Buscar

Quimioterapia do Câncer

Prévia do material em texto

CAUSAS DO CÂNCER
Exposição ambiental: Fator mais importante relacionado ao surgimento de câncer 
(irradiação ionizante, químicos, corantes...)
Vírus: Hepatite B e hepatite C, HIV, HPV, Epstein-barr (herpes-vírus 4 / HHV-4)
Oncogenes: bcl-2
pró-sobrevida → inibir apoptose celular
Genes supressores tumorais: p53 em 50% dos tumores de fígado, mama, cólon, pulmão, 
colo do útero, bexiga, próstata e pele.
Origina fenótipo neoplásico
MODALIDADES DE TRATAMENTO DO CÂNCER
Geralmente associação radio + quimio + cirurgia
Cerca de 50% dos casos são curáveis
Mas apenas 10% se quimio usada isolada
Três situações clínicas de uso:
Tratamento de indução primária em doença avançada / sem outra saída
Cânceres metastáticos avançadoa.
Geralmente para diminuir sintomas/melhorar qualidade de vida/aumentar 
sobrevida
b.
Curáveis apenas linfoma hodgkin, não hodgkin, leucemia mieloide aguda, de 
cll germinativas e coriocarcinomas
Em pediátrico: leucemia linfoblástica aguda, linfoma de Burkitt, tumor de 
Wilms e rabdomiossarcoma embrionário
i.
c.
1.
Neoadjuvante em doenças localizadas quando não funciona cirurgia, radio ou 
ambos
Frequente em bexiga, mama, esôfago, laríngeo, pulmão de células não 
pequenas, sarcoma osteogênico
a.
Em anal, gastresofágico, laringe e CPCNP benefício máximo com radio + 
quimio (concomitante ou sequencial)
b.
2.
Adjuvante para métodos locais como cirurgia ou radio
Administrada após a cirurgia = reduzir incidência / recidiva local ou sistêmica + 
melhorar sobrevida global
a.
Mama, cólon, gástrico, CPCNP, Wilms, astrocitoma anaplásico, sarcoma 
osteogênico
Para melanoma maligno primário → adjuvante com interferona-alfa (1 
ano)
i.
b.
3.
FUNÇÃO DA CINÉTICA DO CICLO CELULAR E EFEITO ANTINEOPLÁSICO
Com base no modelo L1210 murina, se um fármaco elimina leva à morte de três logs de 
células cancerosas e diminui a carga tumoral de 1010 para 107 células, a mesma dose 
diminuirá 105 células para 102.
Mas maioria dos tumores sólidos não cresce de maneira exponencial → modelo 
gompertziano: fração de crescimento não é constante, mas diminui 
exponencialmente com o tempo
Limitação do suprimento e outros fatores
Fração em pico ~1/3 do tamanho máximo
Resposta à quimioterapia depende do ponto de crescimento do tumor:
Se avançado: massa maior, crescimento menor, qte de células destruídas 
menor
-
Função das associações de fármacos
Destruição máxima dentro da toxicidade tolerada-
Quimioterapia do Câncer
 Página 1 de Medicina 
Destruição máxima dentro da toxicidade tolerada-
Maior faixa de interação fármaco-células tumorais (população de células 
heterogêneas)
-
Impedir ou retardar desenvolvimento de resistência-
Princípios de associações eficazes:
Eficácia: são preferidos os que produzem remissão completa em mais pacientes1.
Toxicidade: não pode se sobrepor àquela dos outros fármacos na associação2.
Programação ideal do esquema de tratamento: intervalo sem tratamento entre os 
ciclos de ser o mais curto possível para recuperar o tecido mais sensível 
(geralmente a medula)
3.
Mecanismo de interação: omissão de um fármaco pode favorecer crescimento de 
certo tipo celular
4.
Prevenção de mudanças arbitrárias nas doses: pode anular cura da doença se um 
medicamento mais efetivo é reduzido em prol de outros menos efetivos
5.
Fatores relacionados com a dose 
Seletividade terapêutica depende da diferença entre as curvas de dose-resposta dos 
tecidos tumorais e normais
Por vezes é atrativo ao médico reduzir a dose para diminuir efeitos tóxicos
Importante causa de fracasso terapêutico e recidiva
Condutas para intensidade da dose:
Escalonamento de doses: aumento das doses dos agentes1.
Redução do intervalo entre ciclos de tratamento2.
Programação sequencial dos agentes isolados ou esquemas de associação
Usadas em mama, colorretal, CPCNP,
3.
 Página 2 de Medicina 
RESISTÊNCIA AOS FÁRMACOS
Resistência primária/inerente
P53 alterado em 50% dos tumores = alta variabilidade (alguns resistem à 
radioterapia)
Resistência secundária/adquirida
Surge fenótipo resistente como expresso pelo gene MDR1: maior excreção do 
fármaco da célula
FARMACOLOGIA BÁSICA DOS FÁRMACOS QUIMIOTERÁPICOS 
CONTRA O CÂNCER
FÁRMACOS ALQUILANTES
MECANISMO DE AÇÃO:
Transferência de grupos alquila para constituintes celulares
Principalmente do DNA no núcleo
Ciclização intramolecular = íon etilenoimônio: forma íon carbônio que transfere 
alquila para constituinte celular
+ carbamoilação de lisina residual formando isocianatos (em nitrosureias)
Principal alquilação = N7 da guanina
Também N1 e N3 da adenina; N3 da citosina e O6 da guanina; + fosfatos e ptnas 
associadas
Resulta em codificação defeituosa, emparelhamento anormal ou depurinização pela 
excisão da guanina = ruptura da fita
Células mais sensíveis em G1 tardio e S 
RESISTÊNCIA:
Envolve maios capacidade de reparo do DNA, diminuição do transporte do agente dentro 
da célula e aumento da expressão da glutationa (para conjugar agente)
EFEITOS COLATERAIS
Tecidos de rápido crescimento como medula óssea, trato gastrointestinal, sist. 
Reprodutor
Náusea e vômitos = maior problema
Vesicantes: lesionam tecido de aplicação
Risco aumentado de neoplasias secundárias (LMA)
Ciclofosfamida mais usada:
Alta biodisponibilidade oral-
 Página 3 de Medicina 
ANTIMETABÓLITOS
PRODUTOS NATURAIS COMO FÁRMACOS QUIMIOTERÁPICOS PARA O 
CÂNCER
 Página 4 de Medicina 
FÁRMACOS ANTINEOPLÁSICOS DIVERSOS
 Página 5 de Medicina 
FÁRMACOS ANTINEOPLÁSICOS DIVERSOS
KATZUNG, Bertram G; MASTERS, Susan B; TREVOR, 
Anthony J (Org). Farmacologia básica e clínica. 12. ed. 
Porto Alegre: AMGH, 2014. xvi, 1228 p. ISBN: 
9788580552263. C54. p918-945.
 Página 6 de Medicina

Continue navegando