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LTT 1 LTT “ Já ancorado na Antártida , ouvi ruídos que pareciam de fritura . Pensei : será que até aqui existem chineses fritando pastéis ? Eram cristais de água doce congelada que faziam aquele som quando entravam em contato com a água salgada . O efeito visual era belíssimo . Pensei em fotografar , mas falei para mim mesmo : - ‘ Calma , você terá muito tempo para isso... ‘ Nos 367 dias que se seguiram , o fenômeno não se repetiu . Algumas oportunidades são únicas. “ Como diz o Dalai Lama: “Só existem dois dias no ano em que nada pode ser feito. Um se chama ‘ONTEM’ e o outro ‘ AMANHÃ’, portanto HOJE é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente VIVER”. Amyr Klink. Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não lêem. Que este seja um material para consulta e o início de um despertar para a língua portuguesa vista, a partir de agora com outro. As aulas de Linguagem, Trabalho e Tecnologia serão momentos de reflexão sobre comunicação, mercado de trabalho e as novas tecnologias, para que, findado o curso, você, educando, possa ter efetivamente real oportunidade de adequar o que aprendeu afim de que o ingresso no mercado de trabalho seja uma realidade bem próxima. É importante frisar que esta apostila foi preparada por meio de uma seleção de textos sucintos, um breve ensaio para uma abordagem mais autoral do assunto no vindouro semestre. “O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis” – José de Alencar LTT 2 Desejo a todos um ótimo semestre de muitos conhecimentos e sucesso! SUMÁRIO COMUNICAÇÃO ................................................................................................................ 4 CÓDIGOS VERBAIS E NÃO VERBAIS .............................................................................. 5 ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO ................................................................................... 6 DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO .......................................................................................... 8 FIGURAS DE LINGUAGEM ................................................................................................11 FAMOSOS ERROS DA NOSSA LÍNGUA ..........................................................................17 BARREIRAS DA COMUNICAÇÃO EFICAZ ..................................................................... 21 COMO MELHORAR A COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL ............................................... 22 LEITURA ............................................................................................................................ 25 INTERPRETAR X COMPREENDER .................................................................................. 26 PARÔNIMOS E HONÔNIMOS ......................................................................................... 32 REFORMA ORTOGRÁFICA ............................................................................................. 39 SINAIS DE PONTUAÇÃO ................................................................................................ 47 PROFESSOR ADORA COMPLICAR NA PROVA ............................................................ 61 ESCREVER BEM É UM DIFERENCIAL DO PROFISSIONAL MODERNO ..................... 64 COMO ESCREVER MELHOR ......................................................................................... 65 COESÃO E COERÊNCIA ............................................................................................... 67 TÉCNICA DE REDAÇÃO COM TEXTOS ESPECIFICOS................................................ 73 PRONOMES DE TRATAMENTO ...................................................................................... 75 ENTREVISTA DE EMPREGO ........................................................................................... 78 CURRÍCULO ...................................................................................................................... 83 CARTA DE APRESENTAÇÃO ......................................................................................... 85 DECLARAÇÃO ................................................................................................................. 87 REQUERIMENTO .............................................................................................................. 88 PROCURAÇÃO .................................................................................................................. 89 ATA ..................................................................................................................................... 90 CONTRATO ........................................................................................................................ 92 OFICIO ................................................................................................................................ 95 CARTA COMERCIAL ......................................................................................................... 96 MEMORANDO .................................................................................................................... 99 COMUNICADO ................................................................................................................... 100 LTT 3 TIPOS DE CORRESPONDÊNCIAS .................................................................................... 101 RELATÓRIO TÉCNICO ....................................................................................................... 106 MEMORIAL DESCRITIVO .................................................................................................. 107 INTERNET .......................................................................................................................... 115 TERMINOLOGIA APLICADOS A ÁREA DE ADMINISTRAÇÃO/ LOGISTICA .................. 119 DICAS PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS (ORAL)........................................... 142 COMO FAZER UM TRABALHO NOTA 10 ........................................................................ 146 REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA ........................................................................................ 147 Técnicas de leitura instrumental • Identificação do gênero textual; • Identificação do público alvo; • Identificação do tema; • Identificação das palavras-chave do texto; • Identificação dos termos técnicos e científicos; • Identificação dos elementos coesivos do texto; • Identificação da ideia central do texto; • Identificação dos principais argumentos e sua estrutura. Aula 1 – COMUNICAÇÃO LTT 4 Comunicação é o processo pelo qual os seres humanos trocam entre si informações. São elementos nucleares do ato comunicativo: o emissor, o receptor (“os seres humanos”) e a mensagem (“informações”). Em qualquer ato comunicativo encontramos alguém que quer transmitir ao outro determinada informação. Além destes três elementos é preciso considerar outros três: o código, o canal e o contexto. Nenhum ato comunicativo seria possível, na ausência de qualquer um desses elementos. De fato, é necessária a intervenção de, pelo menos, dois indivíduos, um que emita, outro que receba; algo tem de ser transmitido pelo emissor ao receptor; para que o emissor e o receptor se comuniquem é necessário que esteja disponível um canal de comunicação; a informação a transmitir tem que estar "traduzida" num código conhecido, quer pelo emissor, quer pelo receptor; finalmente todo o ato comunicativo se realiza num determinado contexto e é determinado por esse contexto. ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO O esquema da comunicação, atrás descrito, podeser representado da seguinte forma: Contexto Código Emissor —> Mensagem —> Receptor Canal LTT 5 LTT 6 LTT 7 ATIVIDADE: Leia o texto a seguir: PROBLEMAS DE COMUNICAÇÃO É muito comum casais terem problemas de comunicação, porque as mulheres nunca dizem claramente o que querem. E os homens não se esforçam para entender. A história abaixo ilustra bem isso. A mulher, querendo um carro esporte novo, virou-se para o marido e disse: - Meu amor, meu aniversário está chegando... Quero um presente surpresa. Para te ajudar vou te dar uma dica: Quero algo que vá de zero a cem em menos de 5 segundos. Pode ser de qualquer cor. No dia do aniversário ela ganhou uma balança de banheiro novinha, cor-de-rosa! O marido ainda está desaparecido... Identifique: a) O emissor do texto ____________________________________________________________ b) O receptor do texto ____________________________________________________________ c) O contexto ___________________________________________________________________ d) O código ____________________________________________________________________ e) A mensagem _________________________________________________________________ f) O canal ______________________________________________________________________ 2) Leia o texto para responder às questões Comunicação “É importante saber o nome das coisas. Ou, pelo menos, saber comunicar o que você quer. Imagine-se entrando numa loja para comprar um... um... como é mesmo o nome? ‘Posso ajudá-lo, cavalheiro?’ ‘Pode. Eu quero um daqueles, daqueles...’ LTT 8 ‘Pois não?’ ‘Um... como é mesmo o nome?’ ‘Sim?’ ‘Pomba! Um... um... Que cabeça a minha. A palavra me escapou por completo. É uma coisa simples, conhecidíssima.’ ‘ Sim, senhor.’ ‘O senhor vai dar risada quando souber’. ‘ Sim, senhor.’ [...]”. VERISSIMO, Luis Fernando. Zoeira. Porto Alegre: L&PM, 1987. O trecho é parte de um texto em que um comprador se esforça para explicar a um vendedor como é o objeto que deseja, pois não consegue se lembrar do nome daquilo que quer comprar. Se você estivesse no lugar do vendedor, como faria para ajudar o cliente? __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ 3- De acordo com os textos abaixo, identifique os seguintes elementos da comunicação: “ Um menino, jogando bola na rua, quebra a vidraça do Sr. Manuel. Furioso, ele grita : – Moleque danado. Seu pai vai ter que pagar! O garoto, então, foge em disparada.” a. Emissor: b. Mensagem: c. Receptor: d. Canal: Natural e. Código: Verbal 4- “ Mary saiu cedo para o trabalho e deixou , na porta da geladeira, um bilhete para sua filha Suzy: ‘I Love you, darling!’. a. Emissor: b. Mensagem: c. Receptor: d. Canal: e. Código: TESTE - ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO 1. O pai conversa com a filha ao telefone e diz que vai chegar atrasado para o jantar. Nesta situação, podemos dizer que o canal é: a) o pai b) a filha c) fios de telefone d) o código e) a fala 2. Assinale a alternativa incorreta: a) Só existe comunicação quando a pessoa que recebe a mensagem entende o seu significado. b) Para entender o significado de uma mensagem, não é preciso conhecer o código. c) As mensagens podem ser elaboradas com vários códigos, formados de palavras, desenhos, números etc. d) Para entender bem um código, é necessário conhecer suas regras. e) Conhecendo os elementos e regras de um código, podemos combiná-los de várias maneiras, criando novas mensagens. 3. Uma pessoa é convidada a dar uma palestra em Espanhol. A pessoa não aceita o convite, pois não sabia falar com fluência a língua Espanhola. Se esta pessoa tivesse aceitado fazer esta palestra seria um fracasso porque: a) não dominava os signos b) não dominava o código c) não conhecia o referente d) não conhecia o receptor e) não conhecia a mensagem 4. Um guarda de trânsito percebe que o motorista de um carro está em alta velocidade. Faz um gesto pedindo para ele parar. Neste trecho o gesto que o guarda faz para o motorista parar, podemos dizer que é: a) o código que ele utiliza b) o canal que ele utiliza c) quem recebe a mensagem d) quem envia a mensagem e) o assunto da mensagem 5. A mãe de Felipe sacode-o levemente e o chama: “FELIPE, ESTÁ NA HORA DE ACORDAR”. O que está destacado é: a) o emissor b) o código c) o canal d) a mensagem e) o referente LTT 9 6. Podemos afirmar que Referente é: a) quem recebe a mensagem b) o assunto da mensagem c) o que transmite a mensagem d) quem envia a mensagem e) o código usado para estabelecer comunicação 7. Observe a imagem ao lado e assinale a única alternativa que contenha apenas as afirmativas verdadeiras: I- Este texto apresenta diversos desvios à língua culta, portanto não transmite sua mensagem. II- O canal em que essa mensagem foi produzida não atrapalha o entendimento da mesma. III- A mensagem é religiosa, destinada a receptores cristãos. Estão corretas apenas: a) I b) II c) III d) I e III e) II e III 8. De acordo com a imagem abaixo assinale V ou F nos parênteses e depois assinale a letra correta: ( ) A situação do texto é um pedido de ajuda que não foi compreendido. ( ) O emissor não entende a mensagem do receptor. ( ) O código usado nesta comunicação é a língua portuguesa. ( ) A palavra “hora” causou a confusão no diálogo. ( ) Os sinais feitos com o dedo pelo homem que está atrás do carro não transmitem sentido nesta imagem. ( ) Os sinais feitos com o dedo pelo homem que está atrás do carro são exemplos de linguagem não- verbal. A sequência correta é: a) VFVVFV b) VFVVFF c) FFVVFV d) VFFVFV 9. Observe os elementos da comunicação: I) Emissor: Revista Veja II) Receptor: os leitores da publicação. III) Canal: língua portuguesa IV) Código: mídia impressa V) Contexto ou referente: principal – bullying nas escolas VI) Mensagem: Abaixo a tirania dos valentões (principal). Está(ao) incorretos: a) I, III b) III, IV c) IV, VI d) V e VI 10. O humor da imagem acima está em a) subverter a lógica convencional ao unir objetos de universos culturais diferentes.b) transformar a expressão idiomática (utilizada por homens) “tirar água do joelho”, que significa urinar, no seu equivalente fotográfico, tomada a expressão em seu sentido literal.c) instaurar uma divergência entre sentido figurado e representação iconográfica.d) apresentar uma desproporção entre o universo civilizado e o selvagem.e) utilizar o eufemismo, ou seja, a suavização de expressões chocantes ou grosseiras. 11. Observe a tirinha abaixo e assinale a letra que contenha as afirmativas verdadeiras: LTT 10 I- A comunicação é iniciada pela personagem feminina através do código da língua portuguesa falada. II- Pode-se inferir que o personagem masculino, no segundo quadrinho, ignora a interação iniciada pela companheira, portanto não há comunicação entre eles. III- A intenção desta tirinha é fazer uma intertextualidade com a atual situaçãopolítica do nosso Brasil. Está (ão) correta (s): a) I apenasb) II apenasc) III apenasd) I e IIIe) II e III 12. Da imagem abaixo se pode compreender que: a) O anúncio tem por objetivo conscientizar/persuadir o leitor a aderir a um projeto de proteger a natureza.b) O anuncio foi criado para explorar o sentido único da expressão “filho da mãe”.c) O objetivo principal deste texto é passar uma informação.d) A expressão “filho da mãe” causa estranheza ao leitor e foi usada no sentido pejorativo.e) O canal para veicular está mensagem é a revista Época e a função da linguagem predominante é a referencial. 13 Leia um diálogo típico das redes sociais e assinale a única alternativa correta: k@ty@: – Kd vc? To c sds de vc! Artur: – To em kza, hj tah fmz aki. k@ty@: – Pq vc naum resp m msg? Artur: – Rlx, to d boa. Jah t lg. a) Essa passagem não se concretiza como texto, pois, as regras gramaticais de ortografia, acentuação, utilização da letra maiúscula etc, são totalmente deixadas de lado pelo autor do scrap. b) Em um ponto de vista gramatical a passagem não corresponde a um texto porque ela não expressa claramente a informação que o autor (dele) quis passar. c) Não corresponde a um texto por não apresentar coesão e coerência, além disso o texto não pode ser compreendido por causa das falhas gramaticais. d)Trata-se de um texto verbal coerente, que se manifesta através abreviações e símbolos, os quais, na escrita, provocam estranheza, mas, lidos no seu lugar de origem, cumprem sua função comunicativa. e) Trata-se de um texto verbal que evidencia a linguagem digital, e é considerado errado, pois o local em que foi empregada essa linguagem, o Whatsapp, não é suporte para esses desvios ao português padrão. 14. Leia o texto abaixo e assinale a única alternativa CORRETA: Ao sair do boteco, todo embriagado, consegue chegar em casa com muito custo. Abre a porta e vai correndo para o banheiro. Assustado, corre para o quarto e acorda a mulher: – Ô muié….Essa casa tá mal assombrada! Eu abri a porta do banheiro e a luz acendeu sozinha. Depois, fechei a porta e a luz apagou sozinha…. A mulher, pê da vida, grita:- Filho da mãe!!! Você mijou na geladeira de novo!!!! a) O humor do texto está na fala da mulher. b) O canal neste texto é a porta da geladeira. c) O código deste texto é a língua portuguesa ( no nível coloquial). d) A função da linguagem predominante é a referencial, tendo em vista o diálogo dos dois. e) O emissor da mensagem é a mulher do bêbado. Texto: Você é prolixo ou lacônico? Poderia perfeitamente usar as expressões “fala demais” ou “fala de menos”, ao invés de prolixo ou lacônico. Mas quis usar palavras menos corriqueiras para instigá-lo a prestar mais atenção nas possibilidades. Ou melhor, quis que você se questionasse sobre como tem sido a sua comunicação, principalmente no seu relacionamento. Quem não fala, não ocupa seu lugar na relação e não dá ao outro a chance de conhecê-lo. E quem fala demais, corre o risco de ser chato e cansativo. De uma forma ou de outra, o que acontece, na maioria das vezes, LTT 11 é que o parceiro perde o interesse em estabelecer o diálogo, porque sabe que ou o outro não vai se expor, não vai falar o que pensa e quer ou vai falar demais, ser repetitivo, detalhista, redundante e confuso. E você poderia pensar: “mas o outro deveria gostar de mim do jeito que eu sou”. É verdade, você tem razão. Entretanto, se o intuito é evoluir e facilitar o exercício do amor, por que não nos esforçarmos para melhorar e tornar mais interessante a nossa relação? Tenho notado que as relações mais duradouras, que já ultrapassaram a fase da paixão, da idealização e ganharam em responsabilidades, rotina e compromissos familiares, perdem facilmente a capacidade de entendimento através do diálogo, da comunicação. Os casais reclamam um do outro, alegando falta de compreensão, decepção em relação às atitudes dele, enfim, comportamentos que mais revelam uma completa falta de verbalização adequada do que um problema realmente sério e difícil de ser solucionado. Mas não estou me referindo ao simples ato de engolir as palavras do outro como flechas ou abrir a boca e disparar acusações indiscriminadamente. Estou me referindo, antes, ao desejo de entender o outro, a intenção comprometida e respeitosa de ouvi-lo, de tentar absorver os sentimentos impressos em suas palavras, da compaixão de conseguir se colocar