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SISTEMA DE ENSINO
LEI COMPLEMENTAR 
N. 840/11
Lei Complementar n. 840/2011 – Parte I
Livro Eletrônico
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Gustavo Scatolino
Lei Complementar n. 840/2011 – Parte I
LEI COMPLEMENTAR N. 840/11
Apresentação .................................................................................................................4
Lei Complementar n. 840/2011 – Parte I .........................................................................5
Introdução ......................................................................................................................5
Âmbito de Aplicação ...................................................................................................... 7
Organização da Lei .........................................................................................................8
1. Cargos Públicos ..........................................................................................................9
1.1. Cargos Vitalícios .......................................................................................................9
1.2. Cargos Efetivos (“Concursados”) ........................................................................... 10
1.3. Cargos em Comissão .............................................................................................. 13
2. Acesso aos Cargos Públicos ..................................................................................... 18
2.1. Ocupação de Cargo por Pessoa com Deficiência .................................................... 19
3. Concurso Público ..................................................................................................... 20
4. Estágio Probatório ...................................................................................................24
4.1. Licenças e Afastamentos durante o Estágio Probatório .........................................27
4.2. Desistência do Estágio ..........................................................................................27
4.3. Prazo do Estágio Probatório..................................................................................27
5. Estabilidade ............................................................................................................. 28
5.1. Hipóteses de Perda do Cargo pelo Servidor Estável .............................................. 28
6. Acumulação de Cargos .............................................................................................29
6.1. Participação em outros Órgãos e Entidades da Administração ..............................32
7. Provimento (Art. 8º) .................................................................................................32
7.1. Nomeação ..............................................................................................................34
7.2. Reversão (Art. 34) ................................................................................................36
7.3. Reintegração (Art. 36) ..........................................................................................37
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Lei Complementar n. 840/2011 – Parte I
LEI COMPLEMENTAR N. 840/11
7.4. Recondução (Art. 37) ............................................................................................38
7.5. Aproveitamento (Art. 38) ......................................................................................38
8. Vacância (Art. 50) ....................................................................................................39
8.1. Demissão e Exoneração ........................................................................................ 40
9. Remanejamentos – Remoção, Permuta e Redistribuição .......................................... 40
10. Substituição (Art. 44) .............................................................................................42
11. Retribuições Pecuniárias ..........................................................................................43
11.1. Descontos Efetuados na Remuneração do Servidor ..............................................45
11.2. Dia do Pagamento e Devoluções ...........................................................................46
11.3. Atualização dos Valores ...................................................................................... 48
11.4. Quando o Servidor Tem Crédito a Receber ........................................................... 48
12. Teto Remuneratório ............................................................................................... 48
13. Jornada de Trabalho ............................................................................................... 50
13.1. Regimes Especiais ............................................................................................... 50
14. Vantagens ...............................................................................................................53
14.1. Espécies de Vantagens .........................................................................................53
15. Licenças ..................................................................................................................65
16. Afastamentos .........................................................................................................73
17. Tempo de Serviço .................................................................................................... 81
18. Direito de Petição ................................................................................................... 84
19. Regime Disciplinar .................................................................................................. 86
19.1. Responsabilidades (Art. 181) .................................................................................87
20. Sanções Disciplinares (Art. 195) ............................................................................ 89
20.1. Regras para Aplicação das Sanções (Arts. 187 a 189) ......................................... 89
20.2. Circunstâncias Atenuantes e Agravantes ............................................................94
20.3. Espécies de Penalidades .....................................................................................95
20.4. Prazo e Competência para Aplicação das Penalidades (Art. 208) ...................... 98
20.5. Prazos para Conclusão dos Procedimentos ........................................................ 99
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Lei Complementar n. 840/2011 – Parte I
LEI COMPLEMENTAR N. 840/11
ApresentAção
A Lei Complementar n. 840/2011 institui o regime jurídico dos servidores públicos civis da 
Administração direta, autárquica e fundacional e dos órgãos relativamente autônomos do Distrito 
Federal.
Trata-se de um conteúdo cobrado em praticamente todos os concursos da esfera distrital.
As questões em prova serão, basicamente, “letra de lei”. Ou seja, vão cobrar expressamente 
um artigo de lei ou vão criar um caso prático para que você responda conforme a lei. Assim, a lei-
tura e memorização de todos os artigos da lei é muito importante.
Para aumentar seu interesse pelo estudo da lei, leia como se fosse um servidor querendo sa-
ber dos seus direitos. Sevocê ler com essa mentalidade, ficará muito mais fácil. Tente trazer para 
uma situação prática a aplicação da lei, colocando-se diante de um possível exemplo no qual você 
é o protagonista. Imagine, por exemplo, que uma pessoa de sua família ficou doente e você quer 
saber se pode ou não pegar licença para cuidar dessa pessoa. Pense que você, como servidor, 
quer se candidatar a um cargo eletivo e descubra se teria direito à licença remunerada.
Vamos tratar o conteúdo neste PDF exatamente como se fosse uma aula ministrada presen-
cialmente ou em vídeo, com a mesma didática. Porém, é necessário que você faça a leitura da 
letra da lei (lei seca), logo após cada tópico estudado, para que tenha o contato direto com a lei.
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Lei Complementar n. 840/2011 – Parte I
LEI COMPLEMENTAR N. 840/11
LEI COMPLEMENTAR N. 840/2011 – PARTE I
Introdução
Olá, aluno(a)!
Vamos agora aprender as disposições da LC n. 840/2011.
Inicialmente, vamos entender seu âmbito de aplicação e depois entramos nas regras sobre 
servidores do DF.
Sempre houve muita confusão no DF sobre a aplicação da legislação sobre servidores públi-
cos. Iremos trazer esse breve histórico para que você entenda o porquê do DF ter demorado tanto 
para fazer sua lei sobre servidores públicos.
Vamos lá!
Com o advento da Constituição Federal de 1988, foi instituído o Regime Jurídico Único (RJU), 
vale dizer, o mesmo regime tanto para os servidores da Administração direta como para os das 
suas autarquias e fundações. Com isso, cada ente federativo teve que escolher o regime a ser 
estabelecido. Inclusive o DF.
Regime jurídico único não quer dizer Lei n. 8.112/1990. Muitos pensam assim, mas não é. RJU 
quer dizer um mesmo regime para disciplinar as regras de todos os servidores.
Mas quais são os regimes que podem disciplinar os servidores?
Temos o regime estatutário, que é o regime da lei. Ou seja, uma lei estabelece os direitos 
e obrigações dos servidores. Licenças que podem tirar, benefícios, afastamentos, remuneração, 
obrigações, deveres e responsabilidades. Nesse regime, já que a relação está baseada em uma 
lei, para alterar a relação tem que alterar a lei.
Como assim?
O regime trabalhista ou celetista, por exemplo, não é uma lei que irá fixar obrigações das 
partes (Estado e servidor), mas sim um contrato de trabalho, disciplinado pela Consolidação das 
Leis Trabalhistas, a famosa CLT. É um regime contratual em que as partes fazem um contrato (um 
acordo) para aderirem às suas regras. Por esse regime, a alteração desse acordo tem que ter o 
consentimento de ambos os contratantes.
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Lei Complementar n. 840/2011 – Parte I
LEI COMPLEMENTAR N. 840/11
Com a obrigação vinda da Constituição Federal de 1988 para que os entes da Federação 
adotassem o regime jurídico único, muitos optaram pelo regime estatutário, fazendo uma lei para 
disciplinar a relação. Outros fizeram opção pelo regime da CLT.
A União optou pelo regime estatutário, editando, em 1990, a Lei n. 8.112. O Distrito Federal, 
por sua vez, editou a Lei n. 197, de 1991, determinando que, no DF, a lei dos servidores da Admi-
nistração direta, autárquica e fundacional seria a Lei n. 8.112, de 1990, aplicável aos servidores 
da União, até a aprovação do Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos do Distrito Federal 
pela Câmara Legislativa. Vale dizer, a mesma lei que regia os servidores federais foi adotada para 
estabelecer os direitos e deveres dos servidores do DF.
