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1 
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“ Já ancorado na Antártida , ouvi ruídos que pareciam de fritura . Pensei : será que até aqui 
existem chineses fritando pastéis ? Eram cristais de água doce congelada que faziam aquele som 
quando entravam em contato com a água salgada . O efeito visual era belíssimo . Pensei em 
fotografar , mas falei para mim mesmo : - ‘ Calma , você terá muito tempo para isso... ‘ Nos 367 
dias que se seguiram , o fenômeno não se repetiu . 
Algumas oportunidades são únicas. “ 
Como diz o Dalai Lama: 
“Só existem dois dias no ano em que nada pode ser feito. Um se chama ‘ONTEM’ e o 
outro ‘ AMANHÃ’, portanto HOJE é o dia certo para amar, acreditar, fazer e 
principalmente VIVER”. Amyr Klink. 
 
 
Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não lêem. 
 
 
 Que este seja um material para consulta e o início de um despertar para a língua portuguesa vista, a 
partir de agora com outro. 
 
As aulas de Linguagem, Trabalho e Tecnologia serão momentos de reflexão sobre comunicação, 
mercado de trabalho e as novas tecnologias, para que, findado o curso, você, educando, possa ter 
efetivamente real oportunidade de adequar o que aprendeu afim de que o ingresso no mercado de 
trabalho seja uma realidade bem próxima. 
 
É importante frisar que esta apostila foi preparada por meio de uma seleção de textos sucintos, um 
breve ensaio para uma abordagem mais autoral do assunto no vindouro semestre. 
 
 
 
 
“O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a um objetivo. 
Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no mínimo fará coisas 
admiráveis” – José de Alencar 
 
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2 
 
 
 
Desejo a todos um ótimo semestre de muitos conhecimentos e sucesso! 
 
 
 
SUMÁRIO 
COMUNICAÇÃO ................................................................................................................ 4 
CÓDIGOS VERBAIS E NÃO VERBAIS .............................................................................. 5 
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO ................................................................................... 6 
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO .......................................................................................... 8 
FIGURAS DE LINGUAGEM ................................................................................................11 
FAMOSOS ERROS DA NOSSA LÍNGUA ..........................................................................17 
BARREIRAS DA COMUNICAÇÃO EFICAZ ..................................................................... 21 
COMO MELHORAR A COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL ............................................... 22 
LEITURA ............................................................................................................................ 25 
INTERPRETAR X COMPREENDER .................................................................................. 26 
PARÔNIMOS E HONÔNIMOS ......................................................................................... 32 
REFORMA ORTOGRÁFICA ............................................................................................. 39 
SINAIS DE PONTUAÇÃO ................................................................................................ 47 
PROFESSOR ADORA COMPLICAR NA PROVA ............................................................ 61 
ESCREVER BEM É UM DIFERENCIAL DO PROFISSIONAL MODERNO ..................... 64 
COMO ESCREVER MELHOR ......................................................................................... 65 
COESÃO E COERÊNCIA ............................................................................................... 67 
TÉCNICA DE REDAÇÃO COM TEXTOS ESPECIFICOS................................................ 73 
PRONOMES DE TRATAMENTO ...................................................................................... 75 
ENTREVISTA DE EMPREGO ........................................................................................... 78 
CURRÍCULO ...................................................................................................................... 83 
CARTA DE APRESENTAÇÃO ......................................................................................... 85 
DECLARAÇÃO ................................................................................................................. 87 
REQUERIMENTO .............................................................................................................. 88 
PROCURAÇÃO .................................................................................................................. 89 
ATA ..................................................................................................................................... 90 
CONTRATO ........................................................................................................................ 92 
OFICIO ................................................................................................................................ 95 
CARTA COMERCIAL ......................................................................................................... 96 
MEMORANDO .................................................................................................................... 99 
COMUNICADO ................................................................................................................... 100 
LTT 
 
3 
TIPOS DE CORRESPONDÊNCIAS .................................................................................... 101 
RELATÓRIO TÉCNICO ....................................................................................................... 106 
MEMORIAL DESCRITIVO .................................................................................................. 107 
INTERNET .......................................................................................................................... 115 
TERMINOLOGIA APLICADOS A ÁREA DE ADMINISTRAÇÃO/ LOGISTICA .................. 119 
DICAS PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS (ORAL)........................................... 142 
COMO FAZER UM TRABALHO NOTA 10 ........................................................................ 146 
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA ........................................................................................ 147 
 
 
Técnicas de leitura instrumental 
• Identificação do gênero textual; • Identificação do público alvo; • Identificação do tema; • 
Identificação das palavras-chave do texto; • Identificação dos termos técnicos e científicos; • 
Identificação dos elementos coesivos do texto; • Identificação da ideia central do texto; • 
Identificação dos principais argumentos e sua estrutura. 
 
Aula 1 – COMUNICAÇÃO 
 
 
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4 
Comunicação é o processo pelo qual os seres humanos trocam entre si informações. São 
elementos nucleares do ato comunicativo: o emissor, o receptor (“os seres humanos”) e a mensagem 
(“informações”). Em qualquer ato comunicativo encontramos alguém que quer transmitir ao outro 
determinada informação. 
Além destes três elementos é preciso considerar outros três: o código, o canal e o contexto. 
Nenhum ato comunicativo seria possível, na ausência de qualquer um desses elementos. De fato, é 
necessária a intervenção de, pelo menos, dois indivíduos, um que emita, outro que receba; algo tem de 
ser transmitido pelo emissor ao receptor; para que o emissor e o receptor se comuniquem é necessário 
que esteja disponível um canal de comunicação; a informação a transmitir tem que estar "traduzida" num 
código conhecido, quer pelo emissor, quer pelo receptor; finalmente todo o ato comunicativo se realiza 
num determinado contexto e é determinado por esse contexto. 
 
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO 
 
O esquema da comunicação, atrás descrito, podeser representado da seguinte forma: 
 
 Contexto 
 Código 
Emissor —> Mensagem —> Receptor 
 Canal 
 
 
 
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5 
 
 
 
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6 
 
 
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7 
 
 
ATIVIDADE: 
 
Leia o texto a seguir: 
 
PROBLEMAS DE COMUNICAÇÃO 
 É muito comum casais terem problemas de comunicação, porque as mulheres nunca dizem 
claramente o que querem. E os homens não se esforçam para entender. A história abaixo ilustra bem 
isso. 
 A mulher, querendo um carro esporte novo, virou-se para o marido e disse: - Meu amor, meu 
aniversário está chegando... Quero um presente surpresa. Para te ajudar vou te dar uma dica: Quero algo 
que vá de zero a cem em menos de 5 segundos. Pode ser de qualquer cor. 
 No dia do aniversário ela ganhou uma balança de banheiro novinha, cor-de-rosa! 
 O marido ainda está desaparecido... 
 
Identifique: 
a) O emissor do texto ____________________________________________________________ 
b) O receptor do texto ____________________________________________________________ 
c) O contexto ___________________________________________________________________ 
d) O código ____________________________________________________________________ 
e) A mensagem _________________________________________________________________ 
f) O canal ______________________________________________________________________ 
 
2) Leia o texto para responder às questões 
Comunicação 
“É importante saber o nome das coisas. Ou, pelo menos, saber comunicar o que você quer. Imagine-se entrando 
numa loja para comprar um... um... como é mesmo o nome? 
‘Posso ajudá-lo, cavalheiro?’ 
‘Pode. Eu quero um daqueles, daqueles...’ 
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8 
‘Pois não?’ 
‘Um... como é mesmo o nome?’ 
‘Sim?’ 
‘Pomba! Um... um... Que cabeça a minha. A palavra me escapou por completo. É uma coisa simples, 
conhecidíssima.’ 
‘ Sim, senhor.’ 
‘O senhor vai dar risada quando souber’. 
‘ Sim, senhor.’ 
[...]”. VERISSIMO, Luis Fernando. Zoeira. Porto Alegre: L&PM, 1987. 
 
O trecho é parte de um texto em que um comprador se esforça para explicar a um vendedor como é o objeto que 
deseja, pois não consegue se lembrar do nome daquilo que quer comprar. Se você estivesse no lugar do vendedor, 
como faria para ajudar o cliente? 
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
3- De acordo com os textos abaixo, identifique os 
seguintes elementos da comunicação: 
“ Um menino, jogando bola na rua, quebra a 
vidraça do Sr. Manuel. Furioso, ele grita : 
– Moleque danado. Seu pai vai ter que pagar! 
O garoto, então, foge em disparada.” 
a. Emissor: 
b. Mensagem: 
c. Receptor: 
d. Canal: Natural 
e. Código: Verbal 
 
4- “ Mary saiu cedo para o trabalho e deixou , na 
porta da geladeira, um bilhete para sua filha Suzy: 
‘I Love you, darling!’. 
a. Emissor: 
b. Mensagem: 
c. Receptor: 
d. Canal: 
e. Código: 
 
TESTE - ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO 
1. O pai conversa com a filha ao telefone e diz que 
vai chegar atrasado para o jantar. 
Nesta situação, podemos dizer que o canal é: 
a) o pai 
b) a filha 
c) fios de telefone 
d) o código 
e) a fala 
2. Assinale a alternativa incorreta: 
a) Só existe comunicação quando a pessoa que 
recebe a mensagem entende o seu significado. 
b) Para entender o significado de uma mensagem, 
não é preciso conhecer o código. 
c) As mensagens podem ser elaboradas com vários 
códigos, formados de palavras, desenhos, números 
etc. 
d) Para entender bem um código, é necessário 
conhecer suas regras. 
e) Conhecendo os elementos e regras de um código, 
podemos combiná-los de várias maneiras, criando 
novas mensagens. 
3. Uma pessoa é convidada a dar uma palestra em 
Espanhol. A pessoa não aceita o convite, pois não 
sabia falar com fluência a língua Espanhola. Se esta 
pessoa tivesse aceitado fazer esta palestra seria 
um fracasso porque: 
a) não dominava os signos 
b) não dominava o código 
c) não conhecia o referente 
d) não conhecia o receptor 
e) não conhecia a mensagem 
4. Um guarda de trânsito percebe que o motorista de 
um carro está em alta velocidade. Faz um gesto 
pedindo para ele parar. Neste trecho o gesto que o 
guarda faz para o motorista parar, podemos dizer 
que é: 
a) o código que ele utiliza 
b) o canal que ele utiliza 
c) quem recebe a mensagem 
d) quem envia a mensagem 
e) o assunto da mensagem 
5. A mãe de Felipe sacode-o levemente e o chama: 
“FELIPE, ESTÁ NA HORA DE ACORDAR”. 
O que está destacado é: 
a) o emissor 
b) o código 
c) o canal 
d) a mensagem 
e) o referente 
LTT 
 
