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Vacinação: Prevenção de Doenças

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Vacinação
Vacinas
As vacinas são composta de produtos biológicos
contendo alguma forma de antígeno capaz de
induzir resposta imunológica (imunogenicidade
/antigenicidade) sem causar doença de forma
protetora e duradoura (memória imunológica).
As vacinas são utilizadas para prevenção de
determinadas doenças graves sendo um tipo de
imunização ativa artificial, pois o próprio indivíduo
produz seus próprios anticorpos ao entrar em
contato com o agente causador pela vacinação.
A imunidade ativa, adquirida de modo artificial,
é obtida pela administração de vacinas, que
estimulam a resposta imunológica, para que esta
produza anticorpos específicos.
Objetivos da vacinação
- Melhorar a qualidade de vida;
- Aumento da expectativa de vida;
- Erradicar doenças.
Ação da vacina
- Estimular respostas imunológicas
protetoras do hospedeiro para combater o
patógeno invasor.
Características de uma vacina ideal
- Conter os antígenos que são alvos do
sistema imunológico;
- Geração de uma imunidade efetiva
(anticorpos e células T);
- Produção de imunidade protetora;
- Bom nível de proteção sem a necessidade
de uma dose de reforço;
- Seguras: uma vacina não pode causar
doença ou morte;
- Considerações práticas: baixo custo por
dose com fácil administração e estável
biologicamente, além de produzir poucos
ou nenhum efeito adverso.
Importância da vacina
- A Organização Mundial da Saúde (OMS)
estima que de 2 a 3 milhões de mortes a
cada ano sejam evitadas pela vacinação e
garante ser a imunização um dos
investimentos em saúde que oferecem o
melhor custo-efetividade para as nações;
- Intervenção médica mais eficaz e
custo-efetiva para prevenção de doenças
infecciosas
As vacinas podem possuir diversos componentes:
agentes atenuados, agentes inativados, partes de
agentes etiológicos e produtos modificados do
metabolismo (toxoides purificados).
Agentes atenuados Agentes inativos Partes de
agentes
etiológicos
Produtos
modificados
do
metabolismo
BCG
Rotavírus
Vacina oral da poliomielite
(VOP)
Febre amarela
Tríplice viral – sarampo,
caxumba e rubéola
Varicela
Vacina inativada da
poliomielite (VIP)
Coqueluche
Influenza
Hepatite A
HPV
Hepatite B
Hemófilos b
(Hib)
Pneumo10V
MeningoC
Difteria
Tétano
Programa nacional de imunização
O programa nacional de imunização foi idealizado
em 1973 pela portaria 311 no antigo ministério da
saúde, assim em 1975 ele foi implantado no
território brasileiro.
As imunizações têm sido uma das principais
ferramentas, nas últimas décadas, para controle,
eliminação e erradicação de doenças, especialmente
na infância. Graças ao programa nacional de
imunização (PNI) as doenças que causavam
milhares de vítimas no passado, como varíola e
poliomielite, foram erradicadas; já outras doenças
transmissíveis também deixaram de ser problema
de saúde pública porque foram eliminadas no
Brasil e nas Américas, como o sarampo, rubéola e
rubéola congênita.
O Programa Nacional de Imunização (PNI),
implantado em 1975, é um dos maiores do mundo,
ofertando 45 diferentes imunobiológicos. Há
vacinas destinadas a todas as faixas-etárias e
campanhas anuais para atualização da caderneta de
vacinação. No SUS são disponibilizadas na rotina
de imunização 19 vacinas cuja proteção inicia
ainda nos recém-nascidos, podendo se estender por
toda a vida.
A vacinação, ao lado das demais ações de
vigilância epidemiológica, vem ao longo do tempo
perdendo o caráter verticalizado e se incorporando
ao conjunto de ações da atenção primária em saúde.
As campanhas, as intensificações, as operações de
bloqueio e as atividades extramuros são
operacionalizadas pela equipe da atenção primária,
com apoio dos níveis distrital, regional, estadual e
federal, sendo fundamental o fortalecimento da
esfera municipal.
Foi por meio de extensos programas de vacinação,
com elevadas e homogêneas coberturas vacinais,
que erradicamos a varíola, eliminamos a pólio, a
rubéola, a síndrome da rubéola congênita e o tétano
materno neonatal, e que controlamos a coqueluche,
o sarampo, a difteria, as meningites, entre tantas
outras doenças imunopreveníveis. O impacto
dessas conquistas foi demonstrado pela expressiva
queda nas taxas de mortalidade infantil e no
aumento significativo da expectativa de vida.
Outros aspectos que devem sempre ser
considerados no sucesso dos programas de
vacinação são: redução no número de visitas a
serviços de emergência, no uso de antimicrobianos,
nas taxas de hospitalização e em sequelas
permanentes.
Calendário de vacinação
As vacinas ofertadas na rotina dos serviços de
saúde são definidas nos calendários de vacinação,
nos quais estão estabelecidos:
- Os tipos de vacina;
- O número de doses do esquema básico e
dos reforços;
- A idade para a administração de cada
dose;
- O intervalo entre uma dose e outra no caso
do imunobiológico cuja proteção exija
mais de uma dose.
Considerando o risco, a vulnerabilidade e as
especificidades sociais, o PNI define calendários de
vacinação com orientações específicas para
crianças, adolescentes, adultos, gestantes, idosos e
indígenas.
As vacinas recomendadas para as crianças têm por
objetivo proteger esse grupo o mais precocemente
possível, garantindo o esquema básico completo no
primeiro ano de vida e os reforços e as demais
vacinações nos anos posteriores.
Os calendários de vacinação estão regulamentados
pela Portaria ministerial nº 1.498, de 19 de julho de
2013, no âmbito do Programa Nacional de
Imunizações (PNI), em todo o território nacional,
sendo atualizados sistematicamente por meio de
informes e notas técnicas pela CGPNI. Nas
unidades de saúde, os calendários e os esquemas
vacinais para cada grupo-alvo devem estar
disponíveis para consulta e afixados em local
visível.
Existem alguns calendários nacionais, dentre eles o
fornecido pela SBP (Sociedade Brasileira de
Pediatria) e o programa Nacional de Imunizações
pelo Ministério da Saúde. O calendário SBP é
elaborado para crianças e adolescentes hígidos
(do nascimento até 19 anos de idade).
Informações gerais
As práticas de imunizações são geralmente
baseadas em evidências científicas atualizadas, nas
características das vacinas, na epidemiologia das
doenças e nas características do hospedeiro.
Para aqueles com imunodeficiências ou em
situações epidemiológicas específicas, as
recomendações de vacinação podem sofrer
alterações.
Quando a vacinação é iniciada fora da idade
idealmente recomendada, os esquemas podem ser
adaptados de acordo com a idade de início,
respeitando-se os intervalos mínimos entre as
doses.
A vacina não apresenta efeito colateral, pois não
tem interação farmacocinética sendo ejetada
diretamente no sistema imunológico específico,
sendo assim apresenta efeitos adversos (reações
orgânicas que precisam ser revertidas em tempo
hábil). Ou seja, todas vacinas podem ocasionar
eventos adversos, em geral leves e transitórios, e
que devem ser informados à família.
A notificação de qualquer evento adverso é
fundamental para a manutenção da segurança
das vacinas licenciadas no país.
É importante que o médico pediatra informe aos
responsáveis das crianças e adolescentes a
importância das vacinações na prevenção de
doenças e a proteção que é conferida para a
população.
Para indicar uma vacina,é importante conhecer
algumas características principais, como:
- Natureza do antígeno imunizante;
- Presença de adjuvantes;
- Via de administração;
- Principal método de produção;
- Risco de eventos adversos.
Bacillus Calmette-Guérin (BCG)
Composição:
- A vacina BCG é preparada com bacilos
vivos de Calmette-Guérin, a partir de
cepas atenuadas, com glutamato de sódio,
por sucessivas passagens em meios de
cultura do Mycobacterium bovis.
- A vacina BCG é produzida com bacilos
vivos atenuados e liofilizados de cepa de
Mycobacterium bovis.
Indicação:
- A vacina da BCG (Bacillus
Calmette-Guérin) protege contra as formas
graves da tuberculose, doença causada
pela Mycobacterium tuberculosis.
- A vacina é indicada para prevenir as
formas graves da tuberculose (miliar e
meníngea).
Aplicação:
- A vacina BCG deve seraplicada em dose
única o mais precocemente possível.
- A vacina apresenta, no primeiro ano de
vida, eficácia de 84,5 a 99,5% para a
proteção das formas de tuberculose que
dependem da disseminação hematogênica
e suas manifestações mais graves, como a
meningoencefalite e a tuberculose miliar.
- A vacina BCG deve ser aplicada em dose
única ao nascimento, na dose de 0,1ml
intradérmica na inserção do músculo
deltoide do braço direito,
preferencialmente ainda na maternidade,
logo ao nascer, desde que o recém-nascido
tenha pelo menos 2.000 gramas. Uma
segunda dose da vacina não é
recomendada quando, após seis meses da
primeira dose, não se observa cicatriz no
local da aplicação.
