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Sistema Respiratório

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Sistema Respiratório
- sistema essencial para a troca de gases entre o ar
atmosférico e o sangue
- a principal função do sistema respiratório é o
transporte de oxigênio e dióxido de carbono entre o
meio ambiente e os tecidos
- funções: termorregulação, metabolismo de
substâncias endógenas e exógenas, proteção contra
poeiras inaladas, gases tóxicos e agentes infecciosos
Componentes
PARTE CONDUTORA
- órgãos auxiliares
- via respiratória: nariz, cavidade nasal, seios
paranasais, faringe, laringe, traqueia e brônquios
- através da qual o ar passa para atingir a parte
respiratória
- trato respiratório superior: nariz, cavidade nasal e
faringe
- trato respiratório inferior: laringe, traqueia e
pulmões
PARTE RESPIRATÓRIA
- bronquíolos respiratórios, ductos alveolares, sacos
alveolares e os alvéolos pulmonares
- locais de troca gasosa
- anexos olfatórios: mucosa olfatória nasal e órgão
vômero nasal
Nariz
- engloba o nariz externo, as cavidades nasais, os
seios paranasais e a nasofaringe
- nariz externo é incorporado à face
- dividido internamente em duas cavidades: vestíbulos
nasais
- vestíbulos nasais: iniciam pelas narinas e conduzem
às cavidades nasais
- narinas: forma, tamanho, orientação e a natureza do
tegumento das narinas variam entre as espécies
- o tegumento ao redor das narinas é glabro e
diferenciado do restante da pele na maioria das
espécies, exceto nos equinos
- a região de tegumento modificado é chamada de
plano nasal em carnívoros e pequenos ruminantes,
plano nasolabial em bovinos e plano rostral em
suínos
PLANO NASAL
- carnívoros e pequenos ruminantes
- apresenta pele ao redor das narinas, mas não possui
pêlos
- é dividido por um sulco mediano (filtro), que
prossegue ventralmente e divide o lábio superior
- a superfície é umedecida pela secreção da glândula
nasal lateral situada no interior do recesso maxilar e
por algumas glândulas menores da mucosa
PLANOS NASOLABIAL
- bovinos
- pele lisa e sem pêlos
- mucosa coberta por um epitélio estratificado e
cornificado, umedecido por glândulas serosas da
mucosa
PLANO ROSTRAL
- suínos
- ponto móvel em formato de disco do focinho,
denominado rostro/focinho
- o focinho é sustentado pelo osso rostral e coberto por
pele modificada
- possui pêlos táteis e glândulas mucosas que
umedecem a superfície
Cartilagem
- as cartilagens que sustentam nariz externo são pares
e variam na forma e no tamanho
- a extremidade rostral do septo nasal forma a divisão
mediana entre os vestíbulos direito e esquerdo
- a margem livre do septo nasal fornece fixação a
outras cartilagens que sustentam as margens dorsal
e lateral da narina e determinam sua forma
- nos equinos, a parte superior da narina conduz a um
divertículo cego que ocupa a incisura
nasoincisiva (narina falsa), enquanto a
parte inferior da narina conduz à cavidade
nasal
- as narinas dos equinos são mais flexíveis
quando comparados a de outras
espécies, o que facilita o exame clínico do
vestíbulo nasal e exposição da abertura
do ducto nasolacrimal (no assoalho)
Vestíbulo nasal
- o tegumento estende-se a uma certa distância
dentro do vestíbulo, onde encontra a mucosa nasal
- a abertura do ducto nasolacrimal no assoalho do
vestíbulo nasal é bem evidente nos equinos
- em outras espécies ele se localiza mais caudalmente,
às vezes com mais de uma abertura
1
- nos caninos, as aberturas das glândulas nasais
laterais serosas também desembocam nesta região
Cavidades nasais
- ocupam a maior parte da face
- as cavidades nasais se comunicam com os seios
paranasais
- o espaço potencial da cavidade nasal é reduzido
entre outros fatores, pelos ossos turbinados
(conchas nasais) muito delicados e cobertos por
mucosa que se projetam para o interior da cavidade a
partir das paredes laterais e dorsais
- as cavidades direito e esquerdo são divididas pelo
septo nasal, que é cartilaginoso em sua maior
porção e ossificado na sua parte mais caudal
- nos equinos, o septo nasal se estende pelo
comprimento inteiro do palato duro, de modo que
cada cavidade nasal se comunica com a faringe,
através de uma abertura separada (coana)
- em outras espécies, a parte caudal do septo nasal
não se une ao palato e uma única abertura é
compartilhada entre os dois lados
- funções: olfação e modificação do ar inspirado antes
que ele seja encaminhado para as passagens das
vias aéreas inferiores (caudais)
- o ar é aquecido quando passa pela mucosa muito
vascularizada
- é umidificado pela vaporização de lágrimas e
secreção nasal serosa
- é purificado pelo contato com secreções das
glândulas mucosas
- o muco sobre a mucosa nasal capta partículas e
gotículas que entram em contato com ele
Conchas nasais
- são tubos cartilaginosos ou ossificados com mucosa
nasal, que ocupam a maior parte da cavidade nasal
- conchas nasais etmoidais: correspondem ao
sistema caudal e conchas e constituem o labirinto do
osso etmoidal
- tem um padrão complexo e são separadas por
estreitas fendas, os meatos etmoidais
- conchas nasais dorsal e ventral: correspondem ao
sistema rostral de conchas nasais
- as conchas reduzem a cavidade a uma série de
fendas ou meatos
- elas definem os meatos nasais dorsal, médio e
ventral, ramificando-se a partir de um meato comum
junto ao septo nasal
Meatos nasais
- as conchas maiores dividem a cavidade nasal em
uma série de sulcos e meatos que se ramificam de
um meato comum próprio ao septo nasal
- meato nasal dorsal conduz o ar para o fundo da
cavidade nasal e o apresenta à mucosa olfatória
- meato nasal médio dá acesso ao sistema de seios
paranasais
- meato nasal ventral e comum conduzem o ar à
faringe
Seios Paranasais
- são divertículos da cavidade nasal que que
penetram nos ossos do crânio
- os seios mantêm conexão com a cavidade nasal,
mas devido às aberturas geralmente estreitas, a troca
de ar ocorre de forma lenta
- o estreitamento e a posição das aberturas, pode
favorecer um bloqueio se a mucosa estiver
espessada por inflamação ou congestão
- o sistema de seios frontal e maxilar ocorrem em
todas as espécies, outros sistemas variam conforme
a espécie
- os seios paranasais fornecem alguma proteção
térmica e mecânica à órbita, e para as cavidade
nasal e craniana, aumentam as áreas do crânio para
fixação muscular sem aumentar muito o peso e
afetam a ressonância da voz
Faringe
- região comum aos sistemas digestório e
respiratório
- possui função respiratória e alimentar
- orofaringe, nasofaringe e laringofaringe
- a orofaringe está relacionada à deglutição
- a nasofaringe pode ser considerada parte da
cavidade nasal, pois serve passivamente para a
condução do ar
- a nasofaringe também se comunica com as
cavidades das orelhas médias por meio das tubas
auditivas
- a laringofaringe é a maior parte da faringe
Laringe
- forma a conexão entre a faringe e a árvore
traqueobrônquica
2
- a laringe é um órgão musculocartilaginoso cilíndrico e
bilateralmente simétrico que conecta a faringe à
traqueia
- suspensa na base do crânio pelo aparelho hióide
- articulação sinovial entre o osso tireóideo e o ângulo
dorsorostral da cartilagem tireóidea
- articulações sinoviais entre a cartilagem tireóidea e a
cricoidea
- articulação sinoviais entre as cartilagens aritenoideas
e a cricoidea
- músculos extrínsecos que passam entre a face
externa da laringe e da faringe, osso hióideo, esterno
e língua
- músculos intrínsecos que passam entre as
cartilagens laríngeas
Cartilagens
- a laringe é formada por cartilagens que variam em
forma, tamanho e detalhamento nas espécies
- epiglote, tireoide, aritenoide e cricoide
EPIGLOTE
- a cartilagem epiglótica é a mais rostral
- consiste em uma pequena haste e uma grande
lâmina em forma de folha
- é composta por cartilagem elástica, sendo flexível
TIREOIDE
- a cartilagem tireóidea é a maior
- consiste em duas placas (lâminas) laterais que se
unem ventralmente (corpo), formando as paredes
laterais e a maior parte do assoalho da laringe
CRICÓIDE
- a cartilagem cricóidea forma um anel completo na
extremidade caudal da laringe
- possui umalâmina dorsal expandida e um arco
ventral mais estreito
ARITENÓIDE
- as cartilagens aritenoideas são cartilagens laríngeas
pares que se encontram dorsalmente para cobrir a
abertura deixada para lâmina da cartilagem tireóidea
- formam a maior parte do teto da laringe
Cavidade da laringe
- dividida em três partes, localizadas em série:
VESTÍBULO DA LARINGE
- se estende da entrada da laringe para a margem
rostral das cartilagens aritenoideas e pregas vocais
- espaço entre a epiglote e a glote
- o interior do vestíbulo pode apresentar estruturas
que variam entre as espécies
- a abertura laríngea conduz à ampla antecâmara ou
vestíbulo da laringe
-
GLOTE
- a fenda glótica é delimitada pelas cartilagens
aritenoides dorsalmente e pelas pregas vocais (direita
e esquerda) ventrolateralmente
- a fenda glótica (rima da glote) é mais estreita que o
vestíbulo: a parte dorsal é limitada pelos processos
vocais e partes adjacentes das cartilagens
aritenoideas e a parte ventral é limitada pelas pregas
vocais
- as pregas e as cartilagens aritenoideas constituem
a glote
- cada prega vocal contém um ligamento em sua
margem livre e, lateralmente a ele, o músculo vocal
- podem estar presentes as pregas vestibulares
- as pregas vocais em suínos são duplas
-
CAVIDADE INFRAGLÓTICA
- região caudal à glote até o início da traqueia
- a abertura (ádito ou entrada da laringe) para a
cavidade laríngea é delimitada pela epiglote, pela
prega ariepiglótica e pelas cartilagens aritenóideas
- o ventrículo da laringe é uma depressão na mucosa
da laringe presente entre a prega vestibular e a prega
vocal e está ausente nos ruminantes
- o ventrículo da laringe e a prega vestibular são
estruturas especialmente evidentes no equino
Mecanismo laríngeo
- funções: fonação (produção de voz) e proteção
contra entrada de água e alimento
- durante a deglutição, a epiglote protege o trato
respiratório inferior (caudal) contra a aspiração de
corpos estranhos
- na deglutição a laringe é puxada para a frente e a
epiglote ligeiramente inclinada para trás, vindo de
encontro à raiz da língua, formando uma cobertura
parcial na entrada da laringe
- na deglutição, a glote se fecha por adução das prega
vocais e há inibição da inspiração, reduzindo o risco
do alimento ir para a laringe
- a glote se fecha (expiração) e se abre (inspiração)
ritmadamente durante a respiração
- o alargamento da glote é sobretudo o resultado da
contração dos músculos cricoaritenóideos dorsais, o
estreitamento é obtido pela contração dos músculos
3
cricoaritenóideos laterais, ambos inervados pelos
nervos laríngeos caudais
- outra função importante da laringe é a vocalização
- a corrente de ar vibra quando passa através da glote
- a intensidade é controlada pela espessura,
comprimento e tensão das pregas vocais
Traqueia
- a traqueia se prolonga desde a cartilagem cricoidea
da laringe até sua bifurcação terminal no mediastino
- é um órgão tubular e flexível formado por anéis
cartilaginosos (cartilagens traqueais) incompletas
dorsalmente
- as extremidades são unidas pelo músculo traqueal
(músculo liso), que preenche a lacuna “por dentro do
anel” em ruminantes, equinos e suínos e “por fora
do anel” em carnívoros
- um ligamento anular está presente entre os anéis
cartilaginosos, conectando-os
- a constituição da traqueia previne o colapso e
permite que faça o ajuste necessário no
comprimento quando pescoço é estendido e quando
o diafragma se contrai
- as variações de diâmetro são reguladas pelo
músculo traqueal
- a parede da traqueia é constituída por uma mucosa
interna, uma camada média fibrocartilagínea e uma
camada externa adventícia (no segmento cervical) ou
serosa (no segmento torácico)
Traqueia e Brônquios
- a parte cervical da traqueia estende-se da laringe à
entrada do tórax
- a parte torácica estende-se da entrada do tórax à
base do coração onde se bifurca em brônquios
principais
- a carina é a crista de mucosa formada internamente
na região de bifurcação da traqueia
- em ruminantes e suínos, emerge um brônquio
traqueal separado proximal à bifurcação da traqueia
- o brônquio traqueal ventila o lobo cranial do pulmão
direito presente nessas espécies
- traqueia e brônquios formam um sistema contínuo de
tubos de condução do ar entre a laringe e as
passagens menores (bronquíolos) nos pulmões,
juntos são chamados de árvore traqueobrônquica
ou traqueobronquial
- a estrutura dos brônquios maiores é idêntica à da
traqueia
- nos brônquios menores, os anéis cartilaginosos são
gradualmente substituídos por placas irregulares, e é
a perda dessas partes que define a transição
broncobronquiolar
Pulmões
- pulmões direito e esquerdo: são
macroscopicamente semelhantes, são o espelho um
do outro em forma, mas possuem assimetria
- os pulmões ocupam a maior parte da cavidade
torácica e cada um deles é invaginado no saco
pleural correspondente
- uma cavidade (cavidade pleural) estreita preenchida
com líquido está presente entre a pleura visceral
(pleura pulmonar) e a pleura parietal, a qual serve
para reduzir o atrito durante a respiração
- formato de semi-cone com a base inclinada e
coloração rosada
- apresenta uma textura suave, esponjosa e crepitante
ao toque (presença de ar)
- constituído em grande parte por tecido elástico
- cada pulmão possui uma face costal convexa
adjacente à parede torácica, uma face mediastinal
(medial) em direção ao mediastino, e uma face
diafragmática, a qual se posiciona em oposição à
face do diafragma
- dorsalmente, as faces mediastinal e costal se
encontram na margem dorsal, ventralmente, essas
faces se encontram na margem ventral, a qual é fina
e recua sobre o coração para formar a incisura
cardíaca, a qual permite que o pericárdio entre em
contato com a parede torácica lateral
4
- a face diafragmática se encontra com a face dorsal
na margem basal, e com a face mediastinal na
margem mediastinal
- o hilo pulmonar está presente na face medial de cada
pulmão
- é a região através da qual passam: brônquios
principais, artérias, veias, nervos e vasos linfáticos
- o conjunto das estruturas que passam através do hilo
pulmonar é chamado de raiz do pulmão
- os lobos do pulmão são definidos pela ramificação da
árvore brônquica
- cada brônquio lobar abastece seu próprio lobo, que
segue a mesma denominação
- o pulmão direito é dividido em: lobo cranial, lobo
médio, lobo caudal e lobo acessório
- o pulmão esquerdo é dividido em um lobo cranial e
um lobo caudal
- o padrão de lobação dos pulmões varia entre as
espécies
- nos equinos, o lobo médio está ausente
- em algumas espécies, os lobos craniais
subdividem-se também em partes cranial e caudal
5
Sistema Digestório
- é responsável pela quebra dos alimentos em partes
menores, de forma que possa ser utilizado para gerar
energia
- engloba órgãos relacionados com a recepção,
redução mecânica, digestão química, absorção de
alimentos e líquidos e a eliminação de resíduos não
absorvidos
- compõe-se do trato alimentar, que se estende da
boca ao ânus, e da glândulas anexas (glândulas
salivares, pâncreas e fígado), cujas ductos se abrem
no interior do trato alimentar
DIVERSIDADE ADAPTATIVA E VARIEDADE NA
DIETA
- dieta concentrada dos carnívoros: estômago
pequeno e simples; intestino curto e menos complexo
- dieta dos herbívoros com menor valor nutritivo
(necessidade de fermentação microbiana): estômago
grande e complexo em ruminantes e intestino
volumoso e mais complexo em equinos
Boca
- a boca inclui a cavidade da boca e estruturas
acessórias (dentes, língua, ductos das glândulas
salivares)
- funções: apreensão, mastigação e insalivação do
alimento
- pode ser usada também na função de agressão e
defesa, na fala (em humanos) e na respiração
- a abertura da boca varia conforme a espécie,
dependendo dos hábitos alimentares
Apreensão o alimento é direcionado para o trato
gastrointestinal (GI)
Mastigação primeira ação da digestão + reduzir o
alimento, umedecer e lubrificar
Insalivação ação da saliva
Salivação produção de saliva
Lábios
- o formato doslábios é determinado pela dieta e pelos
hábitos alimentares
- nos equinos, os lábios são muito sensíveis e móveis,
pois são usados para coletar alimentos e introduzi-los
na boca
- nos felinos, os lábios são menos móveis e
apresentam um tamanho reduzido, pois os dentes e a
língua são mais importantes para a preensão
- nos caninos, os lábios podem se retrair para mostrar
os dentes, sinalizando agressividade
- nos bovinos e suínos, o lábio superior se modifica
para formar o plano nasolabial e o plano rostral,
respectivamente
- compõem-se de pele (tegumento modificado), uma
camada intermediária de músculos, tendão, glândulas
e mucosa oral
- a pele e a mucosa se unem ao longo da margem dos
lábios
- ângulos ou comissuras labiais: onde os lábios se
unem
- os músculos que formam a maior parte dos lábios
pertencem à musculatura mimética, inervada pelo
nervo facial
- podem ser encontradas pequenas glândulas salivares
entre os feixes musculares abaixo da mucosa,
especialmente em direção às comissuras labiais
Cavidade oral
- inicia entre os lábios (rostralmente) e continua em
direção a faringe (caudalmente)
- dividida pelos dentes e margens da maxila e
mandíbula em um vestíbulo externo (limitado pelos
lábios e bochechas externamente) e uma cavidade
oral própria (propriamente dita) centralmente
- com a boca fechada, a comunicação entre essas
divisões ocorre pelos espaços entre os dente e atrás
deles
Vestíbulo
- às bochechas tendem a ser mais amplas em
herbívoros
1
- o músculo bucinador, tem a função de retornar o
alimento para cavidade central, caso o mesmo
escape para o vestíbulo
- presença de glândulas salivares adicionais, que
podem estar agregadas em grandes massas,
exemplo a glândula salivar zigomática presente nos
caninos
- a mucosa bucal precisa ser suficientemente frouxa
para permitir a abertura (ocasional) máxima da boca
- nos ruminantes, cujo alimento é seco e duro, há a
proteção de papilas bucais (pontiagudas)
- vestíbulo labial, é o espaço entre os dentes e os
lábios
- vestíbulo bucal, é o espaço entre os dentes a as
bochechas
Cavidade oral propriamente dita
- é a cavidade no interior das arcadas dentárias
- limitada lateralmente pelos dentes, gengivas e
margens da maxila e da mandíbula
- o assoalho da cavidade é dado pela língua e pela
pequena área de mucosa descoberta pela língua
- o teto da cavidade (limite dorsal) é formado pelo
palato
- a parte rostral do teto (mais ampla) está assentada
sobre uma base óssea formada pelos processos
palatinos dos ossos incisivo, maxilar e palatino
(palato duro)
- o palato duro se continua caudalmente com o palato
mole
- a mucoso espessa do palato duro forma cristas
transversais (rugas palatinas) que podem guiar o
alimento para trás
- papila incisiva é uma saliência mediana, encontrada
caudalmente aos dentes incisivos
- os ductos se ramificam e se dirigem à cavidade nasal
e ao órgão vomeronasal
- conduzem uma pequena quantidade de fluido da
boca para avaliação pela mucosa olfatória do órgão
vomeronasal
- nos ruminantes, o pulvino dentário substitui os
dentes incisivos superiores das outras espécies
domésticas
Língua
- órgão músculo esquelético
- ocupa a maior parte da cavidade oral,
prolongando-se até a orofaringe
- funções: apreensão e manipulação dos alimentos,
pela sucção de líquidos, pela deglutição, higiene e
articulação da fala
- a língua apresenta um ápice (livre), um corpo e uma
raiz (fixos)
- a fixação da raiz da língua ocorre no osso hioide e a
fixação do corpo ocorre na região da sínfise da
mandíbula
- a língua junta-se ao assoalho oral por uma prega de
mucosa, chamada de frênulo lingual
- arcos palatoglossos são reflexos da mucosa que
passam a cada lado da raiz para se juntar ao palato
mole
- nos caninos é utilizada para intensificar a perda de
calor pela respiração, facilitada pela intensa
vascularização
- nos ruminantes, a parte caudal do dorso da língua é
elevada para formar uma grande proeminência
definida, como toro lingual, e por uma transversa
fossa língua
- grande parte da superfície da língua é coberta por
papilas
- papilas mecânicas, estão presentes em maior
quantidade
▫ papilas filiformes: são menores e mais numerosas,
têm função de proteção
▫ papilas cônicas: são maiores, mas ocorrem com
menor frequência
▫ papilas marginais: estão presentes em carnívoros
recém-nascidos e em leitões, auxiliam na sucção
do leite
- papilas gustativas, possuem botão gustativo, os
quais são sensíveis ao sabor
▫ papilas fungiformes, papilas circunvaladas/valadas
e papilas folhadas
Glândulas Salivares
- a saliva têm função na limpeza, lubrificação, digestão
química e deglutição
- o fluxo é contínuo, com velocidade variável,
controlada pela inervação simpática e parassimpática
- glândulas menores produzem principalmente uma
secreção mucosa, enquanto as glândulas maiores
produzem secreção mais fluida (serosa) contendo a
enzima ptialina, capaz de digerir carboidratos
- glândulas salivares bucais: glândula salivar
zigomática (caninos), glândula salivar bucal dorsal e
ventral (bovinos)
2
GLÂNDULA SALIVAR PARÓTIDA
- puramente serosa na maioria das espécies, exceto
nos caninos
- é importante para umedecer e amolecer o alimento
- estende-se rostralmente sobre o músculo masseter,
ventralmente para o ângulo da mandíbula e
caudalmente para a fossa atlantal
- ducto da parótida
GLÂNDULA SALIVAR MANDIBULAR
- produz secreção mista mucosa e serosa
- em geral, é menor que a glândula parótida
- em frente ao frênulo lingual situam-se duas
protuberâncias, as carúnculas sublinguais, onde se
encontram as aberturas comuns do ducto
mandibular, em que ocorre a drenagem da glândula
salivar mandibular
GLÂNDULA SALIVAR SUBLINGUAL
- consistem em duas glândulas de cada lado, exceto
nos equinos
- constituída por uma parte compacta (monostomática),
drenada por um ducto único, e outra parte difusa
(polistomática) e abre-se por vários ductos pequenos
- a parte difusa é a única presente nos equinos
- produzem uma secreção mista
Dentes
- cada espécie apresenta sua dentição característica
quanto à forma e quantidade de dentes
- os dentes se dividem em incisivos, caninos,
pré-molares e molares
- dentes decíduos/temporários, está presente ou no
nascimento ou no nascem logo em seguida
- dentição permanente, substitui a dentição
temporária por se adapta melhor e propiciar uma
mastigação mais forte ao animal adulto
- o momento dessa substituição varia de acordo com a
espécie
- dentição difiodonte são substituídos por um
conjunto único de dentes em animais mais velhos
- dentição polifiodonte são substituídos por diversos
conjuntos de dentes, que surgem ao longo da vida do
animal
Dentição decídua
𝐼𝑛𝑐𝑖𝑠𝑖𝑣𝑜𝑠 − 𝑐𝑎𝑛𝑖𝑛𝑜𝑠 − 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟𝑒𝑠
𝐼𝑛𝑐𝑖𝑠𝑖𝑣𝑜𝑠 − 𝑐𝑎𝑛𝑖𝑛𝑜𝑠 − 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟𝑒𝑠
Dentição permanente
𝐼𝑛𝑐𝑖𝑠𝑖𝑣𝑜𝑠 − 𝑐𝑎𝑛𝑖𝑛𝑜𝑠 − 𝑝𝑟é 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟𝑒𝑠 − 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟𝑒𝑠
𝐼𝑛𝑐𝑖𝑠𝑖𝑣𝑜𝑠 − 𝑐𝑎𝑛𝑖𝑛𝑜𝑠 − 𝑝𝑟é 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟𝑒𝑠 − 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟𝑒𝑠
- coroa do dente é a parte exposta, na qual se projeta
para além da gengiva e é coberta por esmalte
- colo do dente é a ligeira constrição localizada na
linha da gengiva
- raiz do dente é a parte abaixo da gengiva, cuja maior
parte se encerra no alvéolo ósseo
- com base na distribuição de esmalte, os dentes
podem ser braquiodontes ou hipsodontes
- braquiodontes são relativamente simples
- hipsodontes são complexos, apresentam uma coroa
mais elevada, da qual grande parte costuma ser
contida inicialmente até emergir gradualmente para
compensar o atrito
- avaliação da idade dos equinos é realizada pelo
desgaste dentário
Faringe
- cavidade comum através da qual passam o ar e o
material ingerido
- conecta a cavidade oral ao esôfago, e a cavidade
nasal à laringe
- o palato mole é a continuação caudal do palato duro
- parte nasal
⬞ condução de ar
⬞ tonsilas faríngeas (adenóides) e massas
linfóides
- parte oral
⬞ estreita, limita o tamanho do alimento a ser
deglutido
⬞ tonsilas palatinas
- parte laríngea
⬞ maior parte da faringe
3
⬞ situa-se naregião da epiglote e se estreita para
se unir ao esôfago
- palato mole ou véu palatino é constituído por uma
mucosa respiratória (dorsalmente) e uma mucosa
ventral (mucosa oral)
- o palato mole separa a parte rostral da faringe em
uma superfície dorsal (mucosa respiratória) e outra
superfície ventral (mucosa oral)
Deglutição
- processo pelo qual o alimento é transferido da
cavidade oral através da faringe para o esôfago e
finalmente até o estômago
- primeira fase (voluntária), consiste na mastigação e
na passagem do bolo alimentar para a parte oral da
faringe
- segunda fase inicia quando o bolo alimentar toca a
mucosa faríngea, dando início aos reflexos de
deglutição
- Interrupção momentânea da respiração
- a elevação do palato mole, fecha a abertura faríngea
da nasofaringe
- a pressão da língua contra o palato duro, evita a
entrada de alimento nas narinas e fecha a abertura
oral da faringe
- tração da glote e epiglote, bloqueia a abertura
laríngea
- com todas as aberturas da faringe fechadas a
contração muscular da parede, empurra o bolo
alimentar para o esôfago, o esfíncter esofágico relaxa
e aceita o material
Esôfago
- função: conduzir o alimento da faringe até o
estômago
- se divide em três partes: cervical, torácico e
abdominal
- inicia dorsalmente à cartilagem cricóidea da laringe e
segue a traqueia ao longo do pescoço
- no tórax, o esôfago corre no mediastino, passa sobre
o coração e atravessa o diafragma pelo hiato
esofágico
- na cavidade abdominal, segue a margem dorsal do
fígado e se junta ao estômago na região do cárdia
Estrutura
- apresenta quatro camadas
TÚNICA MUCOSA
- composta por um epitélio escamoso estratificado
cornificado
- o grau de queratinização varia entre as
espécies, conforme a aspereza de sua
dieta
TÚNICA SUBMUCOSA
- contém glândulas mucosas em toda a
sua extensão, no canino, na primeira
metade cranial no suíno, e apenas no
início do esôfago nos outros mamíferos
domésticos
TÚNICA MUSCULAR
- constituído por duas camadas
musculares, uma camada longitudinal externa e uma
camada circular interna
TÚNICA ADVENTÍCIA/SEROSA
- constituída por tecido conectivo frouxo, que conecta o
esôfago ao tecido adjacente de forma móvel
- é substituído por serosa no tórax e no abdome
Estômago
- dilatação do canal alimentar
- recebe o alimento do esôfago, retém por um tempo e
envia-o ao intestino delgado
- o estômago apresenta grande variação quanto à
forma e distribuição dos diferentes tipos de mucosa
que revestem
- quanto à forma, pode ser dividido em estômago
unicavitário (um compartimento) e estômago
pluricavitário (diversos compartimentos)
- quanto ao revestimento interno, pode ser dividido em
simples, no qual é composto por uma mucosa
glandular (carnívoros) e composto, no qual é
constituído por dois tipos de mucosa, glandular e
aglandular (suínos, equinos e ruminantes)
Estômago unicavitário
- a estrada do estômago é denominada cárdia e a
saída piloro, ambas são controladas por esfíncteres
- as curvaturas maior e menor localizam-se entre os
orifícios cárdico e pilórico
4
- a curvatura maior confere fixação ao omento
maior, do qual uma parte (ligamento gastroesplênico)
conecta o baço ao estômago
- a curvatura menor, mais curta, côncava, conecta-se
ao fígado pelo omento menor
- o corpo é a parte média maior do estômago
- a face parietal se situa contra o diafragma e o
fígado, enquanto a face visceral está em contato
com os órgãos abdominais adjacentes situados na
direção caudal
Estrutura
- a parede do estômago está composta pelas camadas
características de órgãos tubulares/ocos
- o peritônio visceral (túnica serosa externa) cobre o
estômago inteiro aderindo à camada muscular
adjacente, exceto ao longo das curvaturas, onde ele
se reflete para continuar nos omentos
- a musculatura lisa da parede está disposta em
camadas com a musculatura mais externa
organizada de forma longitudinal e a camada média
disposta em círculos
- mucosa gástrica, apresenta três variedades de
glândulas gástricas: cárdica, gástricas propriamente
ditas (fúndicas) e pilóricas
- nem sempre a área ocupada por estas glândulas
coincide exatamente com às regiões de mesmo nome
- as glândulas cárdicas e pilóricas produzem mais
muco, enquanto as glândulas gástricas produzem o
suco gástrico ativo na digestão
CARNÍVOROS
- capacidade do estômago varia de 0,5 a 6,0 litros
(com média de 2,5l)
- influenciada por alterações funcionais
- quando o estômago está vazio é pequeno e
contraído em direção ao ponto de entrada do
esôfago, e quando está repleto e completamente
distendido pode estender-se até a região do umbigo
- o fundo e o corpo apresentam grande capacidade
de extensão, enquanto a parte pilórica tem menor
capacidade de aumento
- o fundo gástrico se projeta dorsalmente para a
esquerda da parte cárdica, de encontro ao fígado
- a parte cárdica é geralmente maior nos cães, e posso
estar associado a facilidade com que vomitam
- há relação da curvatura menor com o fígado pelo
omento menor e da curvatura maior com o baço pelo
omento maior (com ligamento gastroesplênico)
- há interação com esôfago e intestino
- revestimento interno: mucosa glandular
EQUINOS
- o tamanho é pequeno, quando comparado com o
tamanho do animal e o quantidade de forragem
consumidas (capacidade varia de 5 a 15 litro)
- em potros não desmamados o volume pode ser
maior
- o estômago encontra-se no antímero esquerdo do
abdômen
- apresenta às divisões características do estômago
unicavitário (cárdia, fundo gástrico, corpo gástrico e
piloro)
- não sendo permitida a palpação do órgão em exames
clínicos de rotina
- a margem pregueada divide o interior em uma
grande região aglandular, que ocupa o fundo
gástrico e parte do corpo, e uma região glandular
- região aglandular possui mucosa semelhante ao
esôfago, mais esbranquiçada e áspera ao toque, já a
região glandular é mais lisa
- o esfíncter cárdico é muito bem desenvolvido, é
