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patologia das estruturas

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1 
 
 
PATOLOGIAS DAS CONSTRUÇÕES E ESTRUTURAS 
1 
 
 
SUMÁRIO 
NOSSA HISTÓRIA ........................................................................................................ 4 
1 - PATOLOGIAS DAS EDIFICAÇÕES ..................................................................... 5 
1.1 - Definindo Patologia .............................................................................................. 5 
1.2 - Causas de Patologia ............................................................................................ 6 
1.3 - Agentes causadores ............................................................................................. 6 
1.4 - Como detectar problemas patológicos .............................................................. 6 
2 - PATOLOGIAS NO CONCRETO ........................................................................... 7 
2.1 - Mau projeto ............................................................................................................ 7 
2.2 - Execução ............................................................................................................... 7 
2.3 - Uso de material inadequado ............................................................................... 9 
2.4 - Manutenção ........................................................................................................... 9 
2.5 - Principais elementos da construção onde cada patologia ocorre: ............. 11 
2.5.1 - Fase de Endurecimento ................................................................................. 11 
2.5.2 - Excesso de fator agregante ........................................................................... 12 
2.5.3 - Má qualidade do concreto .............................................................................. 12 
2.5.4 - Fase de uso ...................................................................................................... 12 
2.6 - Manifestações patológicas ................................................................................ 13 
2.7 - Principais Patologias do Concreto ................................................................... 16 
2.7.1 - Corrosão do concreto ..................................................................................... 16 
2.7.2 – Causas ............................................................................................................. 17 
2.7.3 - Medidas Preventivas ....................................................................................... 17 
2.7.4 - Corrosão de armaduras ................................................................................. 17 
2.7.5 - Flecha no concreto .......................................................................................... 18 
2.7.6 - Fissuras e desagregações ............................................................................. 20 
2.7.7 - Fungos e excesso de água ............................................................................ 20 
2.7.8 - Carbonatação ................................................................................................... 20 
2 
 
 
2.7.9 – Expansão ......................................................................................................... 21 
2.7.10 - Classes de agressividade na estrutura de concreto ............................... 21 
3 - PATOLOGIAS DAS CONSTRUÇÕES METÁLICAS ....................................... 22 
3.1 - Patologias em estruturas de aço ...................................................................... 25 
3.2 - As patologias mais comuns em estruturas de aço ........................................ 26 
3.3 - Definição de possíveis causas ......................................................................... 26 
3.4 - Análise das patologias ....................................................................................... 27 
3.5 - Patologias provenientes de sais solúveis ....................................................... 28 
3.6 - Patologias em aço carbono e aços galvanizados ......................................... 28 
3.7 - Pintura sobre aço galvanizado ......................................................................... 30 
3.8 - Casos de Estudo ................................................................................................. 31 
3.8.1 - Falha no gabarito de Furação ....................................................................... 31 
3.8.2 - Furos não previstos nos projetos .................................................................. 31 
 3.8.3 - Falta de Parafusos nas conexões ............................................................... 32 
3.8.4 - Sub-dimensionamento de Elementos .......................................................... 32 
3.8.5 - Incompatibilidade de projetos estruturais de concreto e metal ................ 32 
3.8.6 - Falta de Concordância em emendas ........................................................... 33 
3.8.7 - Detalhamentos Incompatíveis ....................................................................... 33 
3.8.8 - Manchas de ferrugem na fachada ................................................................ 34 
4 - PATOLOGIA DA MADEIRA ................................................................................. 36 
4.1- Patologias geradas por agentes abióticos ....................................................... 37 
4.1.1- Danos causados pela água ............................................................................ 37 
4.1.2- Danos causados pela umidade ...................................................................... 37 
4.1.3- Danos causados pelo carregamento ............................................................. 38 
4.1.4- Danos produzidos pelo sol .............................................................................. 38 
4.1.5- Danos produzidos por variações de temperatura. ...................................... 38 
4.2- Patologias geradas por agentes Bióticos ......................................................... 39 
3 
 
 
4.2.1- Danos causados por fungos. .......................................................................... 39 
4.2.2 - Danos produzidos por insetos xilófagos. ..................................................... 39 
4.3– Principais insetos xilófagos ............................................................................... 40 
4.3.1- Térmitas (Cupim) .............................................................................................. 40 
4.3.2- Relógio a morte (Xestobium rufovillosum): .................................................. 41 
4.3.3 - Ergates faber L: ............................................................................................... 42 
5 - Técnicas de proteção, intervenção e reparação ............................................... 42 
6 - Tratamentos específicos perante diferentes agentes ...................................... 43 
7 - PATOLOGIAS EM CERÂMICA ........................................................................... 44 
7.1 - Cerâmica na atualidade ..................................................................................... 45 
7.2 - Cerâmica Vermelha ............................................................................................ 45 
7.3 - Cerâmica Branca ................................................................................................ 45 
7.4 - Materiais Refratários .......................................................................................... 46 
7.5 - Isolantes Térmicos ............................................................................................. 46 
7.6 - Fritas e Corantes ................................................................................................ 47 
7.7 – Abrasivos ............................................................................................................. 47 
7.8 - Vidro, Cimento e Cal ..........................................................................................47 
7.9 - Cerâmica de Alta Tecnologia/Cerâmica Avançada....................................... 47 
7.10 - Retomando os conceitos básicos sobre patologias .................................... 48 
7.11- Patologias frequentes em cerâmica ............................................................... 49 
7.11.1- Patologias quanto às eflorescências ........................................................... 49 
7.11.2 - Patologias quanto às trincas, gretamento e fissuras ............................... 51 
7.11.3- Patologias quanto bolor ................................................................................. 52 
7.11.4- Deterioração das juntas ................................................................................ 53 
7.11.5 - Patologias quanto à expansão por umidade (EPU) ................................ 54 
8 - Conclusão ............................................................................................................... 56 
REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 57 
4 
 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
1 - PATOLOGIAS DAS EDIFICAÇÕES 
1.1 - Definindo Patologia 
São todas as manifestações cuja ocorrência no ciclo de vida da edificação, 
venha prejudicar o desempenho esperado do edifício e suas partes 
(subsistemas, elementos e componentes). Assim a patologia pode ocorrer na 
estrutura, na vedação, nos componentes de abastecimento (dutos elétricos, 
hidráulicos). 
Então a patologia estuda: Manifestação, mecanismo de ocorrência, 
causa, natureza, origens e consequências. Assim se busca peças que tenha 
durabilidade (aumentando o custo-benefício do produto usado): produto com 
vida útil a cima do esperado, mas com a manutenção recomendada pelo 
fabricante. Assim para se ter durabilidade alguns fatores são relevantes: 
 à durabilidade dos materiais e componentes utilizados; 
 às condições de exposição a que está submetido (ao entorno); 
 às condições de uso; 
 às ações de manutenção realizadas. 
A utilização da estrutura estará naturalmente sujeita ao “desgaste”, devido 
à ação de cargas e sobrecargas, estáticas, dinâmicas, vibrações, impactos, 
assim como a recalques diferenciados em pontos da fundação com o decorrer 
dos anos e erosão e cavitação por ação de agentes sólidos e líquidos em 
reservatórios, canais, tanques. 
A utilização da estrutura estará naturalmente sujeita ao “desgaste”, devido 
à ação de cargas e sobrecargas, estáticas, dinâmicas, vibrações, impactos, 
assim como a recalques diferenciados em pontos da fundação com o decorrer 
dos anos e erosão e cavitação por ação de agentes sólidos e líquidos em 
reservatórios, canais, tanques. 
 
 
 
 
 
6 
 
 
1.2 - Causas de Patologia 
 Mau projeto; 
 Erro de execução; 
 Uso inadequado (usado para fins diferentes dos calculados em projeto); 
 Falta de manutenção. 
1.3 - Agentes causadores 
 Mecânicos: Abalos sísmicos, alterações no terreno, sobrecarga na 
estrutura. 
 Químicos: Ação do sal do mar, poluição do ar, água na estrutura, variação 
de temperatura, umidade relativa do ar,radiação solar incidente, chuva. 
 Biológicos:Fungos, bactérias, fungos. 
 Físicos (do material): escolha errada, incorreto dimensionamento. 
1.4 - Como detectar problemas patológicos 
1.4.1 - Etapa de levantamento de subsídios 
 Vistoria do local; 
 Determinação da existência e da gravidade do problema patológico; 
 Caracterização do “objeto” sujeito à manifestação patológica; 
 Definição e comparação com o desempenho esperado; 
 Definição de medidas de segurança; 
1.4.2 - Investigação com pessoas envolvidas (processo produção, 
vizinhos, usuários); 
 Exames complementares; 
 Ensaios laboratoriais; 
 Ensaios no local (destrutivos ou não). 
 1.4.3 - Pesquisa 
 Bibliográfica, tecnológica ou científica. 
 Geração de hipóteses efetivas que visam esclarecer as origens, causas e 
mecanismos de ocorrência que estejam promovendo uma queda, de 
desempenho de um dado elemento, componente ou subsistema; 
 Necessidade ou não de intervir no problema patológico; 
7 
 
