Buscar

DESORDENS NUTRICIONAIS E METABÓLICAS 05

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1. COMPREENDER A PRODUÇÃO FISIOLÓGICA DOS 
HORMÔNIOS ESTEROIDAIS. 
Histologicamente, o córtex da adrenal possui 3 
camadas: a zona glomerulosa (mais externa - 
encarregada da produção de aldosterona), a 
zona fasciculada (meio - produção de cortisol) e 
a zona reticular (mais interna - produção de 
androgênios). 
 
Os hormônios produzidos pela suprarrenal são 
chamados de esteroides porque todos derivam 
de um precursor comum: o colesterol, proveniente 
tanto da dieta quanto da síntese endógena. 
Os esteroides adrenais são constituídos por 
diversos anéis aromáticos e contem 19 ou 21 
átomos de carbono. 
Os C19-esteroides (com 19 carbonos) são 
representados pelos androgênios. Como possuem 
um grupamento cetona no carbono 17, são 
também chamados de 17-cetoesteroides. 
Já os C21-esteroides (com 21 carbonos) podem 
atuar como glicocorticoides ou 
mineralocorticoides. Ao receberem um radical 
hidroxila no carbono 17, passam a ser chamados 
de 17-hidroxicorticosteroides, sendo classificados 
como glicocorticoides. Na ausência da 17-
hidroxilação, os C21-esteroides são classificados 
como mineralocorticoides. 
Os estrogênios (hormônios sexuais femininos) 
possuem 18 carbonos e NÃO são produzidos pelas 
adrenais, tendo origem nos ovários ou na 
conversão periférica de androgênios em 
estrogênios pela aromatase que se localiza no 
tecido adiposo. 
 
Observe: a deficiência da CYP17 promove um 
acúmulo de pregnenolona, cujo excesso será 
desviado para a síntese de aldosterona, já que 
essas não precisam dessa enzima para sintetizar 
seus produtos. 
Já a deficiência da CYP21A2 impede a síntese de 
cortisol e aldosterona. Nesse caso, o excesso de 
precursores é desviado para a síntese de 
androgênios renais, caracterizando a forma mais 
comum de HAC. 
 
 
DESORDENS NUTRICIONAIS E METABÓLICAS 
 
SP5: Acontece rapidamente.. 
EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE-SUPRARRENAL 
O cortisol é regulado pelo ACTH (corticotrofina), 
um hormônio produzido pela hipofise. O 
hipotálamo produz o CRH (hormônio liberador de 
corticotrofina) que estimula a secreção de ACTH 
após ser transportado pelo sistema porta-
hipofisario. 
O ACTH estimula principalmente as zonas 
fasciculada e reticular, promovendo secreção de 
cortisol e androgênio. De forma limitada, ele 
também estimula a secreção de aldosterona pela 
camada glomerulosa (mas o controle desta é 
feito principalmente pelo sistema renina-
angiotensina). 
O ACTH se liga a um receptor de membrana, 
ativando a primeira enzima da esteroidogênese 
(Star ou regulador agudo da esteroidogênese). Tal 
enzima cliva a cadeia lateral de colesterol, 
convertendo-o em pregnenolona e representa a 
etapa limitante de todo o processo de 
esteroidogênese. 
O ACTH possui efeito trófico sobre a glândula: na 
sua ausência ocorre atrofia do córtex, e no seu 
excesso hiperplasia. Vale lembrar, que na 
ausência de ACTH (insuficiência adrenal 
secundária ex: uso de glicocorticoide exógeno) a 
aldosterona continua a ser secretada (controle 
pelo SRAA). Já nos casos de insuficiência adrenal 
primaria (doença da própria glândula) todos os 
hormônios suprarrenais se tornam deficitários. 
O eixo hipotálamo-hipófise-suprarrenal contém 
uma alça de feedback negativo. O cortisol inibe a 
síntese de ACTH pela adeno-hipófise e de CRH 
pelos neurônios hipotalâmicos. 
 
