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1 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 6°P MEDICINA PROBLEMA 2 - “DOUTOR, OQUE HÀ DE ERRADO COM MEU SANGUE” protrombínico e transfusão de concentrado de hemácias ao banco de sangue com urgência Manoel Ramos de Sá, 65 anos, apresentando vômitos com sangue há cerca de uma hora. Queixava-se de tontura, astenia e dispneia. Informava ser alcoólatra desde os 18 anos, e negava transfusão sanguínea prévia. Ao exame físico mostrava-se ansioso e agitado, palidez cutâneo-mucosa, sudorese fria, pulsos periféricos de amplitude diminuída, PA = 100x70 mmHg, FC = 110 bpm e FR = 26 ipm. O exame físico mais detalhado permitiu a verificação da presença de sinais de carência nutricional, eritema palmar, teleangiectasias localizadas no tórax e no abdo ̂men, circulação colateral visível na parede abdominal com padrão porta-cava, ascite, fígado impalpável, baço palpável a 5cm do rebordo costal, icterícia leve e edema de MMII. Os exames laboratoriais de amostra de sangue coletada no momento da chegada do paciente ao hospital revelaram: Ht: 24% e Hb: 8g/dl com hipocromia e microcitose; leucócitos 4000/mm3 com contagem diferencial normal; plaquetas 80.000/mm3; tempo de atividade de protrombina (TAP) e tempo de tromboplastina parcial ativado (TTPA) prolongados; AST 200 UI/l; ALT 180 UI/l; fosfatase alcalina 260 UI/L; albumina sérica 2,8g/dl; BT 3,5mg/dl (BD 2,5 e BI 1,0). . Instrução: Compreensão sobre os aspectos de formação/degradação de trombos, mecanismo de ação dos principais anticoagulantes e aspectos fisiopatológicos e clínicos envolvidos na hemorragia digestiva alta do paciente cirrótico e suas principais complicações. DISPARADORES https://www.youtube.com/watch?v=xmRNiBbKfgA BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA: ZAGO, M. A.; FALCÃO, R. P.; PASQUINI, R. Tratado de Hematologia. São Paulo: Atheneu, 2013. FIGUEIREDO MS, KERBAUY J, LOURENÇO DM. Hematologia – Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar UNIFESP-EPM. Manole, 2011. FRANCO RF. Fisiologia da coagulação, anticoagulação e fibrinólise. Medicina, Ribeirão Preto, 34: 229-237, 2001. Disponível em: http://www.periodicos.usp.br/rmrp/article/download/3998/4689 GUIMARAES J, ZAGO AJ. Anticoagulação ambulatorial. Rev HCPA 2007;27(1). Disponível em http://www.seer.ufrgs.br/hcpa/article/viewFile/457/793) FERNANDES CJCS, et al. Os novos anticoagulantes no tratamento do tromboembolismo venoso. J. Bras Pneumol. 2016;42(2):146-154. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/jbpneu/v42n2/pt_1806-3713-jbpneu-42-02- 00146.pdf. TERRA-FILHO M. Recomendações para o manejo da tromboembolia pulmonar. J Bras Pneumol. 2010;36(supl.1):S1- S68. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/jbpneu/v36s1/v36s1a18.pdf. ●FARIAS AC. Programa de Educação Continuada. SOCIEDADE BRASILEIRA DE HEPATOLOGIA & FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GASTROENTEROLOGIA. Distúrbios da coagulação na cirrose hepática. Disponível em http://www.sbhepatologia.org.br/pdf/FASC_HEPATO_30_FINAL.pdf ● BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. 1o Consenso de Hemorragia Digestiva Alta Varicosa/ Salvador, BA, 2011 ● BRASIL. Ministério da Saúde. Projeto Diretrizes. Hemorragias Digestivas. Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina/ Brasília, 2008 ●LOPES, Antonio Carlos. Tratado de Clínica Médica. 2. ed. São Paulo: Roca, 2009. 1 v. Pag. 1265-1275; 1297-1304. ●BITTENCOURT, Paulo Lisboa et al (Ed.). Manual de Cuidados Intensivos em Hepatologia. 2. ed. Barueri: Manole, 2017. ●SHAH, Neeral L; INTAGLIATA, Nicolas. Hemostatic abnormalities in patients with liver disease. 2018. Disponível em: <https://www.uptodate.com>. Acesso em: 06 jul. 2018. ●SANYAL, Arun J. General principles of the management of variceal hemorrhage. 2017. Disponível em: <https://www.uptodate.com>. Acesso em: 06 jul. 2018. ●HARRISON, Paul. Platelet function testing. 2017. Disponível em: <https://www.uptodate.com>. Acesso em: 06 jul. 2018. ●BLEIBEL, Wissam; CHOPRA, Sanjiv; CURRY, Michael P. Portal hypertension in adults. 2017. Disponível em: <https://www.uptodate.com>. Acesso em: 06 jul. 2018. ●FERENCI, Peter. Hepatic encephalopathy in adults: Clinical manifestations and diagnosis. 2017. Disponível em: <https://www.uptodate.com>. Acesso em: 06 jul. 2018. QUESTÔES DE APRENDIZAGEM: 1. Discutir hemostasia secundária (mecanismos reguladores) e terciária (sistema fibrinolítico) e https://www.youtube.com/watch?v=xmRNiBbKfgA 2 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 6°P MEDICINA compreender o mecanismo de ação, a indicação clínica e os efeitos adversos de agentes anticoagulantes. 2. Estudar e compreender a etiologia, manifestação clínica e manejo das coagulopatias adquiridas (drogas, hepatopatia, uremia). 3. Explicar as alterações na coagulação em pacientes cirróticos, bem como as alterações hemodinâmicas no sistema porta, reconhecendo os sinais clínicos da hipertensão portal e suas principais causas. 4. Discutir exames laboratoriais e medidas terapêuticas empregadas em cirróticos com hemorragia digestiva alta varicosa. 