responsável pela pouca capacidade dos cavalos em
vomitarem
SUÍNO
- estômago do tipo unicavitário, que apresenta parte
cárdica, fundo gástrico, corpo gástrico e parte pilórica
- só faz contato com o assoalho abdominal quando
está inteiramente distendido
- possui o divertículo do estômago, que se projeta
caudalmente a partir do fundo gástrico
- apresenta uma faixa estreita de mucosa aglandular
que se estende pelo divertículo e segue a curvatura
menor com uma certa distância abaixo da parte
cárdica, o restante da mucosa gástrica é glandular
- existe o toro pilórico, uma proeminência que estreita
o canal pilórico na sua saída para o duodeno
5
- o omento maior é menos desenvolvido que nos cães,
com isso, não é visualizado logo que o abdome é
aberto
Estômago pluricavitário
- corresponde ao estômago dos ruminantes
- o animal é capaz de ingerir um alimento de baixo
valor nutricional, que não é suscetível às enzimas
digestivas, mas sim a decomposição microbiana
- é composto por quatro câmaras, (rúmen, retículo,
omaso e abomaso), pelas quais o alimento passa
sucessivamente
- rúmen, retículo e omaso são coletivamente
conhecidas como “proventrículos” e são
desenvolvidas para lidar com os carboidratos
complexos que formam grande parte da dieta normal
dos ruminantes
- ocorre a produção de ácidos graxos de cadeia curta
(propionato, butirato e acetato)
- o abomaso apresenta uma estrutura glandular e tem
função comparável ao estômago unicavitário das
outras espécies
RÚMEN E RETÍCULO
- rúmen e retículo, formam o recipiente no qual o
material alimentar mais grosseiro, é reduzido por
processos de fermentação microbiana
- o rúmen é lateralmente comprimido e se estende da
parte cárdica até a entrada pélvica, do teto ao
assoalho abdominal, e da parede corporal esquerda
ao longo da linha média, caudal e ventralmente, onde
ele pode alcançar o flanco ventral direito
- o retículo, muito menor, se localiza cranial ao rúmen,
recoberto pela sexta a oitava costelas, e
principalmente para a esquerda do plano mediano, se
estende da parte cárdica até o diafragma, passa pela
linha média ventralmente,onde se localiza acima do
processo xifóide do esterno
- por terem estrutura e função intimamente
relacionadas alguns autores os descrevem como um
compartimento ruminorreticular combinado
- o rúmen está subdividido por inflexões da parede
que formam pilares que se projetam internamente
- o rúmen e o retículo se comunicam através da prega
ruminorreticular em forma de “U”.
- os pilares principais (longitudinais) dividem o
rúmen em saco dorsal do rúmen e saco ventral do
rúmen
- os pilares coronários menores limitam os sacos
cegos caudais (caudodorsal e caudoventral)
- a parte mais cranial do saco dorsal forma o saco
cranial do rúmen, também denominado átrio do
rúmen, o qual possui uma ampla comunicação com o
retículo, por onde passa o alimento do rúmen para o
retículo e vice-versa, e portanto de fundamental
importância para a remastigação
- a divisão do rúmen a partir do retículo é alcançada
pela prega ruminorreticular e é uma inflexão da
parede semelhante às subdivisões do rúmen
- o saco ruminal ventral se prolonga cranialmente para
formar o recesso do rúmen
- no rúmen, a mucosa aglandular consiste
superficialmente forma papilas (papilas ruminais), o
que confere à mucosa do rúmen sua aparência
característica
- a posição do retículo permite a aplicação de pressão
externa para constatar dor nesta região
- o bovino não é muito seletivo quanto à sua
alimentação e pode ingerir corpos estranhos como
pregos ou pedaços de arame juntamente com o
pasto, devido ao seu peso, esses corpos apresentam
a tendência de acúmulo dentro do retículo e podem
atravessar a parede reticular devido às contrações
reticulares e alcançarem diafragma e pericárdio
(reticuloperitonite traumática).
- no retículo, a mucosa aglandular é revestida com um
epitélio estratificado, semelhante ao da mucosa do
rúmen, apresenta um padrão de fava, característico
formado por cristas (cristas reticulares de cerca de 1
cm de altura) que delineiam “células” reticulares.
- o retículo de pequenos ruminantes é relativamente
maior do que o dos bovinos
- na eructação (liberação de gás através do esôfago),
às contrações ruminais (o retículo não participa),
são substituídas pelo padrão normal de atividade
- as contrações forçam o gás ruminal para frente em
direção ao cárdia, o gás segue pelo esôfago por uma
onda anti peristáltica e passa para dentro da faringe
- o conteúdo do rúmen demonstra alguma
estratificação: o alimento de ingestão recente é
empilhado sobre o material remastigado pesado e
mais umedecido
- portanto, o material mais leve está mais sujeito a ser
regurgitado para posterior mastigação e insalivação
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OMASO
- situa-se dentro da parte intratorácica do abdome à
direita do compartimento ruminorreticular
- ele tem o formato de uma esfera achatada
bilateralmente (bovino) e o formato de feijão (caprino
e ovino)
- o omaso se comunica com o retículo pelo óstio
reticulomasal e com o abomaso pelo amplo óstio
omasoabomasal oval, no qual é acompanhado por
duas pregas mucosas de cada lado
- acredita-se que essas pregas são capazes de fechar
a abertura para impedir o refluxo do abomaso para o
omaso
- as duas aberturas são conectadas pelo sulco omasal
- o interior é ocupado por lâmina paralelas que
emergem do teto e dos lados e se projetam para o
assoalho, deixando espaços para o canal omasal
cujo assoalho é o sulco do omaso (mais liso)
- as lâminas são camadas musculares delgadas
cobertas com uma mucosa aglandular, a qual forma
papilas curtas
- apresenta contrações bifásicas
- a primeira fase pressiona o alimento do canal omasal
para o interior dos recessos omasais (recessos entre
as lâminas), onde ocorre a reabsorção de água
- a segunda fase descarrega os conteúdos
desidratados dos recessos omasais para o abomaso
ABOMASO
- corresponde ao estômago unicavitário dos outros
mamíferos domésticos e, de forma análoga, pode ser
dividido em fundo gástrico, corpo gástrico e piloro
- ele apresenta uma curvatura maior voltada para a
direção ventral e uma curvatura menor voltada para
a direção dorsal
- se localiza no assoalho abdominal
- o abomaso é revestida internamente por uma
mucosa glandular coberta por muco e organizada
em pregas
- o interior da parte pilórica apresenta o toro pilórico
Intestinos
- inicia no piloro e se estende até o ânus
- é dividido em intestino delgado (cranial) e intestino
grosso (caudal)
- o limite entre as porções é indicado pelo crescimento
de um divertículo cego, o ceco, na origem do
intestino grosso
- intestino delgado compreende três partes: duodeno,
jejuno e íleo
- intestino grosso compõem-se de: ceco, cólon e reto
- o comprimento total varia entre espécies, raças e
mesmo entre indivíduos, devido às adaptações
decorrentes das diferentes dietas e hábitos
alimentares
- o trato intestinal de carnívoros é bastante curto em
comparação com os intestinos longo dos herbívoros
- compõem-se de camadas: mucosa (interna),
muscular (média) e serosa (externa)
- a camada mucosa contém células colunares que
funcionam para absorção e células caliciformes
espalhadas que produzem muco
- o tecido linfático da parede intestinal é a primeira
linha de defesa contra microrganismos, está presente
- na forma de linfócitos espalhados pela mucosa,
formando nódulos linfáticos solitários ou podem se
agregar para compor nódulos linfáticos agregados
(Placas de Peyer).
- a túnica muscular compõe-se de uma camada
longitudinal externa relativamente fina e uma camada
circular interna mais espessa
- na altura no ânus, a camada circular é modificada
para formar o esfincter anal interno
- no equino e no suíno, a camada muscular externa
se concentra principalmente em uma série de faixas
chamadas tênias
- o encurtamento dessas tênias resulta na formação de
saculações lineares denominadas haustros ou
saculações
- a camada serosa do intestino provém da parte
visceral do peritônio
- as lâminas duplas da serosa conjuntiva (mesentério)
se prolongam para cobrir o intestino
- o mesentério funciona como um caminho para os
vasos sanguíneos e os nervos e contém linfonodos
Intestino Delgado
- se inicia no piloro e termina na junção cecocólica e
está constituído pelas partes: duodeno, jejuno e íleo
- funções: digestão e absorção
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- a digestão é definida como a degradação enzimática
do material ingerido em partículas prontas para
absorção
- a face mucosa aumenta consideravelmente com a
presença de incontáveis vilosidades intestinais
- o aumento resultante da área da face interna da
mucosa é essencial para a função de absorção
dessa parte do trato gastrintestinal
Duodeno
- é a parte proximal do intestino delgado,
prolongando-se desde a parte pilórica até o jejuno
- é curto e firmemente fixado ao teto abdominal por
um curto mesoduodeno (parte cranial do mesentério)
- a parte cranial do duodeno está conectada ao fígado
pelo ligamento hepatoduodenal
- abertura dos ductos pancreáticos e biliares: a
secreção do pâncreas é a maior fonte de enzimas, e
a bile é a responsável pela emulsificação da gordura,
essencial para a digestão
Jejuno
- é a parte mais extensa do intestino delgado
- apresenta a maior mobilidade e liberdade de todo o
canal alimentar, devido ao longo mesojejuno, o qual
suspende o jejuno e o íleo do teto abdominal
- o mesojejuno se une ao mesoíleo e apresenta a
forma de um grande leque pendurado no teto
abdominal (mesentério), sendo que às alças do
jejuno e o íleo se situam em sua margem distal livre
- mesentério conduz vasos e nervos
- em carnívoros, as alças do jejuno ocupam a parte
ventral do abdome entre o estômago e a vesícula
urinária, posicionando-se na camada profunda do
omento maior e preenchendo as partes do abdome
que não são ocupadas por outras vísceras
- o mesojejuno longo oferece pouca oposição, o que
- permite que o intestino se mova livremente em
resposta a outros movimentos, como o respiratório.
