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Saúde Pública

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Saúde Pública
Determinantes Sociais
A OMS define saúde como “um
estado de completo bem-estar
físico, mental e social e não
somente ausência de afecções e
enfermidades”. 
Ao falar sobre saúde e doença, é
necessário falar também sobre os
fatores que afetam a saúde dos
indivíduos, os determinantes sociais. 
Os determinantes sociais estruturais
são de origem histórica e cultural,
incluem a moradia, escolaridade,
ocupação (trabalho), renda etc.
Os determinantes sociais intermediários
são de origem individual, por
exemplo hábitos, idade, genética,
sexualidade etc.
Ao tentar mudar a saúde da
população, medidas que tenham
como foco determinantes sociais
estruturais, ou seja, o macro, têm
maior alcance e são mais efetivas.
História Natural da Doença
Modelo proposto por Leavell e Clark
que divide a progressão natural de
uma doença em três fases:
Fase de Sucetibilidade: o indivíduo
ainda não foi contaminado, porém
corre o risco de o ser.
Fase de Patogênese: ocorre a
contaminação, porém ainda não há
sintomas, apenas uma alteração
microscópica (visível em exames)
Fase de Convalença: o indivíduo
começa a manifestar sintomas.
Processos de prevenção
A prevenção divide-se em quatro
níves de acordo com a fase da doença
que buscam tratar:
Prevenção Primária: a "prevenção
clássica", age na fase de
sucetibilidade, impedindo que o
indivíduo fique contaminado
Ex: vacinas, uso de máscaras, uso de
preservativos
Prevenção Secundária: age no estágio
de patogênese, permitindo o
diagnóstico e tratamento precoce,
inclui a maior parte dos meses
coloridos.
Ex: mamogragia (outubro rosa),
exame de próstata (novembro azul),
teste de HIV etc.
Prevenção Terciária: previne a
complicação da doença, age na fase
de convalescença, impedindo que os
sintomas se agravem.
Ex: fisioterapia, terapia ocupacional,
pé diabético.
Prevenção Quaternária: não é ligada a
uma fase da história natural da
doença e sim com o nível dois de
prevenção. É responsável por
questionar o excesso de exames,
medicações e outras intervenções
médicas, previnindo erros, iatogenias
e o desconforto desnecessário do
paciente.
História da Saúde Pública no
Brasil
Período Colonial: existiam dois
sistemas de saúde, um para
portugueses ricos que tinham acesso
a barbeiros (cirurgiões) e físicos
(médicos) e outro para indígenas,
escravos e pobres que tinham acesso
apenas a benzedeiras e pajés ou às
Santas Casas, locais que tinham
como objetivo oferecer conforto e
cuidado para os enfermos, mas não
tinham recursos para fornecer uma
cura.
República Velha: as políticas de saúde
eram, essencialmente, capitalistas,
tinham como objetivo evitar que o
trabalhador ficasse doente e perdesse
dias de trabalho ou que outros países
evitassem comercializar com o Brasil.
Criam-se as vilas de fábrica, que
contavam com saneamento básico,
têm-se a revolta da vacina e é criado
um sistema de previdência através da
lei Eloy Chaves.
Era Vargas: ainda com um foco
capitalista, cria-se a CLT, o IAP
garante um sistema de previdência
para todos aqueles que tinham
carteira assinada e é criado o
Ministério da Saúde, cuja função era
coletivista, dedicando-se
principalmente à campanhas de
vacinação
Redemocratização: com o
desenvolvimento econômico, há um
maior estímulo à medicina privada,
os planos de saúde crescem em cima
da ideia de que o privado é bom e o
público é ruim. Para fazer dinheiro os
planos de saúde "romantizam"
exames desnecessários e
encaminhamentos.
Ditadura: o investimento em saúde
pública diminui ainda mais, a falta de
transparência, a burocratização e o
controle do Estado travam o sistema.
Surge um movimento popular com a
bandeira "Saúde Para Todos",
começa-se a sonhar com o SUS
1998: Criação do SUS!