 
 Alternativas de intervenção e definição da terapia a ser indicada. Através 
do prognóstico levantam-se as alternativas de intervenção, que são 
escolhidas; 
 Grau de incerteza sobre os efeitos. 
As patologias geralmente apresentam manifestações externas 
características. 
2 - PATOLOGIAS NO CONCRETO 
2.1 - Mau projeto 
Os causadores de patologia em um mau projeto são normalmente o uso 
inadequado dos materiais para o lugar ou para a função, como por exemplo a 
utilização de madeira em um terreno de grande umidade, causando o 
apodrecimento do material. 
Existe ainda o uso do material em lugar inadequado, ou seja sem o 
raciocínio correto das possíveis intempéries que podem levar o material a se 
deteriorar antes de seu prazo natural, exemplo: uma parede de tijolos 
diretamente exposta ao sol durante um grande período do ano sem tecnologia 
para suportar essa característica. 
Não se deve esquecer ainda dos erros de desenho, que acabam por 
confundir os executores, muitas vezes pela falta de informações, ou ate mesmo 
por especificações erradas em plantas, como exemplo disso esta a 
impermeabilização incorreta de lajes de cobertura que resultam em absorção de 
água pela estrutura. 
2.2 - Execução 
2.2.1 - Má impermeabilização: ocorre mais tarde a infiltração de água da 
chuva ou outros elementos que acabam por reduzir a resistência do concreto. 
Se forem tomadas algumas providencias no inicio do processo de degradação 
ainda é possível inverter a situação, o que se deve fazer é secar o concreto 
afetado e passar mais uma camada de impermeabilizante. 
2.2.2 - Concreto permeável (muita areia) Pouca pega (liga): Se o concreto 
não estiver em sua composição correta, o concreto pode, por exemplo, esfarelar 
no uso de muita areia. Nestes casos a medida a se tomar é trocar todo o concreto 
já que não existe medida de inversão na composição do concreto, essa medida 
8 
 
 
de segurança é de extrema importância já que o concreto de baixa pega se 
esfarela e em pouco tempo não tem mais resistência e rompe. Podendo causar 
risco a vida dos usuários. 
2.2.3 - Pouco cobrimento de armaduras: essa patologia pode acontecer 
devido a vários problemas do concreto, porem se ocorrer descascamento ate a 
armadura a possibilidade do ferro enferrujar ou receber alguma outra patologia 
é muito grande. Além disso a redução da área de atuação do concreto pode 
prejudicar a resistência dos sistemas sustentados. A ação correta a ser adotada 
é repor com alguma argamassa a parte corroída do concreto, porem sabe-se 
que dificilmente esta reposição atendera ao requisito de sustentação da parte 
retira. 
2.2.4 - Recalque das fundações: em alguns casosa fundação pode ter 
sido feita em um terreno de pouca resistência, de areia ou argila por exemplo, 
causando danos em toda a estrutura do prédio, já que um rebaixamento na 
sustentação do prédio causa uma serie de danos, como rachaduras nas juntas 
de vigas e pilares e também trincas de vedações. Existem alguns possíveis 
métodos de solucionar esse problema inferior mas eles demandam uma grande 
quantidade de trabalho em manutenção e também custo, como é o caso da 
injeção de água congelada para fixar os pilares, contudo a inversão nas 
estruturas já prejudicadas é inviável, o que se pode nesse caso fazer é tentar 
esconder as rachaduras superficiais com revestimentos em argamassa ou outros 
materiais. 
2.2.5 - Flechas excessivas das peças estruturais: quando existem fissuras 
visíveis em pecas estruturais, como vigas e pilares, causados por vibrações no 
terreno, na estrutura ou ainda outros fatores de excussão ou dimensionamento 
de estruturas, nesse caso dependendo das causas e da dimensão da fissura 
(flecha), o edifício não corre riscos, contudo ainda assim merecem atenção e 
controle permanente por parte da manutenção. 
 
2.2.6 - Rigidez Inadequada: Ocorre em situações onde o material utilizado não 
consegue chegar a parâmetros mínimos de desempenho a rigidez das 
estruturas, como é o caso do edifício Palace 2 que utilizou Areia salinificada, 
ocorrendo uma expansão da mesma na presença de água, com isso deixando o 
concreto com pouca resistência a compressão e suscetível a rompimentos. Aqui, 
9 
 
 
a inversão do processo também é dificultosa, visto que não se pode modificar a 
composição química dos agentes estruturais do edifício, a não ser pela sua 
completa substituição. 
 
 
Foto: Edifício Palace 2, construído pela empresa do deputado Sérgio Naya, que 
desabou em 1998 por ter sido construído com areia de praia. 
2.3 - Uso de material inadequado 
Esse erro pode acontecer tanto na fase de projetação ou ainda de 
execução, como o material adequado a função não foi utilizado a estrutura não 
consegue ser eficaz, sendo necessário a sua substituição para a correção da 
patologia. 
2.4 - Manutenção 
O que se pode colocar aqui é que todos os materiais tem um período de 
utilidade, assim, se deixar-se de fazer a correta manutenção e utilização dos 
mesmos, e ainda não se utilizar as corretas cargas dimensionadas na estrutura 
os erros de utilização e manutenção, podem sobrecarregar as estruturas, 
diminuir a sua resistência, e certamente deixarão o edifício com um aspecto de 
velho e mal cuidado, visto que as patologias normalmente são visíveis ou deixam 
alguns sinais de seu aparecimento. Porém, o descaso com a manutenção do 
ambiente construído é um fator constante em nossas cidades, assim deixando-
as com uma aparência indesejada aos olhos humanos. 
10 
 
 
2.4.1 - Infiltração: o edifício tem material de baixa resistência e então que 
o revestimento (inadequação da argamassa de revestimento) com a presença 
de água aumente o volume e provoque tensões inadequadas que fazem-na 
cair.(ARGAMASSA) 
2.4.2 - Corrosão de armadura: Fenômeno de natureza eletroquímica, 
que acelera na presença de agentes internos ou externos do concreto. (ex: Íons 
de Cloreto- do mar, afetam a película protetora da armadura-- diminui a 
alcalinidade do concreto, afetam na carbonatação do concreto, esse que 
depende de como o concreto foi lançado, adensado e curado, bem como a 
condição do ambiente e sua umidade), se o grau de corrosão das armaduras e 
superior a 13% existe perda da ductibilidade do material 
 
 Foto: FAU- USP, imagens internas do Edifício e da imensa cobertura 
onde as infiltrações pingam, formando estalactites no teto, e manchas horrorosas 
no piso. Essas infiltrações são causadas pela má conservação do prédio, assim 
os materiais tiveram seu desempenho durante seu período de uso, e após, 
necessitavam de uma manutenção que possivelmente impedisse a infiltração de 
água na estrutura. Contudo, com a sua não execução o problema se agravou e 
agora possivelmente a ação mais adequada seja substituir os materiais afetados, 
já que reverter tal situação torna-se impossível. 
11 
 
 
 2.5 - Principais elementos da construção onde cada patologia ocorre: 
 
 
 
Gráficos 1 e 2 - Infiltração: Impermeabilização de lajes teto de garagem e 
de reservatório de água; Paredes que não conseguem resistir a deformação das 
estruturas; Fissuras longitudinais em pilares( pela corrosão da armadura); 
Maneiras de determinar quando o concreto não esta adequado na sua 
fase de preparação(Mole): 
 Agregados separados dos segregados, e da massa do concreto; 
 Em uma linha horizontal o concreto na fica parelho naturalmente; 
 Borbulhamento de água e acumulo de água próximo a superfície das 
estacas (exsudação). 
2.5.1 - Fase de Endurecimento 
 No topo se tem agregado de baixa resistência, com pouco agregado 
grosso (segregação); 
12 
 
 
 Na superfície do corpo de teste se observa grande numero de poros; 
 Caminhos laterais (provavelmente p a subida de água no concreto mole) 
(efeito parede- o agregado grosso não fica nas superfícies- formando nas 
laterais que cobrem a ferragem uma argamassa de baixa resistência e 
porosa). 
2.5.2 - Excesso de fator agregante 
A causa vital do problema é o excesso de água no traço do concreto, 
sendo viável apenas p fins de manuseio, mas não para a curva granulométrica, 
agregação e densidade do concreto. 
2.5.3 - Má qualidade do concreto 
Por que os fabricantes deixam? Pois a norma tolera o concreto de baixa 
qualidade então a tecnologia colocada sobre o concreto não tem tão grande valor 
de melhoramento. Com isso o Brasil tem uma grande defasagem na tecnologia 
do concreto em relação à Europa. 
 2.5.4 - Fase de uso 
A baixa aderência do concreto (descasque) se da principalmente em 
áreas de grande abrasão, causadas pelo trafico intenso de veículos, Como 
garagens, em se nota a consumição do concreto, isso se da devido ao uso de 
proporções incorretas dos elementos no traço do concreto, 
As principais causas são exsudação no concreto, onde parte da água 
utilizada na mistura migra para a superfície- implicando nesta região elevado 
fator água/cimento e, consequentemente, menor resistência à abrasão, baixo 
teor de cimento, areia contaminada com matéria orgânica que inibe a hidratação 
do cimento, excesso de água de amassamento, falta de cura, aplicação do 
concreto vencido, excesso de desempeno (falta de prumagem), aplicação do 
concreto sobre base absorvente ou ressecada, água de amassamento 
contaminada inibindo as reações do cimento e excesso de vibração. 
E para se evitar que o problema continue a causar transtornos basta que 
se sigam as instruções de correto uso, como preparação da superfície, que deve 
estar limpa e regularizada, não pode estar muito quente, de preferência 
levemente umedecida e deve ser uma base sólida e firme; correta preparação 
13 
 
 
do concreto, sem uso de cimento de baixa aderência ou agregados com alto teor 
de dejetos orgânicos (hidratam o concreto em excesso). 
Foram colhidas uma serie de pesquisas que demonstram quais são as 
principais causas de Patologias na Construção Civil, contudo, elas variam 
significativamente de acordo com o local em analise. Desta maneira a pesquisa 
feita na França detecta como principal causador de Patologias o mau Projeto, 
que resulta em malefícios ao edifício quando ele já tem algum tempo de uso( a 
partir de quatro anos), já , a principal causa acontece na fase de execução do 
projeto, que muitas vezes não recebe o tratamento adequado a cada situação 
ou que ainda não se respeita o tempo necessário para a secagem, ou cura, dos 
materiais. Ainda se encontra uma pesquisa de caráter mais genérico que faz 
uma media de todas as ocorrências mais frequentes no Brasil, chegando a 
resultados próximos dos encontrados nos edifícios de João Pessoa. Contudo, 
esses dados são apenasestatísticos, assim não podendo ser levados com 
certezas absolutas, já que os edifícios analisados podem ser apenas de uma 
determinada classe social, ou ainda levar em consideração padrões diferentes 
entre si. 
 2.6 - Manifestações patológicas 
(empreendimentos acima US$200.000,00) 
França (1992-1995) 
2.6.1- Principais responsáveis 
 Construtoras: 50% direta e 35% indiretamente (as construtoras fazem 
projeto) 
 Projetistas: 46% 
 Empreendedor: 18% 
 Fabricantes de materiais: 13% 
2.6.2 - Época em que ocorrem 
 5% durante a obra 
 22% no primeiro ano 
 59% até o quarto ano 
2.6.3 - Principais manifestações 
 22% no revestimento exterior 
 (46% na cerâmica) 
14 
 
 
 18% na estrutura (43% em lajes sobre aterro) 
 15% nas fachadas (dos quais 22% em isolantes e outros 22% em 
fachadas cortinas) 
 2.6.4 - Origem da disfunção que levou ao aparecimento da patologia 
 Projeto: 55% 
 Execução: 31% 
 Materiais: 11% 
Análise feita em edifícios com patologias aparentes em edifícios de João 
Pessoa- PB. 
 
Foto: Tabela de Problemas e patologias. 
 
15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
2.7 - Principais Patologias do Concreto 
2.7.1 - Corrosão do concreto 
Pode-se definir corrosão como a interação destrutiva de um material com 
o ambiente, seja por reação química, ou eletroquímica. Basicamente, são dois 
os processos principais de corrosão que podem sofrer as armaduras de aço para 
concreto armado: a oxidação e a corrosão propriamente dita. 
Por oxidação entende-se o ataque provocado por uma reação gás-metal, 
com formação de uma película de óxido. Este tipo de corrosão é extremamente 
lento à temperatura ambiente e não provoca deterioração substancial das 
superfícies metálicas, salvo se existirem gases extremamente agressivos na 
atmosfera. 
Por corrosão entende-se o ataque eletroquímico que ocorre em meio 
aquoso. A corrosão acontece quando é formada uma película de eletrólito sobre 
a superfície dos fios ou barras de aço. Esta película é causada pela presença de 
umidade no concreto, salvo situações especiais e muito raras, tais como dentro 
de estufas ou sob ação de elevadas temperaturas (> 80°C) e em ambientes de 
baixa umidade relativa (U.R.< 50%). Este tipo de corrosão é também 
responsável pelo ataque que sofrem as armaduras quando ainda armazenadas 
no canteiro. É melhor e mais simples preveni-la do que tentar saná-la depois de 
iniciado o processo. 
Uma das grandes vantagens do concreto armado é que ele pode, por 
natureza e desde que bem executado, proteger a armadura da corrosão. Essa 
proteção baseia-se no impedimento da formação de células eletroquímicas, 
através de proteção física e proteção química. 
Assim, apenas se o concreto for de má qualidade e ma impermeabilização 
é que o processo de corrosão cria condições de aumento da taxa de ataque. O 
fenômeno é relacionado ao fato dos produtos da corrosão do ferro e do aço terem 
um volume específico maior do que o próprio aço. O aumento do volume dos 
produtos da corrosão causa tensões que podem resultar na fissura do concreto. 
As fissuras do concreto facilitam o acesso do meio corrosivo a aceleram 
o processo. 
Quando as fissuras atingem a superfície externa do concreto, os produtos 
da corrosão podem ser removidos. Mais graves são os ataques em concreto 
17 
 
 
protendido. Neste caso o processo de corrosão pode levar a perda da resistência 
e eventualmente colapso. 
2.7.2 – Causas 
A presença de íons de cloro é uma das principais causas da corrosão do 
aço no concreto. Os íons são provenientes de contaminantes externos ou 
dissolução de sais, bem como a maresia pode provocar o excesso de sal no ar 
e consequentemente a sua penetração no concreto. 
Outra causa pouco conhecida de íons que levam o concreto a se romper 
é a poluição do ar por meio da contaminação de CO2 de grandes cidades, assim 
se acumulado em locais fechados por um determinado período de tempo, o gás 
presente no escapamento dos carros pode prejudica a vida útil do concreto. 
2.7.3 - Medidas Preventivas 
As tentativas de proteção são em geral dirigidas para os revestimentos do 
aço (galvanização, pintura, etc...). Outras medidas preventivas como a redução 
da permeabilidade do concreto, o aumento da profundidade de cobertura de 
concreto ou a eliminação dos íons de cloro pelo uso de seladores são aplicáveis. 
As medidas preventivas tem algum grau de sucesso, mas não comparável à 
proteção catódica. A proteção catódica é um método de combate à corrosão que 
consiste na transformação da estrutura para proteger o cátodo de uma célula 
eletroquímica ou eletrolítica, que é de difícil execução. 
2.7.4 - Corrosão de armaduras 
 É o fenômeno mais típico de estruturas de concreto expostas à maresia. 
Trata-se de um processo eletroquímico no qual há um ânodo e um cátodo. A 
água presente no concreto serve de eletrólito. Assim, qualquer diferença de 
potencial entre pontos pode gerar uma corrente, iniciando a corrosão. 
Geralmente o problema manifesta-se pela diminuição da seção de armadura e 
fissuração do concreto, mas, eventualmente, podem surgir manchas 
avermelhadas produzidas pelos óxidos de ferro. As causas são variadas, entre 
as quais destacam-se insuficiência do cobrimento da armadura ou má qualidade 
do concreto e presença de cloretos. A partir das tensões provocadas pelo 
aumento da corrosão, outros problemas podem surgir. Primeiramente fissuras, 
18 
 
 
que ocorrem porque os produtos da corrosão ocupam espaço maior que o aço 
original. Depois, outras patologias também podem afetar a estrutura, como as 
desagregações. 
 
 
Foto: Armadura de Concreto. 
2.7.5 - Flecha no concreto 
Existem dois tipos principais de flecha em vigas de concreto, são elas: a 
causada por oscilações na estrutura do edifício, na sua fundação; e a causada 
pelo excesso de peso na estrutura ou a má qualidade do material utilizado. 
Assim, a visibilidade de cada uma dessas fissuras é diferente, porem a medida 
de recuperação para isso é o reforço de tal peça estrutural, o que em alguns 
casos não é possível, bem refazer o revestimento sobre a rachadura muitas 
vezes não esconde a marca de rachadura. 
No primeiro caso, o de vibrações, como as de tremores de terra, devem 
ser especificadas soluções já no período de projeto das estruturas, já que é 
possível prever alguns movimentos de terra em determinadas regiões, porem se 
acontecer rebaixamento de parte do terreno por sua baixa resistência, a 
dificuldade de prever é maior, porem as normas técnicas determinam que se 
calcule fundações com um coeficiente de menor capacidade a compressão do 
que o encontrado para o terreno. Com isso se previne grande parte das possíveis 
flechas e fissuras em vigas. Contudo, vale lembrar que as estruturas e também 
vedações devem, em parte, trabalhar, assim gerando pequenas fissuras em 
suas peças. O que determina o grau de risco causado por essa fissura é o seu 
19 
 
 
tamanho e o seu posicionamento na estrutura. As ocasionadas na vedação são 
meras decorrências do movimento das estruturas. 
No segundo caso, o de grandes flechas das vigas, devidas à deformação 
lenta (fluência) do concreto na zona comprimida pela flexão. No início da obra, 
essa deformação exagerada ainda não aconteceu. 
Com o passar do tempo, a flecha da viga do piso vai aumentando até que 
as portas sobre as vigas soltem do trilho superior e caiam. Para evitar a “flecha 
lenta”, usar armadura de compressão (armadura dupla Sugestão): 
 Se for usada uma armadura de compressão igual à armadura de tração, 
fica eliminada a deformação lenta. Essa deformação lenta ocorreria no 
concreto da zona comprimida pela flexão. 
 Limitar a tensão no aço, em serviço, para as cargas permanentes. 
 
