Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
VIGILÂNCIAEM SAÚDE DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS Prof.ª JACQUELINE MEIRA VIGILÂNCIA Tem a função de: Vigiar Notificar Investigar Medidas de controle e prevenção AGIR de forma imediata sobre os problemas de importância em saúde pública; MEDIR o impacto de uma doença ou evento, inclusive mudanças em fatores de risco e grupos de maior risco; IDENTIFICAR novos problemas de saúde ou emergentes; MONITORAR tendências no impacto de uma doença ou evento: epidemias, surto e pandemias; SUBSIDIAR o planejamento, implementação de políticas de saúde. A partir dos dados obtidos pode-se: AVALIAR os programas de prevenção e de controle. AVALIAR as políticas públicas de saúde. PRIORIZAR a distribuição de recursos à saúde. DESCREVER o curso clínico de uma doença. PROVER uma base para pesquisa epidemiológica. Vigilância em Saúde Práticas individuais Assistência ambulatorial e hospitalar Práticas coletivas Vigilância epidemiológica Vigilância sanitária Vigilância e controle de doenças transmissíveis Vigilância das doenças e agravos não transmissíveis Vigilância da saúde do trabalhador Vigilância ambiental à saúde Vigilância e controle de doenças transmissíveis Doenças causadas por microrganismos, estando sob controle mas que se tornaram resistentes aos agente antimicrobianos ou estão de expandindo rapidamente em incidência ou em área geográfica. Vigilância das doenças e agravos não transmissíveis Etiologia múltipla Muitos fatores de risco Longos períodos de latência Curso prolongado Papel importante da AB Vigilância da saúde do trabalhador Conjunto de atividades que se destina, por meio de ações de vigilância epidemiológica e sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa a recuperação e à reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho. Vigilância Ambiental à Saúde Ações centradas nos fatores não biológicos do meio ambiente que possam promover riscos à saúde humana: ❑Água para consumo ❑Ar ❑ Solo ❑Desastres naturais ❑ Substâncias químicas ❑Acidentes com produtos perigosos ❑ Fatores físicos ❑Ambiente de trabalho Vigilância epidemiológica Epidemiologia Epidemiologia Epi = Em cima, sobre; Demos = povo, população Logos = palavra, estudo Eventos relacionados a saúde que ocorrem sobre a população . Ciência que estuda o processo saúde/doença na sociedade, analisando a distribuição e os fatores determinantes das doenças, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva. Fatores que influenciam na epidemiologia atual: Transição epidemiológica Transição demográfica Transição demográfica Aumento da longevidade Diminuição da natalidade = Nascimentos/população total Diminuição da fecundidade =nascidos vivos/mulher em idade fértil Aumento da urbanização Tripla carga da doença Doenças transmissíveis, infecciosas e parasitárias (DIP) Doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) Causas externas Vigilância Epidemiológica Conceito: “Conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.” Conceito: Conjunto de ações que permite acompanhar a evolução de doenças na população, bem como auxiliar na sua detecção e no seu tratamento. Funciona como “termômetro” das ações de saúde indicando quais ações devem ser realizadas e quais devem ter prioridade de execução. Finalidades: Estuda o processo saúde-doença Frequência, distribuição, magnitude da doença Análise coletiva Obtenção de dados epidemiológicos Coleta de dados Consultar em fonte de dados informações relevantes que colaborem na identificação de situações de risco. Podem ser agrupados por demografia e ambiente. Divididos em morbidade e mortalidade. Processamento dos dados: Reunir todos os dados coletados e agrupá-los de acordo com seu grau de relevância. Organizar as informações em gráficos para melhor visualização dos problemas e seus determinantes, que, usualmente, são ordenados em ordem de ocorrência e separados por: mês, bairro, unidade que notificou a suspeito, região do município, estado e país. Análise dos dados: Interpretar as informações coletadas, procurando estabelecer relações causais. Doença x Agravo Doença: enfermidade ou estado clínico, independentemente de origem ou fonte, que represente ou possa significar um dano significativo para os seres humanos. Agravo: qualquer dano a integridade física, mental e social dos indivíduos provocado por circunstâncias nocivas, como acidentes, intoxicações, abuso de drogas e lesões auto ou heteroinfligidas; Termos relacionados a morbidade Surto epidêmico: aumento dos casos de uma doença num determinado momento e espaço. Ocorre em áreas específicas antes consideradas livres da doença. Endemia: doença presente no convívio social controlada numa determinada região. Epidemia: número excessivo de uma doença infecciosa e transmissível que pode se espalhar rapidamente entre as pessoas não delimitando região. Pandemia: epidemias que ultrapassam limites territoriais de continentes e países. VIGILÂNCIA SENTINELA É o modelo de vigilância realizada a partir de estabelecimento de saúde estratégico para a vigilância de morbidade, mortalidade ou agentes etiológicos de interesse para a saúde pública, com participação facultativa, segundo norma