- Em recém-nascidos filhos de mãe que
utilizaram imunossupressores na gestação,
ou com história familiar de
imunossupressão, a vacinação poderá ser
adiada ou contraindicada até que passe um
determinado período (28 dias) para que o
período transitório de imunossupressão
causada pela gestação não interfira na
vacinação.
- Os comunicantes domiciliares de
hanseníase, ou seja, indivíduos com
familiares diagnosticados com hanseníase,
independente da forma clínica, podem
receber uma segunda dose da vacina BCG
com intervalo mínimo de seis meses após
a primeira dose.
Informações gerais:
- Em geral, não provoca eventos sistêmicos;
logo, as complicações e reações
anafiláticas são raras.
- Apresenta uma cicatrização mais lenta,
com evolução de mais de 6 meses de
duração. Logo, a lesão da vacina evolui
em cerca e 6 a 12 semanas, podendo
prolongar-se até 24 semanas.
- Pode ocorrer ainda enfartamento
ganglionar múltiplo ou único durante a
evolução da lesão em cerca de 10% dos
pacientes e aparece entre a terceira a sexta
semana pós-vacinação. As características
do linfonodo são: homolateral à aplicação
da vacina, móvel, mede até 3cm de
diâmetro, indolor, sem sintomas
sistêmicos, podendo involuir
espontanemante em 2 a 3 meses.
Contra-indicação:
- Quando o recém-nascido apresenta um
peso inferior à 2.000g (2kg) e/ou tem
lesões dermatológicas extensas afetando o
local de aplicação da vacina, há uma
contra-indicação relativa para aplicação da
BCG.
- Quando o recém-nascido apresenta
imunodeficiências congênitas e
adquiridas, há uma contra-indicação
absoluta para aplicação da BCG.
- Crianças com exposição perinatal ao vírus
da imunodeficiência humana (HIV) devem
receber a vacina ao nascimento, porém,
aquelas que chegam ao serviço ainda não
vacinadas, devem receber a BCG somente
se sintomáticas e sem sinais de
imunodepressão.
Importante:
- Crianças menores de 5 anos,
comprovadamente não vacinadas
previamente, devem receber a vacina. A
repetição da vacina BCG nas crianças que
não apresentaram cicatriz não é mais
recomendada.
- Em situações que a criança não apresenta
cicatriz local, mas a mãe tem a carteirinha
de vacinação em mão para afirmar que a
criança tomou, o médico não precisa
tomar nenhuma conduta.
- Em situações que a criança não apresenta
cicatriz local e a mãe não tem
documentação para provar que a criança
tomou ou não, o medico deve dosar o PPD
(dosagem de anticorpos com injeção
intradermica de tuberculina sob a camada
superior da pele do antebraço do
paciente).
- Em situações que a criança não apresenta
cicatriz local e a mão tem a documentação
provando que a criança não tomou, o
médico deve fazer a vacinação.
Hepatite B
Composição:
- A vacina da hepatite B é composta pelo
antígeno de superfície do vírus da hepatite
B (HbsAg), obtido por engenharia
genética, purificado e associado ao
adjuvante hidróxido de alumínio, tendo o
timerosal como conservante.
Indicação:
- A vacinação do neonato tem como
principal objetivo impedir a transmissão
materno-fetal do vírus e deve ser realizada
logo ao nascer, ainda na maternidade, nas
primeiras 24 horas de vida.
A hepatite B é uma doença cujo único
reservatório do vírus é o ser humano e, portanto,
com potencial de erradicação. A aquisição do
vírus no período neonatal eleva
consideravelmente o risco de cronificação.
Aplicação:
- A primeira dose da vacina Hepatite B
deve ser aplicada idealmente nas primeiras
12 horas de vida. A segunda dose está
indicada com um ou dois meses de idade e
a terceira dose é realizada aos seis meses.
- Desde 2012, no Programa Nacional de
Imunizações (PNI), a vacina combinada
DTP/Hib/HB (Pentavalente-difteria,
tétano, coqueluche, hepatite B e contra a
bactéria haemophilus influenza tipo b) foi
incorporada no calendário aos 2, 4 e 6
meses de vida. Dessa forma, os lactentes
que fazem uso desta vacina recebem
quatro doses da vacina Hepatite B.
A vacina pentavalente é uma vacina combinada,
a qual associa 5 agentes bio-imunulogicos em
uma única dose de vacina.
- O esquema de vacinação é de três doses
aos 0, 2 e 6 meses. Quando utilizada a
vacina pentavalente na rede pública (que
contém o componente hepatite B na
vacina), o esquema de quatro doses é
administrado sem prejuízos (0, 2, 4 e 6
meses).
- No sistema de vacinação do SUS, ao
nascer, o recém-nascido deve deve receber
a hepatite B nas primeira 12 horas de vida
e depois deve receber a vacina
pentavalente aos 2 meses, 4 meses e 6
meses de vida.
- Aqueles que forem vacinados em clínicas
privadas podem manter o esquema de três
doses, primeira ao nascimento e segunda e
terceira dose aos 2 e 6 meses de idade.
Não realiza o esquema da vacina
pentavalente. Além disso, junto com as
duas últimas dose da hepatite B podem ser
utilizadas vacinas combinadas acelulares –
DTPa/IPV/Hib/HB.
- Crianças com peso de nascimento igual ou
inferior a 2 Kg ou idade gestacional menor
que 33 semanas devem receber,
obrigatoriamente, além da dose de vacina
ao nascer, mais três doses da vacina (total
de 4 doses: 0, 2, 4 e 6 meses).
- Crianças maiores de 6 meses, adolescente
e adultos não vacinados devem receber 3
doses da vacina da Hepatite B no
esquema: 0 (dia da aplicação), 1 (um mês
depois da aplicação) e 6 (seis meses
depois da primeira aplicação).
- Recém-nascidos filhos de mães portadoras
do vírus da hepatite B (HbsAg positivas)
devem receber, além da vacina, a
imunoglobulina específica para hepatite B
(HBIG), na dose 0,5mL, até o sétimo dia
de vida, preferencialmente logo ao nascer,
no membro inferior contralateral da
vacina.
Informações gerais:
- Os eventos adversos associados a vacina
da Hepatite B são raríssimos, eles estão
relacionados com os locais de aplicação
(dor no local da aplicação) e pequenos
efeitos sistêmicos (febre e irritabilidade).
- A vacina hepatite B (recombinante) pode
ser administrada simultaneamente com
outras vacinas, independentemente de
qualquer intervalo.
Contra-indicação
- Reação anafilática prévia a qualquer
componente da vacina e púrpura
trombocitopênica pós-vacinal.
 Vacina adsorvida difteria, tétano,
pertussis, hepatite B (recombinante) e
Haemophilus influenzae b (conjugada)
(Pentavalente)
Composição:
- É composta pela combinação de toxoides
purificados de difteria e tétano, suspensão
celular inativada de Bordetella pertussis
(células inteiras), antígeno de superfície da
hepatite B (recombinante) e
oligossacarídeos conjugados de
Haemophilus influenzae b (conjugada).
Tem como adjuvante o fosfato de alumínio
e como conservante o tiomersal.
Indicação:
- A vacina protege contra a difteria, o
tétano, a coqueluche, a hepatite B e as
infecções causadas pelo Haemophilus
influenzae b. É indicada para a vacinação
de crianças menores de 5 anos de idade
como dose do esquema básico (2, 4 e 6
meses).
Aplicação:
- A vacina combinada DTP/Hib/HB
(Pentavalente-difteria, tétano, coqueluche,
hepatite B e contra a bactéria haemophilus
influenza tipo b) foi incorporada no
calendário aos 2, 4 e 6 meses de vida.
Contra-indicação:
- Não deve ser administrada quando a
criança apresentar quadro neurológico em
atividade ou quando, após dose anterior de
vacina com estes componentes, a criança
registrar qualquer das seguintes
manifestações: Convulsão nas primeiras
72 horas após a administração da vacina;
episódio hipotônico-hiporresponsivo nas
primeiras 48 horas após a administração
da vacina;encefalopatia aguda grave
depois de sete dias após a administração
de dose anterior da vacina; história de
choque anafilático após administração de
dose anterior da vacina; e usuários a partir
de 7 anos de idade.
DTP/DTPa
Composição:
- A vacina da tríplice bacteriana é uma
vacina combinada composta por toxoides
diftérico e tetânico, além do componente
pertussis, o qual compreende a bactéria
Bordetella pertussis inteira em suspensão
celular inativada ou componentes
antigênicos da bactéria (toxina pertussis,
pertactina, hemaglutinina filamentosa ou
proteínas fimbriais), designada de
pertussis acelular.
- A vacina DTP é composta pela
combinação de toxoides purificados de
difteria e tétano, suspensão celular
inativada de Bordetella pertussis (células
inteiras), tendo o hidróxido de alumínio
como adjuvante e o timerosal como
conservante.
