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23/08/2021
1
ANATOMIA E FISIOLOGIA DE 
PEIXES
ANATOMIA
• Maioria dos peixes, o corpo é achatado 
lateralmente; em alguns, como nas raias, 
achatados dorso-ventralmente, e protegidos 
por escamas que são sempre formadas pela 
pele
• A respiração é feita por brânquias, mas 
existem alguns peixes pulmonados, como a 
piramboia.
• Bexiga natatória, situado na frente do 
aparelho digestivo e ligado ao esôfago, e que 
se enche com uma mistura de nitrogênio, 
oxigênio e gás carbônico. Alguns peixes, 
porém, não possuem a bexiga natatória
• Os sentidos são representados por dois olhos, ouvidos com 
canais semicirculares (órgãos de equilíbrio), e geralmente 
pela linha lateral que percorre a parte lateral do corpo e 
permite sentir vibrações da água e audição
• A reprodução é sempre sexuada e, em geral, externa, 
havendo poucas exceções, sendo que as células masculinas e 
femininas são lançadas na água, onde se unem, formando 
um número de ovos muito grande.
ANATOMIA EXTERNA
• Nadadeiras
• Sete nadadeiras, três ímpares (dorsal, anal e caudal) e duas pares (peitorais e ventrais)
• Locomoção – função específica relacionada ao movimento de cada espécie de peixe.
• Pares – remo
• As outras – leme
• Caudal - motor
• Os opérculos são placas ósseas 
localizadas nos lados da cabeça, antes 
das brânquias e cobrem a fenda 
branquial
• Podem ser lisos, cobertos de escamas 
ou ornamentados com cristas ou 
espinhos
• Linha lateral é um órgão sensorial 
usado para detectar movimentos 
ao redor na água, ou seja, a 
audição.
• Formada por escamas com poros, 
ou aberturas na pele, que expõem 
os neuromastos para o meio 
exterior.
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SISTEMA LOCOMOTOR
• A natação do peixe efetua-se pela progressão do corpo contra a água do ambiente, sendo que a pele do peixe 
produz um muco que confere um menor atrito com a água, facilitando o deslocamento.
• A densidade do animal equilibra-se pelo ar contido na bexiga natatória. Por esse motivo o deslocamento não 
exige grandes esforços
• O esqueleto dos peixes, como de outros vertebrados, pode ser dividido em duas partes: esqueleto axial, 
constituído pelo crânio e pela coluna vertebral, e esqueleto apendicular, constituído pelos elementos de 
sustentação das nadadeiras. 
• Os ossos do crânio dos peixes são formados muitas vezes, por elementos dérmicos (bem como elementos 
endocondrais) formando um crânio bastante complexo variando entre as espécies. 
• A coluna vertebral dos peixes é formada por vértebras articuladas, constituídas por uma região central 
compacta e por um anel dorsal onde se aloja a medula espinhal, apresentando projeções como as espinhas 
neurais, espinhas hemais e costelas, que apresentam variações entre as espécies.
SISTEMA CIRCULATÓRIO
• O coração é simples, situado abaixo da faringe, na cavidade celomática, sendo
• composto por quatro câmaras em série: seio venoso, átrio, ventrículo e bulbo arterioso
• elástico
• O sangue venoso chega ao coração pelas veias cefálicas e hepáticas, passando pelo seio venoso, átrio, 
ventrículo (que ao contrair em sístole, impulsiona o sangue para todo o sistema) e bulbo arterioso 
elástico.
• O sangue venoso é então transportado pela aorta ventral para as brânquias onde sofre as trocas 
gasosas passando para as artérias branquiais que lançam o sangue arterial para a aorta dorsal e esta 
distribui o sangue rico em oxigênio para todo o organismo.
• Apenas o sangue não-oxigenado passa pelo coração, sendo depois bombeado para as brânquias, onde é 
oxigenado e distribuído para o corpo
SISTEMA RESPIRATÓRIO
• A respiração dos peixes é feita pelas brânquias internas que se desenvolvem a partir de uma série de 
evaginações da faringe. A água contendo oxigênio dissolvido é aspirada pela boca dos peixes, passa 
para as cavidades branquiais através das fendas que separam os arcos branquiais (os filamentos 
branquiais) e então é forçada a passar entre as lamelas secundárias, sendo que o sangue flui no sentido 
oposto ao da água, sendo realizada a troca gasosa por um mecanismo contra corrente.