técnica específica estabelecida pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS) DOENÇAS INFECTO PARASITÁRIAS Definir as doenças infecto parasitárias, sua transmissibilidade, agentes causais, diagnostico e tratamento. AMEBÍASE Infecção causada por protozoário, no qual o reservatório é o homem; Forma intestinal e extra-intestinal; Agente etiológico: Entamoeba histolytica; Transmissão: Diagnóstico: Presença do parasito encontrados nas fezes através de exames laboratoriais. Tratamento: Medicamentoso e medidas profiláticas, como: higienizar as mãos após ir ao banheiro e lavar corretamente os alimentos antes de consumi-los. Doenças diarreicas agudas (DDA) Síndrome causada por vários agentes etiológicos (bactérias, vírus e parasitas), cuja manifestação predominante é o aumento do número de evacuações; Agentes etiológicos: Bactérias (Staphyloccocus aureus), Vírus (astrovírus), Parasitas (Entamoeba histolytica) Transmissão: Específica para cada agente etiológico; Diagnóstico: Exame parasitológico de fezes e culturas de bactérias e vírus Tratamento: Ingestão de líquidos como: soro caseiro, sopas e sucos não laxantes; Escabiose (sarna) Parasitose da pele causada por um acaro cuja penetração deixa lesões em forma de vesículas, pápulas ou pequenos sulcos, nos quais ele deposita seus ovos. Agente etiológico: Sarcoptes escabiei Transmissão: Contato direto com doentes e peças contaminadas, como: toalhas, roupas de cama e vestimentas. Diagnóstico: Baseia-se na sintomatologia, tipo de lesões e visualização do ácaro através da biopsia da pele; Tratamento: Medicamentoso V.O dose única e aplicação de creme dermatológico nas lesões por 6 noites. Giardíase Infecção por protozoários que atinge, principalmente, a porção superior do intestino delgado. Agente etiológico: Giardia lamblia Transmissão: Contaminação das mãos e consequente ingestão de cistos existentes em dejetos de pessoa infectada; ou indireta, por meio da ingestão de agua ou alimento contaminado. Diagnóstico: Identificação dos cistos no exame de fezes. São necessárias pelo menos três amostras para obter um diagnóstico preciso. Tratamento: Medicamentoso conforme prescrição médica. Rubéola Doença viral aguda, caracterizadapor febre baixa e exantema maculopapular, que se inicia na face, couro cabeludo e pescoço, espalhando-se para tronco e membros. Agente etiológico: Vírus RNA, gênero Rubivirus; Transmissão: Direto, pelo contato com secreções nasofaríngeas de pessoas infectadas; Diagnóstico: O teste mais utilizado é o ELISA para detecção de anticorpos específicos IgM e IgG e/ou pela identificação do vírus a partir de secreção nasofaringea e urina, ate o 7º dia do inicio do exantema. Tratamento: Sintomático, com analgésicos e antitérmicos. Sarampo Doença infecciosa aguda, de natureza viral, transmissível e extremamente contagiosa; Agente etiológico: Virus RNA, pertencente ao genero Morbillivirus; Transmissão: Diretamente de pessoa a pessoa, através das secreções nasofaringeas. Diagnóstico: Clinico, laboratorial e epidemiológico; Tratamento: É sintomático, podendo ser utilizados antitérmicos, hidratação oral e higiene adequada dos olhos, pele e vias aéreas superiores. Qual das doenças listadas a seguir representa uma doença transmitida pelo vírus do gênero Morbillivirus? a) Sarampo b) Amebíase c) Rubéola d) Escabiose (PUC-RIO 2007) A saúde pública detectou um surto de rubéola na cidade do Rio de Janeiro e, antes que este surto se transformasse em epidemia, organizou uma campanha de vacinação. Em relação a essa doença podemos afirmar que: A) É causada por uma bactéria. B) Não é infecto contagiosa C) É causada por um helminto. D) É causada por um vírus E) É causada por um protozoário. Protozoários podem causar diversas doenças ao homem. Nas alternativas abaixo, identifique aquela em que o protozoário, seu agente transmissor e a doença causada estão corretamente relacionados. A) Trypanosoma cruzi, triatomídeo, amarelão. B) Leishmania brasiliensis, contato com água, leishmaniose. C) Entamoeba histolytica, contato com água, amebíase. D) Plasmodium vivax, barbeiro, malária. E) Plasmodium falciparum, barbeiro, doença de Chagas. Sobre as doenças diarreicas agudas, assinale a alternativa INCORRETA: A) Pode ser causada por bactérias, vírus e parasitas. B) A principal manifestação é o aumento do número de evacuações. C) O diagnóstico é feito através de exame de sangue e urina. D) O tratamento mais importante para reduzir as taxas de mortalidade é a reidratação. Referências DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS GUIA DE BOLSO 8a edição revista BRASÍLIA – DF 2010 TRIVELLATO, José; TRIVELLATO, Silvia; MOTOKANE, Marcelo; LISBOA, Júlio; KANTOR,Carlos.Ciências, Natureza & Cotidiano: Criatividade, Pesquisa, Conhecimento: 6º Ano, São Paulo:FTD, 2009; GEWANDSZNAJDER, Fernando. Ciências: O planeta terra: 6ª Série, São Paulo: Ática, 2006; CRUZ, Daniel. Meio Ambiente: 5ª Série, São Paulo: Ática, 2002; CANTO,Eduardo.Ciências naturais: aprendendo com o cotidiano: 7º Ano, São Paulo: Moderna,2009; SANTANA, Olga; FONCECA, Aníbal. Ciências Naturais: 6ª Série, São Paulo: Saraiva, 2006; ALVARENGA, Jenner Procópio. Ciências integradas: 7º Ano; Curitiba: Positivo, 2008;
Compartilhar