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Clínica Médica de Ruminantes 
Doenças da Pele e Oculares de 
Ruminantes 
DERMATOFITOSE (TINHA) 
➢ Trichophytos verrucosum – fungos 
➢ Fungos (umidade, alta temperatura, 
aglomerações, estresse, imunodeficiência) são 
resistentes ao meio; 
➢ Acomete mais bovinos de 2 meses e 1 ano; 
➢ Período de incubação: 1 a 6 semanas; 
➢ Sinais clínicos: áreas arredondadas alopecias; 
aspecto auto-limitante; multifocais; prurido 
moderado ou ausente; crostas e pouco 
salientes; região periocular, pescoço e tronco, 
olhos e focinho. 
➢ Potências zoonótico. 
➢ Diagnóstico: cultivo e identificação (raspado 
cutâneo); 
➢ Tratamento: laborioso; tratamento tópico: cal de 
enxofre; griseofulvina (não muito utilizada). 
➢ Prevenção: isolamento. 
DERMATOFILOSE (QUEIMADURA DA CHUVA): 
➢ Dermatophilus congolensis. 
➢ Normal da flora cutânea; Necessidade da pele 
lesioanda – endoparasitos; Redução imunidade 
favorece a ocorrência da doença; 
➢ Sinais clínicos: lesões difusas; eliminação de pelos 
em tufos; dermatite crostosa; distribuição na 
linha superior do animal. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
➢ Dermatofitose (lesões delimitadas); 
➢ Fotossensibilização – causado pela planta; 
➢ Dermatite alérgica sazonal (em período de 
chuva); 
➢ Pênfigo Foliáceo – é auto-imune vinculada 
imunidade baixa. 
➢ Disfunção espontânea (lesões simétricas) 
DIAGNÓSTICO: 
Raspado cutâneo (cultura e identificação); Biopsia. 
TRATAMENTO: 
➢ Pode ter resolução espontânea. 
- Banhos shampoos a base de iodo; limpeza das 
crostas com peróxido de hidrogênio; 
- Associação penicilina estreptomicina; 
➢ Oxitetraciclinas. 
ECTIMA CONTAGIOSO 
➢ Boca ferida; Boca crostosa; Boqueira; 
➢ Parapoxvírus – epiteliotrofico; 
➢ Potencial zoonótico. 
➢ Caprinos e ovinos. 
➢ Epidemiologia: ocorre em animais jovens (com 3 
a 6 meses de idade); animais doentes 
(transmissão); quando se tem a redução da 
imunidade. 
➢ Lesão proliferativa na junção mucocutânea: 
nariz, lábios, língua, espaço interdigital, tetos, 
conjuntiva ocular. 
➢ Transmissão: contato direto ou indireto por 
utensílios ou pastagens contaminadas são as 
principais formas de disseminação da 
enfermidade. 
➢ Diagnóstico: sinais clínicos, identificação de 
partículas. 
➢ Tratamento: doença auto-limitante 
➢ Prevenção: isolar os animais, manter instalações 
limpas e desinfectadas; separar e tratar 
animais doentes e vacinar os demais. 
PAPILOMATOSE (VERRUGA – FIBROPAPILOMA): 
➢ Vírus do papiloma bovino (VPB); 
➢ Bovinos > Equinos > Ovinos. 
➢ Epidemiologia: animais jovens (6 meses a 2 
anos); Benigna; Autolimitante; não apresenta boa 
reação cruzada. 
➢ Sinais clínicos: lesões crostosas. 
Clínica Médica de Ruminantes 
CERATOCONJUNTIVITE INFECCIOSA (OLHO 
ROSADO): 
➢ Moraxella bovis – bovinos e ovinos; 
➢ Mycoplasma conjunctivae – caprinos e ovinos; 
➢ Chlamydia psittaci – caprinos e ovinos 
Está relacionado com período de chuva, umidade. 
Moscas atuam como vetor em bovinos. 
➢ Animais saudáveis podem conter M. 
conjunctivae. 
➢ Micoplasma – artrite, pleuropneumonias e 
mastites; 
➢ M. conjunctivae – casos suaves (remissão 
espontânea). 
SINAIS CLÍNICOS: 
➢ Blefaroespasmos; Fotofobia; Secreção ocular 
que varia de serosa a purulenta; 
Lacrimejamento; Ceratite; Opacidade de córnea. 
TRATAMENTO: 
TÓPICO: 
➢ Laborioso – frequência. 