• A molécula de hemoglobina (que dá coloração vermelha ao sangue) captura o oxigênio da água, 
passando para o sangue contido nos vasos dos filamentos branquiais e é distribuído para todo o corpo.
• O cascudo (Hipostomus sp.), por exemplo, além de respirar pelas brânquias, também respira pelo 
estômago, cujas paredes são vascularizadas.
• Já o bagre africano (Clarias sp.) possui um mecanismo de respiração denominada de órgão 
arborescente que lhe permite respira fora d’água. 
• O pirarucu (Arapaimagigas) é dotado de bexiga natatória altamente vascularizada, que é utilizada 
como pulmão, enquanto o poraquê (Electrophoruselectricus) ou peixe elétrico, existe um sistema 
respiratório acessório na cavidade bucal.
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SISTEMA DIGESTIVO
• Um exame atento do aparelho digestivo oferece boa estimativa do alimento preferido ou, ao mesmo, 
pode servir para orientar estudos sobre sua alimentação.
• O sistema digestivo dos peixes é constituído de boca, cavidade oro-branquial, esôfago, estômago, 
intestino e glândulas anexas, sendo que o trato digestivo refere-se aos órgãos compreendidos entre a 
boca e o intestino, enquanto o tubo digestivo, refere-se aos órgãos do esôfago até o ânus.
• A boca corresponde à abertura anterior da cavidade oro-branquial, sendo sua posição, formato e 
tamanho estão intimamente relacionados aos hábitos alimentares e, em especial, à forma de apreensão 
do alimento.
• Os peixes não apresentam glândulas salivares e cada espécie possui uma fenda bucal específica, sendo 
importante para definição da granulometria da ração e a posição da boca pode ser dorsal, terminal, 
semi-ventral e ventral.
SISTEMA DIGESTIVO
• A cavidade oro-branquial é um aparelho típico dos peixes, com duas funções principais que dão origem 
a seu nome a retenção e manipulação de alimento e a passagem da água usada na respiração 
branquial.
• Os lábios dos peixes carnívoros são finos e aderidos ao maxilar, enquanto nos peixes onívoros e 
herbívoros, os lábios são bem mais espessos.
• Nos peixes, podemos encontrar dentes nos ossos das maxilas, no vômer, nos palatinos, como também 
na língua, na faringe e nos lábios.
• Quanto aos tipos de dentes orais e faringeanos, mais comuns em peixes são os caninos e cônicos 
(encontrados em peixes carnívoros); viliformes, cuspidados e truncados (encontrados principalmente 
em peixes onívoros). Nos peixes iliófagos, nota-se a ausência total dos dentes na boca, por isso existe 
em seu estômago, uma estrutura semelhante a uma moela.
SISTEMA DIGESTIVO
• O esôfago é um órgão tubular que serve de passagem entre a cavidade oro-branquial e o estômago, 
geralmente é curto, mas pode ser longo dependendo do comprimento do corpo do peixe e da posição 
do estômago.
• O estômago, na maioria dos peixes é uma dilatação do tubo digestivo onde os alimentos são mantidos o 
tempo necessário para realizar a digestão ácida.
• O estômago assume formas diferentes, segundo a natureza da dieta, podendo ser retos nos peixes 
carnívoros, ou ter forma de “U” ou “Y” nos onívoros, enquanto em algumas espécies iliófagas
apresentam uma estrutura semelhante a uma moela
SISTEMA DIGESTIVO
• O intestino é um órgão geralmente tubular por onde transita o alimento e no qual ocorre a digestão e a 
absorção dos nutrientes, sendo geralmente tubular e com essa forma o aumento ou a diminuição da 
superfície de absorção é controlada pelo maior ou menor comprimento do intestino. 
• Espécies iliófagas apresentam pregas na mucosa com a provável função de ampliar a superfície de 
absorção
• O fígado, como em todos os vertebrados, tem como função principal preparar as substâncias nutritivas, 
provenientes da absorção intestinal, para serem aproveitadas pelo organismo e, entre os peixes, 
também é importante a função de estocar gordura. 
