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ESTETICA- AULA-01 - INTRODUCAO

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ESTÉTICA DO PROJETO
UMA INTRODUÇÃO CONCEITUAL
Profª Msc. Laura Ludovico - UNIP
Breves Conceitos 
 Para iniciar o programa da nossa disciplina, é 
importante abordar alguns conceitos bem como 
retomar alguns aspectos que servirão como 
fundamento para desenvolver os temas 
pertinentes. 
 Assim, a proposta passa necessariamente por 
uma breve perspectiva histórica, a partir da qual 
pretendemos situar as questões relativas à 
estética e a arte.
Breves Conceitos 
 O termo estética vem da expressão 
grega aisthésis, significando percepção, 
sensação, podendo ser apontada na filosofia 
clássica. 
 Em Platão encontramos os fundamentos para 
uma teoria da beleza. Em pelo menos duas de 
suas obras (O Banquete e Fedro) ele demonstra 
que a alma é sempre atraída para a beleza, e 
esta funciona como uma ponte para o mundo 
das ideias, onde habita a Beleza Absoluta, e 
também a Verdade e o Bem. O belo é uma 
característica da verdade, sendo por isso boa.
Breves Conceitos 
 Mas pra compreender de fato esta posição cabe lembrar 
que Platão concebia um universo formado por dois 
mundos distintos: 
 - o mundo das essências, que seria o mundo do 
autêntico, das ideias puras, essências do eterno e 
imutável que existe e sempre existirá, onde a verdade, a 
beleza e o bem servem de modelo para todas as coisas 
que existem no mundo sensível;
 - o mundo das aparências, que é aquele que temos 
diante de nossos olhos, que nos é dado perceber, o 
mundo sensível onde as transformações e mudanças são 
constantes e inevitáveis, onde as coisas nascem e 
morrem e são apenas um modo imperfeito do homem 
vislumbrar o mundo autêntico (o mundo das essências).
Breves Conceitos 
 Mas, partindo dessa concepção, Platão 
rejeitava a arte como caminho para o 
conhecimento, uma vez que ela é apenas 
uma representação humana da natureza 
(mímesis), que por sua vez já é somente 
uma sombra do mundo das idéias. 
 Assim, a arte não passaria de uma imitação 
de “terceira mão” do mundo real, o mundo 
das ideias.
Breves Conceitos 
 Por sua vez, Aristóteles não tem dificuldade em dar valor 
cognitivo às artes, mesmo que elas sejam 
principalmente objeto do mundo sensível. Ele considera 
que o prazer que os sentidos nos dão esta diretamente 
ligado ao seu papel cognitivo:
 “Todos os homens por natureza desejam conhecer. Uma 
indicação disto é o prazer que os sentidos nos dão; pois 
mesmo sem considerar a sua utilidade, amamos os 
sentidos por si mesmos”. (Metafísica, livro I). 
 Aristóteles concebe o belo como ordem, simetria e o 
resultado das relações que se estabelecem entre essas 
propriedades no objeto.
Breves Conceitos 
 A partir do século XVIII, as noções de arte e belo 
passam a ser cada vez mais vinculadas como parte uma 
mesma área de investigação, consequência da atenção 
dada ao conceito de gosto, entendido como faculdade de 
discernir o belo, seja dentro ou fora da arte. 
 Coube a Alexander G. Baumgarten, por volta de 1750, a 
publicação de uma obra definitiva sobre a 
questão: Aesthetica. 
 Antes dele, a estética aparecia abordagens da filosofia, 
subordinada à teoria do conhecimento e à ética. A obra 
de Baumgarten trata a estética tem como objeto do 
conhecimento sensorial, contrapondo-se à lógica cujo 
foco é o saber cognitivo.
Breves Conceitos 
 Seguindo essa mesma proposta, Kant afirma que a 
beleza não é propriedade do objeto mas resultado 
de uma construção do sujeito em relação 
ao objeto. Ao contrario dos juízos de 
conhecimento, que emitem conceitos evidentes e 
indiscutíveis (“a rosa é branca”), os juízos estéticos 
são resultado da apreensão pessoal de 
quem contempla o objeto, sem relação com as 
propriedades que o compõe (“a rosa é bela”). 
 Assim, a beleza é produzida subjetivamente a partir 
de uma sensação de prazer, que pode ser universal, 
na medida em que os homens compartilhem de um 
mesmo juizo de gosto.
