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PIM VIII

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CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO 
HOSPITALAR UNIVERSIDADE PAULISTA 
 
Edilelson Batista de Sena 
RA: 0587333 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UPA ZONA NORTE DE MACAPÁ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Macapá- AP 
2021 
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO 
HOSPITALAR UNIVERSIDADE PAULISTA 
 
Edilelson Batista de Sena 
RA: 0587333 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UPA ZONA NORTE DE MACAPÁ 
 
 
 
 
 
Projeto Integrado Multidisciplinar 
VIII para obtenção do título de 
Tecnólogo em Gestão Hospitalar, 
apresentado a Universidade 
Paulista– UNIP 
Orientador (a): Prof.ª Me. Ivete 
Rolim Daniel. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Macapá- AP 
 2021 
RESUMO 
 
A Unidade de Pronto Atendimento da Zona Norte de Macapá é constituído em 
um processo de caráter determinados e participativo, com uma dimensão técnica 
e política, compreende um conjunto de "ações" desenvolvidas com o objetivo de 
permitir a estruturação física e o desenvolvimento dos trabalhadores, através de 
uma alocação adequada dos recursos necessários para a prestação da 
assistência à saúde da comunidade. O Proposito deste trabalho acadêmico é a 
realização de um diagnostico na instituição municipal (Pessoa Jurídica), a 
identificação de práticas executadas na organização estabelecendo relações 
com as disciplinas praticadas no curso de Gestão Hospitalar, com base nas 
matérias Planejamento e estratégico em Saúde, Saúde Pública, Higiene, Segurança e 
Qualidade de vida no Trabalho, pois, objetiva-se compreender a satisfação dos 
usuários com acesso e acolhimento, direitos e deveres destes, fazendo uso das 
ferramentas disponibilizadas pela UNIP, para apresentação de técnicas que 
favoreçam excelência na tomada de decisão. 
 
Palavras chave: Hospitalar, UPA, Macapá. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The Emergency Care Unit of the North Zone of Macapá is constituted in a process 
of determined and participatory character, with a technical and political 
dimension, comprising a set of "actions" developed with the objective of allowing 
the physical structuring and development of workers, through an adequate 
allocation of necessary resources for the provision of community health care. The 
purpose of this academic work is to carry out a diagnosis in the municipal 
institution (Legal Person), the identification of practices carried out in the 
organization, establishing relationships with the disciplines practiced in the 
Hospital Management course, based on Planning and strategic matters in Health, 
Public Health , Hygiene, Safety and Quality of Life at Work, as the objective is to 
understand the satisfaction of users with access and reception, their rights and 
duties, using the tools provided by UNIP, to present techniques that favor 
excellence in decision-making. 
 
 
Keywords: Hospital, UPA, Macapá 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1.INTRODUÇÃO................................................................................................06 
2. PLANEJAMENTO ESTRATEGICO EM SAÚDE..........................................08 
2.1 TIPOS DE PLANEJAMENTO......................................................................09 
2.2 FASES DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO..........................................11 
3. SAÚDE PÚBLICA.........................................................................................13 
3.1 O PROCESSO SAÚDE‑DOENÇA NA HISTÓRIA......................................14 
3.2 SAÚDE–DOENÇA COMO REFLEXO DO PROCESSO DE VIDA.............15 
4. HIGIENE, SEGURANÇA E QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO..........18 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................19 
6. REFERÊNCIAS.............................................................................................20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
Neste Projeto Integrado Multidisciplinar-PIM VIII, referente ao 3º semestre 
de 2021, do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Hospitalar, apresento um 
diagnóstico da Unidade de Pronto Atendimento da Zona Norte de Macapá, 
identificando suas práticas de gestão baseadas nas disciplinas de Planejamento 
e estratégico em Saúde, Saúde Pública, Higiene, Segurança e Qualidade de vida 
no Trabalho. 
Através de pesquisa e coleta de dados realizados em visita presencial na 
empresa, conhecendo os setores, as informações foram colhidas com o 
responsável técnico e funcionários da instituição. 
A Unidade de Pronto Atendimento da Zona Norte de Macapá é a porta 
de entrada dos atendimentos na comunidade que atua 24 horas, estruturada 
por decreto pelo chefe do executivo Estadual para atender pacientes de 
urgência e emergência de complexidade média, Exames laboratoriais, Exames 
radiológicos e Medicação. 
. Após a consulta, o paciente é direcionado para coleta de material e 
realização dos exames e depois passa pela farmácia para receber os remédios 
receitados. A coleta para exames é enviada ao Laboratório Central do Estado 
(Lacen/AP) e os resultados saem em entre 10 a 20 dias, se não houver 
imprevistos. 
O atendimento inicial na Unidade Estadual permite que os pacientes com 
sintomas claros possam ser identificados pelas equipes médicas e o protocolo 
de medicação possa ser iniciado sem perda de tempo e sem colocar em risco 
a vida da população. 
Ao todo, cerca de 150 pessoas são atendidas todos os dias, neste ano 
de 2021 a unidade já seu ao seu ápice ultrapassando os 330 pacientes. Esse 
protocolo é adotado para todos os pacientes que estão com suspeita ou já 
estão com o diagnóstico confirmado de covid-19 ou outra situação que 
necessite de atendimento. 
Atualmente a Unidade de Pronto Atendimento da Zona Norte de Macapá 
conta com uma equipe de profissionais por turno, dentre os Servidores estão: 
médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, Biomédicos, Psicólogos, Farmacêuticos, 
Assistente Social, Técnicos em Enfermagem, Técnicos em Laboratório, 
Condutores de veículo de emergência, assistentes administrativos e serviços 
gerais. 
2. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EM SAÚDE 
 