9 
6. Podemos afirmar que Referente é: 
a) quem recebe a mensagem 
b) o assunto da mensagem 
c) o que transmite a mensagem 
d) quem envia a mensagem 
e) o código usado para estabelecer comunicação 
7. Observe a imagem ao lado e assinale a única 
alternativa que contenha apenas as 
afirmativas verdadeiras: 
 
I- Este texto apresenta diversos desvios à 
língua culta, portanto não transmite sua mensagem. 
II- O canal em que essa mensagem foi 
produzida não atrapalha o entendimento da mesma. 
III- A mensagem é religiosa, destinada a 
receptores cristãos. 
Estão corretas apenas: 
a) I b) II c) III d) I e III e) II e III 
8. De acordo com a imagem abaixo 
assinale V ou F nos parênteses e depois assinale a 
letra correta: 
 
( ) A situação do texto é um pedido de ajuda que 
não foi compreendido. 
( ) O emissor não entende a mensagem do 
receptor. 
( ) O código usado nesta comunicação é a língua 
portuguesa. 
( ) A palavra “hora” causou a confusão no 
diálogo. 
( ) Os sinais feitos com o dedo pelo homem que 
está atrás do carro não transmitem sentido nesta 
imagem. 
( ) Os sinais feitos com o dedo pelo homem que 
está atrás do carro são exemplos de linguagem não-
verbal. 
A sequência correta é: 
a) VFVVFV b) VFVVFF c) FFVVFV 
 d) VFFVFV 
9. Observe os elementos da comunicação: 
 
I) Emissor: Revista Veja II) Receptor: os leitores da 
publicação. III) Canal: língua portuguesa IV) 
Código: mídia impressa V) Contexto ou referente: 
principal – bullying nas escolas VI) Mensagem: 
Abaixo a tirania dos valentões (principal). 
Está(ao) incorretos: 
a) I, III b) III, IV c) IV, VI d) V e VI 
 
10. 
 
O humor da imagem acima está em 
a) subverter a lógica convencional ao unir objetos 
de universos culturais diferentes.b) transformar a 
expressão idiomática (utilizada por homens) “tirar 
água do joelho”, que significa urinar, no seu 
equivalente fotográfico, tomada a expressão em seu 
sentido literal.c) instaurar uma divergência entre 
sentido figurado e representação iconográfica.d) 
apresentar uma desproporção entre o universo 
civilizado e o selvagem.e) utilizar o eufemismo, ou 
seja, a suavização de expressões chocantes ou 
grosseiras. 
11. Observe a tirinha abaixo e assinale a letra que 
contenha as afirmativas verdadeiras: 
LTT 
 
10 
 
I- A comunicação é iniciada pela personagem 
feminina através do código da língua portuguesa 
falada. 
II- Pode-se inferir que o personagem masculino, no 
segundo quadrinho, ignora a interação iniciada pela 
companheira, portanto não há comunicação entre 
eles. 
III- A intenção desta tirinha é fazer uma 
intertextualidade com a atual situaçãopolítica do 
nosso Brasil. 
Está (ão) correta (s): 
a) I apenasb) II apenasc) III apenasd) I e IIIe) II e 
III 
12. Da imagem abaixo se pode compreender que: 
 
a) O anúncio tem por objetivo 
conscientizar/persuadir o leitor a aderir a um 
projeto de proteger a natureza.b) O anuncio foi 
criado para explorar o sentido único da expressão 
“filho da mãe”.c) O objetivo principal deste texto é 
passar uma informação.d) A expressão “filho da 
mãe” causa estranheza ao leitor e foi usada no 
sentido pejorativo.e) O canal para veicular está 
mensagem é a revista Época e a função da 
linguagem predominante é a referencial. 
13 Leia um diálogo típico das redes sociais e 
assinale a única alternativa correta: 
 
k@ty@: – Kd vc? To c sds de vc! 
Artur: – To em kza, hj tah fmz aki. 
k@ty@: – Pq vc naum resp m msg? 
Artur: – Rlx, to d boa. Jah t lg. 
a) Essa passagem não se concretiza como texto, pois, 
as regras gramaticais de ortografia, acentuação, 
utilização da letra maiúscula etc, são totalmente 
deixadas de lado pelo autor do scrap. 
b) Em um ponto de vista gramatical a passagem não 
corresponde a um texto porque ela não expressa 
claramente a informação que o autor (dele) quis 
passar. 
c) Não corresponde a um texto por não apresentar 
coesão e coerência, além disso o texto não pode ser 
compreendido por causa das falhas gramaticais. 
d)Trata-se de um texto verbal coerente, que se 
manifesta através abreviações e símbolos, os quais, 
na escrita, provocam estranheza, mas, lidos no seu 
lugar de origem, cumprem sua função comunicativa. 
e) Trata-se de um texto verbal que evidencia a 
linguagem digital, e é considerado errado, pois o 
local em que foi empregada essa linguagem, o 
Whatsapp, não é suporte para esses desvios ao 
português padrão. 
14. Leia o texto abaixo e assinale a única 
alternativa CORRETA: 
Ao sair do boteco, todo embriagado, consegue chegar 
em casa com muito custo. Abre a porta e vai correndo 
para o banheiro. Assustado, corre para o quarto e 
acorda a mulher: – Ô muié….Essa casa tá mal 
assombrada! Eu abri a porta do banheiro e a luz 
acendeu sozinha. Depois, fechei a porta e a luz 
apagou sozinha…. A mulher, pê da vida, grita:- Filho 
da mãe!!! Você mijou na geladeira de novo!!!! 
a) O humor do texto está na fala da mulher. 
b) O canal neste texto é a porta da geladeira. 
c) O código deste texto é a língua portuguesa ( no 
nível coloquial). 
d) A função da linguagem predominante é a 
referencial, tendo em vista o diálogo dos dois. 
e) O emissor da mensagem é a mulher do bêbado.
 
Texto: Você é prolixo ou lacônico? 
Poderia perfeitamente usar as expressões “fala demais” ou “fala de menos”, ao invés de prolixo ou lacônico. 
Mas quis usar palavras menos corriqueiras para instigá-lo a prestar mais atenção nas possibilidades. Ou melhor, 
quis que você se questionasse sobre como tem sido a sua comunicação, principalmente no seu relacionamento. 
Quem não fala, não ocupa seu lugar na relação e não dá ao outro a chance de conhecê-lo. E quem fala 
demais, corre o risco de ser chato e cansativo. De uma forma ou de outra, o que acontece, na maioria das vezes, 
LTT 
 
11 
é que o parceiro perde o interesse em estabelecer o diálogo, porque sabe que ou o outro não vai se expor, não 
vai falar o que pensa e quer ou vai falar demais, ser repetitivo, detalhista, redundante e confuso. 
E você poderia pensar: “mas o outro deveria gostar de mim do jeito que eu sou”. É verdade, você tem razão. 
Entretanto, se o intuito é evoluir e facilitar o exercício do amor, por que não nos esforçarmos para melhorar e 
tornar mais interessante a nossa relação? 
Tenho notado que as relações mais duradouras, que já ultrapassaram a fase da paixão, da idealização e 
ganharam em responsabilidades, rotina e compromissos familiares, perdem facilmente a capacidade de 
entendimento através do diálogo, da comunicação. 
Os casais reclamam um do outro, alegando falta de compreensão, decepção em relação às atitudes dele, 
enfim, comportamentos que mais revelam uma completa falta de verbalização adequada do que um problema 
realmente sério e difícil de ser solucionado. 
Mas não estou me referindo ao simples ato de engolir as palavras do outro como flechas ou abrir a boca e 
disparar acusações indiscriminadamente. Estou me referindo, antes, ao desejo de entender o outro, a intenção 
comprometida e respeitosa de ouvi-lo, de tentar absorver os sentimentos impressos em suas palavras, da 
compaixão de conseguir se colocar no lugar dele e interpretar carinhosamente (ou ao menos amigavelmente) o 
que ele está dizendo. 
Por outro lado, também me refiro à decisão madura e pacífica de falar considerando o outro. Porque o que 
vejo são casais carregando suas frases de críticas, acusações, defesas e justificativas contaminadas, enfim, uma 
comunicação completamente distorcida e pesada, que agride até quem está de fora, ouvindo por acaso, sem 
fazer parte da situação. 
Claro que os dois sempre acreditam que têm razão, que são os incompreendidos. No entanto, alguém tem 
que parar esta roda envenenada e destruidora de amores para reverter a situação e estabelecer uma nova 
dinâmica, um novo jeito de dialogar adequadamente. 
É fácil? Claro que não, ainda mais quando os dois já estão cansados do “fala demais” ou “fala de menos” de 
cada um. O que fala demais tem a constante sensação de não estar sendo ouvido, e o que fala de menos tem a 
constante impressão de não agüentar mais ouvir e sente-se cada vez menos motivado a falar por não encontrar 
espaço ou não acreditar na possibilidade de obter resultados através das intermináveis e cansativas conversas. 
Observe se a palavra ou a ressonância interna mais aplicada na sua comunicação com seu parceiro é o 
“não”, a negação, o negativo. Tem casais que nem escutam o que o outro quer dizer, a opinião ou explicação de 
algo. Simplesmente iniciam suas réplicas com um imperativo “não”, invalidando qualquer tentativa do outro de 
se justificar ou se colocar na situação. 
Sugiro que você comece, que você dê o primeiro passo neste novo jeito de funcionar. Antes de qualquer 
coisa, reconheça-se: você é prolixo (fala demais) ou lacônico (fala de menos)? A partir de então, perdoe o outro 
por ser “isso” ou “aquilo”. Perdoe, inclusive, a si mesmo e seja humilde a ponto de se colocar no lugar de 
aprendiz. 
Obviamente, o ideal é que haja equilíbrio. Não é porque você descobriu que falava demais que vai agora 
parar de falar. Ou então, não é porque falava de menos que vai desembestar a falar sem parar. O ritmo mais 
adequado é aquele em que os dois conseguem falar, um de cada vez e, principalmente, que enquanto um fale, 
o outro interessadamente escute, respeite e considere a verdade e o sentimento confidenciados em cada 
palavra. Depois, absorvidos de si mesmos e do outro, que possam realmente se comprometer com a mudança, 
com o desejo de conquistarem-se e agradarem-se, importando-se com a felicidade mútua e o amor 
verdadeiramente compartilhado... 
Rosana Braga é jornalista, escritora, coordenadora de projetos editoriais e consultora em comportamento humano. Este seu artigo 
foi publicado em www.somostodosum.com.br 
 
REFLITA: E você? Considera-se uma pessoa prolixa ou lacônica? Justifique. 
 