➢ Limpeza da região com solução salina; 
➢ Pomadas: gentamicina, penicilina, ampicilina e 
tetraciclinas. 
➢ Injeções subconjuntivais: Gentamicina (20mg a 
50mg). 
➢ Penicilinas 300.000 UI 
➢ Injeções parenterais: oxitetraciclina 20mg/kg 
repetir com 72h. 
PREVENÇÃO: 
➢ Controle das moscas; 
➢ Separação dos sadios e enfermos. 
➢ Redução da densidade animal porque é uma 
doença infecto-contagiosa. 
 
 
Afecções do Sistema Respiratório 
Doença de rebanho, relacionadas ao desequilíbrio de 
manejo. 
➢ Alta taxa de prevalência (jovens) – a doença 
ocorre em período de melhoramento alimentar. 
➢ Comprometimento do rebanho (adultos); 
➢ Perdas econômicas: mortalidade, redução no 
ganho de peso, custo com medicamentos, 
honorários do veterinário. 
➢ Aspectos anatômicos. 
- Vias aéreas superiores: narinas (defesa 
respiratória, tecido epitelial). – Com função 
filtrativa. 
- Vias aéreas posterior: pulmão. 
Afecções das vias aéreas superiores: 
➢ Fungos - Conidiobolus sp. (não tem resposta + a 
tratamento), Cryptococcus sp., Aspergillus sp. 
➢ Oomicetos – Pythium insidiosus. 
➢ Parasitos – Oestrus ovis. 
➢ Vírus – tumor etmoidal enzoótico, herpes vírus 
bovino tipo I. 
➢ Algas – Prototheca wickermani 
➢ Neoplasias – Carcinoma de células escamosas 
➢ Protista – Rhinosporidium seeberi 
RINITES 
Epidemiologia: 
➢ Pastejo em áreas úmidas; contato com matéria 
vegetal decomposta; 
➢ Obs.: em pastejo mais baixos, o animal pode 
estar mais propenso a inalar o fungo. 
➢ Pastejo em aguadas contaminadas; alto índices 
de precipitação. 
➢ Oestrose – depende da presença da mosca 
Oestro ovis que põe os ovos nas narinas de 
ovinos e caprinos, dependem da época de 
chuva. 
Clínica Médica de Ruminantes 
SINAIS CLÍNICOS: 
➢ Rinite: rinofacial (parte rostral); Rinofaringea 
(seios e faringes). 
➢ Emagrecimento, dispneia inspiratória, descarga 
nasal (rinites fúngicas – sanguinolentas), narinas 
parcialmente obstruídas, exoftalmia 
(rinofaringea), aumento de volume na região 
rostral, Cryptococose causa aumento unilateral; 
nódulos na região da face, aumento de 
linfonodos, odor fétido da cavidade oral, sinais 
nervosos (andar em círculos). 
➢ Prognóstico desfavorável *Exceto na Oestrose. 
PATOGENIA: 
➢ Oestrose: larvas postas na cavidade nasal se 
desenvolve a partir da alimentação da cavidade 
nasal. 
➢ Conidiobolus: nasal e faríngea, pode ter 
meningite. 
➢ Pythiose: Necrose intensa da cavidade nasal. 
PREVENÇÃO E CONTROLE: 
➢ Reduzir a pressão de pastejo nas margens de 
aguadas; (Manter a pastagem mais alta distante 
do solo que é onde estão os agentes 
infecciosos); 
➢ Antiparasitários (Oestrose): Closantel 7,5mg/kg 
ou ivermectina 0,2mg/kg; 
SINUSITE 
➢ Consequência de descorna plástica. Deixando os 
seios frontais expostos. 
SINAIS CLÍNICOS: 
➢ Descarga nasal intensa, febre, estridor e odor 
fétido no ar expirado. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
➢ Fraturas na região facial; Tumores nasais; 
Abcessos; Actinomicose. 
TRATAMENTO: 
➢ Conservador (lavar com degermantes, utilizar 
pomadas e antibiótico): trepanação e drenagem 
do seio. 
RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA BOVINA 
➢ Herpes vírus tipo 1 – HBV-1 
➢ Associada a outras enfermidades: conjuntivite, 
vulvovaginite pustular, aborto, encefalomielite 
(HBV tipo V). Associada a problemas 
reprodutivos. 
➢ Transmissão é via aerossol. Alta densidade de 
animais; Capacidade de latência do vírus 
(Indivíduo é acometido e o vírus fica no 
organismo por um período sem sinais clínicos); 
Animais de corte mostram sinais mais severos 
(Estresse); Lesiona os mecanismos de defesa do 
sistema respiratório. 