Indicação:
- A vacina protege contra a difteria, o tétano
e a coqueluche. É indicada para a
vacinação de crianças menores de 7 anos
de idade como dose de reforço do
esquema básico da vacina pentavalente.
- A vacina DTPa (acelular), quando
possível, deve substituir a DTP (células
inteiras), pois tem eficácia similar e é
menos reatogênica.
O pertussis acelular apresenta fragmentos da
célula do agente imunológico apresentando uma
menor capacidade de gerar efeitos adversos e
reações vacinais. Já o pertussis celular apresenta
as células inteiras do agente imunológico na
vacina tendo uma capacidade maior de gerar
efeitos adversos e reações vacinais. Porém, a a
DTPa e a DTP apresenta uma eficiência similar.
Aplicação:
- As vacinas combinadas difteria, tétano e
coqueluche (tríplice bacteriana) devem ser
administradas no calendário da criança no
esquema de cinco doses, aos 2, 4 e 6
meses (pela vacina pentavalente) com
reforços aos 15 meses e 4-6 anos de idade
(DTP pura).
Informações gerais:
- As reações locais ou sistêmicas são
comuns com a vacina DTP (células
inteiras).
- As reações adversas são comuns a vacina
DTP (células inteiras), sendo elas: edema
temporário, aumento da sensibilidade e
eritema (vermelhidão) no local da injeção
em conjunto com febre ocorrem em uma
grande proporção de casos.
- O componente pertussis da vacina está
associado a maior reatogenicidade,
especialmente febre alta, irritabilidade,
sonolência e eventos adversos locais
dentro de 24 horas da administração da
vacina.
- Eventos graves como a síndrome
hipotônica hiporresponsiva (EHH),
convulsão febril e choro persistente têm
sido relatados a uma taxa de 1 por 12.500
doses administradas.
- As vacinas Coqueluche acelulares têm
risco reduzido de eventos adversos e
eficácia semelhante às de células inteiras
e, por isso, sempre que possível, devem
ser preferíveis.
- Os casos de reações adversas graves
devem ser notificados, mas a criança pode
continuar com seu esquema de vacinação
normal, com a vacinação DTPa (acelular).
- Em casos de encefalopatia, está
contraindicada qualquer dose subsequente
da vacina tríplice bacteriana, seja com a
vacina de células inteiras ou acelular.
Nessas situações, completa-se o esquema
vacinal com a vacina dupla infantil (DT).
Contra-indicação:
- A vacina triplice bacteriana não deve ser
administrada quando a criança apresentar
quadro neurológico em atividade ou
quando, após dose anterior de vacina com
estes componentes, a criança registrar
qualquer das seguintes manifestações:
convulsões até 72 horas após a
administração da vacina; colapso
circulatório, com estado de choque ou
com episódio hipotônico-hiporresponsivo
(EHH), até 48 horas após a administração
da vacina; encefalopatia nos primeiros
sete dias após a administração da vacina; e
usuários a partir de 7 anos de idade.
dT/dTpa (dupla adulto)
Composição:
- A vacina dT é uma associação dos
toxoides diftérico e tetânico, tendo o
hidróxido ou o fosfato de alumínio como
adjuvante e o timerosal como conservante.
A vacina “DT” é a representação da vacina do
tipo infantil enquanto a “dT” é a representação
do tipo adulto, a diferença consiste na
quantidade de toxoide diftérico, o qual é cerca
de 10 vezes maior no tipo das crianças do que as
do tipo adulto; porém, a quantida do toxoide
tetânico é igual nas duas vacinas (criança e
adulto).
As vacinas do tipo adulto possuem cerca de um
terço da quantidade de antígenos da B. Pertussis,
para evitar eventos adversos.
Indicação:
- A vacina dupla adulto é indicada para
prevenir contra o tétano e a difteria. A
vacinação de mulheres em idade fértil-
MIF (dos 10 aos 49 anos), gestantes e não
gestantes é feita também para a prevenção
contra o tétano neonatal.
Aplicação:
- Os adolescentes com esquema primário de
DTP ou DTPa completo devem receber
um reforço com dT ou dTpa,
preferencialmente com a formulação
tríplice acelular, aos 14 anos de idade.
Alguns calendários preconizam este
reforço aos 10 anos.
- Adolescentes e adultos com o esquema
primário para tétano incompleto, deverá
completá-lo com uma ou duas doses da
vacina contendo o componente tetânico,
sendo uma delas preferencialmente com a
vacina tríplice acelular.
- As crianças com 7 anos ou mais, nunca
imunizadas, ou com histórico vacinal
desconhecido, devem receber três doses da
vacina contendo o componente tetânico,
sendo uma delas preferencialmente com a
vacina tríplice acelular com intervalo de 2
meses entre elas (0-dia da aplicação, 2
meses-dois meses depois da primeira
aplicação e 4 meses- quatro meses depois
da primeira aplicação, devem apresentar
um intervalo mínimo de 4 semanas).
- As gestantes devem receber, a cada
gravidez, uma dose da vacina dTpa a
partir da vigésima semana de gestação,
com o objetivo de transferir anticorpos
protetores contra a coqueluche para o
recém-nascido via placenta. Aquelas que
perderam a oportunidade de serem
vacinadas durante a gestação, deverão
receber uma dose de dTpa no puerpério
(pós-parto), o mais precocemente possível
para poder transferir os anticorpos para o
recém-nascido pela amamentação.
HIB (Haemophilus influenzae tipo b)
Composição:
- A vacina Haemophilus influenzae tipo b
(Hib) é composta por um
Polirribosilfosfato (PRP) (polissacáride
capsular) purificado do Hib, conjugado a
uma proteína. Existem 4 tipos de vacina
de acordo com a proteína conjugada:
PRP-OMP (proteína meningocócica da
membrana externa), PRP-CRM (proteína
diftérica mutante), PRP-T (proteína
tetânica) e PRP-D (toxoide diftérico).
- A vacina pentavalente do PNI (Programa
Nacional de Imunização)I é uma vacina
combinada contra difteria, tétano,
coqueluche, hepatite B e Haemophilus
influenza tipo B (conjugada).Logo, a
vacina Hib, em geral, é combinada à
vacina tríplice bacteriana na formulação
pentavalente.
Indicação:
- O Hib (Haemophilus influenza tipo B ) era
o principal agente etiológico das
meningites bacterianas na era pré-vacinal.
Após a introdução da vacinação no
calendário infantil, hoje são raros os casos
de doença invasiva por este agente.
A vacina conjugada foi capaz de prevenir a
doença entre os vacinados e, ao eliminar o
estado de portador assintomático da bactéria em
nasofaringe, foi capaz de reduzir a circulação do
agente na comunidade em países que
implantaram programas com altas coberturas
vacinais.
Aplicação:
- A vacina é administrada no esquema de
três doses aos 2, 4 e 6 meses de idade pela
vacina pentavalente. A Sociedade
Brasileira de Pediatria recomenda a
aplicação de uma dose de reforços 15
meses de vida, especialmente se, no
esquema primário, forem utilizadas em
combinação com vacinas tríplices
bacterianas acelulares- pertussis acelular
(DTPa/Hib/IPV, DTPa/Hib,
DTPa/Hib/IPV,HB,etc.), disponíveis em
clínicas privadas; essa quarta dose
contribui para diminuir o risco de
ressurgimento das doenças invasivas
causadas pelo Hib em longo prazo.
- Quando utilizada pelo menos uma dose de
vacina combinada com componente
pertussis acelular (DTPa/Hib/IPV,
DTPa/Hib, DTPa/ Hib/IPV,HB, etc.),
disponíveis em clínicas privadas e nos
CRIE, uma quarta dose da Hib (vacina
pura) deve ser aplicada aos 15 meses de
vida.
Informações gerais:
- A vacina HIB é uma vacina ectremamentesegura.
Contra-indicação:
- Doenças febris agudas.
- Hipersensibilidade aos componentes
vacinais.
VIP/VOP
Composição:
- A vacina injetável de poliomielite é uma
vacina trivalente, a qual contém os vírus
da poliomielite dos tipos 1, 2 e 3, obtidos
em cultura celular e inativados por
formaldeído.
- A vacina oral da poliomielite é bivalente,
ou seja, contém dois tipos de poliovírus 1
e 3. E Tem como adjuvante o cloreto de
magnésio e como conservantes a
estreptomicina e a eritromicina.
- Existem duas diferentes vacinas contra a
poliomielite licenciadas no Brasil. Vacina
de vírus vivo, oral (VOP), bivalente,
contendo os poliovírus tipo 1 e 3 e a
vacina inativada, injetável (VIP),
trivalente, contendo os tipos 1, 2 e 3.
- A vacina injetável de poliovírus inativos
(VIP) e a vacina oral de poliovírus vivos
atenuados (VOP) apresentam em sua
composição poliovírus tipo 1, 2 e 3, sendo
a VOP os tipos 1 e 3 e a VIP 1, 2 e 3.
Indicação:
- A vacina VIP é indicada para
prevenir contra a poliomielite
causada por vírus dos tipos 1, 2 e 3.