- no suíno, o jejuno também é suspenso por um longo
mesentério e suas voltas compartilham a parte
caudoventral do abdome com a massa do colo
ascendente, se posiciona na metade esquerda dacavidade abdominal, o jejuno se situa mais para a
direita
- em ruminantes, o rúmen ocupa um grande espaço
na metade esquerda do abdome e, portanto,
empurra os intestinos para a direita
- nos equinos, a maior parte do jejuno se encontra
dentro da parte dorsal do abdome
Íleo
- é a porção terminal do intestino delgado, a qual se
fixa a prega ileocecal, bastante curta do intestino
delgado
- assume um curso cranial, dorsal e direito em direção
à sua junção com o intestino grosso
- ele termina na união ileocecocólica com o óstio
ileal na papila ileal, cuja localização exata varia de
acordo com a espécie
- a forte camada muscular do íleo o deixa mais firme
que o jejuno, é bem desenvolvido e responsável pelo
transporte unidirecional do material ingerido até o
ceco
Intestino Grosso
- pode ser dividido em: ceco, cólon e reto
Ceco
- é a primeira parte do intestino grosso
- trata-se de um segmento intestinal que se origina na
junção do íleo e cólon
- se comunica com o íleo pelo óstio ileal e com o
cólon pelo óstio cecocólico
- no canino, o ceco é curto e apresenta forma espiral e
não tem conexão direta com o íleo
- no felino, o ceco é ainda menor e tem a forma de
uma vírgula
- o lúmen do ceco se comunica com o interior do cólon,
imediatamente além da junção ileocólica, por meio
de uma abertura que é circundada por um anel
muscular circular interno (esfíncter cecocólico)
- em carnívoros, ruminantes e equinos o ceco
posiciona-se na metade direita do abdome, enquanto
no suíno ele se encontra na metade esquerda
Cólon
- apresenta três segmentos: ascendente, transverso
e descendente, essa divisão se encontra apenas
em cães e gato
CARNÍVOROS
- cólon é liso e tem calibre uniforme
- colo ascendente é curto e passa cranialmente na
direita
- colo transverso corre da direita para a esquerda,
cranial à raiz do mesentério
- colo descendente é longo e passa à esquerda da
raiz de mesentério caudalmente
- nos outros mamíferos domésticos, a forma e a
topografia do colo são mais complexas, sendo que o
colo ascendente apresenta às modificações mais
significativas
EQUINOS
- consiste em um colo ascendente grande disposto em
duas alças, em forma de ferradura
- colo transverso é curto e um longo colo descendente
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- as duas primeiras partes também são chamadas de
colo maior, e a terceira de colo menor
- colo ventral direito; flexura esternal; colo ventral
esquerdo; flexura pélvica; colo dorsal esquerdo;
flexura diafragmática; colo dorsal direito; colo
transverso; colo descendente
Reto
- ao entrar na pelve, o colo descendente se torna reto
- o reto é a mais dorsal das vísceras pélvicas e se situa
sobre os órgãos reprodutivos, vesícula urinária e
uretra
- grande parte do reto é suspensa pelo mesorreto, mas
o segmento terminal é totalmente retroperitoneal
- espaço retroperitoneal é preenchido com tecido mole
rico em gordura
- antes de se unir ao canal anal curto, o qual se abre
para fora com o ânus, ele se dilata e forma a ampola
retal
CANAL ANAL
- é curto e constitui a parte terminal do canal alimentar,
o qual se abre para o exterior pelo ânus
- a continência anal é controlada por esfíncteres anais
externos e internos
- o esfíncter anal interno é constituído de músculo
liso e é uma modificação da camada circular da
cobertura muscular do reto
- o esfíncter anal externo é um músculo estriado
esquelético sob controle voluntário
- muita glândulas estão presentes na região anal, tanto
na mucosa quanto na pele adjacente
- nos carnívoros, além das pequenas glândulas
circum anais, dois sacos anais
- cada um localizado ventrolateralmente ao ânus, entre
os esfíncteres interno e externo
- a secreção do saco anal é drenada por um ducto
para um orifício próximo à junção anocutânea
- os sacos anais são comprimidos durante a
defecação, expelindo a secreção de odor fétido que
provavelmente serve de marcador territorial
-
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Glândulas Anexas
- O fígado e o pâncreas são duas glândulas
intimamente associadas ao canal alimentar
Fígado
- é a maior glândula do corpo
- funções: produção de bile, metabolismo de
proteínas, carboidratos e gorduras (exócrina e
endócrina)
- os produtos da digestão, que são carregados na
corrente sanguínea após absorção no trato
gastrointestinal, são apresentados às células
hepáticas antes de entrar na circulação
Peso
- apresenta variações de tamanho entre as espécies
- nos carnívoros, corresponde aproximadamente 3 a
5% do peso corporal, nos onívoros de 2 a 3% e
herbívoros de 1 a 1,5%
Forma
- topografia: localizado na parte mais cranial do
abdome, imediatamente caudal ao diafragma
- o fígado fresco é castanho avermelhado, friável e de
consistência macia
- embora se estenda pelo plano mediano, é
considerado um órgão do antímero direito, pois a
porção principal do órgão está localizada à direita em
todas as espécies
- uma série de fissuras divide o órgão em lobos
- o padrão de lobação pode variar entre espécies de
modo geral, inclui os seguintes lobos hepáticos:
lateral esquerdo, lateral direito, medial esquerdo,
medial direito, quadrado e caudado
- nos caninos, o lobo caudado é ampliado pelos
processos papilar e caudado
- apresenta uma face acentuadamente convexa em
direção ao diafragma (face diafragmática) e uma face
côncava voltada para os outros órgãos (face visceral)
- face visceral é marcada pelo hilo (porta hepática), por
meio da qual a veia porta, o ducto biliar e os vasos
hepáticos penetram ou deixam o órgão, e que está
intimamente relacionado à vesícula biliar
- várias impressões e depressões podem ser
identificadas no órgão
- a face visceral é marcada pelas impressões
causadas pelo estômago, pelo duodeno, pelo
pâncreas, pelo rim direito (exceto nos suínos) e por
diversos segmentos do intestino, dependendo da
espécie
- a parte esquerda da margem dorsal do fígado
apresenta a impressão do esôfago, a parte direita é
escavada para receber o polo cranial do rim direito
- um sulco medial a ela transmite a veia cava caudal
(sulco da veia cava caudal)
CARNÍVOROS
- o fígado possui os lobos hepáticos lateral direito,
medial direito, lateral esquerdo, medial esquerdo,
quadrado e caudado, subdividido no processo
caudado e processo papilar
- a vesícula biliar situa-se entre os lobos quadrado e
medial direito
SUÍNO
- o fígado do suíno assemelha-se ao fígado do canino
no padrão de lobação
- não possui processo papilar
- a vesícula biliar situa-se entre os lobos quadrado e
medial direito
RUMINANTES
- o fígado dos ruminantes não possui fissuras
- consiste em um lobo hepático direito e outro
esquerdo, um lobo quadrado e um lobo com os
processos caudado e papilar
- a vesícula biliar situa-se entre os lobos quadrado e
medial direito
1
EQUINO
- no fígado do equino, o lobo hepático esquerdo se
subdivide em apenas medial e lateral, enquanto o
lobo direito permanece sem divisão
- o lobo caudado possui um processo caudado, mas
não um processo papilar
- a vesícula biliar está ausente
Estrutura
- a face livre do fígado é revestida quase totalmente
pelo peritônio, o qual forma sua cobertura serosa
- ele se fusiona à cápsula fibrosa subjacente que
envolve todo o órgão
- esse tecido conectivo interlobular transporta vasos
sanguíneos para o órgão
- as trabéculas mais finas dividem o parênquima
hepático em inumeráveis unidades pequenas, os
lóbulos hepáticos
- esses lóbulos são particularmente acentuados no
fígado dos suínos, mas também facilmente visíveis
em carnívoros
Vascularização
- é amplamente irrigado por meio da artéria hepática
(que é um ramo da artéria celíaca) e da veia porta
- a artéria penetra o fígado juntamente com a veia
porta no hilo do fígado da face visceral do órgão
- a veia porta é formada pela união das tributárias que
drenam o trato digestório, pâncreas e baço
- as veias que contribuem para a veia porta estão
conectadas com veias sistêmicas da região
cardioesofágica e da região anorretal
- elas constituem rotas alternativas para o sangue
portal quando o fluxo através do fígado estiver
obstruído ou dificultado
- a drenagem venosa dofígado se inicia com uma
única veia central no meio de cada lóbulo hepático
- essas veias coletam o sangue da artéria hepática e
da veia porta depois que ele foi misturado nos
sinusóides hepáticos e em contato com os
hepatócitos
- as veias centrais adjacentes se fundem para formar
as veias sublobulares, as quais se unem umas com
as outras para compor as veias hepáticas
- essas veias hepáticas deixam o órgão por sua face
diafragmática até finalmente desembocarem na veia
cava caudal
- a disposição anatômica do sistema venoso do trato
gastrointestinal garante que todos os produtos da
digestão lançados na corrente sanguínea após a
absorção passem pelo fígado antes de entrar na
circulação
Inervação
- o fígado é inervado por nervos simpáticos (por meio
de plexos periarteriais) e parassimpáticos (através do
tronco vagal)
Ligamento
- o fígado está intimamente relacionado com o
mesentério ventral presente durante o
desenvolvimento embrionário
- ele não possui funções de sustentação, mas
transporta vasos sanguíneos, nervos e vasos
linfáticos
- há três partes distintas: ligamento falciforme,
ligamento hepatoduodenal e ligamento
hepatogástrico
- o ligamento falciforme do fígado é um vestígio do
mesentério ventral, o qual se prolonga entre o fígado
e o diafragma e a parede do corpo
- ele inclui a veia umbilical em sua margem livre
durante a vida fetal, e é erradicado após o
nascimento para formar o ligamento redondo
- os ligamentos hepatoduodenal e hepatogástrico
se prolongam desde a porta do fígado até o duodeno
e o estômago, respectivamente
- eles constituem o omento menor e transportam o
ducto biliar para o duodeno e a veia porta, e a artéria
hepática, para o fígado
- ele também contém as artérias gástricas esquerda e
direita, onde se fixa à curvatura menor do estômago
- há três ligamentos que proporcionam sustentação
mecânica para o fígado: ligamento triangular
esquerdo, ligamento triangular direito e ligamento
coronário
- o ligamento coronário circunda a veia cava caudal
durante sua passagem do fígado para o diafragma
- Os ligamentos triangulares se prolongam entre a
parte dorsal do fígado de cada lado e o diafragma
2
Ductos biliares
- a bile é produzida pelos hepatócitos e liberada nos
canalículos biliares dentro dos lóbulos
- esses canalículos se unem para formar os ductos
interlobares que se unem formar os ductos lobares
(ductos biliares)
- os ductos biliares extra hepáticos consistem nos
ductos hepáticos originários do fígado, do ducto
cístico até a vesícula biliar e o ducto colédoco até o
duodeno
- os ductos hepático, antes ou logo após deixar o
fígado no nível da porta (hilo), se combinam em um
tronco único que corre para o duodeno
- um ramo tortuoso lateral (ducto cístico), que se
origina do tronco comum, leva à vesícula biliar
- pode haver variações no sistema de ductos, alguns
ductos hepáticos podem entrar na vesícula biliar
diretamente, enquanto outros podem se juntar à
saída principal caudalmente ao ducto cístico.