Breves Conceitos 
 É possível afirmar que as questões fundamentais no campo 
da Estética se desdobram em três tendências principais:
1- A relação entre a arte e a natureza
 A partir de sua definição mais antiga na filosofia 
ocidental, a arte aparece como imitação da natureza, 
posição reafirmada pelo movimento realista. Uma 
segunda postura enfoca a arte como criação, sem 
referência direta à natureza, mas como originalidade, 
postura característica do movimento romântico. A 
terceira posição, predominante na estética 
contemporânea, faz referência a arte como construção 
na qual a atividade estética não se limita apenas a 
recepção ou criação, mas a um produto complexo em 
que a obra do homem acrescenta à natureza sem 
destruí-la.
Breves Conceitos 
 2. A relação entre a arte e o homem
 Uma primeira concepção aponta a arte como conhecimento, a 
partir de Aristóteles, que também é a referência para uma 
segunda posição que indica arte como atividade, technê.
 O conceito de technê se refere ao domínio das técnicas do 
fazer, sendo muito próximo ao que hoje chamamos de 
artesanato. Para distinguir essa modalidade daquilo que hoje 
entendemos por arte, Aristóteles fala das “artes 
miméticas”. Mimesis designa a ação de imitar, copiar, 
reproduzir ou representar a natureza, e constitui, na filosofia 
aristotélica, o fundamento de toda a arte. Assim, o artista é 
aquele que se destaca pela forma como consegue imitar ou 
representar a realidade. A tese da arte como sensibilidade 
ganha destaque a partir do sec. XVIII, sob a concepção de 
arte como perfeição da sensibilidade, uma negação da postura 
de Platão de diminuir a importância da atividade artística.
Breves Conceitos 
 3. A função da arte
 Este problema é abordado por duas diferentes posturas. A 
primeira aponta para a função educativa, podendo ser 
encontrada a partir de Aristóteles cuja afirmação sobre a 
música pode ser estendida aos demais domínios 
artísticos: “… a musica não deve ser praticada só por um 
tipo de benefício que dela possa derivar, mas por seus usos 
múltiplos, servindo à educação, à catarse, ao repouso, ao 
soerguimento da alma e à suspensão dos 
afazeres…” (Politica, VIII). 
 A segunda postura diz respeito a arte como expressão, a 
forma final das vivências, atividades e atitudes humanas, 
transportando para um outro plano o mundo comum da 
vida, emoções, necessidades, ideias e conceitos que dão 
sentido à própria existência humana.
Breves Conceitos 
Agora temos os conceitos básicos
para iniciar a discussão de como o
problema da estética se apresenta
na arquitetura e no processo de
projeto.
Breves Conceitos 
 LINGUAGEM 
ARQUITETÔNICA:
 A expressão linguagem 
arquitetônica se refere 
ao conjunto de 
elementos que dão à 
composição 
arquitetônica, enquanto 
expressão artística e manifestação 
da vontade humana, um certo 
ordenamento sintático, 
morfológico e 
semântico.
O domínio da linguagem arquitetônica 
envolve o reconhecimento de que a 
composição arquitetônica surge a partir 
das relações:
 formais, 
 sintáticas e 
 pragmáticas
dos elementos a serem trabalhados e que 
diferentes formas de organização das 
informações existentes busca resultar em 
produtos adequados a uma dada intenção. 
Dessa forma, o estudo desta linguagem 
confunde-se com os postulados teóricos 
da teoria da gestalt, mas não se limitam a 
ela.
Portanto, a linguagem arquitetônica de 
uma determinada obra de arquitetura se 
dá pela relação entre seus elementos 
e o todo, de acordo com o partido 
tomado pelo arquiteto e compondo, 
através da relação entre as partes e o todo, 
uma unidade estética. 
Linguagem Arquiteônica
 A Gestalt (do alemão Gestalt, "forma"), também conhecida 
como gestaltismo, teoria da forma, psicologia da gestalt, psicologia da boa 
forma e leis da gestalt, é uma doutrina que defende que, para se 
compreender as partes, é preciso, antes, compreender o todo.
Refere-se a um processo de dar forma, de configurar "o que é colocado diante 
dos olhos, exposto ao olhar". 
 A palavra gestalt tem o significado "de uma entidade concreta,individual e 
característica, que existe como algo destacado e que tem uma forma ou 
configuração como um de seus atributos".
De acordo com a teoria gestáltica, não se pode ter conhecimento do "todo" por 
meio de suas partes, pois o todo é outro, que não a soma de suas partes: 
 "(...) 'A+B' não é simplesmente '(A+B)', mas sim, um terceiro elemento 'C', que 
possui características próprias". Segundo o critério da transponibilidade, 
independentemente dos elementos que compõem determinado objeto, a 
forma é que sobressai: as letras r, o, s, a não constituem apenas uma palavra em 
nossas mentes: "(...) evocam a imagem da flor, seu cheiro e simbolismo -
propriedades não exatamente relacionadas às letras." 