• O pâncreas é geralmente difuso e devido à ausência de um ducto pancreático, as secreções são 
depositadas no fígado e encaminhadas ao intestinojunto com a bile
SISTEMA EXCRETOR
• O sistema excretor dos peixes, como dos outros vertebrados, regula o conteúdo de água do corpo, 
mantém o equilíbrio salino adequado.
• A eliminação dos resíduos nitrogenados resultantes do metabolismo proteico no caso a amônia é 
eliminada pelas brânquias.
• Alguns peixes que podem viver tanto em água doce quanto salgada, têm os rins especialmente 
adaptados para enfrentar essas diversas condições da água
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SISTEMA REPRODUTOR
• A fecundação na maioria dos peixes é externa e o estudo do sistema reprodutor será detalhado na 
parte de reprodução.
QUALIDADE DA ÁGUA NA PISCICULTURA
• As características da água são fortemente afetadas pelas propriedades químicas do solo onde a água 
está em contato.
• Por exemplo, em locais em que o solo do viveiro ou açude é ácido, a água tende a tornar-se ácida 
também.
• Os ambientes de piscicultura normalmente são ricos em organismos vivos, além dos próprios peixes 
criados. Neles vivem plânctons – organismos microscópicos que podem ser vegetais (fitoplânctons) ou 
animais (zooplânctons) –, uma diversidade de insetos, bactérias, entre outros.
• O excesso de alguns tipos de 
microrganismos pode prejudicar o 
crescimento e a saúde dos peixes, é 
importante evitar, ao máximo, sua 
presença no ambiente de criação.
FITOPLÂNCTON
• O fitoplâncton é composto por vegetais 
microscópicos que, na presença de luz, 
fazem a fotossíntese, processo pelo 
qual consomem nutrientes e gás 
carbônico da água para produzir seu 
próprio alimento liberando, como 
subproduto, oxigênio no ambiente 
aquático.
• A principal fonte de abastecimento de 
oxigênio.
• A base da alimentação de outros 
microrganismos e também de algumas 
espécies de peixes e pequenos animais.
ZOOPLÂNCTON
• O zooplâncton representa o conjunto de microrganismos animais presentes no ambiente, tendo papel 
fundamental na alimentação dos peixes, nas fases iniciais de crescimento (pós-larvas e alevinos) de 
algumas espécies, e durante todo o ciclo de vida de outras (tilápia e tambaqui).
• Se alimentam do fitoplâncton e de outros microrganismos animais de menor tamanho e precisam de 
água de qualidade para poderem sobreviver e se multiplicar. 
• São bons indicadores da qualidade do ambiente e também têm papel importante na reciclagem dos 
resíduos.
BACTÉRIAS
• Iniciam a reciclagem dos resíduos, tanto pela quebra da matéria orgânica lançada (fezes e resíduos de 
ração) como pela transformação de substâncias tóxicas (como amônia e nitrito) em elementos menos 
tóxicos (nitrato) que podem ser usados pelo fitoplâncton.
• A atuação das bactérias é fundamental para o processo de “autolimpeza” e a manutenção das 
condições adequadas na criação.
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BACTÉRIAS
• Decomposição aeróbica. 
• Tal processo é benéfico ao ambiente por gerar os nutrientes que são aproveitados pelos outros microrganismos 
presentes.
• Decomposição anaeróbica
• É gerada uma série de substâncias altamente tóxicas (por exemplo: gases metano, sulfídrico e nitrito) que 
podem levar os organismos aquáticos, como os peixes, à morte.
PRINCIPAIS VARIÁVEIS FÍSICAS E QUÍMICAS DA ÁGUA
• Temperatura, oxigênio dissolvido, pH, condutividade elétrica e transparência da água
TEMPERATURA
• A água esquenta ao receber radiação do sol quando a temperatura do ar está mais alta e esfria quando 
está mais baixa.
• Com o aumento da temperatura aumenta a velocidade das reações químicas (diminuição no teor de 
oxigênio dissolvido na água) e o metabolismo dos organismos.
• Todas as atividades fisiológicas dos peixes estão ligadas a temperatura da água.
• Variações de 3 a 4ºC num mesmo dia são prejudiciais aos peixes, notadamente durante as fases de 
ovos, larvas e alevinos, influenciando também na maturação gonadal e na extrusão de ovos durante 
reprodução induzida
• Termômetro comum, termômetro de máxima e mínima, termístor com cabo (sonda), termístor de bolso 
ou portátil.
