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Resumo Gabriela M. Asevedo FAMÍLIA E A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA - As desigualdades sociais provocadas pela articulação entre gênero, raça e classe contribuem para maior vulnerabilidade das mulheres negras e pobres à violência doméstica; - A violência doméstica pode ser cometida por homens e mulheres, embora, em grande parte do tempo, os homens sejam os agressores e as mulheres as vítimas; - O Patriarcado é um sistema de relações de gênero que coloca o homem em posição de privilégio em relação às mulheres, provocando desigualdades sociais; - Feminicidio é o assassinato de mulheres simplesmente pelo fato de elas serem mulheres; - A violência doméstica envolve pessoas que moram juntas, podendo ser parentes consanguíneos ou não, enquanto a violência intrafamiliar pode acontecer com parentes que não habitam no mesmo domicílio que a vítima; - Em 1970, a Igreja Católica restringiu o movimento feminista, algumas pautas tinham de ser evitadas, como, por exemplo, as questões de sexualidade e do direito ao aborto; - Nos anos 1970, o movimento feminista possuía grande proximidade com a Igreja Católica e com os partidos de esquerda que faziam resistência a ditadura militar; - Pensar a violência doméstica dentro de uma perspectiva feminista: significa pensar que as relações de poder entre homens e mulheres produzidas na sociedade patriarcal contribuem na reprodução da violência doméstica; - O movimento feminista tenta combater essa generalização da vitimização das mulheres, demonstrando que estas também são sujeitos ativos da história; - A principal crítica das mulheres negras ao movimento feminista, desde os anos 1980, é por classificar de modo generalista a categoria mulher, desconsiderando as questões específicas das mulheres negras; - O movimento de mulheres negras enegreceu o movimento feminista. Ou seja, significa que as mulheres negras trouxeram pautas transversais ao movimento feminista, identificando questões específicas relativas às mulheres negras, que não eram visibilizadas pelas mulheres brancas; - A Lei Maria da Penha em 2006 e a Lei do Feminicídio em 2015 são os principais marcos das políticas públicas de combate à violência doméstica e de gênero no Brasil; - O não entendimento da violência doméstica como fruto das desigualdades provocadas pelo sistema patriarcal pode ser considerado como obstáculo a aplicabilidade da Lei Maria da Penha; - O dimorfismo sexual também pode ser considerado como uma construção social; - A masculinidade é uma característica atribuída ao gênero masculino e que é valorizada na sociedade patriarcal. Ela produz desigualdades entre homens e mulheres, contribuindo para a violência de gênero; - O conceito de interseccionalidade significa articular ao gênero outros marcadores sociais da diferença, como, por exemplo, raça, geração e classe.
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