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PAP 8 período - 3 encontro

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3º encontro PAP 8º período – Hanna L
Objetivos:
 ● Discutir o conceito, as ações e os componentes da vigilância em saúde; 
● Descrever as definições e o papel das vigilâncias epidemiológica, ambiental e sanitária, abordando os conceitos de: investigação Epidemiológica de Casos, Surtos, epidemias, pandemias; 
● Descrever dentro da vigilância epidemiológica as doenças de notificação compulsória analisando a importância da notificação; 
● Sintetizar os principais termos/definições relacionados a vigilância epidemiológica: período de incubação, infectividade, patogenicidade, virulência e período prodrômico.
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Objetivo: A observação e análise permanente da situação de saúde da população, articulando-se em um conjunto de ações destinadas a controlar determinantes, riscos e danos à saúde de populações que vivem em determinados territórios, garantindo a integralidade da atenção, o que inclui tanto a abordagem individual como coletiva dos problemas de saúde.
A vigilância em saúde detém conhecimentos e metodologias que auxiliam a gestão para o conhecimento da realidade, identificação de problemas, estabelecimento de prioridades de atuação e melhor utilização dos recursos em busca de resultados efetivos, fundamentais para a elaboração do planejamento.
Ela deve estar cotidianamente inserida em todos os níveis de atenção da saúde. A partir de saberes e práticas da epidemiologia, da análise de situação de saúde e dos determinantes e condicionantes sociais da saúde, as equipes de saúde da atenção primária podem programar e planejar ações, de maneira a organizar os serviços, aumentando o acesso da população a diferentes atividades e ações de saúde.
A área de vigilância em saúde abrange as ações de vigilância, promoção, prevenção e controle de doenças e agravos à saúde, devendo constituir espaço de articulação de conhecimentos e técnicas. 
Componentes: a vigilância e controle das doenças transmissíveis; a vigilância das doenças e agravos não transmissíveis; a vigilância da situação de saúde, vigilância ambiental em saúde, vigilância da saúde do trabalhador e a vigilância sanitária.
Ações de cada componente:
Vigilância epidemiológica: conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. Fornecer orientação decidir sobre a execução de ações de controle de doenças e agravos. Tem como funções, dentre outras: coleta e processamento de dados; análise e interpretação dos dados processados, divulgação das informações, investigação epidemiológica de casos e surtos; análise dos resultados obtidos e recomendações e promoção das medidas de controle indicadas.
Vigilância da situação de saúde: desenvolve ações de monitoramento contínuo do país/estado/região/município/equipes, por meio de estudos e análises que revelem o comportamento dos principais indicadores de saúde, priorizando questões relevantes e contribuindo para um planejamento de saúde mais abrangente. Ex. Estudo da situação da mortalidade infantil no estado de Pernambuco (macro).
Vigilância em saúde ambiental: centra-se nos fatores não biológicos do meio ambiente que possam promover riscos à saúde humana: água para consumo humano, ar, solo, desastres naturais, substâncias químicas, acidentes com produtos perigosos, fatores físicos e ambiente de trabalho. P.ex. Analise química da água do rio que é utilizado por comunidade.
Vigilância da saúde do trabalhador: atividades destinadas à promoção e proteção, recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho. 
Vigilância sanitária: é entendida como um conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, produção e circulação de bens e prestação de serviços de interesse da saúde. Abrange o controle de bens de consumo que direta ou indiretamente se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e o controle da prestação de serviços que direta ou indiretamente se relacionam com a saúde. Promove a qualidade de vida, estimulando a população a reduzir a vulnerabilidade e riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes – modos de viver, condições de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura e acesso a bens e serviços essenciais. 
As ações específicas são voltadas para: alimentação saudável, prática corporal/atividade física, prevenção e controle do tabagismo, redução da morbimortalidade em decorrência do uso de álcool e outras drogas, redução da morbimortalidade por acidentes de trânsito, prevenção da violência e estímulo à cultura da paz, além da promoção do desenvolvimento sustentável.
A análise da situação de saúde permite a identificação, descrição, priorização e explicação dos problemas de saúde da população, por intermédio da:
 • caracterização da população: variáveis demográficas (número de habitantes com distribuição por sexo, idade, local de residência, fluxos de migração, etc.); variáveis socioeconômicas; variáveis culturais 
• caracterização das condições de vida: ambientais (abastecimento de água, coleta de lixo e dejetos, esgotamento sanitário, condições de habitação, acesso a transporte, segurança e lazer); características dos sujeitos.
• caracterização do perfil epidemiológico: indicadores de morbidade; indicadores de mortalidade;
descrição dos problemas: O quê? (problema); Quando? (atual ou potencial); Onde? (territorialização); Quem? (que indivíduos ou grupos sociais).
Planejamento das ações da vigilância
Identificar a ação de modo a permitir que seja executada de forma adequada e considerando aspectos como prazo, custos, qualidade, segurança, desempenho e outros condicionantes. O Sistema de Planejamento do Sistema Único de Saúde (PlanejaSUS) é a atuação contínua, articulada, integrada e solidária das áreas de planejamento das três esferas de gestão do SUS. Tal forma de atuação deve possibilitar a consolidação da cultura de planejamento de forma transversal às demais ações desenvolvidas no SUS.
Investigação de surtos e epidemias
Os primeiros casos de uma epidemia, em uma determinada área, sempre devem ser submetidos à investigação em profundidade. A magnitude, extensão, natureza do evento, a forma de transmissão e os tipos de medidas de controle indicadas (individuais, coletivas ou ambientais) são alguns elementos que orientam a equipe sobre a necessidade de serem investigados todos ou apenas uma amostra dos casos. O principal objetivo da investigação de uma epidemia ou surto de determinada doença infecciosa é identificar formas de interromper a transmissão e prevenir a ocorrência de novos casos. Também é importante avaliar se o referido aumento de casos se trata realmente de uma alteração do padrão epidemiológico esperado ou se é um evento esperado para aquela época do ano, lugar e população.
É essencial a detecção precoce de epidemias e surtos, para que medidas de controle sejam adotadas oportunamente, de modo que um grande número de casos e óbitos possa ser prevenido. Além da prevençãode novos casos e surtos, a investigação desse tipo de evento pode contribuir para a descoberta de novos agentes, novas doenças e novos tratamentos, ampliar o conhecimento sobre novas doenças e daquelas já conhecidas e, ainda, fazer com que a população passe a ter mais confiança no serviço público de saúde.
Definições:
Epidemia: Elevação do número de casos de uma doença ou agravo, em um determinado lugar e período de tempo, caracterizando, de forma clara, um excesso em relação à frequência esperada.
Surto: Tipo de epidemia em que os casos se restringem a uma área geográfica geralmente pequena e bem delimitada ou a uma população institucionalizada (creches, quartéis, escolas, entre outros).
Pandemia: a disseminação mundial de uma nova doença e o termo passa a ser usadoquando uma epidemia, surto que afeta uma região, se espalha por diferentes continentes com transmissão sustentada de pessoa para pessoa.
Equipes de resposta rápida (ERR) 
A equipe de resposta rápida (ERR), no âmbito da vigilância em saúde, é uma força-tarefa de caráter extraordinário e contingencial para atuação, preferencialmente, em situações de superação da capacidade de rotina dos demais serviços de rotina, para fornecer o reforço técnico complementar adequado às necessidades do evento, principalmente nas ações que objetivem detectar, investigar, responder e controlar o evento atual ou evitar novos casos
Características da doença:
Período de incubação: É o período decorrente entre a penetração do agente etiológico e o aparecimento dos primeiros sintomas clínicos. 
Período prodrômico: Sucede o período de incubação e apresenta sinais e sintomas inespecíficos, o que dificulta o diagnóstico nesse período (exemplo de tosse, febre, mal estar). Tem curta duração, geralmente alguns dias, e alta transmissibilidade
Período de transmissibilidade: É o intervalo de tempo em que há eliminação do agente etiológico, pelo humano infectado ou pelo animal infectado, para o ambiente ou por meio de um vetor hematófago. Deste modo, outro homem ou animal poderá ser infectado 
	↑Doenças e agravos de notificação compulsória atualizados
	