O planejamento estratégico é um pensamento sistêmico que ajuda na 
hora de definir e alcançar objetivos. Na área da saúde, ele ajuda a identificar 
problemas e mensurar indicadores. Além disso, orienta em relação à tomada de 
decisões, impedindo que os gestores tomem resoluções equivocadas e acabem 
investindo em ações que não darão retorno no futuro. 
A tecnologia pode ser uma grande aliada no planejamento estratégico, 
atuando na identificação do problema cruzando informações e levantando dados 
mais confiáveis na mensuração dos indicadores e até mesmo ajudando a 
implementar a solução. 
O planejamento estratégico é, portanto, uma forma de organizar as ações 
de uma empresa, grande ou pequena, para que as coisas funcionem da maneira 
que foi arquitetada. Não existe uma única forma de fazer isso. As empresas, 
sejam elas do mesmo tipo, por exemplo, duas padarias, ou muito diferentes entre 
si, como uma empresa de petróleo e uma de aviação, precisam decidir sobre 
questões tão diferentes que acabam por desenvolver planejamentos muito 
diferentes. (MORAES, 2020). 
Segundo Igor Ansoff, somente um número reduzido de empresas utiliza o 
verdadeiro planejamento estratégico. A grande maioria das organizações 
continua empregando as antiquadas técnicas do planejamento a longo prazo, 
que se baseiam em extrapolação das situações passadas. 
A metodologia do planejamento a longo prazo foi desenvolvida nos 
Estados Unidos na década de 50, com profunda influência da tecnologia de 
planejamento dos países com economia planejada a longo prazo. Em 
consequência disso, na opinião de Marvin Bower, os planos a longo prazo 
tornaram-se projeções de lucro (para dez anos ou mais) sem muita utilidade, 
representados por uma enorme quantidade de papel e uma limitada quantidadede pensamento estratégico. Tais planos não permitem antever a realidade 
ambiental futura (ALDAY, 2000, p. 10). 
Nas instituições estatais, por exemplo, em que os orçamentos são quase 
em sua totalidade dirigidos para os custos da folha de pagamento, o líder 
simplesmente extrapola os custos do ano vigente para o ano seguinte, com 
correções para ajustes de salários e fatores relacionados ao custo de vida. Todos 
eles compõem seus orçamentos corretamente, com mínimas mudanças, e o 
processo passa de um ano para outro. Esse tipo de atividade com base no 
orçamento ilude as pessoas, levando-as a pensar que estão planejando, mas de 
fato frequentemente há muito pouco ou nenhum planejamento (ALBRECHT, 
1994). 
O planejamento estratégico é uma metodologia gerencial que permite 
estabelecer a direção a ser seguida pela organização, visando maior grau de 
interação com o ambiente. A direção engloba os seguintes itens: âmbito de 
atuação, macropolíticas, políticas funcionais, filosofia de atuação, 
macroestratégia, estratégias funcionais, macro objetivos, objetivos funcionais 
(KOTLER,1975). 
Alguns autores, como Oliveira (2002, p. 35), sugerem que o planejamento 
pode ser conceituado como um processo, considerando os aspectos abordados, 
desenvolvido para o alcance de uma situação desejada de um modo mais 
eficiente, eficaz e efetivo, com a melhor concentração de esforços e recursos 
pela empresa. 
Neste caso, Oliveira acredita que é necessário para uma empresa ser ao 
mesmo tempo eficiente, eficaz e efetiva, mas que é muito difícil ser as três coisas 
ao mesmo tempo, pois, apesar de terem qualidade parecidas, são diferentes. 
Propõe que podemos construir o planejamento a partir dos seguintes pontos de 
vista: 
 • assunto: pode ser pesquisa, marketing, finanças, produção, recursos 
humanos, novos produtos/ serviços etc.; 
 • tempo: pode ser de curto, médio ou longo prazo; 
 • elementos: podem ser os objetivos, políticas, programas, orçamentos, 
propósitos etc.; 
 • características: podem ser simples ou complexas, confidenciais ou 
públicas, formais ou informais, econômicas ou caras etc.; 
• unidades organizacionais: podem ser de produtos, de departamentos, 
de divisões, de grupos etc. 
 