Linguagem Arquiteônica
Eventualmente a palavra é confundida com a 
expressão ESTILO, embora do ponto de vista teórico, o 
ESTILO se refere a uma determinada classificação (em geral 
histórica) sobre a produção arquitetônica de um povo ou 
período: normalmente está associado ao estabelecimento 
de regras de composição e projeto. 
A linguagem, se refere simplesmente ao uso dos 
elementos arquitetônicos com o fim de se chegar à 
composição, seja ela qual for.
 A linguagem arquitetônica também transcende a questão do belo, 
por si só: não se pretende a beleza como simples juízo de valor, mas 
como experiência estética que gere uma certa fruição. 
 Em geral, o correto domínio dos elementos, através do controle de 
suas várias relações, resultará em obras "belas", mas ainda assim de 
um ponto de vista relativo.
Linguagem Arquiteônica
 Espaço
 É no espaço (entendido em toda a sua amplitude de significados, 
não só o espaço cartesiano mas também o espaço social, o 
espaço vivenciado pela experiência humana) que a arquitetura
efetivamente se manifesta e no qual os seus elementos podem 
ser arranjados.A linguagem da arquitetura, portanto, é 
sinteticamente o espaço. 
 Os invólucros formais que definem o espaço (as paredes de uma 
construção, por exemplo), do ponto de vista da linguagem, são 
considerados não um fim mas um instrumento: as alterações que 
se fazem neles têm como fim a alteração do espaço como ente a 
ser percebido pelo homem. Um exemplo claro deste raciocínio é 
a pintura de apenas uma entre várias paredes de uma cor mais 
escura que as outras, alterando a forma como um indivíduo 
sentirá o tamanho a ser percorrido até chegar até ela.
Linguagem Arquiteônica
 Espaço
 Elementos de composição arquitetônica – como forma de 
expressão arquitetônica:
 Forma
 Dimensão
 Textura
 Cor
 Luz e Sombra
 Os seguintes artifícios são utilizados como instrumento de 
composição daqueles elementos:
 Proporção
 Ritmo
 Repetição
 Contraste e harmonia
Linguagem Arquiteônica
 Espaço
 Elementos de composição arquitetônica – como forma de 
expressão arquitetônica:
 Forma:
❑ Forma é uma relação que permanece constante mesmo
que mudem os elementos aos quais ela se aplica. Os
triângulos podem ter vários tamanhos, diversos ângulos
internos etc., mas a triangularidade permanece constante,
independente das características peculiares deste ou
daquele triângulo particular.
❑ Devido a esta generalização, há um aspecto intelectual por
trás da definição de forma. Todo ato de perceber uma
forma no mundo é um ato intelectual de destacar um
significado. A forma é o oposto da indiferença, o avesso da
insignificância.
Linguagem Arquiteônica
 Espaço
 Elementos de composição arquitetônica – como forma de 
expressão arquitetônica:
 Textura:
Áspera ou lisa, acolhedora ou espinhosa, a textura é a
característica das superfícies que alude ao sentido do tato.
A textura é a pele da comunicação visual, sendo a qualidade
determinante da sensualidade das superfícies. É também uma
determinante para definir o material de que são feitas as figuras
presentes.
Um piso de mármore, uma coluna de cedro, um tecido de
veludo azul, anéis de ouro reluzente, a pele cálida e relaxada
depois do amor, todos são representados através de suas
texturas.
Linguagem Arquiteônica
 Espaço
 Elementos de composição arquitetônica – como forma de 
expressão arquitetônica:
 Cor:
É a mais emotiva das características das superfícies. A cor
tranqüiliza, agride, enleva ou entristece. Cor é luz, tanto a
luz vinda de uma fonte luminosa quanto a luz que é
refletida pelas superfícies dos objetos.
No primeiro caso, a cor resultante é chamada de cor-luz.
No segundo caso, é denominada de cor-pigmento. Todas
as cores-luz podem ser obtidas pela mistura de apenas
três cores: o vermelho, o verde e o azul. Estas três cores
puras chamam-se de cores primárias.
Linguagem Arquiteônica
 Espaço
 Elementos de composição arquitetônica – como forma de 
expressão arquitetônica:
 Ritmo:
FORMA E ESPAÇO
FORMA
FORMA, significando
• figura exterior ou aparência visual
• contorno ou silhueta
• gênero ou estilo artístico
FORMA, significando
• estrutura essencial e interna, como
construção do espaço e da matéria
• forma e conteúdo tendem a 
coincidir.
