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Antidepressivos Transtornos de Humor Transtorno depressivo maior: tristeza durando pelo menos duas semanas a seis meses. Transtorno maníaco depressivo (bipolar): tristeza profunda com picos de exacerbação de humor. Distimia: tristeza mais crônicas, pelo menos dois anos. Sintomas: anedonia, tristeza, cansaço, dificuldade de concentração, dificuldade para comer, insônia. Teoria monoaminérgica da depressão Acredita-se que há uma alteração funcional nos níveis de noradrenalina, serotonina e dopamina em áreas cerebrais como córtex e área límbica. Além disso, pode estar associado a diminuição de neurotrofinas (teoria neurotrófica), que estão relacionadas a neurogênese e a formação de brotos dendríticos. Entretanto, a depressão não é uma doença neurodegenerativa. A deficiência dos níveis de monoaminas ocasionaria déficit de neurotrofinas. Portanto, todos os antidepressivos funcionam para intensificar a produção de noradrenalina, serotonina e dopamina. Classes de antidepressivos IMAO: inibidores da monoamino-oxidase ATC: antidepressivos triciclicos ISRS: inibidores da recaptação de serotonina ISRSN: inibidores da recaptação da serotonina e adrenalina Atípicos: Uniciclicos e tetracíclicos. Mecanismo de ação Os medicamentos inibidores da MAO agem inibindo a reação enzimática da serotonina e noradrenalina. Logo, sua disposição se mantém na fenda sináptica e no VMAT, proporcionando efeitos prolongados. Toxicidade - Ganho de peso; - Inquietação; - Insônia; - Disfunção sexual (anorgasmia); - Reação do queijo: inibidores da MAO, possuem interação com tiramina, pois inibem a reação enzimática com essa substância. Gerando efeitos simpáticos diretos quando consumida, como taquicardia, infarto, hipertensão. Essa substância está presente no queijo, no leite, em vinhos, cerveja, alimentos fermentados. Imipramina, amitriptilina Mecanismo de ação Agem nos transportadores de noradrenalina e de serotonina para dentro das células, prolongando o tempo dos neurotransmissores, são agonistas indiretos. Toxicidade Constipação, incontinência urinária, ressecamento dos olhos, hipotensão postural, sedação, incontinência sexual. Citalopram, escitalopram, sertralina, paroxetina, fluoxetina Mecanismo de ação Apenas inibem recaptação da serotonina, sendo seletivos a ela, e não da norepinefrina. Toxicidade Náusea, vômito, insônia, impotência, anorgasmia (persistente), redução da libido, ansiedade, pânico, redução do apetite. Interação medicamentosa - Fluoxetina e paroxetina são inibidores enzimáticos. Podem favorecer um maior efeito sob inibidores da MAO, anti-b- adrenergicos, antiarrítmicos. - Sindrome serotoninérgica: (IMAO + ISRS) delírio, tremor, hipertensão, convulsão, taquicardia. Obs: nunca associar antidepressivos com inibidores da MAO! Venlafaxina, desvenlafaxina, duloxetina Mecanismo de ação Agem nos transportadores de noradrenalina e de serotonina para dentro das células, prolongando o tempo dos neurotransmissores, são agonistas indiretos. Toxicidade Não bloqueiam receptores muscarínicos, alfa adrenérgicos e histamínicos. Mas podem causar náuseas, constipação, insonia, agitação, dor de cabeça e disfunção sexual. Má formação congênita (venlafaxina). Amoxapina, Maprotilina, mirtazapina, bupropiona Mecanismo de ação Agem nos transportadores de noradrenalina e de serotonina para dentro das células, prolongando o tempo dos neurotransmissores, são agonistas indiretos. EXCETO a bupropiona (inibe a recaptação de dopamina e noradrenalina). Toxicidade A bupropiona NÃO CAUSA disfunção sexual, pois mantem a serotonina normal, pode aumentar a libido e até ser usado pra abstinência tabágica. Primeira escolha: - Transtorno de ansiedade generalizada (ISRS = sertralina, citalopram, escitalopram, paroxetina, fluoxetina); - Sindrome do pânico (não em crise = benzodiazepínico, clonazepam sublingual) (ISRS); - TOC (ISRS); - Estresse pós-traumático: fluoxetina. Fármaco de primeira escolha: - ISRS (escitalopram, sertralina, fluoxetina, paroxetina): sintomas de anedonia apenas. (fraco – sertralina ; moderada- grave-escitalopram; fluoxetina-gravidez; paroxetina-apetite) - ISRSN (duloxetina, venlafaxina, desvenlafaxina): fadiga, memória, sintomas de anedonia. Deve-se fazer prova terapêutica de 8-12 semanas. Em caso de resposta inadequada substitui ou acréscimo de um 2º agente. Nunca um MAO. Se não funcionar, tentar inibidor da MAO ou tricíclico (ela vai ser 4ª ou 5ª escolha). Se não funcionar, associar antipsicótico ou lítio. Se não funcionar, eletroterapia. A latência terapêutica dos antidepressivos são prolongados de 4-6 semanas. Nas primeiras semanas há mais efeitos colaterais. Isso ocorre pois os brotos dendríticos são poucos e precisam de tempo para serem produzidos. - Venlafaxina não deve ser usada em gravidas (teratogenico); - bupropiona nao causa disfunção sexual; - Nunca associar antidepressivo com MAO (ah nao ser em 5ª ou 4ª opção); - Fluoxetina pode ser usado na gravidez; - Paroxetina aumenta o apetite;
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