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Resistencia dos Materiais Prof. Esp. Andreia Arruda Santos TURMA: Edificações Integrado 3° ano CONCEIÇÃO DO ARAGUAIA – PA Instituto Federal do Pará – IFPA – Conceição do Araguaia Eixo Tecnológico: Infraestrutura Curso : Técnico em Edificações Disciplina : RESISTENCIA DOS MATERIAIS 1 Introdução a Resistencia dos Materiais 2 O que é Mecânica? 3 A mecânica é a ciência que descreve prediz as condições de repouso ou movimento de corpos sob ação de forças. Campos da Mecânica 4 Mecânica dos corpos rígidos Estática • • Dinâmica Mecânica dos corpos deformáveis • Resistência dos materiais Mecânica dos fluidos • • Fluidos incompressíveis ◼ Hidráulica... Fluidos compressíveis ◼ Pneumática... Correlações 5 Mecânica Geral Resistência dos Materiais Ciência e Tecnologia dos Materiais Mecânica dos fluidos Termodinâmica Ensaio dos Materiais Processo de fabricação Comportamento Mecânico dos Materiais Elementos de Máquinas Projetos de Máquinas Vibrações Mecânicas Processo de Fabricação Sistemas Hidráulicos e Pneumáticos Transferência de Calor Máquinas Térmicas Máquinas de Fluxo Mecânica 6 Matemática Ciência Pura Ciência Abstrata Concreta Dedutiva x Engenharia Ciência Empírica Observativa Mecânica Observativa Rigorosamente concreta Dedutiva Ciência aplicada Prevê os comportamentos físicos Forma a base e fundamentos para as aplicações na engenharia Princípios e conceitos fundamentais - 7 cronologia • Início – Aristóteles (384-322 a.C.) Arquimedes (287 – 212 a.C.) Newton (1642 – 1727)D’Alembert• Consolidação - • Aprimorados - Lagrange Hamilton • Contestação - Einstein – Teoria da Relatividade (1905) - afirma que o tempo não é igual para todos, podendo mudar de acordo com três variáveis: velocidade, gravidade e espaço. Mecânica Newtoniana constitui a base das ciências de engenharia Conceitos Básicos 8 • Espaço • Associado a noção de posição de um ponto, definido por três comprimentos (coordenadas) a partir de um ponto de origem • Tempo • Instante que ocorre • Massa • Caracterização e comparação dos corpos • Força • Ação de um corpo sobre o outro pode ser exercida por contato ou a distância (gravitacional). Caracterização de uma Força 9 • Ponto de aplicação • Intensidade • Direção • Sentido Representação usual: Vetor Espaço Tempo Massa Conceitos absolutos 10 Força Ponto Material x Corpo Rígido 11 • Ponto Material : pequena porção de matéria que pode ser considerada como se ocupasse um ponto no espaço • Corpo Rígido : combinação de um grande número de pontos materiais que ocupam posições fixas, relativamente uns aos outros Resultados obtidos para um ponto material pode ser usado para um grande número de problemas referentes a condição de repouso e de movimento de corpos rígidos Os seis princípios da mecânica elementar 12 • Coerência do Sistema de Unidades 13 Espaço Tempo Massa Metro Segundo Quilograma Polegada Segundo Slug Unidades Fundamentais Força Newton [N] ou Libra [Lb] Unidade derivada Prefixos SI 14 Potência Prefixo Símbolo Nome Comum 1012 Tera T Trilhão 109 Giga G Bilhão 106 Mega M Milhão 103 Quilo k Mil 102 Hecto h Cem 101 Deca da Dez 10-1 Deci d Décimo 10-2 Centi c Centésimo 10-3 Mili m Milésimo 10-6 Micro µ Milionésimo 10-9 Nano n Bilionésimo 10-12 Pico p Trilionésimo Principais Unidades do SI usadas na Mecanica 15 Grandeza Unidade Símbolo Fórmula Aceleração Metro por segundo, por segundo .... m/s² Ângulo Radiano rad ... Aceleração angular Radiano por segundo, por segundo ... rad/s² Área Metro quadrado ... m² Comprimento Metro m *** Energia Joule J N.M Força Newton N kg . m/s² Frequência Hertz Hz s-1 Impulso Newton – segundo ... N.s Massa Quilograma kg *** Massa específica Quilograma por metro cúbico ... kg/m³ Principais Unidades do SI usadas na Mecanica 16 *** Unidade fundamentalGrandeza Unidade Símbolo Fórmula Momento de uma força – Torque Newton-metro ... N.m Potência Watt W J/s Pressão Pascal P N/m² Tensão Pascal P N/m² Tempo Segundo s *** Trabalho Joule J N.m Velocidade Metro por segundo ... m/s Velocidade angular Radiano por segundo ... rad/s Volume, sólidos