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Imunizações

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IMUNIZAÇÕES
● Programa nacional de imunização (PNI) do Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira de
Pediatria (SBP) e Associação Brasileira de imunizações (SBIm)
● O ato de vacinar é uma responsabilidade social de proteção coletiva, e sua negativa deve ser
considerada como negligencia
Princípios gerais para indicação de vacinas
● Ao se indicar um imunobiológico, deve-se conhecer suas características principais
- natureza do antígeno imunizante
- Presença de adjuvantes
- Via de administração
- Principal método de produção
- Risco de eventos adversos
● Orientações em relação a vacinação:
- em vacinação não se deve perder a oportunidade
- Em geral, vacina aplicada não necessita ser refeita, desde que documentada, mesmo
que se tenha ultrapassado os prazos indicados para as doses subsequentes. Reinicia-se
o esquema a partir da interrupção.
- Em caso de documentação perdida e não houver possibilidade de recuperação da
informação, deve-se reiniciar todo o esquema de vacinação, adaptando-o de acordo
com a idade e respeitando-se os intervalos e as vacinas recomendadas
Contraindicações gerais:
● Vacinas de vírus atenuados ou de bactérias vivas atenuadas não devem ser administradas nas
condições a seguir, salvo sob orientação médica documentada
- imunodeficiência congênitas ou adquiridas
- Neoplasias malignas
- Gestantes (exceto em situação de alto risco para algumas doença, como febre
amarela, poliomielite, sarampo)
- Uso de corticosteróide em altas doses (equivalente a 2mg/kg/dia ou maior igual a
20mg/dia de prednisona em crianças), por período superior a 15 dias
- Terapia imunossupressora (radioterapia, quimioterapia, uso de imunossupressores)
● Deve ser adiada temporariamente:
- episódios agudos de doenças com febre (principalmente para evitar confusão entre os
eventos adversos de algumas vacinas e a evolução clínica da doença)
- Até 30 dias após o término de corticoterapia em dose imunossupressora
- Até 90 dias após o uso de outros medicamentos ou tratamentos que provoquem
imunossupressão
- Até no mínimo 3 meses (variação de acordo com a vacina de 3 a 12 meses) após
transplante de células-tronco hematopoiéticas (médula óssea) para vacinas com
microrganismos não vivos e 2 anos para vacinas com microrganismos vivos
- De 3 a 11 meses após transfusão de plasma fresco ou imunoglobulina, para vacinas
com vírus vivos, em razão da possibilidade de neutralização do antígeno vacinal por
anticorpos presentes nesses produtos
Vacina BCG
● Constituição:
- Bacillus de Calmette-Guérin, produzida com bacilos vivos, atenuados e liofilizados
de cepa de Mycobacterium bovis, subcepas Moreau-Rio de Janeiro
● Esquema vacinal:
- Dose única, a partir do nascimento, o mais precocemente possível.
- Administrada por via intradérmica (ID), na dose de 0,1 mL (por convenção, aplica-se
na região da inserção inferior do músculo deltóide direito).
- Segunda dose recomendada quando, após 6 meses da primeira dose, não se observa
cicatriz no local da aplicação.
- Em comunicantes domiciliares de hanseníase, independente da forma clínica, uma
segunda dose pode ser aplicada com intervalo mínimo de 6 meses após a primeira
dose.
● Evolução da lesão vacinal:
- O tempo de evolução da lesão é de 6 a 12 semana, embora possa se prolongar por até
24 semanas.
- Eventualmente, pode ocorrer recorrência da lesão, mesmo depois de completa
cicatrização.
- Durante evolução normais da lesão pode haver enfartamento ganglionar único ou
múltiplo (axilar, supra ou infraclavicular). Ocorre em cerca de 10% dos vacinados e
aparece em torno da 3 e 6 semana após a vacinação.
- Gânglio é homolateral a aplicação da vacina, móvel, indolor e mede até 3 cm de
diâmetro, não sendo acompanhado de sintomas sistêmicos.
- Tende a permanecer por 2 a 3 meses, quando então começa a involuir
espontaneamente, sem necessidade de tratamento.
● Contraindicações:
- Relativas (temporárias): recém-nascidos com peso maior que 2000g e lesões
dermatológicas extensas afetando o local de aplicação da vacina
- Absolutas: imunodeficiência congênitas e adquiridas. As crianças com exposição
perinatal ao vírus da imunodeficiência humana (HIV) devem receber a vacina ao
nascimento, no entanto, aquelas que chegam ao serviço ainda não vacinadas poderão
receber BCG se assintomáticas e sem sinais de imunodepressão.