Na verdade, o DF não fez uma lei própria para seus servidores. Apenas fez uma lei bem peque-
na dizendo que, no DF, aplicava-se a Lei n. 8.112/1990. O DF ficou com “preguiça” de fazer a sua 
própria lei.
Contudo, a Lei n. 8.112/1990 federal sofreu várias modificações que não foram acompanha-
das no DF. Por sua vez, no DF foram feitas diversas alterações que não foram reproduzidas no 
estatuto federal.
Assim, havia uma imensa confusão, em especial para os “concurseiros”, pois se fosse con-
curso federal, deveriam estudar a Lei n. 8.112/1990 federal; se fosse concurso no DF, deveriam 
estudar a Lei n. 8.112/1990 aplicada ao DF, com as suas inúmeras e confusas alterações. Imagine 
só a confusão!
Em 2011, enfim, foi editada a Lei Complementar n. 840/2011, que institui o Regime Jurídico 
dos Servidores Públicos Civis da Administração Direta, Autárquica e Fundacional e dos órgãos do 
Distrito Federal.
Trata-se de uma lei que incorpora muitos entendimentos jurisprudenciais já consolidados, 
bem como apresenta disposições “inovadoras”, como, por exemplo, trata das relações homoafe-
tivas dentro da Administração Pública e explicita regras a respeito do nepotismo.
Cabe apenas fazer referência que, em 1998, a EC n. 19/1998 extinguiu a obrigação de regime 
jurídico único, havendo assim possibilidade de diversos regimes jurídicos no mesmo Ente Fede-
rativo. E, em 2007, o STF julgou a ADI n. 2.135 e, por consequência, ocorreu a volta de obrigação 
de RJU.
Confuso, eu sei. Mas aqui vamos nos ater apenas às regras constantes da LC n. 840/2011.
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ÂmbIto de AplIcAção
A LC n. 840/2011 é o regime jurídico dos servidores públicos CIVIS da Administração direta, 
autárquica, fundacional e dos órgãos relativamente autônomos do Distrito Federal (art. 1º).
Art. 1º Esta Lei Complementar institui o regime jurídico dos servidores públicos civis da administração 
direta, autárquica e fundacional e dos órgãos relativamente autônomos do Distrito Federal.
Então, professor, posso concluir que a lei não se aplica aos militares?
Exatamente!
A lei se aplica aos servidores civis do DF, não tendo incidência em relação aos militares, já que 
possuem legislação específica. Contudo, não se aplica a todos os servidores civis, na medida em 
que pode haver outras categorias que, também, possuam regime diferenciado, como é o caso dos 
magistrados e membros do Ministério Público.
A Administração direta do DF é o conjunto de todos os órgãos que fazem parte do Distrito 
Federal: governadorias, secretarias, gabinetes, departamentos, divisões e outros órgãos de menor 
hierarquia.
A expressão órgãos relativamente autônomos não é utilizada no Direito Administrativo. Trata-
-se de uma expressão não usual. Porém, entendemos que órgãos relativamente autônomos são 
aqueles internos às secretarias do DF e até mesmo aqueles internos na estrutura da Administra-
ção Regional, equivalendo aos denominados órgãos superiores (ex.: gabinetes, departamentos, 
procuradorias) e órgãos subalternos (ex.: divisões, setores e outros órgãos na estrutura inferior da 
organização administrativa do DF).
Por sua vez, as autarquias são pessoas jurídicas de direito público que exercem determinada 
atividade do DF, mas de modo descentralizado, como é o caso do Detran e do Procon-DF. Às au-
tarquias tambémse aplica a LC n. 840/2011.
As fundações governamentais são entidades criadas para a prestação descentralizada de 
atividades sociais, como, por exemplo, educação, saúde, cultura, pesquisa etc. Sendo a fundação 
criada com personalidade jurídica de direito público, também seguirá a LC n. 840/2011.
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Lei Complementar n. 840/2011 – Parte I
LEI COMPLEMENTAR N. 840/11
De outro modo, a lei em questão não se aplica aos empregados das empresas estatais (em-
presa pública e sociedade de economia mista – Metrô-DF; CEB; Caesb; BRB; Terracap), pois tal ca-
tegoria de agentes públicos são regidos pelo regime da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
Em resumo
A LC n. 840/2011 não se aplica:
1. aos magistrados e membros do Ministério Público: esses agentes públicos são regidos por lei própria, não 
se aplicando a LC n. 840/2011;
2. aos empregados de empresa pública e sociedade de economia mista: apesar de fazerem concurso público, 
os empregados das empresas estatais (ex.: BRB, sociedade de economia mista; Caesb, empresa pública) são 
regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT);
3. aos agentes temporários: os temporários contratados para atender a situação de excepcional interesse 
público, nos termos do art. 37, IX, da CF, são regidos por legislação própria;
4. aos militares: os militares do DF são estatutários, porém possuem legislação própria;
5. aos servidores de outros entes Federativos: a LC n. 840/2011 rege os servidores civis do DF. Os servidores 
federais são disciplinados pela Lei n. 8.112/1990 e, em relação aos Estados e Municípios, deve ser verificada a 
legislação de cada ente.
orgAnIzAção dA leI
Sempre que vamos estudar uma lei é interessante entender sua estrutura, a fim de ter uma 
visão geral da lei e depois estudá-la por partes.
A LC n. 840/2011 está organizada da seguinte forma:
• TÍTULO I – CAPÍTULO ÚNICO – DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES;
• TÍTULO II – DOS CARGOS PÚBLICOS E DAS FUNÇÕES DE CONFIANÇA: trata de provimen-
to, remanejamento, acumulação de cargos, vacância;
• TÍTULO III – DAS CARREIRAS E DO REGIME E DA JORNADA DE TRABALHO;
• TÍTULO IV – DOS DIREITOS: trata de férias, licenças, afastamentos, remuneração, tempo 
de serviço e tempo de contribuição;
• TÍTULO V – CAPÍTULO ÚNICO – DOS DEVERES;
• TÍTULO VI – DO REGIME DISCIPLINAR: trata de deveres, responsabilidades;
• TÍTULO VII – DOS PROCESSOS DE APURAÇÃO DE INFRAÇÃO DISCIPLINAR: sanções e 
processo disciplinar;
• TÍTULO VIII – DA SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR;
• TÍTULO IX – CAPÍTULO ÚNICO – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS.
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1. cArgos públIcos
Cargo é um conjunto de atribuições cometidas a um servidor. É um conjunto de funções.
No seu concurso, por exemplo, você ocupará um cargo público. Veja no edital quais são as 
atribuições do seu cargo. Essas atribuições são destinadas por meio de uma lei.
Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organiza-
cional e cometidas a um servidor público.
Como são criados os cargos públicos?
Sobre esse tema há várias questões de prova.
Art. 3º, Parágrafo único. Os cargos públicos são criados por lei, com denominação própria e subsídio 
ou vencimentos pagos pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.
Assim, somente a lei pode criar novos cargos. Cuidado! Decreto do Governador, por estar abai-
xo de uma lei, não pode criar cargo.
Logo, o cargo que você ocupará, assim que for aprovado, nomeado e tomar posse, foi criado 
por uma lei. Essa mesma lei estruturou todas as classes do seu cargo (vamos ver mais adiante o 
que são classes), bem como definiu as atribuições que desempenhará.
Quem ocupa cargo é denominado pela LC n. 840/2011 de SERVIDOR PÚBLICO:
Art. 2º Para os efeitos desta Lei Complementar, servidor público é a pessoa legalmente investida em 
cargo público.
