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IMUNIZAÇÕES ● Programa nacional de imunização (PNI) do Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e Associação Brasileira de imunizações (SBIm) ● O ato de vacinar é uma responsabilidade social de proteção coletiva, e sua negativa deve ser considerada como negligencia Princípios gerais para indicação de vacinas ● Ao se indicar um imunobiológico, deve-se conhecer suas características principais - natureza do antígeno imunizante - Presença de adjuvantes - Via de administração - Principal método de produção - Risco de eventos adversos ● Orientações em relação a vacinação: - em vacinação não se deve perder a oportunidade - Em geral, vacina aplicada não necessita ser refeita, desde que documentada, mesmo que se tenha ultrapassado os prazos indicados para as doses subsequentes. Reinicia-se o esquema a partir da interrupção. - Em caso de documentação perdida e não houver possibilidade de recuperação da informação, deve-se reiniciar todo o esquema de vacinação, adaptando-o de acordo com a idade e respeitando-se os intervalos e as vacinas recomendadas Contraindicações gerais: ● Vacinas de vírus atenuados ou de bactérias vivas atenuadas não devem ser administradas nas condições a seguir, salvo sob orientação médica documentada - imunodeficiência congênitas ou adquiridas - Neoplasias malignas - Gestantes (exceto em situação de alto risco para algumas doença, como febre amarela, poliomielite, sarampo) - Uso de corticosteróide em altas doses (equivalente a 2mg/kg/dia ou maior igual a 20mg/dia de prednisona em crianças), por período superior a 15 dias - Terapia imunossupressora (radioterapia, quimioterapia, uso de imunossupressores) ● Deve ser adiada temporariamente: - episódios agudos de doenças com febre (principalmente para evitar confusão entre os eventos adversos de algumas vacinas e a evolução clínica da doença) - Até 30 dias após o término de corticoterapia em dose imunossupressora - Até 90 dias após o uso de outros medicamentos ou tratamentos que provoquem imunossupressão - Até no mínimo 3 meses (variação de acordo com a vacina de 3 a 12 meses) após transplante de células-tronco hematopoiéticas (médula óssea) para vacinas com microrganismos não vivos e 2 anos para vacinas com microrganismos vivos - De 3 a 11 meses após transfusão de plasma fresco ou imunoglobulina, para vacinas com vírus vivos, em razão da possibilidade de neutralização do antígeno vacinal por anticorpos presentes nesses produtos Vacina BCG ● Constituição: - Bacillus de Calmette-Guérin, produzida com bacilos vivos, atenuados e liofilizados de cepa de Mycobacterium bovis, subcepas Moreau-Rio de Janeiro ● Esquema vacinal: - Dose única, a partir do nascimento, o mais precocemente possível. - Administrada por via intradérmica (ID), na dose de 0,1 mL (por convenção, aplica-se na região da inserção inferior do músculo deltóide direito). - Segunda dose recomendada quando, após 6 meses da primeira dose, não se observa cicatriz no local da aplicação. - Em comunicantes domiciliares de hanseníase, independente da forma clínica, uma segunda dose pode ser aplicada com intervalo mínimo de 6 meses após a primeira dose. ● Evolução da lesão vacinal: - O tempo de evolução da lesão é de 6 a 12 semana, embora possa se prolongar por até 24 semanas. - Eventualmente, pode ocorrer recorrência da lesão, mesmo depois de completa cicatrização. - Durante evolução normais da lesão pode haver enfartamento ganglionar único ou múltiplo (axilar, supra ou infraclavicular). Ocorre em cerca de 10% dos vacinados e aparece em torno da 3 e 6 semana após a vacinação. - Gânglio é homolateral a aplicação da vacina, móvel, indolor e mede até 3 cm de diâmetro, não sendo acompanhado de sintomas sistêmicos. - Tende a permanecer por 2 a 3 meses, quando então começa a involuir espontaneamente, sem necessidade de tratamento. ● Contraindicações: - Relativas (temporárias): recém-nascidos com peso maior que 2000g e lesões dermatológicas extensas afetando o local de