Vacina hepatite B
● Constituição:
- Antígeno de superfície do vírus da hepatite B (HbsAg), obtido por engenharia
genética, purificado e associado ao adjuvante hidróxido de alumínio
● Esquema vacinal:
- 1 dose deve ser aplicada nas primeiras 12hrs de vida.
- 2 dose indicada com 1 ou 2 meses de idade
- 3 dose aos 6 meses
- Dose padrão de 0,5mL administrada por via intramuscular (IM), não devendo ser
aplicada na região glútea, pois nessa localização se associa com menor
imunogenicidade.
- No PNI a vacina combinada DTP/Hib/HB (penta) foi incorporada aos 2,4 e 6 meses
de vida. Dessa forma, lactentes que fizerem uso dessa vacina recebem 4 doses da
vacina hepatite B.
- Em clínicas privadas podem manter o esquema de 3 doses: primeira ao nascimento,
segunda e terceira doses aos 2 e 6 meses de idade. Nessas duas doses, podem-se
utilizar vacinas combinadas acelulares - DTPa/IPV/Hib/HB.
- Crianças com peso de nascimento menor ou igual 2000 g ou idade gestacional menor
que 33 semanas devem receber, além da dose de vacina ao nascer, mais 3 doses da
vacina (total de 4 doses, 0,2,4 e 6 meses).
- Recém-nascidos filhos de mães portadoras do virus da hepatite B, é necessária a
utilização de imunoglobulina humana específica (IGHB-0,5ml) nas primeiras 12
horas de vida, além da vacina, para prevenção da transmissão vertical.
- Crianças maiores de 6 meses e adolescente não vacinados devem receber 3 doses da
vacina no esquema 0,1 e 6 meses; 0,2 e 6 meses; ou 0,2 e 4 meses. A vacina
combinada A+B (apresentação adulto) pode ser utilizada na primovacinação de
crianças de 1 a 15 anos de idade, em duas doses com intervalo de 6 meses. Acima de
16 anos, o esquema deve ser com 3 doses (0,1 e 6 meses)
- Circunstâncias excepcionais em que não exista tempo suficiente para completar o
esquema padrão de 0,1 e 6 meses, pode ser utilizado um esquema de 3 doses aos 0,7 e
21 dias. Nesses casos uma quarta dose devera ser feita, 12 meses após a primeira
dose, para garantir a indução de imunidade em longo prazo.
● Contraindicações:
- Reação anafilática previa a qualquer componente da vacina e púrpura
trombocitopênica pós-vacinal
Vacina oral de poliovírus vivos atenuados (VOP) e vacina injetável de poliovírus inativado (VIP)
● Constituição:
- Ambas apresentam na sua composição poliovírus tipos 1,2 e 3.
- A partir de 2016, composta por dois poliovírus: tipo 1 e 3, já que o tipo 2 tem sido
associado a casos de poliomielite vacinal.
● Esquema vacinal:
- Vacinação básica requer 3 doses (2,4 e 6 meses de idade), devendo-se respeitar o
intervalo de 60 dias entre as doses e um mínimo de 30 dias. Recomenda-se reforços
aos 15 meses e 4 anos de idade, considerando para o reforço o intervalo mínimo de 6
meses após a última dose.
- As 3 primeiras doses, aos 2,4 e 6 meses devem ser feitas obrigatoriamente com a VIP.
Nessa fase de transição da VOP para a VIP, é aceitável o esquema atual recomendado
pelo PNI, que oferece 3 doses iniciais de VIP (2,4 e 6 meses), seguidas de 2 doses de
VOP (15 meses e 4 anos).
- Crianças podem receber doses adicionais de VOP nas campanhas nacionais, desde
que já tenham recebido pelo menos 3 doses de VIP anteriormente.