 
20 
 
 
2.7.6 - Fissuras e desagregações 
A NBR 6118 determina valores máximos para fissuração. Em ambientes 
onde se enquadram os expostos à maresia, a abertura das fissurasna superfície 
de estruturas de concreto armado não deve passar de 0,3 mm. Já em locais com 
respingos de maré (CAA IV) a abertura máxima aceitável é de 0,2 mm. 
Associada à fissuração está a desagregação, que é a própria separação física 
de placas de concreto armado não deve passar de 0,3 mm. 
Já em locais com respingos de maré (CAA IV) a abertura máxima 
aceitável é de 0,2 mm. Associada à fissuração está a desagregação, que é a 
própria separação física de placas de concreto. A conseqüência principal é a 
perda da capacidade de resistência aos esforços solicitados. 
2.7.7 - Fungos e excesso de água 
Esses problemas acontecem devido à má impermeabilização da 
estrutura, rompimentos de tubulações hidráulicas, ou uso de materiais 
inadequados em áreas de grande umidade, pouca ventilação ou falta de sol. 
Dessa maneira a umidificação do concreto e mais tarde o aparecimento de 
fungos pode vir a ocasionar o rompimento do material, com sua perda de 
capacidade resistiva. Se a infiltração for descoberta em sua fase inicial é possível 
reverter a situação, por meio da secagem do material e refazendo sua 
impermeabilização. Como essa patologia causa incômodos e desconforto aos 
usuários, podendo ate chegar a causar doenças ao homem. Assim, ela 
normalmente é combatida e solucionada assim que visível. 
As características dessa doença tem semelhança com as ocasionadas 
pelo mesmo motivo em outros materiais, como madeira e tijolo. 
2.7.8 - Carbonatação 
Com o tempo, a alta alcalinidade nas superfícies expostas das estruturas 
de concreto pode ser reduzida, o que ocorre principalmente pela ação de gases 
ácidos, como CO2, o SO2 e o H2S, encontrados na atmosfera. O processo 
ocorre lentamente, segundo a reação principal Ca(OH)2 + C02 →CaCO3 + H20. 
O pH de precipitação do CaCO3 é cerca de 9,4 (em temperatura ambiente), o 
que altera as condições de estabilidade química da película passivadora do aço. 
21 
 
 
É, portanto, um fenômeno ligado à permeabilidade aos gases e, por isso, 
demanda cuidado quanto à composição do concreto. 
2.7.9 – Expansão 
Na fabricação do cimento, o gesso utilizado reage com parte do aluminato 
tricálcico formando etringita. Outra parte do aluminato fica livre para reagir caso, 
posteriormente, encontre sulfatos, presentes em agregados e na água do mar, 
com as quais o concreto vai entrar em contato, produzindo mais etringita. Como 
isso ocorre em uma fase em que o concreto já está endurecido, efeitos 
patológicos aparecerão na forma de rachaduras, fissuras e, posterior 
desintegração do concreto. Observa-se a formação e cristalização em um poro 
do concreto de trissulfoaluminato de cálcio (etringita expansiva). Vale lembrar 
que todos os materiais usados na construção civil são possíveis receptores para 
problemas patológicos, assim vários materiais aqui não citados podem causar 
sérios danos a construção se não mantidos com uma manutenção periódica, 
dentre eles estão os materiais elétricos, hidráulicos, dentre outros. 
2.7.10 - Classes de agressividade na estrutura de concreto 
Em vigor desde março deste ano, a última revisão da NBR 6118:2003, 
que determina requisitos de projeto de estruturas de concreto, traz como 
principal inovação a introdução de classes de agressividade ambiental (CAA). 
Ao todo são quatro níveis, que vão de ambientes menos agressivos para locais 
com agressividade muito alta, em uma escala de I a IV. São esses graus de 
agressividade que irão determinar, por exemplo, qual a classe de concreto a ser 
utilizada, a relação água–cimento adotada, o cobrimento nominal, além de 
exigências relativas à fissuração. As estruturas expostas à maresia enquadram-
se nas classes III, de forma indireta, ou IV, quando chegam a receber respingos 
de maré. 
 
22 
 
 
1. Pode-se admitir um microclima com classe de agressividade um nível 
mais brando para ambientes internos secos (salas, dormitórios, banheiros, 
cozinhas ou áreas de serviço de apartamentos residenciais e conjuntos 
comerciais ou ambientes com concreto revestido com argamassa e pintura). 
2. Pode-se admitir um nível de agressividade mais branda em: obras em 
regiões de clima seco, com umidade relativa do ar menor ou igual a 65%, partes 
da estrutura protegidas de chuvas em ambientes predominantemente secos ou 
em regiões onde chove raramente. 
3. Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, 
galvanoplastia, branqueamento em indústrias de celulose e papel, armazéns de 
fertilizantes, indústrias químicas. 
 
 
 
 
 3 - PATOLOGIAS DAS CONSTRUÇÕES METÁLICAS 
Projetar uma estrutura significa resolver integralmente os seguintes 
aspectos: segurança, funcionalidade e durabilidade, todos eles igualmente 
prioritários. As falhas ou acidentes estruturais podem ter suas origens em 
qualquer uma das atividades inerentes ao processo de construção. 
A construção metálica podem se definir as seguintes etapas: concepção 
estrutural (projeto, detalhamento e dimensionamento), fabricação, montagem, 
utilização e manutenção. Podem-se visualizar as falhas como uma consequência 
de ações humanas, como: a falta de capacitação técnica do pessoal envolvido 
no processo de construção, em todas suas etapas, utilização de materiais de 
baixa qualidade, de causas naturais ligadas ao envelhecimento dos materiais 
componentes das estruturas (por exemplo, corrosão) e de ações externas 
ambientais. 
Nas estruturas metálicas podem-se citar como causas e consequências 
principais as seguintes: 
 Falhas de projeto e de detalhamento, que podem causar danos e 
deterioração da estrutura até o comprometimento precoce e alto risco de 
colapso da estrutura em serviço. 
23 
 
 
 Falhas nos processos e detalhes construtivos, podendo originar desde 
redução da durabilidade da obra até risco de colapso durante a construção. 
 Qualidade ou utilização inadequada dos materiais, originando desde 
deterioração precoce até redução na vida útil da estrutura. 
 Falhas de manutenção ou ausência de manutenção preventiva, derivando 
numa possível degradação acelerada da estrutura, podendo comprometer a 
sua segurança. 
 Utilização indevida da estrutura, originado danos e redução da vida útil, com 
comprometimento da segurança estrutural. 
Em cada etapa de uma obra, pode-se verificar a existência de ocorrências 
de falhas, porém a etapa de projeto ainda é a maior fonte delas. Em geral, as 
falhas no projeto (considerando dentro do projeto: o cálculo, detalhamento, as 
plantas executivas e construtivas, e as plantas de montagem) são as principais 
responsáveis pelos danos localizados e pela degradação precoce de uma 
estrutura. 
A falta de um bom detalhamento impede e dificulta a manutenção. 
Segundo MESEGUER(1991), a origem das falhas em edificações é distribuída 
conforme: 
 
Foto: Gráfico com os dados que são valores médios de vários países europeus, e demonstram 
que é na etapa de desenvolvimento do projeto onde se geram a maior quantidade de fontes 
das falhas em estruturas metálicas. 
 
 
 
 
A estrutura metálica possui uma metodologia construtiva própria e não ter 
conhecimento dessa tecnologia implica adotar-se uma solução que pode ser 
incompatível com o sistema estrutural. Esse tipo de construção requer 
24 
 
 
conhecimento das potencialidades e das limitações de todos os sistemas 
complementares interligados na obra e, além disso, exige uma grande atenção 
no planejamento e na interação de cada uma de suas etapas, desde a 
concepção de projeto até a montagem e finalização da obra (Sales, 2001). A 
interação do projeto estrutural metálico com os demais projetos é um ponto 
extremamente importante, pois a estrutura metálica não se adapta a improvisos 
de última hora, o que pode causar uma série de transtornos durante a construção 
(Castro, 1999). Nesse sistema construtivo, a compatibilização dos vários 
projetos que constituem uma obra civil e a coordenação e o planejamento 
interativos das etapas deprojeto e execução são fundamentais para o sucesso 
final do empreendimento. 
A viabilidade das estruturas metálicas no mercado está diretamente ligada 
ao sucesso de sua associação com os sistemas de fechamento e à filosofia 
adotada nos processos de projeto e de execução dos edifícios. É a partir do bom 
casamento dos dois sistemas, fechamentos e estrutura, que pode se chegar a 
uma concepção realmente industrializada e eficiente da obra, já que todas as 
outras etapas complementares de uma construção devem se basear e se 
adaptar a essas etapas. 
Os projetos, sua compatibilização, assim como o planejamento dos 
processos de concepção e de execução da obra, ganharam importância vital na 
nova filosofia construtiva que se delineia no cenário nacional. A visão sistêmica 
da construção exige uma abordagem multidisciplinar e integrada de todos os 
projetos e etapas constituintes. 
Dessa forma, a construção metálica e industrializada pode ser vista como 
uma promessa de solução racional e viável para as necessidades da construção 
no país, desde que profissionais e mercado se habilitem para a modernização 
necessária. 
A estrutura metálica, embora seja mais antiga que o concreto, voltou a ser 
empregada em maior escala, pela construção civil brasileira, apenas em meados 
dos anos 80. Destarte, os investimentos em estruturas metálicas nos últimos 
anos revelam um crescimento de mais de 50% na participação do aço na 
construção civil entre 1999 e 2004, conforme dados do Centro Brasileiro de 
Construção em Aço. 
25 
 
 
Entretanto, sua utilização continua a ser problemática por vários fatores, 
dentre eles destacam-se a produção nacional em escala insuficiente e custos 
não competitivos para panos, lajes, paredes internas, vedações e juntas. 
3.1 - Patologias em estruturas de aço 
Dentre as diversas patologias que podem afetar uma estrutura de aço, a 
mais comum é a corrosão, que se manifesta nos detalhes construtivos e, 
principalmente, nas ligações de solda. A corrosão pode ser evitada com um 
esquema de pintura adequada, executada para evitar que as demais fases da 
obra possam danificá-la. 
Nestas estruturas, os detalhes devem ser minuciosamente estudados 
para evitar problemas de acesso, acúmulo de sujeira e umidade. Esquemas de 
pintura englobam o preparo da superfície, a aplicação de uma tinta de fundo para 
aderência das demais camadas, uma camada intermediária responsável pelo 
desempenho do sistema e, se for o caso, uma tinta de acabamento utilizada para 
proteção e/ou identificação dos esquemas de pintura. A maioria das patologias 
em pinturas pode ser relacionada a deficiências no preparo de superfície. O 
estado da superfície determina o método de preparo, que pode ser manual, 
mecânico ou por jateamento. 
Escovamento e lixamento podem ser executados manualmente, com 
escovas rotativas ou agulhadeiras. O processo remove o produto de corrosão e 
é muito empregado em áreas menores e de difícil acesso, sendo contra-indicado 
para preparo de peças novas, por não formar a rugosidade necessária para 
adesão da tinta de fundo. 
Tal rugosidade é obtida com jateamento abrasivo. O uso de areia nesse 
procedimento foi proibido pelo potencial de provocar silicose, doença bonso-
respiratória. Outros abrasivos, como a granalha de aço, esferas de vidro e 
hidróxido de alumínio são muito caros para aplicação em campo, onde se perde 
material. A alternativa mais viável para o jateamento parece ser a chamada 
escória de cobre, rejeito do processo de fundição do cobre. 
26 
 