 
 
 
 
2. DEFINIR HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA E SUA 
EPIDEMIOLOGIA, FISIOPATOLOGIA (DISTURBIO 
HIDROELETROLÍTICO), FATORES DE RISCO, 
QUADRO CLINICO, DIAGNÓSTICO, EXAMES E 
TRATAMENTO. 
A hiperplasia adrenal congênita é um distúrbio 
autossômico recessivo, resultante da deficiência de 
uma das enzimas responsáveis pela síntese de 
cortisol nas glândulas adrenais. 
Os baixos níveis plasmáticos do cortisol, promovem 
um aumento na síntese e liberação de ACTH pela 
hipófise devido à redução do feedback negativo 
sobre o eixo hipotálamo-hipofise. 
O ACTH elevado estimula a adrenal, levando a sua 
hiperplasia e a um acumulo de metabolitos 
intermediários. 
EPIDEMIOLOGIA 
A HAC é uma doença com significativa 
morbimortalidade, frequentemente sub-
diagnosticada no período neonatal, principalmente 
em crianças do sexo masculino, antes de sua 
inclusão nos testes de triagem neonatal. 
Em populações caucasianas, 90 a 95% dos casos 
de HAC ocorrem por redução da atividade da 
enzima 21-hidroxilase (21-OH), devido a mutações 
no gene CYP21A2 que codifica a enzima que leva 
o mesmo nome: CYP21A2, resultando em diferentes 
comprometimentos da atividade enzimática. 
Na maioria dos grupos étnicos, a deficiência de 
11β-hidroxilase corresponde a segunda causa mais 
comum (5% dos casos). Mas, no Brasil essa 
deficiência é muito rara e a da 17α-hidroxilase é a 
segunda causa de HAC. 
Estudos recentes realizados na população brasileira 
demonstraram que a HAC também possui 
frequência elevada em nosso meio, variando de 
1:10.000 a 1:18.000 nascidos vivos. 
FISIOPATOLOGIA 
Em decorrência do comprometimento da 
produção do cortisol, ocorre a hipersecreção 
secundária de adrenocorticotrofina (ACTH), 
resultante da ativação do feedback negativo. 
Esse excesso de ACTH estimula de modo contínuo o 
córtex adrenal, promovendo tanto sua hiperplasia 
como a hiperfunção das vias de síntese não 
comprometidas pela deficiência enzimática. 
Uma vez que precursores e outros produtos são 
secretados em excesso, o perfil esteroide final 
resulta em quadros clínicos variáveis e combinados 
de deficiência de glicocorticoides, deficiência ou 
excesso de mineralocorticoides e deficiência ou 
excesso de androgênios. 
FORMAS DE HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA 
As deficiências enzimáticas que envolvem a síntese 
do cortisol são as seguintes, por ordem de 
frequência: 
 Deficiência de 21-hidroxilase (21-OH, 
CYP21A2) 90% dos casos 
 Forma “não clássica” 
 Forma “clássica” com 
perda de sal 
 Forma “clássica” virilizante 
simples 
 Deficiência de 17A-hidroxilase (17A-OH, 
CYP17) 
 Deficiência de 11B-hidroxilase (11B-OH, 
CYP11B1) 
 Deficiência de 3B-hidroxiesteroide 
desidrogenase (3B-olDH, 3B-HSD2) 
DEFICIÊNCIA DE 21-HIDROXILASE (21-OH) 
A deficiência de 21-hidroxilase (CYP21A2) é 
responsável, sozinha, por cerca de 90% dos casos 
de HAC. 
A transmissão familiar ocorre por herança 
autossômica recessiva. As 
formas não clássicas são mais 
comuns do que as clássicas e 
chegam a 0,1% da população 
em geral, com incidência 
maior (1:27 indivíduos) em 
judeus do leste europeu. 
A fisiopatologia dessa 
afecção caracteriza-se pela 
seguinte sequência de 
eventos: 
I. Alterações no gene CYP21A2 (deleções, 
mutações etc.)  
II. Deficiência de 21-hidroxilação  
III. Redução da síntese do cortisol  
IV. Elevação do ACTH  
V. Hiperplasia adrenal bilateral + elevação dos 
precursores do cortisol (progesterona e 17-OH 
progesterona) + estímulo da via de produção 
dos andrógenos (DHEA, androstenediona e 
testosterona). 
A enzima CYP21A2 está presente tanto na via 
glicocorticoide (convertendo a 17-α-
hidroxiprogesterona em 11-desoxicortisol) quanto 
na via mineralocorticoide (convertendo a 
progesterona em 11-desoxicorticosterona). 
Desse modo, na forma completa da síndrome 
(deficiência enzimática profunda), ocorre choque 
circulatório hipovolêmico e hiponatrêmico nos 
primeiros dias após o nascimento (deficiência de 
cortisol + aldosterona). 
Em formas incompletas (deficiência enzimática 
parcial), tal desfecho dramático pode não 
acontecer. 
A maioria dos pacientes apresenta, além da 
deficiência de cortisol, um comprometimento da 
produção de aldosterona, já que ocorre um 
comprometimento da biossíntese dos 
mineralocorticoides, por conta da deficiência 
enzimática. 
A inabilidade para sintetizar aldosterona ou outro 
mineralocorticoide resulta da inadequada 
conservação renal de sódio, que ocorre junto a 
hipovolemia, episódios de hipotensão arterial e até 
choque.Com frequência esses indivíduos são 
hiperpotassêmicos e acidóticos. 
Assim, a atividade plasmática de renina (APR) 
encontra-se elevada, e isso reflete a contração 
crônica do volume do líquido extracelular e a 
redução do sódio total corporal. 
É importante lembrar que, na deficiência de 21-OH, 
a atividade residual enzimática manifesta-se em 
graus variados, resultando em tipos graves com 
perda de sal associada à virilização (atividade 
residual: < 1%), passando por virilizantes simples 
(atividade residual: 2 a 5%), até os mais leves, 
considerados não clássicos. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS - DEFICIENCIA DE 21-OH 
 FORMA CLÁSSICA VIRILIZANTE SIMPLES: 
O menino encontra-se normal ao nascimento, 
porém sinais de puberdade precoce isossexual 
aparecem nos primeiros seis meses e, em casos 
mais arrastados, nos quatro a cinco primeiros anos 
de vida. 
Estes sinais incluem aumento do pênis, escroto e 
próstata; aparecimento de pelos pubianos; 
surgimento de acne e alteração no timbre da voz. 
Observamos músculos desenvolvidos e a idade 
cronológica óssea está adiantada (os 
androgênios em excesso aceleram a idade óssea, 
favorecendo o fechamento das epífises). Apesar 
do crescimento rápido inicial, as epífises se 
fecham antes do normal, justificando a baixa 
estatura na idade adulta em indivíduos não 
diagnosticados durante a infância. 
Nas meninas, encontramos pseudo-
hermafroditismo feminino (ou seja, o cariótipo é 46 
XX). 
Como esta deficiência enzimática se inicia no 
período fetal, já ao nascimento observamos, no 
recém-nato, hipertrofia do clitóris e graus variados 
de fusão labial. 
O grau de virilização da genitália pode ser 
clinicamente avaliado pela escala de Prader. 
 