Metro cúbico ... m³ Volume, líquidos Litro l 10-3 m³ Resistência dos materiais Estudo das relações entre as cargas EXTERNAS aplicadas a um corpo deformável e a intensidade das forças internas que atuam neste corpo. Envolvendo: • Deformações • Estabilidade 17 Desenvolvimento histórico XVII• Galileu • Saint-Venant XVIII • Poisson • Lamé • Navier • Resistência dos Materiais • Mecânica dos Materiais • Mecânica dos corpos deformáveis Evolução: - Teoria da Elasticidade - Teoria da Plasticidade 18 Conceitos fundamentais prévios (Estática) • Cargas Externas => força de superfície ou força de corpo • Forças de Superfície => contato direto de um corpo com outro • Força concentrada => quando a área da carga distribuída é muito pequena • Carga distribuída linear => intensidade de força por comprimento •A força resultante 𝐹𝑅de 𝑤(𝑠)é equi- valente a área sob a curva da carga distribuída, e essa resultante age no centroide C ou centro geométrico desta área. 19 Conceitos fundamentais prévios (Estática)(2) • Força de corpo => desenvolvida sem haver contato entre os corpos, podem ser força de atração gravitacional ou eletromagnéticas • Reações do apoio => forças de superfície desenvolvidas nos apoios: “Se o apoio impedir a translação em uma determinada direção, então uma força deve ser desenvolvida no elemento naquela direção. Da mesma forma, se o apoio impedir a rotação, um momento deve ser exercido no elemento.” 20 Equações de Equilíbrio O equilíbrio de um corpo exige um equilíbrio de forças para impedir a translação ou um movimento acelerado do corpo ao longo da trajetória, e um equilíbrio de momentos, para impedir que o corpo gire. ∑𝐹 = 0 ∑𝑀0 = 0 A melhor maneira de visualizar todas as forças conhecidas e desconhecidas que agem sobre o corpo é desenhar o DIAGRAMA DE CORPO LIVRE 21 Cargas Resultantes interna Força e momento resultantes que agem no interior do corpo e que são necessários para manter a integridade do corpo quando submetido a cargas externas. Para obtenção das cargas internas que agem sobre uma região específica no interior do corpo, deve-se utilizar o método das seções: 22 Nas três dimensões • Força Normal • Força de cisalhamento • Momento de torção ou torque • Momento Fletor 23 Cargas Coplanares Haverão apenas componentes de: • Força Normal • Força de Cisalhamento • Momento Fletor ∑𝐹𝑥 = 0 ⇒ 𝑁 ∑𝐹𝑦 = 0 ⇒ 𝑉 ∑𝑀𝑜 = 0 ⇒ 𝑀𝑂 24 Condições de equilíbrio do corpo rígido • Matematicamente, o equilíbrio de um corpo é expresso como: • Essas duas equações não são apenas necessárias para o equilíbrio; elas são também suficientes. 25 Condições de equilíbrio do corpo rígido • Considere a soma dos momentos em relação a algum outro ponto, como o ponto A na Figura abaixo: Precisamos de: 26 Equilíbrio em duas dimensões 27 • Consideraremos o caso em que o sistema de forças que age sobre um corpo rígido se situa em, ou pode ser projetado para, um único plano e, além disso, quaisquer momentos de binário atuando sobre o corpo são direcionados perpendicularmente a esse plano. • Esse tipo de sistema de força e binário é frequentemente referido como um sistema de forças bidimensional ou coplanar. Equilíbrio em duas dimensões • Por exemplo, 28 Diagramas de corpo livre 29 ▪ O diagrama de corpo livre é um esquema da forma do corpo, que o representa isolado ou “livre” de seu ambiente, ou seja, um “corpo livre”. ▪ Um entendimento completo de como desenhar um diagrama de corpo livre é de primordial importância para a resolução de problemas em mecânica. Reações de apoio 30 • Vamos analisar os vários tipos de reações que ocorrem em apoios e pontos de contato entre corpos sujeitos a sistemas de forças coplanares. Como regra geral: ▪Se um apoio impede a translação de um corpo em uma determinada direção, então, uma força é desenvolvida no corpo nessa direção. ▪ Se a rotação é impedida, um momento de binário é exercido sobre o corpo. Reações de apoio • Por exemplo, vamos considerar três maneiras na qual um membro horizontal, como uma viga, é apoiado na sua extremidade. ▪ Um método consiste de um rolete ou cilindro. Como esse suporte apenas impede que a viga translade na direção vertical, o rolete só exercerá uma força sobre a viga nessa direção. 