• Meça a temperatura usando um termômetro ou aparelho digital pela manhã (6 h) e à tarde (17 h) em 
viveiros e açudes
• Faça a medição próximo da superfície (20 cm de profundidade)
• Faça o manejo respeitando a temperatura da água
• Evite deixar as margens dos viveiros e açudes rasas, com menos de 80 cm de profundidade, local onde a água 
atinge temperaturas altas em horários de grande incidência de sol.
• Não alimente os peixes dos viveiros e açudes nos horários em que a temperatura estiver acima ou abaixo dos 
limites críticos para alimentação.
• Evite capturar e transportar os peixes fora da faixa de temperatura ideal.
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OXIGÊNIO DISSOLVIDO (OD)
• A solubilidade do oxigênio na água depende da temperatura e altitude, sendo que em águas naturais a 
concentração de OD está sempre modificando de acordo com os processos físicos, químicos e 
biológicos.
• A variação do oxigênio durante 24 horas está ligada aos processos de fotossíntese durante o dia 
(aumento de OD) e respiração/decomposição no período noturno (diminuição de OD).
• O oxigênio dissolvido na água normalmente vem do ar da atmosfera e da fotossíntese do fitoplâncton
• Um tanque com grande florescimento 
planctônico apresenta amplas 
flutuações em 24 horas na 
concentração de OD, com baixas 
concentrações durante o período da 
manhã
• As principais causas da falta de oxigênio na água da piscicultura, que devem ser evitadas, são:
• Excesso de resíduos orgânicos (fezes e resíduos de ração) lançados na água, normalmente resultado da 
densidade excessiva de peixes;
• Baixa incidência de luz, resultado de dias nublados/chuvosos seguidos;
• Excesso de argila na água, o que dificulta/impede a entrada de luz; e
• Invasão de plantas aquáticas flutuantes que sombreiam a superfície da água, impedindo a entrada de luz.
• O excesso de oxigênio na água (acima de 15 mg/L) pode ocorrer quando há multiplicação excessiva de 
fitoplânctons, estimulada pela grande concentração de nutrientes lançados e pela alta incidência de luz.
• Estoque os viveiros e açudes com a densidade adequada de peixes e previna problemas com o oxigênio 
na água.
• Verifique se o aparelho está em boas condições e 
calibrado (siga as instruções do fabricante)
• Coloque a sonda na água e, quando o valor ficar 
estável (parar de mudar), anote a leitura mostrada na 
tela do aparelho
• Meça todos os dias, a cerca de 20 cm de 
profundidade, pela manhã (6 h) e à tarde (17 h) em 
todos os viveiros. Esteja atento aos dias nublados, 
pois vários dias seguidos nessa condição aumentam o 
problema de produção.
• Faça as medições em locais que sejam representativos 
da condição do viveiro, evitando locais próximos à 
entrada da água, muito rasos ou isolados.
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CORRIJA O BAIXO NÍVEL DE OXIGÊNIO NA ÁGUA
• Maneje a alimentação
• Não alimente os peixes enquanto os níveis de oxigênio estiverem abaixo de 3 mg/L;
• Reduza a taxa de alimentação ao observar que os níveis do oxigênio estão caindo para perto de 3 mg/L 
pela manhã; e
• Se disponível, prepare a aeração de emergência naqueles viveiros ou açudes com risco de atingir níveis 
críticos, perto da mortalidade (menor que 2 mg/L).
CORRIJA O BAIXO NÍVEL DE OXIGÊNIO NA ÁGUA
• Use aeração mecânica em viveiros e açudes
• Aeradores são equipamentos utilizados com o objetivo principal de acelerar a passagem do ar da 
atmosfera para viveiros e açudes pobres em oxigênio. Esse processo é feito jogando a água para o ar ou 
injetando ar dentro da água.
• Escolha um que apresente alta eficiência verificada pelo índice, chamado de SAE, que indica a 
quantidade de oxigênio transferido para a água (kg O2) por unidade de energia elétrica gasta (kWh). –
acima de 1,8 kg O2/kWh.