2.1 TIPOS DE PLANEJAMENTO 
Segundo Goeckler e Sathler (2012, p. 8), mesmo antes de a estratégia se 
tornar disciplina acadêmica, há algumas contribuições para o planejamento 
estratégico nas teorias da administração. 
 Fayol (1916), como fundador da teoria clássica, de certa forma 
considerou em suas funções administrativas o ato de “prever”. Segundo ele, a 
previsão avalia o futuro e o aprovisionamento dos recursos em função dele. Mas 
isso se demonstra mais relacionado ao conceito de “planejar” e não, 
necessariamente, ao de formular estratégias. Enfim, Fayol considera o 
planejamento como a primeira e mais importante atividade do administrador. 
Chester Barnard (1938), um dos pensadores da escola das relações 
humanas ou escola behaviorista, focalizou o comportamento gerencial e trata, 
em The Functions of the Executive (As funções do executivo, de 1938) e The 
Nature of Leadership (A natureza da liderança, de 1940), do papel do executivo 
como um líder, o qual deve desenhar os fluxos de comunicação, bem como 
construir em uma organização uma comunidade de propósitos (Community of 
purpose). 
 
2.2 FASES DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 
 Se o planejamento for aberto, cada departamento vai se sentir no direito 
de executá-lo conforme sua interpretação. Se for fechado, mesmo assim os altos 
executivos devem poder modificá-lo quando precisam adaptar a ideia ao 
mercado. Isso porque o mercado está sempre em constante mudança e a 
empresa precisa se adaptar ao ambiente. (MORAES, 2020). 
 Segundo Gracioso (2001, p. 63), “o executivo da organização deve ter as 
condições básicas para fazer as adaptações necessárias ao desenvolvimento do 
processo de acordo com quaisquer das possibilidades apresentadas. 
 Geralmente, começamos com um diagnóstico estratégico de qual o 
estado da empresa no momento em que começamos a pesquisar. Se não 
conhecemos o estado da empresa com detalhes, fica difícil determinar quais os 
objetivos que a empresa pode cumprir e quais os objetivos que a empresa tem 
dificuldade de cumprir. (MORAES, 2020). 
 Uma vez conhecida a empresa, é possível adotar objetivos que 
demonstrem claramente um avanço no mercado. Conforme Kotler (1998, p. 
185), “é mais fácil e lógico estabelecer os objetivos da organização (aonde se 
quer ir) conhecendo e analisando primeiro a própria situação (como se está)”. 
Assim, antes de fazermos suposições e criarmos expectativas, precisamos 
conhecer a situação da empresa em todos os seus detalhes. (MORAES, 2020). 
 Então, apresento aqui os passos para se criar a receita ideal de 
planejamento para uma empresa: 
Etapa 1 – Realizar um detalhado diagnóstico estratégico. 
Etapa 2 – Elaborar a visão da empresa. 
Etapa 3 – Estabelecer as regras de ação e as metas quantitativas. 
Etapa 4 – Criar os mecanismos de controle e avaliação 
 