31 Reações de apoio • A viga pode ser apoiada de uma forma mais restritiva por meio de um pino. 32 Reações de apoio • Aqui, o pino pode impedir a translação da viga em qualquer direção ϕ e, portanto, o pino deve exercer uma força F sobre a viga nessa direção. 33 Reações de apoio • Para fins de análise, geralmente é mais fácil representar essa força resultante F por suas duas componentes retangulares Fx e Fy. 34 Reações de apoio • A maneira mais restritiva de apoiar a viga seria usar um apoio fixo. • Esse apoio impedirá tanto a translação quanto a rotação da viga. 35 Reações de apoio • Para fazer isso, uma força e momento de binário devem ser desenvolvidos sobre a viga em seu ponto de conexão. 36 Reações nos apoios 37 Reações de apoio • Tabela 5.1 Suportes para corpos rígidos sujeitos a sistemas de forças bidimensionais 38 Reações de apoio 39 • Tabela 5.1 Suportes para corpos rígidos sujeitos a sistemas de forças bidimensionais Reações de apoio 40 • Tabela 5.1 Suportes para corpos rígidos sujeitos a sistemas de forças bidimensionais Reações de apoio 41 • Tabela 5.1 Suportes para corpos rígidos sujeitos a sistemas de forças bidimensionais Reações de apoio 42 • Tabela 5.1 Suportes para corpos rígidos sujeitos a sistemas de forças bidimensionais Reações de apoio O cabo exerce uma 43 força sobre o suporte, na direção do cabo. • Exemplos comuns de suportes reais são mostrados na seguinte sequência de fotos: O suporte rocker para esta viga mestra de ponte permite um movimento horizontal de modo que a ponte esteja livre para se expandir e contrair devido às mudanças de temperatura. Reações de apoio • Exemplos comuns de suportes reais são mostrados na seguinte sequência de fotos: As vigas de solo desta construção são soldadas e, portanto, formam conexões fixas. 44 Esta viga mestra de concreto está apoiada sobre a base que deve agir como uma superfície de contato lisa. Esta construção utilitária é suportada por pinos no alto da coluna. Forças internas 45 ▪ As forças internas que atuam entre partículas adjacentes em um corpo sempre ocorrem em pares colineares de modo que tenham a mesma intensidade e ajam em direções opostas (terceira lei de Newton). ▪ Como essas forças se cancelam mutuamente, elas não criarão um efeito externo sobre o corpo. É por essa razão que as forças internas não devem ser incluídas no diagrama de corpo livre se o corpo inteiro precisa ser considerado. O peso e o centro de gravidade 46 ▪ Quando um corpo está dentro de um campo gravitacional, cada uma de suas partículas possui um peso específico. ▪ O sistema de forças pode ser reduzido a uma única força resultante que age em um ponto específico. Essa força resultante é chamada de peso W do corpo, e a posição de seu ponto de aplicação, de centro de gravidade. Modelos idealizados 47 ▪ Quando um engenheiro realiza uma análise de força de qualquer objeto, ele considera um modelo analítico ou idealizado correspondente que fornece resultados que se aproximam o máximo possível da situação real. ▪ Para isso, escolhas cuidadosas precisam ser feitas de modo que a seleção do tipo de apoio, o comportamento do material e as dimensões do objeto possam ser justificados. Modelos idealizados • Os dois casos a seguir ilustram o que é necessário para desenvolver um modelo adequado. 48 Procedimentos para análise 49 ▪ Desenhe a forma esboçada Mostre todas as forças e momentos de binário Identifique cada carga e dimensões Pontos importantes 50 ▪ ▪ ▪ ▪ Nenhum problema de equilíbrio deve ser resolvido sem antes desenhar o diagrama de corpo livre, a fim de considerar todas as forças e momentos de binário que atuam sobre o corpo. Se um suporte impede a translação de um corpo em uma determinada direção, então o suporte exerce uma força sobre o corpo nessa direção. Se a rotação é impedida, então o suporte exerce um momento de binário sobre o corpo. Estude a Tabela 5.1. Pontos importantes 51 ▪ ▪ As forças internas nunca são mostradas no diagrama de corpo livre, já