• Deixe os aeradores instalados e prontos para uso em viveiros que não possuem troca de água 
significativa (abaixo de 5% por dia) e estão recebendo altas taxas de alimentação (acima de 6 kg de 
ração a cada 1.000 m2).
• Instale os aeradores do tipo chafariz em locais comprofundidade de água de, pelo menos, 1 m e 
aeradores do tipo pá em locais com, no mínimo, 1,4 m de profundidade.
• Meça a concentração de oxigênio no início da noite (Medida 1), às 19 h por exemplo, e anote
• Repita a medição no mesmo local uma hora depois (Medida 2), ou seja, às 20 h, e anote
• Calcule a queda na concentração de oxigênio em uma hora por diferença
• Resultado da medição de oxigênio às 19 h = 7 mg/L, menos o resultado da medição de oxigênio às 20 h 
= 6,5 mg/L
• Queda de oxigênio por hora = 7 - 6,5 = 0,5 mg/L
• 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑎𝑡é 𝑜 𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 =
𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 2 −𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜
𝑄𝑢𝑒𝑑𝑎 𝑝𝑜𝑟 ℎ𝑜𝑟𝑎
• 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑎𝑡é 𝑜 𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 =
6,5 −3
0,5
= 7ℎ
• Horário do limite crítico = Horário da medida 2 + Tempo até o limite crítico – 24
• Horário do limite crítico = 20 + 7 - 24 = 3 h
• Acione o aerador às 3h da manhã
POTENCIAL HIDROGENIÔNICO - PH
• O pH da água é influenciado diretamente pelo solo do viveiro ou açude. Assim, quanto mais ácido for o 
solo do local, mais ácida a água.
• O pH também fica mais ácido devido à respiração dos organismos aquáticos, principalmente à noite. 
Durante o dia, com a fotossíntese do fitoplâncton, o pH aumenta, sofrendo, assim, variações ao longo 
do dia e da noite.
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• Independentemente do método adotado, realize a medição semanalmente, considerando:
• Escolha um dia de sol e realize a medição do pH em todos os viveiros (a 20 cm de profundidade) no final 
da tarde, por volta das 17 h;
• Na manhã seguinte, por volta das 6 h, meça novamente o pH, de preferência no mesmo local da 
primeira medição; e
• Anote os resultados na planilha de controle e verifique se estes estão entre 6,5 e 8 e também se a 
variação é menor que 2.
CORRIJA O MANEJO DA PRODUÇÃO E O PH DA ÁGUA
• Reduza a alimentação dos peixes nos horários em que o pH estiver acima de 8 ou abaixo de 6,5
• Evite capturar e transportar os peixes quando a água apresentar pH fora da faixa ideal
• Verifique se a alcalinidade total da água está na faixa ideal e aplique calcário, caso necessário
A ALCALINIDADE E DUREZA DA ÁGUA
• A alcalinidade e dureza total são usadas para indicar a presença de calcário na água, substância que 
contribui para manter o equilíbrio do pH próximo do neutro. 
• Quando a alcalinidade total e a dureza total estão próximas a 30 mg/L, as condições de criação são mais 
favoráveis aos peixes.
• Viveiros com alcalinidade muito baixa < 3mg de CaCO3/L poderá ter valores de pH variando muito no 
decorrer do dia.
• Águas com baixa alcalinidade não são boas para incubação de ovos pois dificultam a formação da casca 
dos ovos.
MEÇA A ALCALINIDADE E DUREZA DA ÁGUA
• A medição da alcalinidade e dureza total da água deve ser realizada nas seguintes situações:
• Após o enchimento de um viveiro;
• Duas semanas depois da aplicação de calcário;
• A cada dois meses, em todos os viveiros, a título de acompanhamento;
• Quando houver grandes variações de pH (acima de 2 unidades) ou níveis de pH acima de 9.
CORRIJA A 
ALCALINIDADE E 
DUREZA DA ÁGUA
• Faça a calagem para corrigir a 
alcalinidade e dureza da água, 
aplicando o calcário agrícola, 
conforme as doses apresentadas no 
Quadro.
• Distribua o calcário de maneira 
uniforme sobre todo o viveiro, 
caminhando pelas laterais, ou utilize 
trator ou barco, caso facilite a 
operação.
