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Exame clínico - Semiologia

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Semiologia Veterinária 
 
Exame clinico 
 
Semiologia 
É a ciência que estuda os sinais ou sintomas, 
investigando por meio de análises diversas, 
com a finalidade de se chegar aos mais 
variados diagnósticos 
 
Sintoma X Sinal 
Sintoma: é um fenômeno anormal revelado 
pelo animal, porém, na medicina veterinária é 
dito que não existe sintomas, visto que os 
animais não verbalizam o que sentem 
Sinal: é um dado notado pelo examinador por 
meio do exame clínico 
 
Passo a passo de uma consulta 
veterinária – Exame clínico 
1. Resenha + Inspeção geral 
2. Anamnese 
3. Exame físico 
4. Exames complementares 
5. Diagnóstico e Prognóstico 
6. Tratamento 
 
Resenha (Identificação do 
paciente) 
Essa é a primeira parte a ser feita quando o 
animal chega ao consultório, nela se procura 
saber a idade, animal, a raça, a espécie, o sexo 
e o peso do animal. 
Essas informações podem estar diretamente 
ligadas ao que o animal está sentindo. Algumas 
raças, por exemplo, têm mais suscetibilidade a 
certas doenças 
 
Inspeção geral 
Essa inspeção, ocorre junto à resenha, a partir 
do momento que o animal chega ao 
consultório, é observado o estado geral do 
animal., como comportamento e atitude. 
Também é importante analisar se é uma 
emergência ou uma urgência 
 
Anamnese (Histórico do animal) 
Essa é uma das partes mais importantes do 
exame clínico, é o histórico do animal e pode-
se dizer que ela é responsável por 50% do 
diagnóstico. Essa parte refere-se as 
PERGUNTAS (para o tutor) e RESPOSTAS 
onde se descreve com mais detalhes as 
informações relevantes para a queixa principal. 
E todas as respostam devem ser colocadas na 
ficha do animal 
Ex: o animal está se alimentando 
normalmente? Tosse? Vômito? Consistência 
e cor das fezes? Secreção nasal? Cansa fácil? 
Já foi medicado? Quando os sintomas 
começaram a aparecer? 
Quanto mais informações se souber sobre as 
alterações e sobre o animal, maiores as 
possibilidades de diagnóstico 
Exame físico- Específico 
 
1. Inspeção direta: quando se utiliza a visão; 
observa-se pelos, mucosas, movimentos 
respiratórios, secreções, aumento de 
volume, cicatrizes claudicações... 
 
2. Inspeção indireta: quando é feita com o 
auxílio de aparelhos, como otoscópio, 
laringoscópio, oftalmoscópio, estetoscópio, 
termômetro.... 
 
 
3. Palpação: completando a inspeção, o 
médico veterinário utiliza-se das mãos e 
dedos para melhor determinar 
características de um sistema ou da área 
explorada. Nela é possível se analisar o 
grau de oleosidade da pele, além de 
vísceras ou órgãos genitais e possíveis 
desconfortos abdominais 
 
↪ Se analisa a CONSISTÊNCIA: mole, 
firme, dura, pastosa (sinal de Godet), 
flutuante, crepitante 
 
4. Auscultação: é a avalição dos ruídos que 
os diferentes órgãos produzem 
espontaneamente. Esse método é usado 
para exames de pulmões, onde é possível 
evidenciar os ruídos respiratórios normais 
e patológicos.; exame do coração, para 
ausculta das bulhas cardíacas normais e 
suas alterações; exame da cavidade 
abdominal... 
 