no lugar dele e interpretar carinhosamente (ou ao menos amigavelmente) o que ele está dizendo. Por outro lado, também me refiro à decisão madura e pacífica de falar considerando o outro. Porque o que vejo são casais carregando suas frases de críticas, acusações, defesas e justificativas contaminadas, enfim, uma comunicação completamente distorcida e pesada, que agride até quem está de fora, ouvindo por acaso, sem fazer parte da situação. Claro que os dois sempre acreditam que têm razão, que são os incompreendidos. No entanto, alguém tem que parar esta roda envenenada e destruidora de amores para reverter a situação e estabelecer uma nova dinâmica, um novo jeito de dialogar adequadamente. É fácil? Claro que não, ainda mais quando os dois já estão cansados do “fala demais” ou “fala de menos” de cada um. O que fala demais tem a constante sensação de não estar sendo ouvido, e o que fala de menos tem a constante impressão de não agüentar mais ouvir e sente-se cada vez menos motivado a falar por não encontrar espaço ou não acreditar na possibilidade de obter resultados através das intermináveis e cansativas conversas. Observe se a palavra ou a ressonância interna mais aplicada na sua comunicação com seu parceiro é o “não”, a negação, o negativo. Tem casais que nem escutam o que o outro quer dizer, a opinião ou explicação de algo. Simplesmente iniciam suas réplicas com um imperativo “não”, invalidando qualquer tentativa do outro de se justificar ou se colocar na situação. Sugiro que você comece, que você dê o primeiro passo neste novo jeito de funcionar. Antes de qualquer coisa, reconheça-se: você é prolixo (fala demais) ou lacônico (fala de menos)? A partir de então, perdoe o outro por ser “isso” ou “aquilo”. Perdoe, inclusive, a si mesmo e seja humilde a ponto de se colocar no lugar de aprendiz. Obviamente, o ideal é que haja equilíbrio. Não é porque você descobriu que falava demais que vai agora parar de falar. Ou então, não é porque falava de menos que vai desembestar a falar sem parar. O ritmo mais adequado é aquele em que os dois conseguem falar, um de cada vez e, principalmente, que enquanto um fale, o outro interessadamente escute, respeite e considere a verdade e o sentimento confidenciados em cada palavra. Depois, absorvidos de si mesmos e do outro, que possam realmente se comprometer com a mudança, com o desejo de conquistarem-se e agradarem-se, importando-se com a felicidade mútua e o amor verdadeiramente compartilhado... Rosana Braga é jornalista, escritora, coordenadora de projetos editoriais e consultora em comportamento humano. Este seu artigo foi publicado em www.somostodosum.com.br REFLITA: E você? Considera-se uma pessoa prolixa ou lacônica? Justifique. Aula 2 - CÓDIGOS VERBAIS E NÃO-VERBAIS http://www.somostodosum.com.br/ LTT 12 Há uma multiplicidade de códigos, passíveis de serem utilizados pelos seres humanos nos atos de comunicação. Cada um de nós utiliza vários desses códigos, por vezes em simultâneo. Tradicionalmente distingue-se entre códigos verbais (também chamados linguagens verbais) e códigos não verbais (ou linguagens não verbais). Por vezes, códigos dos dois tipos são utilizados em simultâneo. É evidente que o critério de distinção utilizado é o caráter verbal ou não verbal de um código, e isso porque, consensualmente, consideramos os códigos verbais (as línguas naturais) como os mais importantes. Linguagem — Capacidade que osseres humanos têm de transmitirem uns aos outros, informações, utilizando signos; naturalmente está implícita na noção de linguagem, não apenas a utilização de signos pré-existentes, mas também a capacidade de criar novos signos, o que de fato acontece, sem que disso nos apercebamos claramente. Língua — É um sistema particular de signos e regras (código), historicamente determinado, através do qual se exerce a capacidade da linguagem. Fala — Designa a utilização individual e concreta de um sistema. A linguagem é uma capacidade inerente a todos os seres humanos, que os distingue dos demais seres vivos. Mas essa capacidade só pode ser exercida pelo recurso a uma língua (um código). Para que um ser humano (uma criança, por exemplo) possa comunicar é necessário que aprenda (ou crie) um código (lingüístico ou não). O exercício da faculdade da linguagem exige a presença de uma língua. A língua é de natureza social, supra-individual, na medida em que é um conjunto de signos e regras reconhecido pelos membros de uma dada comunidade, enquanto a fala é sempre individual, visto que designa a utilização que um dado indivíduo, num dado momento, faz da língua. O discurso* é o produto do ato de fala. De fato, a fala é uma ação, um processo, que se esgota no próprio momento em que se conclui, mas que deixa um produto que perdura, ao menos virtualmente, para além do ato. O ato de falar perante uma dada assembléia esgota-se no próprio momento em que termina, mas o produto desse ato (o Sermão de Santo António aos peixes, do P. António Vieira, por exemplo) pode ser registrado num suporte durável e conservado para a posteridade. * Discurso é a prática social de produção de textos. Isto significa que todo discurso é uma construção social, não individual, e que só pode ser analisado considerando seu contexto histórico-social, suas condições de produção; significa ainda que o discurso reflete uma visão de mundo determinada, necessariamente, vinculada à do(s) seu(s) autor(es) e à sociedade em que vive(m). ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO - Codificar: transformar, num código conhecido, a intenção da comunicação ou elaborar um sistema de signos; Fazer uma leitura ao pé da letra, ou seja, ler através de códigos e identificar os códigos linguísticos. - Descodificar: decifrar a mensagem, operação que depende do repertório (conjunto estruturado de informação) de cada pessoa; Identificação e interpretação dos sinais linguísticos por um receptor. - Feedback: corresponde à informação que o emissor consegue obter e pela qual sabe se a sua mensagem foi captada pelo receptor Texto Escrito: É um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo significativo capaz de produzir a INTERAÇÃO COMUNICATIVA (conversa com o texto). CONTEXTO Um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma certa informação que a faz ligar-se com a anterior ou com a posterior criando condições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade LTT 13 Nota-se que o relacionamento entre as frases é tão grande, que, se uma frase retirada de seu contexto original e analisada separadamente, poderá ter um significado diferente daquele inicial. O CONTEXTO é FUNDAMENTAL. DESCONTEXTUALIZAR uma frase é perigoso, pois pode acarretar entendimento indevido, e até mesmo, ter conseqüências mais graves como calúnias, etc... O melhor é sempre contextualizar, ler no contexto. INTERTEXTO Comumente os texto apresentam referências diretas ou indiretas outros autores através de citações. Esse tipo de recurso denomina-se INTERTEXTO. INTERPRETAÇÃO DE TEXTO O primeiro objetivo de uma interpretação de texto é a identificação de sua ideia principal. A partir daí, localiza-se as ideias secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou explicações, que levam ao esclarecimento das questões apresentadas na prova. Paráfrase-esquema: Depois de encontrar as ideias ou palavras básicas de um texto, esse tipo de paráfrase apresenta o esqueleto do texto em tópicos ou em pequenas frases. Você pode usar setinhas, canetas coloridas para diferenciar as palavras do seu esquema. • 1) Emprego de sinônimos. Ex.: Embora voltasse cedo, deixava os pais preocupados. Conquanto retornasse cedo, deixava os genitores preocupados. • 2) Emprego de antônimos, com apoio de uma palavra negativa. Ex.: Ele era fraco. Ele não era forte. • 3) Troca de termo verbal por nominal, e vice-versa. Ex.: É necessário que todos colaborem. É necessária a colaboração de todos. Quero o respeito do grupo. Quero que o grupo me respeite. • 4) Omissão de termos facilmente subentendidos. Ex.: Nós desejávamos uma missão mais delicada, mais importante. Desejávamos missão mais delicada e importante. • 5) Mudança de ordem dos termos no período. Ex.: Lendo o jornal, cheguei à conclusão de que tudo aquilo seria esquecido após três ou quatro meses de investigação. Cheguei à conclusão, lendo o jornal, de que tudo aquilo, após três ou quatro meses de pesquisa, seria esquecido. • 6) Mudança de voz verbal Ex.: A mulher plantou uma roseira em seu jardim. (voz ativa) Uma roseira foi plantada pela mulher em seu jardim. (voz passiva analítica) Obs.: Se o sujeito for indeterminado (verbo na 3ª pessoa do plural sem o sujeito expresso na frase), haverá duas mudanças possíveis. Ex.: Plantaram uma roseira. (voz ativa) Uma roseira foi plantada. (voz passiva analítica)4 Plantou-se uma roseira. (voz passiva sintética) • 7) Troca de discurso Ex.: Naquela tarde, Pedro dirigiu-se ao pai dizendo: - Cortarei a grama sozinho. (discurso direto) Naquela tarde, Pedro dirigiu-se ao pai dizendo que cortaria a grama sozinho. (discurso indireto) • 8) Troca de locuções por palavras e vice-versa: Ex.: O homem da cidade não conhece a linguagem do céu. O homem urbano não conhece a linguagem celeste. Vamos praticar? LTT 14 PARQUES EM CHAMAS Saudados por ecologistas como arcas de Noé para o futuro, por serem repositórios de espécies animais e vegetais em extinção acelerada noutras áreas do país, alguns dos 25 parques nacionais do Brasil tiveram, na semana passada, a sua paisagem mutilada pelo fogo. A rigorosa estiagem que acompanha o inverno no Centro-Sul ressecou a vegetação e abriu caminho para que as chamas tragassem 6 dos 33 quilômetros quadrados do Parque Nacional da Tijuca, pegado à cidade do Rio de Janeiro, e convertessem em carvão 10% dos 300 quilômetros quadrados do Parque Nacional do Itatiaia, na divisa de Minas Gerais com o Estado Do Rio de Janeiro. Contido pelos bombeiros já no fim de semana, na Tijuca, e abafado por uma providencial chuva no Itatiaia, na quarta-feira, o fogo pipocou em outro extremo do país. Naquele dia , o incêndio começou no Parque da Serra da Capivara, no sertão do Piauí, calcinado há seis anos pela seca, e avançou pela caatinga, que esconde as pinturas rupestres inscritas na rocha, há pelo menos 31.500 anos, pelo homem brasileiro pré-histórico. 