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PLANEJAMENTO E GESTÃO DE PROJETOS RESUMO AULAS 1 A 3

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PLANEJAMENTO E GESTÃO DE PROJETOS
Aula 2 – Aspectos Legais
Contexto de aplicação e importância dos contratos
- Terceirização: Em vista da busca pela remuneração crescente e em períodos cada vez mais curtos dos capitais investidos, as empresas têm valorizado estruturas que permitem maior agilidade, como a estrutura gerencial por projetos (que também implica menores custos). Buscando investir em áreas estratégicas dos negócios, surge como opção a terceirização, que pode ser tratada como projetos, visto que as variáveis críticas do projeto (escopo, prazo, custo e qualidade) acabam por ser os principais pilares desses contratos. A não elaboração de um contrato, embora válida na consolidação de um acordo, deve ser evitada para que não haja dúvidas entre as obrigações e direitos das partes envolvidas.
- Contrato: Pode ser definido como: instrumento de regulação da transação entre comprador e vendedor. Possui, entre outras, duas funções principais:
1) garantir uma troca eficiente: este aspecto do contrato visa garantir que a parte contratante irá receber o objeto do contrato dentro dos parâmetros acertados – especificações, prazo, qualidade, etc. ao mesmo tempo em que a parte contratada assume essa obrigação. 
2) distribuir os ganhos da troca: este aspecto contratual vincula aos parâmetros acertados entre as partes os pagamentos pelos produtos e ou serviços referentes ao contrato.
- Incertezas nas transações econômicas: Podem ser agrupadas em dois tipos:
1) incertezas do ambiente: diz respeito às incertezas no ambiente das transações (ou de negócios). Estas podem ser gerais, compreendidas pelas alterações sociais, políticas, econômicas e sociais ou nas referências básicas para as relações comerciais em determinado setor.
2) incerteza comportamental: refere-se ao comportamento dos agentes após o mútuo comprometimento em determinado contrato e está diretamente associada à hipótese de que os agentes econômicos tendem a agir de forma oportunista, ou seja, em benefício particular.
- Análise e avaliação de legalidade/correção de contratos São responsabilidades dos advogados, mas sua gestão e controle são responsabilidades de especialistas qualificados. Esses especialistas efetuam uma avaliação e interpretação dos contratos em termos técnicos, tendo como referência as especificações inerentes ao projeto ao qual o contrato está vinculado, mas também realizam uma análise da sua razoabilidade em termos de implementação, tendo como referência as propostas recebidas para execução da atividade que será contratada.
1) ambiguidade e falta de clareza ou de entendimento dos requisitos: com a correta aplicação das técnicas atuais de levantamento, análise e gerenciamento de requisitos esse ponto pode ser superado. Para que expectativas não sejam frustradas, elas devem ser claras, realistas e direcionadas à solução esperada.
2) incapacidade para realizar estimativas confiáveis: esse deveria ser um problema solucionado, já que existe um grande avanço nos métodos de estimativa. Porém, ainda é necessário que esses métodos sejam disseminados entre os profissionais da área de projeto.
3) Domínio parcial do problema ou sujeito a uma dinâmica intensa: neste caso, o risco do projeto é maior. Se o problema ou a oportunidade a ser tratado não é de domínio do responsável pelo projeto há grande chance de que os objetivos não sejam atingidos.
4) Pressões externas não gerenciadas: muitos projetos têm seu prazo ou custos definidos (ou impostos) por pressões externas. 
Conceito, componentes e espécies de contrato
 
- O contrato: Juridicamente falando, em sua concepção tradicional, contrato é um acordo de vontades, entre duas ou mais partes, com conteúdo patrimonial, para adquirir, conservar ou extinguir direitos. Assim, um contrato representa uma relação legal sujeita aos recursos da lei.
- A maioria das organizações possui políticas e procedimentos documentados que definem especificamente quem pode assinar tais acordos em nome da empresa, na forma de um documento, denominado ordem de competências para a aquisição de bens e serviços.
- Em todos os casos, o foco primário do processo de revisão e aprovação de um contrato será assegurar que sua linguagem descreva o produto ou serviço que satisfará a necessidade identificada.
- Componentes contratuais: Para que a relação entre as partes contratantes seja adequada aos fins a que se propõe, um contrato deve conter, em forma de cláusulas, os itens listados a seguir (entretanto, deve-se ressaltar que, em função da especificidade do objeto de cada contrato, alguns elementos poderão ser inseridos e ou suprimidos):
1) Objeto do contrato – define o que vai ser executado.