que elas ocorrem em pares colineares iguais, mas opostos e, portanto, se cancelam. O peso de um corpo é uma força externa e seu efeito é representado por uma única força resultante que atua sobre o centro de gravidade G do corpo. ▪ Momentos de binário podem ser colocados em qualquer lugar no diagrama de corpo livre, já que são vetores livres. As forças podem agir em qualquer ponto ao longo de suas linhas de ação, já que são vetores deslizantes. Equações de equilíbrio 52 • As condições para o equilíbrio em duas dimensões são: • ΣFx = 0 • ΣFy = 0 • ΣMO = 0 Conjuntos alternativos de equações de equilíbrio 53 • Dois conjuntos alternativos de três equações de equilíbrio independentes também podem ser usados. Um desses conjuntos é • ΣFx = 0 • ΣMA = 0 • ΣMB = 0 Conjuntos alternativos de equações de equilíbrio • Para provar que essas equações oferecem as condições para o equilíbrio, considere o diagrama de corpo livre da chapa mostrada na figura abaixo: • 54 Conjuntos alternativos de equações de equilíbrio • Todas as forças no diagrama de corpo livre podem ser substituídas por uma força resultante equivalente FR = Σ F, atuando no ponto A, e um momento de binário resultante MRA = ΣMA: 55 Conjuntos alternativos de equações de equilíbrio • Além disso, para que FR satisfaça ΣFx = 0, ela não pode ter qualquer componente ao longo do eixo x e, portanto, FR precisa ser paralela ao eixo y. 56 Conjuntos alternativos de equações de equilíbrio 57 • Um segundo conjunto alternativo de equações de equilíbrio é: • ΣMA = 0 • ΣMB = 0 • ΣMC = 0 • • Aqui é necessário que os pontos A, B e C não estejam na mesma linha. Procedimentos para análise 58 Diagrama de corpo livre ▪ Estabeleça os eixos coordenados x, y em qualquer orientação apropriada. ▪ Desenhe uma forma esquemática do corpo. ▪ Mostre todas as forças e momentos de binário que atuam sobre o corpo. ▪ Rotule todas as cargas e especifique suas direções em relação ao eixo x ou y. O sentido de uma força ou momento de binário de intensidade desconhecida mas com uma linha de ação conhecida pode ser assumido. ▪ Indique as dimensões do corpo necessárias para calcular os momentos das forças. Procedimentos para análise 59 • Equações de equilíbrio ▪ Aplique a equação de equilíbrio de momento em relação a um ponto (O) localizado na interseção das linhas de ação das duas forças desconhecidas. Assim, os momentos dessas incógnitas são iguais a zero em relação a O, e uma solução direta para a terceira incógnita pode ser determinada. ▪ Ao aplicar as equações de equilíbrio de força, oriente os eixos x e y ao longo das linhas que fornecerão a decomposição mais simples das forças em suas componentes x e y. Procedimentos para análise 60 • Equações de equilíbrio ▪ Se a solução das equações de equilíbrio produzir um escalar negativo para uma intensidade de força ou momento de binário, isso indica que o sentido é oposto ao que foi presumido no diagrama de corpo livre. Membros de duas e três forças ▪ Membros de duas forças • Um membro de duas forças possui forças aplicadas em apenas dois de seus pontos. 61 Membros de duas e três forças 62 ▪ Membros de duas forças • Para que qualquer membro de duas forças esteja em equilíbrio, as duas forças agindo sobre o membro precisam tera mesma intensidade, agir em direções opostas e ter a mesma linha de ação direcionada ao longo da linha que une os dois pontos onde essas forças atuam. Membros de duas e três forças ▪ Membros de três forças • O equilíbrio de momentos pode ser satisfeito apenas se as três forças • formarem um sistema de forças concorrentes ou paralelas. 63 Restrições e determinação estática 64 • Para garantir o equilíbrio de um corpo rígido, é necessário não apenas satisfazer as equações de equilíbrio, mas também o corpo precisa estar adequadamente fixo ou restrito por seus suportes. • Restrições redundantes • Quando um corpo possui suportes redundantes, ou seja, mais suportes do que o necessário para mantê-lo em equilíbrio, ele se torna estaticamente indeterminado. Restrições e determinação estática • Por exemplo: 65 Restrições impróprias • