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Mormo e tetano

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Mormo
Doenças infecciosas dos animais 
domésticos
Prof. Juliana Mendonça
Definição
• Doença infectocontagiosa
• Piogranulomatosa
• Lesões respiratórias, linfáticas e
cutâneas em equídeos
• Zoonose
• Sinonímias
• Catarro de burro
• Catarro de mormo
• Lamparão
• Garrotilho atípico
• Cancro nasal
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 2
Histórico
• Uma das doenças mais antigas que se tem conhecimento
• Citada por Hipócrates (450 a 425 a.C.)
• 1ª Guerra Mundial
• Tropas inteiras de equinos vítimas de mormo
• Agente em potencial para bioterrorismo
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 3
Histórico
• Entrada da doença no Brasil
• Ilha de Marajó, em 1811
• Equinos importados de Portugal
• 1908-1909: epidemia no Exército Brasileiro
• Acometendo grande número de equinos e humanos
• Impulsionou a fundação da Escola de Veterinária do Exército
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 4
Histórico
• Foi considerada erradicada do Brasil em 1968
• 1999: ocorrência de novos casos de mormo no Brasil
• Região Nordeste
• Atualmente
• É endêmico no nordeste
• Diagnosticado de modo preocupante em quase todos os estados brasileiros
• OIE → Brasil é endêmico para a doença
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 5
Histórico
• Aumento recente do número de casos da doença no Brasil
• Circulação intensa de animais
• Reprodução
• Modalidades esportivas
• Modalidades de entretenimento
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 6
Etiologia
• Gênero: Burkholderia
• Espécie: Burkholderia mallei
• Coco Gram-negativo
• Irregular
• Isolado ou em pequenas cadeias
• Imóveis
• Não formadores de esporos
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 7
Etiologia
• Patógeno fastidioso
• Crescimento em ágar sangue
• Facilitado utilizando ágar batata
glicerinado 1%
• Oxidase positivos
• Indol negativo
• Redutores de nitrato a nitrito
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 8
Etiologia
• Fatores de virulência
• Intracelular facultativo
• Presença de LPS (Gram-negativo)
• Produção de endotoxinas
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 9
Epidemiologia
• Equídeos → espécies mais suscetíveis
• Equinos, muares e asininos
• Independentemente de raça, sexo e estação do ano
• Não são conhecidos vetores ou transmissores especiais do patógeno
• Muares e asininos
• Mais predispostos
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 10
Epidemiologia
• Ocasionalmente
• Ovinos, caprinos, cães e gatos
• Descrita em animais silvestres e selvagens
• Camelídeos e leões
• Resistentes
• Bovinos, suínos e aves
• Humanos: acidental
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 11
Epidemiologia
• Fatores de risco
• Idade → NE comum ocorrer em animais mais velhos (> 10 anos)
• Regime intenso de trabalho ou treinamento
• Dieta deficiente (teor de proteína)
• Aglomeração de animais
• Introdução de novos animais no plantel
• Uso de cochos e comedouros coletivos
• Condições impróprias de higiene dos criatórios
• Intenso parasitismo intestinal dos animais
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 12
Epidemiologia
• Fontes de infecção
• Animais doentes ou reservatórios (doença subclínica)
• Eliminação do microrganismo
• Secreções nasais purulentas
• Aerossóis (espirros, relinchos e tosse)
• Lesões cutâneas e/ou linfáticas
• Fezes
• Urina
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 13
Epidemiologia