aplicação da vacina - Absolutas: imunodeficiência congênitas e adquiridas. As crianças com exposição perinatal ao vírus da imunodeficiência humana (HIV) devem receber a vacina ao nascimento, no entanto, aquelas que chegam ao serviço ainda não vacinadas poderão receber BCG se assintomáticas e sem sinais de imunodepressão. Vacina hepatite B ● Constituição: - Antígeno de superfície do vírus da hepatite B (HbsAg), obtido por engenharia genética, purificado e associado ao adjuvante hidróxido de alumínio ● Esquema vacinal: - 1 dose deve ser aplicada nas primeiras 12hrs de vida. - 2 dose indicada com 1 ou 2 meses de idade - 3 dose aos 6 meses - Dose padrão de 0,5mL administrada por via intramuscular (IM), não devendo ser aplicada na região glútea, pois nessa localização se associa com menor imunogenicidade. - No PNI a vacina combinada DTP/Hib/HB (penta) foi incorporada aos 2,4 e 6 meses de vida. Dessa forma, lactentes que fizerem uso dessa vacina recebem 4 doses da vacina hepatite B. - Em clínicas privadas podem manter o esquema de 3 doses: primeira ao nascimento, segunda e terceira doses aos 2 e 6 meses de idade. Nessas duas doses, podem-se utilizar vacinas combinadas acelulares - DTPa/IPV/Hib/HB. - Crianças com peso de nascimento menor ou igual 2000 g ou idade gestacional menor que 33 semanas devem receber, além da dose de vacina ao nascer, mais 3 doses da vacina (total de 4 doses, 0,2,4 e 6 meses). - Recém-nascidos filhos de mães portadoras do virus da hepatite B, é necessária a utilização de imunoglobulina humana específica (IGHB-0,5ml) nas primeiras 12 horas de vida, além da vacina, para prevenção da transmissão vertical. - Crianças maiores de 6 meses e adolescente não vacinados devem receber 3 doses da vacina no esquema 0,1 e 6 meses; 0,2 e 6 meses; ou 0,2 e 4 meses. A vacina combinada A+B (apresentação adulto) pode ser utilizada na primovacinação de crianças de 1 a 15 anos de idade, em duas doses com intervalo de 6 meses. Acima de 16 anos, o esquema deve ser com 3 doses (0,1 e 6 meses) - Circunstâncias excepcionais em que não exista tempo suficiente para completar o esquema padrão de 0,1 e 6 meses, pode ser utilizado um esquema de 3 doses aos 0,7 e 21 dias. Nesses casos uma quarta dose devera ser feita, 12 meses após a primeira dose, para garantir a indução de imunidade em longo prazo. ● Contraindicações: - Reação anafilática previa a qualquer componente da vacina e púrpura trombocitopênica pós-vacinal Vacina oral de poliovírus vivos atenuados (VOP) e vacina injetável de poliovírus inativado (VIP) ● Constituição: - Ambas apresentam na sua composição poliovírus tipos 1,2 e 3. - A partir de 2016, composta por dois poliovírus: tipo 1 e 3, já que o tipo 2 tem sido associado a casos de poliomielite vacinal. ● Esquema vacinal: - Vacinação básica requer 3 doses (2,4 e 6 meses de idade), devendo-se respeitar o intervalo de 60 dias entre as doses e um mínimo de 30 dias. Recomenda-se reforços aos 15 meses e 4 anos de idade, considerando para o reforço o intervalo mínimo de 6 meses após a última dose. - As 3 primeiras doses, aos 2,4 e 6 meses devem ser feitas obrigatoriamente com a VIP. Nessa fase de transição da VOP para a VIP, é aceitável o esquema atual recomendado pelo PNI, que oferece 3 doses iniciais de VIP (2,4 e 6 meses), seguidas de 2 doses de VOP (15 meses e 4 anos). - Crianças podem receber doses adicionais de VOP nas campanhas nacionais, desde que já tenham recebido pelo menos 3 doses de VIP anteriormente. ● Contraindicações: - VIP: nos casos de reação alérgica grave prévia aos produtos contidos na vacina - VOP: não devem ser administrada em imunodeprimidas e seus comunicantes e em indivíduos que desenvolveram pólio vacinal associada a dose anterior da vacina. O vírus da VOP podem sofrer mutações em nível intestinal, revertendo-se ao estado de neurovirulência, podendo provocar poliomielite (poliomielite paralítica pelo vírus da vacina - VAPP). Os vírus mutantes que não forem completamente eliminados pelo intestino continuam circulando