 
3.2 - As patologias mais comuns em estruturas de aço 
 Corrosão localizada: causada por deficiência de drenagem das águas 
pluviais e deficiências de detalhes construtivos, permitindo o acúmulo de 
umidade e de agentes agressivos. 
 Corrosão generalizada: causada pela ausência de proteção contra o 
processo de corrosão. 
 Deformações excessivas: causadas por sobrecargas ou efeitos térmicos não 
previstos no projeto original, ou ainda, deficiências na disposição de 
travejamentos. 
 Flambagem local ou global: causadas pelo uso de modelos estruturais 
incorretos para verificação da estabilidade, ou deficiências no enrijecimento 
local de chapas, ou efeitos de imperfeições geométricas não consideradas 
no projeto e cálculo. 
 Fratura e propagação de fraturas: Falhas estas iniciadas por concentração 
de tensões, devido a detalhes de projeto inadequados, defeitos de solda, ou 
variações de tensão não previstas no projeto. 
3.3 - Definição de possíveis causas 
O sistema de manutenção preventiva, atualmente utilizado, corresponde 
basicamente em limpeza por lixamento e escovação manual com posterior 
aplicação de tinta alquídica de acabamento na estrutura, na cor definida no 
caderno de especificações da empresa. 
Outro agravante diz respeito as falhas de projeto e/ou de execução com 
pintura sobre capa de laminação, áreas de solda não preparadas devidamente, 
ou áreas de difícil acesso, para manutenção preventiva. Apenas o lixamento e 
aplicação de material não solucionam as manifestações patológicas existentes, 
promovendo, assim, o agravando do problema e gerando custos que num curto 
espaço de tempo se tornam maiores, quando comparado com o custo único de 
uma intervenção correta. 
Os produtos químicos, que vem sendo utilizados no sistema de tratamento 
das indústrias, se tornam bastantes nocivos às estruturas metálicas, 
necessitando da aplicação de um acabamento de proteção que resista por maior 
tempo a esse ambiente agressivo, permitindo, futuramente, apenas 
27 
 
 
manutenções preventivas em tempos mais longos dos que os executados 
atualmente. A manutenção preventiva em estruturas galvanizadas geralmente 
não se executa, a não ser que ocorra a oxidação do aço carbono (oxidação 
vermelha). Normalmente, o que se verifica, com grande frequência, é o 
surgimento de oxidação branca, proveniente da corrosão natural dos materiais. 
Segundo as normas, esse tipo de corrosão não é critério de reprovação, 
pois se a peça possuir camada de zinco, não haverá problemas. No processo de 
galvanização existe um processo de passivação, que tem a função de evitar a 
corrosão branca por um determinado período de tempo. A deterioração da 
galvanização, seja por retrabalhos na peça, soldas e remoção da camada de 
zinco e outros, causam a corrosão no aço carbono. 
A galvanização em áreas de ambiente agressivo somente é plena com a 
aplicação de um acabamento sobre a peça ou na utilização de aço resistente a 
corrosão, que garantirá a proteção da galvanização ou, na falta desta, terá maior 
vida útil. O acompanhamento da estrutura no aparecimento de patologias, a 
correta especificação de preparo de superfície e recuperação contribuirá para a 
garantia da qualidade da galvanização da peça ao longo do tempo. 
As falhas de projeto, execução ou de fabricação (como manchas e 
escamação nas peças) relacionadas com o processo de zincagem, devido ao 
pré-tratamento ineficiente, ou limpeza da peça no processo de decapagem ou 
na fluxagem (Cloreto Duplo), poderá influir na vida útil da peça se a camada de 
zinco não atingir a espessura correta, conforme especificação da NBR 6323. 
3.4 - Análise das patologias 
De forma geral, as patologias das estruturas podem ser divididas em três 
categorias, conforme destacado abaixo: 
3.4.1 - Adquiridas: São patologias estruturais provenientes da ação de 
elementos externos, como a poluição atmosférica, umidade, gases ou líquidos 
corrosivos e vibrações excessivas provocadas pelo uso indevido da estrutura. 
Resultam, em geral, de problemas relacionados com a falta de preparo inicial da 
estrutura ou com a falta de manutenção. A corrosão é a mais visível. 
3.4.2 - Transmitidas: Originárias de vícios ou desconhecimento técnico 
do pessoal de fabricação ou montagem da estrutura. São, por esse motivo, 
transmitidas de obra para obra. É o caso, por exemplo, de soldadores que não 
28se preocupam em retirar a pintura dos pontos de solda, ignorando que a 
carbonização da tinta prejudica a qualidade do serviço. Estão inclusos, também, 
os casos de falta de prumo. 
3.4.3 - Atávicas: São patologias resultantes de má concepção de projeto, 
erros de cálculo, escolhas de perfilados ou chapas de espessuras inadequadas 
ou, ainda, do uso de tipos de aço com resistência diferente das consideradas no 
projeto. Não são fáceis de reparar, costumam exigir reforços, adições, 
escoramentos etc. 
3.5 - Patologias provenientes de sais solúveis 
Para limpeza de estruturas contaminadas com sais solúveis torna-se 
necessário: 
 Reduzir o pH da superfície metálica para valores inferiores a 7, de modo 
a facilitar a quebra das ligações químicas; 
 A limpeza química deve ser feita com produtos passíveis de serem 
diluídos em água que, por si só, contém cerca de 600 ppm de cloretos, 
neutralizando-os de imediato; 
 Impedir a presença de qualquer tipo resíduo na superfície, que interfira 
com a adesão das tintas/revestimentos; 
 É desejável que, após o hidrojateamento com areia, se faça outro 
hidrojateamento, com produto químico removedor de sais específico, 
utilizando energia mecânica superior a 20 MPa de modo a penetrar 
profundamente nos vales e cumes (visão ao microscópio) existentes na 
superfície do aço. A água e a areia utilizados na primeira limpeza deverão 
ser checadas contra presença de cloretos. 
3.6 - Patologias em aço carbono e aços galvanizados 
Neste caso, tanto para uma nova aplicação, como para recuperação de 
estruturas corroídas, a inspeção deve analisar: 
 O estado da estrutura em relação à intensidade da corrosão e a aparência 
da pintura aplicada; 
 A análise da agressividade do meio de exposição vai fornecer diretrizes 
necessárias para escolha do sistema de recuperação/proteção; 
A eficiência da pintura depende de três fatores importantes: 
29 
 
 
 Qualidade da tinta; 
 Preparo adequado da superfície; 
 Aplicação dos produtos. 
Tão logo a superfície esteja limpa e o perfil de rugosidade concluído, deve 
ser feita a aplicação da tinta de fundo. O primer tem de ser adequado ao 
substrato e ao método de preparo da superfície. O acabamento será realizado 
quando a peça for instalada no local definitivo de uso. É importante observar que 
os lados dos perfis podem ficar expostos, encobertos ou protegidos pela 
alvenaria e voltados para o lado interno da construção. 
A exposição às variações climáticas dá guarida para a cobertura com tinta 
de poliuretano, resistente aos raios ultravioletas. As peças localizadas no interior 
da construção, desde que livres de agressividades significativas, podem ser 
protegidas apenas com esmalte sintético (tintas alquídicas). 
Em qualquer caso, é recomendável atentar para infiltração de água e 
vazamentos de tubulações. Ao recuperar uma estrutura é interessante checar 
vedações das junções de alvenaria com as peças metálicas. Nenhum 
componente está livre de sofrer cortes, pancadas, riscos ou soldagens, nesses 
casos, e para constatar falhas de execução, as manutenções periódicas facilitam 
e tornam menos onerosas as correções, que devem, sempre que possível, 
repetir o sistema de pintura. 
A má execução dessas etapas acarreta patologias, toda tinta, em maior 
ou menor intensidade, absorve água. Então, se a limpeza não for bem-feita, a 
absorção de água resultará em inchamento da sujeira aderida e ocorrerá 
empolamento formação de bolhas na pintura. 
Outros tipos de sujeira, como óleos, impedem a aderência completa e, 
assim, ocorre em certos trechos o destacamento da tinta. Em ambos os casos 
são necessários repetir o trabalho. Ensaios de aderência e medições da 
espessura das camadas são procedimentos que permitem o acompanhamento 
da execução, é recomendável que as camadas tenham cores diferentes para 
facilitar a identificação das tintas aplicadas. 
 Nas estruturas com manifestações patológicas, a recuperação deve ser 
feita consoante procedimentos listados abaixo: 
 Lavar com água e tensoativo (detergente biodegradáveis) usando escova 
de náilon ou manta não tecida; 
30 
 