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• Evite renovar a água excessivamente, pois a troca dilui e/ou remove o calcário presente.
• Evite usar cal virgem ou hidratada para fazer a calagem, pois esses produtos provocam grande alteração 
no pH da água, podendo levar os peixes à morte.
CONDUTIVIDADE ELÉTRICA
• É uma medida da capacidade de conduzir corrente elétrica da água e indiretamente avalia a quantidade 
de íons e nutrientes na água doce. 
• Varia muito de local para local, devido a origem (fonte) e caminho (tipo de solo, rochas, fontes de 
poluição)percorrido pela água doce. 
• A sua unidade de medida é mS/cm (microsíemens por centímetro). 
• A condutividade elétrica da água é quase proporcional à concentração de seus principais elementos 
dissolvidos
AMÔNIA
• Principal resíduo liberado pelos peixes durante a digestão.
• Também é produzida pelos microrganismos na decomposição da matéria orgânica presente na água. 
• Em grande quantidade, a amônia prejudica o crescimento e a saúde dos peixes. 
• O ideal é que sua concentração esteja abaixo de 0,05 mg/L .
• Na água, a amônia pode ser encontrada em duas formas: amônia (NH3), muito tóxica para os peixes, e 
amônio (NH +), pouco tóxico.
• Quando se faz a medição da amônia presente na água, ela sempre representa a soma das duas formas 
(amônia + amônio), o que é chamado de amônia total.
• Para saber quanto existe da amônia tóxica, é preciso medir também o pH e a temperatura da água
MEÇA A CONCENTRAÇÃO DE AMÔNIA NA ÁGUA
• Deve ser usado um kit químico de análise de água para medir a amônia total (siga as instruções do 
fabricante).
• a) Meça a temperatura da água com um termômetro
• b) Meça o pH da água usando um kit químico de análise ou medidor de pH
• c) Compare os valores encontrados com a Tabela
• Encontre, no pH, o valor mais próximo do medido;
• Encontre, na temperatura, o valor mais próximo do medido; e
• O valor onde se cruzam o pH e a temperatura representa a porcentagem da amônia total que está na forma 
tóxica.
• d) Calcule a amônia tóxica
• Para calcular a amônia tóxica, use a equação:
• 𝐴𝑚ô𝑛𝑖𝑎 𝑡ó𝑥𝑖𝑐𝑎 =
𝑎𝑚ô𝑛𝑖𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑥 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎
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• Amônia total = 1,5 mg/L (medida usando o kit químico de análise)
• pH = 7 (medido usando o kit químico de análise)
• Temperatura = 30ºC (medida com termômetro)
• Valor da tabela (sinalizado) = 0,79%
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• Amônia total = 1,5 mg/L (medida usando o kit químico de análise)
• pH = 9 (medido usando o kit químico de análise)
• Temperatura = 30ºC (medida com termômetro)
• Valor da tabela (sinalizado) = 44,28%
• Perceba nesses exemplos que, mesmo sem mudança na amônia total, o aumento do pH fez com que a 
concentração de amônia tóxica passasse de 0,0118 mg/l, que é inofensiva aos peixes, para 0,6642 mg/L, 
que já é considerada prejudicial a eles.
• Faça a medição da concentração da amônia total, pH e temperatura no período da tarde (17 h) em dia 
de sol nos viveiros em que a quantidade de ração oferecida for maior do que 60 kg por hectare/dia.
• Repita essa medição a cada 5 dias e anote em planilha os valores da amônia total e da amônia tóxica 
calculada.
MANEJE A AMÔNIA NA ÁGUA
• Suspenda a alimentação
• Quando observar níveis elevados de amônia, reduza ou suspenda a alimentação dos peixes até que a 
concentração volte a níveis aceitáveis
• Faça troca de parte da água, se possível
NITRITO NA ÁGUA
• O nitrito (NO2-) é uma substância tóxica aos peixes produzida a partir da transformação da amônia pela 
ação de bactérias, principalmente em viveiros que estão recebendo grandes quantidades de ração 
(acima de 60 kg/hectare/dia).
• As condições que facilitam o aparecimento de nitrito são baixas temperaturas da água (abaixo de 24oC) 
e baixas concentrações de oxigênio nela.