Nessa primeira etapa, você precisa saber que a empresa está, de fato, 
realizando um completo e detalhado diagnóstico estratégico. É o momento de 
identificar todos os problemas e todas as coisas que são feitas de qualquer jeito 
ou até mesmo de forma errada. Muitas vezes, essa etapa também é chamada 
de auditoria de posição, e as grandes empresas preferem contratar auditorias 
externas para realizar esse trabalho de investigação. (MORAES, 2020). 
De acordo com Oliveira (2002, p 71): [...] o ambiente direto representa o 
conjunto de fatores através dos quais a empresa tem condições não só de 
identificar, mas também de avaliar e medir o grau de influência recebido, e o 
ambiente indireto representa que a empresa identificou os fatores, mas não tem 
condições, momentaneamente, de avaliar e medir o grau de influência. 
 
3. SAÚDE PÚBLICA 
 
Antes de começarmos a discorrer sobre os diversos aspectos que 
compõem a saúde pública, é de extrema importância que entendamos o que de 
fato vem a ser isso e quais são as principais aplicações desse conceito. Segundo 
o Portal da Educação (2014), a preocupação com a saúde da sociedade é algo 
antigo e acompanha a humanidade desde os tempos remotos, portanto, existe 
uma necessidade em criar conceitos que embasem os termos que se referem à 
saúde da sociedade de uma forma geral; dessa forma, nascem dois grandes 
conceitos, que muitas vezes são confundidos ou até mesmo utilizados de forma 
errônea, sobretudo pelos leigos, que são os de saúde pública e de saúde 
coletiva. (MORAES, 2020). 
Para muitos, não existem diferenças entre os termos supracitados, mas é 
notório que saúde pública se refere a um conjunto de atividades que tenham 
como objetivo minimizar ou prevenir doenças na população, ou seja, são as 
ações que fazem com que a população não tenha a sua saúde em risco. Além 
disso, nesse contexto estão incluídas as ações do governo, em todas as esferas 
(federal, estadual e/ou municipal), para assegurar os serviços que irão compor a 
saúde pública, bem como as políticas de saúde voltadas para o planejamento 
dessas ações de promoção, prevenção, educação e tratamento da população. 
(MORAES, 2020). 
Já o termo saúde coletivo refere-se a um movimento sanitário, de caráter 
social, que se iniciou no SUS do Brasil. Por ser tratar de um movimento, houve 
integração das Ciências Sociais e Políticas, envolvendo o planejamento de 
ações em saúde pública; por isso, muitas vezes os dois termos são confundidos, 
porque a saúde coletiva, na grande realidade, instrumentaliza as ações e 
serviços que compõem a saúde pública, tornando-os reais, possíveis e 
alcançáveis para a população. Além disso, a saúde coletiva leva em 
consideração os aspectos sociais, econômicos e ambientais que determinarão o 
aparecimento de doenças e até epidemias nas diversas regiões do país, 
inclusive consegue, por meiode correlações entre essas variáveis (questões 
socioeconômicas e dados epidemiológicos), fazer previsões e planejar ações de 
políticas públicas para prevenir diversos males e doenças. (MORAES, 2020). 
Pode-se então dizer que saúde pública é “a arte e a ciência de prevenir a 
doença e a incapacidade, prolongar a vida e promover a saúde física e mental 
mediante os esforços organizados da comunidade” (TERRIDE, 1998, p. 185). 
Com base nessas informações, temos que ter em mente que a relação 
entre saúde e doença não é apenas uma relação de bom ou mau funcionamento 
do corpo, mas sim uma interação muito mais complexa e ampla do homem com 
os aspectos físicos, sociais e até ambientais que o cercam; além disso, 
considera-se a forma de relacionamento desse homem com os outros indivíduos, 
estabelecendo relações de trabalho, pessoais, de convívio social, entre outras. 
(MORAES, 2020). 
A saúde é silenciosa, geralmente não a 
percebemos em sua plenitude; na maior parte das 
vezes, apenas a identificamos quando adoecemos. 
É uma experiência de vida, vivenciada no âmago 
do corpo individual. Ouvir o próprio corpo é uma 
boa estratégia para assegurar a saúde com 
qualidade, pois não existe um limite preciso entre a 
saúde e a doença, mas uma relação de 
reciprocidade entre ambas; entre a normalidade e 
a patologia, na qual os mesmos fatores que 
permitem ao homem viver (alimento, água, ar, 
clima, habitação, trabalho, tecnologia, relações 
familiares e sociais) podem causar doenças. Essa 
relação é demarcada pela forma de vida dos seres 
humanos, pelos determinantes biológicos, 
psicológicos e sociais. Tal constatação nos remete 
à reflexão de que o processo saúde-doença-
adoecimento ocorre de maneira desigual entre os 
indivíduos, as classes e os povos, recebendo 
influência direta do local que os seres ocupam na 
sociedade (VIANNA, 2011, p. 77). 
 