O Programa Nacional de Imunização
recomenda a vacinação de crianças
a partir de 2 meses até menores de
5 anos de idade, como doses do
esquema básico.
- A vacina VOP é indicada para
prevenir contra a poliomielite
causada por vírus dos tipos 1 e 3. O
Programa Nacioanal de Imunização
recomenda a vacinação de crianças
de 6 meses até menores de 5 anos
de idade como dose do esquema
básico ou reforço
Aplicação:
- O esquema vacinal no Brasil recomenda a
aplicação da vacina contra a poliomielite
em cinco doses, administradas 2, 4 e 6
meses (esquema primário), com reforços
aos 15 meses e aos 4 anos de idade.
- As três primeiras doses, aos 2, 4 e 6
meses, devem ser feitas obrigatoriamente
com a VIP, seguidas de duas doses de
VOP (15 meses e 4 anos de idade).
- A Organização Mundial da Saúde (OMS)
recomenda aos países que substituam, na
medida do possível, a VOP pela VIP; pois,
a vacina oral da Poliomielite atenuada
apresenta um potencial de reversão da sua
virulência causando surtos de pólio.
Portanto, a recomendação para as doses de
reforço é que sejam feitas
preferencialmente também com a vacina
inativada VIP.
- Nesta fase de transição da vacina pólio
oral atenuada (VOP) para a vacina pólio
inativada (VIP) é aceitável o esquema
atual recomendado pelo PNI que oferece
três doses iniciais de VIP (2, 4 e 6 meses
de idade) seguidas de duas doses de VOP
(15 meses e 4 anos de idade).
- Desde 2016, a vacina VOP é bivalente,
contendo os tipos 1 e 3 do poliovírus,
podendo ser utilizada nas doses de reforço
ou nas campanhas nacionais de vacinação.
Informações gerais:
- A vacina oral da poliomielite (VOP) está
contraindicada para crianças
imunocomprometidas e para seus contatos
domiciliares. Nestas circunstâncias,
deve-se utilizar a VIP.
- As vacinas contra a poliomielite tratam-se
de vacinas seguras, com raros eventos
adversos associados.
Contra-indicação:
- A vacina injetável e inativa contra a
poliomielite (VIP) é contraindicada em
casos de reação alérgica grave prévia aos
produtos contidos na vacina.
- A vacina oral e atenuada contra a
poliomielite (VOP) não deve ser
administrada em pacientes
imunodeprimidos e seus comunicantes e
em indivíduos que desenvolveram pólio
vacinal associados a doses anteriores da
vacina.
Os vírus da VOP podem sofrer mutações a nível
intestinal, podendo provocar poliomielite
paralítica pelo vírus da vacina (VAPP). Além
disso, caso os vírus mutantes não sejam
eliminados do intestino, eles continuam
circulando na comunidade e aumentam seu grau
de virulência.
Caso as coberturas vacinais não sejam
adequadas e elevadas, os vírus podem causar
poliomielite em surtos na população - poliovírus
circulante derivado da vacina – cVDPV.
Pneumocócica conjugada
Composição:
- A vacina pneumococo conjugada
10-valente contém os sorotipos 1, 4, 5, 6B,
7F, 9V, 14, 18C, 19F e 23F; além disso,
ela faz parte do calendário do Programa
Nacional de Imunização.
- A vacina pneumococo conjugada
13-valente contém os mesmo sorotipos da
vacina pneumocócica conjugada
10-valente com três sorotipos adicionais,
3, 6A e 19A; porém, ela está disponível
somente na rede privada.
- As vacinas pneumocócicas conjugadas são
preparadas a partir de polissacarídeos
capsulares bacterianos purificados do
Streptococcus pneumoniae (pneumococo),
com 10 sorotipos de pneumococo (1, 4, 5,
6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19F e 23F) ou 13
sorotipos de pneumococo (1, 4, 5, 6B, 7F,
9V, 14, 18C, 19F, 23F, 3, 6A e 19A).
Indicação:
- As vacinas pneumocócicas são indicadas
para a prevenção das infecções
pneumocócicas causadas pelos sorotipos
incluídos nas vacinas em lactentes,
crianças e adolescentes. Elas têm potencial
de prevenir doenças invasivas (DPI)
como: meningite, bacteriemia e outras,
além de doenças pneumocócicas não
invasivas como pneumonias não
bacteriêmicas e otite média (OM)
causadas pelo Streptococcus pneumoniae.
- A vacina pneumocócica conjugada
10-valente é indicada para prevenir contra
infecções invasivas (sepse, meningite,
pneumonia e bacteremia) e otite média
aguda (OMA) causadas pelos 10 sorotipos
de Streptococus pneumonia, contidos na
vacina, em crianças menores de 2 anos de
idade.
- Prevenção de formas graves de doenças
penumocócicas pelos pneumococos.
Aplicação:
- A vacina pneumocócica conjugada é
indicada para crianças saudáveis, as quais
devem receber vacinas conjugadas no
primeiro ano de vida, a partir de 2 meses
de idade, até 5 anos de idade.
- A sociedade Brasileira de Pediatria
comenda, sempre que possível, o uso da
vacina pneumocócica conjugada
13-valente, pelo seu maior espectro de
proteção, no esquema de três doses no
primeiro ano de vida (2, 4, e 6 meses) e
uma dose de reforço entre 12 e 15 meses.
- As crianças saudáveis com esquema
completo com a vacina pneumocócica
conjugada 10-valente podem receber
dose(s) adicional(is) da vacina
pneumocócica conjugada 13-valente , até
os 5 anos de idade, com o intuito de
ampliar a proteção para os sorotipos
adicionais, respeitando-se a recomendação
de bula para cada idade.
- Nos CRIE (Centro de Referência de
Imunobiológicos Especiais), as crianças e
adolescentes com risco aumentado para
doença pneumocócica invasiva devem
receber também, acima de 2 anos de
idade, a vacina pneumocócica conjugada
23-valente, com intervalo mínimo de 2
meses entre a última dose de vacina
pneumocócica conjugada recebida; e
acima de 5 anos com imunossupressão
grave e que apresentem as seguintes
condições clínicas: transplantados de
órgãos sólidos, transplantados de
células-tronco hematopoiéticas, indivíduos
vivendo com HIV/Aids e pacientes
oncológicos recebem a vacina
pneumocócica conjugada 13-valente,
sendo importante complementar a
proteção com a vacina pneumocócica
conjugada 23-valente.
Informações gerais:
- As vacinas pneumocócicas são
consideradas muito seguras. A maioria dos
eventos reportados são locais: dor, inchaço
ou vermelhidão. Os eventos sistêmicos
mais associados são: febre, irritabilidade,
perda de apetite e choro intenso.
Usualmente, os eventos adversos são
autolimitados em até 3 a 5 dias.
- As vacinas pneumocócicas são prioritárias
até 5 anos de idade, especialmente nos
lactentes até 24 meses de idade,
considerado um dos períodos de maior
vulnerabilidade para a infecção e
desenvolvimento de suas manifestações
clínicas. As crianças apresentam altas
taxas de portador de pneumococo na
comunidade; em geral estima-se uma taxa
de 40-60% com pico aos 2 anos e declínio
com o aumento da idade. Dessa maneira, o
uso de vacinas conjugadas na infância
reduz as taxas de colonização e promove
efeito indireto em outras faixas etárias não
vacinadas.
Contra-indicação:
- A vacina pneumocócica conjugada é
contra-indicada em pacientes que tiveram
reações anafiláticas com doses anteriores.
Meningocócica conjugada C/ACWY
Composição:
- A vacina meningocócica conjugada C é
constituída por polissacarídeos capsulares
purificados da Neisseria meningitidis do
sorogrupo C, e tem como adjuvante o
hidróxido de alumínio.
- A vacina conjugada ACWY é compostapor polissacarídeos dos sorotipos A, C, W,
Y W e Y conjugados com a toxina
mutante diftérica (MCC-CRM197) ou
com o toxoide tetânico (MCC-TT).
Indicação:
- As vacinas meningocócicas previnem a
doença invasiva causada pela Neisseria
meningitidis dos sorogrupos ao qual estão
contempladas em sua formulação em
crianças, adolescentes e adultos.
- As vacinas conjugadas (C e ACWY)
possuem a capacidade de induzir a
produção de níveis elevados de anticorpos,
inclusive em lactentes jovens, com maior
avidez e maior atividade bacteriana sérica.
Induzem ainda a formação de populações
de linfócitos B de memória, de duração
prolongada, proporcionando uma resposta
anamnéstica (efeito booster) na
reexposição. Além disso, essas vacinas
têm a capacidade de reduzir a colonização
em nasofaringe, diminuindo o número de
portadores entre os vacinados e a
transmissão da doença na população
(proteção indireta).
- A vacina meningocócica conjugada C está
indicada para a prevenção da doença
sistêmica causada pela Neisseria
meningitidis do sorogrupo C em crianças
menores de 2 anos.