 FORMA CLÁSSICA PERDEDORA DE SAL: 
Nessa variedade de HAC, os sintomas aparecem 
ao nascimento, com perda ponderal progressiva, 
desidratação, vômitos, anorexia, distúrbios no 
ritmo cardíaco, cianose e dispneia. 
A forma clássica perdedora de sal, ao contrário do 
que muitos pensam, corresponde à maioria dos 
casos de deficiência de 21-hidroxilase (cerca de 
66%), enquanto a forma virilizante simples responde 
por aproximadamente 32% dos casos. 
A incapacidade para sintetizar aldosterona e 
deoxicorticosterona (DOC) decorre do 
comprometimento da biossíntese de 
mineralocorticoides da zona glomerulosa devido à 
predominância da deficiência enzimática nessa 
camada. 
Assim, a atividade plasmática de renina (APR) 
encontra-se elevada, e isso reflete a contração 
crônica do volume do líquido extracelular e a 
redução do sódio total corporal (hiponatremia) 
A hiperpotassemia é frequente, e episódios de 
desidratação e hipovolemia ocorrem em geral 
entre a primeira e a terceira semanas de vida; 
Este problema parece ser ainda mais crítico em 
meninos, pois eles não apresentam alterações da 
genitália ao nascimento (como no caso das 
meninas, que apresentam graus variados de 
genitália ambígua), de modo que o pediatra pode 
não estar atento à possibilidade de HAC. 
 FORMA NÃO CLÁSSICA; 
Nesta forma, as manifestações de virilização nas 
meninas não ocorrem ao nascimento, pois as 
mutações no gene CYP21A2 permitem uma 
atividade enzimática residual. 
Os pacientes com esta forma geralmente 
apresentam pubarca precoce durante a infância 
e sinais de hiperandrogenismo durante a 
adolescência. 
DIAGNÓSTICO 
O diagnóstico bioquímico da deficiência de 21-
OH fundamenta-se no encontro de níveis séricos 
elevados de 17-OHP (“marcador” da doença), 
além dos níveis de androstenediona, testosterona 
e DHEA. 
O que diferencia a forma clássica da forma não 
clássica é o grau de déficit na atividade 
enzimática. 
 
