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Universidade Lúrio Faculdade de Ciências de Saúde Curso de Licenciatura em Administração e Gestão em Saúde Cadeira de Planificação em Saúde TEMA: Matriz de Planificação Estudante Amino Abdul Assane Mucate Docente: Mestre. Agostinho Júnior Nampula, Setembro de 2022 1 Universidade Lúrio Faculdade de Ciências de Saúde Curso de Licenciatura em Administração e Gestão em Saúde Estudante: Amino Abdul Assane Mucate Tema: Matriz de Planificação Nampula, setembro de 2022 Trabalho de carácter avaliativo da cadeira de Planificação em Saúde. do 4º Ano, 1º Semestre. Mestre Agostinho Júnior 2 Indice Introdução ................................................................................................................................... 3 Descrição da Doença .................................................................................................................. 4 Agente Etiológico e Transmissão ................................................................................................... 4 Reservatório ................................................................................................................................ 4 Medidas de prevenção ................................................................................................................ 4 Manifestações clínicas ................................................................................................................ 5 Período de Incubação.................................................................................................................. 5 Promoção de saúde e Envolvimento Comunitário ..................................................................... 5 Atribuições das Unidades Básicas de Saúde e dos Profissionais de Saúde no Controle da Malária .................................................................................................................................................... 6 Elaboração de um plano de acção (matriz) ................................................................................. 7 Conclusão ................................................................................................................................. 12 Bibliográfia ............................................................................................................................... 13 3 Introdução No âmbito da disciplina de planificação em Saúde, o presente trabalho visa fazer a descrição da causa, Transmissao, Manifestaçõesa Clinicas, periodo de encubação, medidas de prevenção, promoções de saúde e desenvolvimento comunitário, atribuições das unidades básicas de saúde e elaboração de plano de acção (Matriz) isto é, A malária humana é uma doença parasitária que pode ter evolução rápida e ser grave. Ela pode ser provocada por quatro protozoários do gênero Plasmodium: Plasmodium vivax, P. falciparum, P. malariae e P. ovale. No , somente os três primeiros estão presentes, sendo o P. vivax e o P. falciparum as espécies predominantes. A transmissão natural da doença se dá pela picada de mosquitos do gênero Anopheles infectados com o Plasmodium. Estes mosquitos também são conhecidos por anofelinos, dentre outros nomes. Após a picada, os parasitos chegam rapidamente ao fígado onde se multiplicam de forma intensa e veloz. Em seguida, já na corrente sangüínea, invadem os glóbulos vermelhos e, em constante multiplicação, começam a destruí-los. A partir desse momento, aparecem os primeiros sintomas da doença. A malária é endémica em todo o país, variando de zonas hiper-endémicas ao longo do litoral, zonas meso-endémicas nas terras planas do interior e de algumas zonas hipo-endémicas nas terras altas do interior. Vários factores contribuem para esta endemicidade, desde as condições climáticas e ambientais como as temperaturas favoráveis e os padrões de chuvas, bem como locais propícios para a reprodução do vector, a situação sócio económica das populações relacionadas com a pobreza, habitações inapropriadas e acesso limitado aos meios de prevenção, tal como apresenta-se no desenrolar do presente trabalho. 4 Descrição da Doença A malária é também conhecida como impaludismo, febre intermitente, febre terçã, febre quartã, maleita e outros. É uma doença infecciosa, produzida por protozoários do gênero Plasmodium, e se caracteriza por acessos intermitentes de febre, calafrios, cefaléia e sudorese. Continua sendo uma das mais importantes doenças parasitárias e acomete anualmente milhões de pessoas, especialmente no continente africano.1 Agente Etiológico e Transmissão Os parasitos da malária são da família plasmodidae, gênero Plasmodium. Os plasmódios se caracterizam por apresentarem dois tipos de multiplicação: uma assexuada denominada esquizogonia, que ocorre no hospedeiro vertebrado (aves, répteis e mamíferos), e outra sexuada chamada de esporogonia, que se passa no hospedeiro invertebrado (mosquitos do gênero Anopheles).1 São quatro as espécies conhecidas de plasmódios que infectam o homem. ❖ Plasmodium malariae (Descoberto por Laveran em 1881, Grassi e Faletti em 