 
 Enxaguar com água limpa; 
 Deixar secar naturalmente ou usar ar comprimido; 
 Limpar com escova de arame de aço ou com lixadeira (disco de escova); 
 Remover a poeira, utilizando-se escovas de pêlo ou ar comprimido; 
 Aplicar a tinta de fundo; 
 Aplicar a tinta de acabamento (poliuretânica ou epóxi). 
3.7 - Pintura sobre aço galvanizado 
Por serem fáceis de achar, as tintas alquídicas ou primers sintéticos são 
muito frequentemente especificados para aplicação em estruturas de aço 
galvanizado. É comum que, meses após a aplicação, comecem a apresentar 
destacamento. 
Os óleos vegetais que compõem as resinas contêm ácidos graxos. Os 
ácidos reagem em contato com os produtos de corrosão do zinco, que tem 
caráter alcalino. Assim, é formado sabão de zinco (reação de saponificação). 
Com alta permeabilidade, após algum tempo, a tinta está aderida não ao 
substrato, mas sobre os produtos de corrosão – óxidos, hidróxidos e sabões de 
zinco. Como são solúveis, esses produtos ocasionam o surgimento de bolhas, 
agravando ainda mais o destacamento. 
O envelhecimento precoce da camada alquídica é outro efeito negativo da 
má utilização dessas tintas sobre o zinco. Ao perder aderência e flexibilidade, 
ocorre o fissuramento, aumentando ainda mais a penetração de água na 
interface metal-tinta. 
O uso de tinta epóxi-isocianato, epóxi amina evita tais patologias. Além de 
se ligar quimicamente ao metal, é insaponificável e oferece base de aderência 
para sistemas de pintura alquídicos, acrílicos, a linha do epóxi e poliuretanos, 
dentre outros. 
Há obras (nesse sistema) com mais de 20 anos sem destacamento de 
pintura. A manutenção do aço zincado depende do estado evolutivo da corrosão. 
Aquele que apresenta apenas corrosão leve pode ser recuperado com lavagem 
com água e tensoativo, escovação e aplicação de tinta epóxi-isocianato. 
31 
 
 
3.8 - Casos de Estudo 
3.8.1 - Falha no gabarito de Furação 
Apresenta-se problemas de ajuste 
nos parafusos, a furação da viga principal 
foi feita conforme plantas executivas, 
enquanto na viga secundária um dos furos 
foi deslocado para cima 12 mm. Foi 
constatado, neste caso, que o erro foi de 
fabricação, já que nas dimensões e 
detalhes de projeto, o gabarito de furação 
das vigas era coincidente. Este tipo de falha poderia ser evitada com um maior 
controle dimensional de produção na fábrica. 
3.8.2 - Furos não previstos nos projetos 
 
Tais aberturas foram executadas 
para permitir a passagem de tubulações 
elétricas, não previstas no projeto 
original. Neste caso deveria ser avaliada a 
influência dessas aberturas na resistência 
do perfil da coluna, principalmente, sendo 
que tais aberturas reduzem as abas das 
mesas do perfil. 
 
 
32 
 
 
 3.8.3 - Falta de Parafusos nas conexões 
 
Neste caso, as furações foram 
conferidas conforme plantas, e constatou-
se um erro de projeto, pois os gabaritos de 
furação da viga e da coluna não coincidiam. 
Uma revisão das plantas na fábrica poderia 
ter evitado a falha. Porém a falha foi 
produzida no detalhamento do projeto. 
3.8.4 - Sub-dimensionamento de 
Elementos 
Pode-se afirmar que no 
dimensionamento desse elemento não foram 
consideradas todas as possibilidades de 
carregamento, e não foi realizada uma revisão 
de flambagem no elemento global e seus 
componentes. O uso correto de normas ou 
especificações reconhecidas, além da 
consideração de todos os estados limites 
possíveis, teria permitido na etapa de projeto 
evitar este tipo de falha. 
3.8.5 - Incompatibilidade de projetos estruturais de concreto e metal 
Este é um dos problemas mais 
comuns na execução de projetos de 
estrutura metálica: a incompatibilidade dos 
projetos de estrutura metálica com os de 
concreto (em galpões, esta falha acontece 
nas basesde colunas). A solução dada foi 
complementar o apoio de concreto. É 
evidente que deve existir uma interação 
entre os projetistas de obras metálicas e de 
obras de concreto, ou ao menos quem 
33 
 
 
projeta as bases de acordo com os dados do projeto metálico deveria se ajustar 
às dimensões fornecidas no projeto da estrutura metálica. 
 
3.8.6 - Falta de Concordância em emendas 
 
Este tipo de falha gera excentricidades na transmissão de esforços, no 
caso de tais esforços serem de compressão a redução na capacidade resistente 
do banzo é evidente, já que aparecem esforços adicionais de flexão. 
 Esta falha ocorreu durante a produção das peças componentes da treliça. 
Uma operação de pré-montagem, poderia ter evitado a falha, assim como, um 
controle dimensional. Em alguns casos, faz-se necessária uma verificação de 
concordância entre as peças a serem montadas no canteiro de obra. 
3.8.7 - Detalhamentos Incompatíveis 
 
É bom lembrar que as conexões são pontos críticos no desempenho de 
um sistema estrutural, e as modificações realizadas no canteiro para ajustar as 
coincidências entre elementos e ligações podem gerar pontos indesejáveis de 
fontes de falhas súbitas. 
34 
 
 
3.8.8 - Manchas de ferrugem na fachada 
 
 
Imagens de patologias na ponte Hercílio Luz 
 
Foto: Ferrugem no olhal dos cabos tensores 
35 
 
 
 
Foto: Corrosão no tabuleiro da ponte 
 
 Alguns cuidados que visam evitar ou minimizar a ocorrência das 
anomalias constatadas: 
 Avaliar se a proposta do projeto contempla as normas vigentes, se o 
escritório tem conhecimento técnico no porte da obra e se já executou 
projetos anteriores, se cumpre prazos e se pode arcar com falhas e 
atrasos possíveis na entrega do projeto, e não se fixar somente no preço. 
 Analisar previamente a habilidade tecnológica do fornecedor, capacidade 
de equipamentos, organização e adequação pessoal. 
 Para escolha do fornecedor, não se fixar apenas no preço e sim na 
qualidade e importância das obras anteriores realizadas. Também é 
prudente inspecionar suas instalações industriais. 
 Cuidar da orientação e eficiência da manutenção, verificando se 
contemplam garantias pós-entrega dos serviços. 
 Observar os testes de proteção superficial e das soldas. 
 Certificar-se da existência e presença do engenheiro e acompanhamento 
da produção e montagem. 
Os casos de falhas localizadas ou globais em estruturas metálicas podem 
levar estas ao colapso ao atingir algum dos estados limites de resistência, ou 
ainda, estado limite de utilização, provocando perdas humanas ou perdas 
econômicas importantes. 
36 
 
 
O sucesso de uma obra em estrutura metálica inicia-se na sua concepção 
e no desenvolver de seu projeto detalhado para fabricação e montagem. As 
empresas que trabalham em estruturas metálicas sejam estas de projeto, 
fabricação ou montagem, devem prever revisões de projetos conscientes e 
minuciosas no que diz respeito aos detalhes e conjuntos, em geral. 
Já, especificamente nas fábricas, devem existir controles rigorosos das 
plantas executivas, assim como, controle dimensional, sendo recomendável 
efetuar pré-montagens para assegurar o mínimo de falhas possíveis na 
montagem definitiva. 
 4 - PATOLOGIA DA MADEIRA 
O uso da madeira pelo homem como sistema construtor remete às origens 
da edificação, tanto como elemento estrutural e como acabamento. A madeira é 
constituída por uma estrutura tubular de condutas paralelas formadas com base 
na lenhina e celulosa, o que lhe confere uma reação mecânica ótima no sentido 
das fibras. 
Oferece ainda boa resistência à compressão e excelente resistência à 
tração, é um material flexível, pode ser cortado e moldada de varias formas, com 
fácil união por colagem ou embutido. Porém possui algumas desvantagens já 
que é uma material anisotrópico,ou seja suas propriedades mecânicas 
dependem da disposição de suas fibras, tem composição irregular, e é vulnerável 
a agentes bióticos e abióticos causadores das principais patologias. 
Após a Segunda Guerra Mundial começaram a desenvolver-se as 
técnicas mais exatas de avaliação das patologias estruturais, através de um 
trabalho de investigação nos fenômenos que induzem à degradação da madeira, 
condicionam a sua reação perante o fogo e perante determinados esforços 
mecânicos.No período compreendido entre 1930-1950, com o desenvolvimento 
das resinas sintéticas, inicia-se o uso da madeira laminada prensada que hoje é 
já uma das variantes construções mais comuns. 
O tempo por si só, não produz depreciação das características da 
madeira. Embora seja comum encontrar peças de madeira em serviço com maior 
ou menor grau de deterioração, são igualmente conhecidos numerosos 
exemplos de estruturas ou artefatos de madeira em bom estado, apesar de 
contarem várias centenas ou mesmo milhares de anos, em consequência de 
37 
 