Aplicação:
- A Sociedade Brasileira de Pediatria
recomenda o uso rotineiro das vacinas
meningocócicas conjugadas para lactentes
maiores de 2 meses de idade, crianças e
adolescentes. Sempre que possível, utilizar
preferencialmente a vacina
Meningocócica ACWY pelo maior
espectro de proteção, inclusive para os
reforços de crianças previamente
vacinadas com Meningocócica C.
- O Programa Nacional de Imunização
fornece a vacina meningocócica
conjugada C aos 3 e 5 meses com um
reforço aos 12 meses, além de uma dose
adicional da vacina para adolescentes
entre 11 a 14 anos, portanto, crianças com
esquema vacinal completo do serviço
público podem se beneficiar com dose(s)
adicional(is) da vacina meningocócica
ACWY do serviço privado, a qualquer
momento, respeitando-se um intervalo
mínimo de 1 mês entre as doses. Para
adolescentes entre 11 e 12 anos, o
Programa Nacional de Imunização
disponibiliza a vacina MenACWY.
- A Sociedade Brasileira de Pediatria
recomenda vacinas meningocócicas
ACWY aos 3 meses, 5 meses (duas doses)
como esquema primário com primeiro
reforço aos 12 meses e segundo reforço
entre 4 e 6 anos. Para adolescentes
recomenda realizar a vacinação entre 10 e
15 anos e reforço após 5 anos. Entre 16 e
18 anos administrar somente uma dose da
vacina. Existem diferenças de posologias
das vacinas quadrivalentes ACWY a
depender do laboratório produtor.
- Crianças com deficiência imunológica
transitória (proveniente da mãe) ou
permanente devem receber a vacina
meningocócica conjugada à partir do
sétimo mês.
Vacina meningocócica C:
- Duas doses, aos 3 e 5 meses de idade e reforço
entre 12-15 meses.
- Quando a vacinação é iniciada após 1 ano de
idade é aplicada uma única dose.
 Vacina meningocócica ACWY-CRM:
- Três doses aos 3, 5 e 7 meses de idade e reforço
entre 12-15 meses.
- Quando a vacinação é iniciada entre 7 e 23
meses de idade deve-se aplicar 2 doses, sendo
que a segunda dose deve ser obrigatoriamente
aplicada após a idade de 1 ano (mínimo 2 meses
de intervalo).
- Quando a vacinação é iniciada após os 24 meses
de idade deve-se aplicar uma dose único
Vacina meningocócica ACWY-TT:
- Duas doses, aos 3 e 5 meses de idade e reforço
entre 12-15 meses. .
- Quando a vacinação é iniciada após 1 ano de
idade é aplicada uma única dose.
Vacina meningocócica ACWY-D:
- Licenciada a partir de 9 meses de idade no
esquema de duas doses entre 9 e 23 meses com 3
meses de intervalo entre elas;
- Quando a vacinação é iniciada acima de dois
anos deve-se aplicar uma única dose.
- A recomendação de doses de reforço 5
anos após (entre 5 e 6 anos de idade para
os vacinados no primeiro ano de vida) e na
adolescência (a partir dos 11 anos de
idade) é baseada na rápida diminuição dos
títulos de anticorpos associados à
proteção, evidenciada com todas as
vacinas meningocócicas conjugadas.
Informações gerais:
- Os eventos adversos locais mais
comumente relatados são dor, edema e
hiperemia. Já os sintomas sistêmicos
comumente relatados são cefaleia,
sonolência, febre, irritabilidade,
inapetência, fadiga e sintomas
gastrointestinais (náusea, vômito, diarreia,
dor abdominal). As reações são
autolimitadas com tendência a desaparecer
em até 72 horas.
- As vacinas meningocócicas são
prioritárias para crianças, especialmente
em lactentes até 12 meses de idade,
considerado um dos períodos de maior
vulnerabilidade para a infecção. Os
adolescentes também são outro grupo de
risco aumentado e são os principais
portadores da bactéria em nasofaringe.
Pessoas portadoras de alguma condição
que aumente a suscetibilidade às bactérias
são outro grupo importante para a
prevenção.
Contra-indicação:
- As vacinas meningocócicas conjugadas
são contra-indicadas em pacientes que
tiveram reações anafiláticas com doses
anteriores.
Meningocócica B recombinante
Composicão:
- A vacina meningocócica B recombinante
É formada pelas proteínas recombinantes
NHBA, NadA, fHbp e vesículas de
membrana externa (OMB) de Neisseria
meningitidis grupo B.
Indicação:
- As vacinas meningocócicas previnem a
doença invasiva causada pela Neisseria
meningitidis dos sorogrupos ao qual estão
contempladas em sua formulação em
crianças, adolescentes e adultos.
- Recomenda-se o uso da vacina
meningocócica B recombinante para
lactentes a partir de 2 meses de
idade,crianças e adolescentes.
Aplicação:
- A vacina meningocócica B recombinante
não está disponível no Programa Nacional
de Imunização; porém, é recomendada
pela Sociedade Brasileira de Pediatria no
esquema de duas doses aos 3 e 5 meses
com reforço aos 12 meses (são
recomendadas duas doses com intervalo
mínimo de 2 meses entre elas, além de
uma dose de reforço no segundo ano de
vida ou após 1 ano).
- As crianças de 12 a 23 meses devem
receber duas doses com intervalo de dois
meses entre elas com uma dose de reforço
entre 12 e 23 meses após esquema
primário.
- As crianças a partir de 24 meses e
adolescentes não vacinados devem receber
duas doses com intervalo entre 1 e 2
meses.
Para os lactentes que iniciam a vacinação entre 2
e 5 meses de idade, são recomendadas três
doses, com a primeira dose a partir dos 2 meses
e com pelo menos 2 meses de intervalo entre
elas, além de uma dose de reforço entre 12 e 23
meses de idade.
Para aqueles que iniciam a vacinação entre 6 e
11 meses, duas doses da vacina são
recomendadas, com dois meses de intervalo, e
uma dose de reforço no segundo ano de vida.
Para crianças que iniciam a vacinação entre 1 e
10 anos de idade, são indicadas duas doses com
2 meses de intervalo entre elas.
Informações gerais:
- A vacina proteica contra o meningococo
B apresenta excelentes resultados de
efetividade após sua implantação em
programas de imunização em massa. A
Itália apresentou uma efetividade da
vacina meningocócica B de 93,6% (IC de
95%: 55,4; 99,1) após 4 anos usando um
esquema 3+1 na Toscana, e de 91% (IC de
95%: 59,9; 97,9) após 3 anos usando um
esquema 2+1 no Vêneto.
- Não se conhece, até o momento, a duração
da proteção conferida pela vacina
meningocócica B recombinante e a
eventual necessidade de doses adicionais
de reforço.
Contra-indicação:
- A vacina meningocócica B recombiante é
contra-indicada em pacientes que tiveram
reações anafiláticas com doses anteriores.
Rotavírus
Composição:
- A vacinas contra o rotavírus são vacinas
de uso oral, compostas por vírus vivos
atenuados
- Existem duas vacinas licenciadas contra o
rotavírus: a monovalente que é composta
pela cepa humana atenuada (RIX4414) do
sorotipo G1P1A [8] do rotavírus,
disponível na rede pública de saúde, que
apresenta alguns epítopos compartilhados
comuns a outras cepas, conferindo
proteção cruzada contra outras sorotipos; e
a pentavalente, humano-bovina VR5 (G1,
G2, G3, G4 e P1A[8]), disponível somente
na rede privada.
- A vacina monovalente é constituída por
um sorotipo do rotavírus humano
atenuado da cepa (RIX4414), e apresenta
como excipientes a sacarose e o adipato
dissódico.
Indicação:
- As vacinas do rotavírus protegem contradiarreia causada pelo rotavírus,
principalmente suas formas graves; com
eficácia para gastroenterite grave, de 68,5
a 90% com a VR1 e 74 a 98% com a VR5.
- É indicada para a prevenção de
gastroenterites causadas por rotavírus dos
sorotipos G1 em crianças menores de 1
ano de idade. Embora seja monovalente, a
vacina oferece proteção cruzada contra
outros sorotipos de rotavírus que não
sejam G1 (G2, G3, G4, G9).
Aplicação:
- A vacina monovalente, incluída no
Programa Nacional de Imunização, é
administrada em duas doses, aos 2 e 4
meses de idade. O limite de idade para
administrar a primeira dose é 3 meses e 15
dias (limites de 1 mês e 15 dias até, no
máximo, 3 meses e 15 dias), e para a
segunda, de 7 meses e 29 dias(limites de 3
meses e 15 dias até no máximo 7 meses e
29 dias).
- A vacina rotavírus pentavalente,
disponível na rede privada, é administrada
em três doses aos 2, 4 e 6 meses de idade.
A idade máxima para iniciar a vacinação é
de 3 meses e 15 dias, e a terceira dose
deve ser aplicada no máximo até 7 meses
e 29 dias. O intervalo entre as doses deve
ser de 2 meses, podendo ser de, no
mínimo, quatro semanas. Iniciada a
vacinação, recomenda-se completar o
esquema com a vacina do mesmo
laboratório produtor.
