APG 3 - Senti, doeu

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APG 3 – Senti, doeu 
 
Anatomia Externa da 
Medula Espinal 
 
• Formato oval e achatado 
anteroposteriormente 
• Estende do bulbo até a margem superior da 
segunda vértebra lombar 
• Possui de 42 a 45 cm 
 
• Possui 2 intumescências: 
➢ Intumescência Cervical: vai da C4 a T1 e 
dela se derivam os nervos dos membros 
superiores 
➢ Intumescência Lombar: vai da T9 a T12 e 
origina os nervos dos membros inferiores 
 
• Cone Medular: estrutura cônica e afilada, 
localizada abaixo da intumescência lombar 
 
• Filamento Terminal: extensão da pia-máter 
que surge do cone medular e se estende até 
se fundir com a aracnoide e dura-máter, 
ancorando a medula espinal no cóccix 
 
• Nervos Espinais: são a comunicação entre a 
medula e regiões específicas do corpo. Os 31 
pares de nervos vertebrais se originam dos 
forames intervertebrais. São eles: 
➢ 8 pares de nervos cervicais 
➢ 12 pares de nervos torácicos 
➢ 5 pares de nervos lombares 
➢ 5 pares de nervos sacrais 
➢ 1 par de nervos coccígeo 
 
• Raízes: 2 feixes de axônios que conectam 
cada nervo espinal a um segmento da medula 
por meio de feixes ainda menores chamados 
radículas 
 
 
 
 
• Raiz Posterior: contêm apenas axônios 
sensitivos, os quais conduzem impulsos 
nervosos de receptores sensitivos da pele, 
dos músculos e dos órgãos internos para o 
sistema nervoso central. 
 
• Gânglio Sensitivo do Nervo Espinal: cada raiz 
posterior apresenta essa protuberância que 
contém corpos celulares de neurônios 
sensitivos 
 
• Raiz Anterior: contém axônios de neurônios 
motores, que conduzem impulsos do SNC até 
os órgãos efetores 
 
• Cauda Equina: quando os nervos espinais se 
ramificam, eles saem lateralmente pelos 
forames intervertebrais, porém a medula 
espinal é mais curta que a coluna. Os nervos 
das regiões lombar, sacral e coccígea não 
saem na coluna vertebral, mas se juntam na 
mesma angulação do filamento terminal do 
canal vertebral, formando uma Cauda Equina 
 
 
Anatomia Interna da 
Medula Espinal 
 
• Em um corte transverso da medula é possível 
ver a substância branca envolvendo a parte 
interna formada pela substância cinzenta 
• Substância Branca: é composta por feixes de 
axônios mielinizados. Possui: 
➢ Fissura Mediana Anterior: é um sulco 
largo localizado no interior (divide a 
substância em direita e esquerda) 
➢ Sulco Mediano Posterior: é um sulco 
mais estreito localizado na parte 
posterior (divide a substância em direita e 
esquerda) 
 
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➢ Comissura Branca Anterior: está 
anteriormente a comissura cinzenta e 
conecta a substância branca do lado 
direito com a do lado esquerdo 
➢ Funículos Anteriores, Posteriores e 
Laterais: são divisões da substância 
branca feita pelos cornos. Cada funículo, 
por sua vez, apresenta diferentes feixes 
de axônios (tratos) com uma origem ou 
destino comuns que transmitem 
informações semelhantes 
➢ Tratos: feixes de axônios no SNC, 
enquanto os nervos são feixes de axônios 
no SNP 
✓ Tratos Sensitivos: são formados por 
axônios que conduzem impulsos 
nervosos em direção ao encéfalo 
✓ Tratos Motores: compostos por 
axônios que levam os impulsos 
nervosos que saem do encéfalo 
 
• Substância Cinzenta: tem formato de H ou 
borboleta e é composta por dendritos e 
corpos celulares, axônios não mielinizados e 
neuróglia. Possui: 
➢ Comissura Cinzenta: forma a barra 
transversal do H e no seu centro tem o 
canal central 
➢ Canal Central: percorre toda a medula e 
por ele passa líquido cerebrospinal. A 
maior parte do canal se continua com o 
4º ventrículo 
➢ Possui agrupamentos de corpos 
neuronais, conhecidos como núcleos 
➢ Núcleos Sensitivos: recebem aferência 
(influxo) de receptores por meio de 
neurônios sensitivos 
➢ Núcleos Motores: originam eferências 
para tecidos efetores por meio de 
neurônios motores 
➢ Cornos Posteriores: contêm corpos 
celulares e axônios de interneurônios, 
bem como axônios de neurônios 
sensitivos 
 
