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SAÚDE COLETIVA MEDICINA SOCIAL · Médicos no poder. A saúde e a doença são determinadas pela estrutura social, ou seja, se melhorar a estrutura social, automaticamente ocorrerá uma melhora na saúde. Ex: Moradia, nutrição, eliminação da pobreza. EXISTEM TRÊS ETAPAS PARA SUA CONSOLIDAÇÃO: 1. A Polícia Médica: Regulação exacerbada do Estado na Saúde, policiais atuavam juntamente com os médicos. 2. Medicina Urbana: “Analisar os acúmulos” Tudo que cause perigo, doenças eram retirados do centro urbano. Acreditavam que as doenças eram transmitidas através do ar. Ex: Retirar cemitérios de dentro das cidades. TEORIA MIASMÁTICA: Doenças eram causadas por certos odores venosos, gases, ou resíduos nocivos que se originaram da atmosfera ou a partir do solo. 3. Medicina da força do Trabalho: O seu objetivo foi garantir a saúde dos trabalhadores, visando apenas manter a sua força, para que fossem produtivos no trabalho, consequentemente melhorando a economia. MEDICINA PREVENTIVA · A partir da influência americana, ficou claro que é melhor gastar prevenindo do que gastar muito mais para tratar as doenças. NÍVEIS DE PREVENÇÃO: 1. PRIMORDIAL: Seu foco é melhorar a qualidade de vida e tem o objetivo de evitar que o paciente venha a desenvolver um fator de risco.Ex: Agentes de Saúde, Academias das cidades, Lei Seca, campanhas anti-tabagismo. OBS: Fatores de risco são alimentação inadequada, tabagismo, sedentarismo e etc. 2. PRIMÁRIA: (Enfermidade Ausente, doença ausente) Evitar que um paciente que tem fatores de risco, venha desenvolver uma determinada doença. Ex: Vacinação-Imunoprofilaxia, tratamento de água para o consumo. 3. SECUNDÁRIA: (Enfermidade Ausente, doença presente) Identifica de forma precoce doenças, por meio de exames rotineiros, mamografias. Ex: Você está desenvolvendo um câncer no pulmão, mas ainda não tem dificuldade para respirar, por isso a doença é presente. 4. TERCIÁRIA: (Enfermidades e doença presente) Prevenir que a doença que já está presente, venha se desenvolver mais ainda. Ex: Fisioterapia. 5. QUATERNÁRIA: (Enfermidade presente e doença ausente) O paciente pode sentir que está doente, mas não apresenta nenhuma doença. Evitar intervenções desnecessárias. (Está mais associado a questões psicológicas, como a ansiedade). 6. QUINQUENÁRIA: Focado nos profissionais da saúde, é preciso cuidar de quem cuida. Evitar exaustão física e ou psicológica no contexto do trabalho. SAÚDE PÚBLICA Centrada na figura dos médicos. Foram movimentos que surgiram na Europa como forma de controlar endemias/pandemias. Saúde é ausência de doença. SAÚDE COLETIVA Crítica à saúde centralizada em médicos. É necessário uma equipe multidisciplinar(odontólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos). É uma visão mais ampla do conceito Saúde. Define Saúde como o bem estar físico, psíquico e social. Movimento da reforma Sanitária - 8º Conferência nacional de saúde, define: Saúde: Um estado de completo bem estar físico, mental e social. DETERMINANTES SOCIAIS (DSS) Fatores/condições/situações com influência direta ou indireta sobre a saúde de uma pessoa. Influência que pode ser positiva ou negativa. (Percebe-se que em países em que a condição social é baixa, a saúde é pior). LEI ORGÂNICA DA SAÚDE LEI 8080/90 A saúde tem fatores determinantes e condicionantes entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, o transporte, o lazer. FATORES DE ABRANGÊNCIA: · Socioeconômicos: Renda, classe social, patrimônio, posse de bens específicos. · Sociopolíticos: Decisão Política, exercício da cidadania, acesso à informação. · Socioculturais: Crenças, atitudes, comportamentos, normas da sociedade. · Psicossociais: estresse ocupacional, problemas de relacionamentos pessoais e afetivos, desemprego. · Socioambientais: Tamanho e local de residência, saneamento. CONDIÇÃO DE VIDA X ESTILO DE VIDA (Circunstância) (Opção) PROCESSO SAÚDE-DOENÇA CAUSA: Característica que precede o evento doença, sem essa causa a doença não teria ocorrido ou teria ocorrido mais