 
Aula 2 - CÓDIGOS VERBAIS E NÃO-VERBAIS 
http://www.somostodosum.com.br/
LTT 
 
12 
 Há uma multiplicidade de códigos, passíveis de serem utilizados pelos seres humanos nos atos 
de comunicação. Cada um de nós utiliza vários desses códigos, por vezes em simultâneo. 
Tradicionalmente distingue-se entre códigos verbais (também chamados linguagens verbais) e códigos 
não verbais (ou linguagens não verbais). Por vezes, códigos dos dois tipos são utilizados em simultâneo. 
É evidente que o critério de distinção utilizado é o caráter verbal ou não verbal de um código, e isso 
porque, consensualmente, consideramos os códigos verbais (as línguas naturais) como os mais 
importantes. 
Linguagem — Capacidade que osseres humanos têm de transmitirem uns aos outros, 
informações, utilizando signos; naturalmente está implícita na noção de linguagem, não apenas a 
utilização de signos pré-existentes, mas também a capacidade de criar novos signos, o que de fato 
acontece, sem que disso nos apercebamos claramente. 
Língua — É um sistema particular de signos e regras (código), historicamente determinado, 
através do qual se exerce a capacidade da linguagem. 
Fala — Designa a utilização individual e concreta de um sistema. 
A linguagem é uma capacidade inerente a todos os seres humanos, que os distingue dos demais 
seres vivos. Mas essa capacidade só pode ser exercida pelo recurso a uma língua (um código). Para que 
um ser humano (uma criança, por exemplo) possa comunicar é necessário que aprenda (ou crie) um 
código (lingüístico ou não). O exercício da faculdade da linguagem exige a presença de uma língua. 
A língua é de natureza social, supra-individual, na medida em que é um conjunto de signos e 
regras reconhecido pelos membros de uma dada comunidade, enquanto a fala é sempre individual, visto 
que designa a utilização que um dado indivíduo, num dado momento, faz da língua. 
O discurso* é o produto do ato de fala. De fato, a fala é uma ação, um processo, que se esgota 
no próprio momento em que se conclui, mas que deixa um produto que perdura, ao menos virtualmente, 
para além do ato. O ato de falar perante uma dada assembléia esgota-se no próprio momento em que 
termina, mas o produto desse ato (o Sermão de Santo António aos peixes, do P. António Vieira, por 
exemplo) pode ser registrado num suporte durável e conservado para a posteridade. 
* Discurso é a prática social de produção de textos. Isto significa que todo discurso é uma construção 
social, não individual, e que só pode ser analisado considerando seu contexto histórico-social, suas 
condições de produção; significa ainda que o discurso reflete uma visão de mundo determinada, 
necessariamente, vinculada à do(s) seu(s) autor(es) e à sociedade em que vive(m). 
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO 
- Codificar: transformar, num código conhecido, a intenção da comunicação ou elaborar um sistema de 
signos; Fazer uma leitura ao pé da letra, ou seja, ler através de códigos e identificar os códigos 
linguísticos. 
- Descodificar: decifrar a mensagem, operação que depende do repertório (conjunto estruturado de 
informação) de cada pessoa; Identificação e interpretação dos sinais linguísticos por um receptor. 
- Feedback: corresponde à informação que o emissor consegue obter e pela qual sabe se a sua mensagem 
foi captada pelo receptor 
Texto Escrito: É um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo 
significativo capaz de produzir a INTERAÇÃO COMUNICATIVA (conversa com o texto). 
CONTEXTO Um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma certa informação 
que a faz ligar-se com a anterior ou com a posterior criando condições para a estruturação do conteúdo 
a ser transmitido. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade
LTT 
 
13 
Nota-se que o relacionamento entre as frases é tão grande, que, se uma frase retirada de seu contexto 
original e analisada separadamente, poderá ter um significado diferente daquele inicial. 
O CONTEXTO é FUNDAMENTAL. DESCONTEXTUALIZAR uma frase é perigoso, pois pode 
acarretar entendimento indevido, e até mesmo, ter conseqüências mais graves como calúnias, etc... 
O melhor é sempre contextualizar, ler no contexto. 
INTERTEXTO 
Comumente os texto apresentam referências diretas ou indiretas outros autores através de citações. Esse 
tipo de recurso denomina-se INTERTEXTO. 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
 O primeiro objetivo de uma interpretação de texto é a identificação de sua ideia principal. A partir daí, 
localiza-se as ideias secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou explicações, que levam ao 
esclarecimento das questões apresentadas na prova. 
Paráfrase-esquema: 
 Depois de encontrar as ideias ou palavras básicas de um texto, esse tipo de paráfrase apresenta o 
esqueleto do texto em tópicos ou em pequenas frases. Você pode usar setinhas, canetas coloridas para 
diferenciar as palavras do seu esquema. 
• 1) Emprego de sinônimos. 
Ex.: Embora voltasse cedo, deixava os pais preocupados. 
 Conquanto retornasse cedo, deixava os genitores preocupados. 
• 2) Emprego de antônimos, com apoio de uma palavra negativa. 
Ex.: Ele era fraco. 
Ele não era forte. 
• 3) Troca de termo verbal por nominal, e vice-versa. 
Ex.: É necessário que todos colaborem. 
É necessária a colaboração de todos. 
Quero o respeito do grupo. 
Quero que o grupo me respeite. 
• 4) Omissão de termos facilmente subentendidos. 
Ex.: Nós desejávamos uma missão mais delicada, mais importante. 
Desejávamos missão mais delicada e importante. 
• 5) Mudança de ordem dos termos no período. 
Ex.: Lendo o jornal, cheguei à conclusão de que tudo aquilo seria esquecido após três ou quatro meses 
de investigação. 
Cheguei à conclusão, lendo o jornal, de que tudo aquilo, após três ou quatro meses de pesquisa, seria 
esquecido. 
• 6) Mudança de voz verbal 
Ex.: A mulher plantou uma roseira em seu jardim. (voz ativa) 
Uma roseira foi plantada pela mulher em seu jardim. (voz passiva analítica) 
Obs.: Se o sujeito for indeterminado (verbo na 3ª pessoa do plural sem o sujeito expresso na frase), 
haverá duas mudanças possíveis. 
Ex.: Plantaram uma roseira. (voz ativa) 
Uma roseira foi plantada. (voz passiva analítica)4 
Plantou-se uma roseira. (voz passiva sintética) 
• 7) Troca de discurso 
Ex.: Naquela tarde, Pedro dirigiu-se ao pai dizendo: - Cortarei a grama sozinho. (discurso direto) 
Naquela tarde, Pedro dirigiu-se ao pai dizendo que cortaria a grama sozinho. (discurso indireto) 
• 8) Troca de locuções por palavras e vice-versa: 
Ex.: O homem da cidade não conhece a linguagem do céu. 
O homem urbano não conhece a linguagem celeste. 
 
Vamos praticar? 
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14 
PARQUES EM CHAMAS 
Saudados por ecologistas como arcas de Noé para o futuro, por serem repositórios de espécies animais 
e vegetais em extinção acelerada noutras áreas do país, alguns dos 25 parques nacionais do Brasil 
tiveram, na semana passada, a sua paisagem mutilada pelo fogo. A rigorosa estiagem que acompanha o 
inverno no Centro-Sul ressecou a vegetação e abriu caminho para que as chamas tragassem 6 dos 33 
quilômetros quadrados do Parque Nacional da Tijuca, pegado à cidade do Rio de Janeiro, e convertessem 
em carvão 10% dos 300 quilômetros quadrados do Parque Nacional do Itatiaia, na divisa de Minas Gerais 
com o Estado Do Rio de Janeiro. Contido pelos bombeiros já no fim de semana, na Tijuca, e abafado 
por uma providencial chuva no Itatiaia, na quarta-feira, o fogo pipocou em outro extremo do país. 
Naquele dia , o incêndio começou no Parque da Serra da Capivara, no sertão do Piauí, calcinado há seis 
anos pela seca, e avançou pela caatinga, que esconde as pinturas rupestres inscritas na rocha, há pelo 
menos 31.500 anos, pelo homem brasileiro pré-histórico. 
 1) O autor justifica o fato de os ecologistas referirem-se aos parques nacionais como “arcas de Noé para 
o futuro” da seguinte maneira: 
a) Porque são áreas preservadas da caça e pesca indiscriminadas; 
b) Porque ocupam espaços administrativamente delimitados pelo o Instituto Brasileiro de 
Desenvolvimento Florestal; 
c) Porque espécies animais e vegetais que estão se extinguindo em outras regiões têm preservada sua 
sobrevivência nesses parques; 
d) Porque há agentes florestais incumbidos de zelar pelos animais e vegetais dos parques; 
 e) Porque nesses parques colecionam-se casais de espécies animais e vegetais em extinção noutras áreas. 
2. A respeito dos incêndios referidos pelo autor, depreende-se do texto que: 
a) Embora tivessem ameaçado espécies animais e vegetais raras, apresentaram um ladopositivo: 
aumentaram a produção de carvão; 
b) Foram provocados pela rigorosa estiagem do inverno, no Centro-Sul, e pela seca prolongada no sertão 
nordestino; 
c) Não foram debelados por providenciais chuvas que eventualmente vieram a cair sobre os parques; 
d) Não foram combatidos com presteza e eficiência pelos bombeiros; e) Destruíram parte da flora e fauna 
das reservas, desfigurando sua paisagem. 
 