• Contaminação de pasto, água, alimentos e utensílios de uso
geral ou de montaria
• Cordas, cabrestos, arreios, selas, raspadeiras de crina e utensílips de
casqueamento
• Portas de entrada do patógeno
• Via oral
• Via respiratória
• Via transcutânea
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 14
Epidemiologia
• Morbidade vaiável
• Letalidade alta
• Principalmente animais idosos
• Pode chegar a 100% dos animais
acometidos
• Animais doentes com quadro agudo
• Portadores da doença
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 15
Patogenia
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 16
Água e alimentos contaminados
Linfonodos da cabeça 
e mesentéricos
Via oral
Via linfo-hemática
Pulmões, rins, baço, 
fígado e articulações
Úlceras bucais
Linfangite
Via linfática
DOENÇA AGUDA 
(piogranulomas)
Nódulos palpáveis 
(cadeia linfática de 
membros)
Animal com infecção respiratória
Linfonodos da orofaringe
Via aérea
Infecção de vias aéreas 
superiores e inferiores
- Rinite purulenta
- Linfadenite mediastínica
- Pneumonia abscedante
Órgãos parenquimatosos
Via linfo-hemática
Patogenia
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 17
Objetos perfurocortantes
(cercas de arame farpado, pregos)
Utensílios contaminados
(tesouras, raspadeiras, material de 
casqueamento)
INFECÇÃO TRANSCUTÂNEA
Tecido cutâneo e subcutâneo
Linfonodos regionais
Linfangite e linfadenite
Formação de nódulos e abscessos
Patogenia
• Propriedades com doença endêmica
• Sobreviventes da doença aguda
• Cicatrizes em forma de estrela nas mucosas
nasal e bucal e pele
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 18
Cura clínica 
aparente
Doença crônica
Fontes de 
infecção no 
plantel
Sinais clínicos
• Período de incubação: variável
• Semanas a meses
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 19
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
HIPERAGUDA
- Incomum
- Morte em 72h após o 
aparecimento dos 
sinais clínicos
AGUDA
- Incomum
- Evolução para o 
óbito em 2 semanas
CRÔNICA
- Assintomáticos
- Sinais clínicos brandos 
(febre, inapetência, 
infecções respiratórias)
Muares e asininos Equinos
Sinais clínicos
• Febre (41°C)
• Úlceras
• Cicatrizes em mucosas
• Linfangite
• Intolerância ao exercício
ou atividade de trabalho
• Secreção nasal
• Dificuldade respiratória
• Perda de peso progressiva
• Diarreia
• Edemas
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 20
Sinais clínicos
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 21
Mormo
Manifestação 
nasal
Manifestação 
pulmonar
Manifestação 
cutânea
Manifestação nasal
• Sinais clínicos em função de:
• Processo inflamatório local
• Presença de pus
• Hemorragias
• Necrose das mucosas
• Necrose do septo nasal
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 22
Manifestação nasal
• Secreção nasal – uni ou bilateral
• Purulenta e espessa
• Com ou sem estrias de sangue
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 23
Manifestação nasal
• Secreção ocular purulenta
• Linfadenite submandibular
• Dificuldade respiratória
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 24
Manifestação nasal
• Formação de úlceras na cavidade nasal
• Pequenos nódulos de tonalidade amarelada
• Solitários ou múltiplos
• Podem ser confluentes
• Considerados patognomônicos
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 25
Manifestação pulmonar
• Febre (> 40°C)
• Tosse
• Dificuldade respiratória (dispneia)
• Respiração ruidosa
• Inapetência
• Emagrecimento progressivo
• Intolerância ao exercício ou atividade
de trabalho
• ALTA LETALIDADE!
