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Giovanna Vilas Boas - TXIII 1° bimestre GINECOLOGIA Apresentada por sinais clínicos: • Sinais de hiperandrogenismo o Excesso de androgênio o Aparece de forma mais comum, no hirsutismo Crescimento de pelos grossos e pigmentados em regiões onde não deveriam existir na mulher (ex: tórax, face) o Hipertricose: aumento de pelos em uma determinada área, em que já existiam pelos. o Virilização • Alteração da menstruação • Múltiplos cistos ovarianos ETIOLOGIA • Causa é desconhecida • Origem genética multifatorial e poligênica • Alterações tem início na fase fetal? • Níveis maternos de androgênios e/ou insulina influenciam na programação genética predispondo à SOP FISIOPATOLOGIA • Disfunção hipotalâmica o Ocorre uma alteração de pulsatilidade na liberação do hormônio GnRH o Consequentemente, terá um aumento da liberação do LH e diminuição da liberação do FSH GnRH responsável pela liberação de FSH e LH LH controla a produção de hormônios ovarianos FSH controla a produção de hormônios ovarianos • Papel do LH estimular as células da teca a produzirem androgênios. o Portanto, se há mais LH, haverá maior produção de androgênio, principalmente testosterona e androstenediona. • Papel do FSH estimula a produção da enzima aromatase nas células da granulosa. o Essas enzimas convertem os androgênios em estrogênios. o Se há uma diminuição da liberação de FSH, ocorre também a redução da produção de estrogênios, levando há um acúmulo de androgênios. Aumento de androgênios ovarianos: • Prejudica o desenvolvimento folicular normal o Faz com que os folículos fiquem imaturos e se transformem em vários folículos subdesenvolvidos na periferia ovariana. • Causam alterações no perfil lipídico das pacientes com SOP e predispõem ao surgimento de acne. Na periferia, sob ação Giovanna Vilas Boas - TXIII 1° bimestre da enzima 5-alfa-redutase a testosterona é transformada em Di-hidrotestosterona, hormônio que causa hirsutismo. • Os androgênios circulantes são convertidos em estrogênios no tecido periférico, principalmente nas células do tecido adiposo, assim, pacientes obesas com SOP tem maior produção de estrogênio. Devido ao não desenvolvimento folicular, a paciente não ovulará, levando ao quadro de anovulação crônica, consequência oligo ou amenorreia. Como não há ovulação, também não há formação de corpo lúteo, que é o responsável pela produção de progesterona. Com isso, o endométrio será estimulado somente pelo estrogênio produzido, sem a oposição da progesterona, levando ao risco de sangramento uterino anormal, hiperplasia endometrial e câncer de endométrio. Devido ao aumento de androgênios e resistência à insulina presentes em algumas mulheres com SOP, ocorre a diminuição da produção da Globulina Ligadora de hormônios sexuais (SHBG) proteína produzida pelo fígado e responsável pelo carreamento dos esteroides sexuais. Com a redução dessa proteína, ocorre o aumento da concentração de androgênios livres e disponíveis para se acoplarem aos receptores nos órgãos-alvo. Resistência insulínica, responsável por: • Atresia folicular dos ovários • Aumento da produção de androgênios pelos ovários • Diminuição da produção de shbg • Na pele, leva ao surgimento de acontose nigricans • associada ao surgimento de dm tipo 2; hipertensão arterial; dislipidemia e doença cardiovascular DIAGNÓSTICO Critérios diagnósticos – consenso de Rotterdam (2003) – 2 a 3 critérios • Amenorreia, oligomenorreia • Hiperandrogenismo (clínico ou laboratorial) – sinais de hinsurtismo • Presença de ovários policísticos o 20 ou mais folículos em um dos dois ovários, com 2 a 9mm de diâmetro e/ou aumento do volume ovariano (>10ml) Fenótipos da SOP • Caso tenha os 3 critérios: o apresenta hiperandrogenismo com disfunção ovariana e OP o hiperandrogenismo com disfunção ovariana o hiperandrogenismo e OP o disfunção ovariana e OP SINAIS CLÍNICOS • Acne • Alopecia • Hirsutismo Giovanna Vilas Boas - TXIII 1° bimestre o Para classificá-lo é necessário o Escore Ferriman-Gallwey Graus de pilificação Escore > 8 hirsutismo TER CISTO OVARIANO NÃO É SOP Alterações laboratoriais • Testosterona • FSH / LH • S-DHEA Resistência à insulina • Acontece nos tecidos periféricos • Leva a uma hiperinsulinemia o Aumenta LH o Inibe shbg – proteína carreadora de hormônios sexuais o Inibe IGFBP-1 – proteína carreadora do fator de crescimento semelhante à insulina-1 • Sinais de resistência insulínica: Giovanna Vilas Boas - TXIII 1° bimestre Alterações metabólicas sop • Síndrome metabólica resistência à insulina, obesidade, dislipidemia aterogênica e hipertensão Para o diagnóstico da Síndrome Metabólica é necessário a presença de pelo menos três dos critérios abaixo: 1. Circunferência abdominal ≥ 88cm; 2. Triglicérides ≥ 150 mg/dl; 3. HDL < 50 mg/dl; 4. PA≥ 130x85mmHg; 5. Glicemia ≥ 100 mg/dl. TRATAMENTO Objetivos do tratamento: • Controle da irregularidade menstrual • Tratamento do hirsultismo • Manejo da resistência insulínica • Desejo de gestação Controle menstrual • 1° linha contraceptivos orais combinados – progesterona + estrogênio • 2° linha progestosgênios isolados o Progesterona de deposito IM o Progesterona isolada – 2° fase do ciclo Tratamento do hirsutismo • Anti-androgênicos associado a anticoncepcionais hormonais combinados (AHC) o Selene ®; Diane ® o Espironolactona – ação anti-androgênica o Relacionados ao ganho de peso e redução de libido • Tratamento cosmético laser cosmético Resistência insulínica • Metformina – antidiabético o Inibe a gliconeogênese e glicogenólise hepática. Induz o uso de glicose pelo musculo e absorção lenta pelo intestino Desejo de gestação • Uso de Clomifeno ® o Indutor de ovulação
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