 → Direta: quando se aplica o ouvido 
diretamente na área examinada protegido por 
um pano 
 → Indireta: quando se utilizam aparelhos de 
auscultação como estetoscópio, 
fonendoscópio, doppler) 
 
↪ Os ruídos podem ser: aéreos, 
líquidos, sólidos e crepitantes 
 
5. Percussão: diferente da auscultação, os 
sons são produzidos pelo examinador, a 
fim de obter uma resposta. É feita através 
de pequenos golpes ou batidas, em 
determinadas partes do corpo do animal, 
para se obter informações sobre as 
condições dos tecidos adjacentes e das 
porções mais profundas 
 
 → Direta: digital, o dedo permanece fletido 
na tentativa de imitar a forma de um martelo 
 → Indireta: utiliza-se instrumentos entre o 
percutor e percutido, como martelo-
pleximétrica 
 
↪ Os sons podem ser claros (ar), 
timpânico (oco), maciço, submaciço, 
metálico (órgão cavitário distendido) 
 
6. Olfação: é a analise por meio do odor de 
determinadas áreas. É importante que não 
se faça diretamente e sim com o auxilio 
de um swab ou concha com a mão 
 
Exame físico – Geral 
7. Nível de consciência: alerta, deprimido, 
estupor, coma 
 
8. Estado nutricional: relacionado com o peso 
e as características físicas, levando sempre 
em consideração a espécie e o porte do 
animal 
 
 
 
9. Temperatura: com o auxílio do 
termômetro avaliar a temperatura do 
animal, lembrando que, essas medidas são 
diferentes para cada espécie animal 
↪ Alguns fatores podem alterar a 
temperatura como ingestão de alimentos, 
idade, sexo, gestação, estado nutricional 
 
 
 
10. Frequência cardíaca: com a ajuda do 
estetoscópio, coloque-o na região 
esquerda do tórax, atras do membro 
anterior esquerdo do animal e conte as 
palpitações durante 15 segundos e 
multiplique por 4 → essa será a frequência 
cardíaca do animal 
 
 
 
 
 
 
 
 
Espécie Idade Temp. 
Retal 
Cães Jovens/Adultos 37,5 a 38,5 
Gatos Jovens/Adultos 37,8 a 39,2 
Equinos Jovens 
Adultos 
37,2 a 38,9 
37,5 a 38,5 
Bovinos Jovens 
Adultos 
38,5 a 39,5 
37,8 a 39,2 
Caprinos Jovens 
Adultos 
38,8 a 40,2 
38,6 a 40,0 
Ovinos Jovens 
Adultos 
39,0 a 40,0 
38,5 a 40,0 
Espécie Batimentos por min 
Cães 60-120 
Gatos 120-240 
Equinos 28-40 
Bovinos 60-80 
Caprinos 95-120 
Ovinos 90-115 
11. Frequência respiratória: relacionada com 
os padrões respiratórios → costal, 
abdominal e abdominocostal 
 
 
 
12. TPC – Tempo de Preenchimento Capilar: 
é o tempo que demora para a palidez 
provocada na mucosa oral, pela impressão 
digital na mucosa volte a cor antes da 
compressão. Está ligado com o estado 
circulatório do animal 
 
↪ Normal: até 2 segundos 
↪ Desidratado: 2 – 4 segundos 
↪ Muito desidratado: maior que 5 
segundos 
 
13. Grau de hidratação: é “medida” pela 
elasticidade da pele. O exame consiste 
numa leve prega, geralmente, entre a 
região cervical posterior e o dorso do 
animal, e com base no tempo que ela 
demora para voltar ao seu estado anterior, 
é calculada a porcentagem da 
desidratação 
 
↪ Até 5% (ainda não está aparente): é 
quando a elasticidade da pele está discreta 
ou sem alteração. Geralmente, o estado 
geral do animal não possui alteração 
 
↪ Entre 6 e 8% (leve): demora entre 2 a 
4 segundos para a pele voltar ao estado 
anterior, pode apresentar anoftalmia 
(retração do globo ocular) leve 
 
↪ Entre 8 e 10% (moderada): demora 
entre 6 a 10 segundos para voltar ao seu 
estado normal, possui enoftalmia evidente, 
mucosas secas e apatia de intensidade 
variável 
 