5. Reconhecer e conduzir corretamente as complicações da hemorragia digestiva alta varicosa. TESTE DE GARANTIA DE PREPARO INDIVIDUAL (IRAT): Questão 01 ___________________________________ Paciente masculino de 76 anos procura a emergência devido à preocupação com resultado de exame laboratorial alterado. Nega sintomas. Apresenta história de fibrilação atrial, dislipidemia, diabetes e hipertensão arterial. Faz uso de rosuvastatina 20 mg ao dia, metformina 850 mg duas vezes ao dia e enalapril 20 mg ao dia. Apresenta FC 68/min, PA 134/80 mmHg, FR 12/min, temperatura 36,7 °C, e SpO₂ 99% em ar ambiente. Ao exame físico, não se constata equimose, hematoma ou sangramentos. Revisão de sistemas é negativa. Exame laboratorial trazido demonstra tempo de protrombina/INR = 8,5. Qual é a conduta correta para esse caso, segundo guidelines recentes? a) Omitir varfarina até nível terapêutico e, então, reiniciar varfarina com redução de 10-15% na dose semanal. RNI acima do alvo terapêutico – há sangramento ativo? Se sim tem que encaminhar para emergência, se não o manejo é de acordo com o valor da RNI. Pacientes com RNI entre 4,1 e 8,9: omitir uma ou duas doses de varfarina. São candidatos a receber vitamina K se apresentarem fatores de risco para sangramento, como por exemplo, AVC prévio, uso de antiplaquetários, etilismo etc. A dose indicada nessa situação é de 2,5 mg por via oral. Após atingir a RNI alvo, reiniciar varfarina com dose total semanal reduzida em 10 a 15%. A vitamina K está disponível na apresentação de ampolas com solução injetável cujo conteúdo pode ser ingerido por via oral. A vitamina K não parece interferir no risco de sangramento, mas diminui o tempo até a redução do valor da RNI. https://www.ufrgs.br/telessauders/perguntas/varfarin a/ b) Administrar vitamina K oral e omitir varfarina até nível terapêutico e, então, reiniciar varfarina com redução de 10-15% na dose semanal. c) Administrar vitamina K parenteral e omitir varfarina até nível terapêutico e, então, reiniciar varfarina com redução de 10-15% na dose semanal. Se o pct tiver com sangramento ativo seria administrada vitamina K parenteral. d) Administrar plasma fresco congelado e omitir varfarina até nível terapêutico e, então, reiniciar varfarina com redução de 10-15% na dose semanal. Vitamina K é adm quando INR tá maior que 8 ou se o pct já estiver sangrando, pois sua adm pode causar trombos. O que guia é o TAP/RNI. Pode ter alargamento de TTPA também por conta da inibição dos fatores IX etc. Teste de protrombina – TP: Avalia as vias extrínseca e comum da coagulação. Cronometrar o tempo de coagulação. É sensível às deficiências dos fatores V, VII e X e menos sensível a deficiência de fator II e às formas leves de deficiência de fibrinogênio. A tromboplastina é o reagente de TP, e a sua composição e origem interferem na sua sensibilidade,por isso os resultados de um TP do mesmo paciente na mesma amostra podem variar de um laboratório para outro. Por isso criou-se o sistema RNI (relação normatizada internacional) para padronizar os resultados de TP. Os resultados do TP podem ser reportados em tempo de protrombina, atividade enzimática (%), relação (R) e RNI. Os valores de referência de normalidade para o TP variam de acordo com o reagente utilizado. O tempo de protrombina alargado pode estar relacionado ao uso de: • Medicamentos • Hepatopatias • Deficiência de fator VII • Deficiência dos fatores da via comum Como já mencionado, o TP é pouco sensível à deficiência de fibrinogênio, entretanto na hipofibrinogenemia grave (abaixo de 100 mg/dl de fibrinogênio) e na afibrinogenemia (ausência de fibrinogênio), pode apresentar-se alargado e incoagulável, respectivamente. Atividade de protrombina: 70% a 100% RNI: 0,8 a 1,2 O RNI-alvo para a maioria das condições clinicas é de 2,5, com uma faixa aceitável entre 2,0 e 3,0. RNI Em outras condições trombóticas (por exemplo, válvula mitral mecânica) recomenda-se metas de 3,0 com intervalos entre 2,5 e 3,5. O manejo da terapia de anticoagulação é um ato médico e com alvos de RNI individualizados caso a caso, conforme estado clínico e comorbidades do paciente. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual _diagnostico_coagulopatias_hereditarias_plaqueopa tias.pdf https://www.ufrgs.br/telessauders/perguntas/varfarina/ https://www.ufrgs.br/telessauders/perguntas/varfarina/ https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_diagnostico_coagulopatias_hereditarias_plaqueopatias.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_diagnostico_coagulopatias_hereditarias_plaqueopatias.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_diagnostico_coagulopatias_hereditarias_plaqueopatias.pdf 3 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 6°P MEDICINA https://www.smartlabis.com.br/guia-de-exames- 1/tempo-e-atividade-de-protrombina https://www.ufrgs.br/telessauders/perguntas/varfarin a/ Questão 02 ___________________________________ Assinale a alternativa que correlaciona corretamente o anticoagulante com seu principal mecanismo de ação. a) Warfarin - agonista da vitamina K. Varfarina é um anticoagulante cumarínico que antagoniza a função de cofator da vitamina K. o tto com varfarina resulta na produção de fatores de coagulação menos ativos. b) Heparina - agonista da antitrombina III. O efeito anticoagulante da heparina é consequente da ligação à antitrombina III, com a rápida inativação subsequente dos fatores de coagulação. A antitrombina III é uma α -globulina que inibe serinoproteases da trombina (fator IIa) e fator Xa Na ause ̂ncia de heparina, a antitrombina III interage lentamente com a trombina e o fator Xa. Quando a heparina se liga à antitrombina III, ocorre uma alteração conformacional que catalisa a inibição da trombina cerca de mil vezes. c) Dabigratana - agonista da trombina. O etexilato de dabigatrana é o pró-fármaco da molécula ativa dabigatrana, que é um inibidor direto de trombina de uso oral. A trombina livre e a ligada ao coágulo são inibidas por dabigatrana. d) Rivaroxabana - inibidor indireto do fator VIIa. Rivaroxabana e apixabana são inibidores do