 
uma exposição a condições ambientais particulares que não favoreceram a sua 
deterioração. 
Portanto, a degradação de elementos de madeira resulta da ação de 
agentes físicos, químicos, mecânicos ou biológicos aos quais este material é 
sujeito ao longo da sua vida. 
Importa, no entanto, salientar que são os agentes biológicos a causa mais 
frequente de deterioração das estruturas de madeira, sendo mesmo os 
responsáveis pela maioria das situações de rotura parcial ou total das estruturas. 
Destacam-se, pela sua importância (em meio terrestre), os seguintes: fungos de 
podridão, térmitas e carunchos – sobretudo o caruncho grande. 
4.1- Patologias geradas por agentes abióticos 
4.1.1- Danos causados pela água 
A água, em contato com a madeira penetra através das fibras, saturando 
os poros tubulares e quando alcança graus de umidade entre 25-35% produz o 
empolamento da mesma. Afeta o cerne e só em algumas ocasiões o borne, 
criando as condições propícias para o aparecimento de fungos de 
apodrecimento e para manter as condições de habitat de insetos xilófagos, 
fundamentalmente térmitas e carcoma. A perda por secagem desta umidade 
produz quebras na madeira com o consequente aparecimento de brechas, 
fendilhamento e fissuras. 
4.1.2- Danos causados pela umidade 
Uma habitual fonte de problemas para a madeira reside no contato com a 
água ou umidade ambiente elevada. No entanto somente a retenção da 
umidade, não degrada a madeira mas potencializa o risco de degradação deste 
material por determinados agentes biológicos, já que estes só atacam a madeira 
quando o seu teor em água atinge determinados valores. Especificamente, 
quando a madeira permanece em condições de umidade elevada por períodos 
longos, pode ser atacada por fungos ou por térmitas subterrâneas que dela se 
alimentam. 
Apesar das variações de umidade ambiente, e a consequente alteração 
do teor em água da madeira, provocarem variações dimensionais e de 
resistência mecânica das peças (as dimensões aumentam e a resistência 
38 
 
 
diminui para um acréscimo de teor em água), trata-se de um efeito reversível. 
Ou seja, embora os ciclos de secagem e umedecimento poderem conduzir ao 
desenvolvimento de fendas e empenos, geralmente sem implicações para a 
resistência mecânica, a madeira recupera as dimensões e a resistência inicial 
quando o seu teor em água volta ao valor inicial. Porém a umidade elevada 
também amplia os fenômenos de fluência da madeira, provocando grandes e 
graves deformações sob a ação de cargas. 
4.1.3- Danos causados pelo carregamento 
Também as condições de carga afetam a estrutura. Pois elementos 
estruturais que tenham estado sujeitos a esforços muito elevados (próximos da 
respectiva tensão de ruptura), poderão sofrer danos internos capazes de reduzir 
a sua capacidade de carga. A introdução de esforços inadequados devidos a 
modificações intencionais (adaptações, alteração de áreas) ou acidentais 
(cedência de apoios, etc) do funcionamento estrutural tem sido uma frequente 
causa de danos.4.1.4- Danos produzidos pelo sol 
Este tipo de ataque é causado pela ação dos raios ultravioletas sobre a 
lignina, atacando a madeira mais branda do borne e produzindo o desfibramento 
superficial com o consequente aparecimento de crista (período de 
Outono/Inverno), vales (Primavera) e manchas de tons cinzentos causadas pela 
foto/degradação. Estes danos afetam elementos vistos e só têm transcendência 
estética. 
4.1.5- Danos produzidos por variações de temperatura. 
A madeira suporta bem as mudanças de temperatura sempre e quando 
sejam lentas e progressivas, já que se assim não for poderiam causar fendas ou 
fissuras, dando origem a vias de entrada de umidade favorecendo o 
aparecimento de fungos e insetos xilófagos. 
39 
 
 
4.2- Patologias geradas por agentes Bióticos 
4.2.1- Danos causados por fungos. 
Os fungos, só por si mesmo não atacam diretamente a madeira, mas 
geram umas substâncias fibrosas “hifas”, que se introduzem pelas fissuras da 
madeira degradando-a. Dentro da classe dos fungos distinguimos os 
cromógenos, que embora possam afetam ligeiramente a capacidade resistente 
da madeira, mas o principal efeito é o aparecimento de manchas azuladas que 
atuam nas madeiras submetidas a temperaturas baixas. Outros tipos de fungos 
mais perigosos são os do apodrecimento/putrefação, que afetam as capacidades 
mecânicas da madeira, destruindo a estrutura das fibras. O seu excelente 
desenvolvimento dá-se com graus de umidade entre 35 e 60% e ambiente 
ácido.A ainda putrefação branca (frondosas) ou castanha (coníferas) 
dependendo da lesão causada, distinguiremos entre fibrosas, corrosivas e 
cúbicas, sendo estas últimas as mais danosas. 
 
 
4.2.2 - Danos produzidos por insetos xilófagos. 
Os insetos xilófagos constituem os agentes bióticos mais frequentes nas 
madeiras de edificação afetadas pela degradação. Estes atacam a madeira na 
sua fase de larva, enquanto decorre o seu desenvolvimento e crescimento, 
habitualmente quando chegam à idade adulta perfuram a madeira e saem para 
o exterior, não voltando à madeira até porem ovos que iniciam um novo ciclo 
vital. 
Os isópteros (térmitas, conhecidas como cupim) constituem um caso 
excepcional, já que não têm fase larva ao chegar a adultos não abandonam a 
madeira, tornando-se mais difícil a sua detecção. De seguida, destacamos as 
principais espécies de xilófagos: 
40 
 
 
4.3– Principais insetos xilófagos 
4.3.1- Térmitas (Cupim) 
O cupim nas construções é motivo de grande 
preocupação e de prejuízos importantes. Madeira 
preservada é uma solução inteligente para evitá-lo – 
e a outros organismos xilófagos – com a melhor 
relação custo/benefício do mercado. 
Em outros países, são chamados de térmita, 
espécime dos isópteros. Quer dizer, inseto de quatro 
asas membranosas iguais e um poderoso aparelho bucal para mastigar, do tipo 
social, organizado. Existem cerca de duas mil espécies de cupins , que são 
insetos biodegradores, 
Dessa variedade enorme de espécies, poucas causam prejuízos ao 
homem infestando suas casas, devorando móveis e livros. Destacam-se os 
cupins de madeira seca e os cupins subterrâneos os mais terríveis. Sua 
crescente proliferação nas cidade são consequência dos desequilíbrios 
ecológicos causados pelo homem, o qual elimina os predadores naturais desse 
inseto, e o oferecem alimento abundante com técnicas de construção que não 
preveem tratamento de madeiras. 
Os cupins de madeira seca formam seus ninhos dentro de uma única peça 
de madeira. Um móvel, por exemplo. Ali o casal real e os outros cupins e 
permanecem até acabar o alimento. Dentre as peças mais comumente atacadas 
pelo cupim de madeira seca, destacamos o batente de portas e janelas (que 
ficam fixo, sem movimento, em contato com a parede), móveis e armários 
embutidos, rodapés e forros de madeira. 
Já o cupim subterrâneo esconde seu ninho debaixo da terra, criando 
túneis enormes por onde se deslocam os operários que vão buscar comida 
longe, às vezes até mais de cem metros de distância do ninho. Atacam sempre 
no sentido das fibras, mediante galerias de secção constante, deixando finas 
lâminas entre elas. Atacam todo o tipo de madeiras, exceto o teixo. 
41 
 
 
 
O pó granulado, geralmente encontrado próximo as peças atingidas é o 
excremento do cupim, e sinal da infestação. Atraves dele pode-se diferenciá- lo 
da broca, um outro inseto que também degrada madeira. O pó bem fino, como 
talco, geralmente é de broca. Aquele mais granulado é, geralmente, do cupim de 
madeira seca. Já o pó do cupim subterrâneo mal aparece. Cupim subterrâneo 
recicla as próprias fezes, fazendo as paredes dos túneis por onde se deslocam 
sendo difícil de notar sua proliferação. Os cupins são insetos sociais utilizam um 
sistema hormonal – os chamados feromônios – para dizer se há muito ou pouco 
alimento, ataques sofridos, etc. Logo para elimina-los é preciso atingir o casal 
real,ou ocorrerá uma nova infestação virá com toda a força. A melhor resposta é 
informação, madeira preservada e tratada. 
4.3.2- Relógio a morte (Xestobium rufovillosum): 
O seu âmbito geográfico 
localiza-se nas regiões 
nórdicas. O seu ataque está 
associado à existência de 
fungos xilófagos. Necessita de 
bastante umidade e 
temperaturas baixas e só ataca 
madeiras mediante o tracejado 
de galerias irregulares de 
secção circular. 
42 
 
 
4.3.3 - Ergates faber L: 
Cerambicido de tamanho grande 
que necessita de umidade em altas 
temperaturas (50 a 75%) e a 
temperatura (25%) para proliferar. Ataca 
as coníferas especialmente situadas no 
exterior (postes e vigas isentas), sendo 
resistente aos tratamentos com que se 
impregnam habitualmente estes 
compartimentos. 
 