2) Partes envolvidas – identifica o contratante e o executor, que deve ser, necessariamente, uma entidade (pessoa física ou jurídica) legalmente autorizada a exercer a atividade para a qual se propõe.
3) Documentos contratuais – relação de documentos necessários à execução do objeto do contrato. São projetos aprovados, especificações, normas técnicas, legislação aplicável, etc.
4) Definição das obrigações mútuas – define tanto as obrigações do contratante como do contratado.
5) Prazo e força maior – define em quanto tempo devem ser concluídos os serviços estabelecidos no contrato, e em que condições (caso fortuito ou força maior) esse prazo pode ser ultrapassado sem ônus para o contratado.
6) Multas – define as penalidades aplicadas ao contratado, caso este não cumpra com as obrigações estabelecidas no contrato.
7) Condições comerciais – custos relativos a impostos e taxas, condições de faturamento, prazo, forma e local de pagamento, preço dos serviços etc.
8) Fiscalização – garante ao contratante o direito de enviar às instalações do fornecedor um fiscal para verificar a execução dos serviços.
9) Responsabilidade e garantia dos serviços – define a responsabilidade técnica, civil e trabalhista na execução do contrato, além da garantia da perfeita execução dos serviços em questão.
10) Rescisão do contrato – define as condições em que poderá ser rescindido o contrato.
11) Tolerância – estabelece os limites para o descumprimento de cláusulas ou condições do contrato.
12) Vigência do contrato – define o prazo de validade do contrato.
13) Foro contratual – estabelece em que lugar (município) serão dirimidas as questões contratuais.
Espécies (tipos) de contrato
O Código Civil apresenta no Título VI – Das várias espécies de contrato – os tipos de contratos previstos pela legislação brasileira.
1) Contrato Preliminar – art. 462 ao 466: o contrato preliminar, exceto quanto à forma, deve conter todos os requisitos essenciais ao contrato a ser celebrado. Concluído o contrato preliminar, com observância dos aspectos apresentados, e desde que não apresente cláusula de arrependimento, qualquer das partes terá o direito de exigir a celebração do definitivo, estipulando prazo à outra parte para que o efetive.
2) Contrato de Compra e Venda – art. 481 ao art 532: pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio (posse) de certa coisa, e o outro, a pagar certo preço em dinheiro.
3) Contrato de Troca ou Permuta – art. 533: aplicam-se à troca e à permuta as disposições referentes a compra e venda, com as seguintes modificações: 
· salvo disposição em contrário, cada um dos contratantes pagará por metade das despesas com instrumento da troca;
· é anulável a troca de valores desiguais entre ascendentes e descendentes, sem consentimento dos outros descendentes e do cônjuge do alienante.
4) Contrato Estimatório – art. 534 ao 537: pelo contrato estimatório, o consignante entrega bens móveis ao consignatário, que fica autorizado a vendê-los, pagando àquele o preço ajustado, salvo se preferir, no prazo estabelecido, restituir-lhe a coisa consignada.
5) Contrato de Doação – art. 538 ao 564: considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio, bens ou vantagens para o de outra.
6) Contrato de Locação de Coisas – art. 565 ao 578: na locação de coisas, uma das partes seobriga a ceder à outra, por tempo determinado ou não, o uso e gozo de coisa não fungível, mediante certa retribuição.
7) Contrato de Empréstimo – art. 579 ao 592: pode ser de coisas fungíveis ou não fungíveis. O comodato é o empréstimo de coisas não fungíveis e se perfaz com a tradição (transferência) do objeto. O mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis e o mutuário é obrigado a restituir ao mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade.
8) Contrato de Prestação de Serviço – art. 593 ao 609: toda espécie de serviço ou trabalho lícito, material ou imaterial, pode ser contratada mediante retribuição. A prestação de serviço que não estiver sujeita às leis trabalhistas ou a lei especial, será regida pelo Código Civil.
9) Contrato de Empreitada – art. 610 ao 626: o empreiteiro de uma obra pode contribuir para ela só com seu trabalho ou com ele e os materiais. A obrigação de fornecer os materiais não se presume; resulta de lei ou da vontade das partes. O contrato para elaboração de um projeto não implica a obrigação de executá-lo, ou de fiscalizar a execução.
10) Contrato de Depósito – art. 627 ao 652: pelo contrato de depósito recebe o depositário um objeto móvel, para guardar, até que o depositante o reclame.
11) Contrato de Mandato – art. 653 ao 692: opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato.