na comunidade,aumentando seu grau de virulência - poliovírus circulante derivado da vacina cVDPV) Vacina rotavírus ● Constituição: - Monovalente composta pela cepa humana atenuada (RIX4414) do sorotipo G1P1A do rotavírus, disponível na rede pública de saúde, que, apesar de expressar apenas uma cepa, o compartilhamento de alguns epitopos protetores comuns a outras cepas propicia a possibilidade de proteção cruzada contra outros sorotipos do vírus não G1 (G2, G3, G4 e G9) - Pentavalente, humano-bovina, tipos G1G2G3G4P1A, disponível somente na rede privada ● Esquema vacinal: - Monovalente incluída no PNI é indicada em 2 doses, segundo os limites de faixa etária: primeira dose aos 2 meses (limites de 1 mês e 15 dias até no máximo 3 meses e 15 dias) e segunda dose aos 4 meses (limites de 3 meses e 15 dias ate no máximo 7 meses e 29 dias) - A vacina pentavalente, disponível na rede privada, é indicada em 3 doses, aos 2,4 e 6 meses. A primeira dose deve ser administrada no máximo até 3 meses e 15 dias, e a terceira dose deve ser administrada até no máximo 7 meses e 29 dias. O intervalo mínimo é de 4 semanas entre as doses. Caso a criança regurgitar, cuspir ou vomitar durante a administração da vacina ou depois dela, a dose não deve ser repetida. Recomenda-se completar o esquema da vacina do mesmo laboratório produtor. ● Contraindicações: - Imunodeficiência congênitas e adquiridas (as crianças expostas ao HIV no período perinatal e as infectadas assintomáticas e sem sinais de imunossupressão devem receber a vacina), alergia alguma componente da vacina, doença gastrointestinal crônica do trato digestivo ou história prévia de invaginação intestinal. - A vacina deve ser adiada nos casos de doença febril aguda e em caso de vômitos e ou diarreia grave Vacina difteria, tétano e pertusis de células inteiras (DTP), acelular tipo infantil (DTPa) e adulto (dTpa) e vacina difteria e tétano tipo infantil (DT) e adulto (dT) ● Constituição: - Vacina combinada composta por toxóides diftérico e tetânico. - O componente pertussis está disponivel em um com a bactéria bordetella pertussis inteira em suspensão celular inativada, por isso denominada de pertussis de células inteiras, e outro constituído por componentes antigênico da bactéria, cuja composição depende do fabricante (toxina pertussis, pertactina, hemaglutinina filamentosa ou proteínas fímbrias), designada de pertussis acelular. - As vacinas do tipo adulto contém menos quantidade de toxóide diftérico e cerca de ⅓ da quantidade de antígenos da B. Pertussis das do tipo infantil, com objetivo de minimizar os riscos de eventos adversos. - Combinações de vacinas de difteria, tétano e pertussis: DTP, DTPa, dTpa, DT e dT ● Esquema vacinal: - Vacinação básica requer 3 doses (2,4 e 6 meses de idade), devendo-se respeitar o intervalo mínimo de 30 dias entre uma dose e a seguinte. - O PNI utiliza, no 1 ano de vida, a vacina DTP combinada com a hepatite B e Hib (vacina penta). Primeiro reforço é dado de 6 a 12 meses após a terceira dose da imunização básica. - No MS o reforço é recomendado aos 15 meses e o segundo reforço aos 4 anos de idade e entre 4 e 6 anos pela SBP. - A idade máxima para administração da vacina DTP é de 6 anos 11meses e 29 dias - Quando possível, utilizar-se a DTPa em suas diferentes combinações, pela menor reatogenicidade. - A vacina dT é indicada para os reforços a cada 10 anos, sendo que a SBP recomenda que o primeiro reforço deve ser realizado preferencialmente com dTpa, pois esta vacina apresenta proteção adicional para coqueluche. - Se o adolescente nunca tiver sido vacinado ou desconhecer seu estado vacinal, um esquema de 3 doses deve ser indicado, sendo que a primeira dose pode ser com dTpa e as demais com dT. Salienta-se que a dTpa está disponível somente na rede privada. Orienta-se que as duas primeiras doses devem ter um intervalo de 2 me- ses (no mínimo de 4 semanas), e a terceira dose 6 meses após a segunda. Como opção, pode ser aplicada em 3 doses com intervalo de 2 meses entre elas (intervalo mínimo de 4 semanas). - A dTpa é recomendada para gestante com o o objetivo de proteger recém-nascido e lactentes nos primeiros meses de vida, enquanto não tiverem recebido as primeiras doses da DTP ou DTPa. - O sangue de cordão de recém-nascidos de mães vacinadas tem concentrações de anticorpos mais altas do que aqueles de mães não vacinadas e a meia-vida desses anticorpos é de 6 semanas. - Para otimizar a concentração de anticorpos transferidos ao concepto, as mulheres devem receber a vacina a partir de 20 semanas de gestação, independentemente do número de doses prévias de dT ou se a mulher recebeu dTpa em outras gestações. O PNI disponibiliza a vacina para gestantes e profissionais de saúde que atendam recém-nascidos nas maternidades e berçários/UTI neonatais. - As reações locais ou sistêmicas são comuns com a vacina DTP (células inteiras). Edema temporário, aumento da sensibilidade e eritema (vermelhidão) no local da injeção em conjunto com febre ocorrem em uma grande proporção de casos. - Ocasionalmente, as reações sistêmicas de febre alta, irritabilidade e choro persistente podem aparecer dentro de 24 horas da administração da vacina. - As situações de eventos adversos graves (EAG) devem ser notificadas, e a criança deve continuar seu esquema de vacinação com a vacina DTPa (acelular). - Nos casos de encefalopatia, está contraindicada qualquer dose subsequente, seja com a vacina tríplice bacteriana de células inteiras ou acelular. Nessas situações, completa-se o esquema vacinal com a vacina dupla infantil (DT). Vacina Haemophilus influenzae tipo B (Hib) conjugada ● Constituição: - Polirribosilfosfato (PRP polissacaríde capsular) purificado do Hib, conjugado a uma proteína - 4 tipos de acordo com a proteína conjugada: PRP-OMP (proteína meningocócica da membrana externa), PRP-CRM (proteína diftérica mutante), PRP-T (proteína tetânica) e PRP-D (toxóide diftérico) ● Esquema vacinal: - 3 doses administradas aos 2,4 e 6 meses de idade e um reforço aos 15 meses. - Se for iniciada no 2 semestre de vida, são recomendadas apenas 2 doses da vacina e um reforço entre 6 e 12 meses após a última dose. - Caso seja iniciado após 12 meses, o esquema vacinal prevê apenas 1 dose. - A SBP recomenda que quando forem utilizadas vacinas combinadas acelulares (DTPa/Hib, DTPa/Hib/VIP, DTPa/Hib/VIP/hepatite B, etc.), mesmo que apenas em uma das doses, uma quarta dose da Hib deve ser aplicada aos 15 meses de vida. Essa quarta dose contribui para diminuir o risco de ressurgimento das doenças invasivas causadas pelo Hib em longo prazo - No calendário do MS, a vacina conjugada é administradas em combinação com DTP e hepatite B (vacina penta), aos 2,4 e 6 meses de idade, não contemplando dose de reforço. ● Contraindicações: doenças febris agudas, hipersensibilidade aos componentes vacinais Vacina pneumocócica conjugada ● Constituição: - vacina contra pneumococo conjugada 10-valente, que contém os sorotipos 1,4,5,6B,7F,9V,14,18C,19F e 23F e que faz parte do calendário do PNI - Vacina conjugada 13-valente que, além dos sorotipos da 10-valente, contém mais três sorotipos adicionais, 3 16A e 19A. Disponível apenas na rede privada ● Esquema vacinal: - Indicada a todas as crianças até 5 anos de idade. - Recomenda-se 3 doses no 1 ano de vida (2,4,6 meses) e uma dose de reforço entre 12 e 15 meses. - Crianças saudáveis que fizeram as 4 primeiras doses com a vacina pneumocócica conjugada 7 ou 10-valente podem receber uma dose adicional com a vacina 13-valente até os 5 anos de idade. - MS reduziu em 2016 para 2 doses o esquema da vacina pneumocócica 10-valente, administradas aos 2 e 4 meses, seguida de um reforço, preferencialmente aos 12 meses, podendo ser aplicada até os 4 anos e 11 meses de idade. - Crianças e adolescentes com risco aumentado para doença pneumocócica invasiva (DPI), entre 2 e 18 anos de idade, devem receber uma dose adicional com a vacina 13-valente. Recomenda-se a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente que deve