Como nas formas não clássicas os níveis dos 
precursores metabólicos não são muito elevados, 
estaria indicado o teste de cortrosina (250mcg de 
ACTH, com dosagem hormonal basal e 60 min 
após estimulo). Seria esperado se encontrarmos 
formas não clássicos valores de 17-α-OHP > 
1.000ng/dl (embora valores > 1.500 ng/dl sejam 
mais específicos) e de 21-desoxicortisol > 200 ng/dl 
após estímulo com ACTH. 
Em crianças prematuras sem HAC, o 17-OHP 
também se encontra elevado, entretanto tende a 
cair no segundo ao terceiro dia após o 
nascimento. Por outro lado, nos bebês com HAC, 
a 17-OH progesterona se eleva progressivamente, 
sobretudo após as primeiras 48 a 72 horas de vida. 
Outros achados incluem níveis baixos de cortisol, 
atividade de renina plasmática elevada 
(decorrente dos baixos níveis de aldosterona). 
Recém-natos com a forma perdedora de sal se 
apresentam com baixos teores de sódio e cloro no 
plasma e valores elevados de ureia e potássio. 
TRATAMENTO 
Com base na fisiopatologia da doença, o 
tratamento da deficiência da 21-OH visa à 
reposição continuada de glicocorticoides e 
mineralocorticoides em doses adequadas para 
suprir as necessidades fisiológicas do paciente e 
normalizar a hipersecreção do ACTH e da renina, 
com redução do estímulo sobre o córtex adrenal 
e promoção da involução da hiperplasia. 
A consequente redução da síntese adrenocortical 
normaliza a produção anômala de androgênios e 
impede a progressão da virilização, o que 
possibilita, com o tempo, a remissão do quadro. 
Em pacientes com a forma clássica é necessária 
a reposição de glicocorticoides para o resto da 
vida, sendo iniciada logo após o diagnóstico. 
A droga empregada é a hidrocortisona, na dose 
de 10 a 20 mg/m²/24h administrada por via oral 
em duas a três doses. A dose noturna deve ser 
maior, para suprimir o aumento fisiológico do ACTH 
noturno. 
O suporte mineralocorticoide é oferecido por 
meio da fludrocortisona (0.05 a 0,3 mg/dia). 
Para as crianças em aleitamento materno 
exclusivo ou em uso de fórmulas infantis, é 
essencial a oferta de cloreto de sódio (sal de 
cozinha) na dose de 1 a 2 g/dia, diluído em 20-30 
mL de água e oferecido entre as mamadas. 
O bom controle terapêutico se reflete na ausência 
de sinais de Cushing, velocidade de crescimento 
adequada e maturação óssea compatível com a 
idade. 
Laboratorialmente, o principal critério indicador 
de bom controle terapêutico é a normalização 
dos níveis de androstenediona e testosterona, já 
que os níveis de 17-OHP não se normalizam, 
apesar de um bom controle. Isso tem importância 
terapêutica: diante de valores normais de 17-OHP, 
podemos afirmar que a dose de glicocorticoide 
usada está sendo alta e o paciente poderá 
apresentar futuramente sinais de Cushing. 
Devemos, portanto, reduzir a dose do 
glicocorticoide nesses casos... 
Em situações de estresse (como febre e infecção), 
que aumentam a necessidade de 
glicocorticoides, deve-se dobrar a dose de 
reposição, sem alterar a dose do 
mineralocorticoide. Em caso de vômitos, diarreia 
ou desidratação, deve-se administrar 
hidrocortisona venosa além da hidratação. 
TRATAMENTO PRÉ-NATAL 
Em gestações onde a mãe já possua uma criança 
portadora da forma clássica, é indicado iniciar 
antes da 7ª semana de gestação, o tratamento 
com dexametasona na dose de 20mg/kg/dia, 
dividida em 3x. 
Tem como objetivo principal evitar a virilização 
intrauterina da genitália externa de feto feminino 
portador da forma clássica. 
TRIAGEM NEONATAL 
A triagem neonatal da HAC foi implementada no 
Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro no final de 
2012 e é coordenada pelos Serviços de Referência 
em Triagem Neonatal (SRTN) de cada estado. 
A amostra de sangue para dosagem da 17-OHP 
deve ser coletada entre o terceiro e o quinto dia 
de vida. Recomendam-se pontos de corte da 
concentração de 17-OHP estratificados por peso 
ao nascer, para evitar resultados falso-positivos. 
A triagem possibilita o diagnóstico precoce da 
doença, previne e/ou atenua a gravidade da 
crise perdedora de sal, além de evitar 
complicações em longo prazo, principalmente as 
relacionadas à hiponatremia neonatal, tais como 
retardo mental e/ou déficits cognitivos.Tratamento no período neonatal 
Na fase aguda, o tratamento da crise de perda de 
sal consiste na hidratação com reposição de sódio e 
da administração endovenosa de hidrocortisona na 
dose inicial de 50 mglm2, seguida de manutenção 
com 25 a 50 mglm1 a cada oito horas até o reinício 
da alimentação. 
Compensada a fase aguda, introduz-se 9-alfa-Fluor-
hidrocortisona 150 a 250 mg via oral em dose única 
pela manhã e hidrocortisona 10 a 15 mglm1/dia cm 
três tomadas, com 20% da dose maior à noite. As 
crianças devem ser acompanhadas semanalmente 
durante o primeiro mês de vida e a seguir a cada 2 
a 3 semanas para adequação da dose do 
mineralocorticoide, já que a sensibilidade renal ao 
mineralocorticoide aumenta subitamente, o que 
pode acarretar retenção hídrica, edema e até 
insuficiência cardíaca. 
Prematuridade e baixo peso ao nascer são as 
principais causas de resultados falso-positivos na 
triagem neonatal para HAC 
3. DIFERENCIAR CRISE ADRENAL DE SEPSE 
É bem descrito na literatura que, nas situações de 
estresse, tais como na sepse grave e choque 
séptico, ocorre uma estimulação do eixo 
hipotálamo-hipófise-adrenal e, assim sendo, um 
aumento na secreção de cortisol e perda no ritmo 
circadiano. 
A ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal é 
componente essencial da adaptação do 
paciente à situação de estresse e contribui para 
manter a homeostase. 
Nas UTI, quanto maiores os escores de gravidade 
da doença, maiores os níveis esperados de 
cortisol e as taxas de mortalidade. 
A insuficiência adrenal relativa está presente 
quando a resposta adrenal é inadequada para a 
situação de estresse. Geralmente, estes pacientes 
apresentam os mais altos níveis de cortisol basal, 
mas não respondem ao teste de estímulo com 
ACTH, ou seja, não apresentam reserva adrenal. 
Já a insuficiência adrenal absoluta é 
caracterizada por baixos níveis de cortisol basal e 
a não resposta ao teste de estímulo com ACTH. 
Este padrão de resposta, em pacientes com 
choque séptico, não é o que verificamos 
habitualmente, já que em tal situação é esperada 
uma ativação do eixo hipotálamohipófise-
adrenal. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA INSUFICIÊNCIA 
ADRENAL 
Clinicamente, a insuficiência adrenal aguda pode 
ser indistinguível do choque séptico e 
hipovolêmico, entrando como diagnóstico 
diferencial. 
Existem muitos sintomas associados à insuficiência 
adrenal. Na maioria das vezes, suspeita-se do 
diagnóstico quando estes pacientes apresentam 
uma hipotensão refratária à fluidoterapia e às 
drogas vasoativas. 
Outros sintomas relacionados à insuficiência 
adrenal são: dor abdominal, febre na presença de 
culturas negativas e não responsiva a antibióticos, 
mudanças inexplicáveis do nível de consciência, 
anormalidades eletrolíticas (hipoglicemia, 
hiponatremia, hipercalemia), neutropenia e 
eosinofilia 
 