1) O autor justifica o fato de os ecologistas referirem-se aos parques nacionais como “arcas de Noé para o futuro” da seguinte maneira: a) Porque são áreas preservadas da caça e pesca indiscriminadas; b) Porque ocupam espaços administrativamente delimitados pelo o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal; c) Porque espécies animais e vegetais que estão se extinguindo em outras regiões têm preservada sua sobrevivência nesses parques; d) Porque há agentes florestais incumbidos de zelar pelos animais e vegetais dos parques; e) Porque nesses parques colecionam-se casais de espécies animais e vegetais em extinção noutras áreas. 2. A respeito dos incêndios referidos pelo autor, depreende-se do texto que: a) Embora tivessem ameaçado espécies animais e vegetais raras, apresentaram um ladopositivo: aumentaram a produção de carvão; b) Foram provocados pela rigorosa estiagem do inverno, no Centro-Sul, e pela seca prolongada no sertão nordestino; c) Não foram debelados por providenciais chuvas que eventualmente vieram a cair sobre os parques; d) Não foram combatidos com presteza e eficiência pelos bombeiros; e) Destruíram parte da flora e fauna das reservas, desfigurando sua paisagem. 3. Depreende-se que o autor do texto, em relação ao fato descrito, manifesta: a) Descaso; b) Hesitação; c) Desesperança; d) Pesar; e) Indiferença; Idosos e crianças trocam afetos em espaço que junta asilo e pré-escola As pequenas mãozinhas brincam com as mãos marcadas pelo tempo e de movimentos lentos em Seattle, nos Estados Unidos. As brincadeiras e as atividades poderiam confundir o visitante desavisado. Trata-se de uma casa de repouso para idosos ou uma pré-escola? O Intergenerational Learning Center juntou as duas coisas. O espaço tem a estrutura física que as duas instituições precisam, mas com a troca de afeto entre gerações que outras escolas e lares para idosos não têm. No local, a energia das crianças completa a experiência de vida dos mais velhos. Ao longo de meses filmando, observei muitas trocas incríveis entre idosos e crianças”, diz Evan Briggs, que gravou um filme sobre a experiência entre as duas gerações no ILC. O local abriga crianças de até cinco anos que realizam atividades cotidianamente com os mais de 400 idosos atendidos no espaço. De um lado, as crianças aprendem a se relacionar com diferentes gerações, a respeitar os mais velhos e a conviver com pessoas com limitações físicas. Já os idosos recebem carinho e são estimulados intelectual e fisicamente pelos exercícios com os alunos. 26 de junho 2015 – jornal de boas notícias LTT 15 Questão 1 O trecho “ao longo de meses filmando, observei muitas trocas incríveis entre idosos e crianças” é um exemplo de: (A) Discurso indireto e reproduz o pensamento dos idosos. (B) Discurso direto e representa a fala de Evan Briggs. (C) discurso direto e marca a fala do visitante desavisado. (D) discurso indireto e reflete a convivência entre as crianças. Questão 2 No trecho “[...] que realizam atividades cotidianamente com mais de 400 idosos atendidos no espaço.”, a palavra grifada se refere a: (A) idosos. (B) gerações. (C) crianças. (D) pessoas. Questão 3 No trecho “[...] os mais de 400 idosos atendidos no espaço.”, a expressão grifada faz referência: (A) aos Estados Unidos da América (EUA). (B) às casas que acolhem crianças de pré-escola. (C) ao “Intergenerational Learnig Center “ (ILC). (D) às casas de repouso que atendem idosos . LINGUAGEM VERBAL: as dificuldades de comunicação ocorrem quando as palavras têm graus distintos de abstração e variedade de sentido. O significado das palavras não está nelas mesmas, mas nas pessoas (no repertório de cada um e que lhe permite decifrar e interpretar as palavras); LINGUAGEM NÃO-VERBAL: as pessoas não se comunicam apenas por palavras. Os movimentos faciais e corporais, os gestos, os olhares, a entoação são também importantes: são os elementos não verbais da comunicação. Os significados de determinados gestos e comportamentos variam muito de uma cultura para outra e de época para época. A comunicação verbal é plenamente voluntária; o comportamento não-verbal pode ser uma reação involuntária ou um ato comunicativo propositado. Alguns psicólogos afirmam que os sinais não-verbais têm as funções específicas de regular e encadear as interações sociais e de expressar emoções e atitudes interpessoais. a) expressão facial: não é fácil avaliar as emoções de alguém apenas a partir da sua expressão fisionômica. Por vezes os rostos transmitem espontaneamente os sentimentos, mas muitas pessoas tentam inibir a expressão emocional. b) movimento dos olhos: desempenha um papel muito importante na comunicação. Um olhar fixo pode ser entendido como prova de interesse, mas noutro contesto pode significar ameaça provocação. Desviar os olhos quando o emissor fala é uma atitude que tanto pode transmitir a idéia de submissão como a de desinteresse. c) movimentos da cabeça: tendem a reforçar e sincronizar a emissão de mensagens. d) postura e movimentos do corpo: os movimentos corporais podem fornecer pistas mais seguras do que a expressão facial para se detectar determinados estados emocionais. Por ex.: inferiores hierárquicos adotam posturas atenciosas e mais rígidas do que os seus superiores, que tendem a mostrar-se descontraídos. LTT 16 e) comportamentos não-verbais da voz: a entoação (qualidade, velocidade e ritmo da voz) revela-se importante no processo de comunicação. Uma voz calma geralmente transmite mensagens mais claras do que uma voz agitada. f) a aparência: a aparência de uma pessoa reflete normalmente o tipo de imagem que ela gostaria de passar. Através do vestuário, penteado, maquiagem, apetrechos pessoais, postura, gestos, modo de falar, etc., as pessoas criam uma projeção de como são e de como gostariam de ser tratadas. As relações interpessoais serão menos tensas se a pessoa fornecer aos outros a sua projeção particular e se os outros os respeitarem essa projeção. Conclusão: na interação pessoal, tanto os elementos verbais como os não-verbais são importantes para que o processo de comunicação seja eficiente. Alguns falantes, por não ouvirem direito, ou por não possuírem determinadas informações culturais, alteram algumas expressões, provocando efeito de sentido muito engraçados: ● Casa germinada Casa gêmea, portanto, casa geminada ● O diabo aquático Diabo a quatro ● Nervos da cor da pele Nervos à flor da pele ● Isso não é da minha calçada .......................................................... ● No meu modo de vista .......................................................... ● Conheço como a palma da minha mãe .......................................................... ● Ponho minha mãe no fogo .......................................................... ● Ele é muito presuntoso .......................................................... ● Bife de sete cabeças .......................................................... ● Sistema de esquecimento central .......................................................... ● Garagem mediterrânea .......................................................... ● Armário enrustido .......................................................... ● Terreno baldinho .......................................................... ● Faca de dois legumes .......................................................... ● Luta por moradinha .......................................................... ● Adoçar o cheque .......................................................... ● Assustar o cheque .......................................................... ● Depois da tempestade vem a ambulância .......................................................... ● Perdeu a lição do tempo .......................................................... ● Distrair o dente do cisne .......................................................... ● Sou meigo no assunto .......................................................... ● Matar dois coelhos com uma caixa d´água só .......................................................... ● Tito deleitor .......................................................... Outros, por costume de não se preocupar com a pronúncia correta, acrescentam letras às palavras ou as tiram e outras alteram letras dependendo da dificuldade que encontram em pronunciar corretamente. Adevogado Advogado poblema/pobrema problema Pissicólogo Psicólogo cascar descascar Indentidade Identidade rezistro registro Intaliano Italiano cabeleleirocabelereiro Capitar Captar tito título Gaufo garfo baudo balde Aspéquito aspecto corrúpito corrupto Tequinólogo tecnólogo caraquiterizado aracterizado LTT 17 Aula 3: Denotação/ Conotação