ser aplicadaapós intervalo mínimo de 2 meses da vacina pneumocócica conjugada, mesmo que tenham recebido a vacina pneumocócica conjugada anteriormente. Uma única dose de revacinação com a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente deve ser administrada 5 anos após a primeira dose. ● Contraindicações: reações anafiláticas com doses anteriores Vacina meningocócica C conjugada e vacina meningocócica ACWY conjugada ● Constituição: Polissacarídeos dos sorotipos A,C,W,Y conjugados com a toxina mutante diftérica (MCC-CRM) ou com toxóide tetânico (MCC-TT) ● Esquema vacinal: - Uso rotineiro de vacina meningocócica conjugada para lactentes maiores de 2 meses de idade, crianças e adolescentes. - Brasil: Meningocócica C conjugada e vacina meningocócica ACWY conjugada a CRM a partir dos 2 meses de idade e a vacina meningocócica ACWY conjugada ao TT a partir de 1 ano de idade. No primeiro ano de vida são recomendadas 2 doses da vacina meningocócica C ou ACWY conjugada, aos 3 e 5 meses. SBP recomenda utilizar preferencialmente a vacina meningocócica ACWY conjugada pelo maior espectro de proteção, inclusive para os reforços de crianças previamente vacinadas com a meningocócica C. - Crianças com esquema vacinal completo com a vacina meningocócica C podem se beneficiar com uma dose da meningocócica ACWY a qualquer momento, respeitando-se o intervalo mínimo de 1 mês entre as doses. - A dose de reforço, entre 12 e 15 meses de idade, pode ser feita com a vacina meningocócica C conjugada ou preferencialmente com a vacina meningocócica ACWY conjugada, assim como as doses entre 5 e 6 anos de idade e aos 11 anos. - MS incluiu a recomendação da vacina meningocócica C conjugada para crianças entre 2 e 4 anos de idade, que não tenham recebido o reforço, ou que tenham perdido a oportunidade de se vacinar anteriormente - Segundo reforço de vacina ou dose única entre 12 e 13 anos de idade, para aqueles não vacinados previamente ● Contraindicações especificas: reações anafiláticas com doses anteriores Vacina meningocócica B recombinante ● Constituição: proteinas recombinantes NHBA, NadA e vesículas de membrana externa (OMB) de Neisseria meningitidis grupo B ● Esquema vacinal: - Lactentes a partir de 2 meses de idade, crianças e adolescentes. Lactentes que iniciam a vacinação entre 2 e 5 meses, são indicadas 3 doses com a primeira dose a partir dos 2 meses e com pelo menos 2 meses de intervalo entre elas, e 1 dose de reforço entre 12 e 23 meses de idade. - Os que iniciam a vacinação entre 6 e 11 meses, 2 doses da vacina são recomendadas, com 2 meses de intervalo entre elas e 1 dose de reforço no 2 ano de vida - Crianças que iniciam vacinação entre 1 e 10 anos de idade, são indicadas 2 doses, com pelo menos 2 meses de intervalo entre elas. - Adolescentes e adultos, são indicadas 2 doses com pelo menos 1 mês de intervalo. Vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola - SCR), vacina tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela - SCRV) e vacina varicela ● Constituição: combinação de vírus vivos e atenuados de sarampo, caxumba, rubéola e varicela. Dispõe-se de vacina contra varicela isolada ● Esquema vacinal: - 12 meses, na mesma visita, primeira dose das vacinas tríplice viral (SCR) e varicela, em administrações separadas, ou com a vacina tetra viral (SCRV). - 15 meses, segunda dose, preferencialmente com a vacina SCRV, com intervalo mínimo de 3 meses da última dose de varicela e SCR ou SCRV. - Em situações de risco é possível vacinar crianças imunocompetente de 6 a 12 meses de idade com a primeira dose da vacina SCR ou com a vacina monovalente contra varicela de 9 a 12 meses. A dose aplicada antes dos 12 meses de idade não será considerada como válida e a aplicação de mais 2 doses após 1 ano de idade será necessária. - Sugere-se aplicação de 2 dose da vacina varicela. Crianças que receberam apenas 1 dose e apresentem contato com a doença, deve antecipar a segunda dose respeitando o intervalo mínimo de 1 mês entre as doses. Pode ser