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Metodologias de codificação e classificação de equipamentos, materiais e produtos Futuro técnico em logística, você consegue imaginar uma loja sem produtos suficientes para comercializar aos seus clientes? Ou uma indústria obrigada a parar a produção porque está sem matéria prima disponível? Imagine na prática uma padaria com falta de farinha de trigo ou talvez uma empresa de contabilidade deixando de entregar documentos aos seus clientes porque ficou sem tinta nas impressoras? Todas essas situações poderiam ocorrer, mas teriam um impacto negativo nas atividades dessas empresas, além de demonstrar um sério problema na organização de seus estoques. Seja em uma indústria, seja em uma empresa prestadora de serviços ou que comercialize bens, as atividades desempenhadas cotidianamente estão diretamente relacionadas aos seus materiais, produtos e equipamentos, por isso a organização do estoque é fundamental para garantir o bom funcionamento de um negócio. Nesse contexto, é preciso conhecer a localização dos materiais e dos produtos existentes e também controlar sua entrada e consumo de maneira eficiente. Utilizamos a classificação e a codificação de equipamentos, materiais e produtos para identificá-los, facilitando assim sua localização e controle dentro da empresa. A categorização dos produtos possibilita armazenar e controlar fielmente os estoques. Os produtos em estoque podem ser definidos em quatro categorias. Clique ou toque para visualizar o conteúdo. Matérias-primas Irão receber um processo de transformação. Exemplo: uma chapa de aço que passará por uma linha de produção e se transformará em uma porta de automóvel. Embalagens, peças ou componentes comprados Itens já transformados que são comprados de fornecedores. Exemplo: parafusos, acentos de carros, maçanetas. Produtos em processos Matérias-primas que já sofreram alguma transformação. Exemplo: no caso da chapa de aço, é a porta que ainda sofrerá furos e dobras em uma estamparia. Produtos acabados Produtos finalizados e prontos a serem entregues ao cliente final. É importante salientar que as considerações que seguem norteiam a classificações dos produtos, mas são especificas para o ramo de atuação de cada empresa ou indústria e cada uma irá utilizar-se da classificação e de parâmetros que melhor se adequarem a sua rotina logística, sua organização do estoque ou suas normativas fiscais, administrativas e exigências ambientais (caso haja enquadramento). Classificação dos materiais Na classificação dos materiais, a normatização descreve pesos, medidas, formatos, finalidades e identificá-os, padronizando a terminologia pela qual é conhecido. Podemos agrupá-los por sua forma, peso, tipo, uso etc. São essas as principais (Trigueiro, 2006): Clique ou toque para visualizar o conteúdo. Como podemos observar, a classificação de materiais é vital no desempenho de uma organização quando é adequadamente entendida e executada, impactando diretamente na redução ou no aumento de custos e na gestão logística. Vejamos agora como podemos codificar os materiais. Codificação Um passo posterior e consequência direta da classificação é a codificação, que representa por meio de letras ou números todas as informações necessárias de determinado produto. Neste processo cadastral, o produto irá se tornar único e receberá um número de identificação. Deste modo, em um processo de cadastramento bem feito, cada produto ou material terá um único código, evitando assim duplicidade e agilizando o processo de identificação e movimentação do estoque. Os Tipos mais comuns de codificação são: Alfabético: codificado por letras. Alfanumérico: com a combinação de letras e números, geralmente divididos em grupos e classes. Por exemplo: LR – 85251, grupo LR e classe 85251. Numérico: chamado de decimal, é o mais utilizado pela forma simplificada e pela possibilidade de englobar vários itens e informações. Um dos mais conhecidos é o Federal Supply Clasification, que oferece a seguinte estrutura: Exemplo: 07-03-000037-8 Chave A – XX – 07 – grupo do material. Exemplo: “carne” Chave B – XX – 03 – subgrupos do material. Exemplo: “carne bovina” Chave C – XXXXX – 000037 – descrição do material. Exemplo: “carne bovina – picanha” Chave D – X – 8 – dígito verificador Chave A: serve para reunir os itens em grupos mais abrangentes, a partir de um determinado critério. Chave B: determinam os subgrupos, que diferenciam materiais ou produtos dentro de uma mesma chave. Chave C: nesta chave, os produtos são identificados individualmente. Chave D: o número que vem após o traço é usado pelos sistemas como forma de impedir que códigos sejam digitados erradamente. Através de um cálculo algoritmo entre os números componentes do código dos produtos, o sistema gera um número resultante que acompanhará o respectivo código. Se um dos dígitos do código for inserido erroneamente, na hora em que o sistema fizer o cálculo, verá que o resultado não bate com o digito verificador. Caro aluno, como pudemos observar, a localização dos produtos em estoque através da sua identificação é de fundamental relevância para a agilidade e a competitividade da organização em que a boa classificação e a codificação irão garantir a agilidade no abastecimento de materiais, e deste modo estaremos neutralizando os efeitos da demora ou do atraso na entrega das mercadorias. Vamos praticar? Iniciar QUIZ