Essa relação é demarcada pela forma de vida dos seres humanos, pelos 
determinantes biológicos, psicológicos e sociais. Tal constatação nos remete à 
reflexão de o processo saúde-doença-adoecimento ocorrer de maneira desigual 
entre os indivíduos, as classes e os povos, recebendo influência direta do local 
que os seres ocupam na sociedade (BRÊTAS; GAMBA, 2006). 
 
3.1 O PROCESSO SAÚDE‑DOENÇA NA HISTÓRIA 
 
As várias fases de desenvolvimento da humanidade recaem e dependem 
das diversas maneiras que o homem se relaciona com a natureza, justamente 
para que possa usufruir dela conforme as suas necessidades, e também da 
forma como interage com os outros homens, conforme já mencionamos. Com 
isso, a sociedade organiza-se baseada nessas relações, que então acabam 
determinando as condições de vida e o contexto em que esses homens estão 
inseridos. Consequentemente, os tipos de doenças que esses homens estão 
sujeitos também dependem dessas relações, por isso o contexto social, 
geográfico e econômico é tão condicionante e determinantes. (MORAES, 2020). 
Sendo assim, o que se pôde observar ao longo da história da humanidade 
é que as doenças que lhe afetam, de forma geral, não são as mesmas no 
decorrer dos tempos, portanto, são características e ocorrem dependendo do 
tempo em questão. (MORAES, 2020). 
Analisando tal contexto, percebe-se que a História pode ser dividida em 
períodos. Dessa forma, destacamos três grandes períodos identificados na 
humanidade: o nômade, o agropecuário e o industrial. No período nômade, 
que durou cerca de 10 mil anos, as pessoas viviam da caça, da pesca e da coleta 
de raízes e frutos. A divisão do trabalho era baseada na distribuição de tarefas 
por sexo e idade, e a caça era uma atribuição exclusiva dos homens, enquanto 
a coleta dos alimentos era feita pelas mulheres e as crianças. (MORAES, 2020). 
Com o passar dos anos, o homem nômade foi fixando-se e também 
demarcando a terra onde vivia, iniciando-se então um processo de criação de 
animais (aves, porcos, ovelhas, entre outros) e agricultura. Com o 
estabelecimento desse novo cenário, o homem passa a assumir uma nova 
posição em relação à vida, portanto, a distribuição do trabalho passou a ser 
determinada pelas relações de parentesco entre os indivíduos e grupos; o 
aumento na produção de alimentos provocou um crescimento populacional, o 
que impulsionou o estoque de mercadorias. (MORAES, 2020). 
Por conta dessa produção excedente, o homem pôde dedicar-se às outras 
práticas de trabalho, e nesse momento aparecem os artesãos, que se dedicavam 
às intervenções e confeccionavam utensílios para facilitar o processo agrícola 
da época. Os homens desse passado remoto viviam como muitas tribos 
indígenas atuais, sem contato com outras civilizações, e a terra e a produção 
eram coletivas. (MORAES, 2020). 
 