12) Contrato de Comissão – art. 693 ao 709: o contrato de comissão tem por objeto a aquisição ou a venda de bens pelo comissário, em seu próprio nome, à conta do comitente. O comissário fica diretamente obrigado para com as pessoas com quem contratar, sem que essas tenham ação contra o comitente, nem este contra elas, salvo se o comissário ceder seus direitos a qualquer das partes. O comissário é obrigado a agir em conformidade com as ordens e instruções do comitente, devendo na falta destas, não podendo pedi-las a tempo, proceder segundo os usos em casos semelhantes.
13) Contrato de Agência e Distribuição – art. 710 ao 721: pelo contrato de agência uma pessoa assume, em caráter não eventual e sem vínculos de dependência, a obrigação de promover, à conta de outra, mediante retribuição, a realização de certos negócios, em zona determinada, caracterizando-se a distribuição quando o agente tiver à sua disposição a coisa a ser negociada. O proponente pode conferir poderes ao agente para que este o represente na conclusão do contrato.
14) Contrato de Corretagem – art. 722 ao 729: pelo contrato de corretagem, uma pessoa não ligada a outra em virtude de mandato, de prestação de serviços ou por qualquer relação de dependência, obriga-se a obter para a segunda um ou mais negócios, conforme as instruções recebidas. O corretor é obrigado a executar a mediação com a diligência e a prudência que o negócio requer, prestando ao cliente, espontaneamente, todas as informações sobre o andamento do negócio; deve ainda, sob pena de responder por perdas e danos, prestar ao cliente todos os esclarecimentos que estiverem ao seu alcance, acerca da segurança ou risco do negócio, das alterações de valores e do mais do que possa influir nos resultados da incumbência.
15) Contrato de Transporte – art. 730 ao 756: pelo contrato de transporte, alguém se obriga, mediante retribuição, a transportar de um lugar para outro, pessoas ou coisas.
16) Contrato de Seguro – art. 757 ao 802: pelo contrato de seguro, o segurador se obriga, mediante pagamento de prêmio, a garantir interesse legítimo do segurado, relativo a pessoa ou coisa, contra riscos pré-determinados. Somente pode ser parte, no contrato de seguro, como segurador, entidade para tal fim legalmente autorizada.
17) Contrato de Constituição de Renda – art. 803 ao 813: pode uma pessoa, pelo contrato de constituição de renda, obrigar-se para com outra com uma prestação periódica, a título gratuito.
18) Contrato de Jogo e da Aposta – art. 814 ao 817: as dívidas de jogo ou de aposta não obrigam a pagamento; mas não se pode recobrar a quantia que voluntariamente se pagou, salvo se foi ganha por dolo, ou se o perdedor é menor ou interdito.
19) Contrato de Fiança – art. 818 ao 839: pelo contrato de fiança, uma pessoa garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo devedor. Caso este não a cumpra.
Princípios e condições de validade para elaboração de contratos
- Princípios: São cinco os princípios mais importantes que norteiam a elaboração de um contrato:
1) obrigatoriedade contratual; 2) consensualismo; 3) autonomia de vontade; 4) boa fé e 5) relatividade dos efeitos dos contratos.
1) Princípio da obrigatoriedade contratual: por esse princípio, quando celebrados, os contratos não podem ser modificados, são irretratáveis, salvo por mútuo acordo.
2) Princípio do consensualismo: de acordo com esse princípio, a celebração de contratos, por regra geral, acontece no momento em que as partes chegam a um consenso, na conformidade da Lei, sendo dispensada quaisquer formalidades adicionais.
* Esse princípio é a regra geral, sendo limitado quando a lei exigir formalidades extras para alguns contratos.
3) Princípio da autonomia da vontade: trata-se do princípio que faculta às partes a total liberdade para contratarem.
* Desde que o contrato trate de assunto que esteja dentro dos limites legais imperativos.
4) Princípio da boa fé: esse princípio preconiza que o sentido literal não deve prevalecer sobre a intenção das partes no momento da celebração do contrato. As partes devem agir com lealdade e confiança recíproca, devem ter boa-fé.
5) Princípio da relatividade (efeitos dos contratos): esse princípio diz que os contratos produzem efeitos somente entre as partes envolvidas, não atinge terceiros.