indicada na profilaxia pós-exposição dentro de 5 dias após o contato, preferencialmente nas primeiras 72 horas. - MS recomenda que a primeira dose aos 12 meses seja feita com a vacina SCR e a segunda dose aos 15 meses de idade com a vacina SCRV ● Contraindicações: - Uso de sangue e derivados ou imunoglobulina anterior ou nos 15 dias seguintes a aplicação da vacina, gravidez, reação anafilática a neomicina e gelatina, doenças imunossupressoras, como leucemia e linfomas, corticoterapia em altas doses ou outras drogas utilizadas na terapêutica de neoplasias, imunodeficiência celular congênita ou adquirida exceto crianças infectadas pelo HIV assintométicas e com percentual de linfócitos T CD4 maior que 15%). Alergia a ovo. Vacina febre amarela ● Constituição: vírus vivo e atenuado ● Esquema vacinal: - Residentes ou viajantes para as áreas com recomendações da vacina (10 dias antes da viagem): Norte e centro-oeste, MG, Maranhão, Piauí, BH, SP, PR, SC e RS e países em situação epidemiológica de risco - MS: 2 doses aos 9 meses e aos 4 anos de idade, sem necessidade de doses de reforço. Em situações excepcionais a vacina pode ser administrada aos 6 meses de idade, com reforço aos 4 anos, também sem necessidade de doses adicionais - OMS: 1 dose sem necessidade de reforço a cada 10 anos. - Mulheres lactentes inadvertidamente vacinadas, o aleitamento deve ser suspenso por 28 dias após a vacinação e no mínimo 15 dias - Não deve ser administrada no mesmo dia que a tríplice ou tetra viral, intervalo de 30 dias ● Contraindicações: imunodeficiência congênitas ou adquiridas, situações que levem a imunossupressão, reações anafiláticas a ovo e gravidez Vacina hepatite A ● Constituição: vírus inativado ● Esquema vacinal: - A partir dos 12 meses de idade em 2 doses, com intervalo de 6 meses entre elas. - MS: dose única no calendário aos 15 meses de idade, podendo ser aplicada entre 15 e 23 meses. PNI ira monitorar a situação epidemiológica da hepatite A, visando definir a inclusão ou não no calendário de uma segunda dose desta vacina ● Contraindicações: hipersensibilidade aos componentes da vacina Vacina influenza: ● Constituição: vírus inativado e fragmentado (split) ● Esquema vacinal: - Todas as crianças a partir dos 6 meses de idade. A primovacinação de crianças com idade inferior a 9 anos deve ser feita com 2 doses, com intervalo de 1 mês entre elas. - Dose para crianças com idade entre 6 e 35 meses é de 0,25 mL e, depois dos 3 anos de idade, é de 0,5 mL por dose. - Deve ser feita anualmente, antes do período de maior prevalência da gripe. MS disponibiliza durante campanha para crianças entre 6 meses e 5 anos. Após 5 anos, apenas para pertencentes de grupos de risco - SBP orienta vacinas quadrivalente. ● Contraindicações: reações anafiláticas a componentes da vacina, incluindo proteínas do ovo. Vacina papilomavírus humano (HPV): ● Constituição: partículas semelhantes ao vírus HPV (vírus-like particle - VLP) inativadas. ● Esquema vacinal: - Vacina com os VLP dos tipos 16 e 18 indicada para meninas maiores de 9 anos de idade, adolescentes e mulheres, em 3 doses. Segunda dose 1 mês após a primeira e terceira dose, 6 meses após a primeira. - Vacina com os VLP dos tipos 6,11,16 e 18 indicada para meninas e mulheres de 9 a 45 anos de idade e meninos e homens de 9 a 26 anos, em 3 doses, sendo que a segunda dose deve ser feita 2 meses após a primeira e a terceira dose 6 meses após a primeira. (PNI) - PNI: duas doses (0 e 6 meses). Liberada para aplicação em meninas entre 9 e 14 anos e meninos de 12 a 13 anos. Meninas e mulheres infectadas com hiv com idade entre 9 e 26 anos, no esquema de 3 doses (0,2 e 6 meses) - PNI esquema de vacinação estendido: 0, 6 e 60 meses com quadrivalente ● Contraindicações: hipersensibilidade aos componentes da vacina. Não indicada em gestantes, se a menina engravidar as doses subsequentes deverão ser adiadas para período pós parto. Durante a gravidez, acompanhamento pré-natal.
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