1890), agente da febre quartã, muito encontrada no continente africano; ❖ Plasmodium vivax (Descoberto por Grassi e Faletti, em 1890), responsável pela terçã benigna; ❖ Plasmodium falciparum (Descoberto por Welch, em 1897), responsável pela terçã maligna; ❖ Plasmodium ovale (Descoberto por Stephens, em 1922), causador de uma forma de terçã benigna, não-encontrado no Brasil. Existe principalmente no continente africano. Reservatório O ser humano, com micro e macrogametócitos se constitui na principal fonte de infecção de importância epidemiológica.2 Medidas de prevenção As medidas de proteção individual são as formas mais efetivas de prevenção, considerando-se que ainda não existe uma vacina disponível contra a malária. Essas medidas têm como objetivo principal impedir ou reduzir a possibilidade do contato homem-mosquito transmissor.3 5 Em áreas de transmissão é considerado comportamento de risco freqüentar locais próximos a criadouros naturais de mosquitos, como beira de rio ou áreas alagadas no final da tarde até o amanhecer, pois nesses horários há um maior número de mosquitos transmissores de malária circulando.3 Outra medida importante de proteção individual é o uso de: repelentes, cortinados e mosquiteiros impregnados com inseticidas (à base de piretróides) sobre a cama ou rede, telas em portas e janelas e inseticida no ambiente onde se dorme. Esses cuidados não só protegem contra a picada dos mosquitos transmissores da malária, mas também contra a picada de outros insetos transmissores de outras doenças.3 Manifestações clínicas A principal manifestação clínica da malária em sua fase inicial é a febre, associada ou não a calafrios, tremores, suores intensos, dor de cabeça e dores no corpo. A febre na malária corresponde ao momento em que as hemácias estão se rompendo. A pessoa que contraiu a doença pode ter também, dentre outros sintomas, vômitos, diarréia, dor abdominal, falta de apetite, tonteira e sensação de cansaço.4 Período de Incubação É o tempo transcorrido entre a picada do mosquito infectado e o aparecimento dos primeiros sintomas. Ele pode variar de 8 a 30 dias ou até mais, dependendo da espécie de Plasmodium, da carga parasitária injetada pelo mosquito no momento da picada e do sistema de defesa do paciente. Durante esse período, que corresponde à fase em que o Plasmodium está se reproduzindo no fígado do indivíduo, não há sintomas.4 Promoção de saúde e EnvolvimentoComunitário Promoção de saúde e Envolvimento Comunitário A necessidade de exercer acções periódicas e contínuas de sensibilização na sociedade, aumentará a consciência de que a malária é uma doença prevenível e uma prioridade na saúde pública e que o controlo da malária não depende apenas dos esforços do MISAU, mas sim de todos os sectores, da sociedade civil e das comunidades. A participação activa da comunidade pode incrementar a eficácia dos esforços de controlo da malária e facilitar a sustentabilidade das intervenções.1,4 6 Atribuições das Unidades Básicas de Saúde e dos Profissionais de Saúde no Controle da Malária Unidades Básicas de Saúde (UBS) As UBS devem garantir o atendimento integral e humanizado aos suspeitos de malária com meios para.5 a) diagnosticar e tratar precocemente; b) realizar tratamento supervisionado quando necessário; c) desenvolver ações educativas e de mobilização social relativas ao controle da malária em sua área de abrangência; d) viabilizar capacitações dos membros da equipe quanto à atenção do paciente e ações relativas à vigilância epidemiológica da malária; e) garantir o encaminhamento dos casos graves para Unidade de Referência, quando necessário; f) estabelecer o fl uxo das informações epidemiológicas referentes à malária, promovendo análises de incidência da doença na sua área de atuação para o planejamento das ações; h) articular e viabilizar as medidas de controle vetorial e outras ações de proteção coletiva. 7 Elaboração de um plano de acção (matriz) Problema em estudo: a taxa de prevalência Malària nos adultos dos 40-55 anos no centro de saúde 25 de setembro no primeiro semestre de 2022 Objectivo geral: Reduzir a taxa de mortalidade por malària nos utentes e moradores do bairro de Mutaunha, Central, Napipine e Murrapaniua. Object ivos Especi ficos Activi dades Indicad ores Respon sável Recu rsos Cust os Fo nte Cronograma de Actividades J F M A M J J A S O N D Massif icar a inform ação sobre como preven ir-se da malari a. Realiz ar brigad as móveis e espalh ar nos bairros de Mutau nha, Central , Napipi ne e Murra paniua. , com o objecti vo de manter inform ado sobre como se deve previni r a Malári a e atender o máxim o de popula ção Taxa de morado res e paciente s desinfor mados Respon sável do progra ma luta contra a Malári é o gestor de planific ação. Briga das move is, panfl etos. 80, 000, 00M T CC S O N G X X X 8 daquel as áreas. Capaci tar os agente s de saúde em vista a control ar e minimi zar a taxa de preval ência da Malári a. Formar agente s capaze s de reduzir o índice da prevalê ncia da Malári a nos bairros capase s de e expand ir os 20 agente s de serviço em vista a imfor mar a popula