● Contraindicações:
- VIP: nos casos de reação alérgica grave prévia aos produtos contidos na vacina
- VOP: não devem ser administrada em imunodeprimidas e seus comunicantes e em
indivíduos que desenvolveram pólio vacinal associada a dose anterior da vacina. O
vírus da VOP podem sofrer mutações em nível intestinal, revertendo-se ao estado de
neurovirulência, podendo provocar poliomielite (poliomielite paralítica pelo vírus da
vacina - VAPP). Os vírus mutantes que não forem completamente eliminados pelo
intestino continuam circulando na comunidade,aumentando seu grau de virulência -
poliovírus circulante derivado da vacina cVDPV)
Vacina rotavírus
● Constituição:
- Monovalente composta pela cepa humana atenuada (RIX4414) do sorotipo G1P1A do
rotavírus, disponível na rede pública de saúde, que, apesar de expressar apenas uma
cepa, o compartilhamento de alguns epitopos protetores comuns a outras cepas
propicia a possibilidade de proteção cruzada contra outros sorotipos do vírus não G1
(G2, G3, G4 e G9)
- Pentavalente, humano-bovina, tipos G1G2G3G4P1A, disponível somente na rede
privada
● Esquema vacinal:
- Monovalente incluída no PNI é indicada em 2 doses, segundo os limites de faixa
etária: primeira dose aos 2 meses (limites de 1 mês e 15 dias até no máximo 3 meses e
15 dias) e segunda dose aos 4 meses (limites de 3 meses e 15 dias ate no máximo 7
meses e 29 dias)
- A vacina pentavalente, disponível na rede privada, é indicada em 3 doses, aos 2,4 e 6
meses. A primeira dose deve ser administrada no máximo até 3 meses e 15 dias, e a
terceira dose deve ser administrada até no máximo 7 meses e 29 dias. O intervalo
mínimo é de 4 semanas entre as doses. Caso a criança regurgitar, cuspir ou vomitar
durante a administração da vacina ou depois dela, a dose não deve ser repetida.
Recomenda-se completar o esquema da vacina do mesmo laboratório produtor.
● Contraindicações:
- Imunodeficiência congênitas e adquiridas (as crianças expostas ao HIV no período
perinatal e as infectadas assintomáticas e sem sinais de imunossupressão devem
receber a vacina), alergia alguma componente da vacina, doença gastrointestinal
crônica do trato digestivo ou história prévia de invaginação intestinal.
- A vacina deve ser adiada nos casos de doença febril aguda e em caso de vômitos e ou
diarreia grave
Vacina difteria, tétano e pertusis de células inteiras (DTP), acelular tipo infantil (DTPa) e adulto
(dTpa) e vacina difteria e tétano tipo infantil (DT) e adulto (dT)
● Constituição:
- Vacina combinada composta por toxóides diftérico e tetânico.
- O componente pertussis está disponivel em um com a bactéria bordetella pertussis
inteira em suspensão celular inativada, por isso denominada de pertussis de células
inteiras, e outro constituído por componentes antigênico da bactéria, cuja composição
depende do fabricante (toxina pertussis, pertactina, hemaglutinina filamentosa ou
proteínas fímbrias), designada de pertussis acelular.
- As vacinas do tipo adulto contém menos quantidade de toxóide diftérico e cerca de ⅓
da quantidade de antígenos da B. Pertussis das do tipo infantil, com objetivo de
minimizar os riscos de eventos adversos.
- Combinações de vacinas de difteria, tétano e pertussis: DTP, DTPa, dTpa, DT e dT
● Esquema vacinal:
- Vacinação básica requer 3 doses (2,4 e 6 meses de idade), devendo-se respeitar o
intervalo mínimo de 30 dias entre uma dose e a seguinte.
- O PNI utiliza, no 1 ano de vida, a vacina DTP combinada com a hepatite B e Hib
(vacina penta). Primeiro reforço é dado de 6 a 12 meses após a terceira dose da
imunização básica.
- No MS o reforço é recomendado aos 15 meses e o segundo reforço aos 4 anos de
idade e entre 4 e 6 anos pela SBP.
- A idade máxima para administração da vacina DTP é de 6 anos 11meses e 29 dias
- Quando possível, utilizar-se a DTPa em suas diferentes combinações, pela menor
reatogenicidade.
- A vacina dT é indicada para os reforços a cada 10 anos, sendo que a SBP recomenda
que o primeiro reforço deve ser realizado preferencialmente com dTpa, pois esta
vacina apresenta proteção adicional para coqueluche.
- Se o adolescente nunca tiver sido vacinado ou desconhecer seu estado vacinal, um
esquema de 3 doses deve ser indicado, sendo que a primeira dose pode ser com dTpa
e as demais com dT. Salienta-se que a dTpa está disponível somente na rede privada.
Orienta-se que as duas primeiras doses devem ter um intervalo de 2 me- ses (no
mínimo de 4 semanas), e a terceira dose 6 meses após a segunda. Como opção, pode
ser aplicada em 3 doses com intervalo de 2 meses entre elas (intervalo mínimo de 4
semanas).