Denotação e Conotação Há dois níveis de significado: um, imediato, direto, chamado denotação; outro figurado, associativo, chamado conotação. Na denotação, o significado da palavra ou expressão é encontrado no dicionário. O sentido é literal ou real, ou seja, normal. Exemplo: O barco foi levado pela corrente. A conotação é o sentido figurado, associativo, dando margem à variadas interpretações. É a exploração do aspecto semântico (= significado) da palavra, que ganha um novo sentido em um determinado contexto. A palavra é empregada em sentido figurado, simbólico, diferente do original. Exemplo: A gente vai contra a corrente/ até não poder resistir / na volta do barco é que sente/ o quanto deixou de cumprir. (Chico Buarque) A linguagem humana difere da comunicação animal por envolver um trabalho mental, pois, ao contrário do animal, retém o significado de uma palavra. E mais: o homem tem imaginação criadora e a usa freqüentemente. Dessa forma, a linguagem, uma mesma palavra pode ter seu significado ampliado, remetendo-nos a novos conceitos por meio de associações, dependendo de sua colocação numa determinada frase.Por exemplo, compare os dois casos que seguem: a) Ele está com a cara manchada. b) “Deus me fez um cara fraco, desdentado e feio” (Chico Buarque de Hollanda) No primeiro exemplo, a palavra cara significa parte anterior da cabeça, conforme consta nos dicionários. Já no segundo exemplo, a mesma palavra cara teve seu significado ampliado e, por uma série de associações, entendemos que no caso acima significa indivíduo, sujeito, pessoa. Às vezes, uma mesma frase pode apresentar duas (ou mais) possibilidades de interpretação. Ex: João quebrou a cara. Em seu sentido literal, frio, impessoal , entendemos que João, por um acidente qualquer, fraturou o rosto. Entretanto, podemos entender a mesma frase num sentido figurado, como: João se saiu mal, isto é, tentou realizar alguma coisa e não conseguiu. Logo, uma mesma palavra pode apresentar variações em seu significado: na primeira, ela apresenta seu sentido original, impessoal, independente do contexto, nesse caso, prevalece o sentido denotativo- ou denotação do signo lingüístico; Na segunda, a palavra aparece com seu significado alterado, passível de interpretações diferentes, dependendo do contexto em que é empregada; nesse caso, prevalece o sentido conotativo ou conotação do signo lingüístico. A linguagem poética explora o sentido conotativo das palavras, num contínuo trabalho de alterar o significado, já cristalizado, dessas mesmas palavras, transforma-se em leitor- ativo do texto, em tradutor, em co- autor. Mais exemplos: Denotação: Construir na rocha: fazer uma casa ou um prédio em cima de uma grande pedra. Conotação: Construir na rocha: construir um relacionamento seguro, duradouro. Outros exemplos: O cão está latindo muito.( animal: denotação) Aquela mulher leva uma vida de cão.( vida difícil: conotação) Meu amigo é cobra em análise sintática.( muito inteligente: conotação) Minha sogra é uma cobra.( mulher ruim: conotação) Minha sogra foi picada por uma cobra.( animal, serpente: denotação Atividades 1) Vai levando (Chico Buarque e Caetano Veloso) Mesmo com toda a fama Com toda a Brahma Com toda a cama Com toda a cama A gente vai levando Mesmo com o nada feito Com a sala escura Com um nó no peito Com a cara dura Não tem mais jeito LTT 18 A gente vai levando A gente vai levando A gente vai levando essa chama Mesmo com todo o emblema Todo o problema Todo o sistema Toda Ipanema A gente vai levando A gente vai levando A gente vai levando A gente vai levando essa gema A gente não tem cura Mesmo com todavia Com todo dia Com todo ia Todo não ia A gente vai levando A gente vai levando A gente vai levando A gente vai levando essa guia a) Na letra da música acima, prevalece a denotação ou a conotação? Justifique. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- b) Destaque quatro palavras do texto usadas em sentido conotativo e comente-as. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- c) Escreva uma frase com cada uma das quatro palavras selecionadas na resposta anterior de maneira a prevalecer seu sentido denotativo. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 2) Leia atentamente os textos abaixo e indique A quando prevalecer a denotação e B quando prevalecer a conotação: a) ( ) “O ano de 1948, em Pernambuco, foi marcado por um processo revolucionário, liderado por um Partido Liberal radical.” b) ( ) “Nem mesmo o Recife que aprendi a amar depois- Recife das revoluções libertárias Mas o Recife sem história nem literatura Recife sem mais nada Recife da minha infância” c) ( ) “ depois de analisar os prontuários de 964 pessoas operadas np Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, no Recife, o médico Cláudio Moura Lacerda de Melo, 31 anos, concluiu que seus colegas exageraram na requisição de exames radiológicos e de laboratório, ao mesmo tempo em que dão pouca atenção ao exame direto do paciente e a uma conversa com ele sobre o seu histórico de saúde”. d) ( ) “Em todo triângulo, o quadrado de qualquer lado é igual a soma dos quadrados dos outros dois, menos o duplo produto destes dois lados pelo co- seno do ângulo que eles formam. Exercícios 1. Assinale o segmento em que NÃO foram usadas palavras em sentido figurado: a) Lendo o futuro no passado dos políticos (...) b) As fontes é que iam beber em seus ouvidos. c) Eram 75 linhas que jorravam na máquina de escrever com regularidade mecânica. d) Antes do meio-dia, a coluna estava pronta. e) (...) capaz de cortar com a elegância de um golpe de florete. 2. Assinale a alternativa cujo termo grifado NÃO é linguagem conotativa: a) “... mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço ” b) “Acresce que chovia - peneirava - uma chuvinha miúda, triste” c) “A natureza parece estar chorando a perda irreparável ...” d) “... no discurso que proferiu à beira da minha cova.” 3. O item em que o termo sublinhado está empregado no sentido denotativo é: a) “Além dos ganhos econômicos, a nova realidade rendeu frutos políticos.” LTT 19 b) “...com percentuais capazes de causar inveja ao presidente.” c) “Os genéricos estão abrindo as portas do mercado...” d) “...a indústria disparou gordos investimentos.” e) “Colheu uma revelação surpreendente:...” 4. Marque a alternativa cuja frase apresenta palavra(s) empregada(s) em sentido figurado: a) O homem procura novos caminhos na tentativa de fixar suas raízes. b) “Mas lá, no ano dois mil, tudo pode acontecer. Hoje, não.” c) “... os planejadores fizeram dele a meta e o ponto de partida.” d) “Pode estabelecer regras que conduzam a um viver tranquilo ...” e) “Evidentemente, (...) as transformações serão mais rápidas.” 5. Assinale a alternativa em que NÃO há palavra empregada emsentido figurado: a) “O estrangeiro ainda tropeça com muita frequência na incompreensão das sociedades por onde passa.” b) “Quando a luz estender a roupa nos telhados, seremos, na manhã, duas máscaras calmas.”(Mário Quintana) c) “Vejo que o amor que te dedico aumenta seguindo a trilha de meu próprio espanto.” d) Não, eu te peço, não te ausentes / Porque a dor que agora sentes / Só se esquece no perdão.” e) “Sinto que o tempo sobre mim abate sua mão pesada.” (Carlos Drummond de Andrade) Famosos erros da nossa língua Erros gramaticais e ortográficos devem, por princípio, ser evitados. Alguns, no entanto, como ocorrem com maior frequência, merecem atenção redobrada. Veja os erros mais comuns do português e use esta relação como um roteiro para fugir deles. 1 - "Mal cheiro", "mau-humorado". Mal se opõe a bem e mau, a bom. Assim: mau cheiro (bom cheiro), mal- humorado (bem-humorado). Igualmente: mau humor, mal-intencionado, mau jeito, mal-estar. 2 - "Fazem" cinco anos. Fazer, quando exprime tempo, é impessoal: Faz cinco anos. / Fazia dois séculos. / Fez 15 dias. 3 - "Houveram" muitos acidentes. Haver, como existir, também é invariável: Houve muitos acidentes. / Havia muitas pessoas. / Deve haver muitos casos iguais. 4 - "Existe" muitas esperanças. Existir, bastar, faltar, restar e sobrar admitem normalmente o plural: Existem muitas esperanças. / Bastariam dois dias. / Faltavam poucas peças. / Restaram alguns objetos. / Sobravam idéias. 5 - Para "mim" fazer. Mim não faz, porque não pode ser sujeito. Assim: Para eu fazer, para eu dizer, para eu trazer. 6 - Entre "eu" e você. Depois de preposição, usa-se mim ou ti: Entre mim e você. / Entre eles e ti. 7 - "Há" dez anos "atrás". Há e atrás indicam passado na frase. Use apenas há dez anos ou dez anos atrás. 8 - "Entrar dentro". O certo: entrar em. Veja outras redundâncias: Sair fora ou para fora, elo de ligação, monopólio exclusivo, já não há mais, ganhar grátis, viúva do falecido. 9 - "Venda à prazo". Não existe crase antes de palavra masculina, a menos que esteja subentendida a palavra moda: Salto à (moda de) Luís XV. Nos demais casos: A salvo, a bordo, a pé, a esmo, a cavalo, a caráter. 10 - O resultado do jogo, não o abateu. Não se separa com vírgula o sujeito do predicado. Assim: O resultado do jogo não o abateu. Outro erro: O prefeito prometeu, novas denúncias. Não existe o sinal entre o predicado e o complemento: O prefeito prometeu novas denúncias. 11 - Não há regra sem "excessão". O certo é exceção. Veja outras grafias erradas e, entre parênteses, a forma correta: "paralizar" (paralisar), "beneficiente" (beneficente), "xuxu" (chuchu), "previlégio" (privilégio), "cincoenta" (cinquenta), "zuar" (zoar), "frustado" (frustrado), "calcáreo" (calcário), "advinhar" (adivinhar), "benvindo" (bem-vindo), "ascenção" (ascensão), "pixar" (pichar), "impecilho" (empecilho). 