O DF, assim como a União, não utiliza mais a expressão funcionário público. Essa expressão 
era utilizada por legislação anterior à Lei n. 8.112/1990. Mas, com o advento dessa lei, passou-se 
a adotar a expressão SERVIDOR PÚBLICO, inclusive na LC n. 840/2011.
Temos três tipos de cargos públicos, e os veremos conforme o grau de garantia de permanên-
cia nesse cargo: vitalícios (vitaliciedade); efetivos (estabilidade); em comissão (sem garantia de 
permanência, como regra).
1.1. cArgos VItAlícIos
Garantem maior permanência a seus ocupantes. Trata-se de verdadeira prerrogativa para os 
titulares dos cargos dessa natureza, justificada pela circunstância necessária para tornar independente 
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LEI COMPLEMENTAR N. 840/11
a atuação desses agentes, sem que sejam sujeitos a eventuais pressões impostas por determina-
dos grupos de pessoas. A vitaliciedade tem previsão constitucional. A única hipótese de perda é 
por meio de processo judicial com decisão transitada em julgado.
Atualmente, são cargos vitalícios os dos magistrados, membros do Ministério Público, mem-
bros dos Tribunais de Contas. Por ser prerrogativa de sede constitucional, em função da qual cabe 
ao constituinte aferir a natureza do cargo e da função para atribuí-la, não podem as Constituições 
Estaduais e Leis Orgânicas, nem mesmo lei de qualquer esfera, criar outros cargos com a garantia 
da vitaliciedade. Consequentemente, apenas emenda à Constituição Federal poderá fazê-lo (Infor-
mativo n. 409/STF).
A LC n. 840/2011 não se aplica aos ocupantes de cargos vitalícios, pois possuem legislação 
própria.
1.2. cArgos efetIVos (“concursAdos”)
Art. 4º A investidura em cargo de provimento efetivo depende de prévia aprovação em concurso públi-
co.
São aqueles cujo ocupante possui uma pretensão de definitividade, pois foi aprovado em con-
curso público de provas ou de provas e títulos (art. 37, II, CF) e, por isso, é o único que pode adquirir 
estabilidade (CF, art. 41), se for aprovado no estágio probatório.
A estabilidade é o que dá a garantia de permanência no cargo.
A estabilidade somente se adquire após três anos de efetivo exercício (art. 41, CF).
Percurso para adquirir a estabilidade:
CONCURSO PÚBLICO – HOMOLOGAÇÃO – NOMEAÇÃO – POSSE – EXERCÍCIO – ESTÁGIO 
PROBATÓRIO = ESTABILIDADE
A perda do cargo só poderá ocorrer, depois de adquirida a estabilidade, nos seguintes casos 
(art. 41, § 1º, CF):
I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, 
assegurada ampla defesa.
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O art. 169, § 4º, da Constituição prevê outra hipótese de perda do cargo do servidor estável: 
quando a despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios exceder os limites estabelecidos em lei complementar. A fim de cumprir os limites fi-
xados, durante o prazo fixado na lei complementar referida, a União, os Estados, o Distrito Federal 
e os Municípios adotarão as seguintes providências:
Art. 169, I – redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções 
de confiança;
II – exoneração dos servidores não estáveis.
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar 
o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá 
perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade 
funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal [grifo nosso].
Portanto, se, mesmo adotadas as medidas mencionadas, não for alcançado o limite fixado 
em lei complementar, o servidor estável poderá perder o cargo. Caso isso ocorra, o servidor fará 
jus à indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço, sendo vedada a 
criação, pelo prazo de quatro anos, de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou asse-
melhadas (art. 169, §§ 4º, 5º e 6º, CF).
Os cargos efetivos podem ser isolados ou de carreira.
Cargos de carreira admitem progressão funcional dos servidores pelas diversas classes. 
Os cargos isolados não admitem progressão.
Carreira é o conjunto de classes funcionais em que seus integrantes vão percorrendo os diver-
sos patamares de que se constitui a progressão funcional.
As classes são compostas de cargos que tenham as mesmas atribuições. Os cargos que 
compõem as classes são cargos de carreira, diversos dos cargos isolados, que, embora integran-
do o quadro, não ensejam o percurso progressivo do servidor.
Exemplo: procurador de 1ª, 2ª e 3ª classes.
Veja, ainda, o seguinte exemplo concreto de um cargo dividido em várias classes.
Lei n. 5.106, DE 3 de Maio de 2013
Dispõe sobre a carreira Assistência à Educação do Distrito Federal e dá outras providências.
Capítulo I
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Lei Complementar n. 840/2011 – Parte I
LEI COMPLEMENTAR N. 840/11
Da Carreira
Art. 1º A carreira Assistência à Educação do Distrito Federal, criada pela Lei nº 83, de 29 de dezembro 
de 1989, de suporte técnico-administrativo ou pedagógico, fica reestruturada na forma desta Lei.
§ 1º A carreira de que trata esta Lei é composta pelos seguintes cargos e seus respectivos quantitati-
vos:
I – Analista de gestão Educacional: 1.000 (mil) cargos;
II – Técnico de gestão Educacional: 5.500 (cinco mil e quinhentos) cargos;
III – monitor de gestão Educacional: 2.000 (dois mil) cargos;
IV – Agente de gestão Educacional: 9.000 (nove mil) cargos.
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Note que o servidor ingressa no padrão 1 e vai crescendo na carreira até chegar ao último pa-
drão, que é o de número 11. E, conforme ele cresce na carreira, sua remuneração vai aumentando.
A própria lei estabelece as condições e prazo para ter esse crescimento na carreira.
Quadro é o conjunto de cargos isolados ou de carreira.
Lotação é o número de servidores que devem ter exercício em cada unidade da repartição.
Assim, um servidor da Secretaria de Educação que trabalha em no Centro Educacional n. 03 
da Asa Norte é servidor do quadro do Distrito Federal, do órgão Secretaria de Educação e está 
lotado no Centro Educacional n. 03 da Asa Norte.
Veremos mais adiante que o servidor pode, em alguns casos, mudar de órgão (ser requisita-
do), bem como mudar sua lotação mediante concurso de remoção.
1.3. cArgos em comIssão
Art. 5º Os cargos em comissão, destinados exclusivamente às atribuições de direção, chefia e asses-
soramento, são de livre nomeação e exoneração pela autoridade competente.
Os cargos em comissão são de livre nomeação e exoneração (CF, arts. 37, II, e 19, V, da LODF) 
e não necessitam de concurso público para o provimento. O ocupante, porém, tem um vínculo pre-
cário (pode ser exonerado ad nutum, a juízo da autoridade nomeante) e, obviamente, não adquire 
estabilidade. Devem ser ocupados por servidores de carreira (efetivos) nos casos, condições e 
percentuais mínimos estabelecidos em lei. É o que diz o art. 37, V, da Constituição:
As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os 
cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentu-
ais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;
Assim, conforme a CF,1 a lei fixará o percentual dos cargos em comissão a serem preenchidos 
por servidores de carreira. As funções de confiança, entretanto, serão preenchidas, exclusivamen-
te, por servidores de cargo efetivo (concursados). Mas, em ambos os casos, destinam-se apenas 
às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
1 A LODF estabelece que: art. 19, V – as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo 
efetivo, e pelo menos cinquenta por cento dos cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos 
casos e condições previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; (Inciso com a 
redação da Emenda à Lei Orgânica n. 50, de 2007).
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Segundo a LC n. 840/2011, considera-se cargo em comissão:
Art. 5º, § 1º, I – de direção: aquele cujo desempenho envolva atribuições da administração superior;
II – de chefia: aquele cujo desempenho envolva relação direta e imediata de subordinação;
III – de assessoramento: aquele cujas atribuições sejam para auxiliar:
a) os detentores de mandato eletivo;
b) os ocupantes de cargos vitalícios;
c) os ocupantes de cargos de direção ou de chefia.