fator Xa, de uso oral. Ambos se ligam ao centro ativo do fator Xa, prevenindo, assim, sua habilidade de converter protrombina em trombina. Whalen, Karen, et al. Farmacologia Ilustrada. Disponível em: Minha Biblioteca, (6th edição). Grupo A, 2016. https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/yCDKLsbJkMvWH8 J6KbKThff/?lang=pt&format=pdf Questão 03 ___________________________________ Atualmente temos disponível uma maior variedade de anticoagulantes orais. O início da terapia com cada um deles varia bastante. A recomendação correta sobre o início do tratamento em um paciente adulto com trombose venosa profunda é o uso da: a) Warfarina: iniciar com 5mg/dia, sempre associado a outro anticoagulante, preferencialmente enoxaparina. Manter a associação até INR adequado e não se deve aumentar a dose de warfarina antes de 05 dias de tratamento. Para pacientes que devem começar a tomar varfarina, deve-se iniciá-la em 24 a 48 horas após o início da heparina injetável. Para pacientes que precisam iniciar um inibidor oral do fator Xa (edoxabana) ou etexilato de dabigatrana, inicia-se o agente oral no dia seguinte aos 5 a 7 dias de heparina injetável. A razão dessa abordagem diferente é que, ao iniciar a varfarina, leva cerca de 5 dias para alcançar um efeito terapêutico; consequentemente, há necessidade de uso simultâneo de heparina de ação rápida por 5 a 7 https://www.smartlabis.com.br/guia-de-exames-1/tempo-e-atividade-de-protrombina https://www.smartlabis.com.br/guia-de-exames-1/tempo-e-atividade-de-protrombina https://www.ufrgs.br/telessauders/perguntas/varfarina/ https://www.ufrgs.br/telessauders/perguntas/varfarina/ https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/yCDKLsbJkMvWH8J6KbKThff/?lang=pt&format=pdf https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/yCDKLsbJkMvWH8J6KbKThff/?lang=pt&format=pdf 4 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 6°P MEDICINA dias. https://www.msdmanuals.com/pt- br/profissional/doen%C3%A7as- cardiovasculares/doen%C3%A7as-venosas- perif%C3%A9ricas/trombose-venosa-profunda- tvp#:~:text=Todos%20os%20pacientes%20com% 20trombose,prolongado%20com%20um%20f%C 3%A1rmaco%20oral. A dose diária inicial sugerida é de varfarina 5mg/dia nos dias 1 e 2. O TP-RNI deve ser medido diariamente ou no dia 3 e com isso, os ajustes da varfarina podem ser feitos do 2° ao 7° dia. https://prefeitura.pbh.gov.br/sites/default/files/estrut ura-de- governo/saude/2019/Protocolo%20da%20rede%20 municipal%20de%20anticoagulac%CC%A7a%CC%8 3o%2022%2003%2019%20%20consulta%20publica. pdf b) Rivaroxabana: iniciar 15mg de 12/12h por 15 dias, seguido de 20mg 1x /dia, sendo necessário associar outro anticoagulante nos primeiros 07 dias de tratamento. F - A dose recomendada para o tratamento inicial da TVP aguda ou EP é de 15 mg duas vezes por dia durante as primeiras três semanas, seguida de 20 mg uma vez por dia para continuação do tratamento e prevenção da TVP recorrente e EP. Não precisa associar com outro anticoagulante. https://www.spcir.com/wp- content/uploads/2016/06/Tromboembolismo_Venos o_Diagnostico_e_Tratamento_2015.pdf c) Dabigatrana; iniciar 110mg 2x/dia por 15 dias. Manutenção com 110mg 1x/dia e não há necessidade de associação com outro anticoagulante. A dose diária recomendada de Pradaxa® é de 300 mg tomados como uma cápsula de 150 mg duas vezes por dia, após tratamento com um anticoagulante parentérico durante, pelo menos, cinco dias. A duração do tratamento deve ser determinada individualmente após uma avaliação cuidadosa do benefício relativamente ao risco de hemorragia. https://www.spcir.com/wp- content/uploads/2016/06/Tromboembolismo_Venos o_Diagnostico_e_Tratamento_2015.pdf d) Os anticoagulantes orais devem sempre ser acompanhados de uso de heparina devido ao risco de deficiência de proteína C e S. Início de anticoagulação com heparina a nível de urgência/emergência ou hospitalar: Em ambiente hospitalar, são duas as principais indicações de anticoagulação plena: 1) Tromboembolismo venoso; 2) Síndrome coronariana aguda (ambas com indicação Classe 1A para uso de heparina não fracionada – HNF ou heparia de baixo peso molecular – HBPM). A heparina é um anticoagulante injetável de ação rápida, usado com frequência para interferir agudamente na formação de trombos. O anticoagulante oral mais utilizado é a varfarina, também conhecida por agente cumarínico, é antagonista da vitamina K, um importante cofator para a síntese hepática de alguns fatores de coagulação: II (protrombina), VII, IX e X (1-3). A varfarina causa queda rápida dos níveis dos fatores VII Proteína C e S devido a suas curtas meias-vidas (6-8h). (EHC 175, 1995) Os outros fatores demoram cercade 24-48h para reduzirem seus níveis. Portanto, quando se inicia o uso do varfarina, o efeito coagulante precede seu efeito anticoagulante em cerca de 24h. Por isso normalmente inicia-se o uso da varfarina quando o paciente já foi anticoagulado com Heparina. https://ufsj.edu.br/portal- repositorio/File/lafarc/Protocolo%20Varfarina.pdf A trombose venosa profunda é a coagulação do sangue em uma veia profunda de um membro (em geral de panturrilha, coxa) ou pelve. A trombose venosa profunda aguda é a causa principal de embolia pulmonar. O tratamento da trombose venosa profunda (TVP) é um desafio constante para o cirurgião vascular. Tem como base o uso de anticoagulantes, a fi m de evitar a progressão do trombo enquanto a ativação dos mecanismos fibrinolíticos primários promove a sua dissolução. A escolha do anticoagulante inclui: disponibilidade, familiaridade de uso pela equipe médica, farmacocinética e dinâmica do