ção sobre a preven ção da Malári a o máxim o possív el de morad ores. Taxa de cobertur a de educaçã o e dormir sob mosquit eiros tratados com inseticid a e pulveriz ar as paredes internas das residênci as também com inseticid as. Respon sável do progra ma luta contra a Malária , Enferm eiros, médicos clínicos e DPS. Lápis , bloco de nota, carta zes, vídeo s infor mativ os, livros , manu ais educa tivos, Radi o. 40, 000, 00M T CC S O N G e OE X Aume ntar a taxa de tratam ento compl eto Usar todos os matéri as de saúde e manter Taxa do uso de exames clínicos . Agentes de saúde, técnicos de medicin a geral, Mate riais de saúde (tetos cópio s, 20, 000, 00M T CC S O N G X X X X X 9 para os utentes e morad ores com Malári a ou sintom as de de Malári a. inform ado os morad ores daquel a area previni r se da Malari a em vista a Reduzi r a taxa de mortali dade por malàri a nos utentes e morad ores do bairro de Mutau nha, Central , Napipi ne e Murra paniua e nas unidad e sanitári as. enferme iros. testes rápid os, testes de labor atório s). Aume ntar a consci entizaç ão sobre como se pode preven ir a Oferec er o atendi mento e e inform ar os morad ores sobre a import Taxa de prevalê ncia Malària nos adultos dos 40- 55 anos no centro de Respon sável do progra ma luta contra a Malária e técnicos de Medicin a Geral, Tend as, carta zes, panfl etos imfor mativ os. 10, 000, 00M T CC S O N G X X X 10 Malári a e prática mecess arias para se abster da Malári a. ância da preven çao da Malári a. saúde 25 de setembr o no primeir o semestr e de 2022 e lideres dos bairros. Organi zar campa nhas educati vas de preven ção da Malári a para a popula ção- alvo. Realiz ar campa nhas educati vas de preven ção da Malári a. Taxa de cobertur a educati va e prevenç ão da Malária Gestore s de planific ação, técnicos de Medicin a Geral, Medico s clinicos , respons ável de progra ma luta contra a Malária . Tend as, carta zes, panfl etos imfor mativ os. 15, 000, 00M T CC S O N G e OE X X X X Intensi ficar as horas de atendi mentos aos utentes na unidad e sanitár ia. Aumen tar o númer o de agente s de saúde e intensi ficar as horas de atendi mento aos morad ores daquel es bairros Taxa de atendim ento e cobertur a diário do bairro e na unidade sanitári a. Agentes de saúde, enferme iros, técnicos de Médicin a Geral. Tend as, unida des sanitá rias. 5, 000, 00M T CC S O N G e OE X X X X X X X X 11 e pacient es do centro de saúde com sintom as e proble mas de Malári a. Totalid ade do plano: 170, 000, 00MT Tabela 1: fonte pessoal. Abreviaturas: ✓ ONG: Organização não-governamental; ✓ CCS: Centro de Controle para a Saúde; ✓ OE: Orçamento do Estado. 12 Conclusão Chegado a este momento que é o fim do trabalho da cadeira de Planificação em Saúde, depois de muita análise e reflexão, através de algumas pesquisas feitas por mim em algumas obras, buscando definir e descrever a da causa, Transmissao, Manifestaçõesa Clinicas, periodo de encubação, medidas de prevenção, promoções de saúde e desenvolvimento comunitário, atribuições das unidades básicas de saúde e elaboração de plano de acção (Matriz), voltado a Planificação em Saúde. Portanto, sendo estudante de Administração e Gestão em Saúde o tema deu me diversas visões em torno da Malária. Portanto, O controle do vetor, que é o mosquito, é a principal estratégia para reduzir a transmissão da malária, além do fornecimento de medicamentos para as infecções. É possível garantir proteção às comunidades com uma cobertura alta dessa estratégia. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda dois tipos de controle efetivos: dormir sob mosquiteiros tratados com inseticida e pulverizar as paredes internas das residências também com inseticida. Em algumas circunstâncias específicas, é possível complementar a estratégia com o manejo da fonte de larvas e outras ações que reduzam os focos de mosquitos e suas picadas em humanos. No entanto, conclui-se que é importante entender sobre a malária pós ela é uma infecção parasitária que afeta os glóbulos vermelhos do sangue. É uma doença evitável, detectável e tratável, que se apresenta mais comumente em regiões pobres. A doençacausa impactos socioeconômicos, representando uma grande carga para a receita de países onde é endêmica e demandando ainda mais esforço dos serviços de saúde locais. 13 Bibliográfia 1 Pereira E. A. Ações de Controle da Malária. 1.ed.Brasil. Brasília – DF: 2006. 2 Marques, A. C.; Gutierrez H. C. Combate à malária no Brasil: evolução situação e perspectivas. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, [S.l.], n. 27, p. 91-108, 1994. Suplemento 3. 3 Marques, A. C. Situação atual do controle da malária no Brasil: relatório da gerência técnica de malária. Brasília: [s.n.], 1993. 4 Cárdenas, G. H. Fatores determinantes dos níveis endêmicos atuais da malária. Brasília: Relatório do Grupo Técnico Assessor da OPS/OMS. [s.n.], 1994. 5 ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Tratamento da malária grave complicada: condutas práticas. 2 ed. Brasília: Versão adaptada. [Ministério da Saúde], 1995.
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