12 - Quebrou "o" óculos. Concordância no plural: os óculos, meus óculos. Da mesma forma: Meus parabéns, meus pêsames, seus ciúmes, nossas férias, felizes núpcias. 13 - Comprei "ele" para você. Eu, tu, ele, nós, vós e eles não podem ser objeto direto. Assim: Comprei-o para você. Também: Deixe-os sair, mandou-nos entrar, viu-a, mandou-me. 14 - "Aluga-se" casas. O verbo concorda com o sujeito: Alugam-se casas. / Fazem-se consertos. / É assim que se evitam acidentes. / Compram-se terrenos. / Procuram-se empregados. LTT 20 15 - Chegou "em" São Paulo. Verbos de movimento exigem a, e não em: Chegou a São Paulo. / Vai amanhã ao cinema. / Levou os filhos ao circo.. 16 - Todos somos "cidadões". O plural de cidadão é cidadãos. Veja outros: caracteres (de caráter), juniores, seniores, escrivães, tabeliães, gângsteres. 17 - O ingresso é "gratuíto". A pronúncia correta é gratúito, assim como circúito, intúito e fortúito (o acento não existe e só indica a letra tônica). Da mesma forma: flúido, condôr, recórde, aváro, ibéro, pólipo. 18 - A última "seção" de cinema. Seção significa divisão, repartição, e sessão equivale a tempo de uma reunião, função: Seção Eleitoral, Seção de Esportes, seção de brinquedos; sessão de cinema, sessão de pancadas, sessão do Congresso. 19 - Vendeu "uma" grama de ouro. Grama, peso, é palavra masculina: um grama de ouro, vitamina C de dois gramas. Femininas, por exemplo, são a agravante, a atenuante, a alface, a cal, etc. 20 - "Porisso". Duas palavras, por isso, como de repente e a partir de. 21 - Não viu "qualquer" risco. É nenhum, e não "qualquer", que se emprega depois de negativas: Não viu nenhum risco. / Ninguém lhe fez nenhum reparo. / Nunca promoveu nenhuma confusão. 22 - Soube que os homens "feriram-se". O que atrai o pronome: Soube que os homens se feriram. / A festa que se realizou... O mesmo ocorre com as negativas, as conjunções subordinativas e os advérbios: Não lhe diga nada. / Nenhum dos presentes se pronunciou. 23 - O peixe tem muito "espinho". Peixe tem espinha. Veja outras confusões desse tipo: O "fuzil" (fusível) queimou. / Casa "germinada" (geminada), "ciclo" (círculo) vicioso, "cabeçário" (cabeçalho). 24 - Não sabiam "aonde" ele estava. O certo: Não sabiam onde ele estava. Aonde se usa com verbos de movimento, apenas: Não sei aonde ele quer chegar. / Aonde vamos? 25 - "Obrigado", disse a moça. Obrigado concorda com a pessoa: "Obrigada", disse a moça. / Obrigado pela atenção. / Muito obrigados por tudo. 26 - O governo "interviu". Intervir conjuga-se como vir. Assim: O governo interveio. Da mesma forma: intervinha, intervim, interviemos, intervieram. Outros verbos derivados: entretinha, mantivesse, reteve, pressupusesse, predisse, conviesse, perfizera, entrevimos, condisser, etc. 27 - Ela era "meia" louca. Meio, advérbio, não varia: meio louca, meio esperta, meio amiga. 28 - A questão não tem nada "haver" com você. A questão, na verdade, não tem nada a ver ou nada que ver. Da mesma forma: Tem tudo a ver com você. 29 - A corrida custa 5 "real". A moeda tem plural, e regular: A corrida custa 5 reais. 30 - "Cerca de 18" pessoas o saudaram. Cerca de indica arredondamento e não pode aparecer com números exatos: Cerca de 20 pessoas o saudaram. 31 - Tinha "chego" atrasado. "Chego" não existe. O certo: Tinha chegado atrasado. 32 - Tons "pastéis" predominam. Nome de cor, quando expresso por substantivo, não varia: Tons pastel, blusas rosa, gravatas cinza, camisas creme. No caso de adjetivo, o plural é o normal: Ternos azuis, canetas pretas, fitas amarelas. 33 - Estávamos "em" quatro à mesa. O em não existe: Estávamos quatro à mesa. / Éramos seis. / Ficamos cinco na sala. 34 - Sentou "na" mesa para comer. Sentar-se (ou sentar) em é sentar-se em cima de. Veja o certo: Sentou-se à mesa para comer. / Sentou ao piano, à máquina, ao computador. 35 - Ficou contente "por causa que" ninguém se feriu. Embora popular, a locução não existe. Use porque: Ficou contente porque ninguém se feriu. 36 - Não queria que "receiassem" a sua companhia. O i não existe: Não queria que receassem a sua companhia. Da mesma forma: passeemos, enfearam, ceaste, receeis (só existe i quando o acento cai no e que precede a terminação ear: receiem, passeias, enfeiam). 37 - Eles "tem" razão. No plural, têm é assim, com acento. Tem é a forma do singular. O mesmo ocorre com vem e vêm e põe e põem: Ele tem, eles têm; ele vem, eles vêm; ele põe, eles põem. 38 - Andou por "todo" país. Todo o (ou a) é que significa inteiro: Andou por todo o país (pelo país inteiro). / Toda a tripulação (a tripulação inteira) foi demitida. Sem o, todo quer dizer cada, qualquer: Todo homem (cada homem) é mortal. / Toda nação (qualquer nação) tem inimigos. 39 - Ela "mesmo" arrumou a sala. Mesmo, quanto equivale a próprio, é variável: Ela mesma (própria) arrumou a sala. / As vítimas mesmas recorreram à polícia. 40 - Chamei-o e "o mesmo" não atendeu. Não se pode empregar o mesmo no lugar de pronome ou substantivo: Chamei-o e ele nãoatendeu. / Os funcionários públicos reuniram-se hoje: amanhã o país conhecerá a decisão dos servidores (e não "dos mesmos"). LTT 21 41 - Vou sair "essa" noite. É este que designa o tempo no qual se está ou objeto próximo: Esta noite, esta semana (a semana em que se está), este dia, este jornal (o jornal que estou lendo), este século (o século 20). 42 - A temperatura chegou a 0 "graus". Zero indica singular sempre: Zero grau, zero-quilômetro, zero hora. 43 - Comeu frango "ao invés de" peixe. Em vez de indica substituição: Comeu frango em vez de peixe. Ao invés de significa apenas ao contrário: Ao invés de entrar, saiu. 44 - Se eu "ver" você por aí... O certo é: Se eu vir, revir, previr. Da mesma forma: Se eu vier (de vir), convier; se eu tiver (de ter), mantiver; se ele puser (de pôr), impuser; se ele fizer (de fazer), desfizer; se nós dissermos (de dizer), predissermos. 45 - Ele "intermedia" a negociação. Mediar e intermediar conjugam-se como odiar: Ele intermedeia (ou medeia) a negociação. Remediar, ansiar e incendiar também seguem essa norma: Remedeiam, que eles anseiem, incendeio. 46 - Disse o que "quiz". Não existe z, mas apenas s, nas pessoas de querer e pôr: Quis, quisesse, quiseram, quiséssemos; pôs, pus, pusesse, puseram, puséssemos. 47 - O homem "possue" muitos bens. O certo: O homem possui muitos bens. Verbos em uir só têm a terminação ui: Inclui, atribui, polui. Verbos em uar é que admitem ue: Continue, recue, atue, atenue. 48 - A tese "onde"... Onde só pode ser usado para lugar: A casa onde ele mora. / Veja o jardim onde as crianças brincam. Nos demais casos, use em que: A tese em que ele defende essa ideia. / O livro em que... / A faixa em que ele canta... / Na entrevista em que... 49 - A modelo "pousou" o dia todo. Modelo posa (de pose). Quem pousa é ave, avião, viajante, etc. Não confunda também iminente (prestes a acontecer) com eminente (ilustre). Nem tráfico (contrabando) com tráfego (trânsito). 50 - Espero que "viagem" hoje. Viagem, com g, é o substantivo: Minha viagem. A forma verbal é viajem (de viajar): Espero que viajem hoje. Evite também "comprimentar" alguém: de cumprimento (saudação), só pode resultar cumprimentar. Comprimento é extensão. Igualmente: Comprido (extenso) e cumprido (concretizado). 51 - "Haja visto" seu empenho... A expressão é haja vista e não varia: Haja vista seu empenho. / Haja vista seus esforços. / Haja vista suas críticas. 52 - A moça "que ele gosta". Como se gosta de, o certo é: A moça de que ele gosta. Igualmente: O dinheiro de que dispõe, o filme a que assistiu (e não que assistiu), a prova de que participou, o amigo a que se referiu, etc. 53 - É hora "dele" chegar. Não se deve fazer a contração da preposição com artigo ou pronome, nos casos seguidos de infinitivo: É hora de ele chegar. / Apesar de o amigo tê-lo convidado... / Depois de esses fatos terem ocorrido... 54 - Já "é" 8 horas. Horas e as demais palavras que definem tempo variam: Já são 8 horas. / Já é (e não "são") 1 hora, já é meio-dia, já é meia-noite. 55 - A festa começa às 8 "hrs.". As abreviaturas do sistema métrico decimal não têm plural nem ponto. Assim: 8 h, 2 km (e não "kms."), 5 m, 10 kg. 56 - Ficou "sobre" a mira do assaltante. Sob é que significa debaixo de: Ficou sob a mira do assaltante. / Escondeu- se sob a cama. Sobre equivale a em cima de ou a respeito de: Estava sobre o telhado. / Falou sobre a inflação. E lembre-se: O animal ou o piano têm cauda e o doce, calda. Da mesma forma, alguém traz alguma coisa e alguém vai para trás. 57- "Ao meu ver". Não existe artigo nessas expressões: A meu ver, a seu ver, a nosso ver. 58 – Eu não posso fazer exercícios que soo muito. Quem soa é sino, pessoa suam. Eu suo, você sua. O sino soa. Os sinos soam. 59 – Eu tenho um sério poblema. Sei seu pobrema. Não existe nenhuma dessas formas. O certo é sempre Problema. 60 - Quem diz "valo muito" não vale coisa nenhuma. Já quem diz "valho muito" pode até valer. Espero que, de fato, valha. 61 - Posso pedir o mais absoluto silêncio? Não; porque aí há redundância. Em absoluto já existe a ideia de maior, o mais. Por isso, prefira pedir absoluto silêncio, que o silêncio se fará. Eis outras expressões redundantes: emulsão de óleo, novidade inédita, plebiscito popular, manter o mesmo time, problema individual de cada um. 62 - É verdade que o alface está caro? Não sei, mas a alface está caríssima! Nunca vi uma alface tão cara quanto a brasileira. 