3. Depreende-se que o autor do texto, em relação ao fato descrito, manifesta: 
a) Descaso; 
b) Hesitação; 
c) Desesperança; 
d) Pesar; 
e) Indiferença; 
 
Idosos e crianças trocam afetos em espaço que junta asilo e pré-escola 
 As pequenas mãozinhas brincam com as mãos marcadas pelo tempo e de movimentos lentos em 
Seattle, nos Estados Unidos. 
As brincadeiras e as atividades poderiam confundir o visitante desavisado. Trata-se de uma casa de 
repouso para idosos ou uma pré-escola? O Intergenerational Learning Center juntou as duas coisas. O 
espaço tem a estrutura física que as duas instituições precisam, mas com a troca de afeto entre gerações 
que outras escolas e lares para idosos não têm. No local, a energia das crianças completa a experiência 
de vida dos mais velhos. Ao longo de meses filmando, observei muitas trocas incríveis entre idosos e 
crianças”, diz Evan Briggs, que gravou um filme sobre a experiência entre as duas gerações no ILC. O 
local abriga crianças de até cinco anos que realizam atividades cotidianamente com os mais de 400 
idosos atendidos no espaço. De um lado, as crianças aprendem a se relacionar com diferentes gerações, 
a respeitar os mais velhos e a conviver com pessoas com limitações físicas. Já os idosos recebem carinho 
e são estimulados intelectual e fisicamente pelos exercícios com os alunos. 26 de junho 2015 – jornal de 
boas notícias 
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15 
Questão 1 O trecho “ao longo de meses filmando, observei muitas trocas incríveis entre idosos e 
crianças” é um exemplo de: 
 (A) Discurso indireto e reproduz o pensamento dos idosos. 
 (B) Discurso direto e representa a fala de Evan Briggs. 
 (C) discurso direto e marca a fala do visitante desavisado. 
 (D) discurso indireto e reflete a convivência entre as crianças. 
 
Questão 2 No trecho “[...] que realizam atividades cotidianamente com mais de 400 idosos atendidos 
no espaço.”, a palavra grifada se refere a: 
 (A) idosos. 
 (B) gerações. 
 (C) crianças. 
 (D) pessoas. 
 
Questão 3 No trecho “[...] os mais de 400 idosos atendidos no espaço.”, a expressão grifada faz 
referência: 
 (A) aos Estados Unidos da América (EUA). 
 (B) às casas que acolhem crianças de pré-escola. 
 (C) ao “Intergenerational Learnig Center “ (ILC). 
 (D) às casas de repouso que atendem idosos . 
 
LINGUAGEM VERBAL: as dificuldades de comunicação ocorrem quando as palavras têm graus 
distintos de abstração e variedade de sentido. O significado das palavras não está nelas mesmas, mas nas 
pessoas (no repertório de cada um e que lhe permite decifrar e interpretar as palavras); 
LINGUAGEM NÃO-VERBAL: as pessoas não se comunicam apenas por palavras. Os movimentos 
faciais e corporais, os gestos, os olhares, a entoação são também importantes: são os elementos não 
verbais da comunicação. 
Os significados de determinados gestos e comportamentos variam muito de uma cultura para outra e de 
época para época. 
A comunicação verbal é plenamente voluntária; o comportamento não-verbal pode ser uma reação 
involuntária ou um ato comunicativo propositado. 
Alguns psicólogos afirmam que os sinais não-verbais têm as funções específicas de regular e encadear 
as interações sociais e de expressar emoções e atitudes interpessoais. 
a) expressão facial: não é fácil avaliar as emoções de alguém apenas a partir da sua expressão 
fisionômica. Por vezes os rostos transmitem espontaneamente os sentimentos, mas muitas pessoas 
tentam inibir a expressão emocional. 
b) movimento dos olhos: desempenha um papel muito importante na comunicação. Um olhar fixo pode 
ser entendido como prova de interesse, mas noutro contesto pode significar ameaça provocação. 
Desviar os olhos quando o emissor fala é uma atitude que tanto pode transmitir a idéia de submissão 
como a de desinteresse. 
c) movimentos da cabeça: tendem a reforçar e sincronizar a emissão de mensagens. 
d) postura e movimentos do corpo: os movimentos corporais podem fornecer pistas mais seguras do 
que a expressão facial para se detectar determinados estados emocionais. Por ex.: inferiores hierárquicos 
adotam posturas atenciosas e mais rígidas do que os seus superiores, que tendem a mostrar-se 
descontraídos. 
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e) comportamentos não-verbais da voz: a entoação (qualidade, velocidade e ritmo da voz) revela-se 
importante no processo de comunicação. Uma voz calma geralmente transmite mensagens mais claras 
do que uma voz agitada. 
f) a aparência: a aparência de uma pessoa reflete normalmente o tipo de imagem que ela gostaria de 
passar. Através do vestuário, penteado, maquiagem, apetrechos pessoais, postura, gestos, modo de falar, 
etc., as pessoas criam uma projeção de como são e de como gostariam de ser tratadas. As relações 
interpessoais serão menos tensas se a pessoa fornecer aos outros a sua projeção particular e se os outros 
os respeitarem essa projeção. 
Conclusão: na interação pessoal, tanto os elementos verbais como os não-verbais são importantes para 
que o processo de comunicação seja eficiente. 
 Alguns falantes, por não ouvirem direito, ou por não possuírem determinadas informações 
culturais, alteram algumas expressões, provocando efeito de sentido muito engraçados: 
 
● Casa germinada Casa gêmea, portanto, casa geminada 
● O diabo aquático Diabo a quatro 
● Nervos da cor da pele Nervos à flor da pele 
● Isso não é da minha calçada .......................................................... 
● No meu modo de vista .......................................................... 
● Conheço como a palma da minha mãe .......................................................... 
● Ponho minha mãe no fogo .......................................................... 
● Ele é muito presuntoso .......................................................... 
● Bife de sete cabeças .......................................................... 
● Sistema de esquecimento central .......................................................... 
● Garagem mediterrânea .......................................................... 
● Armário enrustido .......................................................... 
● Terreno baldinho .......................................................... 
● Faca de dois legumes .......................................................... 
● Luta por moradinha .......................................................... 
● Adoçar o cheque .......................................................... 
● Assustar o cheque .......................................................... 
● Depois da tempestade vem a ambulância .......................................................... 
● Perdeu a lição do tempo .......................................................... 
● Distrair o dente do cisne .......................................................... 
● Sou meigo no assunto .......................................................... 
● Matar dois coelhos com uma caixa d´água só .......................................................... 
● Tito deleitor .......................................................... 
 
Outros, por costume de não se preocupar com a pronúncia correta, acrescentam letras às palavras 
ou as tiram e outras alteram letras dependendo da dificuldade que encontram em pronunciar 
corretamente. 
 
Adevogado Advogado poblema/pobrema problema 
Pissicólogo Psicólogo cascar descascar 
Indentidade Identidade rezistro registro 
Intaliano Italiano cabeleleirocabelereiro 
Capitar Captar tito título 
Gaufo garfo baudo balde 
Aspéquito aspecto corrúpito corrupto 
Tequinólogo tecnólogo caraquiterizado aracterizado 
 
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Aula 3: Denotação/ Conotação 
Denotação e Conotação 
Há dois níveis de significado: um, imediato, direto, chamado denotação; outro figurado, associativo, chamado 
conotação. 
Na denotação, o significado da palavra ou expressão é encontrado no dicionário. O sentido é literal ou real, ou 
seja, normal. 
Exemplo: O barco foi levado pela corrente. 
A conotação é o sentido figurado, associativo, dando margem à variadas interpretações. É a exploração do 
aspecto semântico (= significado) da palavra, que ganha um novo sentido em um determinado contexto. A 
palavra é empregada em sentido figurado, simbólico, diferente do original. 
Exemplo: A gente vai contra a corrente/ até não poder resistir / na volta do barco é que sente/ o quanto deixou de 
cumprir. (Chico Buarque) 
A linguagem humana difere da comunicação animal por envolver um trabalho mental, pois, ao contrário do 
animal, retém o significado de uma palavra. E mais: o homem tem imaginação criadora e a usa freqüentemente. 
Dessa forma, a linguagem, uma mesma palavra pode ter seu significado ampliado, remetendo-nos a novos 
conceitos por meio de associações, dependendo de sua colocação numa determinada frase.Por exemplo, compare 
os dois casos que seguem: 
a) Ele está com a cara manchada. 
b) “Deus me fez um cara fraco, desdentado e feio” (Chico Buarque de Hollanda) 
No primeiro exemplo, a palavra cara significa parte anterior da cabeça, conforme consta nos dicionários. Já no 
segundo exemplo, a mesma palavra cara teve seu significado ampliado e, por uma série de associações, 
entendemos que no caso acima significa indivíduo, sujeito, pessoa. Às vezes, uma mesma frase pode apresentar 
duas (ou mais) possibilidades de interpretação. 
Ex: João quebrou a cara. 
Em seu sentido literal, frio, impessoal , entendemos que João, por um acidente qualquer, fraturou o rosto. 
Entretanto, podemos entender a mesma frase num sentido figurado, como: João se saiu mal, isto é, tentou realizar 
alguma coisa e não conseguiu. 
Logo, uma mesma palavra pode apresentar variações em seu significado: na primeira, ela apresenta seu sentido 
original, impessoal, independente do contexto, nesse caso, prevalece o sentido denotativo- ou denotação do signo 
lingüístico; Na segunda, a palavra aparece com seu significado alterado, passível de interpretações diferentes, 
dependendo do contexto em que é empregada; nesse caso, prevalece o sentido conotativo ou conotação do signo 
lingüístico. 
A linguagem poética explora o sentido conotativo das palavras, num contínuo trabalho de alterar o significado, já 
cristalizado, dessas mesmas palavras, transforma-se em leitor- ativo do texto, em tradutor, em co- autor. 
Mais exemplos: 
Denotação: 
Construir na rocha: fazer uma casa ou um prédio em cima de uma grande pedra. 
Conotação: 
Construir na rocha: construir um relacionamento seguro, duradouro. 
Outros exemplos: 
O cão está latindo muito.( animal: denotação) 
Aquela mulher leva uma vida de cão.( vida difícil: conotação) 
Meu amigo é cobra em análise sintática.( muito inteligente: conotação) 
Minha sogra é uma cobra.( mulher ruim: conotação) 
Minha sogra foi picada por uma cobra.( animal, serpente: denotação 
Atividades 
1) Vai levando (Chico Buarque e Caetano Veloso) 
 