	
	a. Acidente de trabalho com exposição a material biológico
	b. Acidente de trabalho: grave, fatal e em crianças e adolescentes
	Acidente por animal peçonhento
	Acidente por animal potencialmente transmissor da raiva
	Botulismo
	Cólera
	Coqueluche
	Covid-19
	a. Dengue - Casos
	b. Dengue - Óbitos
	Difteria
	a. Doença de Chagas Aguda
	b. Doença de Chagas Crônica
	Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ)
	a. Doença Invasiva por "Haemophilus Influenza"
	b. Doença Meningocócica e outras meningites
	Doenças com suspeita de disseminação intencional:
a. Antraz pneumônico
b. Tularemia
c. Varíola
	Doenças febris hemorrágicas emergentes/ reemergentes:
a. Arenavírus
b. Ebola
c. Marburg
d. Lassa
e. Febre purpúrica brasileira
	a. Doença aguda pelo vírus Zika
	b. Doença aguda pelo vírus Zika em gestante
	c. Óbito com suspeita de doença pelo vírus Zika
	d. Síndrome congênita associada à infecção pelo vírus Zika
	Esquistossomose
	Febre Amarela
	Febre de Chikungunya
	Febre do Nilo Ocidental e outras arboviroses 
	Febre Maculosa e outras Riquetisioses
	Febre Tifoide
	Hanseníase
	Hepatites virais
	HIV/AIDS 
	Influenza 
	Leishmaniose
	Hantavirose
pelo agente. Pode ser determinado por critérios clínicos ou por exames laboratoriais, sendo que o animal ou homem infectado pode ou não ter sintomas.
Período de Latência: Período no qual os sintomas de uma doença desaparecem, apesar do hospedeiro estar infectado, e ser capaz de transmitir a doença.
Características do agente etiológico:
· Patogenicidade: Capacidade de um agente biológico causar doença em um hospedeiro suscetível.
· Virulência: Capacidade de um agente infeccioso se multiplicar no organismo do hospedeiro, produzir toxinas e levar a efeitos deletérios graves e/ou fatais.
· Infectividade: É a capacidade que tem o agente etiológico de penetrar e multiplicar-se em determinado organismo, ou seja, de causar infecção, independentemente da ocorrência ou não de agravos à saúde. O vírus da febre aftosa e o da peste suína, por exemplo, apresentam elevada infectividade
	Leptospirose
	Malária
	Monkeypox (varíola dos macacos)
	Poliomielite por poliovírus selvagem
	Peste
	Raiva humana
	Síndrome da Rubéola Congênita
	Doenças Exantemáticas: a. Sarampo b. Rubéola
	Sifilis
	Covid-19
	Toxoplasmose
	Tuberculose
	Varicela

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