Nos termos da LC n. 840/2011, 50% dos cargos em comissão devem ser providos por servidor 
público de carreira, nos casos e condições previstos em lei. No mesmo sentido a LODF.
Assim, por exemplo, se na Secretaria de Saúde há 300 cargos em comissão, pelo menos 50% 
deles devem ser para servidores da carreira de saúde.
Vedações de Ocupação de Cargo em Comissão
A LC n. 840/2011 prevê que é proibida a designação para função de confiança ou a nomeação 
para cargo em comissão, incluídos os de natureza especial, de pessoa que tenha praticado ato ti-
pificado como causa de inelegibilidade previstana legislação eleitoral, observado o mesmo prazo 
de incompatibilidade dessa legislação (art. 7º, § 3º).
É vedada, ainda, a nomeação, para cargo em comissão ou a designação para função de con-
fiança, do cônjuge, de companheiro ou de parente, por consanguinidade até o terceiro grau ou por 
afinidade (art. 16):
I – do Governador e do Vice-Governador, na Administração Pública direta, autárquica ou fundacional do 
Poder Executivo;
II – de Deputado Distrital, na Câmara Legislativa;
III – de Conselheiro, Auditor ou Procurador do Ministério Público, no Tribunal de Contas.
§ 1º As vedações mencionadas aplicam-se:
I – aos casos de reciprocidade de nomeação ou designação;
II – às relações homoafetivas.
Perceba que a LC n. 840/2011 vedou no Poder Executivo a nomeação de cônjuge, companhei-
ro e parentes do Governador. A lei não trouxe a mesma vedação para parentes de demais autoridades 
como, por exemplo, de Secretários de Estado e demais agentes que podem destinar cargos em 
comissão ou funções de confiança. Assim, a lei restringiu o alcance da Súmula Vinculante n. 13 
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do STF, que veda a nomeação de parentes de quaisquer autoridades e não apenas dos Chefes do 
Poder Executivo. A nosso ver, mesmo a LC n. 840/2011 não contemplando tal previsão, deve ser 
aplicado o comando da súmula vinculante, já que, por força do art. 103-A da CF, ela tem caráter 
vinculante para toda a Administração Pública, inclusive a do Distrito Federal.
A LC n. 840/2011, quanto aos casos de reciprocidade, trata da vedação ao nepotismo cruza-
do, proibindo que autoridades diferentes façam nomeação de parentes um do outro.
Exemplo: autoridade X faz nomeação para cargo em comissão de parentes da autoridade Y; e a 
autoridade Y faz nomeação dos parentes da autoridade X.
A lei também trouxe vedação ao nepotismo às relações homoafetivas, tratando-se de dispo-
sitivo inovador.
Não se inclui nas vedações ao nepotismo a nomeação ou a designação:
§ 2º, I – de servidor ocupante de cargo de provimento efetivo, incluídos os aposentados, desde que 
seja observada:
a) a compatibilidade do grau de escolaridade do cargo efetivo com o cargo em comissão ou a função 
de confiança;
b) a compatibilidade e a complexidade das atribuições do cargo efetivo com o cargo em comissão ou 
a função de confiança;
Como primeira ressalva, a lei permite a nomeação de servidores de cargo efetivo (ingresso 
mediante concurso) para cargo em comissão ou a designação para função de confiança, incluin-
do a possibilidade de nomeação de servidores já aposentados, pois os inativos podem ocupar 
cargos em comissão e acumular com os proventos da aposentadoria (art. 37, § 10, CF). Contudo, 
devem ser observados os requisitos previstos nas alíneas a e b (grau de escolaridade e atribui-
ções). Assim, por exemplo, servidora de cargo efetivo casada com Secretário de Estado pode 
ter cargo em comissão ou função de confiança na Administração do DF, desde que não seja na 
mesma Secretaria.
II – realizada antes do início do vínculo familiar entre o agente público e o nomeado ou designado;
A segunda hipótese permissiva se refere à designação para cargo em comissão ou função de 
confiança antes da formação do vínculo familiar.
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Exemplo: Cláudia ocupa cargo em comissão de assessora do Secretário de Estado X. Posterior-
mente, Cláudia contrai casamento com o Secretário de Estado Y. Nesse caso, Cláudia poderá ser 
mantida na função que já exercia.
III – de pessoa já em exercício no mesmo órgão, autarquia ou fundação antes do início do vínculo fa-
miliar com o agente público, para cargo, função ou emprego de nível hierárquico igual ou mais baixo 
que o anteriormente ocupado.
Por fim, quando a pessoa já estava em exercício no órgão/entidade quando foi formado o 
vínculo familiar.
Exemplo: Manoel ocupa cargo em comissão dentro da Secretaria de Saúde, vindo a contrair casa-
mento com Fabiana, que é nomeada para ser Secretária de Estado da Saúde. Nesse caso, Manoel 
poderá ser designado para nova função/cargo em comissão do mesmo nível (igual) ou de nível 
mais baixo que o anterior.
Em qualquer caso, é vedada a manutenção de familiar ocupante de cargo em comissão ou 
função de confiança sob subordinação hierárquica mediata ou imediata. Desse modo, em qual-
quer das situações permissivas (incisos I, II e III) não poderá haver a subordinação direta (ex.: Se-
cretário de Estado e seu assessor) ou indireta (Secretário de Estado e chefe de setor dentro da 
mesma Secretaria).
Portanto, as situações de parentesco permitidas são: nomeação de servidor de cargo efetivo 
ou aposentado; designação antes da formação do vínculo familiar ou se a pessoa já estava em 
exercício antes do vínculo familiar.
Esse dispositivo da LC n. 840/2011 foi editado para a observância da Súmula Vinculante n. 13 
do STF, que veda o nepotismo:
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, 
até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurí-
dica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo 
em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública 
direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
municípios, compreendido nessa vedação as designações por ajustes recíprocos.
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Segundo o STF, estão excluídos da proibição do nepotismo, por se tratarem de cargos po-
líticos, os de Ministro de Estado, Secretário de Estado e Secretário Municipal (RE n. 579.951). 
Contudo, também, já decidiu o STF que Conselheiro de Tribunal de Contas é cargo técnico. Assim, 
Governador não pode indicar parentes para tal função.
Cargo em Comissão e Nomeação como Interino
O servidor ocupante de cargo em comissão pode ser nomeado para ter exercício, interina-
mente, em outro cargo em comissão, hipótese em que deve (art. 15):
I – acumular as atribuições de ambos os cargos;
II – optar pela remuneração de um deles durante o período da interinidade.
Assim, quem já é ocupante de cargo em comissão pode ser nomeado provisoriamente para 
outro cargo em comissão (interino). Por exemplo, o Procurador-Geral do DF tem que se ausentar 
por 10 dias. Assim, o Subprocurador-Geral acumulará suas funções mais a função do Procurador-
-Geral.
Cargo em comissão ocupando outro cargo em comissão: acumula atribuições e opta pela 
remuneração.
É importante também saber que, embora o cargo em comissão não tenha garantia de perma-
nência no cargo, essa regra pode ser relativizada no caso de servidora grávida, que não pode, sem 
justa causa, ser exonerada de ofício, desdea confirmação da gravidez até cinco meses após o 
parto, salvo mediante indenização paga na forma do regulamento:
Art. 53. A servidora gestante que ocupe cargo em comissão sem vínculo com o serviço público não 
pode, sem justa causa, ser exonerada de ofício, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após 
o parto, salvo mediante indenização paga na forma do regulamento.
Parágrafo único. Deve ser tornado sem efeito o ato de exoneração, quando constatado que a servidora 
estava gestante e não foi indenizada.
Cargo em comissão é o mesmo que FUNÇÃO DE CONFIANÇA?
Não é. Vamos ver a diferença?
Art. 6º As funções de confiança, privativas de servidor efetivo, destinam-se exclusivamente às atribui-
ções de direção, chefia e assessoramento.
