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Clínica Médica de Ruminantes Doenças da Pele e Oculares de Ruminantes DERMATOFITOSE (TINHA) ➢ Trichophytos verrucosum – fungos ➢ Fungos (umidade, alta temperatura, aglomerações, estresse, imunodeficiência) são resistentes ao meio; ➢ Acomete mais bovinos de 2 meses e 1 ano; ➢ Período de incubação: 1 a 6 semanas; ➢ Sinais clínicos: áreas arredondadas alopecias; aspecto auto-limitante; multifocais; prurido moderado ou ausente; crostas e pouco salientes; região periocular, pescoço e tronco, olhos e focinho. ➢ Potências zoonótico. ➢ Diagnóstico: cultivo e identificação (raspado cutâneo); ➢ Tratamento: laborioso; tratamento tópico: cal de enxofre; griseofulvina (não muito utilizada). ➢ Prevenção: isolamento. DERMATOFILOSE (QUEIMADURA DA CHUVA): ➢ Dermatophilus congolensis. ➢ Normal da flora cutânea; Necessidade da pele lesioanda – endoparasitos; Redução imunidade favorece a ocorrência da doença; ➢ Sinais clínicos: lesões difusas; eliminação de pelos em tufos; dermatite crostosa; distribuição na linha superior do animal. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: ➢ Dermatofitose (lesões delimitadas); ➢ Fotossensibilização – causado pela planta; ➢ Dermatite alérgica sazonal (em período de chuva); ➢ Pênfigo Foliáceo – é auto-imune vinculada imunidade baixa. ➢ Disfunção espontânea (lesões simétricas) DIAGNÓSTICO: Raspado cutâneo (cultura e identificação); Biopsia. TRATAMENTO: ➢ Pode ter resolução espontânea. - Banhos shampoos a base de iodo; limpeza das crostas com peróxido de hidrogênio; - Associação penicilina estreptomicina; ➢ Oxitetraciclinas. ECTIMA CONTAGIOSO ➢ Boca ferida; Boca crostosa; Boqueira; ➢ Parapoxvírus – epiteliotrofico; ➢ Potencial zoonótico. ➢ Caprinos e ovinos. ➢ Epidemiologia: ocorre em animais jovens (com 3 a 6 meses de idade); animais doentes (transmissão); quando se tem a redução da imunidade. ➢ Lesão proliferativa na junção mucocutânea: nariz, lábios, língua, espaço interdigital, tetos, conjuntiva ocular. ➢ Transmissão: contato direto ou indireto por utensílios ou pastagens contaminadas são as principais formas de disseminação da enfermidade. ➢ Diagnóstico: sinais clínicos, identificação de partículas. ➢ Tratamento: doença auto-limitante ➢ Prevenção: isolar os animais, manter instalações limpas e desinfectadas; separar e tratar animais doentes e vacinar os demais. PAPILOMATOSE (VERRUGA – FIBROPAPILOMA): ➢ Vírus do papiloma bovino (VPB); ➢ Bovinos > Equinos > Ovinos. ➢ Epidemiologia: animais jovens (6 meses a 2 anos); Benigna; Autolimitante; não apresenta boa reação cruzada. ➢ Sinais clínicos: lesões crostosas. Clínica Médica de Ruminantes CERATOCONJUNTIVITE INFECCIOSA (OLHO ROSADO): ➢ Moraxella bovis – bovinos e ovinos; ➢ Mycoplasma conjunctivae – caprinos e ovinos; ➢ Chlamydia psittaci – caprinos e ovinos Está relacionado com período de chuva, umidade. Moscas atuam como vetor em bovinos. ➢ Animais saudáveis podem conter M. conjunctivae. ➢ Micoplasma – artrite, pleuropneumonias e mastites; ➢ M. conjunctivae – casos suaves (remissão espontânea). SINAIS CLÍNICOS: ➢ Blefaroespasmos; Fotofobia; Secreção ocular que varia de serosa a purulenta; Lacrimejamento; Ceratite; Opacidade de córnea. TRATAMENTO: TÓPICO: ➢ Laborioso – frequência. ➢ Limpeza da região com solução salina; ➢ Pomadas: gentamicina, penicilina, ampicilina e tetraciclinas. ➢ Injeções subconjuntivais: Gentamicina (20mg a 50mg). ➢ Penicilinas 300.000 UI ➢ Injeções parenterais: oxitetraciclina 20mg/kg repetir com 72h. PREVENÇÃO: ➢ Controle das moscas; ➢ Separação dos sadios e enfermos. ➢ Redução da densidade animal porque é uma doença infecto-contagiosa. Afecções do Sistema Respiratório Doença de rebanho, relacionadas ao desequilíbrio de manejo. ➢ Alta taxa de prevalência (jovens) – a doença ocorre em período de melhoramento alimentar. ➢ Comprometimento do rebanho (adultos); ➢ Perdas econômicas: mortalidade, redução no ganho de peso, custo com medicamentos, honorários do veterinário. ➢ Aspectos anatômicos. - Vias aéreas superiores: narinas (defesa respiratória, tecido epitelial). – Com função filtrativa. - Vias aéreas posterior: pulmão. Afecções das vias aéreas superiores: ➢ Fungos - Conidiobolus sp. (não tem resposta + a tratamento), Cryptococcus sp., Aspergillus sp. ➢ Oomicetos – Pythium insidiosus. ➢ Parasitos – Oestrus ovis. ➢ Vírus – tumor etmoidal enzoótico, herpes vírus bovino tipo I. ➢ Algas – Prototheca wickermani ➢ Neoplasias – Carcinoma de células escamosas ➢ Protista – Rhinosporidium seeberi RINITES Epidemiologia: ➢ Pastejo em áreas úmidas; contato com matéria vegetal decomposta; ➢ Obs.: em pastejo mais baixos, o animal pode estar mais propenso a inalar o fungo. ➢ Pastejo em aguadas contaminadas; alto índices de precipitação. ➢ Oestrose – depende da presença da mosca Oestro ovis que põe os ovos nas narinas de ovinos e caprinos, dependem da época de chuva. Clínica Médica de Ruminantes SINAIS CLÍNICOS: ➢ Rinite: rinofacial (parte rostral); Rinofaringea (seios e faringes). ➢ Emagrecimento, dispneia inspiratória, descarga nasal (rinites fúngicas – sanguinolentas), narinas parcialmente obstruídas, exoftalmia (rinofaringea), aumento de volume na região rostral, Cryptococose causa aumento unilateral; nódulos na região da face, aumento de linfonodos, odor fétido da cavidade oral, sinais nervosos (andar em círculos). ➢ Prognóstico desfavorável *Exceto na Oestrose. PATOGENIA: ➢ Oestrose: larvas postas na cavidade nasal se desenvolve a partir da alimentação da cavidade nasal. ➢ Conidiobolus: nasal e faríngea, pode ter meningite. ➢ Pythiose: Necrose intensa da cavidade nasal. PREVENÇÃO E CONTROLE: ➢ Reduzir a pressão de pastejo nas margens de aguadas; (Manter a pastagem mais alta distante do solo que é onde estão os agentes infecciosos); ➢ Antiparasitários (Oestrose): Closantel 7,5mg/kg ou ivermectina 0,2mg/kg; SINUSITE ➢ Consequência de descorna plástica. Deixando os seios frontais expostos. SINAIS CLÍNICOS: ➢ Descarga nasal intensa, febre, estridor e odor fétido no ar expirado. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: ➢ Fraturas na região facial; Tumores nasais; Abcessos; Actinomicose. TRATAMENTO: ➢ Conservador (lavar com degermantes, utilizar pomadas e antibiótico): trepanação e drenagem do seio. RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA BOVINA ➢ Herpes vírus tipo 1 – HBV-1 ➢ Associada a outras enfermidades: conjuntivite, vulvovaginite pustular, aborto, encefalomielite (HBV tipo V). Associada a problemas reprodutivos. ➢ Transmissão é via aerossol. Alta densidade de animais; Capacidade de latência do vírus (Indivíduo é acometido e o vírus fica no organismo por um período sem sinais clínicos); Animais de corte mostram sinais mais severos (Estresse); Lesiona os mecanismos de defesa do sistema respiratório. ➢ Associado a pneumonia por Mannheimia haemolytica. SINAIS CLÍNICOS: Febre, anorexia, hiperexcitabilidade, salivação, tosse, secreção nasal e hiperemia, placas diftéricas. ACHADOS DE NECROPSIA: Congestão da mucosa traqueal, hemorragias petequiais, broncopneumonia grave. DIAGNPOSTICO: Isolamento do vírus através de secreções, ELISA, PCR. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Vírus sincicial respiratório bovino – ocorre lesões no pulmão; Broncopneumonia. PREVENÇÃO E CONTROLE: ➢ Exames sorológicos no rebanho; Eliminação dos animais sorologicamente positivos; Vacinação; FEBRE CATARRAL MALIGNA Gênero Rhadinovírus. Clínica Médica de Ruminantes Epidemiologia: Gnu associada – Alcelaphaline herpes vírus: FCM – GA. ➢ Ovino (não apresenta sinal clínico) associada – herpes vírus ovino 2. ➢ Ocorre após período de parição dos ovinos. ➢ Bovino: hospedeiro final – apresentam sinais clínicos. ➢ Forma esporádica: surtos são raros. ➢ Baixa morbidade, alta letalidade. SINAIS CLÍNICOS: Diarreia, febre alta (40,5° a 42,2°C), saliva viscosa, linfadenopatia,ceratoconjuntivite grave, erosões bucais, secreção nasal mucopurulenta. ACHADOS DE NECROPSIA: Lesões na cavidade nasal DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Febre aftosa; Estomatite vesicular (ocorre em bovinos e equinos, tem alta morbidade e baixa letalidade); Doença de mucosas (problemas de pele); Rinotraqueíte infecciosa (animais também com problemas reprodutivos). PROFILAXIA: Não há tratamentos ou vacinas (Eutanásia); Não colocar bovinos junto com ovinos no momento da parição; Isolar animais afetados. SUSCEPTIBILIDADE DOS RUMINANTES A PROBLEMAS PULMONARES: ➢ Tamanho dos pulmões ➢ Divisão de lobos: lobulado – quando acomete um lobo, tende a perder todo o lóbulo; ➢ Número de células cilidiadas. ➢ Exposição dos patógenos. Afecções Pulmonares BRONCOPNEUMONIA ENZOÓTICA Mannheimia (Pasteurella) haemolytica e Pasteurella multocida. ➢ Habitante normal da mucosa nasofaríngea. Patógeno oportunista (existe um desequilíbrio que favores a multiplicação). Epidemiologia: em animais jovens (entre 2 semanas – 2 meses de vida) – animais de leite, desmama ou cria e recria. Taxa de mortalidade 50% e alta letalidade. Situação de estresse favorecem a doença. ➢ Situações de estresse que favorecem a doença: transporte; desmame; estresse de viagem; superlotação; mudança de categoria; PATOGENIA: Estresse leva a um colapso no mecanismo de defesa, proliferação de bactérias no pulmão, essas bactérias liberam endotoxina e exotoxinas que lesionam o parênquima pulmonar levando a pleuropneumonia fibrinosa necrosante lobar grave (inflamação na pleura e no pulmão com produção de fibrina). SINAIS CLÍNICOS: ➢ Depressão, anorexia, perda de peso, secreção nasal mucopurulenta, lacrimejamento, febre, dispneia, taquipneia, tosse, ruídos pulmonares, tosse úmida, crepitação ventral anterior, dor a palpação região intercostal, enfisema subcutâneo, postura ortopnéica, narinas dilatadas. ➢ Auscultação crânio caudal, dorso ventral. ➢ Reflexo de tosse ➢ Mannheimia haemolytica – Quadro mais grave de pneumonia. PATOGENIA: Pulmão consolidado e com fibrina, secreção em grande quantidade. Clínica Médica de Ruminantes DIAGNÓSTICO: Epidemiologia; sinais clínicos; achados de necropsia; exames radiográficos; microbiológico (lavado traqueal); sonda de diâmetro conhecido e colocar 10ml e volta 10ml também e usa para avaliação. TRATAMENTO: ➢ Antibióticos: Oxitetraciclina (10-20mg/kg