- no equino e nos ruminantes, os ductos lobares se
unem para formar um ducto hepático esquerdo e
outro direito, os quais se unem novamente para
formar o ducto hepático comum
- no suíno, os ductos lobares dos lobos hepáticos
esquerdos se unem para formar o ducto hepático
esquerdo, enquanto os ductos dos lobos direitos
desembocam separadamente no ducto hepático
comum
- em carnívoros, cada sublobo hepático possui seu
próprio ducto lobar, o qual desemboca no ducto
cístico.
- essas espécies não apresentam ductos hepáticos
esquerdo, direito nem comum
- o início do ducto biliar é marcado pela união do ducto
hepático comum, ou do último ducto lobar com o
ducto cístico
- o ducto biliar se abre na parte proximal do duodeno
na papila duodenal maior.
Vesícula biliar
- a vesícula biliar estoca a bile e a concentra pela
absorção através da mucosa pregueada
- a vesícula biliar está ausente em algumas espécies
como equinos e ratos
Pâncreas
- o pâncreas é uma glândula com funções exócrinas e
- endócrinas
- o componente exócrino é o maior, produz o suco
- pancreático, que é transportado até o duodeno por
um ou mais ductos, dependendo da espécie
- ele contém enzimas para a degradação de proteínas,
carboidratos e gorduras
- a parte endócrina do pâncreas produz insulina,
glucagon e gastrina nas ilhotas pancreáticas, que
são de vital importância para o metabolismo de
carboidratos
- o pâncreas se situa na parte dorsal da cavidade
abdominal e está intimamente relacionado com a
parte proximal do duodeno
- ele pode ser dividido em três partes: corpo do
pâncreas, lobo direito do pâncreas e lobo
esquerdo do pâncreas
CARNÍVOROS
- o pâncreas é delgado com o formato clássico de “V”
composto por dois lobos que emergem do corpo
- o lobo esquerdo é mais curto, porém mais espesso
que o lobo direito e corre dentro da origem do omento
maior na parede abdominal dorsal
- o lobo direito é mais extenso e segue o duodeno
descendente dentro do mesoduodeno
SUÍNO
- o pâncreas consiste em um corpo volumoso e um
lobo esquerdo e um pequeno lobo direito, os quais
circundam a veia porta
EQUINO
- o pâncreas apresenta um contorno triangular com um
corpo compacto e volumoso ao qual se fixam o lobo
direito curto e um lobo esquerdo mais extenso
RUMINANTES
- o pâncreas dos ruminantes consiste em um corpo
curto, um lobo direito e um lobo esquerdo
- o lobo direito é maior e segue o mesentério da parte
descendente do duodeno
- a veia porta passa sobre a margem dorsal do órgão
na incisura pancreática
- devido à origem da glândula a partir de dois
primórdios dorsal e ventral, algumas espécies
apresentam dois ductos pancreáticos
- Um ducto pancreático normalmente drena a parte da
glândula que emerge do primórdio ventral e se abre
no duodeno juntamente com ou próximo ao ducto
biliar da papila duodenal maior
3
- Um ducto menor (acessório) emerge da parte do
pâncreas formada pelo primórdio dorsal e se abre na
face oposta do duodeno na papila duodenal menor.
- essa disposição anatômica costuma estar presente
no cão e no equino
- Nos outros mamíferos domésticos, esse sistema
excretor se reduz a um único ducto.
- o ducto pancreático normalmente sobrevive no gato e
em pequenos ruminantes, enquanto o ducto
acessório ainda está presente no suíno e no bovino
- a vascularização do pâncreas ocorre pelas artérias
celíaca e mesentérica cranial
- as veias drenam para a veia porta
- a glândula é suprida por nervos simpáticos e
- parassimpáticos
4
Órgãos Urinários
- elaboram e removem urina (principal fluido excretório)
- órgãos uropoiéticos
Rins
- manutenção do meio interno
- filtração do plasma sanguíneo
- secreção de urina
- regulação da concentração hídrica e salina
- remoção de substâncias estranhas no sangue
- 1000 litros de sangue filtrados = 1 litro de urina
- os rins possuem função endócrina, eles produzem e
liberam hormônios
⬞ renina: regulação da pressão sanguínea sistêmica
⬞ eritropoietina: eritropoiese
- esses hormônios são sintetizados nos aparelhos
justaglomerulares, regiões localizadas em íntima
associação com as arteríolas, formadas pela união
dos capilares glomerulares aferentes com as porções
adjacentes dos túbulos contorcidos distais
Unidades funcionais
- as unidades funcionais do rim são os néfrons ou
túbulos renais, que são responsáveis pela produção
de urina
- cada néfron se inicia proximalmente com uma
expansão cega, a cápsula glomerular, de duas
camadas que sofre uma depressão pelo pelo plexo
esférico de capilares sanguíneos, o glomérulo
(grupo de capilares)
- o glomérulo e a cápsula glomerular compõem o
corpúsculo renal, por vezes chamado de
corpúsculo de Malpighi
- os corpúsculos renais se espalham em todo o córtex
- não há corpúsculos na medula
Forma
- órgão de consistência firme
- coloração marrom-avermelhada
- a forma varia entre as espécies
- “forma de rim” ou “reniforme”: encontrada em cães e
pequenos ruminantes
- a margem medial do rim possui uma depressão que
forma o hilo renal, por onde a origem dilatada do
ureter (pelve renal), deixa o rim,e vasos e nervos
renais o penetram
- seio renal: espaço oculto, ocupado pela pelve renal,
pelos vasos e nervos que passam pelo hilo e por
gordura
- pelve renal: origem dilatada do ureter, que varia
entre as espécies
▫ ausente nos bovinos, pois apresentam ureteres no
seio renal, que recebem urina dos ductos
papilares
Localização
- geralmente estão pressionados contra o teto do
abdômen, um de cada lado da coluna vertebral,
predominantemente na região lombar
- rins comprimidos contra o teto do abdome são
amplamente retroperitoneais
- rins suspensos em um nível mais baixo apresentam
uma cobertura peritoneal mais extensa
- o rim esquerdo possui maior mobilidade, já que não
há uma impressão equivalente no fígado
- o rim direito se situa mais cranialmente que o
esquerdo e seu polo cranial faz contato com o
processo caudado do fígado e com o lobo hepático
direito
- ele se posiciona em uma fossa do fígado (impressão
renal) a qual ajuda a limitar sua movimentação
Estrutura
- parênquima envolto pela cápsula de tecido conjuntivo
(cápsula fibrosa), que é facilmente removida
- a cápsula é uma rede fibrosa de colágeno com pouca
fibra elástica, que restringe a capacidade de
expansão do rim
▫ se houver edema, pode haver compressão do
tecido renal e estreitamento das passagens
internas
- o parênquima renal pode ser dividido em córtex
(externo) e medula (interno)
- durante o desenvolvimento embrionário, todos os
mamíferos atravessam um estágio no qual os rins
1
apresentam uma estrutura multilobular, embora na
maioria das espécies a quantidade de lobos se
reduza consideravelmente pela fusão de lobos
individuais
- o grau de fusão varia conforme a espécie
- no bovino e no suíno, a medula e seu córtex
associado se dividem em lobos piramidais
- as pirâmides renais são formadas de medula cuja
base está em contato e envolvida pelo córtex, e seu
ápice forma uma papila renal
- a diferenciação entre um rim unipiramidal só pode
ser realizada com a visualização do parênquima
renal interno por meio de uma secção transversal
através dos polos
- no rim unipiramidal verifica-se a fusão da zona
interna da medula, constituindo a crista renal
- no rim multipiramidal, observamos as papilas
individualizadas
- tanto o suíno como o bovino apresentam rim
multipiramidal
- no suíno, houve fusão do córtex e, no bovino, não;
mas a medula de ambos não está fusionada,
verificando-se pirâmides isoladas
- por esse motivo, às vezes os termos unilobar e
multilobar confundem, pois o rim do suíno, quando
visto por fora, parece um lobo só em razão da fusão
do córtex, mas é um rim multilobar, visto que
apresenta sua medula com pirâmides bem definidas
- no canino, no equino e no ovino, todos os lobos se
fundem para formar uma única massa medular
envolvida por uma concha cortical contínua
- a fusão une as papilas em uma crista renal comum
- mesmo na categoria unipiramidal de rim, há
evidências de sua origem complexa: nos carnívoros,
pseudopapilas se projetam dorsal e ventralmente à
crista renal, separadas por recessos da pelve renal
Vascularização
- cada rim é irrigado por uma artéria renal, um ramo da
aorta abdominal
- artéria renal se divide em várias artérias interlobares,
que dão origem às artérias arqueadas
- as artérias arqueadas dão origem às artérias
interlobulares que originam os ramos que vão irrigar
os glomérulos individualmente
- as veias satélites das artérias, acabam por
desembocar na veia cava caudal.