fármaco, relação com comorbidades do paciente, facilidade de antagonismo em caso de efeitos colaterais e até preferência do paciente/custo.5 Hoje, temos disponíveis para uso no Brasil: a heparina não fracionada (HNF), as heparinas fracionadas ou de baixo e muito baixo pesos moleculares (HBPM e HMBPM), os antagonistas da vitamina K (AVK) e os DOAC (direct oral anticoagulants). Fármacos, como a hirudina; os derivados semissintéticos, como a bivalirudina; e os heparinoides (danaparoide – derivado de sulfato de heparana, dermatana e condroitina) não estão disponíveis no mercado nacional. https://www.msdmanuals.com/pt- br/profissional/doen%C3%A7as- cardiovasculares/doen%C3%A7as-venosas- perif%C3%A9ricas/trombose-venosa-profunda-tvp https://sbacv.org.br/wp- content/uploads/2021/03/consenso-e-atualizacao- no-tratamento-do-tev.pdf os fatores de coagulação são produzidos no fígado, com exceção de 2 fatores – von Willebrand e fator VIII, que são produzidos no endotélio e fator XIII é produzido na MO. Um cirrótico não é naturalmente anticoagulado. Ele produz certa coagulação. Questão 04 ___________________________________ Paciente dá entrada na unidade de terapia intensiva com quadro de choque hipovolêmico, devido a hemorragia digestiva alta, decorrente a sangramento de varizes esofagogástricas secundárias a hipertensão portal - cirrose hepática. Atualmente, ainda não existe tratamento eficaz para os cirróticos, como resultado, o tratamento tem sido focado no controle da hipertensão portal e suas complicações. Com relação https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/doen%C3%A7as-venosas-perif%C3%A9ricas/trombose-venosa-profunda-tvp#:~:text=Todos%20os%20pacientes%20com%20trombose,prolongado%20com%20um%20f%C3%A1rmaco%20oral https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/doen%C3%A7as-venosas-perif%C3%A9ricas/trombose-venosa-profunda-tvp#:~:text=Todos%20os%20pacientes%20com%20trombose,prolongado%20com%20um%20f%C3%A1rmaco%20oral https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/doen%C3%A7as-venosas-perif%C3%A9ricas/trombose-venosa-profunda-tvp#:~:text=Todos%20os%20pacientes%20com%20trombose,prolongado%20com%20um%20f%C3%A1rmaco%20oral https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/doen%C3%A7as-venosas-perif%C3%A9ricas/trombose-venosa-profunda-tvp#:~:text=Todos%20os%20pacientes%20com%20trombose,prolongado%20com%20um%20f%C3%A1rmaco%20oral https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/doen%C3%A7as-venosas-perif%C3%A9ricas/trombose-venosa-profunda-tvp#:~:text=Todos%20os%20pacientes%20com%20trombose,prolongado%20com%20um%20f%C3%A1rmaco%20oral https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/doen%C3%A7as-venosas-perif%C3%A9ricas/trombose-venosa-profunda-tvp#:~:text=Todos%20os%20pacientes%20com%20trombose,prolongado%20com%20um%20f%C3%A1rmaco%20oral https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/doen%C3%A7as-venosas-perif%C3%A9ricas/trombose-venosa-profunda-tvp#:~:text=Todos%20os%20pacientes%20com%20trombose,prolongado%20com%20um%20f%C3%A1rmaco%20oral https://prefeitura.pbh.gov.br/sites/default/files/estrutura-de-governo/saude/2019/Protocolo%20da%20rede%20municipal%20de%20anticoagulac%CC%A7a%CC%83o%2022%2003%2019%20%20consulta%20publica.pdf https://prefeitura.pbh.gov.br/sites/default/files/estrutura-de-governo/saude/2019/Protocolo%20da%20rede%20municipal%20de%20anticoagulac%CC%A7a%CC%83o%2022%2003%2019%20%20consulta%20publica.pdf https://prefeitura.pbh.gov.br/sites/default/files/estrutura-de-governo/saude/2019/Protocolo%20da%20rede%20municipal%20de%20anticoagulac%CC%A7a%CC%83o%2022%2003%2019%20%20consulta%20publica.pdf https://prefeitura.pbh.gov.br/sites/default/files/estrutura-de-governo/saude/2019/Protocolo%20da%20rede%20municipal%20de%20anticoagulac%CC%A7a%CC%83o%2022%2003%2019%20%20consulta%20publica.pdf https://prefeitura.pbh.gov.br/sites/default/files/estrutura-de-governo/saude/2019/Protocolo%20da%20rede%20municipal%20de%20anticoagulac%CC%A7a%CC%83o%2022%2003%2019%20%20consulta%20publica.pdf https://prefeitura.pbh.gov.br/sites/default/files/estrutura-de-governo/saude/2019/Protocolo%20da%20rede%20municipal%20de%20anticoagulac%CC%A7a%CC%83o%2022%2003%2019%20%20consulta%20publica.pdf https://www.spcir.com/wp-content/uploads/2016/06/Tromboembolismo_Venoso_Diagnostico_e_Tratamento_2015.pdf https://www.spcir.com/wp-content/uploads/2016/06/Tromboembolismo_Venoso_Diagnostico_e_Tratamento_2015.pdf https://www.spcir.com/wp-content/uploads/2016/06/Tromboembolismo_Venoso_Diagnostico_e_Tratamento_2015.pdf https://www.spcir.com/wp-content/uploads/2016/06/Tromboembolismo_Venoso_Diagnostico_e_Tratamento_2015.pdf https://www.spcir.com/wp-content/uploads/2016/06/Tromboembolismo_Venoso_Diagnostico_e_Tratamento_2015.pdf https://www.spcir.com/wp-content/uploads/2016/06/Tromboembolismo_Venoso_Diagnostico_e_Tratamento_2015.pdf https://ufsj.edu.br/portal-repositorio/File/lafarc/Protocolo%20Varfarina.pdf https://ufsj.edu.br/portal-repositorio/File/lafarc/Protocolo%20Varfarina.pdf https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/doen%C3%A7as-venosas-perif%C3%A9ricas/trombose-venosa-profunda-tvp https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/doen%C3%A7as-venosas-perif%C3%A9ricas/trombose-venosa-profunda-tvp https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/doen%C3%A7as-venosas-perif%C3%A9ricas/trombose-venosa-profunda-tvp https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/doen%C3%A7as-venosas-perif%C3%A9ricas/trombose-venosa-profunda-tvp https://sbacv.org.br/wp-content/uploads/2021/03/consenso-e-atualizacao-no-tratamento-do-tev.pdf