tardiamente. · Direta: (Necessária) Fator A ⇢ Doença B (Causa ⇢ Efeito) Uma variável que deve estar presente ou precede a doença. · Indireta: (Suficiente) Fator A ⇢ Fator X ⇢ Fator Y ⇢ Doença B Conjunto de condições que inevitavelmente produzem ou iniciam a doença. Ex: Diabetes + Sedentarismo = Doença B FATORES QUE INTERVÊM NA CAUSALIDADE DAS DOENÇAS: · Predisponentes: idade, sexo, existência prévia de agravos à saúde, que podem criar condições favoráveis ao agentepara instalação da doença. · Facilitadores: alimentação inadequada, condições habitacionais precárias, acesso difícil à assistência médica que podem facilitar o desenvolvimento das doenças. · Desencadeantes: exposição a agentes específicos, patogênicos do homem. · Potencializadores: exposição repetida/exagerada/exacerbada por um período de tempo prolongado a algum agente. SISTEMA DE ÚNICO DE SAÚDE Constituição Federal de 1988: ART 196 “A Saúde é direito de todos e dever do Estado” ART 198 As ações de serviço pública de saúde integram uma rede hierarquizada, regionalizadas e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: 1. Descentralização; 2. Atendimento Integral; 3. Participação da comunidade. § 1º A assistência à saúde será financiada com recursos do orçamento da seguridade social, da união, dos estados, do distrito federal e dos municípios. ART 199 A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. As instituições privadas poderão participar de forma complementar do SUS, mediante contrato/convênio. PRINCÍPIOS DO SUS · DOUTRINÁRIOS: · UNIVERSALIDADE: “Saúde direito de todos e dever do Estado” Determina que todo cidadão brasileiro, sem qualquer tipo de discriminação, têm direito ao acesso às ações e serviçõs de saúde. · INTEGRALIDADE: Atender todos pacientes com mais cuidado e delicadeza, valorizando e respeitando, acima de qualquer coisa, as suas necessidades, portanto, é cuidar do todo. · EQUIDADE: Tratar diferente os desiguais, especialmente no Brasil que tem uma enorme desigualdade social. - Caminho para buscar a igualdade - Não exclui o direito de quem tem mais, mas prioriza os necessitados. · ORGANIZATIVOS: · DESCENTRALIZAÇÃO: Redistribuição das responsabilidades das ações e serviços de saúde entre as esferas de governo - municipal, estadual e federal. · HIERARQUIZAÇÃO: Níveis de complexidade tecnológica. Alta, média e Atenção básica. · RESOLUBILIDADE: As ações devem ser resolutivas. PRINCÍPIOS DE QUALIDADE NA AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS. · QUALIDADE Conceito que agrega muitos componentes em função de visões particulares. · Adequação de uso; · Melhor relação custo/benefício; · Fazer mais, melhor e mais rápido; · Satisfação das necessidades e expectativa dos clientes. · EFICIÊNCIA O serviço deverá produzir o efeito utilizando da melhor forma os seus recursos. (Meios e não com os fins) · EFICÁCIA Alcance dos objetivos planejados. · EFETIVIDADE Impacto obtido(utilidade) decorrente das ações realizadas. LEI ORGÂNICA DOS SUS 8080/90 · Aprovada em 1990; · Vai reger a saúde e regulamentar o sistema único de saúde. Ela normatiza o modo de execução dos serviços de saúde, tem como propósito a realização da proteção, recuperação e promoção de saúde; · Essa lei exige que todas as políticas públicas devem seguir os princípios: · Universalidade; · Equidade; · Integralidade; · Regionalização; · Hierarquização. REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE (RAS) · Arranjos organizativos de ações e serviços de saúde; · Diferentes densidades tecnológicas; · Tudo ocorre através de um sistema de apoio. NÍVEIS DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE 1. ATENÇÃO BÁSICA/PRIMÁRIA À SAÚDE Conhecida como porta de entrada. Os atendimentos estarão relacionados a baixa complexidade. Nessa etapa prevalecem 3P - Proteção, Prevenção e Promoção. (A tecnologia usada é bem pouca) Nas UBS é possível fazer exames e consultas de rotina com equipes multiprofissionais e profissionais especializados em saúde da família, que trabalhampara garantir atenção integral à saúde no território. É