Mesmo com toda a fama 
Com toda a Brahma 
Com toda a cama 
Com toda a cama 
A gente vai levando 
Mesmo com o nada feito 
Com a sala escura 
Com um nó no peito 
Com a cara dura 
Não tem mais jeito 
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A gente vai levando 
A gente vai levando 
A gente vai levando essa chama 
Mesmo com todo o emblema 
Todo o problema Todo o sistema 
Toda Ipanema 
A gente vai levando 
A gente vai levando 
A gente vai levando 
A gente vai levando essa gema 
 
A gente não tem cura 
Mesmo com todavia 
Com todo dia 
Com todo ia 
Todo não ia 
A gente vai levando 
A gente vai levando 
A gente vai levando 
A gente vai levando essa guia 
a) Na letra da música acima, prevalece a denotação ou a conotação? Justifique. 
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b) Destaque quatro palavras do texto usadas em sentido conotativo e comente-as. 
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c) Escreva uma frase com cada uma das quatro palavras selecionadas na resposta anterior de maneira a 
prevalecer seu sentido denotativo. 
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2) Leia atentamente os textos abaixo e indique A quando prevalecer a denotação e B quando prevalecer a 
conotação: 
a) ( ) “O ano de 1948, em Pernambuco, foi marcado por um processo revolucionário, liderado por um 
Partido Liberal radical.” 
b) ( ) “Nem mesmo o Recife que aprendi a amar depois- 
Recife das revoluções libertárias 
Mas o Recife sem história nem literatura 
Recife sem mais nada 
Recife da minha infância” 
c) ( ) “ depois de analisar os prontuários de 964 pessoas operadas np Hospital das Clínicas da 
Universidade Federal de Pernambuco, no Recife, o médico Cláudio Moura Lacerda de Melo, 31 anos, 
concluiu que seus colegas exageraram na requisição de exames radiológicos e de laboratório, ao mesmo 
tempo em que dão pouca atenção ao exame direto do paciente e a uma conversa com ele sobre o seu 
histórico de saúde”. 
d) ( ) “Em todo triângulo, o quadrado de qualquer lado é igual a soma dos quadrados dos outros dois, 
menos o duplo produto destes dois lados pelo co- seno do ângulo que eles formam. 
Exercícios
1. Assinale o segmento em que NÃO foram 
usadas palavras em sentido figurado: 
 
a) Lendo o futuro no passado dos políticos (...) 
b) As fontes é que iam beber em seus ouvidos. 
c) Eram 75 linhas que jorravam na máquina de 
escrever com regularidade mecânica. 
d) Antes do meio-dia, a coluna estava pronta. 
e) (...) capaz de cortar com a elegância de um 
golpe de florete. 
 
2. Assinale a alternativa cujo termo grifado 
NÃO é linguagem conotativa: 
 
a) “... mas um defunto autor, para quem a campa 
foi outro berço ” 
b) “Acresce que chovia - peneirava - uma 
chuvinha miúda, triste” 
c) “A natureza parece estar chorando a perda 
irreparável ...” 
d) “... no discurso que proferiu à beira da 
minha cova.” 
 
3. O item em que o termo sublinhado está 
empregado no sentido denotativo é: 
 
a) “Além dos ganhos econômicos, a nova 
realidade rendeu frutos políticos.” 
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b) “...com percentuais capazes de 
causar inveja ao presidente.” 
c) “Os genéricos estão abrindo as portas do 
mercado...” 
d) “...a indústria disparou gordos 
investimentos.” 
e) “Colheu uma revelação surpreendente:...” 
 
4. Marque a alternativa cuja frase apresenta 
palavra(s) empregada(s) em sentido figurado: 
 
a) O homem procura novos caminhos na 
tentativa de fixar suas raízes. 
b) “Mas lá, no ano dois mil, tudo pode acontecer. 
Hoje, não.” 
c) “... os planejadores fizeram dele a meta e o 
ponto de partida.” 
d) “Pode estabelecer regras que conduzam a um 
viver tranquilo ...” 
e) “Evidentemente, (...) as transformações serão 
mais rápidas.” 
 
5. Assinale a alternativa em que NÃO há palavra 
empregada emsentido 
figurado: 
 
a) “O estrangeiro ainda tropeça com muita 
frequência na incompreensão das sociedades por 
onde passa.” 
b) “Quando a luz estender a roupa nos telhados, 
seremos, na manhã, duas máscaras 
calmas.”(Mário Quintana) 
c) “Vejo que o amor que te dedico aumenta 
seguindo a trilha de meu próprio espanto.” 
d) Não, eu te peço, não te ausentes / Porque a dor 
que agora sentes / Só se esquece no perdão.” 
e) “Sinto que o tempo sobre mim abate sua mão 
pesada.” (Carlos Drummond de Andrade) 
Famosos erros da nossa língua 
 
