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Nome: Amanda Silva Almeida Matrícula: 11611GEO026 Disciplina: Geografia Urbana Prof. Dra. Beatriz Ribeiro Soares Bibliografia: SANTOS, Milton. METAMORFOSES DO ESPAÇO HABITADO, fundamentos. Teórico e metodológico da geografia. Hucitec. São Paulo 1988 Fichamento: Metamorfose do Espaço Habitado – Milton Santos Capitulo 1 A reestruturação do espaço ocorre a todo tempo, e diante de tal transformação no espaço, cabe a geografia, estudar – se o conjunto de mudanças do homem na sociedade e espaço habitado, questionando – se os problemas a partir de uma perspectiva crítica que ocorre diante dos acontecimentos vivenciados no período atual. Após a expansão comercial que ocorreu a partir do século XVI, predominam se o crescimento do capitalismo e o novo modo de vida decorrente da revolução cientifica e técnica, transformando se a relação do homem com a natureza. Alguns processos no que diz respeito a universalização do mundo podem ser incluídos a produção agrícola, do marketing e de todo desenvolvimento capitalista que inclui relações de mercado, do capital e do consumo. Alterando – se o modo de trabalho, e a cultura, bem como os costumes e a alimentação da sociedade. Tal período, propõe se, uma possiblidade de alienação por parte do ser humano, que é submetido a tal universalização. É perceptível por uma série de pesquisadores competentes que, após a 2° Guerra Mundial, um terceiro tipo de capitalismo, que inclua novas expressões, organizações e sociedade com a ciência e a tecnologia gradativamente presentes, resultantes de uma busca pelo lucro sem medir as consequências desse fato. Isso porque, a partir do momento que a ciência começa a trabalhar em prol de fatores hegemônicos e não do bem-estar social da sociedade, aumentam se a desigualdade social entre países e entre classes sociais. O período atual, também é marcado pela valorização do o saber. Tratando – se com relevância, o conhecimento aprofundado do homem sobre principalmente as ciências exatas e biológicas, e as ciências sociais ficam responsáveis sobretudo, a descrever as construções da história com base nos fenômenos vivenciados. “A divisão dos domínios nem sempre é nítida, mas se pode pensar que num mundo assim construído são as ciências do homem que ganham em alcance. Ademais, inúmeras combinações doravante possíveis não são desejáveis; outras, igualmente numerosas, não convêm a todos os países ou regiões. ” (...) P.09 Capitulo 2 O espaço é composto por um arranjo geográfico, que atua concomitante a natureza e a sociedade. É considerado para Milton Santos, um conjunto de formas que possui seu papel na realização social, sendo a sociedade, o principal meio de alteração do espaço. “(...) Na evolução da sociedade, cada um de seus componentes tem um papel diferente no movimento da totalidade, e o papel de cada uma é diferente a cada momento. ” (...) P.10 Com a internacionalização da economia, não encontra – se mais, um pais que seja isolado do mundo, pelo contrário, na atualidade, a partir da globalização tornou se possível encontrar cidades consideradas atuantes globais. No entanto, ainda é visto diversos lugares pouco conhecidos pela geografia. Dessa forma, é visto que, existem dificuldades ao que se refere a construção de uma geografia global. Com a o fenômeno da mundialização, a geografia, por usa vez, utiliza categorias empíricas, como a particularidade e singularidade, formas, função processo e estrutura para melhor compreender as atividades estabelecidas no meio. “As grandes generalizações, portanto, são não apenas possíveis, mas necessárias, tornando-se a um tempo mais sistemáticas e afinadas. Sua base, deve-se lembrar, é empírica. Assim, podemos voltar ao tema da geografia como "ciência dos lugares", à qual se ligam. ” (...) P.13 Cabe ressaltar também que, à medida que a mundialização dos lugares se tornam cada vez mais presente, gradativamente os lugares aparecem características singulares e específicos, Isso ocorre devido a constante materialização dos elementos no espaço, ou seja, o meio ambiente, o homem, as instituições estão sempre sujeitos a processos que envolvam maior acumulação de capital, e da realização de ações que modificam o espaço e o torne diferente do outro, mas que ao mesmo tempo, esteja ligado aos demais eixos que compõe a hegemonia da globalização. Capitulo 3 “Espaço habitado e ecúmeno são sinônimos. Essas expressões fazem parte da linguagem da geografia e das outras disciplinas que estudam o território, mas já invadiram o vocabulário do homem comum. ” (...) P.14 O espaço habitado pode ser bordado a partir de duas abordagens: partir do ponto de vista biológico, como a adaptação do homem em diversos ambientes, seja a através de climas diversos, como também altitudes e latitudes e fenômenos naturais complexos e também pela perspectiva social, que enxerga o homem como um ser que vive sem sociedade. A população vem demonstrando acumulativo crescimento ao longo dos anos. Tal crescimento pode ser explicado pela melhor qualidade de vida obtida no decorrer dos avanços da industrialização. A queda da mortalidade e ou aumento da natalidade são índices que comprovam a melhoria do bem-estar social após o período feudal, o qual teve maiores avanços na ciência, sobretudo da medicina. Para compreensão da evolução global da população mundial, deve se analisar a heterogeneidade do espaço habitado. Visto que, em diversas áreas do mundo, é possível observar que a evolução de cada país não é homogenia. Sendo que, existe fatores que variam conforme a desigualdade social de cada país, o que interfere na diversidade quantitativa de cada país da superfície terrestre. Outra situação que também não pode ser deixada de lado são os traços culturais, históricos de cada território e a imigração constante que ocorreu principalmente após a Segunda Guerra Mundial. “Dentro dos países, a repartição geográfica da população também muda. Certas regiões