3.2 SAÚDE–DOENÇA COMO REFLEXO DO PROCESSO DE VIDA 
 
Pode-se dizer que as condições de saúde estão diretamente relacionadas 
com a forma como o homem produz e se relaciona com os meios de vida por 
meio do trabalho. Além disso, percebe-se que isso também está estreitamente 
atrelado ao modo como esse mesmo homem satisfaz às suas necessidades 
por meio do consumo. (MORAES, 2020). 
Com isso, sabe-se que a saúde de uma população, de uma forma 
geral, dependerá da qualidade e do acesso ao consumo de certos bens e 
serviços de subsistência, que são: moradia, alimentação, educação e assistência 
à saúde. A intenção é abordar cada um desses fatores e evidenciar o quanto são 
importantes e determinantes nos aspectos de saúde da população. (MORAES, 
2020). 
Moradia: 
A moradia do homem, deve-se considerar que as características 
geográficas e climáticas de uma região podem influenciar no quadro de doenças 
da população, já que criam condições diferenciadas para o aparecimento de 
agentes transmissores de doenças, por exemplo, insetos; tanto as cidades 
grandes como as menores constituem importantes locais de proliferação de 
doenças, principalmente se não tiverem infraestrutura que permita o 
desenvolvimento social e econômico das populações que ali vivem. (MORAES, 
2020). 
Alimentação: 
Sem dúvida, a alimentação é outro fator relevante que contribui para o 
processo saúde-doença das pessoas. Um organismo debilitado fica muito menos 
resistente aos agentes patógenos invasores, o que permite inclusive que a 
doença se prolifere de uma forma mais rápida, intensa e avassaladora. Um bom 
exemplo disso é o quanto o sarampo e a diarreia podem ser ofensivos em 
crianças subnutridas ou desnutridas, ao passo que em organismos nutridos as 
mesmas enfermidades não representam perigo algum. (MORAES, 2020). 
 
Educação: 
A baixa escolaridade também exerce um papel na disseminação das 
doenças. Situações como má higiene ou higiene inadequada, imunizações 
deficientes ou não praticadas, má alimentação ou padrão alimentar errôneo são 
justamente situações em que o desconhecimento do indivíduo e da família vão 
interferir no aparecimento de doenças. Sabe-se também como é difícil mensurar 
se os problemas de saúde gerados têm origem no desconhecimento ou se 
ocorrem devido às condições precárias, que envolvem as questões sociais, 
econômicas e culturais das famílias. (MORAES, 2020). 
Mesmo com a melhoria nos indicadores de analfabetismo e de 
escolaridade no Brasil, os níveis de educação ainda são precários. Muitas 
pessoas que possuem um grau de instrução mais elevado são negligentes com 
questões de saúde e de alimentação, e isso ocorre devido a maus hábitos 
na comunidade e questões de cultura que colaboram, por exemplo, para que 
esses indivíduos sejam descuidados com o corpo, com a alimentação e com a 
saúde. (MORAES, 2020). 
Dessa forma, pode-se concluir que países que investiram numa educação 
de base, democratizando o acesso a um ensino qualificado e melhorando os 
níveis de cultura e aprendizagem, possuem menor incidência, ou seja, menor 
número de casos novos de doenças que decorrem dessas questões 
educacionais. Isso tambémdiminuiu os custos com os serviços de saúde pública, 
haja vista o menor índice de pessoas doentes. (MORAES, 2020). 
Assistência à saúde: 
O conceito de assistência à saúde está relacionado a qualquer ação ou 
medida de controle que objetive melhorar a qualidade de vida do indivíduo e 
das populações. Conforme relatamos, a preocupação com a saúde pública teve 
início quando os aglomerados urbanos propiciavam a propagação de muitas 
doenças, sobretudo as infecciosas, que acabaram matando milhares de 
pessoas. (MORAES, 2020). 
No Brasil, mais de 40% da população não possui saneamento básico, 
portanto sofre com doenças provocadas por essa situação. Isso também é 
observado nos grandes centros urbanos, como São Paulo e Rio de Janeiro, onde 
existem comunidades que vivem excluídas e que não têm acesso à água tratada 
e instalações de esgoto adequadas, tornando-se vulneráveis à proliferação de 
doenças que já deveriam estar controladas e até extintas. Infelizmente, doenças 
parasitárias como esquistossomose, teníase e cisticercose não são raras e ainda 
são expressivas nas capitais e regiões metropolitanas desses municípios 
brasileiros. (MORAES, 2020). 
 