Erros gramaticais e ortográficos devem, por princípio, ser evitados. Alguns, no entanto, como ocorrem com maior 
frequência, merecem atenção redobrada. Veja os erros mais comuns do português e use esta relação como um 
roteiro para fugir deles. 
1 - "Mal cheiro", "mau-humorado". Mal se opõe a bem e mau, a bom. Assim: mau cheiro (bom cheiro), mal-
humorado (bem-humorado). Igualmente: mau humor, mal-intencionado, mau jeito, mal-estar. 
2 - "Fazem" cinco anos. Fazer, quando exprime tempo, é impessoal: Faz cinco anos. / Fazia dois séculos. / Fez 15 
dias. 
3 - "Houveram" muitos acidentes. Haver, como existir, também é invariável: Houve muitos acidentes. / Havia 
muitas pessoas. / Deve haver muitos casos iguais. 
4 - "Existe" muitas esperanças. Existir, bastar, faltar, restar e sobrar admitem normalmente o plural: Existem 
muitas esperanças. / Bastariam dois dias. / Faltavam poucas peças. / Restaram alguns objetos. / Sobravam idéias. 
5 - Para "mim" fazer. Mim não faz, porque não pode ser sujeito. Assim: Para eu fazer, para eu dizer, para eu trazer. 
6 - Entre "eu" e você. Depois de preposição, usa-se mim ou ti: Entre mim e você. / Entre eles e ti. 
7 - "Há" dez anos "atrás". Há e atrás indicam passado na frase. Use apenas há dez anos ou dez anos atrás. 
8 - "Entrar dentro". O certo: entrar em. Veja outras redundâncias: Sair fora ou para fora, elo de ligação, monopólio 
exclusivo, já não há mais, ganhar grátis, viúva do falecido. 
9 - "Venda à prazo". Não existe crase antes de palavra masculina, a menos que esteja subentendida a palavra 
moda: Salto à (moda de) Luís XV. Nos demais casos: A salvo, a bordo, a pé, a esmo, a cavalo, a caráter. 
10 - O resultado do jogo, não o abateu. Não se separa com vírgula o sujeito do predicado. Assim: O resultado do 
jogo não o abateu. Outro erro: O prefeito prometeu, novas denúncias. Não existe o sinal entre o predicado e o 
complemento: O prefeito prometeu novas denúncias. 
11 - Não há regra sem "excessão". O certo é exceção. Veja outras grafias erradas e, entre parênteses, a forma 
correta: "paralizar" (paralisar), "beneficiente" (beneficente), "xuxu" (chuchu), "previlégio" (privilégio), 
"cincoenta" (cinquenta), "zuar" (zoar), "frustado" (frustrado), "calcáreo" (calcário), "advinhar" (adivinhar), 
"benvindo" (bem-vindo), "ascenção" (ascensão), "pixar" (pichar), "impecilho" (empecilho). 
12 - Quebrou "o" óculos. Concordância no plural: os óculos, meus óculos. Da mesma forma: Meus parabéns, 
meus pêsames, seus ciúmes, nossas férias, felizes núpcias. 
13 - Comprei "ele" para você. Eu, tu, ele, nós, vós e eles não podem ser objeto direto. Assim: Comprei-o para 
você. Também: Deixe-os sair, mandou-nos entrar, viu-a, mandou-me. 
14 - "Aluga-se" casas. O verbo concorda com o sujeito: Alugam-se casas. / Fazem-se consertos. / É assim que se 
evitam acidentes. / Compram-se terrenos. / Procuram-se empregados. 
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15 - Chegou "em" São Paulo. Verbos de movimento exigem a, e não em: Chegou a São Paulo. / Vai amanhã ao 
cinema. / Levou os filhos ao circo.. 
16 - Todos somos "cidadões". O plural de cidadão é cidadãos. Veja outros: caracteres (de caráter), juniores, 
seniores, escrivães, tabeliães, gângsteres. 
17 - O ingresso é "gratuíto". A pronúncia correta é gratúito, assim como circúito, intúito e fortúito (o acento não 
existe e só indica a letra tônica). Da mesma forma: flúido, condôr, recórde, aváro, ibéro, pólipo. 
18 - A última "seção" de cinema. Seção significa divisão, repartição, e sessão equivale a tempo de uma reunião, 
função: Seção Eleitoral, Seção de Esportes, seção de brinquedos; sessão de cinema, sessão de pancadas, sessão 
do Congresso. 
19 - Vendeu "uma" grama de ouro. Grama, peso, é palavra masculina: um grama de ouro, vitamina C de dois 
gramas. Femininas, por exemplo, são a agravante, a atenuante, a alface, a cal, etc. 
20 - "Porisso". Duas palavras, por isso, como de repente e a partir de. 
21 - Não viu "qualquer" risco. É nenhum, e não "qualquer", que se emprega depois de negativas: Não viu nenhum 
risco. / Ninguém lhe fez nenhum reparo. / Nunca promoveu nenhuma confusão. 
22 - Soube que os homens "feriram-se". O que atrai o pronome: Soube que os homens se feriram. / A festa que se 
realizou... O mesmo ocorre com as negativas, as conjunções subordinativas e os advérbios: Não lhe diga nada. / 
Nenhum dos presentes se pronunciou. 
23 - O peixe tem muito "espinho". Peixe tem espinha. Veja outras confusões desse tipo: O "fuzil" (fusível) 
queimou. / Casa "germinada" (geminada), "ciclo" (círculo) vicioso, "cabeçário" (cabeçalho). 
24 - Não sabiam "aonde" ele estava. O certo: Não sabiam onde ele estava. Aonde se usa com verbos de movimento, 
apenas: Não sei aonde ele quer chegar. / Aonde vamos? 
25 - "Obrigado", disse a moça. Obrigado concorda com a pessoa: "Obrigada", disse a moça. / Obrigado pela 
atenção. / Muito obrigados por tudo. 
26 - O governo "interviu". Intervir conjuga-se como vir. Assim: O governo interveio. Da mesma forma: intervinha, 
intervim, interviemos, intervieram. Outros verbos derivados: entretinha, mantivesse, reteve, pressupusesse, 
predisse, conviesse, perfizera, entrevimos, condisser, etc. 
27 - Ela era "meia" louca. Meio, advérbio, não varia: meio louca, meio esperta, meio amiga. 
28 - A questão não tem nada "haver" com você. A questão, na verdade, não tem nada a ver ou nada que ver. Da 
mesma forma: Tem tudo a ver com você. 
29 - A corrida custa 5 "real". A moeda tem plural, e regular: A corrida custa 5 reais. 
30 - "Cerca de 18" pessoas o saudaram. Cerca de indica arredondamento e não pode aparecer com números exatos: 
Cerca de 20 pessoas o saudaram. 
31 - Tinha "chego" atrasado. "Chego" não existe. O certo: Tinha chegado atrasado. 
32 - Tons "pastéis" predominam. Nome de cor, quando expresso por substantivo, não varia: Tons pastel, blusas 
rosa, gravatas cinza, camisas creme. No caso de adjetivo, o plural é o normal: Ternos azuis, canetas pretas, fitas 
amarelas. 
33 - Estávamos "em" quatro à mesa. O em não existe: Estávamos quatro à mesa. / Éramos seis. / Ficamos cinco 
na sala. 
34 - Sentou "na" mesa para comer. Sentar-se (ou sentar) em é sentar-se em cima de. Veja o certo: Sentou-se à 
mesa para comer. / Sentou ao piano, à máquina, ao computador. 
35 - Ficou contente "por causa que" ninguém se feriu. Embora popular, a locução não existe. Use porque: Ficou 
contente porque ninguém se feriu. 
36 - Não queria que "receiassem" a sua companhia. O i não existe: Não queria que receassem a sua companhia. 
Da mesma forma: passeemos, enfearam, ceaste, receeis (só existe i quando o acento cai no e que precede a 
terminação ear: receiem, passeias, enfeiam). 
37 - Eles "tem" razão. No plural, têm é assim, com acento. Tem é a forma do singular. O mesmo ocorre com vem 
e vêm e põe e põem: Ele tem, eles têm; ele vem, eles vêm; ele põe, eles põem. 
38 - Andou por "todo" país. Todo o (ou a) é que significa inteiro: Andou por todo o país (pelo país inteiro). / Toda 
a tripulação (a tripulação inteira) foi demitida. Sem o, todo quer dizer cada, qualquer: Todo homem (cada homem) 
é mortal. / Toda nação (qualquer nação) tem inimigos. 
39 - Ela "mesmo" arrumou a sala. Mesmo, quanto equivale a próprio, é variável: Ela mesma (própria) arrumou a 
sala. / As vítimas mesmas recorreram à polícia. 
40 - Chamei-o e "o mesmo" não atendeu. Não se pode empregar o mesmo no lugar de pronome ou substantivo: 
Chamei-o e ele nãoatendeu. / Os funcionários públicos reuniram-se hoje: amanhã o país conhecerá a decisão dos 
servidores (e não "dos mesmos"). 
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41 - Vou sair "essa" noite. É este que designa o tempo no qual se está ou objeto próximo: Esta noite, esta semana 
(a semana em que se está), este dia, este jornal (o jornal que estou lendo), este século (o século 20). 
42 - A temperatura chegou a 0 "graus". Zero indica singular sempre: Zero grau, zero-quilômetro, zero hora. 
43 - Comeu frango "ao invés de" peixe. Em vez de indica substituição: Comeu frango em vez de peixe. Ao invés 
de significa apenas ao contrário: Ao invés de entrar, saiu. 
44 - Se eu "ver" você por aí... O certo é: Se eu vir, revir, previr. Da mesma forma: Se eu vier (de vir), convier; se 
eu tiver (de ter), mantiver; se ele puser (de pôr), impuser; se ele fizer (de fazer), desfizer; se nós dissermos (de 
dizer), predissermos. 
45 - Ele "intermedia" a negociação. Mediar e intermediar conjugam-se como odiar: Ele intermedeia (ou medeia) 
a negociação. Remediar, ansiar e incendiar também seguem essa norma: Remedeiam, que eles anseiem, incendeio. 
46 - Disse o que "quiz". Não existe z, mas apenas s, nas pessoas de querer e pôr: Quis, quisesse, quiseram, 
quiséssemos; pôs, pus, pusesse, puseram, puséssemos. 
47 - O homem "possue" muitos bens. O certo: O homem possui muitos bens. Verbos em uir só têm a terminação 
ui: Inclui, atribui, polui. Verbos em uar é que admitem ue: Continue, recue, atue, atenue. 
48 - A tese "onde"... Onde só pode ser usado para lugar: A casa onde ele mora. / Veja o jardim onde as crianças 
brincam. Nos demais casos, use em que: A tese em que ele defende essa ideia. / O livro em que... / A faixa em 
que ele canta... / Na entrevista em que... 
49 - A modelo "pousou" o dia todo. Modelo posa (de pose). Quem pousa é ave, avião, viajante, etc. Não confunda 
também iminente (prestes a acontecer) com eminente (ilustre). Nem tráfico (contrabando) com tráfego (trânsito). 
50 - Espero que "viagem" hoje. Viagem, com g, é o substantivo: Minha viagem. A forma verbal é viajem (de 
viajar): Espero que viajem hoje. Evite também "comprimentar" alguém: de cumprimento (saudação), só pode 
resultar cumprimentar. Comprimento é extensão. Igualmente: Comprido (extenso) e cumprido (concretizado). 
51 - "Haja visto" seu empenho... A expressão é haja vista e não varia: Haja vista seu empenho. / Haja vista seus 
esforços. / Haja vista suas críticas. 
52 - A moça "que ele gosta". Como se gosta de, o certo é: A moça de que ele gosta. Igualmente: O dinheiro de 
que dispõe, o filme a que assistiu (e não que assistiu), a prova de que participou, o amigo a que se referiu, etc. 
53 - É hora "dele" chegar. Não se deve fazer a contração da preposição com artigo ou pronome, nos casos seguidos 
de infinitivo: É hora de ele chegar. / Apesar de o amigo tê-lo convidado... / Depois de esses fatos terem ocorrido... 
54 - Já "é" 8 horas. Horas e as demais palavras que definem tempo variam: Já são 8 horas. / Já é (e não "são") 1 
hora, já é meio-dia, já é meia-noite. 
55 - A festa começa às 8 "hrs.". As abreviaturas do sistema métrico decimal não têm plural nem ponto. Assim: 8 
h, 2 km (e não "kms."), 5 m, 10 kg. 
56 - Ficou "sobre" a mira do assaltante. Sob é que significa debaixo de: Ficou sob a mira do assaltante. / Escondeu-
se sob a cama. Sobre equivale a em cima de ou a respeito de: Estava sobre o telhado. / Falou sobre a inflação. E 
lembre-se: O animal ou o piano têm cauda e o doce, calda. Da mesma forma, alguém traz alguma coisa e alguém 
vai para trás. 
57- "Ao meu ver". Não existe artigo nessas expressões: A meu ver, a seu ver, a nosso ver. 
58 – Eu não posso fazer exercícios que soo muito. Quem soa é sino, pessoa suam. Eu suo, você sua. O sino soa. 
Os sinos soam. 
59 – Eu tenho um sério poblema. Sei seu pobrema. Não existe nenhuma dessas formas. O certo é sempre Problema. 
60 - Quem diz "valo muito" não vale coisa nenhuma. Já quem diz "valho muito" pode até valer. Espero que, de 
fato, valha. 
61 - Posso pedir o mais absoluto silêncio? Não; porque aí há redundância. Em absoluto já existe a ideia de maior, 
o mais. Por isso, prefira pedir absoluto silêncio, que o silêncio se fará. Eis outras expressões redundantes: emulsão 
de óleo, novidade inédita, plebiscito popular, manter o mesmo time, problema individual de cada um. 
62 - É verdade que o alface está caro? Não sei, mas a alface está caríssima! Nunca vi uma alface tão cara quanto 
a brasileira. 
63 - Meu filho é de menor? Não. Seu filho é menor, ou seja, é menor de idade. O meu, todavia, é maior, maior 
de idade. Quem diz "de menor", "de maior", está equivocado. 
64 - Menas é bom? Menas é péssimo! Nossa língua só possui menos: menos complicações, menos gente, menos 
casas, menos despesas, etc. A palavra menas não existe. 
65 - Hoje, muita gente diz " a gente fomos", " a gente temos ". Na Idade da Pedra, poderia até ser. Hoje, não: a 
temo a gente pede verbo na terceira pessoa do singular, obrigatoriamente (a gente foi, a gente tem, a gente viu, a 
gente irá, etc.). Quem usa "a gente fomos, a gente temos, a gente vimos, a gente iremos", revela possuir pouca 
escolaridade. Convém dizer, por outro lado, que não há nenhuma impropriedade no uso de a gente em substituição 
a nós. 
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BARREIRAS À COMUNICAÇÃO EFICAZ 
 
1. Sobrecarga de Informações: quando temos mais informações do que somos capazes de ordenar e utilizar. 
2. Tipos de informações: as informações que se encaixarem com o nosso autoconceito tendem a ser recebidas e 
aceitas muito mais prontamente do que dados que venham a contradizer o que já sabemos. Em muitos casos 
negamos aquelas que contrariam nossas crenças e valores. 
3. Fonte de informações: como algumas pessoas contam com mais credibilidade do que outras (status), temos 
tendência a acreditar nessas pessoas e descontar de informações recebidas de outras. 
4. Localização física: a localização física e a proximidade entre transmissor e receptor também influenciam a 
eficácia da comunicação. Resultados de pesquisas têm sugerido que a probabilidade de duas pessoas se 
comunicarem decresce proporcionalmente ao quadrado da distância entre elas. 
5. Defensidade: uma das principais causas de muitas falhas de comunicação ocorre quando um ou mais dos 
participantes assume a defensiva. Indivíduos que se sintam ameaçados ou sob ataque tenderão a reagir de maneiras 
que diminuem a probabilidade de entendimento mútuo. 
 