➢ Cornos Anteriores: encontram-se núcleos 
motores somáticos, os quais são 
agrupamentos de corpos celulares de 
neurônios motores somáticos que geram 
os impulsos nervosos necessários para a 
contração dos músculos esqueléticos 
➢ Cornos Laterais: presentes somente em 
segmentos torácico e lombar. Contêm 
neurônios motores autônomos, 
agrupamentos de corpos celulares de 
neurônios motores autônomos que 
regulam a atividade dos músculos 
cardíacos, dos músculos lisos e das 
glândulas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Tipos de Nervos 
 
• Nervos Espinhais: 
➢ Os nervos espinhais fazem parte do 
sistema nervoso periférico, existindo 31 
pares: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 
lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo. 
➢ Eles realizam a comunicação do SNC aos 
receptores sensitivos, aos músculos e 
glândulas em todas as partes do corpo. 
➢ Quando o nervo espinhal passa pelo 
forame intervertebral, ele se divide em 
vários ramos: 
✓ Ramo Dorsal ou Posterior: é 
responsável por inervar os músculos 
profundos e a pele posterior do 
tronco. 
✓ Ramo Ventral ou Anterior: inerva os 
músculos e estruturas de todos os 4 
membros, e a pele lateral e anterior 
do tronco. 
✓ Ramos Meníngeos: retornam pelo 
forame e inervam as vértebras, seus 
ligamentos, os vasos da medula e 
suas meninges. Os comunicantes 
unem o tronco simpática aos nervos 
espinhais, podendo ser pré ou pós-
ganglionares. 
 
➢ Os axônios dos ramos anteriores não 
chegam até seu destino final, com isso, 
eles formam uma rede por meio de uma 
ligação de vários axônios formando os 
plexos. Os principais plexos são: com 
exceção dos nervos T2 a T12, que não 
formam plexos, mas sim nervos 
intercostais ou nervos torácicos 
✓ Plexo cervical 
✓ Plexo braquial 
✓ Plexo lombar 
✓ Plexo sacral 
 
 
➢ Toda a pele humana é formada por 
neurônios sensitivos somáticos que 
levam impulsos nervosos para a 
medula espinhal e 
consequentemente para o encéfalo. 
O Dermátomo é a inervação de 
nervos sensitivos espalhados pela 
pele “Mapeamento de nervos 
espinhais”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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• Nervos Cranianos: 
➢ Ao todo, existem 12 pares de nervos 
cranianos, que são numerados através 
dos algarismos romanos no sentido 
craniocaudal de acordo com sua origem 
aparente. Dentre esses 12 pares de 
nervos, a maioria deles se liga ao tronco 
encefálico, com exceção do nervo 
olfatório (NC I) e nervo óptico (NC II), os 
quais se ligam ao telencéfalo e ao 
diencéfalo respectivamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comunicação da Via 
Sensitiva 
 
• A via sensitiva é chamada de Aferente, 
que é formada por um conjunto de 
neurônios que transmitem informações 
sensoriais do SNP (corpo) e leva 
informações até o SNC (córtex cerebral). 
 
 
 
 
 
• Os impulsos nervosos provenientes dos 
receptores sensitivos se propagam na 
medula espinal até o encéfalo por meio 
das seguintes vias principais em cada lado 
da medula: o Trato Espinotalâmico e os 
Tratos do Funículo Posterior. 
• O Trato Espinotalâmico se divide em 
lateral e anterior e transmite impulsos 
nervosos relacionados com dor, calor, 
frio, prurido, cócegas, pressão profunda e 
tato grosseiro 
• O Funículo Posterior é formado por dois 
tratos: o fascículo grácil e o fascículo 
cuneiforme. Os tratos do funículo 
posterior conduzem impulsos nervosos 
associados a tato discriminativo, pressão 
leve, vibração e propriocepção consciente 
(a percepção consciente das posições e 
movimentos dos músculos, tendões e 
articulações 
• O fascículo grácil emite informações dos 
membros inferiores e grande parte do 
tronco, até a região torácica baixa e 
abdominal. 
• O fascículo cuneiforme é responsável por 
levar informações dos membros 
superiores, região torácica alta e região 
cervical. Ao chegarno nível cervical surge 
então o fascículo cuneiforme que se une 
ao grácil e ambos levam as informações 
supracitadas ao cérebro 
• Os sistemas sensitivos mantêm o SNC 
informado sobre mudanças nos 
ambientes externo e interno. As 
informações sensitivas são integradas 
(processadas) por interneurônios na 
medula espinal e no encéfalo 
• O trato espinocerebelar é responsável por 
levar informações da propriocepção 
inconsciente que auxiliam em processos 
de equilíbrio, por exemplo. 
 
 
 
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Referências 
 
• MACHADO, Angelo. Neuroanatomia 
Funcional. 2ª ed. Atheneu, 1993. 
• TORTORA, G. J. Princípios de Anatomia 
Humana. 10 ed. Rio de Janeiro: Guana-
bara Koogan, 2007.