https://sbacv.org.br/wp-content/uploads/2021/03/consenso-e-atualizacao-no-tratamento-do-tev.pdf https://sbacv.org.br/wp-content/uploads/2021/03/consenso-e-atualizacao-no-tratamento-do-tev.pdf 5 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 6°P MEDICINA a hipertensão portal e varizes esofagogástricas assinale a correta. I. A hipertensão portal é definida por uma pressão portal maior do que 5 mmHg, entretanto, pressões mais elevadas são necessárias para estimular o desenvolvimento da circulação colateral portossistêmica. V- https://www.misodor.com.br/HIPERTENSAO%20POR TAL.php II. A hipertensão portal geralmente ocorre devido a maior resistência no afluxo venoso portal de localização pré- hepática, intra ou pós-hepática. V - https://www.mastereditora.com.br/download- 580#:~:text=A%20hipertens%C3%A3o%20portal%2 0%C3%A9%20resultante,causas%20incomuns%20de %20hipertens%C3%A3o%20portal. III. O sangramento das varizes esofagogástricas é a única complicação da hipertensão portal mais ameaçadora a vida, responsável por 1/3 dos óbitos em pacientes com cirrose. V - https://www.misodor.com.br/HIPERTENSAO%20POR TAL.php mas única ? IV. Após um sangramento de varizes esofagogástricas, a probabilidade de um episódio subsequenteultrapassa os 70%, sendo que o desafio a longo prazo é a prevenção de hemorragia e manutenção de função hepática satisfatória. V - http://rmmg.org/artigo/detalhes/389 a) Todas estão corretas. b) Apenas I e II estão corretas. c) Apenas III e IV estão corretas. d) Apenas II e IV estão corretas. Questão 05 ___________________________________ Paciente masculino, 45 anos, dá entrada na emergência com hematêmese volumosa, inédita, associada à lipotimia. O mesmo encontra-se em acompanhamento por cirrose de etiologia alcoólica e coronariopatia mas não vem em uso de medicações. A equipe de plantão iniciou ressuscitação volêmica e foi realizada endoscopia que mostrou varizes de médio calibre sangrantes. Qual das opções abaixo descreve a medida mais adequada a ser realizada nesse momento? a) Realizar escleroterapia e prescrever carvedilol. A escleroterapia pode ser realizada caso a ligadura elástica não seja possível. https://www.scielo.br/j/ag/a/S3bTnb9PTvXrTvgL7Wy NpPt/?lang=pt Carvedilol mostrou ser fármaco com efeito positivo no sangramento das varizes gástricas e sem efeitos adversos significantes. https://www.scielo.br/j/abcd/a/9wDc7C7TxMpDZFrL FHBGtsy/?lang=pt&format=pdf#:~:text=O%20uso% 20de%20carvedilol%20%C3%A9,%C3%A0queles%2 0com%20HP%20recebendo%20placebo. b) Realizar ligadura de varizes e associar octreotide. https://www.sanarmed.com/casos-clinicos- hemorragia-digestiva-alta-no-paciente-cirrotico-ligas onduta atual é pela ligadura elástica das varizes como primeira opção. Caso esta não seja possível, efetuamos escleroterapia. Ambos os métodos substituem com vantagem o uso do balão esofágico e suas complicações. https://www.scielo.br/j/ag/a/S3bTnb9PTvXrTvgL7Wy NpPt/?lang=pt O octreotide é um análogo da somatostatina que, embora se associe apenas à redução transitória ou nula da pressão portal, exibe ação na prevenção da sua elevação pós-prandial. https://www.sbhepatologia.org.br/pdf/consensos/co nsenso1.pdf c) Iniciar beta bloqueador e administrar somatostatina. A somatostatina também induz redução significante das pressões portal e intravaricosa e do fluxo da veia ázigos, mas de efeito mais transitório na dose habitual de 250 mcg/kg/ hora, sendo observado efeito mais persistente com dose mais alta de 500 mcg/kg/hora. https://www.sbhepatologia.org.br/pdf/consensos/co nsenso1.pdf d) Administrar plasma fresco congelado e terlipressina. A transfusão de plasma fresco congelado e de plaquetas pode ser considerada em pacientes com coagulopatia importante e plaquetopenia, entretanto, não há evidências que comprovem seu real benefício. A terlipressina é um análogo de ação prolongada da vasopressina, associado à menor frequência de efeitos colaterais cardiovasculares por atuação preferencial nos receptores V1. Seu uso se associa à redução significante das pressões portal e intravaricosa e do fluxo da veia ázigos, com efeito prolongado por aproximadamente quatro horas. https://www.sbhepatologia.org.br/pdf/consensos/co nsenso1.pdf Lipotimia = perda da força muscular, porém sem necessariamente perda da consciência. https://www.misodor.com.br/HIPERTENSAO%20PORTAL.php https://www.misodor.com.br/HIPERTENSAO%20PORTAL.php https://www.mastereditora.com.br/download-580#:~:text=A%20hipertens%C3%A3o%20portal%20%C3%A9%20resultante,causas%20incomuns%20de%20hipertens%C3%A3o%20portal https://www.mastereditora.com.br/download-580#:~:text=A%20hipertens%C3%A3o%20portal%20%C3%A9%20resultante,causas%20incomuns%20de%20hipertens%C3%A3o%20portal https://www.mastereditora.com.br/download-580#:~:text=A%20hipertens%C3%A3o%20portal%20%C3%A9%20resultante,causas%20incomuns%20de%20hipertens%C3%A3o%20portal https://www.mastereditora.com.br/download-580#:~:text=A%20hipertens%C3%A3o%20portal%20%C3%A9%20resultante,causas%20incomuns%20de%20hipertens%C3%A3o%20portal https://www.misodor.com.br/HIPERTENSAO%20PORTAL.php https://www.misodor.com.br/HIPERTENSAO%20PORTAL.php http://rmmg.org/artigo/detalhes/389 https://www.scielo.br/j/ag/a/S3bTnb9PTvXrTvgL7WyNpPt/?lang=pt https://www.scielo.br/j/ag/a/S3bTnb9PTvXrTvgL7WyNpPt/?lang=pt https://www.scielo.br/j/abcd/a/9wDc7C7TxMpDZFrLFHBGtsy/?lang=pt&format=pdf#:~:text=O%20uso%20de%20carvedilol%20%C3%A9,%C3%A0queles%20com%20HP%20recebendo%20placebo https://www.scielo.br/j/abcd/a/9wDc7C7TxMpDZFrLFHBGtsy/?lang=pt&format=pdf#:~:text=O%20uso%20de%20carvedilol%20%C3%A9,%C3%A0queles%20com%20HP%20recebendo%20placebo