➢ Associado a pneumonia por Mannheimia 
haemolytica. 
SINAIS CLÍNICOS: 
Febre, anorexia, hiperexcitabilidade, salivação, tosse, 
secreção nasal e hiperemia, placas diftéricas. 
ACHADOS DE NECROPSIA: 
Congestão da mucosa traqueal, hemorragias petequiais, 
broncopneumonia grave. 
DIAGNPOSTICO: 
Isolamento do vírus através de secreções, ELISA, PCR. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
Vírus sincicial respiratório bovino – ocorre lesões no 
pulmão; Broncopneumonia. 
PREVENÇÃO E CONTROLE: 
➢ Exames sorológicos no rebanho; Eliminação dos 
animais sorologicamente positivos; Vacinação; 
FEBRE CATARRAL MALIGNA 
Gênero Rhadinovírus. 
Clínica Médica de Ruminantes 
Epidemiologia: Gnu associada – Alcelaphaline herpes 
vírus: FCM – GA. 
➢ Ovino (não apresenta sinal clínico) associada – 
herpes vírus ovino 2. 
➢ Ocorre após período de parição dos ovinos. 
➢ Bovino: hospedeiro final – apresentam sinais 
clínicos. 
➢ Forma esporádica: surtos são raros. 
➢ Baixa morbidade, alta letalidade. 
SINAIS CLÍNICOS: 
Diarreia, febre alta (40,5° a 42,2°C), saliva viscosa, 
linfadenopatia,ceratoconjuntivite grave, erosões bucais, 
secreção nasal mucopurulenta. 
ACHADOS DE NECROPSIA: 
Lesões na cavidade nasal 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
Febre aftosa; Estomatite vesicular (ocorre em bovinos e 
equinos, tem alta morbidade e baixa letalidade); Doença 
de mucosas (problemas de pele); Rinotraqueíte 
infecciosa (animais também com problemas 
reprodutivos). 
PROFILAXIA: 
Não há tratamentos ou vacinas (Eutanásia); Não colocar 
bovinos junto com ovinos no momento da parição; Isolar 
animais afetados. 
SUSCEPTIBILIDADE DOS RUMINANTES A 
PROBLEMAS PULMONARES: 
➢ Tamanho dos pulmões 
➢ Divisão de lobos: lobulado – quando acomete um 
lobo, tende a perder todo o lóbulo; 
➢ Número de células cilidiadas. 
➢ Exposição dos patógenos. 
Afecções Pulmonares 
BRONCOPNEUMONIA ENZOÓTICA 
Mannheimia (Pasteurella) haemolytica e Pasteurella 
multocida. 
➢ Habitante normal da mucosa nasofaríngea. 
Patógeno oportunista (existe um desequilíbrio 
que favores a multiplicação). 
Epidemiologia: em animais jovens (entre 2 semanas – 2 
meses de vida) – animais de leite, desmama ou cria e 
recria. Taxa de mortalidade 50% e alta letalidade. 
Situação de estresse favorecem a doença. 
➢ Situações de estresse que favorecem a 
doença: transporte; desmame; estresse de 
viagem; superlotação; mudança de categoria; 
PATOGENIA: 
Estresse leva a um colapso no mecanismo de defesa, 
proliferação de bactérias no pulmão, essas bactérias 
liberam endotoxina e exotoxinas que lesionam o 
parênquima pulmonar levando a pleuropneumonia 
fibrinosa necrosante lobar grave (inflamação na pleura 
e no pulmão com produção de fibrina). 
SINAIS CLÍNICOS: 
➢ Depressão, anorexia, perda de peso, secreção 
nasal mucopurulenta, lacrimejamento, febre, 
dispneia, taquipneia, tosse, ruídos pulmonares, 
tosse úmida, crepitação ventral anterior, dor a 
palpação região intercostal, enfisema 
subcutâneo, postura ortopnéica, narinas 
dilatadas. 
➢ Auscultação crânio caudal, dorso ventral. 
➢ Reflexo de tosse 
➢ Mannheimia haemolytica – Quadro mais grave 
de pneumonia. 
PATOGENIA: 
Pulmão consolidado e com fibrina, secreção em grande 
quantidade. 
Clínica Médica de Ruminantes 
DIAGNÓSTICO: 
Epidemiologia; sinais clínicos; achados de necropsia; 
exames radiográficos; microbiológico (lavado traqueal); 
sonda de diâmetro conhecido e colocar 10ml e volta 
10ml também e usa para avaliação. 