perdem população em proveito de outras, tornadas mais dinâmicas (no caso do Brasil, a perda de substância demográfica do Nordeste em favor do Sudeste é notória), mas o essencial do movimento é devido à urbanização. ” (...) P.15 O modo de vida rural também sofre alterações com as mudanças do meio urbano. Esse fenômeno pode ser explicado pelos progressos científicos e tecnológicos, que acarretam a possibilidade de maior produtividade em menores espaços, devido aos avanços químicos e genéticos. Outra característica é a utilização de menos pessoas no cultivo de alimentos, visto que, é presente o uso de equipamentos que realizam com eficiência e eficácia a produção que antes era feita pelo homem. Capitulo 4 As mudanças ocorridas no território também alteram conceitos estabelecidos nas categorias de análise. “Os elementos que se agrupam dando a configuração espacial de um lugar têm que passar por um estudo aprofundado, desde o homem até as instituições que vão dirigir, juntamente com as firmas, as formas de materialização da sociedade. (...) P.17 “O mundo encontra-se organizado em subespaços articulados dentro de uma lógica global. Não podemos mais falar de circuitos regionais de produção. Com a crescente especialização regional, com os inúmeros fluxos de todos os tipos, intensidades e direções, temos que falar de circuitos espaciais da produção. ” (...) P.18 Também é perceptível que, com a difusão dos meios de comunicação e de transporte, não existe mais a necessidade de produzir para subsistência, dessa maneira, muitas regiões focam na especialização da produtividade, pois com os transportes rápidos, é possível obter produtosde diversos lugares diferentes em curto período de tempo. Logo, as trocas de mercadorias tornam se cada vez mais presentes. O crescimento das cidades após a transição do feudalismo para o capitalismo é visto como um ambiente de trocas, que expande os espaços em prol da especialidade de diversas atividades devido ao conjunto de profissões desenvolvidas na mesma. Durante o crescimento dos burgueses na cidade estava presente a integração entre o campo e a cidade, principalmente tratando se da produção agrícola do campo. Entretanto, esse aspecto tende a diminuir com o aumento do setor agroindustrial. “O geógrafo torna-se um empirista, e está condenado a errar em suas análises, se somente considera o lugar, como se ele tudo explicasse por si mesmo, e não a história das relações, dos objetos sobre os quais se dão as ações humanas, já que objetos e relações mantêm ligações dialéticas, onde o objeto acolhe as relações sociais, e estas impactam os objetos. ” (...) P. 21 “A teorização depende de um esforço de generalização e de um esforço de individualização. A generalização nos dá a listagem das possibilidades; a individualização nos indica como, em cada lugar, algumas dessas possibilidades se combinam. ” (...) P.21 Capitulo 5 A paisagem urbana está em constantes mudanças no que se diz respeito a estrutura e as formas, que podem ser manifestadas através de prédios, shoppings, bancos e hipermercados, por exemplo. “A paisagem é diferente do espaço. A primeira é a materialização de um instante da sociedade. Seria, numa comparação ousada, a realidade de homens fixos, parados como numa fotografia. O espaço resulta do casamento da sociedade com a paisagem. O espaço contém o movimento. Por isso, paisagem e espaço são um par dialético. Complementam-se e se opõem. ” (...) P.25 Cabe ressaltar que, para melhor compreender as dinâmicas do espaço; é necessário analisar a percepção da categoria de paisagem; como a região é marcada por traços paisagísticos; como os objetos culturais compõe a paisagem, as diferenças da paisagem natural e com as modificações feitas pelo homem, tornando a paisagem artificial; os instrumentos de trabalho que altera a produção espacial; a permanência da mudança através das condições de técnicas, que é perceptível principalmente nas cidades, por meio dos meios de transportes , construções de casas, por exemplo; a datação da imagem também é importante, para situar as relações da paisagem ao decorrer do tempo e o movimento da paisagem e as mutações da paisagem no espaço. “O espaço é o resultado da soma e da síntese, sempre refeita, da paisagem com a sociedade através da espacialidade. A paisagem tem permanência e a espacialidade é um momento. A paisagem é coisa, a espacialização é funcional e ó espaço é estrutural. ” (...) P.26 Capitulo 7 “A presença do homem na face da Terra muda o sistema do mundo. Torna-se, o homem, centro da Terra, do Universo, imprimindo-lhe uma nova realidade com sua simples presença. O homem é um dado da valorização dos elementos naturais, físicos, porque é capaz de ação. Usa suas forças intelectuais e físicas contra um conjunto de objetos naturais que seleciona como indispensável para se manter enquanto grupo.Assim, o homem é sujeito, enquanto a terra é objeto. E em torno do homem que o sistema da natureza conhece uma nova valorização e, por conseguinte, um novo significado. ” (...) P 27 “O quando o homem tem força para modificar os aspectos do quadro natural, fazendo deste uma segunda natureza mais adaptada aos seus fins; quando o homem, prevendo as mudanças conjunturais do quadro natural, se prepara, seja para tirar partido dessa mudança, seja para reduzir os seus efeitos nefastos ou puramente negativos. Por exemplo, os efeitos de uma geada sobre uma plantação hoje não são os mesmos, não têm os mesmos resultados que há cinquenta anos atrás, quando as formas de proteção da atividade agrícola não eram conhecidas ou não eram possíveis. ” (...) P.27 “A verdade, porém, é que, com o avanço da técnica, os objetos criados substituem cada vez mais os objetos naturais, mas aparecem também como objetos naturais aos olhos das novas gerações. É a história de sua produção que distingue a natureza herdeira do natural e a que provém do artifício. ” (...)P.28
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