Princípios e Diretrizes do
SUS
O funcionamento do Sistema Único
de Saúde baseia-se na Constituição
Federal, artigos 196 à 200, nas Leis
Orgânicas da Saúde 8.080/90 e
8.142/90 e no Decreto 7.508/11.
Na prática isso significa que "saúde é
um direito de todos e dever do
Estado[...]" (Constituição Federal, Art.
196)
universalidade (todos tem
direito)
integralidade (todos os
atendimentos de saúde são
fornecidos)
equidade (é dada mais
assistência à pessoas e
populações que necessitam)
municipalização (a gestão da
saúde fica a cargo dos
municípios)
regionalização (os serviços ficam
restristos a uma determinada
área geográfica com o objetivo
de conhecer a população que
será atendida)
Além disso o SUS conta com os
princípios de:
As Leis Orgânicas da Saúde definem
saúde como um bem estar geral,
também relacionado à moradia,
alimentação e renda, sendo assim os
serviços do SUS estendem-se para a 
 vigilância sanitária, a anvisa, a
regulamentação de planos de saúde
etc.
Participação Social: garantida pela
Lei Orgânica da Saúde 8.142/90 que
diz que toda a sociedade pode
participar das conferências de saúde
que ocorrem a cada quatro anos. As
decisões tomadas pelo Estado
durante as conferências saõ
auxiliadas pelos Conselhos, órgãos
deliberativos compostos 25% por
gestores, 25% por trabalhadores e
50% por usuários.
nem todos os princípios
acontecem na prática, muitos
atendimentos são negados à
moradores de rua e outras
minorias por preconceito, além
da falta de verba muitas vezes
impedir que tratamentos mais
caros e raros sejam realizados,
violando os princípios da
universalidade e integralidade.
Gestão e Funcionamento do
SUS
A gestão do SUS dividi-se em etapas: 
Diagnóstico Solucional: é feito um
levantamento de demandas e
indicadores para se saber as
necessidades e problemas da
população e quais são os recursos
disponíveis
Planejamento: é traçado um plano de
ação para resolver os problemas da
população pensando em quando, por
quanto tempo e os resultados
esperados da ação.
São feitos dois documentos, um
Plano de Saúde com todos os
resultados que devem ser buscados
em um período de 4 anos e uma
Pregramação Anual de Saúde, que
planeja as intenções previamente
feitas no Plano de Saúde para aquele
ano.
Administração Direta e
Administração Indireta: 
Formas diferentes de gerir unidades
do SUS. A primeira é quando a
unidade é gerida pelo governo,
atendendo diretamente aos
interesses do SUS, porém muitas
vezes sem verba para funcionar como
deveria.
Na segunda um serviço terceirizado
(Albert Einstein ou Sírio-Libanes por
exemplo) administra as unidades,
com certa liberdade e autonomia
consegue manter um bom padrão de
funcionamento, porém pode acabar
se assemelhando mais à ideia de um
plano de saúde.
Na prática existem muitos interesses
políticos e financeiros que impedem
a plena gestão do SUS.
Outros problemas como médicos que
trabalham em mais de uma unidade
de saúde ao mesmo tempo, ou que
apenas vão ao local de trabalho para
"bater ponto" existem, para
contorna-los existem métodos como
atendimento mínimo de pacientes e
um cadastro único de profissionais
da saúde.
Apesar de terem boas intenções,
esses métodos acabam ajudando a
precarizar o sistema, principalmente
por preferirem quantidade acima da
qualidade.
Emendas Constitucionais e
Gastos no SUS
Duas ECs são importantes para
entender os gastos do governo com o
SUS:
EC 29/00: define um piso de fastos
com saúde, estabelecendo
porcentagens mínimas que o
município, o estado e a União devem
gastar anualmente com a saúde.
EC 95/16: define um teto de gastos
com a saúde, que fica congelado
pelos próximos 10 anos (a partir de
2016), podendo ser emendado por
mais 10.
A EC 95/16 foi um catalisador da
precarização dos serviços ofertados
pelo SUS.

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