TRATAMENTO: 
➢ Antibióticos: Oxitetraciclina (10-20mg/kg IM), 
Tylosina (10-20mg/kg IM), Ceftiofur (1,1- 
2,2mg/kg IM), Florfenicol (40mg/kg SC) 
➢ Antiflamatórios: Flunixin meglumina (1,1 – 2,2 
mg/kg IV) 
➢ Imunoestimulantes: levamisol 2-3mg/kg SC 
PREVENÇÃO E CONTROLE: 
Ventilação adequada, reduzir densidade animal, garantir a 
transferência de imunidade passiva, isolar recém-
chegados no rebanho. 
PNEUMONIA POR ASPIRAÇÃO: 
Pneumonia gangrenosa ou pneumonia por corpo 
estranho. Presença de corpo estranho no trato 
respiratório. 
SINAIS CLÍNICOS: 
Curso agudo; variam de acordo com quantidade de 
material no trato respiratório; morte súbita; tosse, 
espuma pelo nariz e boca ou alimentos, odor fétido no 
ar expirado, ausculta (crepitação e sibilo), septicemia. 
PATOLOGIA: 
Pneumonia crânio ventral, alimentos nas vias aéreas 
anteriores e necrose pulmonar por conta do líquido na 
via errada. Pequenos abcessos. 
DIAGNÓSTICO: 
➢ Anamnese + sinais clínicos + achados de 
necropsia; 
➢ Hemograma: leucopenia e neutrofilia e elevação 
do fibrinogênio; 
➢ Exame radiográfico. 
TRATAMENTO: 
➢ Antibiótico de amplo espectro (tetraciclinas e 
florfenicol) + Anti-inflamatório (reduz edema) 
Flunixin por 3 dias; 
➢ Fornecimento de oxigênio. 
PREVENÇÃO: 
Cuidados na administração de medicações orais (via 
sonda); Jejum hídrico e alimentar antes de cirurgias. 
TUBERCULOSE: 
Mycobacterium bovis. Reação cruzada com o M. avium. 
➢ Bovinos, búfalos, caprinos e suínos. Ovinos 
(Resistentes). 
➢ Potencial zoonótico; Maior problema na parte da 
tuberculose alimentar. 
➢ Eliminação do agente: ar expirado, leite, urina, 
fezes, secreções vaginais. 
➢ Modo de infecção: Inalação, ingestão de leite 
contaminado. 
➢ Principal fonte de infecção: bovino doente. 
Ocorre mais em bovino leiteiro devido a densidade 
populacional. 
PATOFENIA: 
Inalação do agente, bacilos atingem os alvéolos e se 
multiplicam nos macrófagos, a resposta do hospedeiro é 
uma necrose de caseificação e isso forma os nódulos ou 
os bacilos podem ir para os linfonodos satélites, dessa 
forma ocorre o complexo primário. 
Em casos de imunossupressão tem a disseminação 
linfática ou sanguínea lesões em diversos órgãos e 
ocorre a forma protraída ou miliar. Ocorre em um 
tempo longo. 
SINAIS CLÍNICOS: 
➢ Maioria dos animais é assintomático; 
➢ Quadro progressivo; 
➢ Dependem da localização dos granulomas; 
➢ Temperatura oscilante; 
Clínica Médica de Ruminantes 
➢ Tosse crônica; Aumento generalizado dos 
linfonodos, secreção nasal, perda de peso, 
dispneia, estágios terminais da forma pulmonar 
(sibilos (quando diminui o lúmen do órgão), 
crepitações, áreas de silêncio). 
ACHADOS DE NECROPSIA: 
Linfonodos aumentados; Tubérculos miliares (diversos 
órgãos); Abcessos caseosos. 
DIAGNÓSTICO: 
➢ Prova da tuberculina intradérmica 
- Teste cervical simples 
-Teste cervical comparados 
- Teste da prega caudal: rebanhos de corte 
➢ Animais podem ser anérgicos 
(imunossupressores crônicos): não respondem 
ao teste da tuberculina mesmo estando 
infectado. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
Abcessos pulmonares; Lesões faríngeas; 
Adenocarcinoma (semelhante pela macroscopia, porém 
difere no histopatológico). 
CONTROLE: 
Rebanhos acometidos: despovoados, 2 testes com 
intervalo de 60 dias – teste negativo 6 meses; Rebanho 
livre: testes consecutivos a cada 2 anos. 
VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO BOVINO: 
Paramixovírus. Lesiona o sistema respiratório nos cílios e 
pode abrir portas para pneumonia bacteriana. Mais 
frequente entre os animais jovens; Alta morbidade e 
letalidade variável (0-20%); Transmissão aerossol. 
SINAIS CLÍNICOS: 
Depressão, redução do apetite, febre (40 – 42,2ºC), 
aumento FR, tosse, salivação, secreção nasal e lacrimal, 
dispneia, aumento dos ruídos traqueobrônquico e 
bronquibronquilar, enfisema subcutâneo. 
 
ACHADOS DE NECROPSIA: 
Pneumonia intersticial difusa – enfisema pleural. 
DIAGNÓSTICO: 
Amostras sorológicas pareadas; Amostras sorológicas 
únicas mostrando altos títulos de anticorpos de alguns 
animais podem ser úteis para se fazer um diagnóstico 
associado aos sinais clínicos; Imunohistoquímica. 
PNEUMONIA VERMINÓTICA: 
Dictyocaulus viviparus – Bovinos 
Dictyocaulus filaria – Caprinos e ovinos 
➢ Ambientes de clima frio; Animais em sistema 
extensivo; Jovens são mais susceptíveis que os 
adultos; 
➢ É um parasito de ciclo direto, são eliminadas 
larvas no campo que são ingeridas pelo animal e 
vão para o sistema respiratório através da via 
linfática. 
SINAIS CLÍNICOS: 
Postura ortopnéica, magreza, edema submandibular. 
DIAGNÓSTICO: 
Contagem de larvas por grama de fezes (método de 
Baerman). 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
Broncopneumonia. 
TRATAMENTO: 
➢ Anti-helmíntico: levamisol, ivermectina; AINE; 
Anti-histamínico; Antibióticos. 
PREVENÇÃO: 
Vermifugação. 
 
 
 
Clínica Médica de Ruminantes 
 
Doenças do Sistema Nervoso: 
TÉTANO: 
C. tetani. 
➢ Toxinas: tetanospasmina (paralisia espástica), 
tetanolisina; Toxina não espasmódica (relacionada 
com a musculatura). 
➢ Forma esporádica ou surtos (descorna); Equinos 
são mais sensíveis; Feridas – porta de entrada; 
Ambiente de anaerobiose. 
PATOGENIA: 
Há acometimento da placa neuromotora, em casos 
normais há liberação do neurotransmissor a glicina, 
quando tem o tétano, a tetanospasmina impede a glicina 
e isso faz com que não haja relaxamento do músculo, a 
morte se dá pela lesão muscular em músculos como 
diafragma. 
SINAIS CLÍNICOS: 
Rigidez muscular, postura de cavalete, orelhas eretas, 
causa rígida, trismo mandibular, prolapso de terceira 
pálpebra, timpanismo(dificuldade da movimentação 
músculo esquelética). 
➢ O tempo depende do tanto de contato que o 
animal fica em contato com a toxina. 
➢ Dias ou semanas; 
➢ Resposta ao tratamento depende da quantidade 
de toxina circulante; 
DIAGNÓSTICO: 
Dados epidemiológicos e achados clínicos; Cultivo e 
identificação do agente; Imunofluorescência. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
➢ Intoxicação por estricnina (acidente ou 
assassinato) é o mesmo princípio - paralisia. 
➢ Laminite aguda – porque altera a marcha do 
animal; 
➢ Polioencefalomalacia; 
➢ Hipomagnesemia: devido a deficiência de 
magnésio. 
TRATAMENTO DE SUPORTE: 
➢ Antibiótico – eliminar o agente; 
➢ Antitoxina – neutralizar toxina residual; 
➢ Sedativo – Controlar espasmos musculares 
(Acepromazina 0,5mg/kg); 
➢ Hidratação e nutrição; 
➢ Ambientes tranquilos. 
PREVENÇÃO E CONTROLE: 
➢ Higiene – procedimentos invasivos; 
➢ Vacinar os animais; 
➢ Risco: Castrações, descornas e corte de cauda. 
BOTULISMO: 
Clostridium botulinum. 
 Causa: Ingestão da toxina pré-formada; Toxina botulínica 
– mais letal entre as conhecidas; 8 tipos de toxinas 
Epidemiologia: Forma esporádica ou surtos. Associado a 
deficiência de fósforo. Sazonal. Quanto mais capim 
verde maior probabilidade de deficiência de macro e 
micro elementos. 