IM), Tylosina (10-20mg/kg IM), Ceftiofur (1,1- 2,2mg/kg IM), Florfenicol (40mg/kg SC) ➢ Antiflamatórios: Flunixin meglumina (1,1 – 2,2 mg/kg IV) ➢ Imunoestimulantes: levamisol 2-3mg/kg SC PREVENÇÃO E CONTROLE: Ventilação adequada, reduzir densidade animal, garantir a transferência de imunidade passiva, isolar recém- chegados no rebanho. PNEUMONIA POR ASPIRAÇÃO: Pneumonia gangrenosa ou pneumonia por corpo estranho. Presença de corpo estranho no trato respiratório. SINAIS CLÍNICOS: Curso agudo; variam de acordo com quantidade de material no trato respiratório; morte súbita; tosse, espuma pelo nariz e boca ou alimentos, odor fétido no ar expirado, ausculta (crepitação e sibilo), septicemia. PATOLOGIA: Pneumonia crânio ventral, alimentos nas vias aéreas anteriores e necrose pulmonar por conta do líquido na via errada. Pequenos abcessos. DIAGNÓSTICO: ➢ Anamnese + sinais clínicos + achados de necropsia; ➢ Hemograma: leucopenia e neutrofilia e elevação do fibrinogênio; ➢ Exame radiográfico. TRATAMENTO: ➢ Antibiótico de amplo espectro (tetraciclinas e florfenicol) + Anti-inflamatório (reduz edema) Flunixin por 3 dias; ➢ Fornecimento de oxigênio. PREVENÇÃO: Cuidados na administração de medicações orais (via sonda); Jejum hídrico e alimentar antes de cirurgias. TUBERCULOSE: Mycobacterium bovis. Reação cruzada com o M. avium. ➢ Bovinos, búfalos, caprinos e suínos. Ovinos (Resistentes). ➢ Potencial zoonótico; Maior problema na parte da tuberculose alimentar. ➢ Eliminação do agente: ar expirado, leite, urina, fezes, secreções vaginais. ➢ Modo de infecção: Inalação, ingestão de leite contaminado. ➢ Principal fonte de infecção: bovino doente. Ocorre mais em bovino leiteiro devido a densidade populacional. PATOFENIA: Inalação do agente, bacilos atingem os alvéolos e se multiplicam nos macrófagos, a resposta do hospedeiro é uma necrose de caseificação e isso forma os nódulos ou os bacilos podem ir para os linfonodos satélites, dessa forma ocorre o complexo primário. Em casos de imunossupressão tem a disseminação linfática ou sanguínea lesões em diversos órgãos e ocorre a forma protraída ou miliar. Ocorre em um tempo longo. SINAIS CLÍNICOS: ➢ Maioria dos animais é assintomático; ➢ Quadro progressivo; ➢ Dependem da localização dos granulomas; ➢ Temperatura oscilante; Clínica Médica de Ruminantes ➢ Tosse crônica; Aumento generalizado dos linfonodos, secreção nasal, perda de peso, dispneia, estágios terminais da forma pulmonar (sibilos (quando diminui o lúmen do órgão), crepitações, áreas de silêncio). ACHADOS DE NECROPSIA: Linfonodos aumentados; Tubérculos miliares (diversos órgãos); Abcessos caseosos. DIAGNÓSTICO: ➢ Prova da tuberculina intradérmica - Teste cervical simples -Teste cervical comparados - Teste da prega caudal: rebanhos de corte ➢ Animais podem ser anérgicos (imunossupressores crônicos): não respondem ao teste da tuberculina mesmo estando infectado. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Abcessos pulmonares; Lesões faríngeas; Adenocarcinoma (semelhante pela macroscopia, porém difere no histopatológico). CONTROLE: Rebanhos acometidos: despovoados, 2 testes com intervalo de 60 dias – teste negativo 6 meses; Rebanho livre: testes consecutivos a cada 2 anos. VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO BOVINO: Paramixovírus. Lesiona o sistema respiratório nos cílios e pode abrir portas para pneumonia bacteriana. Mais frequente entre os