4. ESTUDAR A FARMACOLOGIA DA OXACILINA E 
AMICACINA. 
OXACILINA 
A oxacilina é uma penicilina resistente à beta-
lactamase estafilocóccica. Portanto, está 
indicada em infecções por estafilococos 
produtores de beta-lactamase, embora as cepas 
de estreptococos e penumococos sensíveis a 
penicilina também sejam sensíveis a esse fármaco. 
Microbiologia: As penicilinas penicilinase-
resistentes exercem uma ação bactericida contra 
micro-organismos sensíveis durante a 
multiplicação ativa. Todas as penicilinas inibem a 
biossíntese da parede celular bacteriana. 
A oxacilina é ativa contra a maioria dos cocos 
gram-positivos, incluindo os estreptococos beta-
hemolíticos, pneumococos e estafilococos não-
produtores de penicilinase. Devido à sua 
resistência à enzima penicilinase, a oxacilina é 
ativa também contra estafilococos produtores de 
penicilinase. 
Propriedades farmacocinéticas: 
Absorção: A oxacilina é rapidamente absorvida 
após injeção intramuscular. Os picos séricos de 
oxacilina são atingidos em aproximadamente 30 
minutos após a administração. Após injeção 
intramuscular de uma dose única de 250 mg ou 
500 mg de oxacilina em adultos saudáveis, os 
picos médios de concentração sérica são 5,3 e 
10,9 μg/mL, respectivamente. 
Distribuição: A oxacilina se liga às proteínas séricas 
em uma taxa de 89% a 94%, principalmente à 
albumina. A oxacilina é distribuída para os líquidos 
sinovial, pleural e pericárdio, bile, escarro, 
pulmões e ossos. Com doses normais, 
concentrações insignificantes de oxacilina são 
alcançadas nos fluidos cérebro-espinhal e 
ascítico. 
Metabolismo e eliminação: A meia-vida sérica de 
oxacilina em adultos com função renal normal é 
de 0,3 a 0,8 horas. A oxacilina é parcialmente 
metabolizada em metabólitos 
microbiologicamente ativos e inativos. A oxacilina 
e seus metabólitos são rapidamente excretados 
na urina por secreção tubular e filtração 
glomerular. A oxacilina é excretada também na 
bile. A oxacilina não é dialisável. 
A terapia deve ser continuada durante pelo 
menos 48 horas após o paciente tornar-se afebril, 
assintomático e possuir culturas negativas. Nas 
infecções graves por estafilococos, a terapia com 
penicilina penicilinaseresistente deve ser 
continuada por pelo menos 14 dias. O tratamento 
de endocardite e osteomielite podem requerer 
uma terapia de longa duração. 
AMICACINA 
Mecanismo de ação 
Os aminoglicosídeos inibem a síntese das 
proteínas bacterianas e tem ação mínima contra 
microrganismos anaeróbios. 
O efeito dos aminoglicosídeos é bactericida, 
sendo realçado por agentes que interferem na 
síntese da parede celular (p. ex., penicilinas). 
Resistência 
A resistência aos aminoglicosídeos vem-se 
tornando um problema. A resistência ocorre 
através de vários mecanismos diferentes, e o mais 
importante é a inativação por enzimas 
microbianas, das quais se conhecem nove ou 
mais. 
A amicacina foi considerada um substrato fraco 
para essas enzimas, mas alguns microrganismos 
também podem inativar esse agente. A resistência 
como resultado da falta de penetração pode ser 
largamente ultrapassada pelo uso concomitante 
de penicilina e/ou vancomicina, a custo do risco 
de aumento de efeitos adversos graves. 
Espectro antibacteriano 
Os aminoglicosídeos mostram-se efetivos contra 
muitos microrganismos Gram-negativos e alguns 
Gram-positivos. São amplamente utilizados contra 
microrganismos entéricos Gram-negativos e 
septicemia. 
Podem ser combinados com uma penicilina nas 
infecções causadas por estreptococos, por Listeria 
spp. e P. aeruginosa. 
A amicacina tem um espectro antimicrobiano 
mais amplo e pode ser eficaz em infecções por 
microrganismos resistentes à gentamicina e à 
tobramicina. 
Aspectos farmacocinéticos 
Não são absorvidos pelo trato gastrointestinal e, 
em geral, são administrados via intramuscular ou 
via intravenosa. Os aminoglicosídeos atravessam 
a placenta, mas não a barreira hematoencefálica, 
embora seja possível atingir elevadas 
concentrações nos fluidos articulares e pleurais. 
A eliminação ocorre totalmente através de 
filtração glomerular nos rins, sendo que 50 a 60% 
da dose é excretada inalterada após 24 horas. Se 
a função renal estiver comprometida, a 
acumulação ocorre rapidamente, resultando em 
aumento desses efeitos tóxicos (p. 