- Condições de validade de contratos - Para que um contrato tenha validade e produza os efeitos legais é necessário preencher certos requisitos: Requisitos subjetivos (relativas aos contraentes): todo negócio jurídico pressupõe agente capaz, isto é, pessoa apta a realizá-lo. Decorre dos artigos 3º e 4º que são incapazes para contratar: os menores, os alienados, os surdos-mudos, que não sabem exprimir a sua vontade, os pródigos interditos e os comerciantes falidos. Os menores e os maiores privados da capacidade poderão contratar somente por seus representantes legais, exclusivamente, ou com autorização do juiz. As partes contratuais devem ser capazes, ou seja, serem maiores de 18 anos de idade ou emancipadas de acordo com o Código Civil Brasileiro, em seu Artigo 5º. Além dessa, existe a capacidade negocial ou contratual, a qual é exigida por lei para determinados contratos.
– Licitações - A licitação é um processo mediante o qual o proprietário, ou representante, de uma entidade qualquer, coloca em oferta para terceiros a realização de uma obra, a prestação de um serviço, o fornecimento de um bem específico, entre outros. Podemos entender uma licitação como a comunicação de uma organização aos fornecedores em geral que tem necessidade de adquirir bens ou serviços.
*Ao contrário do que muitos pensam, as licitações não são promovidas apenas por órgãos públicos, também podem, e muitas vezes são promovidas por entidades privadas.
- Modalidades de licitação pública - Segundo as leis que regem a licitação pública as mesmas podem ocorrer sob diversas modalidades:
· Concorrência Pública – é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto. A convocação deve se dar com 30 dias de antecedência, mediante publicação de aviso no Diário Oficial e em jornais de grande circulação.
· Tomada de Preços – é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.
· Convite – é a modalidade de licitação, entre interessados do ramo pertinenteao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de três pela unidade administrativa – órgão público que está realizando a licitação – que deverá afixar em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 horas da apresentação das propostas.
· Concurso – é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial, com antecedência mínima de 45 dias.
· Leilão – é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para venda de bens. Muito utilizado na comercialização de bens móveis que não servem para a Administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para alienação de bens imóveis prevista em artigo de lei, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor de avaliação.
· Pregão – é a modalidade de licitação para aquisição de bens e serviços comuns, promovida exclusivamente no âmbito da União, qualquer que seja o valor estimado. Em que a disputa pelo fornecimento é feita por meio de propostas e lances em sessão pública.
- Etapas do processo de licitação: O processo de licitação é composto de três etapas distintas:
1) Qualificação: Esta é a fase em que se procura determinar as condições das entidades de executar o serviço licitado. Para isso, as empresas devem apresentar uma série de documentos, provando a sua capacidade de cumprir com o contrato em questão. Essa documentação pode ser dividida em quatro grupos:
Grupo I – Habilitação Jurídica: cédula de identidade; registro comercial; ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, devidamente registrado, em se tratando de sociedades comerciais, e, no caso de sociedade por ações, acompanhado de documentos de eleição de seus administradores; inscrição do ato constitutivo, no caso de sociedades civis, acompanhada de prova de diretoria em exercício; decreto de autorização, em se tratando de empresa ou sociedade estrangeira em funcionamento no país, e ato de registro ou autorização para funcionamento expedido pelo órgão competente, quando a atividade assim o exigir.
Grupo II – Regularidade Fiscal: prova de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ); prova de inscrição no cadastro de contribuintes estadual ou municipal, se houver, relativo ao domicílio ou sede do licitante, pertinente ao seu ramo de atividade e compatível com o objeto contratual; prova de regularidade para com as Fazendas Federal, Estadual e Municipal do domicílio ou sede do licitante, ou outra equivalente, na forma da lei; prova de regularidade relativa à Seguridade Social e ao Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS), demonstrando situação regular no cumprimento dos encargos sociais instituídos por lei.
Grupo III – Qualificação Técnica: registro ou inscrição na entidade profissional competente; comprovação de aptidão para desempenho de atividade pertinente e compatível em características, quantidades e prazos com o objeto da licitação, e indicação das instalações, e do aparelhamento e do pessoal técnico adequados e disponíveis, bem como da qualificação de cada um dos membros da equipe técnica que se responsabilizará pelos trabalhos; comprovação, fornecida pelo órgão licitante, de que recebeu os documentos, e, quando exigido, de que tomou conhecimento de todas as informações e das condições locais para o cumprimento das obrigações, objeto da licitação; prova de atendimento de requisitos previstos em lei especial, quando for o caso.