COMO MELHORAR A COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 
 
A) HABILIDADES DE TRANSMISSÃO 
1. Usar linguagem apropriada e direta (evitando o uso de jargão e termos eruditos quando palavras simples forem 
suficientes). 
2. Fornecer informações tão claras e completas quanto for possível. 
3. Usar canais múltiplos para estimular vários sentidos do receptor (audição, visão etc.). 
4. Usar comunicação face a face sempre que for possível. 
B) HABILIDADES AUDITIVAS 
1. Escuta ativa. A chave para essa escuta ativa ou eficaz é a vontade e a capacidade de escutar a mensagem inteira 
(verbal, simbólica e não-verbal), e responder apropriadamente ao conteúdo e à intenção (sentimentos, emoções 
etc.) da mensagem. Como administrador, é importante criar situações que ajudem as pessoas a falarem o que 
realmente querem dizer. 
2. Empatia. A escuta ativa exige uma certa sensibilidade às pessoas com quem estamos tentando nos comunicar. 
Em sua essência, empatia significa colocar-se na posição ou situação da outra pessoa, num esforço para entendê-
la. 
3. Reflexão. Uma das formas de se aplicar a escuta ativa é reformular sempre a mensagem que tenha recebido. A 
chave é refletir sobre o que foi dito sem incluir um julgamento, apenas para testar o seu entendimento da 
mensagem. 
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4. Feedback. Como a comunicação eficaz é um processo de troca bidirecional, o uso de feedback é mais uma 
maneira de se reduzir falhas de comunicação e distorções. 
C) HABILIDADES DE FEEDBACK 
1. Assegurar-sede que quer ajudar (e não se mostrar superior). 
2. No caso de feedback negativo, vá direto ao assunto; começar uma discussão com questões periféricas e rodeios 
geralmente cria ansiedades ao invés de minimizá-las. 
3. Descreva a situação de modo claro, evitando juízos de valor. 
4. Concentre-se no problema (evite sobrecarregar o receptor com excesso de informações ou críticas). 
5. Esteja preparado para receber feedback, visto que o seu comportamento pode estar contribuindo para o 
comportamento do receptor. 
6. Ao encerrar o feedback, faça um resumo e reflita sobre a sessão, para que tanto você como o receptor estejam 
deixando a reunião com o mesmo entendimento sobre o que foi decidido. 
 
 
 
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Aula 4: FUNÇÕES DA LINGUAGEM E INTENÇÃO COMUNICATIVA 
 
 Os atos comunicativos têm sempre uma determinada intencionalidade, que pode ser mais ou menos 
consciente. São essas diferentes intenções que temos em mente, quando falamos em funções da linguagem. 
FUNÇÃO INFORMATIVA (OU REFERENCIAL) 
O objetivo primeiro do ato de fala (a intenção do emissor) é transmitir informação sobre algum aspecto da 
realidade, exterior ou interior. É, de certo modo, a função primária da linguagem, aquela em que pensamos 
imediatamente, quando falamos em comunicação. O ato comunicativo centra-se predominantemente sobre o 
contexto. Utiliza frases de tipo declarativo. 
FUNÇÃO EXPRESSIVA (OU EMOTIVA) 
 O ato de fala é utilizado para exprimir o estado de espírito, as emoções, as opiniões do emissor. Ao 
contrário do que acontece na função informativa (marcadamente objetiva), encontramos aqui uma clara 
subjetividade. A comunicação centra-se no emissor. Recorre a frases de tipo exclamativo 
FUNÇÃO APELATIVA 
 A linguagem é utilizada para agir sobre o receptor, para tentar modificar a sua atitude ou comportamento. 
Assume geralmente a forma de ordens, pedidos ou conselhos. Centra-se no receptor e implica o recurso a formas 
verbais do imperativo (ou conjuntivo com valor imperativo), ao vocativo e a frases de tipo imperativo. 
FUNÇÃO METALINGUÍSTICA 
 A linguagem é utilizada para precisar algum aspecto do código utilizado, geralmente uma língua natural. 
Exemplo clássico de discursos onde predomina a função metalingüística são as definições dos dicionários e as 
explicações gramaticais. A comunicação está centrada no código. 
FUNÇÃO FÁTICA 
Neste caso a linguagem é utilizada para testar o funcionamento do canal e manter o contacto entre o emissor e o 
receptor. Esta função é mais evidente nas conversas telefônicas e naturalmente preocupa-se, sobretudo, com o 
canal. 
FUNÇÃO POÉTICA: 
Por vezes a linguagem é utilizada fundamentalmente para produzir prazer estético. Os recursos lingüísticos são 
dispostos de forma a construir um objeto artístico, capaz de, pela sua configuração, gerar, quer no emissor, quer 
no receptor, uma sensação de prazer semelhante ao que se obtém com a música ou a pintura. É mais evidente na 
poesia, mas está também presente na prosa literária e até no discurso oral. Encontramo-la igualmente no discurso 
publicitário ("Há mar e mar... Há ir e voltar..."). 
Em certos casos a forma do discurso aponta explicitamente para uma dada função, embora implicitamente a 
intenção comunicativa seja outra. 
"Numa loja, o vendedor, pouco simpático, não quer dar à cliente facilidades de pagamento e ela diz: – Desisto 
já da compra...!" (in Da Comunicação à Expressão, Lisboa Editora, p. 20). Neste caso o ato de fala, 
explicitamente, dá uma informação ("Já não quero comprar nada..."), mas na verdade faz-se uma ameaça ("Se não 
me der facilidades, não compro.") e desse modo pretende-se modificar a atitude do vendedor. 
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ATIVIDADE 
Observe os textos e classifique dizendo qual o tipo de linguagem prepondera em cada um. 
a) Numa cesta de vime temos um cacho de uvas, duas laranjas, dois limões, uma maçã verde, uma maçã 
vermelha e uma pêra. 
b) Nós o amamos muito, Ronaldo!!! 
c) “Compre aqui e concorra a este lindo carro!” 
d) Escrevo porque gosto de escrever. Ao passar as idéias para o papel me sinto realizada. 
e) SONETO DA FIDELIDADE 
De tudo ao meu amor serei atento 
Antes e com tal zelo e sempre e tanto 
Que mesmo em face do maior encanto 
Dele se encante mais meu pensamento 
f) Alô, Houston! A missão foi cumprida, ok? Devo voltar a nave? Alguém me ouve? Alô?
Leia e responda: 
 
TEXTO I - Mulher Assassinada 
Policiais que faziam a ronda no centro da cidade 
encontraram, na madrugada de ontem, perto da 
Praça da Sé, o corpo de uma mulher aparentando 30 
anos de idade. Segundo depoimento de pessoas que 
trabalham em bares próximos, trata-se de uma 
prostituta conhecida como Poe Nenê. Ela foi 
assassinada a golpes de faca. A polícia descarta a 
hipótese de assalto, pois sua bolsa, com a carteira 
de dinheiro, foi encontrada junto ao corpo. O caso 
está sendo investigado pelo delegado do 2º distrito 
policial. 
Jornal da Cidade, 10 set. 2004 
 
TEXTO II - Pequena Crônica Policial 
 
Jazia no chão, sem vida, 
E estava toda pintada! 
Nem a morte lhe emprestava 
A sua grave beleza... 
Com fria curiosidade, 
Vinha gente a espiar-lhe a cara, 
As fundas marcas da idade, 
Das canseiras, da bebida... 
[...] 
Sem nada saber da vida, 
De vícios ou de perigos, 
Sem nada saber de nada... 
Com sua trança comprida, 
Os seus sonhos de menina, 
Os seus sapatos antigos! 
Mário Quintana – Prosa & Verso 
 
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01. Os textos I e II trazem certa semelhança entre 
si. O que há de semelhante nos textos acima? 
ⓐ A temática. 
ⓑ A organização da linguagem. 
ⓒ A forma de abordagem ao tema. 
ⓓ A intenção discursiva. 
ⓔ O posicionamento do narrador diante a matéria 
narrada. 
 
02. Que aspectos distinguem os textos I e II, a partir 
da análise dos mesmos, considerando sua 
linguagem? 
ⓐ denotação – função referencial (texto II). 
ⓑ função poética – ênfase no assunto (texto II). 
ⓒ criatividade linguística – função poética (texto 
II). 
ⓓ ênfase na mensagem – função referencial (texto 
I). 
ⓔ texto jornalístico – Ênfase no leitor (texto I). 
 
O texto abaixo será utilizado nas questões 3 
 
TEXTO III 
Nova Poética 
Vou lançar a teoria do poeta sórdido. 
Poeta sórdido: 
Aquele em cuja poesia há a marca suja da vida. 
Vai um sujeito, 
Saí um sujeito de casa com a roupa de brim branco 
 [muito bem engomada, e 
na primeira esquina passa um 
 [caminhão, salpica-lhe o 
paletó ou a calça de uma nódoa de lama: 
É a vida 
O poema deve ser como a nódoa no brim: 
Fazer o leitor satisfeito de si dar o desespero [...] 
Manuel Bandeira 
 
03. As funções de linguagem predominante no 
Texto III são: 
ⓐ Poética e metalinguística. 
ⓑ Conativa e referencial. 
ⓒ Referencial e emotiva. 
ⓓ Metalinguística e conativa. 
ⓔ Emotiva e referencial. 
 