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Somente pode ocupar função de confiança (FC) quem já é concursado. E o termo correto é 
DESIGNAÇÃO para a FC. Já o cargo em comissão é para qualquer pessoa, concursado ou não, 
desde que observe o percentual de 50% para os servidores da carreira. E para o cargo em comis-
são a pessoa é NOMEADA.
2. Acesso Aos cArgos públIcos
Os cargos públicos são acessíveis a todos os brasileiros, atendidas as condições estabeleci-
das em lei, e aos estrangeiros na forma da lei (CF, art. 37, I). Portanto, a lei deverá fixar os parâme-
tros para a ocupação de cargos públicos.
Art. 7º São requisitos básicos para investidura em cargo público:
I – a nacionalidade brasileira;
II – o gozo dos direitos políticos;
III – a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV – o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
V – a idade mínima de dezoito anos;
VI – a aptidão física e mental.
§ 1º A lei pode estabelecer requisitos específicos para a investidura em cargos públicos.
§ 2º O provimento de cargo público por estrangeiro deve observar o disposto em Lei federal.
A nacionalidade brasileira não é requisito imprescindível em todos os casos, pois, em alguns 
deles, admite-se o acesso de estrangeiros, devendo estes observar os requisitos previstos em lei 
federal. Veja, inclusive, a disposição do § 2º, estabelecendo que o provimento de cargo público 
por estrangeiro deve observar o disposto em lei federal. Assim, leis federais fixam condições nas 
quais estrangeiro pode ocupar cargo público.
Podem, assim, geralmente, os brasileiros, natos ou naturalizados, ocuparem cargos públicos. 
Atente-se somente que o art. 12, § 3º, da CF exige a condição de brasileiro nato2 para os seguintes 
cargos:
I – de Presidente e Vice-Presidente da República;
II – de Presidente da Câmara dos Deputados;
III – de Presidente do Senado Federal;
2 A CF, art. 12, define a condição de brasileiro nato.
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IV – de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V – da carreira diplomática;
VI – de oficial das Forças Armadas;
VII – de Ministro de Estado da Defesa.
Essa lista de cargos a serem ocupados por brasileiros natos não cairá em sua prova de LC n. 
840/2011, mas é sempre bom saber.
Note que a lei fixou a idade mínima de dezoito anos para ocupação de cargo público. Assim, 
mesmo que emancipado, aos 16 anos, o indivíduo não poderia ocupar cargo público.
Note também que a LC n. 840/2011 estabeleceu aptidão física e mental. Assim, antes de 
tomar posse, o candidato deverá passar por uma sequência de exames que demonstrem a sua 
aptidão física e mental.
Conforme a LC n. 840/2011, os requisitos para investidura em cargo público devem ser com-
provados por ocasião da posse. Os requisitos são no ato da posse, e não na nomeação ou convo-
cação para curso de formação.
2.1. ocupAção de cArgo por pessoA com defIcIêncIA
No que se refere aos portadores de deficiência, a Constituição estabelece que a lei reservará 
percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e defini-
rá os critérios de sua admissão. A LC n. 840/2011, art. 12, estabelece que o edital de concurso 
público tem de reservar VINTE POR CENTO das vagas para serem preenchidas por pessoa com 
deficiência, desprezada a parte decimal. A vaga não preenchida nessa hipótese reverte-se para 
provimento dos demais candidatos.
Não é até 20 vagas, mas sim 20% das vagas, um número fechado.
A lei determina que deva ser desprezada a parte decimal no cálculo das vagas para pessoas 
com deficiência. Assim, qualquer fração no cálculo será descartada.
Exemplo: 10,8 vagas para pessoas com deficiência = serão oferecidas 10 vagas; 10,4 vagas = 
serão oferecidas 10 vagas.
A deficiência e a compatibilidade para as atribuições do cargo são verificadas antes da pos-
se, garantido recurso em caso de decisão denegatória, com suspensão da contagem do prazo 
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para a posse. Não podem concorrer nas vagas destinadas aos portadores de necessidades espe-
ciais a pessoa com deficiência apta para trabalhar normalmente e a inapta para qualquer trabalho 
(art. 12, § 3º, LC n. 840/2011). Se a pessoa está apta para o trabalho em condições normais ou 
inapta para qualquer tipo de trabalho não tem direito e não se justifica que dispute as vagas reser-
vadas para os portadores de necessidades especiais.
A lei estabelece também que, por meio de lei, podem ser estabelecidos outros requisitos espe-
cíficos para a investidura em cargos públicos, como é, por exemplo, o caso do exame psicotécnico. 
Tem que haver previsão em lei. Não pode ser apenas em edital do concurso. Nesse sentido, a ju-
risprudência dos Tribunais Superiores tem entendido ser ilegal a exigência apenas no edital, sem 
que a lei que regulamenta a carreira tenha feito a previsão (Súmula n. 686 STF: “Só por lei se pode 
sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público”).
Quanto à idade, o  limite para a inscrição em concurso público só se legitima, em face do 
art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo 
a ser preenchido. “Não será admissível, por ato administrativo, restringir, em razão da idade, ins-
crição em concurso para cargo público” (Súmula n. 14). Isso porque só por lei se pode fazer tal 
exigência, em atenção ao princípio da legalidade (CF, art. 5º, II).
3. concurso públIco
Antes de falarmos das regras sobre concursos que estão na LC n. 840/2011, vamos ver o que 
a Constituição Federal diz sobre o tema:
De acordo com os incisos II e III do art. 37 da CF:
II – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de 
provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na 
forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre 
nomeação e exoneração; (Redação dada pela Emenda Constitucionaln. 19, de 1998)
III – o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual pe-
ríodo;
Nos termos do art. 37, II, da CF, a nomeação para cargos efetivos (isolados ou de carreira) 
deve ser necessariamente precedida de concurso público de provas ou de provas e títulos. Também se 
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exige concurso para ocupação de emprego público, inclusive em empresa pública e sociedade de 
economia mista.
O prazo de validade do concurso público (v. CF, art. 37, III) é de até dois anos, prorrogável uma 
vez por igual período.
Por sua vez, a LODF e a LC n. 840/2011, art. 13, como não poderia ser diferente, reproduziram 
a norma constitucional sobre as regras do concurso público.
LC n. 840/2011
Art. 11, § 2º O concurso público é de provas ou de provas e títulos, conforme dispuser a lei do respec-
tivo plano de carreira.
Art. 13. O concurso público tem validade de até dois anos, a qual pode ser prorrogada uma única vez, 
por igual período, na forma do edital.
Porém, a LC n. 840/2011 estabeleceu que as normas gerais sobre concurso público são as 
fixadas em lei específica. Assim, a LC n. 840/2011 não detalhou as regras sobre realização de 
concurso público, deixando para uma lei específica fazer isso. Para tanto, foi editada a Lei n. 
4.949/2012. Transcreveremos, ao final deste capítulo, os principais artigos dessa lei.
Só é preciso ler a Lei n. 4.949/2012 quando for exigida expressamente no edital.
O candidato aprovado em concurso público, no prazo de cinco dias contados da publicação 
do ato de nomeação, pode solicitar seu reposicionamento para o final da lista de classificação 
(art. 13, § 2º). É o chamado pedido de “final de fila”. Ele serve para aquele candidato que já foi 
nomeado, mas não deseja tomar posse naquele momento, ser reposicionado para o final da lista 
de aprovados. Isso não garante que haverá mais outra nomeação. Vale ressaltar que o pedido de 
“final de fila” não garante ao “reposicionado” o direito à nomeação.
Como a lei diz que o aprovado pode solicitar seu reposicionamento para o final da lista de 
classificação, a nova colocação será ao final da lista de todos os aprovados, pois classificados 
são aqueles que alcançaram a pontuação mínima exigida para a aprovação. A sua nova posição 
não será no final da lista de aprovados dentro das vagas, mas, como dito, ao final de todos os 
nomes da lista de aprovados.