➢ Osteofagia Ingestão da toxina em alimentos ou 
aguadas; Silagens, rações e fenos mal 
acondicionados; Cama de frango e restos 
alimentares (Lavagem). 
- Animais que vão atrás de consumo de fósforo e 
comem algo que possui a toxina. 
PATOGENIA: 
Impede a liberação da acetilcolina que é responsável pela 
contração das fibras musculares, tem o relaxamento 
contínuo da musculatura. Problema na junção 
neuromuscular e não no tronco encefálico. 
SINAIS CLÍNICOS: 
Vária de acordo com a quantidade ingerida. 
Clínica Médica de Ruminantes 
➢ 3 – 17 dias após a ingestão pré-formada; 
Andar cambaleante; Posição auto auscultação; 
Redução do tônus da língua; Flacidez da 
mandíbula; Paralisia flácida nos músculos. 
➢ Em caso de compressão medular o animal não 
sente, no botulismo sente, porém não consegue 
responder ao estímulo. 
DIAGNÓSTICO: 
Dados epidemiológicos e achados clínicos; Ensaio biológico; 
Tipificação da toxina; Não tem alterações 
macroscópicas. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
➢ Hipocalcemia – porque tem postura de auto 
auscultação, mas não tem paralisia; 
➢ Listeriose – déficit em pares de nervos 
cranianos, reduz do tônus da língua e mandíbula, 
mas não tem paralisia progressiva; 
➢ Compressão medular; 
TRATAMENTO: 
Não há droga que neutralize o efeito neuroparalítico da 
toxina. Tratamento de suporte (hidratação e nutrição; 
Mudança no decúbito). 
PREVENÇÃO E CONTROLE: 
Mineralização; Vacinação; Descarte de carcaças; 
Armazenamento adequado dos alimentos. 
LISTERIOSE: 
Doença dos círculos. Etiologia: Listeria monocytogenes. 
Intracelular obrigatório. Acomete o tronco encefálico. 
- FORMAÇÃO DE MICROABCESSOS NO SNC. 
Epidemiologia: Acomete mais animais mais velhos (>1 ano); 
Ingestão de silagem mal conservada; Troca dentárias; 
Doença esporádica; Sistemas intensivos; Mudanças no 
manejo; 
- Quadros: Septicemia, aborto, meningoencefalite. 
PATOGENIA: 
Ingestão da bactéria, lesão na cavidade oral, migração da 
bactéria tronco encefálico nervo craniano V e VII, 
formação de microabcesso SNC. Pode ter lesão 
macroscópica. 
Confirma através de histopatológico do tronco 
encefálico. 
SINAIS CLÍNICOS: 
Ingestão da bactéria, lesão na cavidade oral, migração da 
bactéria tronco encefálico nervo craniano V e VII, 
formação de microabcesso SNC. Pode ter lesão 
macroscópica Confirma através de histopatológico do 
tronco encefálico; 
Déficits de nervos cranianos: Inclinação de cabeça; 
Ptose auricular, palpebral, labial; Salivação; Nistagmo; 
Redução do tônus da língua; Torcicolo; Ceratite de 
exposição. 
PATOLOGIA CLÍNICA: 
Leucocitose, monocitose, LCR (aumento de proteína, 
células mononucleadas). 
ACHADOS HISTOPATOLÓGICOS 
Microabcessos medula, tronco encefálico e cerebelo. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
➢ Otite interna – comprometimento do labirinto, 
ptose auricular; 
➢ Abcessos cerebrais do tronco encefálico – 
necropsia; 
➢ Cetose em bovinos – compromete o SNC, 
cérebro; 
➢ Toxemia da prenhez – andar em círculos 
➢ Poliencefalomalacia; 
➢ Raiva – compromete todo segmento do sistema 
nervoso. 
TRATAMENTO: 
➢ Penicilina 44000 UI/kg IM – mínimo 7 dias 2x 
ao dia (a cada 6h); 
Clínica Médica de Ruminantes 
➢ Oxitetraciclina 10-20mg/kg a cada 12h 
➢ Gentamicina 3mg/kg 2x ao dia 
➢ Amoxicilina 7mg/kg 2x ao dia Tratamento de 
suporte – 
➢ Fluidoterapia. 
PREVENÇÃO: 
Evitar oferecer leite contaminado a neonatos; Limpeza 
das instalações; Cuidado na introdução de novos animais; 
Silagem de boa qualidade. 
MENINGITE HIPOPLASIA CEREBELAR 
Incoordenação, ataxia e andar em círculos.

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