• Quando os peixes estão intoxicados por nitrito, há uma alteração na coloração do sangue, que escurece 
e ganha uma tonalidade marrom, similar à cor de chocolate. Essa condição é chamada de “síndrome do 
sangue marrom” e pode levar os peixes à morte, com sintoma parecido com o da falta de oxigênio na 
água.
MEÇA O NITRITO NA ÁGUA
• No campo, meça a concentração de nitrito usando um kit químico de análise. Nele, uma reação de cor 
com a amostra de água indica a sua concentração (siga as instruções do fabricante).
• Meça a concentração de nitrito sempre que o oxigênio dissolvido estiver baixo (menor que 2 mg/L) e a 
temperatura abaixo de 24o C nos viveiros com altas taxas de alimentação (maior que 60 
kg/hectare/dia).
• Verifique se há sinais como brânquias de cor amarronzada, peixes boquejandona superfície ou 
concentrados na entrada de água.
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MANEJE O NITRITO NA ÁGUA
• Suspenda a alimentação dos peixes
• Enquanto o nível de nitrito estiver acima dos limites críticos para alimentação (0,3 mg/L).
• Coloque aeração para aumentar a concentração de oxigênio
• Renove a água, se possível
ENTENDA A TRANSPARÊNCIA DA ÁGUA
• A transparência é a medida da profundidade, em centímetros, que indica a penetração da luz solar na 
água. 
• Ela varia de acordo com a presença de fitoplâncton, tornando a água verde, ou se houver excesso de 
argila em suspensão, tornando a água barrenta.
• A presença de argila na água, chamada de turbidez mineral, geralmente tem origem na erosão das 
margens dos viveiros e açudes, nas águas de enxurradas ou mesmo pela movimentação dos peixes 
quando as águas são rasas. 
• Águas muito barrentas podem causar irritação ou feridas nas brânquias dos peixes. Com isso, eles 
podem ser mais facilmente afetados por parasitas e doenças.
• Disco de Secchi. 
• Para a maioria das espécies, é desejável que a água 
esteja verde, mas com transparência entre 30 e 50 cm, 
indicando uma adequada densidade de fitoplâncton, 
que produz oxigênio para os peixes e evita o 
crescimento de plantas no fundo dos viveiros.
MEÇA A TRANSPARÊNCIA DA ÁGUA
• Afunde o disco de Secchi lentamente na água até que não seja possível enxergá-lo
• Verifique a profundidade, em centímetros, que é chamada de transparência da água
• Anote o valor de transparência na planilha juntamente com a cor da água (verde, barrenta, cor de chá 
ou incolor)
• A transparência ideal está em torno de 20 a 30 cm. 
• Com menos de 20 cm deve-se cessar a adubação e fertilização de viveiros. 
• Acima de 40 cm, deve-se fazer a adubação para evitar o desenvolvimento de macrófitas no fundo do 
viveiro
MANEJE A TRANSPARÊNCIA DA ÁGUA
• Se a transparência estiver abaixo do ideal e a água muito esverdeada, reduza a alimentação até que sua 
condição melhore ou faça sua troca parcial.
• Caso a transparência esteja abaixo do ideal, causada pela turbidez de argila, identifique e corrija a 
causa:
• Em caso de erosão, faça o controle plantando grama ou capim nas laterais;
• Em caso de enxurrada, faça desvios para evitar a entrada da água turva;
• Em caso de presença de animais (gado, cavalos, entre outros), cerque a área e impeça o acesso; e
• Avalie a possibilidade de aplicar calcário nas mesmas doses usadas para equilibrar o pH da água, o que também 
ajuda a decantar parte da argila.
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23/08/2021
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MANEJO E TRATAMENTO DE EFLUENTES NA 
PISCICULTURA
• https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/972692/1/Doc95.pdf
APRENDA+
• Aspectos Gerais da Fisiologia e Estrutura do Sistema Digestivo dos Peixes Relacionados à Piscicultura
• https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/81136/1/DOC53.pdf
• Qualidade de água
• https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/93111/1/agua.pdf
• https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/187706/1/TC-32-17-CARTILHA-Qualidade-Agua-
V05.pdf
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https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/81136/1/DOC53.pdf
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/93111/1/agua.pdf
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/187706/1/TC-32-17-CARTILHA-Qualidade-Agua-V05.pdf

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