animais jovens; Alta morbidade e letalidade variável (0-20%); Transmissão aerossol. SINAIS CLÍNICOS: Depressão, redução do apetite, febre (40 – 42,2ºC), aumento FR, tosse, salivação, secreção nasal e lacrimal, dispneia, aumento dos ruídos traqueobrônquico e bronquibronquilar, enfisema subcutâneo. ACHADOS DE NECROPSIA: Pneumonia intersticial difusa – enfisema pleural. DIAGNÓSTICO: Amostras sorológicas pareadas; Amostras sorológicas únicas mostrando altos títulos de anticorpos de alguns animais podem ser úteis para se fazer um diagnóstico associado aos sinais clínicos; Imunohistoquímica. PNEUMONIA VERMINÓTICA: Dictyocaulus viviparus – Bovinos Dictyocaulus filaria – Caprinos e ovinos ➢ Ambientes de clima frio; Animais em sistema extensivo; Jovens são mais susceptíveis que os adultos; ➢ É um parasito de ciclo direto, são eliminadas larvas no campo que são ingeridas pelo animal e vão para o sistema respiratório através da via linfática. SINAIS CLÍNICOS: Postura ortopnéica, magreza, edema submandibular. DIAGNÓSTICO: Contagem de larvas por grama de fezes (método de Baerman). DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Broncopneumonia. TRATAMENTO: ➢ Anti-helmíntico: levamisol, ivermectina; AINE; Anti-histamínico; Antibióticos. PREVENÇÃO: Vermifugação. Clínica Médica de Ruminantes Doenças do Sistema Nervoso: TÉTANO: C. tetani. ➢ Toxinas: tetanospasmina (paralisia espástica), tetanolisina; Toxina não espasmódica (relacionada com a musculatura). ➢ Forma esporádica ou surtos (descorna); Equinos são mais sensíveis; Feridas – porta de entrada; Ambiente de anaerobiose. PATOGENIA: Há acometimento da placa neuromotora, em casos normais há liberação do neurotransmissor a glicina, quando tem o tétano, a tetanospasmina impede a glicina e isso faz com que não haja relaxamento do músculo, a morte se dá pela lesão muscular em músculos como diafragma. SINAIS CLÍNICOS: Rigidez muscular, postura de cavalete, orelhas eretas, causa rígida, trismo mandibular, prolapso de terceira pálpebra, timpanismo(dificuldade da movimentação músculo esquelética). ➢ O tempo depende do tanto de contato que o animal fica em contato com a toxina. ➢ Dias ou semanas; ➢ Resposta ao tratamento depende da quantidade de toxina circulante; DIAGNÓSTICO: Dados epidemiológicos e achados clínicos; Cultivo e identificação do agente; Imunofluorescência. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: ➢ Intoxicação por estricnina (acidente ou assassinato) é o mesmo princípio - paralisia. ➢ Laminite aguda – porque altera a marcha do animal; ➢ Polioencefalomalacia; ➢ Hipomagnesemia: devido a deficiência de magnésio. TRATAMENTO DE SUPORTE: ➢ Antibiótico – eliminar o agente; ➢ Antitoxina – neutralizar toxina residual; ➢ Sedativo – Controlar espasmos musculares (Acepromazina 0,5mg/kg); ➢ Hidratação e nutrição; ➢ Ambientes tranquilos. PREVENÇÃO E CONTROLE: ➢ Higiene – procedimentos invasivos; ➢ Vacinar os animais; ➢ Risco: Castrações, descornas e corte de cauda. BOTULISMO: Clostridium botulinum. Causa: Ingestão da toxina pré-formada; Toxina botulínica – mais letal entre as conhecidas; 8 tipos de toxinas Epidemiologia: Forma esporádica ou surtos. Associado a deficiência de fósforo. Sazonal. Quanto mais capim verde maior probabilidade de deficiência de macro e micro elementos. ➢ Osteofagia Ingestão da toxina em alimentos ou aguadas; Silagens, rações e fenos mal acondicionados; Cama de frango e restos