Art. 13, § 2º O candidato aprovado em concurso público, no prazo de cinco dias contados da publica-
ção do ato de nomeação, pode solicitar seu reposicionamento para o final da lista de classificação.
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ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. REPOSICIONAMENTO NO FINAL DA LISTA DE 
CLASSIFICAÇÃO.
A LC n. 840/2011, ao assegurar que o candidato aprovado em concurso público pode reque-
rer o reposicionamento para o final da lista, não limita a quantidade de vezes que esse pode 
requerer (art. 13, § 2º). E, onde a lei não restringe, não cabe ao intérprete restringir. Segu-
rança concedida (Acórdão n. 751.382, 20130020248796 – MSG, Relator: Jair Soares, Conse-
lho Especial, julgamento: 7/1/2014, publicado no DJE: 23/1/2014, p. 39).
Abertura de Concurso quando há Candidato Aprovado em Concurso Anterior 
com Prazo de Validade Não Expirado
A CF dispõe, no art. 37, IV, apenas que:
Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público 
de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir 
cargo ou emprego, na carreira.
Dessa maneira, a CF dá espaço para a abertura de novo certame mesmo com o concurso ain-
da válido (desde que não seja ainda o primeiro período do prazo de validade). Ressalva, apenas, 
que o anterior aprovado tem direito à precedência na nomeação.
Conforme prevê a LC n. 840/2011, no período de validade do concurso público, o candidato 
aprovado deve ser nomeado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo na 
carreira (art. 13).
Art. 13. O concurso público tem validade de até dois anos, a qual pode ser prorrogada uma única vez, 
por igual período, na forma do edital.
§ 1º No período de validade do concurso público, o candidato aprovado deve ser nomeado com priori-
dade sobre novos concursados para assumir cargo na carreira.
Como a lei diz que o aprovado no concurso anterior deve ser nomeado com prioridade em 
relação aos novos aprovados, entendemos que são todos aqueles que foram aprovados dentro 
ou fora das vagas no concurso pretérito que devem ser nomeados com precedência. Desse modo, 
como dispõem a lei e a CF, não há impedimento para realização de novo certame, porém todos os 
aprovados no processo seletivo anterior devem ser nomeados antes dos novos candidatos.
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Lei Complementar n. 840/2011 – Parte I
LEI COMPLEMENTAR N. 840/11
DIREITO ADMINISTRATIVO. DIREITO DO CANDIDATO APROVADO EM CONCURSO PÚBLICO 
A SER COMUNICADO PESSOALMENTE SOBRE SUA NOMEAÇÃO.
O candidato tem direito a ser comunicado pessoalmente sobre sua nomeação no caso em 
que o edital do concurso estabeleça expressamente o seu dever de manter atualizados ende-
reço e telefone, não sendo suficiente a sua convocação apenas por meio de diário oficial 
se, tendo sido aprovado em posição consideravelmente fora do número de vagas, decorrer 
curto espaço de tempo entre a homologação final do certame e a publicação da nomeação.
Nessa situação, a convocação do candidato apenas por publicação em Diário Oficial configura 
ofensa aos princípios da razoabilidade e da publicidade. A existência de previsão expressa 
quanto ao dever de o candidato manter atualizado seu telefone e endereço demonstra, ainda 
que implicitamente, o intuito da Administração Pública de, no momento da nomeação, entrar 
em contato direto com o candidato aprovado. Ademais, nesse contexto, não seria possível 
ao candidato construir real expectativa de ser nomeado e convocado para a posse em curto 
prazo. Assim, nessa situação, deve ser reconhecido o direito do candidato a ser convocado, 
bem como a tomar posse, após preenchidos os requisitos constantes do edital do certame. 
Precedente citado: AgRg no RMS n. 35.494-RS, DJe: 26/3/2012. AgRg no RMS n. 37.227-RS, 
Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 6/12/2012.
DIREITO ADMINISTRATIVO. INVESTIGAÇÃO SOCIAL EM CONCURSO PÚBLICO.
Na fase de investigação social em concurso público, o fato de haver instauração de inqué-
rito policial ou propositura de ação penal contra candidato, por si só, não pode implicar a 
sua eliminação (AgRg no RMS n. 39.580-PE, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 
11/2/2014).
É admitida a realização de exame psicotécnico em concursos públicos se forem atendidos 
os seguintes requisitos: previsão emlei, previsão no edital com a devida publicidade dos cri-
térios objetivos fixados e possibilidade de recurso. (STJ, Segunda Turma, REsp n. 1.429.656-
PR, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, julgado em 11/2/2014).
CONCURSO PÚBLICO. DISCRIMINAÇÃO DE GÊNERO.
A exigência do teste de barra fixa na modalidade dinâmica para as mulheres não caracteriza 
discriminação de gênero.
O edital é a lei do concurso e a ele se submetem todos os que se inscrevem no certame. Na 
hipótese, o Ministério Público alegou que a exigência editalícia do teste de barra fixa dinâ-
mica às mulheres para cargo público de natureza policial não considera as peculiaridades 
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LEI COMPLEMENTAR N. 840/11
da condição natural feminina, o que resultaria em critérios discriminatórios, não isonômicos, 
desarrazoados e desproporcionais, em manifesta restrição de acesso das candidatas aos 
cargos públicos. Contudo, para os Desembargadores, a obrigatoriedade do referido teste 
físico para as mulheres mostra-se razoável e proporcional, porquanto alicerçado em estu-
dos científicos e adequado à averiguação da aptidão física ao exercício de função policial. 
Além disso, a previsão de única repetição de barra fixa com flexão de braços para as can-
didatas e a imposição de três flexões aos candidatos do sexo masculino demonstram o 
tratamento igualitário a pessoas desiguais, conferindo efetividade ao preceito constitucio-
nal da isonomia (Acórdão n. 814.731, 20120110505589 – APC, Relator: Getúlio de Moraes 
Oliveira, Revisor: Flavio Rostirola, Terceira Turma Cível, julgamento 20/8/2014, publicado no 
DJE: 28/8/2014, p. 60).
4. estágIo probAtórIo
Pois bem! Feito o concurso e sendo aprovado, o candidato é nomeado, toma posse, entra em 
exercício e inicia o seu estágio probatório para, ao final de três anos de efetivo exercício, adquirir 
a estabilidade.
Uma das condições para se adquirir a estabilidade é a aprovação no estágio probatório.
O estágio probatório é o período de tempo durante o qual será avaliada a capacidade do ser-
vidor para o exercício do cargo.
Os requisitos que devem ser aferidos durante o estágio probatório não estão previstos na 
CF. Trata-se de assunto de nível infralegal. Ou seja, cada ente da Federação deve estabelecer as 
condições.
Durante o estágio probatório, são avaliadas a aptidão, a capacidade e a eficiência do servidor 
para o desempenho do cargo, com a observância dos fatores (art. 28):
I – assiduidade;
II – pontualidade;
III – disciplina;
IV – capacidade de iniciativa;
V – produtividade;
VI – responsabilidade.
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A LC n. 840/2011 determina que o Poder Executivo (mediante decreto) e os órgãos do Poder 
Legislativo devem regulamentar, em seus respectivos âmbitos de atuação, os procedimentos de 
avaliação do estágio probatório, observado, no mínimo, o seguinte:
Art. 28, § 1º, I – até o trigésimo mês do estágio probatório, a avaliação é feita semestralmente, com 
pontuação por notas numéricas de zero a dez;
II – as avaliações de que trata o inciso I são feitas pela chefia imediata do servidor, em ficha previamen-
te preparada e da qual conste, pelo menos, o seguinte:
a) as principais atribuições, tarefas e rotinas a serem desempenhadas pelo servidor, no semestre de 
avaliação;
b) os elementos e os fatores previstos neste artigo;
c) o ciente do servidor avaliado.