- A dTpa é recomendada para gestante com o o objetivo de proteger recém-nascido e
lactentes nos primeiros meses de vida, enquanto não tiverem recebido as primeiras
doses da DTP ou DTPa.
- O sangue de cordão de recém-nascidos de mães vacinadas tem concentrações de
anticorpos mais altas do que aqueles de mães não vacinadas e a meia-vida desses
anticorpos é de 6 semanas.
- Para otimizar a concentração de anticorpos transferidos ao concepto, as mulheres
devem receber a vacina a partir de 20 semanas de gestação, independentemente do
número de doses prévias de dT ou se a mulher recebeu dTpa em outras gestações. O
PNI disponibiliza a vacina para gestantes e profissionais de saúde que atendam
recém-nascidos nas maternidades e berçários/UTI neonatais.
- As reações locais ou sistêmicas são comuns com a vacina DTP (células inteiras).
Edema temporário, aumento da sensibilidade e eritema (vermelhidão) no local da
injeção em conjunto com febre ocorrem em uma grande proporção de casos.
- Ocasionalmente, as reações sistêmicas de febre alta, irritabilidade e choro persistente
podem aparecer dentro de 24 horas da administração da vacina.
- As situações de eventos adversos graves (EAG) devem ser notificadas, e a criança
deve continuar seu esquema de vacinação com a vacina DTPa (acelular).
- Nos casos de encefalopatia, está contraindicada qualquer dose subsequente, seja com
a vacina tríplice bacteriana de células inteiras ou acelular. Nessas situações,
completa-se o esquema vacinal com a vacina dupla infantil (DT).
Vacina Haemophilus influenzae tipo B (Hib) conjugada
● Constituição:
- Polirribosilfosfato (PRP polissacaríde capsular) purificado do Hib, conjugado a uma
proteína
- 4 tipos de acordo com a proteína conjugada: PRP-OMP (proteína meningocócica da
membrana externa), PRP-CRM (proteína diftérica mutante), PRP-T (proteína
tetânica) e PRP-D (toxóide diftérico)
● Esquema vacinal:
- 3 doses administradas aos 2,4 e 6 meses de idade e um reforço aos 15 meses.
- Se for iniciada no 2 semestre de vida, são recomendadas apenas 2 doses da vacina e
um reforço entre 6 e 12 meses após a última dose.
- Caso seja iniciado após 12 meses, o esquema vacinal prevê apenas 1 dose.
- A SBP recomenda que quando forem utilizadas vacinas combinadas acelulares
(DTPa/Hib, DTPa/Hib/VIP, DTPa/Hib/VIP/hepatite B, etc.), mesmo que apenas em
uma das doses, uma quarta dose da Hib deve ser aplicada aos 15 meses de vida. Essa
quarta dose contribui para diminuir o risco de ressurgimento das doenças invasivas
causadas pelo Hib em longo prazo
- No calendário do MS, a vacina conjugada é administradas em combinação com DTP
e hepatite B (vacina penta), aos 2,4 e 6 meses de idade, não contemplando dose de
reforço.
● Contraindicações: doenças febris agudas, hipersensibilidade aos componentes vacinais
Vacina pneumocócica conjugada
● Constituição:
- vacina contra pneumococo conjugada 10-valente, que contém os sorotipos
1,4,5,6B,7F,9V,14,18C,19F e 23F e que faz parte do calendário do PNI
- Vacina conjugada 13-valente que, além dos sorotipos da 10-valente, contém mais três
sorotipos adicionais, 3 16A e 19A. Disponível apenas na rede privada
● Esquema vacinal:
- Indicada a todas as crianças até 5 anos de idade.
- Recomenda-se 3 doses no 1 ano de vida (2,4,6 meses) e uma dose de reforço entre 12
e 15 meses.
- Crianças saudáveis que fizeram as 4 primeiras doses com a vacina pneumocócica
conjugada 7 ou 10-valente podem receber uma dose adicional com a vacina
13-valente até os 5 anos de idade.
- MS reduziu em 2016 para 2 doses o esquema da vacina pneumocócica 10-valente,
administradas aos 2 e 4 meses, seguida de um reforço, preferencialmente aos 12
meses, podendo ser aplicada até os 4 anos e 11 meses de idade.
- Crianças e adolescentes com risco aumentado para doença pneumocócica invasiva
(DPI), entre 2 e 18 anos de idade, devem receber uma dose adicional com a vacina
13-valente. Recomenda-se a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente que
deve ser aplicadaapós intervalo mínimo de 2 meses da vacina pneumocócica
conjugada, mesmo que tenham recebido a vacina pneumocócica conjugada
anteriormente. Uma única dose de revacinação com a vacina pneumocócica
polissacarídica 23-valente deve ser administrada 5 anos após a primeira dose.