5 - Técnicas de proteção, intervenção e reparação 
Os tratamentos preventivos e curativos utilizados mais frequentemente 
para prevenir ou evitar os ataques dos agentes destruidores da madeira. Estes 
produtos são denominados de forma comum velaturas cuja característica 
principal é a de proteger a madeira contra diversos tipos de ataques que possam 
sofrer sem formar película sobre a superfície tratada. Entre os produtos mais 
utilizados são: 
5.1 - Protetores naturais: São substâncias que provêm da dilatação da 
hulha. Entre as vantagens mais importantes destacamos a sua grande 
capacidade de fixação e proteção perante agentes xilófagos. O seu maior 
inconveniente é o mau cheiro destas substâncias e a dificuldade na sua 
aplicação, sendo recomendável o uso de autoclave. 
5.2 - Protetores hidrossolúveis: Substâncias a partir de sais de 
diferentes metais (zinco, cobre, cromo, etc.) com funções fungicidas e fixadoras 
na madeira. São a melhor solução protetora perante elementos de madeira em 
contato com os solos ou elementos temporariamente úmidos. A sua principal 
vantagem está no fato permitir a posterior pintura da madeira ainda que 
provoquem empolamentos e retrações no momento da aplicação, e 
posteriormente na secagem devido ao uso de água enquanto dissolvente. 
5.3 - Protetores orgânicos ou oleosos: São formulações complexas nas 
que se dão matérias ativa sintéticas e dissolventes orgânicos. Dependendo do 
uso que lhe for dado, podem-se classificar-se em: 
43 
 
 
 Preventivos curativos: Também conhecidos como fundos protetores. 
Aplicam-se em madeiras novas e têm uma função principalmente 
fungicida e um pouco menos inseticida. A sua aplicação pode ser 
mediante pincelado ou imersão. 
 Preventivos decorativos: São produtos oleosos para acabamento de 
madeiras a poro aberto. A sua ação fungicida e inseticida é menor que a 
dos fundos protetores, mas incorpora pigmentos minerais resistentes à 
foto degradação. 
 Protetores curativos: Usa-se para combater os ataques de organismos 
xilófagos. Estes são de fácil aplicação e grande capacidade de 
penetração, mas um pouco mais caros que os anteriores dependendo do 
tipo de tratamento. 
 
 
 
6 - Tratamentos específicosperante diferentes agentes 
6.1 - Tratamento perante a umidade: Em janelas, portas exteriores 
maciças, marcos, cortinas: Impregnação por imersão, pintada com soluções 
oleosas repelentes à umidade, antes de proceder à aplicação de pinturas e 
vernizes. 
Em soalhos e revestimentos, aplica-se uma película de parafinas, ceras 
ou produtos impermeabilizantes, antes de proceder ao lustre das superfícies. Em 
caso de soalhos de madeira colocados sobre argamassa é fundamental esperar 
que a mistura esteja adequadamente seca, para evitar o reumedecimento da 
madeira. 
Em estruturas de coberturas, tabiques e teto, bem como a madeira 
serrada (dentada) com superfícies transversais expostas ao meio: Impregnação 
similar das janelas e portas exteriores, com aplicação de produtos selantes nos 
extremos (cabeçais), devido a que a perda e absorção da umidade é máxima no 
sentido das fibras. 
6.2 - Tratamento perante a ação do fogo: Para poder conseguir uma 
proteção eficaz e intrínseca contra o fogo na madeira, a solução mais utilizada é 
a aplicação de vernizes à base de resinas especiais e borracha c/ cloro, bem 
44 
 
 
como pinturas com agentes ativo que na presença da chama empolam/ incham, 
formando uma espuma carbonizada que isola a superfície coberta. 
6.3 - Tratamento perante a ação do sol: Os mais eficazes são os que 
incorporam óxidos metálicos que refletem a radiação ultravioleta do sol, 
responsável pelo aparecimento de fissuras na madeira 
6.4 - Tratamento perante o ataque de xilófagos: No caso de térmitas e 
carcomas frequentemente utilizam-se produtos a base de aldrín, heptacloro, ou 
compostos de sais de pentaclorofenol, com inseticida de contato (DDT, dieldrin.) 
que se aplicam, mediante impregnação e injeção entre o elemento de madeira e 
a parede, bem como nas cabeças das vigas e perímetro de pavimento. 
7 - PATOLOGIAS EM CERÂMICA 
O uso de revestimentos cerâmicos no Brasil passa por uma fase de rápido 
crescimento. De acordo com os dados da Associação Nacional de Fabricantes 
de Cerâmica (2004), o Brasil é segundo colocado em consumo mundial, 
perdendo apenas para China. Consumiu aproximadamente 1,6 bilhões de 
metros quadrados de placas cerâmicas, assim superando países 
economicamente fortes, como os EUA, e países tradicionais no uso destes 
revestimentos, como Espanha e Itália. Já como produtor, o Brasil também ocupa 
papel de destaque mundial, é o quarto colocado em volume produzido. 
A qualidade das placas cerâmicas produzidas no Brasil está associada à 
normalização brasileira em exercício desde 1997, ao custo relativamente 
acessível, aos avanços tecnológicos nos estudos dos materiais e técnicas 
construtivas e pelo interesse dos fabricantes em colocar no mercado uma maior 
variedade de possibilidades no uso dos revestimentos cerâmicos. 
Esses componentes possuem cada vez mais variedade de formatos, 
cores e texturas que possibilitam uma gama de composições estéticas, dessa 
forma elevando a qualidade dos edifícios. 
Segundo PEIXOTO(1992), não existe outro material que seja usado em 
fachada que possa apresentar a riqueza de composições e durabilidade do 
revestimento cerâmico, com um custo tão acessível. 
Contudo, observa-se que mesmo com os avanços tecnológicos na 
fabricação e as inúmeras vantagens no uso de placas cerâmicas, e incidência 
de patologias em sistemas de revestimentos cerâmicos não são raras. 
45 
 
 
Dentre as patologias mais encontradas estão os destacamentos de placas 
cerâmicas, que geram alto custo na recuperação, degradação do imóvel e riscos 
de acidentes; Eflorescência que é caracterizada pelo feito de lixiviação, que 
transporta os sais solúveis até a superfície, provocando deteriorização do 
sistema; Trincas e Fissuras, de acordo com SABBATINI, BARROS(1990) trinca 
é a ruptura total do corpo cerâmicos em duas ou mais partes após a sua fixação, 
cuja abertura possui dimensões superiores a 0,05mm. O gretamento por sua 
vez, é definido como sendo a fissuração (abertura de0,05 a 0,1mm da camada 
de esmalte superficial da placa cerâmica, entretanto o gretamento pode ocorrer 
no momento da fabricação da placa cerâmica e neste caso é considerado um 
defeito de fabricação e não uma patologia. 
 
7.1 - Cerâmica na atualidade 
A cerâmica, que é praticamente tão antiga quanto a descoberta do fogo, 
mesmo utilizando os antigos métodos artesanais, pode produzir artigos de 
excelente qualidade. Nos últimos anos, acompanhando a evolução industrial, a 
indústria cerâmica adotou a produção em massa, garantida pela indústria de 
equipamentos, e a introdução de técnicas de gestão, incluindo o controle de 
matérias-primas, dos processos e dos produtos fabricados. 
A Indústria Cerâmica na atualidade pode ser subdivida em setores que 
possuem características bastante individualizadas e com níveis de avanço 
tecnológico distintos. 
7.2 - Cerâmica Vermelha 
Compreende aqueles materiais com coloração avermelhada empregados 
na construção civil (tijolos, blocos, telhas, elementos vazados, lajes, tubos 
cerâmicos e argilas expandidas) e também utensílios de uso doméstico e de 
adorno. As lajotas muitas vezes são enquadradas neste grupo, porém o mais 
correto é em Materiais de Revestimento. 
7.3 - Cerâmica Branca 
Este grupo é bastante diversificado, compreendendo materiais 
constituídos por um corpo branco e em geral recobertos por uma camada vítrea 
46 
 
 
transparente e incolor e que eram assim agrupados pela cor branca da massa, 
necessária por razões estéticas e/ou técnicas. Com o advento dos vidrados 
opacificados, muitos dos produtos enquadrados neste grupo passaram a ser 
fabricados, sem prejuízo das características para uma dada aplicação, com 
matérias-primas com certo grau de impurezas, responsáveis pela coloração. 
Dessa forma é mais adequado subdividir este grupo em: 
 louça sanitária 
 louça de mesa 
 isoladores elétricos para alta e baixa tensão 
 cerâmica artística (decorativa e utilitária). 
 cerâmica técnica para fins diversos, tais como: químico, elétrico, térmico 
e mecânico. 
7.4 - Materiais Refratários 
Este grupo compreende uma diversidade de produtos, que têm como 
finalidade suportar temperaturas elevadas nas condições específicas de 
processo e de operação dos equipamentos industriais, que em geral envolvem 
esforços mecânicos, ataques químicos, variações bruscas de temperatura e 
outras solicitações. Para suportar estas solicitações e em função da natureza 
das mesmas, foram desenvolvidos inúmeros tipos de produtos, a partir de 
diferentes matérias-primas ou mistura destas. Dessa forma, podemos classificar 
os produtos refratários quanto à matéria-prima ou componente químico principal 
em: sílica, sílico-aluminoso, aluminoso, mulita, magnesianocromítico, cromítico-
magnesiano, carbeto de silício, grafita, carbono, zircônia, zirconita, espinélio e 
outros. 
 7.5 - Isolantes Térmicos 
Os produtos deste segmento podem ser classificados em: 
 refratários isolantes que se enquadram no segmento de refratários, 
isolantes térmicos não refratários, compreendendo produtos como 
vermiculita 
 expandida, sílica diatomácea, diatomito, silicato de cálcio, lã de vidro e lã 
de rocha, que são obtidos por processos distintos ao do item a) e que 
podem ser utilizados, dependendo do tipo de produto até 1100ºC. 
47 
 
 
 fibras ou lãs cerâmicas que apresentam características físicas 
semelhantes às citadas no item b), porém apresentam composições tais 
como sílica, sílica-alumina, alumina e zircônia, que dependendo do tipo, 
podem chegar a temperaturas de utilização de 2000º C ou mais. 
 7.6 - Fritas e Corantes 
Estes dois produtos são importantes matérias-primas para diversos 
segmentos cerâmicos que requerem determinados acabamentos. Frita (ou 
vidrado fritado) é um vidro moído, fabricado por indústrias especializadas a partir 
da fusão da mistura de diferentes matérias-primas. É aplicado na superfície do 
corpo cerâmico

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