neste nível que os profissionais se articulam para atuar não apenas nas unidades de saúde, como também em espaços públicos da comunidade, na oferta de práticas integrativas e complementares – como fitoterapia, yoga e Reiki – e em visitas domiciliares às famílias. EX: UBS, USF, EACS. Realizam curativos, exames básicos 2. ATENÇÃO MÉDIA COMPLEXIDADE São realizados procedimentos de intervenção bem como tratamentos a casos crônicos e agudos de doenças. Nesse nível de atenção já vamos ter a presença de profissionais especializados. (A tecnologia alta já é presente). EX: UPA, CEO(Centro Odontológico Especializado), hospitais escolas. Realizam raio-x, cirurgia ambulatorial especializado, patologia clínica, procedimento traumato-ortopédico, próteses e órteses, terapias especializadas. 3. ATENÇÃO ALTA COMPLEXIDADE Nesse nível são realizados procedimentos, manobras mais invasivas. (Tecnologia e custo muito alto). Proporciona à população acesso a serviços qualificados, integrados aos demais níveis de atenção. EX: UTI, Centro Cirúrgico. hemodiálise, cirurgia cardiovascular, assistência ao paciente oncológico, Bariátrica, procedimentos em fissura dos lábios e palatos, distrofia muscular e etc. VIGILÂNCIA EM SAÚDE Responsável por ações de vigilância, prevenção e controle, coleta, consolidação e análise de dados, controle da saúde ambiental e dos trabalhadores. DIVIDIDAS EM 4 TIPOS: · VIGILÂNCIA SANITÁRIA: Parcela do poder da polícia do Estado destinada à proteção e promoção de saúde que tem como principal finalidade impedir que a saúde humana seja exposta a riscos. Combater as causas dos efeitos nocivos, em razão de alguma distorção sanitária, na produção e na circulação de bens, ou na prestação de serviços de interesse à saúde. Podem atuar em muitos lugares, entre eles: locais de produção, transporte e comercialização de alimentos, locais de produção, distribuição, comercialização de medicamentos, locais de serviços de saúde e etc. · VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA: Segundo a lei 8.080/90 A Vigilância coleta dados epidemiológicos que servem como base para a criação de políticas e ações de saúde. FONTES ESPECIAIS DE DADOS: · INQUÉRITO EPIDEMIOLÓGICO estudo transversal, geralmente do tipo amostral, realizado quando as informações existentes são inadequadas ou insuficientes. · LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO estudo baseado nos dados existentes nos registros dos serviços de saúde ou de outras instituições. Não é um estudo amostral e destina-se a coletar dados para complementar informações já existentes. · VIGILÂNCIA AMBIENTAL: Consistem em um conjunto de ações que proporcionam conhecimento e a detecção de mudanças nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana. Tem como finalidade identificar as medidas de prevenção e controle dos fatores de risco ambientais relacionados às doenças ou a outros agravos à saúde. A VSA também cuida de contaminantes ambientais, como agrotóxicos, amianto, benzeno e chumbo. SATURNISMO: Intoxicação por chumbo, devido à penetração do chumbo no organismo através da ingestão ou respiração. A intoxicação pode ser aguda ou crônica. (Primeira doença profissional na França). Vários produtos comuns encontrados em casa podem conter chumbo como, tintas, esmaltes, materiais de PVC, bebidas alcoólicas e etc. PNEUMOCONIOSE: Doença ocupacional, causada pela inalação de partículas de pó mineral, geralmente durante o trabalho. Na verdade, são várias doenças diferentes, na dependência do agente causador, que têm em comum o fato de danificar os pulmões. · VIGILÂNCIA DO TRABALHADOR: VISAT visa à promoção da saúde e à redução da morbimortalidade da população trabalhadora, por meio da integração de ações que intervenham no agravo e seus determinantes decorrentes dos modelos de desenvolvimento e processos produtivos. O acidente de trabalho ocorre devido a atos inseguros(falta de atenção, negligência, gambiarra) ou condições inseguras(estresse mental, monotonia, falta de EPI 's).
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