ex.,ototoxicidade e nefrotoxicidade), os quais 
estão relacionados com a dosagem. 
5. CONHECER A FARMACOLOGIA DOS 
CORTICOESTEROIDES (GLICO E 
MINERALOCORTICOIDES); 
GLICOCORTICOIDES 
Os glicocorticoides, também conhecidos como 
anti-inflamatórios esteroidais, são hormônios 
sintetizados a partir do cortisol (que por sua vez 
deriva do colesterol), um hormônio normalmente 
fabricado pela glândula suprarrenal. 
Antes de conhecer os glicocorticoides como 
fármacos, é preciso ter ciência que eles são 
substâncias produzidas endogenamente pelo 
organismo, exercendo funções importantes nele: 
metabólicas, indução da produção de glicose, 
aumento da disponibilidade de nutrientes para o 
organismo. São prescritosmais comumente 
devido às intensas propriedades 
imunossupressoras e anti-inflamatórias. 
Os principais efeitos do corticoide são: 
 Metabolismo dos carboidratos: aumentam 
a gliconeogênese hepática e são 
antagonistas periféricos da insulina, 
podendo induzir à hiperglicemia devido a 
redução da captação de glicose no 
músculo e tecido gorduroso. Portanto, os 
glicocorticoides podem causar diabetes, 
que normalmente é moderado, estável, 
sem cetose e relacionado com a dose e o 
tempo de administração. Na maioria das 
vezes, após a retirada do corticoide, o 
diabetes desaparece. 
 Metabolismo proteico: ocorre inibição da 
síntese proteica e elevado catabolismo 
proteico com balanço nitrogenado 
negativo, provocando redução da massa 
muscular. 
 Metabolismo lipídico: altas doses de 
corticoide podem levar à um aumento do 
VLDL e LDL. 
 Efeitos no crescimento: a administração de 
corticoide em crianças pode provocar 
atraso no crescimento, causado pela 
redução da absorção de cálcio no intestino 
e efeito antianabólico e catabólico nas 
proteínas dos tecidos periféricos. Outro fator 
que pode prejudicar o crescimento é que os 
corticóides também podem antagonizar os 
efeitos do GH e interferir na sua secreção. 
 Efeito no Na, K e Metabolismo da Água: a 
reabsorção de Na+ e a excreção de K+ são 
aumentadas pelo uso de corticoides e em 
altas doses pode ocorrer alcalose 
metabólica hipocalêmica. A interferência 
no metabolismo da água ocorre pelo 
aumento do “clearance” de água livre 
provocado por um efeito direto no túbulo 
renal e uma maior taxa de filtração 
glomerular. Além disso, os corticoides 
podem inibir a secreção do ADH (hormônio 
antidiurético), contudo, ainda não é 
conhecido por qual mecanismo. 
 Efeito no Metabolismo do Cálcio: a 
absorção intestinal de cálcio é diminuída 
pelos corticoides, já a excreção fecal é 
aumentada pelo efeito antivitamina D a 
nível intestinal. O aumento da filtração 
glomerular juntamente com a redução da 
reabsorção tubular faz com que o rim 
aumente o “clearance” urinário de cálcio. 
 Resposta Inflamatória: a potente ação anti-
inflamatória dos corticoides ocorre 
principalmente devido a ação 
estabilizadora na membrana do lisossomo; 
a inibição da formação de cininas que 
provocam vasodilatação, maior 
permeabilidade capilar e dor; a inibição da 
proliferação de fibroblastos e a redução da 
síntese de colágeno. 
É importante lembrar que a concentração de 
corticosteroides endógenos (cortisol, cortisona e 
corticosterona) na circulação sanguínea é 
elevada no período da manhã e baixa no período 
da noite, 
CLASSIFICAÇÃO 
A classificação dos GC ocorre de acordo com sua 
duração de ação. A duração de ação pode ser 
curta, intermediária ou longa e tem como base o 
tempo de supressão do ACTH, após dose única 
que demonstre atividade anti-inflamatória 
equivalente a 50 mg de prednisona. 
 Ação curta: suprimem o ACTH durante 8 a 
12 horas. A cortisona e a hidrocortisona são 
exemplos. 
 Ação intermediária: suprimem o ACTH por 
12 a 36 horas. Como exemplo pode-se 
citar a prednisona, prednisolona, 
metilprednisolona e triancinolona. 
 Ação longa: suprimem o ACTH por 36 a 72 
horas. A dexametasona e a betametasona 
são representantes deste grupo. 
A retirada ou redução das doses de GC deve 
ocorrer de forma lenta e gradual em usuários 
crônicos destes hormônios, pois a retirada abrupta 
pode provocar a reativação da doença base ou 
a insuficiência adrenocortical secundária 
(supressão do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal — 
HHA). 
 