Grupo IV – Qualificação Econômico-Financeira: balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último exercício social, já exigíveis e apresentáveis na forma de lei, que comprovem a boa situação financeira da empresa, vedada a sua substituição por balancetes ou balanços provisórios, podendo ser atualizados por índices oficiais quando encerrados a mais de três meses da data de apresentação da proposta; certidão negativa de falência ou concordata expedida pelo distribuidor da sede da pessoa jurídica, ou de execução patrimonial, expedida no domicílio da pessoa física; garantia limitada a 1% do valor estimado do objeto da contratação.
2) Licitação em sentido restrito A etapa da licitação, em seu sentido restrito, inicia-se pela divulgação de um documento elaborado pelo contratante, chamado de Edital ou Termo de Referência da Licitação. Este edital é geralmente constituído de dois ou mais volumes, dependendo da quantidade de documentos que estarão incluídos nele.
· O primeiro volume, normalmente, contém as instruções aos licitantes, as condições da licitação, a minuta do contrato a ser executado, requisitos para apresentação da proposta etc.
· O segundo volume contém a documentação técnica, constituída por desenhos de execução, especificações e padrões, assim como a relação das normas técnicas a serem cumpridas. Em anexo, podem ser apresentados outros documentos como quadros quantitativos de serviços, quadro de preços unitários, cronogramas etc.
- A proposta de cada convocado deve ser apresentada em duas partes contidas em envelopes separados, na mesma data, hora e local designados, contendo a primeira parte a proposta técnica e a segunda, a proposta comercial.
- O próximo passo consiste na avaliação das propostas previamente apresentadas. As propostas, contidas em envelopes lacrados, são abertas por uma comissão julgadora designada pelo contratante na presença dos licitantes, comissão esta que irá analisar e julgar todas as propostas, a fim de se obter a mais interessante.
- Após todas as análises necessárias, a comissão elabora um relatório final sobre a colocação dos licitantes e, no caso das licitações públicas, segue-se a homologação da concorrência e, posteriormente, a última etapa do processo licitatório, que é a de adjudicação do contrato.
 3) Adjudicação do contrato Após a aprovação ou homologação da licitação pelo proprietário ou seu representante, é preparado o contrato para assinatura das partes, com base na minuta anexada aos termos de referência, e à qual se incorporam todos os dados resultantes do processo licitatório. Essa etapa corresponde à contratação propriamente dita.
Aula 3 – Administração Estratégica
- É a capacidade de organização de realizar as decisões administrativas e operacionais de forma alinhada com as decisões estratégicas.
- O planejamento estratégico é uma das atividades da administração estratégica, visto que, este é o processo de determinação das ações que irão ser implementadas.
Planejamento e planejamento estratégico
- Oliveira (2005b, p.34) apresenta o planejamento como “o estabelecimento de um conjunto de providências a serem tomadas pelo executivo para a situação em que o futuro tende ser diferente do passado (...)”. O autor ressalta que o planejamento é um processo contínuo de pensamentos sobre o futuro o que implica num processo decisório permanente dentro de um contexto ambiental interdependente e mutável.
- Para a definição das estratégias são analisadas o ambiente externo (oportunidades e ameaças) e o ambiente interno (forças e fraquezas) da organização.
Estratégia
- “Estratégia refere-se aos planos e aos objetivos gerais da organização.” (Wright, Kroll Parnell, 2000, p.24).
- Não raro as organizações adotam várias estratégias ao mesmo tempo, dependendo do cliente, concorrência, produto, etc.
- Sem a estratégia, um gerente não tem um rumo previamente considerado para seguir, não tem um mapa e não tem um programa de ação unificado para produzir os resultados almejados.
- Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000) afirma que há uma utilização massiva da palavra estratégia, assim sendo os mesmos apresentam cinco definições:
a) Estratégia como plano: é um tipo de curso de ação conscientemente gerado, uma diretriz para lidar com uma determinada situação. Tem duas característicasessenciais: são preparadas previamente às ações para os quais se aplicam e são desenvolvidas de forma consciente e deliberadas.
b) Estratégia como pretexto (manipulação): está dentro da estratégia como plano com o objetivo específico de enganar o concorrente ou competidor.
c) Estratégia como padrão: é o comportamento que a organização adotou e utiliza ao longo do tempo.
d) Estratégia como posição: é a força de mediação entre os contextos internos (organização) e externo (ambiente).
e) Estratégia como perspectiva: é a estratégia que procura posicionar a organização olhando para dentro das cabeças dos estrategistas.
Tipos e etapas do planejamento estratégico
- Pode ser apresentado em três níveis organizacionais a partir de sua abrangência e temporalidade:
1 – Planejamento Estratégico: Especifica onde a organização pretende estar no futuro e o que fará no presente para atingir tal objetivo. Normalmente é de responsabilidade dos níveis mais altos da empresa.