● Contraindicações: reações anafiláticas com doses anteriores
Vacina meningocócica C conjugada e vacina meningocócica ACWY conjugada
● Constituição: Polissacarídeos dos sorotipos A,C,W,Y conjugados com a toxina mutante
diftérica (MCC-CRM) ou com toxóide tetânico (MCC-TT)
● Esquema vacinal:
- Uso rotineiro de vacina meningocócica conjugada para lactentes maiores de 2 meses
de idade, crianças e adolescentes.
- Brasil: Meningocócica C conjugada e vacina meningocócica ACWY conjugada a
CRM a partir dos 2 meses de idade e a vacina meningocócica ACWY conjugada ao
TT a partir de 1 ano de idade. No primeiro ano de vida são recomendadas 2 doses da
vacina meningocócica C ou ACWY conjugada, aos 3 e 5 meses. SBP recomenda
utilizar preferencialmente a vacina meningocócica ACWY conjugada pelo maior
espectro de proteção, inclusive para os reforços de crianças previamente vacinadas
com a meningocócica C.
- Crianças com esquema vacinal completo com a vacina meningocócica C podem se
beneficiar com uma dose da meningocócica ACWY a qualquer momento,
respeitando-se o intervalo mínimo de 1 mês entre as doses.
- A dose de reforço, entre 12 e 15 meses de idade, pode ser feita com a vacina
meningocócica C conjugada ou preferencialmente com a vacina meningocócica
ACWY conjugada, assim como as doses entre 5 e 6 anos de idade e aos 11 anos.
- MS incluiu a recomendação da vacina meningocócica C conjugada para crianças
entre 2 e 4 anos de idade, que não tenham recebido o reforço, ou que tenham perdido
a oportunidade de se vacinar anteriormente
- Segundo reforço de vacina ou dose única entre 12 e 13 anos de idade, para aqueles
não vacinados previamente
● Contraindicações especificas: reações anafiláticas com doses anteriores
Vacina meningocócica B recombinante
● Constituição: proteinas recombinantes NHBA, NadA e vesículas de membrana externa
(OMB) de Neisseria meningitidis grupo B
● Esquema vacinal:
- Lactentes a partir de 2 meses de idade, crianças e adolescentes. Lactentes que iniciam
a vacinação entre 2 e 5 meses, são indicadas 3 doses com a primeira dose a partir dos
2 meses e com pelo menos 2 meses de intervalo entre elas, e 1 dose de reforço entre
12 e 23 meses de idade.
- Os que iniciam a vacinação entre 6 e 11 meses, 2 doses da vacina são recomendadas,
com 2 meses de intervalo entre elas e 1 dose de reforço no 2 ano de vida
- Crianças que iniciam vacinação entre 1 e 10 anos de idade, são indicadas 2 doses,
com pelo menos 2 meses de intervalo entre elas.
- Adolescentes e adultos, são indicadas 2 doses com pelo menos 1 mês de intervalo.
Vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola - SCR), vacina tetra viral (sarampo,
caxumba, rubéola e varicela - SCRV) e vacina varicela
● Constituição: combinação de vírus vivos e atenuados de sarampo, caxumba, rubéola e
varicela. Dispõe-se de vacina contra varicela isolada
● Esquema vacinal:
- 12 meses, na mesma visita, primeira dose das vacinas tríplice viral (SCR) e varicela,
em administrações separadas, ou com a vacina tetra viral (SCRV).
- 15 meses, segunda dose, preferencialmente com a vacina SCRV, com intervalo
mínimo de 3 meses da última dose de varicela e SCR ou SCRV.
- Em situações de risco é possível vacinar crianças imunocompetente de 6 a 12 meses
de idade com a primeira dose da vacina SCR ou com a vacina monovalente contra
varicela de 9 a 12 meses. A dose aplicada antes dos 12 meses de idade não será
considerada como válida e a aplicação de mais 2 doses após 1 ano de idade será
necessária.
- Sugere-se aplicação de 2 dose da vacina varicela. Crianças que receberam apenas 1
dose e apresentem contato com a doença, deve antecipar a segunda dose respeitando o
intervalo mínimo de 1 mês entre as doses. Pode ser indicada na profilaxia
pós-exposição dentro de 5 dias após o contato, preferencialmente nas primeiras 72
horas.