Pelve renal
- está presente nos mamíferos domésticos, com
exceção dos bovinos
- a pelve renal está localizada no interior do seio renal
Ureteres
- é um tubo musculoso
- começa na pelve renal (em carnívoros, equinos e
suínos) até a vesícula urinária
- nos bovinos os ureteres são formados pela junção de
passagens que saem dos cálices
Vesícula Urinária
- é um órgão musculomembranoso oco, cuja forma,
tamanho e posição variam conforme a quantidade de
urina que contém
- quando contraída, a vesícula urinária é pequena e
globular e se situa sobre o assoalho pélvico
- saco ovóide ou piriforme
- pode ser dividido em um ápice cranial, um corpo
intermediário e um colo caudal, o qual é contínuo
com a uretra
- nas fêmeas, o útero se localiza entre o reto e a
vesícula urinária
- a fixação é feita por três pregas vesicais, sendo duas
laterais pares e uma mediana
- as pregas laterais conduzem o ligamento redondo, e
são vestígios da artéria umbilical na fase fetal
- esfíncter: músculo liso, localizado no colo da
vesícula urinária
Micção
Rins → Ureteres → Vesícula urinária
- o influxo de urina age sobre a vesícula urinária,
aumentando a pressão
- estimula os centros de reflexos na medula espinhal,
que agem no relaxamento do esfíncter de músculo
liso e na contração da parede muscular
Uretra
Fêmea
- a uretra serve exclusivamente para o transporte de
urina
- a uretra feminina se projeta caudalmente no assoalho
pélvico ventral ao trato reprodutor
- ela atravessa a parede da vagina em sentido oblíquo
e se abre com o óstio externo da uretra ventralmente
na união entre vagina e vestíbulo
- o comprimento e o diâmetro da uretra variam
consideravelmente entre os mamíferos domésticos
- ela é curta e larga no equino e comparativamente
longa no cão, no qual se abre em uma pequena
elevação cercada por dois sulcos
2
- na vaca e na porca, o músculo uretral envolve o
divertículo suburetral, o qual se abre juntamente com
a uretra na vagina
- essa disposição pode dificultar a cateterização
- a estrutura da uretra feminina é contínua com a
vesícula urinária
Macho
- a uretra serve para o transporte de urina, sêmen e
secreções seminais
- a uretra masculina se prolonga desde uma abertura
interna no colo da vesícula urinária até uma abertura
externa na extremidade do pênis
- ela pode ser dividida em: parte pélvica (com a parte
pré-prostática ou intramural e a parte prostática) e
parte peniana
Glândula Adrenal
- glândula endócrina
- topograficamente relacionadas à posição dos rins
- localizadas junto ao teto do abdômen, craniomedial
ao rim
- ligadas aos principais vasos abdominais (aorta à
esquerda e veia cava caudal à direita)
- são irregulares, sólidas, firmes e assimétricas
- apresentam uma cápsula
- no córtex: hormônio mineralocorticóide,
glicocorticóide e esteróides sexuais
- na medula: apresenta neurotransmissores
(adrenalina e noradrenalina)
Como a castração pode prevenir infecções
urinárias?
Parasitoses
- Dioctophyma renale: é o único parasita capaz de
colonizar o rim, penetrando pela cápsula renal e
invadindo o parênquima que é totalmente destruído
Cistites
Cálculos vesicais
3
Órgãos Genitais Masculinos
- órgãos urinários e órgãos genitais apresentam origem
embrionária comum (mesoderma intermediário) e são
anatomicamente ligados
- o sistema genital masculino compreende os órgãos
envolvidos no desenvolvimento, no amadurecimento,
no armazenamento e no transporte dos gametas
masculinos (espermatozóides)
Testículos/ Gônadas Masculinas
- são responsáveis pela produção hormonal e de
espermatozóides
- os testículos são órgãos pares
- combinam componentes endócrinos e exócrinos
dentro de uma cápsula comum
- a função endócrina está relacionada a produção de
hormônios masculinos, responde normalmente a
temperatura corporal, mas a função exócrina
relacionada a produção de gameta, precisa de uma
temperaturas mais baixas do que a temperatura
corporal
- os testículos se desenvolvem no cavidade
abdominal e posteriormente migram pelo canal
inguinal até chegar ao escroto (bolsa de pele e
fáscias subjacentes)
Descida Testicular
- o processo denominado descida dos testículos,
depende do gubernáculo testicular, o qual é um
cordão (condensação) mesenquimal envolvido em
peritônio que se prolonga dos testículos pelo canal
inguinal até o processo vaginal
- na primeira fase da descida dos testículos, o
gubernáculo aumenta de comprimento e diâmetro,
expandindo-se para além do canal inguinal e, dessa
forma, dilatando-o
- o gubernáculo é invadido por uma extensão do
revestimento peritoneal do abdome e ,assim, o
processo vaginal que fornece o espaço onde os
testículos se alojarão, é formado
- a invasão pelo processo vaginal divide o gubernáculo
em três partes: primeira parte (proximal - futura
lâmina visceral); segunda parte (futura lâmina
parietal); terceira parte (distal)
- durante a segunda fase da descida dos testículos, o
gubernáculo retrocede, acomodando os testículos
dentro do processo vaginal
- o processo de migração dos testículos é o resultado
de aumento da pressão intra-abdominal e da tração
do gubernáculo, que conduz os testículos em
direção à região inguinal
- no garanhão e no cachaço, as fibras do gubernáculo
se prolongam na camada profunda (túnica dartos) do
escroto, fato de importância clínica, já que a tração
do escroto pode ajudar a expor testículos retidos no
canal inguinal
- a descida testicular é essencial para a produção
dos gametas masculinos (espermatogênese) nos
mamíferos domésticos, já que a posição do escroto
reduz a temperatura dos testículos em comparação à
temperatura corporal
- quando um ou de ambos os testículos não realizam a
descida testicular se chama criptorquidismo
⬞ o criptorquidismo pode ter uma condição
hereditária, portanto, os animais não devem ser
usados para reprodução.
- em algumas espécies, como o elefante, os testículos
permanecem dentro do abdome durante toda a vida e
a espermatogênese ocorre na temperatura corporal
- Muitos mamíferos menores, como roedores, exibem
alterações periódicas nas quais há descida dos
testículos para o escroto durante a época de
acasalamento, depois da qual eles retornam para o
abdome
- nesses roedores, o canal inguinal mantém-se aberto
após o nascimento e, por isso, os testículos podem
migrar da cavidade abdominal para o escroto e
vice-versa
Forma
- a posição dos testículos varia com relação à espécie
- nos felinos está direcionado caudalmente, nos
caninos posicionado mais ventralmente e nos bovinos
é bem pendular, ocupa quase uma posição
verticalizada
- de forma geral, os testículos são descritos como
órgãos elipsóides sólidos ou parenquimatoso
- a relação de volume do testiculo nem sempre está
relacionada ao tamanho corporal
Estrutura
- a superfície do testículo é revestida por uma cápsula
fibrosa densa, a túnica albugínea
- os vasos sanguíneos maiores (ramos da artéria
testicular e veia testicular) seguem no interior da
cápsula e são visíveis na superfície dos testículos em
um padrão característico de cada espécie
- a túnica vaginal visceral é uma membrana serosa
com o peritônio que cobre a cápsula fibrosa e confere
uma aparência lisa da superfície testicular
- o parênquima do testículo normalmente se encontra
sob pressão.
1
- Consequentemente, qualquer expansão significativa
eleva a pressão intratesticular e produz dores graves
como a que se observa durante a inflamação
(orquite).
- a cápsula emite septos que se irradiam para dentro
do testículo, dividindo o parênquima em lóbulos
- esses septos convergem centralmente para formar o
mediastino do testículo
- esse mediastino pode ser axial ou ligeiramente
deslocado em direção ao epidídimo
- o parênquima do testículo consiste de túbulos
seminíferos entremeados e tecido intersticial
- no tecido intersticial estão as células que produzem
hormônio esteróide androgênico
- nos túbulos ocorre a espermatogênese
- as paredes desses túbulos contém células
espermatogenéticas e células de sustentação
(células de Sertoli)
- as funções endócrinas do testículo são realizadas
pelas células intersticiais (de Leydig) – produção de
andrógenos – e pelas células de sustentação (de
Sertoli) – produção de inibina
- cada túbulo seminífero (contorcido, tortuoso,
espiralado) apresenta forma de alças, de modo que
se abre em uma rede de túbulos confluentes dentro
do mediastino, chamada de rede do testículo
- antes de penetrar a rede do testículo, as
extremidades dos túbulos seminíferos ficam retas
para se tornarem os túbulos seminíferos retos
- a rede do testículo é drenada pelos túbulos eferentes
(contorcidos) que perfuram a cápsula fibrosa para
penetrar na cabeça do epidídimo
Sistema de ductos gonadais
Epidídimo
- armazena espermatozóides durante seu
amadurecimento antes de passarem para o ducto
deferente e pela uretra
- o epidídimo está firmemente anexado ao testículo
- é formado por diversas voltas do ducto do epidídimo
em uma matriz de tecido conjuntivo
- ele pode ser dividido em três segmentos: cabeça,
corpo e cauda
- a cabeça do epidídimo está
firmemente fixada à cápsula
testicular e recebe os túbulos
eferentes do testículo
- após penetrar o epidídimo, os
túbulos eferentes se unem para
formar o ducto do epidídimo
- o corpo do epidídimo pode não
estar completamente aderido à
superfície do testículo e, nesse
caso, forma-se um espaço
denominado bolsa testicular
- o ducto do epidídimo prossegue até a cauda do
epidídimo
- a cauda do epidídimo se fixa à extremidade
caudada do testículo pelo ligamento próprio do
testículo e ao processo vaginal (camada parietal do
saco peritoneal) pelo ligamento da cauda do
epidídimo
- o ducto do epidídimo emerge em sua cauda e
prossegue na forma de ducto deferente
Ducto Deferente
- o ducto deferente é a continuação direta do ducto do
epidídimo
- sua origem é a parte ondulante da cauda do
epidídimo e se torna reto gradualmente ao seguir em
direção ao abdome
- ele segue dentro do cordão ou funículo espermático e
penetra a cavidade abdominal através do canal
inguinal
- o ducto deferente forma uma alça convexa
cranialmente dentro de uma prega do peritônio, o
mesoducto deferente, e passa sob o ureter conforme
alcança a face dorsal da vesícula urinária,
atravessando a próstata até se abrir na parte
proximal da uretra no colículo seminal
- a porção terminal do ducto deferente se torna
espessa pela presença de glândulas em sua parede
para formar a ampola do ducto deferente
- no suíno, não há uma ampola evidente, mas existe
uma parte glandular na extremidade do ducto
deferente
- no equino e nos ruminantes, o ducto deferente se une
ao ducto excretor da glândula vesicular próximo a seu
- término
- a passagem compartilhada desses dois ductos é
conhecida como ducto ejaculatório
- a ampola do ducto deferente é também conhecida
como glândula ampular
- cordão espermático: artéria testicular, veias plexo
pampiniforme e ducto deferente
2
Envoltórios
- os envoltórios do testículo não apenas cobrem o
testículo, o epidídimo e partes do cordão
espermático, mas também se moldam ao redor
desses órgãos
- as diferentes camadas dos envoltórios do testículo
correspondem às camadas da parede abdominal
- são as seguintes camadas: pele, túnica dartos, fáscia
espermática externa, músculo cremaster, fáscia
espermática interna, lâmina parietal da túnica vaginal
- pele do escroto está aderida à túnica dartos
(fibromuscular)
- fáscia espermática externa é densa, sustenta a túnica
vaginal e reveste o músculo cremaster
- túnica vaginal (processo peritoneal): envaginação do
peritônio pelo canal inguinal, circunda o cordão
espermático e envolve o testículo e o epidídimo
Glândulas acessórias
- as glândulas acessórias também liberam suas
secreções na uretra e contribuem para o volume do
sêmen
- as glândulas genitais acessórias situam-se na
extensão da parte pélvica da uretra
- o touro e o garanhão possuem o conjunto completo
de glândulas acessórias
- o cachaço possui as glândulas vesiculares,
bulbouretrais e a próstata
- no gato estão presentes a ampola do ducto
deferente, as glândulas bulbouretrais (vestigiais) e a
próstata
- apenas a ampola do ducto deferente e a próstata
estão presentes no cão
- a ampola do ducto deferente envolve a parte terminal
do ducto deferente
Glândulas Vesiculares
- as glândulas vesiculares pares estão presentes em
todos os mamíferos domésticos, com exceção dos
carnívoros
- em ruminantes e no equino, seu ducto excretor se
une ao ducto deferente logo antes de seu término e
essa passagem comum curta é denominada ducto
ejaculatório.