Informações gerais:
- A primeira vacina contra o rotavírus
proporcionou problemas de envaginações
intestinais em lactentes, hoje em dia, as
vacinas contra o rotavírus não apresenta
envaginações intestinais como efeitos
adversos.
- Em caso de vômitos ou regurgitação, não
é recomendado repetir a vacina.
- Podem ocorrer irritabilidade, febre, fadiga,
choro, perda de apetite, diarreia e vômitos
e raramente sangramento intestinal. Nas
pesquisas clínicas realizadas, não há relato
de aumento de casos de intussuscepção
com o uso das vacinas.
- Caso a vacina administrada em uma das
doses tenha sido a pentavalente, ou o
produto utilizado para qualquer dose seja
desconhecido, um total de três doses deve
ser administrado.
Contra-indicação:
- Imunodeficiências congênitas e adquiridas
(as crianças expostas ao HIV no período
perinatal e as infectadas que não têm
sintomas e sinais de imunodepressão
devem receber a vacina).
- Alergia a algum componente da vacina
- Doença gastrointestinal crônica.
- Malformação congênita do trato digestivo
ou história prévia de invaginação
intestinal.
- Em casos de doença febril aguda e em
caso de vômitos e/ ou diarreia grave, a
vacinação deve ser adiada.
Influenza
Composição:
- A vacina influenza é composta por vírus
inativados e fragmentados.
- As vacinas contra o influenza são vacinas
subunitárias, compostas por fragmentos de
vírus inativados; como os subtipos virais
circulantes mudam, a vacina é atualizada a
cada ano conforme orientação da OMS
(Organização Mundial da Saúde).
- A vacina influenza é composta por
diferentes cepas do vírus Myxovirus
influenzae inativados, fragmentados e
purificados, cultivados em ovos
embrionados de galinha, contendo, ainda,
traços de neomicina ou polimixina,
gentamicina e o timerosal como
conservantes. A composição e a
concentração de antígenos de
hemaglutinina (HA) são definidas a cada
ano em função dos dados
epidemiológicos, que apontam o tipo e a
cepa do vírus influenza que está
circulando de forma predominante nos
hemisférios Norte e Sul.
- No Brasil, dispomos de vacinas
trivalentes, com um subtipo A/H1N1, um
A/H3N2 e um B (linhagem Yamagata ou
Victoria) e vacinas tetravalentes, que
contemplam, além desses três subtipos,
uma segunda linhagem B, ampliando a
possibilidade de proteção.
Indicação:
- A vacinação contra a gripe é o método
mais efetivo de prevenir a infecção e suas
complicações potencialmente graves. A
eficácia e a efetividade da vacina
dependem principalmente da idade e da
imunocompetência dos vacinados e do
grau de similaridade entre os vírus
vacinais e os circulantes.
- É indicada para proteger contra o vírus da
influenza e contra as complicações da
doença, principalmente as pneumonias
bacterianas secundárias.
- Está indicada para todas as crianças e
adolescentes a partir dos 6 meses de idade.
Aplicação:
- Em menores de 9 anos de idade, no
primeiro ano de vacinação, devem ser
administradas duas doses com 30 dias de
intervalo. Nos anos posteriores, dose única
anual (a influenza é uma doença sazonal),
aplicada por via intramuscular; além disso,
a vacina deve ser aplicada idealmente
antes do período de maior circulação do
vírus.
- A dose para aqueles com idade entre 6 a
35 meses pode variar conforme o
fabricante, e a partir de 3 anos é de 0,5
mL.
- Sempre que possível utilizar
preferencialmente vacinas quadrivalentes,
pelo maior espectro de proteção.
Informações gerais:
- A vacina trivalente é a utilizada pelo
Programa Nacional de Imunozação e
disponibilizada nos postos de saúde
durante a campanha anual da gripe para
crianças entre 6 meses e 6 anos
incompletos, gestantes, puérperas, pessoas
com comorbidades, profissionais da saúde,
indígenas, professores, pessoas privadas
de liberdade ou que trabalhem nessas
instituições, pessoas que trabalham nas
forças de segurança e salvamento e
pessoas com 60 anos ou mais.
- A Sociedade Brasileira de Pediatria e a
Sociedade Brasileira de Imunologia
recomendam o uso da vacina de forma
universal, a partir dos 6 meses de idade,
sempre que possível com a formulação
quadrivalente.
- Os eventos adversos mais comuns são: dor
local, febre, mialgias, cefaleia, sonolência
e sensação de cansaço, que podem ocorrer
nas primeiras 48 horas.
- Reações alérgicas imediatas (urticária,
angioedema, asma alérgica, anafilaxia) são
extremamente raras.
Contra-indicação:
- A vacina influenza é contra-indicada em
pacientes que tiveram reações anafiláticas
com doses anteriores.
- A vacina influenza é contra-indicada em
pacientes que tiveram reações anafiláticas
a proteínas do ovo.
Sarampo, Caxumba, Rubéola e Varicela
Composição:
- A vacina tríplice viral é composta pela
combinação de vírus vivos e atenuados de
sarampo, caxumba é rubéola.
- A tríplice viral é composta por vírus vivos
(atenuados) das cepas Wistar RA 27/3 do
vírus da rubéola, Schwarz do sarampo e
RIT 4385, derivada de Jeryl Lynn, da
caxumba. Tem como excipientes albumina
humana, lactose, sorbitol, manitol, sulfato
de neomicina e aminoácidos
- A vacina treta viral é composta pela
combinação de vírus vivos e atenuados de
sarampo, caxumba, rubéola e varicela.
- A treta viral é composta por vírus vivos
(atenuados) das cepas Schwarz do
sarampo, RIT 4385 (derivada de Jeryl
Lynn, da caxumba), RA 27/3 (do vírus da
rubéola) e OKA (da varicela).
- A vacina varicela é de vírus vivo
atenuado, proveniente da cepa Oka. Cada
dose da vacina deve conter, no mínimo,
1.350 unidades formadoras de placas
(UFP) do vírus contra varicela zoster
(VVZ) atenuada. Pode conter gelatina e
traços de neomicina, kanamicina e
eritromicina.
Indicação:
- A vacina tríplice viral protege contra o
sarampo, a caxumba e a rubéola; e é
indicada para vacinação de usuários a
partir de 12 meses de idade.
- A vacina tetra viral protege contra o
sarampo, a caxumba, a rubéola e a
varicela; e é indicada para a vacinação de
crianças com 15 meses de idade que já
tenham recebido a primeira dose da vacina
tríplice viral.
Aplicação:
- Aos 12 meses de idade, a criança deve
receber, na mesma visita, as primeiras
doses das vacinas tríplice viral (SCR) e
varicela (V), em administrações separadas,
ou a vacina tetraviral (SCRV).
- Aos 15 meses de idade, a criança deve
receber a segunda dose, preferencialmente
com a vacina SCRV (tetra viral), com
intervalo mínimo de três meses da última
dose de varicela e SCR (tríplice viral) ou
SCRV (tetra viral).
- O Programa Nacional de Imunização
recomenda a vacinação de rotina na
infância com duas doses, sendo a primeira
aos 12 meses com a tríplice viral e a
segunda aos 15 meses de idade com a tetra
viral.
- Em situações de risco (surtos ou
exposição domiciliar ao sarampo, varicela,
rubéola e caxumba), é possível vacinar
crianças imunocompetentes de 6 a 12
meses com a vacina SCR-tríplice viral
(dose extra para contençãoepidemiológica).
- Em casos de surtos ou contato íntimo com
caso de varicela, a vacina varicela pode
ser utilizada a partir de 9 meses de vida.
Nesses casos, doses aplicadas antes dos 12
meses de idade, não são consideradas
válidas, e a aplicação de mais duas doses
após a idade de um ano é necessária.
- O Programa Nacional de Imunização
introduziu a segunda dose da vacina
varicela aos 4 anos de idade em 2018;
logo, a vacina da varicela é aplicada em
duas doses: aos 15 meses na formulação
tetraviral (sarampo, rubéola, caxumba e
varicela) e aos 4 anos de idade, na
apresentação monovalente.
- A vacina varicela pode ser indicada na
profilaxia pós-exposição dentro de cinco
dias após o contato, preferencialmente nas
primeiras 72 horas.
- Para crianças, adolescentes e adultos até
29 anos, suscetíveis, são recomendadas
duas doses da vacina tríplice viral, com
intervalo mínimo de 30 dias entre elas;
dos 30 aos 59 anos em dose única. Pessoas
com mais de 60 anos não necessitam ser
vacinadas pois são consideradas imunes
pela alta possibilidade de ter tido a doença
no passado. Profissionais da saúde devem
receber duas doses, independentemente da
idade.9 A Sociedade Brasileira de
Pediatria e Sociedade Brasileira de
Imunologia recomendam a vacina tetra
viral (ou separadamente tríplice viral e
varicela) em duas doses aos 12 e 15 meses
de idade.