https://www.scielo.br/j/abcd/a/9wDc7C7TxMpDZFrLFHBGtsy/?lang=pt&format=pdf#:~:text=O%20uso%20de%20carvedilol%20%C3%A9,%C3%A0queles%20com%20HP%20recebendo%20placebo https://www.scielo.br/j/abcd/a/9wDc7C7TxMpDZFrLFHBGtsy/?lang=pt&format=pdf#:~:text=O%20uso%20de%20carvedilol%20%C3%A9,%C3%A0queles%20com%20HP%20recebendo%20placebo https://www.sanarmed.com/casos-clinicos-hemorragia-digestiva-alta-no-paciente-cirrotico-ligas https://www.sanarmed.com/casos-clinicos-hemorragia-digestiva-alta-no-paciente-cirrotico-ligas https://www.scielo.br/j/ag/a/S3bTnb9PTvXrTvgL7WyNpPt/?lang=pt https://www.scielo.br/j/ag/a/S3bTnb9PTvXrTvgL7WyNpPt/?lang=pt https://www.sbhepatologia.org.br/pdf/consensos/consenso1.pdf https://www.sbhepatologia.org.br/pdf/consensos/consenso1.pdf https://www.sbhepatologia.org.br/pdf/consensos/consenso1.pdf https://www.sbhepatologia.org.br/pdf/consensos/consenso1.pdf https://www.sbhepatologia.org.br/pdf/consensos/consenso1.pdf https://www.sbhepatologia.org.br/pdf/consensos/consenso1.pdf 6 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 6°P MEDICINA Escleroterapia = é um procedimento endoscópico para eliminar a varizes do esôfago. Para isso, é injetada uma substância dentro da veia. Essas varizes geralmente aparecem em pacientes com cirrose ou esquitomose. A escleroterapia é feita em sessões, geralmente com um intervalo de 15 dias entre elas. Carvedilol = é um anti-hipertensivo (beta bloqueador não seletivo), indicado para hipertensão arterial; insuficiência cardíaca congestiva (Tratamento adjunto). Questão 06 ___________________________________ Com relação à hemorragia digestiva por ruptura de varizes de esôfago, assinale a alternativa incorreta: a) A 1ª conduta na suspeita de hemorragia varicosa é a estabilização da pressão arterial do paciente. A prioridade é a estabilização hemodinâmica do paciente nos pacientes com sangramento agudo: • Perda de volume < 15% não apresenta hipotensão ou taquicardia. Obs.: pacientes em uso de betabloqueador e idosos podem não apresentar taquicardia, enquanto grávidas e crianças podem apresentar sintomas. • Taquicardia em repouso (> 100 bpm) e hipotensão postural, indicam uma perda de 15- 30% do volume sanguíneo. • Ressuscitação volêmica com cristaloides até 2L, mais do que isso pode aumentar o sangramento ativo ou voltar a sangrar. • Pacientes que não melhoram, idosos e com sinais de falência orgânica, necessitam de concentrado de hemácias. • PAS < 90 mmHg, agitação, confusão ou letargia, com extremidades frias, indica choque hipovolêmico com > 40% de perda do volume sanguíneo. • Transfusão sanguínea com concentrado de hemácias. • Intubação orotraqueal eletiva é recomendada antes da endoscopia, em pacientes com choque hipovolêmico, hematêmese em curso, alteração do estado mental, comprometimento respiratório e para minimizar o risco de aspiração. https://www.sanarmed.com/hemorragia-digestiva- alta-do-diagnostico-ao-tratamento b) Em cerca de 2/3 dos pacientes com hemorragia varicosa, o sangramento cessa espontaneamente. Em aproximadamente 75% dos casos o sangramento cessa espontaneamente, entretanto, pode recorrer em 25% dos casos. https://www.scielo.br/j/rb/a/t4KPm4drhrFGsKQqPW PrvXL/?lang=pt&format=pdf c) Nos pacientes com suspeita de hemorragia aguda por ruptura de varizes de esôfago, a terapia farmacológica, com somatostatina, octreotida ou terlipressina deve ser iniciada o mais precocemente possível, antes mesmo da realização da endoscopia digestiva alta. A utilização de drogas vasoativasque promovem vasoconstrição esplâncnica (terlipressina, somatostatina ou octreotídeo) está indicada de imediato, assim que se presuma ser a HDA secundária à hipertensão portal. https://amb.org.br/files/_BibliotecaAntiga/hemorragi as-digestivas.pdf d) O ressangramento, embora infrequente, pode ocorrer após controle do sangramento inicial. O ressangramento pelas varizes pode ocorrer em 30% a 40% dos pacientes, dentro das primeiras seis semanas – 40% nos primeiros cinco dias. Após seis semanas, o risco de ressangramento torna-se muito próximo daquele antes do episódio inicial. https://amb.org.br/files/_BibliotecaAntiga/hemorragi as-digestivas.pdf A recidiva do sangramento pode ocorrer e é também potencialmente letal em pacientes cirróticos. https://ubibliorum.ubi.pt/bitstream/10400.6/972/1/d isserta%C3%A7ao%20sofia%20luis.pdf Questão 07 ___________________________________ Um paciente de 42 anos, com elevada ingestão diária de bebida alcoólica, em fila de espera para submeter- se a transplante hepático, apresenta episódio de hematêmese e é trazido pela unidade de resgate confuso e hiporreativo. Após as medidas iniciais de suporte e reposição volêmica, a atitude mais adequada é: a) Administração de solução parenteral com aminoácidos essenciais. b) Transplante hepático de emergência. c) Tomografia computadorizada de crânio, pois os pacientes etilistas geralmente apresentam quedas com trauma cranioencefálico. d) Endoscopia digestiva alta para identificar e tratar a causa do sangramento, limpeza intestinal, prescrição de lactulose e restrição de drogas hepatotóxicas. EDA deve ser feita até as primeiras 24horas. Mas o ideal é até as 12 primeiras horas. Questão 08 ___________________________________ Paciente com hematêmese é submetido a endoscopia digestiva alta (EDA), que revela a imagem a seguir. Sobre ela, marque a alternativa incorreta: a) Somatostatina é uma opção no tratamento farmacológico durante o evento agudo. Prefere-se a ligadura endoscópica das varizes à escleroterapia. Ao mesmo tempo, deve-se ministrar octreotida intravenosa (um análogo sintético da somatostatina, que