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 26
Manifestação cutânea
• Múltiplos abcessos
• Úlceras na pele
• Região torácica e face medial dos membros
• Lesões cutâneas
• Drenam conteúdo seroso a purulento
• Áreas alopécicas
• Cicatrizes cutâneas em formato de estrela
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 27
Manifestação cutânea
• Vasos linfáticos enfartados (lingangite)
• Nódulos ao longo do trajeto
• Rosário, vergões ou lamparões
• Linfadenite regional
• Drenagem de conteúdo seroso a purulento
• Ulcerações
• Membros posteriores
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 28
Manifestação cutânea
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 29
Manifestação cutânea
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 30
Manifestação cutânea
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 31
Manifestação cutânea
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 32
Manifestação cutânea
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 33
Outras manifestações clínicas
• Edema
• Abdômen
• Prepúcio
• Testículos
• Membros
• Caquexia
• Artrite
• Claudicação
• Membros posteriores
• Manutenção do membro
acometido semiflexionadoProf. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 34
Prognóstico
• Reservado
• Lesões exclusivamente cutâneas
• Desfavorável
• Lesões oronasais, linfáticas,
pulmonares e em manifestações
disseminadas
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 35
Diagnóstico
• Histórico
• Animais adultos ou com idade avançada
• Regiões endêmicas
• Trabalho ou exercício intenso
• Deficiências no manejo nutricional
• Participação em atividades reprodutivas ou eventos com alto fluxo de animais
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 36
Diagnóstico
• Sinais clínicos
• Lesões cutâneas (abscessos)
• Sinais respiratórios (tosse e secreção nasal purulenta ou com sangue)
• Linfangite (aspecto de rosário)
• Úlceras e cicatrizes oronasais (formato de estrela)
• Emagrecimento progressivo
• Artrite
• Edemas (membros, prepúcio e abdome)
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 37
Diagnóstico
• Microbiológico
• Material purulento proveniente de lavado transtraqueais, nódulos
cutâneos ou linfonodos (punção aspirativa)
• Conteúdo purulento de secreções nasais
• Laboratórios NB3
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 38
Diagnóstico
• Outras técnicas permitidas (a critério do serviço oficial)
• Aglutinação com Rosa de Bengala
• Imunodifusão
• Hemaglutinação indireta
• Contraimunoeletroforese
• ELISA
• Western blotting
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 39
Diagnóstico
• Anatomopatológico
• Animais que forem a óbito ou que forem eutanasiados
• Devem ser necropsiados
• Serviço veterinário oficial do estado
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 40
Diagnóstico oficial no Brasil
• Integra o Programa Nacional de Sanidade dos Equídeos (PNSE)
• Serviço de defesa oficial do MAPA
• Fixação de complemento (rotina ou triagem)
• Teste de maleinização (confirmatório)
• Liminares judiciais impedindo eutanásia de animais reagentes
• Questionamentos sobre a eficácia dos testes
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 41
Diagnóstico oficial no Brasil
• Fixação de complemento
• Elevada especificidade
• Detecção de IgG e IgM
• Maior eficácia: entre 4 e 12 semanas
pós infecção
• Falso-negativos:
• Infecção em período inicial
• Animais em fase crônica da doença
• Éguas prenhes
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 42
Diagnóstico oficial no Brasil
• Fixação de complemento
• Exclusivamente em laboratórios oficiais do MAPA ou credenciados
• Material: sangue
• Coleta por veterinário oficial ou credenciado
• Necessidade de ficha de requerimento de exame (com resenha)
• Resultado negativo: válido por 60 dias
• Resultados positivos
• Notificação
• Teste confirmatório
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 43
Diagnóstico oficial no Brasil
• Maleinização
• Realizado exclusivamente por MV oficiais do estado ou do MAPA
• Realizado em animais positivos na FC e sem sinais clínicos
• Não é realizado
• Animais positivos na FC e com sinais clínicos
• Animais provenientes de propriedades reincidentes
• Atestado negativo: validade de 120 dias
• Casos positivos: NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA
• MAPA e OIE
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 44
Diagnóstico oficial no Brasil
• Maleinização
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 45
0,1 mL de maleína, via intradérmica, 
pálpebra inferior do olho
Leitura 24h
Leitura 48h
ANIMAIS POSITIVOS
- Temperatura retal ≥ 40°C
- Blefarosespasmo (fotossensibilidade)
- Conjuntivite pronunciada (com ou 
sem secreção purulenta)
- Edema palpebral e intraorbital
ANIMAIS NEGATIVOS
- Sem manifestações clínicas 
significativas no local de aplicação
Isolamento
Diagnóstico oficial no Brasil
• Maleinização
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 46
Diagnóstico oficial no Brasil
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 47
Fixação de complemento
Negativo
Positivo COM 
sinais clínicos
Positivo SEM 
sinais clínicos
Negativo COM 
sinais clínicos
Inconclusiva
GTA
Validade 60 dias
EUTANÁSIA Maleinização
Negativo
GTA
Validade 120 dias
Positivo
EUTANÁSIA
Tratamento
• Proibido no Brasil pelo MAPA!