§ 2º Em todas as avaliações, é assegurado ao avaliado:
I – o amplo acesso aos critérios de avaliação;
II – o conhecimento dos motivos das notas que lhe foram atribuídas;
III – o contraditório e a ampla defesa, nos termos desta Lei Complementar.
§ 3º As avaliações devem ser monitoradas pela comissão de que trata o art. 29 [grifo nosso].
A avaliação especial, prevista na Constituição Federal como condição para aquisição da esta-
bilidade, deve ser feita por comissão, quatro meses antes de terminar o estágio probatório. A LC 
n. 840/2011 estabelece como deve ser a comissão (art. 29):
§ 1º A comissão de que trata este artigo é composta por três servidores estáveis do mesmo cargo ou 
de cargo de escolaridade superior da mesma carreira do avaliado.
§ 2º Não sendo possível a aplicação do disposto no § 1º, a composição da comissão deve ser definida, 
conforme o caso:
I – pelo Presidente da Câmara Legislativa;
II – pelo Presidente do Tribunal de Contas;
III – pelo Secretário de Estado a que o avaliado esteja subordinado, incluídos os servidores de autarquia, 
fundação e demais órgãos vinculados.
§ 3º Para proceder à avaliação especial, a comissão deve observar os seguintes procedimentos:
I – adotar, como subsídios para sua decisão, as avaliações feitas na forma do art. 28, incluídos eventu-
ais pedidos de reconsideração, recursos e decisões sobre eles proferidas;
II – ouvir, separadamente, o avaliador e, em seguida, o avaliado;
III – realizar, a pedido ou de ofício, as diligências que eventualmente emergirem das oitivas de que trata 
o inciso II;
IV – aprovar ou reprovar o servidor no estágio probatório, por decisão fundamentada.
§ 4º Contra a reprovação no estágio probatório cabe pedido de reconsideração ou recurso, a serem 
processados na forma da LC n. 840/2011 (art. 170) [grifo nosso].
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As autoridades de que trata o art. 29, § 2º (Presidente da Câmara Legislativa, Presidente do 
Tribunal de Contas e Secretário de Estado), são competentes para:
Art. 30, I – julgar, em única e última instância, qualquer recurso interposto na forma do art. 29;
II – homologar o resultado da avaliação especial feita pela comissão e, como consequência, efetivar o 
servidor no cargo, quando ele for aprovado no estágio probatório.
Assim:
Agente público Competência
Presidente da Câmara Legislativa Julgar, em única e última instância, qualquer recurso 
interposto.
Homologar o resultado da avaliação especial feita pela 
comissão.
Efetivar o servidor no cargo, quando ele for aprovado no 
estágio probatório.
Presidente do Tribunal de Contas
Secretário de Estado a que o avaliado esteja subor-
dinado, incluídos os servidores de autarquia, funda-
ção e demais órgãos vinculados
O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado. Neste caso, ele sai do cargo 
que estava, ou, se estável, é reconduzido ao cargo anteriormente ocupado.3
Professor, servidor em estágio probatório pode exercer cargo em comissão ou função de 
confiança?
Pode sim, nas condições que a lei prevê. Inclusive, pode no primeiro dia de trabalho (de exer-
cício) já ser nomeado para um cargo em comissão.
Veja:
Art. 26. O servidor em estágio probatório pode:
I – exercer qualquer cargo em comissão ou função de confiança no órgão, autarquia ou fundação de 
lotação;
II – ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargo de natureza especialou de equivalente 
nível hierárquico.
Portanto, em estágio probatório no órgão ou entidade que está lotado, o servidor pode exercer 
qualquer FC ou CC; mas a cessão é apenas para cargo de natureza especial – CNE ou equivalente. 
3 Jurisprudência: STF – Súmula n. 22: “O estágio probatório não protege o funcionário contra a extinção do cargo”.
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O CNE é uma espécie de cargo em comissão, porque é um cargo de livre nomeação e exoneração, 
mas são cargos em comissão de “alto nível”, vou usar essa expressão para você entender. Por 
exemplo, o Subsecretário de Saúde é um CNE. Abaixo dele, têm vários outros cargos em comis-
são.
4.1. lIcençAs e AfAstAmentos durAnte o estágIo probAtórIo
É vedado à Administração Pública conceder licença não remunerada ou autorizar afastamen-
to sem remuneração ao servidor em estágio probatório, salvo afastamento para o serviço militar 
ou para o exercício de mandato eletivo (art. 25). Memorize isso, cai muito em prova. Assim, du-
rante o estágio probatório, pode haver concessão de licenças e afastamentos COM remuneração. 
A exceção a essa regra se refere ao afastamento para o serviço militar e para mandato eletivo, 
quando não são remunerados, mas que podem ser concedidos durante o estágio.
Também é vedado à Administração Pública conceder gozo de licença-servidor durante o está-
gio probatório. Se o servidor já possuía cargo público no DF, possuindo direito à licença-servidor, 
e é aprovado para novo cargo, não poderá gozar a licença enquanto estiver no estágio probatório. 
Aqui temos outra exceção, porque a licença-servidor por assiduidade é remunerada, mas NÃO 
PODE ser concedida durante o estágio.
4.2. desIstêncIA do estágIo
Professor, se o servidor desistir do estágio, o que acontece?
A resposta é: depende! Depende se já tem estabilidade em outro cargo ou não.
Se ele já tinha estabilidade em cargo anterior, o servidor pode desistir do estágio probatório 
e ser reconduzido ao cargo de provimento efetivo anteriormente ocupado no qual já possuía 
estabilidade (art. 23). Porém não pode desistir do estágio probatório o servidor que responde 
a processo disciplinar.
4.3. prAzo do estágIo probAtórIo
Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo fica sujeito ao 
estágio probatório pelo prazo de três anos (art. 22).
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5. estAbIlIdAde
Estabilidade é o direito que adquire o servidor titular de cargo de provimento efetivo, após 
três anos de efetivo exercício, de não perder o cargo, salvo nas hipóteses restritas previstas em 
lei (no caso, nos arts. 41, § 1º, e 169, § 4º, da CF).
Da Estabilidade
Art. 32. O servidor ocupante de cargo de provimento efetivo regularmente aprovado no estágio proba-
tório adquire estabilidade no serviço público ao completar três anos de efetivo exercício.
Art. 33. O servidor estável só perde o cargo nas hipóteses previstas na Constituição Federal.
O prazo da estabilidade era de dois anos, até a EC n. 19/1998, que deu ao art. 41 da CF nova 
redação. Assim, a partir da EC n. 19/1998, o prazo para estabilidade passou a ser de três anos.
5.1. HIpóteses de perdA do cArgo pelo serVIdor estáVel
Como visto anteriormente, o § 1º do art. 41 da CF prevê três hipóteses de perda do cargo do 
servidor estável, e mais uma hipótese é prevista no art. 169, § 3º, da CF.
O art. 41 prevê que o servidor perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em 
julgado. A condenação pode ocorrer na esfera penal (crime contra a Administração Pública, por 
exemplo) ou cível e administrativa (improbidade administrativa).
A segunda hipótese se refere a processo administrativo, em que lhe seja assegurada ampla 
defesa; o processo administrativo disciplinar está regulado na LC n. 840/2011, a partir do art. 211.
O terceiro caso previsto no artigo 41 decorre de inabilitação em procedimento de avaliação 
periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa (inciso III, 
incluído pela EC n. 19/1998).
Trata-se de uma forma de implementar o princípio da eficiência, tornando possível à Adminis-
tração desligar o servidor que, estável, não mais corresponde às atribuições exigidas para o cargo.
Além das três hipóteses citadas, existe ainda uma quarta, inserta no § 4º do art. 169 da CF, 
dispositivo incluído pela EC n. 19/1998: contenção de gastos com pessoal. No caput do referido 
artigo, determina-se que “A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distri-
to Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar” 
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(a lei exigida já existe: é a Lei de Responsabilidade Fiscal (LC n. 101/2000), que revogou a LC n. 