2- Planejamento Tático: Realizado a partir do desdobramento dos objetivos, estratégias e políticas estabelecidas no planejamento estratégico. Trata das atividades de uma área de resultado e não de toda a empresa.
3 – Planejamento Operacional: É de curto prazo e encontra-se no menor nível da organização. Suas atividades estão diretamente ligadas à execução dos objetivos.
Etapas do (processo) planejamento estratégico
- Processo contínuo e interativo, chegando à última etapa do planejamento, volta-se à primeira.
- Conforme Oliveira(2005b) descreve as etapas, dividindo a elaboração e implementação do projeto estratégico em quatro fases:
1 – Diagnóstico estratégico: Engloba identificação da visão; análise externa; análise interna; análise dos concorrentes.
- Embora a análise dos concorrentes faça parte do ambiente externo, Oliveira (2005b) separa-os durante sua análise em função da importância e influência que podem ter no andamento (resultados) de uma organização. As análises interna e externa são integradas numa matriz: Matriz de SWOT.
2 – Estabelecimento da missão da organização: “Razão de Ser” de uma organização.
3 – Instrumentos prescritivos e quantitativos: Análise básica é a de “como chegar à situação que se deseja”.
· Instrumentos prescritivos explicitam o que a empresa deve fazer para alcançar os propósitos definidos na missão.
· Instrumentos quantitativos consistem nas projeções econômico-financeiros do planejamento orçamentário.
4 – Controle e avaliação: 
Controle – tem como objetivo verificar como a empresa está caminhando.
A partir dos resultados obtidos no processo de controle passa-se para a avaliação.
- Deve-se destacar a diferença entre controle e avaliação: o primeiro processo trata da verificação de existência de desvios entre o que foi estabelecido e o que está sendo realizado enquanto o segundo facultado a possibilidade de aceitar ou não o resultado. Caso o desvio esteja superior ao aceitável a função da avaliação deverá tomar as providências necessárias para identificação e correção dos gargalos, de tal forma que possa assegurar a realização dos objetivos.
Operacionalização da administração estratégica por meio de projetos
O papel dos projetos na administração estratégica
- Segundo Oliveira (2005b), o projeto é o instrumento de interligação do plano prescritivo com o plano quantitativo na fase III do planejamento estratégico, isto porque é por meio dos projetos que se alocam os recursos ao longo do tempo.
Proposição de projetos
- Uma proposta é um plano que possui os elementos necessários para sua análise e eventual aprovação. Escopo, custo e prazo antecedem à confecção de uma proposta de um projeto.
- A proposta é uma importante ferramenta da administração porque é um registro das ideias e de suas condições de realizações.
- As propostas têm como objetivo comunicar a terceiros sobre a possibilidade e interesse em realizar alguma atividade. Às vezes a proposta exige tantos elementos que a confecção é tratada e gerenciada como um projeto. Uma proposta mais estruturada pode ser apresentada em três partes:
1 – Carta de encaminhamento manifestando interesse em fornecer o produto ou serviço;
2 – A proposta;
3 – Currículo do profissional e ou portfólio com apresentação das atividades que a empresa já realizou.
Seleção e carteira de projetos
- Para operacionalizar o planejamento estratégico da organização é necessário determinar quais projetos serão implementados de forma que os objetivos definidos sejam atingidos.
- A avaliação da proposta é o procedimento que permite tomar a decisão de aprovar ou não, a realização de um projeto.
- Maximiano (2002) sugere que o plano e a proposta de um projeto podem se desenvolvidos em três estágios:
1 – Proposta básica de projeto: Consiste em uma definição resumida do produto e da estimativa de atividades, do tempo necessário e do volume de recursos.
2 – Plano de projeto: Com maior volume de informações, exige uma equipe multidisciplinar, este tipo de proposta pode ser tratada como projeto.
3 – Plano detalhado de projeto: Descrição mais detalhada ainda, essa proposta busca um maior nível de precisão nas estimativas de prazo e custo dos dados apresentados.
- Apresentadas as propostas, a organização passa para o estágio de seleção. O mesmo é subdividido em duas fases:
1 – Acertar-rejeitar a proposta de projeto
2 – Classificar o projeto
- Na segunda fase os projetos serão comparados criando um conjunto de oportunidades para a organização. Esse conjunto de projetos forma a carteira de projetos da empresa.

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