• Capacidade zoonótica do microrganismo
• Viabilidade intracelular do patógeno
• Dificuldade de ação pelos antimicrobianos
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 48
Profilaxia e controle
• Medidas gerais
• Evitar aglomeração de animais
• Evitar uso de cochos e bebedouros coletivos
• Evitar treinamento ou trabalho excessivos
• Principalmente animais idosos e/ou malnutridos
• Nutrição adequada
• Higiene na criação animal
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 49
Profilaxia e controle
• Medidas gerais
• Quarentena de animais novos ou que retornam de feiras, exposições ou
eventos hípicos
• Evitar aquisição de animais provenientes de regiões endêmicas
• Desinfecção das instalações, utensílios de uso comum
• Iodo, hipoclorito de sódio ou formol
• GTA
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 50
Profilaxia e controle
• Medidas específicas
• Realização de testes periódicos
• Rotina e confirmatórios
• Erradicação de focos
• Não há vacinas disponíveis no Brasil
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 51
Profilaxia e controle
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 52
Saúde pública
• Notificação compulsória para a OIE
• Impacto em saúde animal
• Impacto em saúde pública
• Zoonose grave
• Fatal em humanos
• Atualmente não há registros de mormo em humanos no Brasil
• Controle da doença em humanos→ controle em animais
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 53
Saúde pública
• Transmissão para humanos
• Inalação de aerossóis (criatórios com excesso de contaminação
ambiental)
• Inoculação traumática do microrganismo
• Contato de mucosas com material purulento de lesões dos animais
• Período de incubação variável
• Sinais clínicos semelhantes aos observados em equídeos
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 54
Saúde pública
• Isolamento de pacientes acometidos
• Diagnóstico diferencial de tuberculose e outras causas de
pneumonia infecciosa
• Potencial uso em bioterrorismo
• Não há vacinas para humanos
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 55
Tétano
Doenças infecciosas dos animais 
domésticos
Prof. Juliana Mendonça
56
Definição
• Enfermidade toxinfecciosa
• Não contagiosa
• Acomete muitas espécies de animais
domésticos e humanos
• Causada pela neurotoxina
tetenospasmina
• Clostridium tetani
• Uma das toxinas biológicas mais
poderosas
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 57
Definição
• Principais manifestações: paralisia espástica e hiperestesia
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 58
Etiologia
• Tetanospasmina
• Neurotoxina
• Produzida durante o crescimento vegetativo de
Clostridium tetani
• Bacilo
• Gram-positivo
• Anaeróbio estrito
• Formador de esporos na presença de oxigênio
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 59
Etiologia
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 60
Sem esporo
Forma bacilar
Com esporo
Forma bacilar
Esporo terminal
Parede da célula germinativa
Cótex
Centro
Cápsula
• C. tetani
• Microbiota intestinal natural de equinos, ruminantes, cães, gatos, aves e
humanos
• Solo contaminado por fezes
• Principal reservatório do patógeno
• Adubos orgânicos
• Esporos altamente resistentes
• Podem permanecer viáveis no solo por mais de um século
Etiologia
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 61
Toxinas
• Tetanolisina
• Baixa significância para a patogenia do tétano
• Danos às membranas celulares→ aumento da área de anaerobiose
• Tetanospasmina
• Neurotoxina tetânica
• Produzida durante a multiplicação bacteriana
• Liberada somente com a lise celular
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 62
Toxinas
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 63
Tetanospasmina
Penetra nas células nervosas
Impede a liberação de 
neurotransmissores inibidores 
específicos
Rigidez muscular
• Paralisia espástica e hiperestesia
Toxinas