↪ Entre 10 e 12% (grave): demora mais 
que 10 segundos para a pela voltar ao seu 
estado normal, apresenta enoftalmia 
intensa, extremidades frias, mucosas 
ressecadas, tônus muscular e apatia 
intensa; geralmente, nessa situação o 
animal já está muito fraco e em decúbito 
lateral 
 
↪ 12% (gravíssima): possível óbito do 
animal 
 
14. Coloração das mucosas: está relacionada 
com a cor, brilho e umidade dessas 
estruturas 
Tipos de mucosas: oral, nasal ocular, vaginal e 
prepucial 
 
↪ Normocorada: coloração rosa claro, 
úmida e não regurgitada 
 
 
Espécie Mov. respiratórios por 
min 
Cães 18-36 
Gatos 20-40 
Equinos 8-16 
Bovinos 10-30 
Caprinos 20-30 
Ovinos 20-30 
 
↪ Hiperêmica: vasos ingurgitados, 
coloração escura. Geralmente está 
relacionada com a febre 
Causas: inflamação, infecção 
 
 
 
↪ Pálida: coloração esbranquiçada 
Causas: ectoparasitas, endoparasitas, 
hemorragia 
 
 
 
↪ Ictérica: amareladas, retenção de 
bilirrubina dos tecidos 
Causas: estase biliar, anemia hemólise 
 
 
 
↪ Cianóticas: coloração azulada; pouca 
oxigenação dos tecidos 
Causas: anafilaxia, obstrução das vias 
respiratórias 
 
 
 
15. Linfonodos: fazem parte do sistema 
linfático, que é uma via acessória para que 
os líquidos possam fluir dos espaços 
intersticiaispara o sangue, também tem 
papel importante na imunidade adquirida 
do animal 
 
A importância da avalição dos linfonodos 
no exame clinico, se dá, porque eles 
ajudam a identificar processos patológicos 
que ocorrem nas áreas ou regiões por 
eles drenadas. Visto que, na maioria dos 
processos infecciosos e inflamatórios 
ocorre a dilatação ou hipertrofia anormal 
dessas estruturas 
 
↪ Deve se avaliar: consistência, tamanho, 
sensibilidade, mobilidade e temperatura 
 
 
Exames complementares 
 
Após todo esse processo descrito acima, 
pode ser necessário solicitar exames 
complementares, que como o próprio nome 
já diz, vão complementar as informações já 
colhidas até o momento e 
consequentemente, auxiliar o médico 
veterinário a fechar um diagnóstico mais 
preciso e rápido. E, portanto, dá o prognóstico 
do paciente 
A razão para a realização desses exames são: 
confirmar a presença ou causa da doença, 
avaliar a severidade do processo, determinar 
a evolução de uma doença específica, 
verificar a eficácia de um determinado 
tratamento → QUALIDADE DE VIDA 
Esses exames serão solicitados de acordo 
com as suspeitas, tendo em vista, a anamnese 
e o exame físico do paciente 
Entre eles temos: 
Punção: coleta de material de vários órgãos 
ou cavidades, para exames citológicos e 
bacteriológico 
Biópsia: coleta de pequenos fragmentos de 
tecido animal vivo, para exames 
histopatológicos 
Exames laboratoriais: sangue, urina, fezes, 
liquor... 
Reações alérgicas: teste de tuberculina 
 
Diagnóstico, Prognóstico e 
Tratamento 
O diagnóstico preciso, segue todas as etapas 
acima descritas, dando um melhor 
direcionamento ao médico veterinário, 
auxiliando-o na escolha do melhor tratamento, 
visando sempre a qualidade de vida do animal 
O prognóstico está relacionado com a 
evolução e das possíveis consequências de 
uma doença ou lesão 
 
ANOTAÇÕES DE MARYLIA TAVARES- LIVROS E AULAS

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