aleatórios 
 
 
VALIDADE X PRECISÃO 
 Validade: refere-se a erro 
sistemático, em média está errado = acertar 
 Precisão: refere-se a erro aleatório, 
em média está certo = Constancia 
*Obs.: ser preciso só é vantajoso quando é valido 
também. 
 
 
 
VIÉS DE SELEÇÃO 
 São distorções nos resultados de 
um estudo que resultam dos procedimentos 
utilizados para a seleção dos participantes 
e/ou de fatores que influenciam a 
participação no estudo. 
 Podem distorcer (para mais ou para 
menos) as medidas de frequência de doença 
(médias, proporções e taxas), bem como 
medidas de associação absolutas (RA, DT) e 
relativas (OR, RR, RT) 
 Tipos de viés de seleção: 
- Perda seletiva de seguimento: fere um 
estudo longitudinal 
- Sobrevivência seletiva: perdas por óbito, 
estudos transversais 
- Berkson (referente às taxas de 
hospitalização): 
- Detecção: 
- Diagnóstico (em casos-controle) 
- Trabalhador saudável: 
- Auto seleção: 
-... 
 
 
DEFINIÇÕES POPULAÇÕES 
Em epidemiologia: 
1. População: populacional base, 
população-alvo, ou população referencia. 
2. Universo amostral: população 
acessível, fonte, ou população real disponível 
para colher a amostra 
3. Amostra = população de estudo 
(parcela do Uni. Amostral) 
 
 
VALIDADE INTERNA X VALIDADE EXTERNA 
 
*Obs.: para o 3 valeu para o 4, ele deve primeiro valer 
para o 1 
 
 
VIÉS DE SEGMENTO: 
 
 
 
 
 26 
 As perdas estão associadas com OD porque só 
ocorreram dentre OD+ 
 As perdas estão associadas com BPN porque 
só ocorreram dentre BPN+ 
 Neste caso houve um viés em direção ao 
valor nulo, porque o efeito das perdas foi em sentido 
oposto ao verdadeiro efeito. 
 
 As perdas estão associadas com OD porque só 
ocorreram dentre os OD+ 
 As perdas estão associadas com BPN porque 
só ocorreram dentre BPN- 
 Neste caso houve viés que afasta a 
associação do valor nulo. 
 
 As perdas não estão associadas com OD 
porque ocorreram igualmente em OD+ OR- 
 As perdas não estão associadas com BPN 
porque ocorreram igualmente em BPN+ e BPN- 
 Neste caso não houve um viés pelas perdas 
de acompanahamento. 
 
 
VIÉS DE INFORMAÇÃO 
 São distorções nas estimativas de 
feito obtidas em estudos epidemiológicos que 
decorrem de erros na mensuração da 
exposição e/ou desfecho de interesse. 
 Podem distorcer (para mais ou para 
menos) as medidas de frequência de doença 
(médias, proporções e taxas), bem como 
medidas de associação absoluta (RA, DT) e 
relativas (OR, RR, RT) 
 Tipos mais conhecidos: 
- Erro de classificação: Diferencial e não-
diferencial 
- Memória do entrevistado 
- Suspeição de exposição (viés do 
entrevistador) 
- Diagnóstico (ver vieses de diagnóstico) 
- Prevaricação (ou falsa-resposta) 
-... 
 
VIÉS DE ERRO NÃO-DIFERENCIAL 
 Erro de classificação não-diferencial de 
diagnóstico 
- Indivíduos expostos doentes são 
erradamente alocados como expostos não 
doentes 
- Indivíduos não expostos doentes são 
erradamente alocados como não expostos 
não doentes 
- O grau de erro no grupo dentre os expostos 
é igual ao do grupo de não expostos 
 Erro de classificação não diferencial 
pode ocorrer em relação a alocação da 
exposição também (estudo de caso-controle) 
 Erros não diferenciais tendem a levar a 
medida de associação em direção ao nulo 
(ex: RR =) 
 
 
VIÉS DE ERRO DIFERENCIAL 
 Erro de classificação diferencial de 
diagnóstico 
- O grau de erro em relação ao diagnóstico 
de expostos é diferente ao erro de 
diagnóstico dentre os não expostos ou; 
- O grau de erro em relação a medição da 
exposição dos casos é diferente ao grau 
de erro da exposição para os controles. 
 Erros diferenciais podem distorcer as 
medidas de associação e a direção desta é 
difícil de ser avaliada. 
 
SUSPEIÇÃO DA EXPOSIÇÃO 
= Ex.: o entrevistador não é cegado (conhece 
o status da doença), e estimula os casos a 
falarem sobre a exposição suspeita, mas faz 
o contrário com os controles. 
 
PREVARICAÇÃO OU FALSA RESPOSTA 
= Quando a pergunta é embaraçosa (e.g. “o 
senhor transa com camisinha”, o entrevistado 
costuma dar resposta socialmente aceita. 
 
 
CONFUNDIMENTO 
 Identificação de confundimento: 
- Deve ser fator de risco para o desfecho 
 
 27 
- Deve estar associado com a exposição 
- Não deve ser intermediário da relação

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