63 - Meu filho é de menor? Não. Seu filho é menor, ou seja, é menor de idade. O meu, todavia, é maior, maior de idade. Quem diz "de menor", "de maior", está equivocado. 64 - Menas é bom? Menas é péssimo! Nossa língua só possui menos: menos complicações, menos gente, menos casas, menos despesas, etc. A palavra menas não existe. 65 - Hoje, muita gente diz " a gente fomos", " a gente temos ". Na Idade da Pedra, poderia até ser. Hoje, não: a temo a gente pede verbo na terceira pessoa do singular, obrigatoriamente (a gente foi, a gente tem, a gente viu, a gente irá, etc.). Quem usa "a gente fomos, a gente temos, a gente vimos, a gente iremos", revela possuir pouca escolaridade. Convém dizer, por outro lado, que não há nenhuma impropriedade no uso de a gente em substituição a nós. LTT 22 BARREIRAS À COMUNICAÇÃO EFICAZ 1. Sobrecarga de Informações: quando temos mais informações do que somos capazes de ordenar e utilizar. 2. Tipos de informações: as informações que se encaixarem com o nosso autoconceito tendem a ser recebidas e aceitas muito mais prontamente do que dados que venham a contradizer o que já sabemos. Em muitos casos negamos aquelas que contrariam nossas crenças e valores. 3. Fonte de informações: como algumas pessoas contam com mais credibilidade do que outras (status), temos tendência a acreditar nessas pessoas e descontar de informações recebidas de outras. 4. Localização física: a localização física e a proximidade entre transmissor e receptor também influenciam a eficácia da comunicação. Resultados de pesquisas têm sugerido que a probabilidade de duas pessoas se comunicarem decresce proporcionalmente ao quadrado da distância entre elas. 5. Defensidade: uma das principais causas de muitas falhas de comunicação ocorre quando um ou mais dos participantes assume a defensiva. Indivíduos que se sintam ameaçados ou sob ataque tenderão a reagir de maneiras que diminuem a probabilidade de entendimento mútuo. COMO MELHORAR A COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL A) HABILIDADES DE TRANSMISSÃO 1. Usar linguagem apropriada e direta (evitando o uso de jargão e termos eruditos quando palavras simples forem suficientes). 2. Fornecer informações tão claras e completas quanto for possível. 3. Usar canais múltiplos para estimular vários sentidos do receptor (audição, visão etc.). 4. Usar comunicação face a face sempre que for possível. B) HABILIDADES AUDITIVAS 1. Escuta ativa. A chave para essa escuta ativa ou eficaz é a vontade e a capacidade de escutar a mensagem inteira (verbal, simbólica e não-verbal), e responder apropriadamente ao conteúdo e à intenção (sentimentos, emoções etc.) da mensagem. Como administrador, é importante criar situações que ajudem as pessoas a falarem o que realmente querem dizer. 2. Empatia. A escuta ativa exige uma certa sensibilidade às pessoas com quem estamos tentando nos comunicar. Em sua essência, empatia significa colocar-se na posição ou situação da outra pessoa, num esforço para entendê- la. 3. Reflexão. Uma das formas de se aplicar a escuta ativa é reformular sempre a mensagem que tenha recebido. A chave é refletir sobre o que foi dito sem incluir um julgamento, apenas para testar o seu entendimento da mensagem. LTT 23 4. Feedback. Como a comunicação eficaz é um processo de troca bidirecional, o uso de feedback é mais uma maneira de se reduzir falhas de comunicação e distorções. C) HABILIDADES DE FEEDBACK 1. Assegurar-sede que quer ajudar (e não se mostrar superior). 2. No caso de feedback negativo, vá direto ao assunto; começar uma discussão com questões periféricas e rodeios geralmente cria ansiedades ao invés de minimizá-las. 3. Descreva a situação de modo claro, evitando juízos de valor. 4. Concentre-se no problema (evite sobrecarregar o receptor com excesso de informações ou críticas). 5. Esteja preparado para receber feedback, visto que o seu comportamento pode estar contribuindo para o comportamento do receptor. 6. Ao encerrar o feedback, faça um resumo e reflita sobre a sessão, para que tanto você como o receptor estejam deixando a reunião com o mesmo entendimento sobre o que foi decidido. LTT 24 Aula 4: FUNÇÕES DA LINGUAGEM E INTENÇÃO COMUNICATIVA Os atos comunicativos têm sempre uma determinada intencionalidade, que pode ser mais ou menos consciente. São essas diferentes intenções que temos em mente, quando falamos em funções da linguagem. FUNÇÃO INFORMATIVA (OU REFERENCIAL) O objetivo primeiro do ato de fala (a intenção do emissor) é transmitir informação sobre algum aspecto da realidade, exterior ou interior. É, de certo modo, a função primária da linguagem, aquela em que pensamos imediatamente, quando falamos em comunicação. O ato comunicativo centra-se predominantemente sobre o contexto. Utiliza frases de tipo declarativo. FUNÇÃO EXPRESSIVA (OU EMOTIVA) O ato de fala é utilizado para exprimir o estado de espírito, as emoções, as opiniões do emissor. Ao contrário do que acontece na função informativa (marcadamente objetiva), encontramos aqui uma clara subjetividade. A comunicação centra-se no emissor. Recorre a frases de tipo exclamativo FUNÇÃO APELATIVA A linguagem é utilizada para agir sobre o receptor, para tentar modificar a sua atitude ou comportamento. Assume geralmente a forma de ordens, pedidos ou conselhos. Centra-se no receptor e implica o recurso a formas verbais do imperativo (ou conjuntivo com valor imperativo), ao vocativo e a frases de tipo imperativo. FUNÇÃO METALINGUÍSTICA A linguagem é utilizada para precisar algum aspecto do código utilizado, geralmente uma língua natural. Exemplo clássico de discursos onde predomina a função metalingüística são as definições dos dicionários e as explicações gramaticais. A comunicação está centrada no código. FUNÇÃO FÁTICA Neste caso a linguagem é utilizada para testar o funcionamento do canal e manter o contacto entre o emissor e o receptor. Esta função é mais evidente nas conversas telefônicas e naturalmente preocupa-se, sobretudo, com o canal. FUNÇÃO POÉTICA: Por vezes a linguagem é utilizada fundamentalmente para produzir prazer estético. Os recursos lingüísticos são dispostos de forma a construir um objeto artístico, capaz de, pela sua configuração, gerar, quer no emissor, quer no receptor, uma sensação de prazer semelhante ao que se obtém com a música ou a pintura. É mais evidente na poesia, mas está também presente na prosa literária e até no discurso oral. Encontramo-la igualmente no discurso publicitário ("Há mar e mar... Há ir e voltar..."). Em certos casos a forma do discurso aponta explicitamente para uma dada função, embora implicitamente a intenção comunicativa seja outra. "Numa loja, o vendedor, pouco simpático, não quer dar à cliente facilidades de pagamento e ela diz: – Desisto já da compra...!" (in Da Comunicação à Expressão, Lisboa Editora, p. 20). Neste caso o ato de fala, explicitamente, dá uma informação ("Já não quero comprar nada..."), mas na verdade faz-se uma ameaça ("Se não me der facilidades, não compro.") e desse modo pretende-se modificar a atitude do vendedor. LTT 25 LTT 26 ATIVIDADE Observe os textos e classifique dizendo qual o tipo de linguagem prepondera em cada um. a) Numa cesta de vime temos um cacho de uvas, duas laranjas, dois limões, uma maçã verde, uma maçã vermelha e uma pêra. b) Nós o amamos muito, Ronaldo!!! c) “Compre aqui e concorra a este lindo carro!” d) Escrevo porque gosto de escrever. Ao passar as idéias para o papel me sinto realizada. e) SONETO DA FIDELIDADE De tudo ao meu amor serei atento Antes e com tal zelo e sempre e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento f) Alô, Houston! A missão foi cumprida, ok? Devo voltar a nave? Alguém me ouve? Alô? Leia e responda: TEXTO I - Mulher Assassinada Policiais que faziam a ronda no centro da cidade encontraram, na madrugada de ontem, perto da Praça da Sé, o corpo de uma mulher aparentando 30 anos de idade. Segundo depoimento de pessoas que trabalham em bares próximos, trata-se de uma prostituta conhecida como Poe Nenê. Ela foi assassinada a golpes de faca. A polícia descarta a hipótese de assalto, pois sua bolsa, com a carteira de dinheiro, foi encontrada junto ao corpo. O caso está sendo investigado pelo delegado do 2º distrito policial. Jornal da Cidade, 10 set. 2004 TEXTO II - Pequena Crônica Policial Jazia no chão, sem vida, E estava toda pintada! Nem a morte lhe emprestava A sua grave beleza... Com fria curiosidade, Vinha gente a espiar-lhe a cara, As fundas marcas da idade, Das canseiras, da bebida... [...] Sem nada saber da vida, De vícios ou de perigos, Sem nada saber de nada... Com sua trança comprida, Os seus sonhos de menina, Os seus sapatos antigos! Mário Quintana – Prosa & Verso LTT 27 01. Os textos I e II trazem certa semelhança entre si. O que há de semelhante nos textos acima? ⓐ A temática. ⓑ A organização da linguagem. ⓒ A forma de abordagem ao tema. ⓓ A intenção discursiva. ⓔ O posicionamento do narrador diante a matéria narrada. 