Informações gerais:
- A vacina SCRV (tetra viral) se mostrou
associada a uma maior frequência de febre
em lactentes que recebem a primeira dose
com esta vacina quando comparada às
vacinas varicela e tríplice viral em
injeções separadas.
- Os eventos adversos, em geral, são leves e
transitórios. Dor no local da injeção pode
ocorrer por 2 a 3 dias. Eventos sistêmicos,
quando ocorrem, são mais tardios, 5 a 12
dias após a vacinação, com febre (5-15%)
acima de 39°C por 1 a 2 dias e exantema
transitório (2%). Podem causar convulsões
febris e trombocitopenia transitória, que é
rara. Sintomas característicos de rubéola,
sarampo, caxumba ou varicela (vacina
tetra) podem ser observados. Os eventos
adversos são menos comuns após a
segunda dose da vacina.
Contra-indicação:
- As vacinas tríplice viral e tetra viral são
contraindicadas para gestantes, pessoas
com anafilaxia a dose prévia da vacina e
que tenham reações alérgicas graves à
gelatina, neomicina e indivíduos
imunocomprometidos (por leucemia ou
linfoma). As reações alérgicas ao ingerir
ovo de galinha não são contraindicação
para o uso da vacina.
- Corticoterapia em altas doses ou outras
drogas utilizadas na terapêutica de
neoplasias.
- Imunodeficiência celular congênita ou
adquirida (exceto crianças infectadas pelo
HIV assintomáticas e com percentual de
linfócitos T CD4+ > 15%)
- A vacina monovalente da varicela está
contraindicada para gestantes, pessoas
com anafilaxia à dose prévia da vacina e
indivíduos imunocomprometidos.
Hepatite A
Composição:
- A vacina da hepatite A contém antígeno
do vírus da hepatite A, e tem como
adjuvante o hidróxido de alumínio e não
contém antibióticos. Na dependência da
apresentação, pode ter o fenoxietanol
como conservante.
- As diferentes vacinas contra hepatite A
licenciadas no país são inativadas, de vírus
inteiros purificados.
Indicação:
- A hepatite A é uma doença habitualmente
benigna, podendo raramente evoluir para a
forma grave (aguda e fulminante), levando
à hospitalização e ao óbito em 2 a 7% dos
casos. As crianças menores de 13 anos
eram responsáveis, na era pré-vacinal, por
68,7% dos casos confirmados e
constituíam o grupo etário com as maiores
taxas de incidência da doença. A
prevenção por meio da vacinação continua
a ser a arma mais importante para seu
controle, pois não existem medicamentos
antivirais específicos contra a doença.
- A vacina da hepatite A é indicada para a
prevenção da infecção causada pelo vírus
da hepatite A. E o Programa Nacional de
Imunização recomenda a vacinação de
crianças de 12 meses até menores de 2
anos de idade.
Aplicação:
- O programa Nacional de Imunização
disponibiliza uma dose única da vacina
contra a hepatite A aos 15 meses de idade
pela alta imunogenicidade após a primeira
dose. Já a rede privada promove a
administração em duas doses, a partir dos
12 meses de idade, com intervalo de 6
meses entre elas.
- Os adolescentes podem receber duas doses
da vacina Hepatite A com intervalo de 6
meses ou vacina combinada Hepatite
A+B, no esquema de duas doses (0 e 6
meses) até 15 anos de idade ou de três
doses (0, 1 e 6 meses) para os maiores de
16 anos.
A vacina combinada Hepatite A+B
pode ser utilizada na primo vacinação de
crianças de 1 a 15 anos de idade, em 2 doses
com intervalo de seis meses. Acima de 16 anos o
esquema deve ser com três doses (0, 1 e 6
meses). Em circunstâncias excepcionais, em que
não exista tempo suficiente para completar o
esquema de vacinação padrão de 0, 1 e 6 meses,
pode ser utilizado um esquema de três doses aos
0, 7 e 21 dias (esquema acelerado). Nestes casos
uma quarta dose deverá ser feita, 12 meses após
a primeira, para garantir a indução de imunidade
em longo prazo.
Informações gerais:
- A vacina contra a hepatite A pode ser
aplicada simultaneamente com qualquer
outra vacina do calendário infantil. ela é
extremamente segura, e deve ser
administrada por via intramuscular, sendo
raros os eventos adversos.
Contra-indicação:
- Hipersensibilidade aos componentes da
vacina.
Febre amarela
Composição:
- A vacina Febre Amarela é composta de
vírus vivos atenuados, derivados das cepas
17-D ou 17-DD, cultivados em embrião de
galinha. E tem como excipientes a
sacarose, o glutamato de sódio, o sorbitol,
a eritromicina e a canamicina.
Indicação:
- Deve ser aplicada por via subcutânea e
está indicada para a prevenção da febre
amarela, doença causada por um arbovírus
da família Flaviviridae, do gênero
Flavivírus.
- Atualmente, a vacinação contra a febre
amarela está indicada para toda população
brasileira e também para residentes ou
viajantes para as áreas com recomendação
da vacina e países com risco para a doença
(pelo menos 10 dias antes da
- data da viagem), a partir dos 9 meses
- de idade, conforme Calendário Nacional
de Vacinação.
- A vacina da febre amarela é indicada,
também, para pessoas que se deslocam
para países que exigem a comprovação de
vacinação.
- A vacina também é indicada para
profissionais que trabalham manipulando
o vírus da febre amarela.
Aplicação:
- No Brasil, são indicadas duas doses da
vacina para crianças menores de 5 anos de
idade, aos 9 meses e 4 anos. Acima de 5
anos o esquema preconizado é de dose
única no Programa Nacional de
Imunização. Entretanto, a aplicação de
uma segunda dose para crianças e
adolescentes que iniciaram o esquema
acima de 5 anos de idade é desejável, com
o intuito de prevenir eventuais falhas
vacinais.
- Para viagens internacionais prevalecem as
recomendações da OMS com
comprovação de apenas uma dose.
- Deve ser evitada a aplicação da vacina
febre amarela no mesmo dia que a vacina
tríplice viral (sarampo, caxumba e
rubéola) em crianças menores de dois
anos, devido à possível interferência na
resposta imune (a resposta da tríplice viral
é ineficiente gerando falha vacinal) ,
sendo ideal guardar um intervalo de 30
dias entre a aplicação das duas vacinas.
Informações gerais:
- As lactantes de bebês menores de 6 meses
de idade, quando vacinadas, devem ser
orientadas para a suspensão do
aleitamento materno por 10 dias após a
vacinação.
- A vacina é altamente eficaz na proteção
contra a doença, com imunogenicidade de
90 a 98%. Os anticorpos protetores
aparecem entre o 7º e o 10º dia após a
aplicação da vacina, razão pela qual a
vacinação deve ocorrer ao menos 10 dias
antes do indivíduo ingressar em área de
risco da doença.
- A vacina Febre Amarela é, em geral, bem
tolerada e raramente associada a eventos
adversos graves. Os sintomas gerais
relatados do 3º ao 10º dia são leves e
desaparecem espontaneamente. Estes
incluem: cefaleia, mialgia e febre.
Manifestações locais como dor na área de
aplicação ocorrem em 4% dos adultos
vacinados e um poucomenos em crianças
pequenas. A dor dura 1 ou 2 dias, na
forma leve ou moderada.
- Apesar de muito raros, podem acontecer
eventos graves: reações alérgicas, doença
neurológica (encefalite, meningite,
doenças autoimunes com envolvimento do
sistema nervoso central e periférico) e
doença em órgãos (infecção pelo vírus
vacinal, causando danos semelhantes aos
da doença).
Contra-indicação:
- Crianças menores de 6 meses de idade.
- Imunodeficiência congênita ou secundária
por doença (neoplasias, Aids e infecção
pelo HIV com comprometimento da
imunidade) ou por tratamento (drogas
imunossupressoras, radioterapia, pacientes
submetidos a transplante de órgãos, etc.).
- Pacientes que tenham apresentado doença
neurológica desmielinizante no período de
6 semanas após a aplicação de dose
anterior da vacina.
- Gestantes, salvo em situações de alto risco
de infecção, que devem ser avaliadas pelo
médico.
- Mulheres amamentando bebês com até 6
meses. Se a vacinação não puder ser
evitada, suspender o aleitamento materno
por 10 dias.
- Pessoas com história de reação anafilática
relacionada a substâncias presentes na
vacina (ovo de galinha e seus derivados,
gelatina bovina ou outras).
- Pacientes com história pregressa de
doenças do timo (miastenia gravis,
timoma, casos de ausência de timo ou
remoção cirúrgica).
HPV
Composição:
- A vacina HPV utilizada no Brasil é a
quadrivalente (HPV4), contendo partículas
semelhantes ao vírus (VLP) inativadas dos
HPV 6, 11, 16 e 18.
- A vacina quadrivalente recombinante é
inativada, constituída por proteínas L1 do
HPV tipos 6, 11, 16 e 18. Contém como
excipientes o adjuvante sulfato de
hidroxifosfato de alumínio amorfo, cloreto
de sódio, L-histidina, polissorbato 80,
borato de sódio e água para injetáveis.