- MS recomenda que a primeira dose aos 12 meses seja feita com a vacina SCR e a
segunda dose aos 15 meses de idade com a vacina SCRV
● Contraindicações:
- Uso de sangue e derivados ou imunoglobulina anterior ou nos 15 dias seguintes a
aplicação da vacina, gravidez, reação anafilática a neomicina e gelatina, doenças
imunossupressoras, como leucemia e linfomas, corticoterapia em altas doses ou
outras drogas utilizadas na terapêutica de neoplasias, imunodeficiência celular
congênita ou adquirida exceto crianças infectadas pelo HIV assintométicas e com
percentual de linfócitos T CD4 maior que 15%). Alergia a ovo.
Vacina febre amarela
● Constituição: vírus vivo e atenuado
● Esquema vacinal:
- Residentes ou viajantes para as áreas com recomendações da vacina (10 dias antes da
viagem): Norte e centro-oeste, MG, Maranhão, Piauí, BH, SP, PR, SC e RS e países
em situação epidemiológica de risco
- MS: 2 doses aos 9 meses e aos 4 anos de idade, sem necessidade de doses de reforço.
Em situações excepcionais a vacina pode ser administrada aos 6 meses de idade, com
reforço aos 4 anos, também sem necessidade de doses adicionais
- OMS: 1 dose sem necessidade de reforço a cada 10 anos.
- Mulheres lactentes inadvertidamente vacinadas, o aleitamento deve ser suspenso por
28 dias após a vacinação e no mínimo 15 dias
- Não deve ser administrada no mesmo dia que a tríplice ou tetra viral, intervalo de 30
dias
● Contraindicações: imunodeficiência congênitas ou adquiridas, situações que levem a
imunossupressão, reações anafiláticas a ovo e gravidez
Vacina hepatite A
● Constituição: vírus inativado
● Esquema vacinal:
- A partir dos 12 meses de idade em 2 doses, com intervalo de 6 meses entre elas.
- MS: dose única no calendário aos 15 meses de idade, podendo ser aplicada entre 15 e
23 meses. PNI ira monitorar a situação epidemiológica da hepatite A, visando definir
a inclusão ou não no calendário de uma segunda dose desta vacina
● Contraindicações: hipersensibilidade aos componentes da vacina
Vacina influenza:
● Constituição: vírus inativado e fragmentado (split)
● Esquema vacinal:
- Todas as crianças a partir dos 6 meses de idade. A primovacinação de crianças com
idade inferior a 9 anos deve ser feita com 2 doses, com intervalo de 1 mês entre elas.
- Dose para crianças com idade entre 6 e 35 meses é de 0,25 mL e, depois dos 3 anos
de idade, é de 0,5 mL por dose.
- Deve ser feita anualmente, antes do período de maior prevalência da gripe. MS
disponibiliza durante campanha para crianças entre 6 meses e 5 anos. Após 5 anos,
apenas para pertencentes de grupos de risco
- SBP orienta vacinas quadrivalente.
● Contraindicações: reações anafiláticas a componentes da vacina, incluindo proteínas do ovo.
Vacina papilomavírus humano (HPV):
● Constituição: partículas semelhantes ao vírus HPV (vírus-like particle - VLP) inativadas.
● Esquema vacinal:
- Vacina com os VLP dos tipos 16 e 18 indicada para meninas maiores de 9 anos de
idade, adolescentes e mulheres, em 3 doses. Segunda dose 1 mês após a primeira e
terceira dose, 6 meses após a primeira.
- Vacina com os VLP dos tipos 6,11,16 e 18 indicada para meninas e mulheres de 9 a
45 anos de idade e meninos e homens de 9 a 26 anos, em 3 doses, sendo que a
segunda dose deve ser feita 2 meses após a primeira e a terceira dose 6 meses após a
primeira. (PNI)
- PNI: duas doses (0 e 6 meses). Liberada para aplicação em meninas entre 9 e 14 anos
e meninos de 12 a 13 anos. Meninas e mulheres infectadas com hiv com idade entre 9
e 26 anos, no esquema de 3 doses (0,2 e 6 meses)
- PNI esquema de vacinação estendido: 0, 6 e 60 meses com quadrivalente
● Contraindicações: hipersensibilidade aos componentes da vacina. Não indicada em gestantes,
se a menina engravidar as doses subsequentes deverão ser adiadas para período pós parto.
Durante a gravidez, acompanhamento pré-natal.

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