- no cachaço, se abrem separadamente na uretra,
próximas ao colículoseminal
- é particularmente bem-desenvolvida no cachaço,
apresentando um formato piramidal característico
Próstata
- está presente em todos os mamíferos domésticos
- em alguns, ela é composta por duas partes, uma
espalhada difusamente na parede da uretra pélvica, a
parte disseminada, e a outra é um corpo compacto
situado externamente à uretra
- as duas partes são drenadas por vários pequenos
ductos
- o equino possui apenas a parte compacta (corpo)
- os pequenos ruminantes possuem apenas a parte
- difusa ou disseminada, enquanto os bovinos
possuem as duas partes, mas o corpo é pequeno e
plano
- nos carnívoros, há apenas vestígios da parte
disseminada, mas o corpo (parte compacta) é grande
e globular
- ele é tão desenvolvido nessas espécies que envolve
completamente a uretra no cão e grande parte da
uretra no gato
- a hipertrofia da próstata é relativamente comum em
cães mais velhos e pode levar a obstrução devido à
pressão da próstata aumentada sobre o reto
- nos suínos, a próstata apresenta um corpo modesto
e irregular e a parte disseminada está espalhada na
parede da uretra pélvica
Glândula Bulbouretral
- a glândula bulbouretral par é encontrada em todos os
mamíferos domésticos, com exceção do cão
- ela se situa na face dorsal da uretra pélvica próxima à
saída da pelve.
- em equinos e ruminantes tem tamanho moderado
- no felino, ela é vestigial, bastante pequena e esférica
- é grande no cachaço, onde se projeta em toda a
extensão da parte pélvica da uretra, sendo seu
formato cilíndrico.
- em suínos castrados é consideravelmente menor, de
forma que seu tamanho pode ser usado como
indicativo de castração recente
- todas as glândulas genitais acessórias possuem
cápsulas bem desenvolvidas e septos internos, os
quais são ricos em fibras musculares lisas
- essas fibras musculares são inervadas pelo sistema
nervoso autônomo e são responsáveis por expelir a
secreção das glândulas
- a testosterona possui um efeito positivo sobre a
- produção das secreções
Uretra
- a parte distal da uretra forma o caminho combinado
para a passagem tanto da urina como do sêmen
- a uretra masculina se prolonga desde o óstio interno
da uretra na vesícula urinária até o óstio externo da
uretra na extremidade livre do pênis
- conforme sua localização, ela pode ser dividida em
uma parte pélvica e uma parte peniana
3
- a parte pélvica é unida aos ductos deferentes e/ou
ductos vesiculares (ou a um ducto ejaculatório
combinado) a uma curta distância de sua origem na
vesícula urinária
Pênis
- é o órgão copulador masculino e deposita sêmen no
trato reprodutor feminino
- o pênis se origina como dois pilares do arco isquiático
- os pilares convergem para formar a raiz do pênis, a
qual prossegue como o corpo do pênis até a glande
do pênis
- o pênis está suspenso abaixo do tronco e está
parcialmente contido entre as coxas, onde é
ancorado ao assoalho pélvico pelo ligamento
suspensório nas grandes espécies
- durante a fase quiescente, a extremidade livre está
confinada dentro de uma invaginação de pele
abdominal, o prepúcio, que se abre em locais
variados atrás do umbigo
- o órgão é construído a partir de três colunas de tecido
erétil, as quais são independentes caudalmente, onde
constituem a raiz do pênis, mas se combinam nos
segmentos restantes do pênis, formando o corpo
- as duas colunas dorsais de tecido erétil são
conhecidas como os pilares do pênis e consistem em
um centro de tecido cavernoso envolvido por uma
camada espessa de tecido conectivo, a túnica
albugínea
- os corpos cavernosos pares preenchidos com sangue
convergem e prosseguem distalmente no corpo do
pênis
- o corpo cavernoso de cada pilar permanece distinto
dentro do corpo, onde existe um septo entre eles
- o dorso do pênis é marcado por um sulco raso,
enquanto a face ventral (uretral) apresenta um sulco
profundo para acomodar a uretra e seu componente
vascular, o corpo esponjoso
- o corpo esponjoso ímpar fornece a terceira coluna de
tecido erétil e é mais delicado que os corpos
cavernosos com espaços maiores para o sangue
separados por septos mais finos
- o corpo esponjoso tem início na saída da pelve, com
alargamento repentino do tecido esponjoso que
circunda a uretra
- a expansão forma o bulbo do pênis
- o corpo esponjoso se prolonga para além da
extremidade distal do corpo cavernoso para formar a
glande do pênis, a qual constitui o ápice do órgão
inteiro
- na glande do pênis, está o óstio externo da uretra em
todos os mamíferos domésticos, com exceção dos
pequenos ruminantes, nos quais um processo uretral
livre prolonga a uretra para além da glande
- há dois tipos diferentes de pênis nos mamíferos
domésticos quanto à arquitetura do corpo cavernoso
Pênis fibroelástico
- pênis dos ruminantes e do suíno
- possui pequenos espaços sanguíneos divididos por
quantidades substanciais de tecido fibroelástico
resistente
- é envolvido por uma túnica albugínea espessa que
envolve tanto o corpo cavernoso quanto o corpo
esponjoso
- relativamente pouco sangue adicional é necessário
para deixar esse tipo de pênis ereto, e o alongamento
do pênis é alcançado principalmente ao estender e
retificar a flexura sigmóide
Pênis musculocavernoso
- pênis dos equinos e dos carnívoros
- os espaços sanguíneos são maiores e a túnica e os
septos interpostos são mais delicados e musculares
- um volume de sangue consideravelmente maior é
necessário para se alcançar a ereção, a qual é
marcada por um aumento significativo tanto de
diâmetro como de comprimento do pênis
Glande
- a glande do pênis exibe alterações específicas de
cada espécie
EQUINO
- a glande se assemelha a um cogumelo, sendo que a
coroa é a parte mais larga
- na direção do corpo do pênis e por trás da corona,a
glande é comprimida para formar o colo da glande
- a extremidade livre da coroa é marcada por uma
fossa central na qual a parte terminal da uretra se
projeta
- a fossa da glande tende a acumular esmegma, cujo
espessamento pode causar desconforto
CANINO
- a extremidade distal do corpo cavernoso é modificada
para formar o osso peniano, o qual apresenta um
sulco ventral para acomodar a uretra no interior do
corpo esponjoso
- o envolvimento parcial da uretra dentro do sulco do
osso peniano pode impedir a passagem de cálculos
uretrais, os quais podem ficar alojados na
extremidade proximal do osso
FELINO
- tem características que o tornam único entre os
mamíferos domésticos, devido à sua orientação
caudal em estado de repouso
- o osso peniano mede de 5 a 8 mm e não possui sulco
ventral
4
- a glande dispõe de papilas queratinizadas
(espículas), as quais se direcionam proximalmente
em estado de repouso e se elevam durante a ereção
- as papilas diminuem de tamanho com a castração
- durante a ereção, a direção do pênis se inverte com o
auxílio do ligamento da extremidade do pênis
(ligamento apical)
- a obstrução da uretra por cálculos é bastante comum
no gato
SUÍNO
- a terminação livre do pênis gira em torno de seu eixo
longitudinal, de modo semelhante a um saca-rolhas,
em cujo topo há uma pequena glande
RUMINANTE
- a extremidade livre do pênis é coroada por uma
pequena glande, a qual é assimétrica e ligeiramente
espiralada
- a uretra termina em uma projeção baixa com uma
abertura oblíqua e estreita em sua ponta
- a extremidade do pênis é bastante característica em
pequenos ruminantes, nos quais o processo uretral
prossegue (cerca de 4 cm no ovino e 2,5 cm no
caprino) além da glande substancial
- o processo uretral contém tecido erétil
Prepúcio e Escroto
- o escroto e o prepúcio são adaptações da pele,
relacionadas com os testículos e o pênis
- o prepúcio é uma dobra de pele que cobre a
extremidade livre do pênis em estado de repouso
- ele consiste em uma lâmina externa e outra interna,
as quais são contínuas no óstio prepucial
- no equino há uma prega adicional que permite o
alongamento considerável do pênis durante a ereção
- músculos associados ao pênis: bulboesponjoso,
isquiocavernoso, retrator do pênis (fibras musculares
lisas), prepucial cranial e caudal

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