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DEFINIÇÃO: • É o distúrbio endocrinológico mais comum em idade reprodutiva. • síndrome caracterizada por ciclos anovulatórios ou oligoanovulatórios, hiperandrogenismo e múltiplos pequenos cistos ovarianos (>12). FISIOPATOLOGIA: a etiopatogenia exata não está definida. 1. disfunção primária na enzima CYP17 e no citocromo. → alteração na produção de androgênios, levando à atresia folicular prematura e anovulação 2. não há pico na taxa de progesterona na fase lútea mas há manutenção na produção estrogênica ovariana 3. estimulo a GnRH e LH 4. O LH encontra-se aumentado em relação ao hormônio folículoestimulante — FSH (relação maior que 2:1). 5. O LH resulta em hiperplasia das células tecais logo elas produzem mais andrógenos (sem a conversão proporcional deste androgênio em estradiol, dado o desbalanço entre as secreções de LH e FSH – aromatase das células foliculares não estão trabalhando tanto) 6. níveis relativamente baixos de FSH = inibição da maturação folicular adequada e o fenômeno de dominância folicular → persistindo folículos em estágios iniciais da maturação e folículos atrésicos, o que forma o aspecto policístico. 7. Logo → anovulação → redução da produção de progesterona e manutenção das taxas de estrogênios → estimulo À GnRh e LH 8. Apesar de não haver produção significativa de estradiol pelas células foliculares há grande produção de estroma pelas células do tecido adiposo que através da aromatase converte os andrógenos em estroma 9. Portanto os níveis de estrógenos se mantem os mesmos estimulando o endométrio e a mulher não possui a ação da progesterona (pois o ciclo e anovulatório) sobre ele → gera-se sangramentos anormais mas principalmente a hiperplasia de endométrio = grande risco para câncer de endométrio 10. Atividade cutânea da 5- alfaredutase → converte testosterona em diidrotestosterona (mais potente) = hinsurtismo 11. Também existe relação entre SOP e resistência insulínica e hiperinsulinemia 12. A hiperinsulinemia determina o estado anovulatório por ação direta e sinérgica com o LH nos ovários e por diminuição da produção hepática da SHBG = aumentoo de andrógenos Síndrome dos Ovários Policísticos: QUADRO CLÍNICO: → Ciclos anovulatórios (pode até ter amenorreia secundária, onde é ausência de menstruação por 3 meses/ciclos se era regular e se era irregular por 6 meses/ciclos; oligomenorreia e sangramento uterino anormal) → Hiperandrogenismo: acne, alopecia, seborreia, hirsutismo, → infertilidade (anovulação), → obesidade (padrão androide – aumento de risco cardiovascular), → acantose nigricans (resistência insulínica), → DM, dislipidemia, etc. ESCALA DE FERRIMAN GALLWEY – análise clínica de hinsurtismo: Considera-se que a paciente apresenta hirsutismo quando o seu valor for ≥ 6 ou > 4 se a paciente for oriental. DIAGNÓSTICO: Para o diagnóstico atender pelo menos 2 dos 3 critérios de Rotterdam: 1. Ciclos anovulatórios (oligoamenorreia ou disfunção mentrual) 2. Hiperandrogenismo laboratorial ou clínico 3. Ovários policístico ao USG (≥ 12 fóliculos em pelo menos um dos ovários ou volume ovariano > 10ml) Antes de fechar o diagnóstico também devemos excluir outras doenças: hiperprolactinemia, doenças tireoidianas, síndrome de Cushing, hiperplasia adrenal congênita tardia, uso de andrógeno externo, neoplasia de suprarrenal/ovariana... EXAMES LABORATORIAIS: • LH, FSH, • prolactina, • TSH, • bHCG, • dosagem de androgênios, • colesterol total e frações, • triglicérides, glicemia. • Rastreio de diabetes (GJ, TOTG, HbAc) EXAME DE IMAGEM: USG pélvico/transvaginal. NO USG – critérios ultrassonográficos: • Presença de 12 ou + folículos; • volume >10 cm³; • apenas 1 ovário já é suficiente para diagnóstico, • realizar entre 3º e 5º dia do ciclo menstrual; • na presença de corpo lúteo ou folículo >=10mm, repetir n o próximo ciclo. TRATAMENTO: → Mudança de estilo de vida: perda de peso, exercícios físicos, dieta equilibrada. (pacientes obesas se emagrecer praticamente não terá mais a síndrome – aumenta SHBG – melhora resistência insulínica – reduz conversão periférica de androgenos) → anticoncepcionais hormonais combinados (para regularizar ciclos são mais eficazes no eixo hipotálamo- hipófise do que os endógenos da mulher doente) → A progesterona suprime o LH reduzindo a produção de androgênios e atua no endométrio reduzindo a sobrecarga do estrógeno. → O estrogênio estimula a redução da testosterona livre. → metformina. → Tratamento da SOP c om desejo de concepção: 1 ª linha é citrato de clomifeno. (indutor da ovulação) → acompanhamento multiprofissional (DM, HAS, dislipidemia...) DEFINIÇÃO: FISIOPATOLOGIA: QUADRO CLÍNICO: DIAGNÓSTICO: EXAMES LABORATORIAIS: NO USG – critérios ultrassonográficos: TRATAMENTO:
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