96/1999). Caso os limites (50% da receita corrente líquida para a União e 60% para os demais 
entes, na forma do art. 19, I, II e III, da LRF) sejam desrespeitados, serão adotadas as medidas 
previstas no art. 169, § 3º, sucessivamente: a) redução da despesa com cargos em comissão 
e funções de confiança; b) exoneração dos servidores não estáveis. Se essas providências não 
resolverem a extrapolação dos limites, poderão ser exonerados até mesmo servidores estáveis, 
nos termos do art. 169, § 4º, fazendo jus o exonerado à indenização. É um caso que, embora raro, 
não é impossível de acontecer.
O § 2º do art. 41 da CF prevê que, invalidada por sentença judicial a demissão do servidor 
estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de 
origem – sem direito a indenização –, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade, 
com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
6. AcumulAção de cArgos
CF/1988
Art. 37, XVI – é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compati-
bilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.
O art. 46 da LC n. 840/2011 reproduz o mesmo texto da Constituição Federal.
CAPÍTULO IV 
DA ACUMULAÇÃO
Art. 46. É proibida a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibili-
dade de horários, para:
I – dois cargos de professor;
II – um cargo de professor com outro técnico ou científico;
III – dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.
A LC n. 840/2011 dispõe que se presume como cargo de natureza técnica ou científica qual-
quer cargo público para o qual se exija educação superior ou educação profissional, ministrada na 
forma e nas condições previstas na Lei de Diretrizese Bases da Educação Nacional.
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De acordo com a Constituição, a regra é a proibição da acumulação remunerada de cargos, 
empregos ou funções públicas.
Além de estar entre as exceções constitucionalmente previstas, a acumulação remunerada 
deve cumprir determinados requisitos, quais sejam:
• compatibilidade de horários: a acumulação, ainda que lícita, depende da compatibilidade 
de horários;
• respeito ao teto geral das remunerações (CF, art. 37, XI);
• inclusão em uma das hipóteses autorizadas pelo art. 37, XVI (dois cargos de professor; um 
cargo de professor com outro técnico ou científico; dois cargos ou empregos privativos de 
profissionais de saúde como profissões regulamentadas).
• A LC n. 840/2011 determina que a proibição de acumular estende-se:
Art. 46, § 2º, I – a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, socieda-
des de economia mista, suas subsidiárias e sociedades controladas direta ou indiretamente pelo poder 
público;
Assim, uma pessoa não pode ocupar função no Banco do Brasil e na Secretaria de Saúde do 
DF; não pode ocupar função no Detran-DF e no STJ; não pode ocupar função na Funpresp e no 
BRB. Todas essas situações são ilegais.
II – aos proventos de aposentadoria pagos por regime próprio de previdência social do Distrito Federal, 
da União, de Estado ou Município, ressalvados os proventos decorrentes de cargo acumulável.
Assim, servidor somente pode acumular aposentadorias se os cargos são acumuláveis na 
atividade.
A LC n. 840/2011 estabelece que o servidor que acumular licitamente cargo público fica obri-
gado a comprovar anualmente a compatibilidade de horários (art. 46, § 3º).
Exemplo: o art. 37, § 10, da CF admite acumulação de aposentadoria com recebimento de remu-
neração/subsídio nos casos de cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de 
livre nomeação e exoneração. Também é possível acumular mais de uma aposentadoria pelo 
regime próprio dos servidores públicos, desde que sejam cargos acumuláveis em atividade.
Segundo a LC n. 840/2011, exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público 
(art. 19). O servidor não pode entrar em exercício:
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I – se ocupar cargo inacumulável, sem comprovar a exoneração ou a vacância;
II – se ocupar cargo acumulável, sem comprovar a compatibilidade de horários.
A LC n. 840/2011, ainda, dispõe que, ressalvados os casos de interinidade (provisoriamente) 
e substituição, o servidor não pode (art. 47):
I – exercer mais de um cargo em comissão ou função de confiança;
II – acumular cargo em comissão com função de confiança.
Verificada, a qualquer tempo, a acumulação ilegal de cargos, empregos, funções públicas ou 
proventos de aposentadoria, o servidor deve ser notificado para apresentar opção no prazo im-
prorrogável de dez dias, contados da data da ciência da notificação (art. 48).
Em decorrência da opção, o servidor deve ser exonerado do cargo, emprego ou função que 
não mais tenha interesse.
Com a opção pela renúncia aos proventos de aposentadoria, o seu pagamento cessa imedia-
tamente.
Se o servidor não fizer a opção no prazo estabelecido, o setor de pessoal da repartição deve 
solicitar à autoridade competente a instauração de processo disciplinar para apuração e regulari-
zação imediata.
Instaurado o processo disciplinar, se o servidor, até o último dia de prazo para defesa escrita, 
fizer a opção por um dos cargos, o processo deve ser arquivado, sem julgamento do mérito. Se 
o servidor fizer declaração falsa sobre acumulação de cargos, essa regra não será aplicada, pois 
estará presente a má-fé de afirmar que não estava em regime de acumulação ilegal quando to-
mou posse.
Caracterizada no processo disciplinar a acumulação ilegal, a Administração Pública deve ob-
servar o seguinte:
Art. 48, § 6º, I – reconhecida a boa-fé, exonerar o servidor do cargo vinculado ao órgão, autarquia ou 
fundação onde o processo foi instaurado;
II – provada a má-fé, aplicar a sanção de demissão, destituição ou cassação de aposentadoria ou dis-
ponibilidade em relação aos cargos ou empregos em regime de acumulação ilegal, hipótese em que os 
órgãos ou entidades de vinculação devem ser comunicados.
Conforme prevê a lei, constatada a má-fé, o servidor perde todos os cargos ou empregos em 
regime de acumulação ilegal.
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Resumindo:
Não escolhe
10 dias
• Condenação
• Perder ambos os cargos
INSTAURA
PROCESSO
DISCIPLINAR
OPÇÃONOTIFICAÇÃO
6.1. pArtIcIpAção em outros órgãos e entIdAdes dA AdmInIstrAção
É vedada a participação de servidor, salvo na condição de Secretário de Estado, ainda que 
suplente, em mais de um conselho, comissão, comitê, órgão de deliberação coletiva ou assemelhado, 
na administração direta, autárquica ou fundacional do Distrito Federal. Sendo, também, vedada a 
remuneração pela participação em mais de um conselho (art. 49, LC n. 840/2011).
É permitida a participação remunerada de servidor em conselho de administração ou conse-
lho fiscal de empresa pública ou sociedade de economia mista em que o Distrito Federal detenha, 
direta ou indiretamente, participação no capital social (ex.: Terracap). Segundo a LC n. 840/2011, 
servidor não pode participar de mais de um conselho, salvo o Secretário de Estado.
Exemplo: servidor pode ser indicado para participar de Conselho Fiscal ou de Administração da 
Terracap.
7. proVImento (Art. 8º)
Provimento significa o preenchimento de um cargo público. Um cargo estava vago e será 
provido (= ocupado).
Provimento originário é aquele que não decorre de anterior vínculo da pessoa com a Adminis-
tração. A nomeação é a única forma de provimento originário, e pode ocorrer para cargo de pro-
vimento efetivo ou em comissão (art. 14º, LC n. 840/2011), devendo ser precedida de concurso 
público, na primeira hipótese.
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Inicialmente, é importante destacar que é vedado editar atos de nomeação, posse ou exercício 
com efeito retroativo (art. 9). Assim, não pode um servidor tomar posse, por exemplo, em 30 de ja-
neiro e constar que ele teria tomado posse em 1 de janeiro, pois essa data retroativa (data fictícia 
de posse) implicaria várias consequências financeiras e funcionais para o servidor.

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