também pode ser usado). A octreotida aumenta a resistência vascular esplâncnica por impedir a liberação esplâncnica de hormônios vasodilatadores (p. ex., glucagon e peptídeo intestinal https://www.sanarmed.com/hemorragia-digestiva-alta-do-diagnostico-ao-tratamento https://www.sanarmed.com/hemorragia-digestiva-alta-do-diagnostico-ao-tratamento https://www.scielo.br/j/rb/a/t4KPm4drhrFGsKQqPWPrvXL/?lang=pt&format=pdf https://www.scielo.br/j/rb/a/t4KPm4drhrFGsKQqPWPrvXL/?lang=pt&format=pdf https://amb.org.br/files/_BibliotecaAntiga/hemorragias-digestivas.pdf https://amb.org.br/files/_BibliotecaAntiga/hemorragias-digestivas.pdf https://amb.org.br/files/_BibliotecaAntiga/hemorragias-digestivas.pdf https://amb.org.br/files/_BibliotecaAntiga/hemorragias-digestivas.pdf https://ubibliorum.ubi.pt/bitstream/10400.6/972/1/disserta%C3%A7ao%20sofia%20luis.pdf https://ubibliorum.ubi.pt/bitstream/10400.6/972/1/disserta%C3%A7ao%20sofia%20luis.pdf 7 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 6°P MEDICINA vasoativo). A dose usual é 50 mcg IV em bolo, seguida de infusão de 50 mcg/h. O octreotida é preferido a outros agentes anteriormente usados, como vasopressina e terlipressina, já que causa menos efeitos adversos. https://www.msdmanuals.com/pt- br/profissional/dist%C3%BArbios- gastrointestinais/sangramento-gastrintestinal/varizes A outra classe farmacológica utilizada é a dos vasodilatadores esplâncnicos (terlipressina, vasopressina, somatostatina e octreotide). Eles dilatam as veias pertencentes ao sistema esplâncnico, reduzindo drasticamente a pressão no interior das varizes e, na maioria dos casos, levando à interrupção do sangramento. Pelo perfil de efeitos colaterais (que incluem risco de infarto agudo do miocárdio) e necessidade de administração por via endovenosa, são adequados apenas para o tratamento da hemorragia. http://www.hepcentro.com.br/varizes.htm b) Ligadura elástica endoscópica é uma opção de tratamento endoscópico. A escleroterapia é o tratamento endoscópico onde injeta-se um agente esclerosante (irritante) ou uma cola biológica (cianoacrilato) no interior da variz. através de uma agulha. No caso do agente esclerosante, há um risco pequeno, mas significativo, de sangramento (afinal, a variz é perfurada) e outras complicações. Como esses riscos são maiores do que os da ligadura elástica, a escleroterapia com agentes esclerosantes atualmente só é recomendada em casos de emergência, quando não há disponibilidade da ligadura elástica. http://www.hepcentro.com.br/varizes.htm c) Escleroterapia com Etanolamina é uma opção de tratamento endoscópico. http://www.doencasdofigado.com.br/tratamento%20 endoscopico%20das%20varizes%20esofagicas.pdf d) Escleroterapia com Adrenalina é uma opção de tratamento endoscópico. O tto endoscópico da úlcera hemorrágica já percorreu um longo caminho desde injeções de adrenalina e outras soluções etc. https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/t de-28072017- 092110/publico/FelipeIankelevichBaracat.pdf A esclerose das úlceras, tal como tem sido descrita por vários autores, consiste na injecção prévia de adrenalina (diluição 1 10000) nos bordos da lesão e no vaso sangrante. https://www.google.com/search?q=escleroterapia+c om+adrenalina&oq=escleroterapia+com+adrenalina &aqs=chrome..69i57.5219j1j7&sourceid=chrome&ie =UTF-8 Questão 09 ___________________________________ Um homem de 50 anos, etilista, com cirrose, apresenta Hemorragia Digestiva Alta (HDA). Antecedentes pessoais: HDA de origem varicosa há 1 mês, com ligadura elástica. Exames laboratoriais: albumina = 2,8mg/dl; tempo de protrombina - RNI =3; hemoglobina =7mg/dl. Encontra-se hemodinamicamente estável. Considerando o quadro apresentado, assinale a alternativa correta: a) Só deve ser realizada a endoscopia digestiva alta após a correção dos distúrbios de coagulação. Após a estabilização clínica, utiliza-se o método endoscópico para investigar a etiologia do sangramento e, em alguns casos, é terapêutico. b) Deve-se manter hemoglobina acima de 10mg/dl por ser provável HDA de origem varicosa. Alguns autores sugerem que pacientes de baixo risco devem ser transfundidos caso hemoglobina seja menor que 7mg/dL. Já em pacientes com comorbidades (idosos, doença renal, coronariopatia,...) devem ser transfundidos caso hemoglobina seja menor que 10mg/dL. Em termos gerais, 1 concentrado de hemácias (CHAD) eleva o hematócrito em 3.5 unidades e a hemoglobina em 1mg/dL. c) Devem-se rastrear infecções e, se não houver foco infeccioso, iniciar antibioticoterapia profilática. https://pebmed.com.br/diretriz-de-cirrose- descompensada-abordagem-da-hemorragia- digestiva/ d) Como as varizes já foram tratadas previamente com ligadura elástica e o paciente mantém distúrbio de coagulação, é provável que esse sangramento esteja ocorrendo por causa de úlcera. https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/sangramento-gastrintestinal/varizes https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/sangramento-gastrintestinal/varizes https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/sangramento-gastrintestinal/varizes http://www.hepcentro.com.br/varizes.htm http://www.hepcentro.com.br/varizes.htm http://www.doencasdofigado.com.br/tratamento%20endoscopico%20das%20varizes%20esofagicas.pdf http://www.doencasdofigado.com.br/tratamento%20endoscopico%20das%20varizes%20esofagicas.pdf https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-28072017-092110/publico/FelipeIankelevichBaracat.pdf https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-28072017-092110/publico/FelipeIankelevichBaracat.pdf