alimentares (Lavagem). - Animais que vão atrás de consumo de fósforo e comem algo que possui a toxina. PATOGENIA: Impede a liberação da acetilcolina que é responsável pela contração das fibras musculares, tem o relaxamento contínuo da musculatura. Problema na junção neuromuscular e não no tronco encefálico. SINAIS CLÍNICOS: Vária de acordo com a quantidade ingerida. Clínica Médica de Ruminantes ➢ 3 – 17 dias após a ingestão pré-formada; Andar cambaleante; Posição auto auscultação; Redução do tônus da língua; Flacidez da mandíbula; Paralisia flácida nos músculos. ➢ Em caso de compressão medular o animal não sente, no botulismo sente, porém não consegue responder ao estímulo. DIAGNÓSTICO: Dados epidemiológicos e achados clínicos; Ensaio biológico; Tipificação da toxina; Não tem alterações macroscópicas. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: ➢ Hipocalcemia – porque tem postura de auto auscultação, mas não tem paralisia; ➢ Listeriose – déficit em pares de nervos cranianos, reduz do tônus da língua e mandíbula, mas não tem paralisia progressiva; ➢ Compressão medular; TRATAMENTO: Não há droga que neutralize o efeito neuroparalítico da toxina. Tratamento de suporte (hidratação e nutrição; Mudança no decúbito). PREVENÇÃO E CONTROLE: Mineralização; Vacinação; Descarte de carcaças; Armazenamento adequado dos alimentos. LISTERIOSE: Doença dos círculos. Etiologia: Listeria monocytogenes. Intracelular obrigatório. Acomete o tronco encefálico. - FORMAÇÃO DE MICROABCESSOS NO SNC. Epidemiologia: Acomete mais animais mais velhos (>1 ano); Ingestão de silagem mal conservada; Troca dentárias; Doença esporádica; Sistemas intensivos; Mudanças no manejo; - Quadros: Septicemia, aborto, meningoencefalite. PATOGENIA: Ingestão da bactéria, lesão na cavidade oral, migração da bactéria tronco encefálico nervo craniano V e VII, formação de microabcesso SNC. Pode ter lesão macroscópica. Confirma através de histopatológico do tronco encefálico. SINAIS CLÍNICOS: Ingestão da bactéria, lesão na cavidade oral, migração da bactéria tronco encefálico nervo craniano V e VII, formação de microabcesso SNC. Pode ter lesão macroscópica Confirma através de histopatológico do tronco encefálico; Déficits de nervos cranianos: Inclinação de cabeça; Ptose auricular, palpebral, labial; Salivação; Nistagmo; Redução do tônus da língua; Torcicolo; Ceratite de exposição. PATOLOGIA CLÍNICA: Leucocitose, monocitose, LCR (aumento de proteína, células mononucleadas). ACHADOS HISTOPATOLÓGICOS Microabcessos medula, tronco encefálico e cerebelo. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: ➢ Otite interna – comprometimento do labirinto, ptose auricular; ➢ Abcessos cerebrais do tronco encefálico – necropsia; ➢ Cetose em bovinos – compromete o SNC, cérebro; ➢ Toxemia da prenhez – andar em círculos ➢ Poliencefalomalacia; ➢ Raiva – compromete todo segmento do sistema nervoso. TRATAMENTO: ➢ Penicilina 44000 UI/kg IM – mínimo 7 dias 2x ao dia (a cada 6h); Clínica Médica de Ruminantes ➢ Oxitetraciclina 10-20mg/kg a cada 12h ➢ Gentamicina 3mg/kg 2x ao dia ➢ Amoxicilina 7mg/kg 2x ao dia Tratamento de suporte – ➢ Fluidoterapia. PREVENÇÃO: Evitar oferecer leite contaminado a neonatos; Limpeza das instalações; Cuidado na introdução de novos animais; Silagem de boa qualidade. MENINGITE HIPOPLASIA CEREBELAR Incoordenação, ataxia e andar em círculos.
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