 
 
 
 
4. HIGIENE, SEGURANÇA E QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO 
 
Para iniciarmos nas questões referentes à segurança do trabalho, torna-
se necessário o bom entendimento de como diferenciar o que deve ser 
considerado perigo e o que deve ser considerado risco. 
Perigo é a fonte de dano ou prejuízo potencial, ou uma situação com 
potencial para provocar dano ou prejuízo. Outra forma de entendermos perigo é 
como sendo uma fonte de energia capaz de causar perda, dano ou lesão. Para 
o dicionário Houaiss (2001), é uma situação em que se encontra, sob ameaça, 
a existência ou a integridade de uma pessoa, um animal, um objeto etc. Situação 
ou eventualidade em que pode ocorrer um dano. Para Ferreira (1992), perigo é 
uma exposição relativa a um risco que favorece a sua materialização em danos 
ou circunstância que prenuncia um mal para alguém ou para alguma coisa. 
O risco é uma combinação da probabilidade de ocorrência e das 
consequências de um evento perigoso específico (acidente ou incidente). 
Portanto, ele é composto pela probabilidade de um perigo ocorrer e as 
consequências de um evento perigoso. Assim, pode-se dizer que o risco é o 
resultado da probabilidade de uma ocorrência versus a severidade que ela pode 
causar. Será considerado um risco grave ou risco iminente toda a condição que 
possuir uma probabilidade acentuada da ocorrência imediata de um evento ou 
uma sequência de eventos que possam levar à materialização de um acidente 
ou resultar em uma doença com consequências graves. 
Segundo o Houaiss (2001), risco é a probabilidade de perigo, geralmente 
com ameaça física para o homem e/ou para o meio ambiente. Já para Ferreira 
(1992), é um fator adverso que se antepõe aos esforços em produzir segurança 
à integridade física das pessoas e patrimônios. 
Segundo o artigo 19 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, “acidente do 
trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, ou pelo 
exercício do trabalho do segurado especial, provocando lesão corporal ou 
perturbação funcional, de caráter temporário ou permanente”. Pode causar 
desde um simples afastamento, perda ou redução da capacidade para o 
trabalho, até a morte do segurado. 
É considerada também como acidente do trabalho, para fins 
previdenciários, a doença profissional, assim entendida a produzida ou 
desencadeada pelo exercício do trabalho, peculiar a determinada atividade e 
constante da relação elaborada pelo Ministério da Previdência Social e a doença 
do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de 
condições especiais em que o trabalho é realizado. (ARAÚJO et al, 2020). 
Equipara-se ainda ao acidente do trabalho, o acidente ligado ao trabalho 
que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a 
morte do trabalhador, para a ocorrência da lesão e certos acidentes sofridos no 
local e no horário de trabalho e os ocorridos no percurso da residência para o 
local de trabalho ou desta para aquela. (ARAÚJO et al, 2020). 
A saúde do trabalhador é tão importante pode ser considerada como uma 
área do conhecimento que requer investigação e intervenção e que tem sofrido 
diversas configurações ao longo das últimas décadas. (ARAÚJO et al, 2020). 
O crescimento da área da saúde do trabalhador pode ser entendido 
através de duas dimensões: uma decorrente da nova ordem do capital sobre o 
trabalho; outra por conta do reconhecimento político da área, representado pela 
sua inserção, ainda que insuficiente no conjunto das políticas públicas e 
intersetoriais, resultante da capacidade de organização de diferentes agentes 
políticos. (ARAÚJO et al, 2020). 
A denominação “saúde do trabalhador” carrega em si as contradições 
produzidas na relação capital e trabalho e no reconhecimento do trabalhador 
como sujeito político. Hoje, representa o fim de um modelo hegemônico que 
atravessou décadas, quando se entendia que qualquer trabalhador acidentado 
ou que tivesse adquirido doença no local ou ambiente de trabalho estava 
garantido nos termos da legislação, circunscrito num arcabouço da obrigação do 
empregador em indenizar e garantir os consectários legais, como as 
estabilidades. (ARAÚJO et al, 2020). 
Atualmente, a saúde do trabalhador entende o social como determinante 
das condições de saúde, sem negar que o adoecimento deve ser tratado e que 
é necessário prevenir novas doenças, privilegiando ações de promoção da 
saúde. Este entendimento define que as várias causas dos acidentes e das 
doenças do trabalho têm uma hierarquia entre si, não sendo neutras e iguais, 
havendo algumas causas que determinam outras (MENDES; OLIVEIRA, 1995). 
Portanto, a área da saúde do trabalhador na atualidade vai além dos 
conhecimentos específicos da medicina do trabalho, buscando compreender a 
relação capital-trabalho, na qual a saúde e o acidente de trabalho tornam-se 
expressões máximas das desigualdades geradas por esse conflito (MENDES, 
2003). É importante e necessário, ao estudar a relação da saúde com o trabalho, 
entender como as sociedades constroem a saúde e quais são as possibilidades 
de sobrevivência individual e coletiva (THÉBAUD-MONY, 2000). 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Este projeto integrado multidisciplinar tem como objetivo principal 
observar o quanto é importante a relação que a associam as disciplinas 
incluídas, a respeito da Planejamento e estratégico em Saúde, Saúde Pública, 
Higiene, Segurança e Qualidade de vida no Trabalho sobre a instituição. A 
viabilização da otimização dos recursos disponíveis com o objetivo de melhorar 
a qualidade do atendimento prestado à população. Fortalecendo espaços de 
troca e de produção de conhecimento, voltado para uma melhor qualidade de 
trabalho e saúde. 
 A UPA Zona Norte De Macapá é uma instituição que oferece serviços 24 
horas com atendimentos de caráter emergencial, com profissionais de saúde 
envolvidos na assistência social dos cidadãos, especialmente aquela 
direcionada para os atendimentos de ambulatorial. 
 Foram destacados pontos positivos pois a instituição tem seus valores e 
sua visão que são o tratamento e recuperação dos usuários que buscam 
atendimento, o órgão utiliza de matérias diversos para integralizar a eficiência no 
trabalho dos profissionais. 
 Por fim, consideramos o comprometimento da equipe no atendimento aos 
usuários em uma instituição pública que disponibiliza atendimento 
universalizado. Todas as formas e situações descritas validaram os conceitos 
teóricos ensinados pela UNIP, inserindo-me para assimilação do conteúdo 
ensinado pelas disciplinas em questão. 
 