EFEITOS ADVERSOS 
Os principais efeitos adversos dos 
glicocorticoides nos sistemas do corpo 
humano são: 
 Sistema imunológico: maior probabilidade 
de desenvolver infecções secundárias. 
 Sistema nervoso: podem ocorrer: estados 
depressivos e eufóricos, convulsão, 
psicoses e pseudotumor cerebral. 
 Sistema ocular: distúrbios como glaucoma 
e catarata. 
 Dermatológico: podem surgir acne, estrias 
róseas, fragilidade capilar, dificuldade de 
cicatrização de feridas e equimoses. 
 Sistema musculoesquelético: 
complicações como osteoporose, 
miopatia e necrose asséptica. 
 Sistema endócrino/metabólico: entre as 
principais complicações deste sistema 
estão: síndrome de Cushing, supressão do 
eixo hipotálamo-hipófise-supra-renal, 
diabetes, intolerância a glicose, 
obesidade central, dislipidemia, atraso do 
crescimento, distúrbios menstruais, 
impotência, balanço negativo de cálcio e 
nitrogênio. 
 Sistema cardiovascular: pode ocorrer 
retenção hídrica, hipertensão arterial, 
insuficiência cardíaca congestiva e 
equimoses. 
 Sistema gastrointestinal: podem ocorrer 
pancreatite, úlcera gastrointestinal, 
ulceração e sangramento digestivo. 
MINERALOCORTICOIDES 
Nos seres humanos, a aldosterona é o 
mineralocorticoide mais importante. Todavia, 
pequenas quantidades de desoxicorticosterona 
(DOC) também são formadas e liberadas. 
A fludrocortisona, um corticosteroide sintético é o 
hormônio de retenção de sal mais comumente 
prescrito. 
1. ALDOSTERONA 
Os mineralocorticoides, exemplificados pela 
aldosterona, possuem duas funções básicas: 
regular o volume do líquido extracelular 
(controlando o balanço corporal de sódio) e 
excretar o excesso de potássio. Sua síntese é 
limitada à zona glomerulosa da adrenal, pois 
somente nessa região é expressa a enzima 
aldosterona sintetase (CYP11B2). 
Os mineralocorticoides estimulam um receptor 
intracitoplasmático conhecido como MR 
(receptor de mineralocorticoide). O complexo 
hormônio-receptor adentra o núcleo celular e 
modifica a transcrição gênica, estimulando a 
produção de proteínas como a NaK-ATPase e os 
canais luminais de sódio e de potássio 
(particularmente na célula principal do túbulo 
coletor renal). 
Lembre-se que, no túbulo coletor, para cada Na+ 
reabsorvido um K+ ou um H+ tem que ser 
secretado, de modo a manter o equilíbrio 
eletroquímico... 
Três fatores controlam a secreção de aldosterona 
pelas células da zona glomerulosa: (1) sistema 
renina-angiotensina; (2) potássio; e (3) ACTH 
2. DESOXICORTICOSTERONA (DOC) 
A DOC que também serve como percursos da 
aldosterona, normalmente é secretado em 
quantidades de cerca de 200mcg/dia. 
Quando injetada na circulação humana, 
apresenta meia vida de cerca de 70 minutos. 
O controle da sua secreção difere daquele da 
aldosterona, visto que a secreção de DOC 
encontra-se principalmente sob o controle do 
ACTH. 
Embora a resposta do ACTH seja intensificada pela 
restrição dietética de sódio, uma dieta com baixo 
teor de sal não aumenta a secreção de DOC. 
Essa secreção pode aumentar em condições 
anormais como carcinoma adrenocortical e 
hiperplasia suprarrenal congênita com atividade 
reduzida de algumas enzimas. 
3. FLUDROCORTISONA 
É um potente esteroide com atividade tanto 
glicocorticoide quanto mineralocorticoide, sendo 
o mineralocorticoide mais amplamente usado. 
Doses orais de 0,1mg, 2 a 7 vezes por semana, 
exercem poderosas atividades de retenção de sal 
e são usadas no tratamento da insuficiência 
corticossuprarrenal associada a deficiência de 
mineralocorticoides. 
Essas doses são muito pequenas para exercer 
qualquer efeito antiflamatório importante. 
6. CONHECER O ACOMPANHAMENTO GENÉTICO 
FAMILIAR DA HAC. 
A hiperplasia adrenal congênita (HAC) é uma 
doença genética hereditária, isto é, passada dos 
pais para o filho. A doença só ocorre quando a 
pessoa recebe dois genes alterados, um do pai e 
um da mãe, que são sadios (transmissão 
autossômica recessiva). Nesta situação, a cada 
gravidez, o casal que possui genes alterados terá 
25% de chance de ter uma criança com a 
doença, 50% de ter uma criança sadia e 
portadora do gene alterado (como os pais) e 25% 
de ter uma criança sadia e sem o gene alterado. 
Por isso, é recomendado o aconselhamento 
genético aos pais, mostrando a possibilidade denovos casos na família e a importância redobrada 
do diagnóstico logo ao nascimento.
 
10 Marcela Oliveira - Medicina UNIFG 2022

Continue navegando