https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-28072017-092110/publico/FelipeIankelevichBaracat.pdf https://www.google.com/search?q=escleroterapia+com+adrenalina&oq=escleroterapia+com+adrenalina&aqs=chrome..69i57.5219j1j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8https://www.google.com/search?q=escleroterapia+com+adrenalina&oq=escleroterapia+com+adrenalina&aqs=chrome..69i57.5219j1j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8 https://www.google.com/search?q=escleroterapia+com+adrenalina&oq=escleroterapia+com+adrenalina&aqs=chrome..69i57.5219j1j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8 https://www.google.com/search?q=escleroterapia+com+adrenalina&oq=escleroterapia+com+adrenalina&aqs=chrome..69i57.5219j1j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8 https://pebmed.com.br/diretriz-de-cirrose-descompensada-abordagem-da-hemorragia-digestiva/ https://pebmed.com.br/diretriz-de-cirrose-descompensada-abordagem-da-hemorragia-digestiva/ https://pebmed.com.br/diretriz-de-cirrose-descompensada-abordagem-da-hemorragia-digestiva/ 8 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 6°P MEDICINA https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/03/881605/ hemorragia-digestiva-alta-diagnostico-diferencial-e- abordagem.pdf Questão 10 ___________________________________ Um homem de 55 anos, portador de cirrose alcoólica e de varizes de esôfago, apresenta o 12 episódio de hematêmese maciça. Estava sendo tratado com betabloqueador. Trazido ao pronto-socorro, está hipotenso e taquicárdico, mas melhora com a reposição de volume e o tratamento medicamentoso, que incluiu terlipressina. A endoscopia confirma que o sangramento foi decorrente das varizes de esôfago, descartando outras lesões. Assinale V ou F para o tratamento mais adequado: a) Shunt portocava. F Não adianta no momento, pois é um pct agudo. b) Escleroterapia endoscópica. F não se mostra tão superior à ligadura, só usa quando tem contraindicações da ligadura ou quando a ligadura não deu certo. c) Ligadura endoscópica das varizes sangrantes. V Pq é um pct agudo. e) TIPS (shunt intra-hepático portossistêmico) F É utilizada em último caso pois há alta chance de mortalidade. AULA: Probas de hemostasia: TAP: • Adição de fator tecidual – tromboplastina • Adição de cálcio ionizado • Via extrínseca • RNI • Uso de cumarínicos (varfarina), deficiência de vitamina K, insuficiência hepática, deficiência do fator VII e deficiência do fator X. TTPA: • Sem fator tecidual – tromboplastina parcial (fator de coagulação III) • Adição de cálcio ionizado • Via intrínseca • Uso de heparina não fracionada, deficiência do fator VIII (hemofilia A), deficiência do fator IX (hemofilia B), CIVD e presença de inibidores circulantes (anticorpos antifator VIII, anticoagulante lúpico etc). https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/03/881605/hemorragia-digestiva-alta-diagnostico-diferencial-e-abordagem.pdf https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/03/881605/hemorragia-digestiva-alta-diagnostico-diferencial-e-abordagem.pdf https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/03/881605/hemorragia-digestiva-alta-diagnostico-diferencial-e-abordagem.pdf 9 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 6°P MEDICINA COAGULOPATIAS ADQUIRIDAS: São doenças que mexem com os fatores de coagulação. Cirrose hepática Apresentação Cirrose hepática ou alcoolica. Nem todo mundo com cirrose tem hipertensão portal. Com a fibrose do fígado tem diversas modificações no corpo: Fatores de coagulação: Fígado – fibrinogênio (fator I), trombina (fator II), e os fatores a montante, V, VII, IX, X e XI. Células endoteliais: fator VIII Medula óssea: subunidade a do fator XIII. HEMORRAGIA DIGESTIVA • Alta: varicosa e não varicosa • Baixa Essa diferenciação anatomicamente é feita pelo ângulo de Treitz. 10 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 6°P MEDICINA Varizes esofágicas: Hematêmese e melena – indicam EDA. Há alteração anatômica no esôfago devido a circulação colateral – o corpo dilata as veias. Tem varizes de fino, médio e grosso calibre. O que mais preocupa são as de grande calibre pois há maior chance de ruptura das varizes. Quando tem sangramento dessas varizes identifica através de: hematêmese, melena, enterorragia (sangue vermelho vivo devido ao volume). Investiga através de EDA de 12 a 24h, mas nem sempre o pct vai estar estável para isso. Tratamento: Agudo • Estabilização hemodinâmica – expansão volêmica e talvez drogas vasoativas se expansão não funcionar • Análogos da somastatina e vasopressina – somatostatina, octreotide, terlipressina (agem na vasoconstrição esplênica, a melhor droga é a terlipressina pois ela tira do quadro e tem ação que age na mobilidade do pct.) • Escleroterapia/ligadura elástica – estancar o sangramento, faz preferencialmente a ligadura. A esclero só é feita quando não puder realizar a ligadura. • Antibioticoterapia – norfloxacino/ciprofloxacino (profilaxia) O ideal seria tratar a doença de base, mas não dá para fazer transplante em todos os pcts. A cirrose hepática não tem cura. Profilaxia primária: se o pct não sangrou ainda • Beta-bloqueador não seletivo – diminuição do débito cardíaco e ação direta na circulação esplâncnica causando vasoconstrição • Ligadura elástica – primeira opção em cirróticos não aderentes, intolerantes ou com contraindicações aos BBNS. Não é feita sempre, só em pcts que não vão aderir ao tratamento ou tem contraindicação do beta-bloqueador. Escleroterapia – vasocomprime para conter o sangramento.
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