 
6. REFERÊNCIAS 
 
ALBRECHT, Karl. Programando o futuro. São Paulo: Makron Books, 1994. 
 
ALDAY, H. E. C. O Planejamento Estratégico dentro do Conceitode 
Administração Estratégica. Rev. FAE, Curitiba, v. 3, n. 2, p. 9-16, maio/ago. 
2000. 
 
ANSOFF, H. Igor. Implantando a administração estratégica. São Paulo: Atlas, 
1993. 
 
Araújo, Elaine Aparecida de.; Santana, Márcio Antoni; Salomé, Clecius Eduardo 
Alves. Saúde e Segurança no Trabalho: Benefício e Assistência Social. 2. 
ed São Paulo: Editora Sol, 2020 
 
BRÊTAS, A. C. P.; GAMBA, M. A. (Org.). Enfermagem e saúde do adulto. São 
Paulo: Manole, 2006. 
 
KOTLER, Philip. Administração de marketing. São Paulo: Atlas, 1975. 
 
MENDES, J. M. R.; OLIVEIRA, P. A. B. Medicina do trabalho: o desafio da 
integralidade na atenção à saúde. In : VIEIRA, S. I. V. (Coord.). Medicina 
básica do trabalho . Curitiba: Gênesis, 1995. v. 4. 
 
Moraes, Renato Bulcão de. Planejamento estratégico. / Renato Bulcão de 
Moraes. - São Paulo: Editora Sol, 2020. M827p. 
 
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Estratégia empresarial. São Paulo: 
Atlas, 2002. 
 
Tarride, M. I. Saúde Pública: uma complexidade anunciada. Rio de Janeiro: 
Fiocruz, 1998. 
 
THÉBÀUD-MONY, A. Santé, travail et précarization sociale en banlieue 
parisienne. Sociologie Santé , Paris, n. 16, p. 40-55, 2000. 
VIANNA, Lucila amaral carneiro. Processo saúde-doença. 2011.

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