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 64
Toxinas
• Sensibilidade à tetanospasmina
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 65
Equinos Humanos Ruminantes CãesGatos Aves
Mais sensíveis Mais resistentes
Epidemiologia
• Disseminação mundial
• Solo contaminado é o reservatório do agente
• C. tetani
• Microbiota intestinal normal de equídeos, ruminantes, cães, gatos, roedores,
aves e humanos
• Eliminação nas fezes → contaminação do solo
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 66
Epidemiologia
• Entrada do agente no hospedeiro
• Feridas contaminadas por fezes ou terra
• Objetos perfurocortantes (agulhas, arame)
• Colocação de ferradura
• Vacinações
• Procedimentos cirúrgicos
• Caudectomia
• Castrações
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 67
Epidemiologia
• Ocorrência da doença
• Independe de sexo, idade, raça, estação do ano e clima
• Alta frequência em neonatos
• Contaminação umbilical – manejo inadequado
• Equídeos são os mais susceptíveis
• Rara em gatos domésticos
• Alta letalidade
• Diretamente relacionada ao período de incubação
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 68
Epidemiologia
• Fatores relacionados ao período de incubação
• Contaminação de feridas por cepas de elevado poder toxigênico
• Dimensão e grau de necrose (aumento da área de anaerobiose)
• Áreas teciduais com baixa oxirredução
• Títulos de anticorpos contra tetanospasmina circulantes
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 69
Patogenia
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 70
Fezes
Solo
Ferida
Cirurgias
Queimaduras
Bactérias 
piogênicas
C. tetani
Áreas de 
necrose
Anaerobiose
Esporos
Forma 
vegetativa
Multiplicação 
local
Tetanolisina Tetanospasmina
Terminações nervosas 
periféricas locais
Axônios dos nervos motores
Placa neuromuscular
SNC
Terminações pré-
sinápticas dos neurônios 
inibidores
Bloqueio da glicina 
e do GABA
Atividade simpática 
excitatória
Paralisia espástica e 
hiperestesia
Morte
Patogenia
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 71
Patogenia
• Tétano descendente
• Sinais do tétano iniciam-se na cabeça e
pescoço
• Grupos musculares distantes do
ferimento contaminado
• Tétano ascendente
• Início dos sinais clínicos nos grupos
musculares da área do ferimento
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 72
Sinais clínicos
• Paralisia espástica
• Hiperestesia grave
• Trismo mandibular
• Cauda em bandeira
• Orelhas em tesoura
• Protrusão da terceira pálpebra
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 73
Sinais clínicos
• Equinos
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 74
Dificuldade 
de 
locomoção e 
rigidez dos 
membros
- Cauda em 
bandeira
- Orelhas 
enrijecidas 
(em tesoura)
- Pálpebras 
muito abertas
- Narinas 
dilatadas 
(angústia 
respiratória)
Trismo
mandibular
- Hiperestesia
- Protrusão 
da 3ª 
pálpebra
- Febre (até 
41°C)
- Taquicardia 
e taquipneia 
Rigidez dos 
membros
-Decúbito 
lateral
- Opistótono
Morte
Sinais clínicos
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 75
Sinais clínicos
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 76
Sinais clínicos
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 77
Sinais clínicos
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 78
Sinais clínicos
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 79
Sinais clínicos
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 80
Sinais clínicos
• Bovinos, bubalinos e pequenos ruminantes
• Menos suscetíveis à ação da tetanospasmina do que equídeos
• Mais comum em nenonatos
• Contaminação do umbigo mal higienizado
• Outras idades
• Ferimentos em geral
• Lesões bucais por alimentos grosseiros
• Feridas cirúrgicas (descorna, caudectomia, castração)
• Vacinas (agulhas contaminadas e/ou mal higienizadas)
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 81
Sinais clínicos