04. As funções de linguagem predominantes no 
texto acima se justificam pelos seguintes fatores. 
ⓐ sentimentalismo e informatividade. 
ⓑ metadiscursividade e interpelação ao leitor. 
ⓒ informatividade e sentimentalismo. 
ⓓ interpelação ao leitor e informatividade. 
ⓔ criatividade linguística e metadiscursividade. 
 
05. Leia a estrofe abaixo: 
 
"Oh! ter vinte anos sem gozar de leve 
A ventura de uma alma de donzela! 
E sem na vida ter sentido nunca 
 
Na suave atração de um róseo corpo 
Meus olhos turvos se fechar de gozo! 
Álvares de Azevedo 
 
A presença da interjeição, as exclamações e a 1ª 
pessoa gramatical identificam no texto a função 
da linguagem: 
ⓐ Poética. 
ⓑ Conativa. 
ⓒ Referencial. 
ⓓ Metalinguística. 
ⓔ Emotiva. 
 
06. Leia o texto e assinale a alternativa correta: 
 
A um passarinho 
Para que vieste 
Na minha janela 
Meter o nariz? 
Se foi por um verso 
Não sou mais poeta 
Ando tão feliz! 
Se é para uma prosa 
Não sou Anchieta 
Nem venho de Assis 
Deixe-te de histórias 
Some-te daqui. 
Vinícius de Morais 
 
Quanto à análise do texto acima, pode-se afirmar 
que: 
ⓐ A facilidadecom que se pode reconstruir o fato 
narrado e as informações precisas veiculadas pelo 
texto provam a não existência de elementos 
ficcionais; a função de linguagem predominante é a 
referencial. 
ⓑ No quinto verso, o próprio autor esclarece que 
seu texto não tem caráter poético, o que lhe 
confere a função metalinguística da linguagem. 
ⓒ Apesar de escrito em versos, o texto acima não 
é literário, porque, nos dois últimos versos, o autor 
diz claramente não querer contar histórias, neles, 
ocorre a função apelativa ou conativa, própria da 
linguagem de propaganda. 
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ⓓ Embora haja referência a dados concretos da 
realidade circundante, o texto é literário, uma vez 
que, a par de exemplos de função emotiva e 
conativa, a criatividade linguística dá o tom do 
texto e confere a função poética como 
predominante. 
ⓔ No sétimo verso, o próprio autor esclarece que 
seu texto não está escrito em prosa; é, portanto, 
um texto não literário. 
 
07. Leia o excerto abaixo extraído de uma suposta 
entrevista com Riobaldo, de Grande sertão: 
veredas. 
 
“Mire e veja o leitor e a leitora: se não houvesse 
Brasil, não haveria ‘Grande sertão: veredas’, não 
haveria Riobaldo. Deviam ter pensado que pelo 
menos para isso serviu. E o resto é silêncio. Ou 
melhor, mais uma pergunta senhor Riobaldo. O 
que é silêncio? O senhor sabe o que o silêncio é? É 
a gente mesmo, demais.” 
Alberto Pompeu de Toledo, Veja. 
Acima, predominam as seguintes funções da 
linguagem: 
ⓐ Poética e fática. 
ⓑ Conativa e metalinguística. 
ⓒ Referencial e expressiva. 
ⓓ Metalinguística e emotiva. 
ⓔ Emotiva e poética. 
 
08. Assinale a alternativa que traz função fática: 
ⓐ "O homem letrado e a criança eletrônica não 
mais têm linguagem comum." (Rose-Marie 
Muraro) 
ⓑ "O discurso comporta duas partes, pois 
necessariamente importa indicar o assunto de que 
se trata, e em seguida a demonstração. (...) A 
primeira destas operações é a exposição; a 
segunda, a prova." (Aristóteles) 
ⓒ "Amigo Americano é um filme que conta a 
história de um casal que vive feliz com o seu filho 
até o dia em que o marido suspeita estar sofrendo 
de câncer." 
ⓓ "Se um dia você for embora 
Ria se teu coração pedir 
Chore se teu coração mandar." 
(Danilo Caymmi & Ana Terra) 
ⓔ "Olá, como vai? Eu vou indo e você, tudo bem? 
Tudo bem, eu vou indo em pegar um lugar no 
futuro e você? 
Tudo bem, eu vou indo em busca de um sono 
tranquilo..." 
(Paulinho da Viola) 
 
09. Marque a opção que encerra uma frase cujos 
principais focos da argumentação sejam, a um só 
tempo, o emissor e a mensagem: 
 
ⓐ "Volta, vem viver outra vez ao meu lado" 
(Lupiscínio Rodrigues) 
ⓑ "Da primeira vez que me assassinaram, 
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha" 
(Mário Quintana) 
ⓒ "Um trem-de-ferro é uma coisa mecânica, 
Mas atravessa a noite, a madrugada, o dia 
Atravessou minha vida, 
Virou só sentimento" 
(Manuel Bandeira) 
ⓓ "Vaias e aplausos marcaram a passagem do 
presidente Lula pelo Fórum Social Mundial, evento 
no qual costumava ser ovacionado" (O Globo - 28 
de janeiro de 2005). 
ⓔ "Lembrando B. Russel: para todo problema 
complicado há uma solução simples, rápida, de 
baixo custo e... errada" (Gilberto C. Leifert). 
 
10. Leia atentamente o texto abaixo: 
A biosfera, que reúne todos os ambientes onde se 
desenvolvem os seres vivos, se divide em unidades 
menores chamadas ecossistemas, que podem ser 
uma floresta, um deserto e até um lago. Um 
ecossistema tem múltiplos mecanismos que 
regulam o número de organismos dentro dele, 
controlando sua reprodução, crescimento e 
migrações. 
DUARTE, M. O guia dos curiosos. São Paulo: 
Companhia das Letras, 1995. 
Predomina no texto a função da linguagem 
ⓐ referencial, porque o texto trata de noções e 
informações conceituais. 
ⓑ conativa, porque o texto procura orientar 
comportamentos do leitor. 
ⓒ poética, porque o texto chama a atenção para 
os recursos de linguagem. 
ⓓ fática, porque o texto testa o funcionamento do 
canal de comunicação. 
ⓔ emotiva, porque o autor expressa seu 
sentimento em relação à ecologia.
 
 
Aula 5 - LEITURA 
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 A leitura é o principal aspecto constituinte do pensamento crítico. Um bom leitor de mundo, ao travar 
contato com o texto, é capaz de relacionar as intenções comunicativas que a ele subjazem. Esta formação de um 
bom leitor, isto é, sua proficiência, está ligada à multiplicidade de leitura. Um bom leitor não é aquele que lê 
muitas vezes um mesmo tipo de texto, mas é aquele que lê diversos tipos de texto com certa profundidade (sob 
várias perspectivas) 
 Robson Luiz Rodrigues de Lima 
LEITURA 
(Do lat. Lectura) 
1. Ação de ler 
2. Obra ou coisa linda 
3. Interpretação do sentido de um texto 
4. Variante de uma ou mais palavras de um texto 
CONCEITOS DE LEITURA 
● São 4 as habilidades da linguagem verbal: A LEITURA, A ESCRITA, A FALA E A ESCUTA. 
● Compreende duas operações fundamentais: a decodificação e a compreensão. 
● Decodificação: capacidade de escritores, leitores e aprendizes de identificação de um signo gráfico por um nome 
ou som. Capacidade de reconhecimento das letras (signos gráficos) para a tradução na linguagem oral ou para 
outro sistema de signos. 
● A aprendizagem da decodificação se consegue através do conhecimento do alfabeto e da leitura oral ou transcrição 
de um texto. 
● Compreensão: a captação do sentido ou conteúdo das mensagens escritas. 
● A aquisição da aprendizagem da compreensão se dá através do domínio progressivo de textos escritos cada vez 
mais complexos. 
 
INTERPRETAR X COMPREENDER 
Você já se perguntou? 
O que vem primeiro? INTERPRETAÇÃO OU COMPREENSÃO? 
Observe o seguinte esquema: 
 
Primeiro o ser humano toma conhecimento de algum assunto ou tema, ou seja, efetua uma leitura de algo. 
Depois passa ao nível da interpretação. Procura definir o que entendeu do que leu de acordo com o seu 
conhecimento prévio sobre aquele assunto ou tema e da sua competência leitora. Logo, para que chegue ao nível 
da compreensão é necessário que a leitura interpretativa que efetuou seja aceita como possível ao voltarmos para 
o texto original. 
 
DICAS PARA ANALISAR, COMPREENDER E INTERPRETAR TEXTOS 
 É comum encontrarmos alunos se queixando de que não sabem interpretar textos. Muitos têm aversão a 
exercícios nessa categoria. Acham monótono, sem graça, e outras vezes dizem: cada um tem o seu próprio 
entendimento do texto ou cada um interpreta a sua maneira. No texto literário, essa idéia tem algum fundamento, 
tendo em vista a linguagem conotativa, os símbolos criados, mas em texto não-literário isso é um equívoco. Diante 
desse problema, seguem algumas dicas para você analisar, interpretar e compreender com mais proficiência. 
1º - Crie o hábito da leitura e o gosto por ela. Quando nós passamos a gostar de algo, compreendemos melhor seu 
funcionamento. Nesse caso, as palavras tornam-se familiares a nós mesmos. Não se deixe levar pela falsa 
impressão de que ler não faz diferença. Também não se intimide caso alguém diga que você lê porcaria. Leia tudo 
que tenha vontade, pois com o tempo você se tornará mais seleto e perceberá que algumas leituras foram 
superficiais e, às vezes, até ridículas. Porém elas foram o ponto de partida e o estímulo para se chegar a uma 
leitura mais refinada. Existe tempo para cada tempo de nossas vidas. Não fique chateado com comentários 
desagradáveis. 
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2º - Seja curioso, investigue as palavras que circulam em seu meio. 
3º - Aumente seu vocabulário e sua cultura. Além da leitura, um bom exercício para ampliar o léxico é fazer 
palavras cruzadas. 
4º - Faça exercícios de sinônimos e antônimos. 
5º - Leia verdadeiramente. Somos um País de poucas leituras. Veja o que diz a reportagem, a seguir, sobre os 
estudantes brasileiros. Dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) revelam que, entre os 32 
países submetidos ao exame para medir a capacidade de leitura dos alunos, o Brasil é o pior da turma. A julgar 
pelos

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