02. Que aspectos distinguem os textos I e II, a partir da análise dos mesmos, considerando sua linguagem? ⓐ denotação – função referencial (texto II). ⓑ função poética – ênfase no assunto (texto II). ⓒ criatividade linguística – função poética (texto II). ⓓ ênfase na mensagem – função referencial (texto I). ⓔ texto jornalístico – Ênfase no leitor (texto I). O texto abaixo será utilizado nas questões 3 TEXTO III Nova Poética Vou lançar a teoria do poeta sórdido. Poeta sórdido: Aquele em cuja poesia há a marca suja da vida. Vai um sujeito, Saí um sujeito de casa com a roupa de brim branco [muito bem engomada, e na primeira esquina passa um [caminhão, salpica-lhe o paletó ou a calça de uma nódoa de lama: É a vida O poema deve ser como a nódoa no brim: Fazer o leitor satisfeito de si dar o desespero [...] Manuel Bandeira 03. As funções de linguagem predominante no Texto III são: ⓐ Poética e metalinguística. ⓑ Conativa e referencial. ⓒ Referencial e emotiva. ⓓ Metalinguística e conativa. ⓔ Emotiva e referencial. 04. As funções de linguagem predominantes no texto acima se justificam pelos seguintes fatores. ⓐ sentimentalismo e informatividade. ⓑ metadiscursividade e interpelação ao leitor. ⓒ informatividade e sentimentalismo. ⓓ interpelação ao leitor e informatividade. ⓔ criatividade linguística e metadiscursividade. 05. Leia a estrofe abaixo: "Oh! ter vinte anos sem gozar de leve A ventura de uma alma de donzela! E sem na vida ter sentido nunca Na suave atração de um róseo corpo Meus olhos turvos se fechar de gozo! Álvares de Azevedo A presença da interjeição, as exclamações e a 1ª pessoa gramatical identificam no texto a função da linguagem: ⓐ Poética. ⓑ Conativa. ⓒ Referencial. ⓓ Metalinguística. ⓔ Emotiva. 06. Leia o texto e assinale a alternativa correta: A um passarinho Para que vieste Na minha janela Meter o nariz? Se foi por um verso Não sou mais poeta Ando tão feliz! Se é para uma prosa Não sou Anchieta Nem venho de Assis Deixe-te de histórias Some-te daqui. Vinícius de Morais Quanto à análise do texto acima, pode-se afirmar que: ⓐ A facilidadecom que se pode reconstruir o fato narrado e as informações precisas veiculadas pelo texto provam a não existência de elementos ficcionais; a função de linguagem predominante é a referencial. ⓑ No quinto verso, o próprio autor esclarece que seu texto não tem caráter poético, o que lhe confere a função metalinguística da linguagem. ⓒ Apesar de escrito em versos, o texto acima não é literário, porque, nos dois últimos versos, o autor diz claramente não querer contar histórias, neles, ocorre a função apelativa ou conativa, própria da linguagem de propaganda. LTT 28 ⓓ Embora haja referência a dados concretos da realidade circundante, o texto é literário, uma vez que, a par de exemplos de função emotiva e conativa, a criatividade linguística dá o tom do texto e confere a função poética como predominante. ⓔ No sétimo verso, o próprio autor esclarece que seu texto não está escrito em prosa; é, portanto, um texto não literário. 07. Leia o excerto abaixo extraído de uma suposta entrevista com Riobaldo, de Grande sertão: veredas. “Mire e veja o leitor e a leitora: se não houvesse Brasil, não haveria ‘Grande sertão: veredas’, não haveria Riobaldo. Deviam ter pensado que pelo menos para isso serviu. E o resto é silêncio. Ou melhor, mais uma pergunta senhor Riobaldo. O que é silêncio? O senhor sabe o que o silêncio é? É a gente mesmo, demais.” Alberto Pompeu de Toledo, Veja. Acima, predominam as seguintes funções da linguagem: ⓐ Poética e fática. ⓑ Conativa e metalinguística. ⓒ Referencial e expressiva. ⓓ Metalinguística e emotiva. ⓔ Emotiva e poética. 08. Assinale a alternativa que traz função fática: ⓐ "O homem letrado e a criança eletrônica não mais têm linguagem comum." (Rose-Marie Muraro) ⓑ "O discurso comporta duas partes, pois necessariamente importa indicar o assunto de que se trata, e em seguida a demonstração. (...) A primeira destas operações é a exposição; a segunda, a prova." (Aristóteles) ⓒ "Amigo Americano é um filme que conta a história de um casal que vive feliz com o seu filho até o dia em que o marido suspeita estar sofrendo de câncer." ⓓ "Se um dia você for embora Ria se teu coração pedir Chore se teu coração mandar." (Danilo Caymmi & Ana Terra) ⓔ "Olá, como vai? Eu vou indo e você, tudo bem? Tudo bem, eu vou indo em pegar um lugar no futuro e você? Tudo bem, eu vou indo em busca de um sono tranquilo..." (Paulinho da Viola) 09. Marque a opção que encerra uma frase cujos principais focos da argumentação sejam, a um só tempo, o emissor e a mensagem: ⓐ "Volta, vem viver outra vez ao meu lado" (Lupiscínio Rodrigues) ⓑ "Da primeira vez que me assassinaram, Perdi um jeito de sorrir que eu tinha" (Mário Quintana) ⓒ "Um trem-de-ferro é uma coisa mecânica, Mas atravessa a noite, a madrugada, o dia Atravessou minha vida, Virou só sentimento" (Manuel Bandeira) ⓓ "Vaias e aplausos marcaram a passagem do presidente Lula pelo Fórum Social Mundial, evento no qual costumava ser ovacionado" (O Globo - 28 de janeiro de 2005). ⓔ "Lembrando B. Russel: para todo problema complicado há uma solução simples, rápida, de baixo custo e... errada" (Gilberto C. Leifert). 10. Leia atentamente o texto abaixo: A biosfera, que reúne todos os ambientes onde se desenvolvem os seres vivos, se divide em unidades menores chamadas ecossistemas, que podem ser uma floresta, um deserto e até um lago. Um ecossistema tem múltiplos mecanismos que regulam o número de organismos dentro dele, controlando sua reprodução, crescimento e migrações. DUARTE, M. O guia dos curiosos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. Predomina no texto a função da linguagem ⓐ referencial, porque o texto trata de noções e informações conceituais. ⓑ conativa, porque o texto procura orientar comportamentos do leitor. ⓒ poética, porque o texto chama a atenção para os recursos de linguagem. ⓓ fática, porque o texto testa o funcionamento do canal de comunicação. ⓔ emotiva, porque o autor expressa seu sentimento em relação à ecologia. Aula 5 - LEITURA LTT 29 A leitura é o principal aspecto constituinte do pensamento crítico. Um bom leitor de mundo, ao travar contato com o texto, é capaz de relacionar as intenções comunicativas que a ele subjazem. Esta formação de um bom leitor, isto é, sua proficiência, está ligada à multiplicidade de leitura. Um bom leitor não é aquele que lê muitas vezes um mesmo tipo de texto, mas é aquele que lê diversos tipos de texto com certa profundidade (sob várias perspectivas) Robson Luiz Rodrigues de Lima LEITURA (Do lat. Lectura) 1. Ação de ler 2. Obra ou coisa linda 3. Interpretação do sentido de um texto 4. Variante de uma ou mais palavras de um texto CONCEITOS DE LEITURA ● São 4 as habilidades da linguagem verbal: A LEITURA, A ESCRITA, A FALA E A ESCUTA. ● Compreende duas operações fundamentais: a decodificação e a compreensão. ● Decodificação: capacidade de escritores, leitores e aprendizes de identificação de um signo gráfico por um nome ou som. Capacidade de reconhecimento das letras (signos gráficos) para a tradução na linguagem oral ou para outro sistema de signos. ● A aprendizagem da decodificação se consegue através do conhecimento do alfabeto e da leitura oral ou transcrição de um texto. ● Compreensão: a captação do sentido ou conteúdo das mensagens escritas. ● A aquisição da aprendizagem da compreensão se dá através do domínio progressivo de textos escritos cada vez mais complexos. INTERPRETAR X COMPREENDER Você já se perguntou? O que vem primeiro? INTERPRETAÇÃO OU COMPREENSÃO? Observe o seguinte esquema: Primeiro o ser humano toma conhecimento de algum assunto ou tema, ou seja, efetua uma leitura de algo. Depois passa ao nível da interpretação. Procura definir o que entendeu do que leu de acordo com o seu conhecimento prévio sobre aquele assunto ou tema e da sua competência leitora. Logo, para que chegue ao nível da compreensão é necessário que a leitura interpretativa que efetuou seja aceita como possível ao voltarmos para o texto original. DICAS PARA ANALISAR, COMPREENDER E INTERPRETAR TEXTOS É comum encontrarmos alunos se queixando de que não sabem interpretar textos. Muitos têm aversão a exercícios nessa categoria. Acham monótono, sem graça, e outras vezes dizem: cada um tem o seu próprio entendimento do texto ou cada um interpreta a sua maneira. No texto literário, essa idéia tem algum fundamento, tendo em vista a linguagem conotativa, os símbolos criados, mas em texto não-literário isso é um equívoco. Diante desse problema, seguem algumas dicas para você analisar, interpretar e compreender com mais proficiência. 1º - Crie o hábito da leitura e o gosto por ela. Quando nós passamos a gostar de algo, compreendemos melhor seu funcionamento. Nesse caso, as palavras tornam-se familiares a nós mesmos. Não se deixe levar pela falsa impressão de que ler não faz diferença. Também não se intimide caso alguém diga que você lê porcaria. Leia tudo que tenha vontade, pois com o tempo você se tornará mais seleto e perceberá que algumas leituras foram superficiais e, às vezes, até ridículas. Porém elas foram o ponto de partida e o estímulo para se chegar a uma leitura mais refinada. Existe tempo para cada tempo de nossas vidas. Não fique chateado com comentários desagradáveis. LTT 30 2º - Seja curioso, investigue as palavras que circulam em seu meio. 3º - Aumente seu vocabulário e sua cultura. Além da leitura, um bom exercício para ampliar o léxico é fazer palavras cruzadas. 4º - Faça exercícios de sinônimos e antônimos. 5º - Leia verdadeiramente. Somos um País de poucas leituras. Veja o que diz a reportagem, a seguir, sobre os estudantes brasileiros. Dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) revelam que, entre os 32 países submetidos ao exame para medir a capacidade de leitura dos alunos, o Brasil é o pior da turma. A julgar pelos
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