FORMA – Aristóteles
• como substância, como
componente necessário ao objeto
• como finalidade do objeto
• como elemento ativo da
existência do objeto
 Palavra ambígua de vários significados e interpretações ao longo 
da História.
HABITABILIDADE
HABITANTE - Palavra 
indispensável no 
vocabulário da arquitetura.
HABITABILIDADE -
relação do homem com a 
vida que transcorre na obra 
de arquitetura - casa, edifício 
de escritório, fábrica, 
supermercado, igreja, etc.
 Palavra ambígua de vários significados e interpretações ao longo 
da História.
USUÁRIO - relação do 
homem com as funções da 
obra de arquitetura.
FUNCIONALIDADE
CONSTRUÇÃO É DIFERENTE DE ARQUITETURA
Não é suficiente cumprir os
objetivos funcionais; a
obra de arquitetura deverá
ter qualidade formal.
ESTRATÉGIA FORMAL
A estratégia formal é parte da livre escolha 
subjetiva de princípios de coerência formal 
durante o processo de busca por efetiva 
solução do problema arquitetônico.
Não existe uma só arquitetura para resolver de 
modo absoluto o problema.
Estratégias formais não pertencem ao saber 
objetivo generalizável da “leitura” do problema.
São opções válidas, mas particulares, ligadas a 
conceitos (“Os Cinco Pontos”, por exemplo), a 
tendências arquitetônicas, a tradições culturais, 
ou preferências subjetivas de um arquiteto.
Cristián Fernandez Cox
Estratégia Formal
Resolver um problema de maneira 
científica significa, em primeiro lugar,
distinguir seus elementos.
É essencial para um arquiteto saber
ver de tal forma que a sua visão não 
seja dominada pela racionalidade.
Le Corbusier Luís Barragán
Estratégia Formal
Ambas estratégias formais – de Barragán e de Le 
Corbusier – são válidas e contribuem para dar 
respostas consistentes aos problemas 
arquitetônicos.
Porém, são visões particulares (subjetivas) de 
enfrentamento de problemas – não se 
constituem, portanto, em visões objetivas de 
validade generalizável (não são teoria).
Cristián Fernandez Cox
Estratégia Formal
No século XX, ocorreu uma mudança drástica na maneira de 
afrontar a forma arquitetônica. Dissolveu-se um sistema estético e 
compositivo (o clássico, que apesar de suas variedades e evolução 
possuía alguns critérios unitários e intemporais baseados na 
ordem, na simetria, na harmonia, na hierarquia e na representação) 
e entrou-se em uma nova época na qual desapareceram as leis 
compositivas universais.
Os repertórios formais tenderam a ser inventados por um único 
artista (ou no máximo por um movimento [...]) e receberam 
somente um grau limitado de aceitação geral. E o desenvolvimento 
aberto que já surgia com as vanguardas artísticas não tendeu a 
diminuir, mas sim, aumentou continuamente ao longo do século. 
[...] Os traços comuns da arquitetura do movimento moderno 
(abstração, precisão técnica, ausência de ornamentação, espaço 
dinâmico, elementarismo) [...], com o tempo, o pluralismo da 
condição pós-modernapermitiu legitimar todas as posturas 
arquitetônicas.
Josep Maria Montaner
Josep Maria Montaner
O novo edifício literalmente preenche um vazio e propiciará à praça recuperar sua 
condição de claustro.
Porém, como somar-se a ela? Qual deve ser a face, o rosto, da nova obra?
A proposta foi de um 
edifício que quer ser 
um participante a
mais na praça, sem 
adquirir a condição de
protagonista, em que 
já há a Catedral e o
Palácio do Cardeal.
Mas não se trata de 
um participante 
qualquer, pois 
representa o poder 
civil, a autoridade dos
cidadãos.
Como traduzir tudo isso em termos arquitetônicos?
Projetou-se uma fachada/pele que se orienta para a
Catedral e participa da vida da praça.
Porém, o edifício não tem porta para a praça, e sim para a rua 
lateral. Está nela, mas respeita a prioridade
adquirida pelos ocupantes anteriores.
CENTRO CULTURAL
KURSAAL
SAN SEBASTIAN/ESPANHA
[...] nesse projeto se oferece uma alternativa tanto para a 
fragmentação como ao minimalismo. Um primeiro olhar 
nos levaria a pensar que se trata de uma estrutura 
fragmentada; porém, uma avaliação mais apurada nos faz 
ver que os possíveis fragmentos ficaram consolidados e 
encontraram seu lugar [...]. 
Nada é fruto do azar.
De outra parte, podemos falar de compacidade quando 
observamos como tão generoso programa ficou absorvido em 
volumes limpos.
Sua simplicidade nos levaria a falar também em minimalismo.

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