• Bovinos, bubalinos e pequenos ruminantes
• Período de incubação: 4 dias a 4 semanas
• Gravidade dos sinais inversamente proporcional ao PI
• Mesmas manifestações clínicas dos equinos
• Paralisia espástica
• Hiperestesia grave
• Trismo mandibular
• Cauda em bandeira
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 82
• Orelhas em tesoura
• Protrusão da terceira pálpebra
• Rigidez de membros
• Opistótono
Sinais clínicos
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 83
Sinais clínicos
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 84
Sinais clínicos
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 85
Sinais clínicos
• Cães
• Ocorrência incomum
• Mais resistentes que ruminantes e
equídeos
• Fatores predisponentes
• Ferimentos em geral
• Lesões na cavidade oral
• Cirurgias
• Injeções (medicamentos ou vacinas)
• Período de incubação: 5 a 10 dias
• Surgimento dos primeiros sinais
clínicos
• Espasticidade muscular, rigidez
dos membros e hiperestesia
• Mesmos sinais clínicos
apresentados por equinos
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 86
Sinais clínicos
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 87
Sinais clínicos
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 88
Sinais clínicos
• Cães em decúbito
• Sedados
• Mudanças na posição de
decúbito de 4 a 5 vezes ao dia
• Bom prognóstico
• Toxicidade das cepas de C. tetani
• Atendimento logo após surgimento
dos sinais clínicos
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 89
Diagnóstico
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 90
Evolução 
do quadro
Sinais clínicos
Anamnese
Diagnóstico diferencial
• Hipocalcemia
• Intoxicação por estricnina
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 91
Diagnóstico incorreto
Administração de Ca2+
↑ produção de tetanospasmina
Tratamento
• Propiciar tranquilização e relaxamento muscular
• Evitar asfixia mecânica e acidose metabólica
• Diminuir o estado de hiperestesia
• Manter o animal hidratado e em estação
• Manter equilíbrio ácido-básico
• Eliminar foco de infecção
• Extinguir C. tetani e interromper produção de tetanospasmina
• Ferimento: peróxido de hidrogênio 10 volumes
• Penicilinas
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 92
Tratamento
• Neutralizar tetanospasmina circulante
• Soro antitetânico
• Propiciar ambiente calmo, escuro e silencioso
• Colocar o animal em baias com paredes alcochoadas
• Evitar traumatismos em casos de quedas
• Manter o animal em estação sobre piso adequado
• Evitar laminite
• Areia
• Evitar decúbito de grandes animais
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 93
Prognóstico
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 94
Potencial 
toxigênico da 
cepa C. tetani
Período de 
incubação
Tempo de 
atendimento e 
hospitalização
Rapidez de 
diagnóstico
Tratamento 
imediato
Manejo dos 
animais 
acometidos
Profilaxia e controle
• Equídeos
• Manejo sanitário → evitar ferimentos
• Limpeza e desinfecção adequadas do cordão umbilical
• Procedimentos cirúrgicos realizados APENAS por médicos veterinários
• Procedimentos de assepsia antes, durante e após cirurgia
• Vacinação de potros
• 1ª dose: 3 meses (éguas não vacinadas) ou 6 meses (éguas vacinadas)
• 2ª dose: 30 dias após a primeira
• 3ª dose: 1 ano de idade
• Vacinação de animais adultos (nunca vacinados)
• 2 doses com intervalo de 30 dias
• Machos: podem receber reforço a cada 6 meses
• Fêmeas: reforço a cada gestação (4 a 6 semanas antes do parto)
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 95
Profilaxia e controle
• Ruminantes e animais de companhia
• Antissepsia do umbigo e de feridas acidentais e cirúrgicas
• Em caso de ferimentos
• Soro antitetânico
• Penicilinas
• Vacinas polivalentes contra clostridioses (ruminantes)
• Contêm toxóide tetânico
• Semestral ou anual
Prof. Juliana Mendonça - Mormo e tétano 96

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