Indicação:
- A vacina do papiloma víus humano (HPV)
é indicada para jovens do sexo feminino
de 9 a 13 anos de idade, para a imunização
ativa contra os tipos de HPV 6, 11, 16 e
18, a fim de prevenir contra câncer do
colo do útero, vulvar, vaginal e anal,
lesões pré-cancerosas ou displásicas,
verrugas genitais e infecções causadas
pelo papilomavírus humano (HPV)
- Os tipos 6 e 11 são de baixo risco,
responsáveis por cerca de 90% dos
condilomas acuminados (verrugas
genitais) e papilomatoses recorrentes de
laringe. Já os tipos 16 e 18 são
considerados de alto risco (oncogênicos),
associados a 70% dos cânceres uterinos. O
HPV está associado, ainda, a cânceres
vaginais, vulvares, anais, penianos e de
orofaringe, trazendo benefícios adicionais
para a vacinação.
- Os tipo 6,11,16 e 18 apresentam maior
possibilidade de desenvolvimento de
lesões malignas e estão incluídos na
vacina HPV4.
Aplicação:
- Em 2014, o Programa Nacional de
Imunização introduziu a vacina
quadrivalente para meninas de 9 a 14 anos
no esquema de duas doses, com intervalo
de seis meses entre elas. Em 2017, o
programa passou a contemplar também os
meninos de 11 a 14 anos, igualmente no
esquema de duas doses com intervalo de 6
meses entre elas.
- Os maiores de 15 anos devem receber a
vacinação da quadrivalente no esquema de
três doses (0, 1 a 2 e 6 meses).
- Para alguns grupos especiais
(imunocomprometidos), incluindo
transplantados de medula óssea ou órgão
sólidos, pacientes oncológicos e pacientes
vivendo com HIV/Aids, a vacina está
disponível para ambos os sexos, na idade
de 9 a 26 anos, no esquema de três doses
(0, 2 e 6 meses).
- A Sociedade Brasileira de Pediatria
recomenda também a vacinação de
meninas e mulheres de 9 a 45 anos de
idade e meninos e jovens de 9 a 26 anos, o
mais precocemente possível.
- A vacina bivalente HPV2 é indicada
apenas para indivíduos do sexo feminino.
Informações gerais:
- Inúmeros estudos demonstraram a
importância da vacinação na adolescência,
fase de melhor imunogenicidade da vacina
e que precede a iniciação sexual, época de
maior exposição ao vírus. Além disso, em
menores de 15 anos de idade, duas doses
da vacina com intervalo mínimo de 6
meses entre elas são suficientes para
estabelecer uma proteção robusta e
duradoura. Não há intervalo máximo entre
as doses e, em caso de atraso vacinal, não
há necessidade de reiniciar o esquema.
- Os dados de efetividade após a introdução
da vacina em programas públicos
demonstram uma importante redução no
número de casos de verrugas genitais,
lesões precursoras do câncer e do câncer
cervical propriamente dito. São raríssimos
os casos de falha vacinal (breakthrough)
pelos tipos contidos na vacina.
- A vacina do HPV é extremamente segura,
apresenta raramente eventos adversos
locais (dor, vermelhidão e edema) e
sistêmicos (febre, mal-estar e cefaleia) em
cerca de 5-10% dos vacinados.
Contra-indicação:
- A vacina contra o papiloma vírus humano
é contra- indicada para paciente com
hipersensibilidade aos componentes da
vacina e para gestantes (caso a paciente
engravide após o início do esquema
vacinal, as doses subsequentesbdeverão
ser adiadas até o período pós-parto).
Dengue
Aplicação:
- No Brasil, a vacina da dengue foi
licenciada no esquema de três doses (0, 6
e 12 meses) e está recomendada para
crianças e adolescentes a partir de 9 anos
até no máximo 45 anos de idade que já
tiveram infecção prévia pelo vírus da
dengue (soropositivos).
Informações gerais:
- A vacina não deve ser administrada
simultaneamente com outras vacinas do
calendário.
Contra-indicação:
- A vacina da dengue é contraindicada para
gestantes, mulheres que amamentam e
portadores de imunodeficiências.
Covid-19
As vacinas Covid-19 em pediatria vêm
sendo avaliadas, especialmente em
relação à sua segurança. Praticamente
todas as vacinas já em uso em adultos
têm potencial de emprego em crianças e
adolescentes. Como a frequência dos
desfechos graves em pediatria é baixa, os
estudos de extensão de licenciamento devem se
basear na resposta imune e segurança,
correlacionando níveis de imunidade não inferiores
àqueles alcançados na vacinação de adultos.
A vacina de RNA mensageiro do laboratório Pfizer
já obteve registro em nosso país para uso em
adolescentes acima de 12 anos, em função dos
dados obtidos nos estudos de fase 3.
A vacina inativada do laboratório Sinovac/Butantan
(Coronavac) demonstrou, em estudo realizado na
China, segurança e imunogenicidade em estudos de
fase 1 e 2 em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos
e submeteu para a agência regulatória brasileirao
pedido de extensão de faixa etária em bula.
Até o momento ainda não se conhece o esquema
vacinal ideal para crianças de cada vacina, porém, a
inclusão de crianças e adolescentes no programa de
vacinação é uma necessidade, especialmente
naqueles com fatores de risco (obesidade, gravidez,
doenças crônicas, imunossupressão entre outros).
Conclusão
A vacinação da criança tem se mostrado
fundamental no controle e na eliminação de
diversas doenças na pediatria, transformando o
cenário das doenças infecciosas nas últimas
décadas. A manutenção dessas conquistas é
dependente da obtenção de elevadas e homogêneas
coberturas vacinais em toda a população.
Cabe ao pediatra, principal responsável pelas
informações sobre vacinas para toda a população,
estar preparado para orientar, informar e esclarecer
as famílias sobre o valor e os benefícios da
vacinação da criança.
Questões
Questão 1
Muitos estudos de eficácia e segurança foram
realizados para que houvesse a liberação da
vacinação infantil contra COVID-19. Até o
presente momento, a partir de qual idade há
recomendação e evidência científica para
administrar tais vacinas?
A) 7 anos.
B) 6 anos.
C) 5 anos.
D) 4 anos
Questão 2
A mãe de um lactente de nove meses que está em
aleitamento materno necessita viajar para uma
região onde a febre amarela é endêmica. A
orientação correta nesse caso para que a mãe e seu
filho viajem em segurança é vacinar:
A) A mãe e o lactente antes da viagem.
B) Apenas o lactente, já que lactantes não podem
receber a vacina.
C) A mãe, e só amamentar após dez dias; o lactente
não deve ser vacinado.
D) Apenas a mãe antes da viagem; o lactente será
imunizado via leite materno.
Questão 3
Escolar de sete anos, portador de nefropatiacrônica
em uso de corticoide oral em dose > 2mg/ kg/dia,
perdeu o cartão vacinal e precisa atualizá-lo. Não
tem cicatriz de BCG visível. Em relação a
vacinação dessa criança, é correto afirmar que:
A) aplicar vacina BCG pelo risco maior de
desenvolver tuberculose.
B) aplicar tríplice bacteriana e tríplice viral a
qualquer momento da terapia.
C) aplicar todas as vacinas, pois o uso de corticoide
nessa dosagem não é contraindicação.
D) não aplicar tetraviral e febre amarela até
interromper o tratamento por pelo menos um mês.
O uso de corticoide acima de 2 mg/kg/dia em
uso crônica (acima de 10 dias) indica uma
imunossupressão da criança.
Não se deve aplicar a vacina de virus vivo
atenuado em pessoas imunossuprimidos até
suspender o tratamento de corticoide.
Questão 4
Lactente, 15 meses, morador de Natal (RN),
comparece à unidade básica de saúde para
vacinação rotineira com o calendário atualizado até
12 meses. A mãe informa que o seu pai foi
transferido para a região do pantanal
sul-mato-grossense e em 20 dias viajarão para lá,
onde passarão a morar. A orientação correta sobre a
vacinação dessa criança é realizar as vacinas
necessárias para a idade e a condição
epidemiológica, EXCETO a vacina:
A) tetra viral. (não pode tomar junto com a febre
amarela)
B) poliomielite.
C) meningocócica C.
D) tríplice bacteriana (DPT).
Questão 5
Adolescente, 13 anos, masculino, procura unidade
pública de saúde para atualizar sua situação
vacinal. A carteira vacinal demonstra já ter
recebido duas doses da vacina hepatite B, duas
doses da vacina tríplice viral e última dose da
tríplice bacteriana aos seis anos de idade. Nesse
caso, deve-se indicar as seguintes vacinas:
A) dupla tipo adulto, hepatite B e HPV
B) hepatite B, HPV e meningocócica C
C) HPV, meningocócica C e dupla tipo adulto
D) hepatite B, meningocócica C e dupla tipo
adulto.
Eventos Adversos Pós-Vacinais (EAPV)

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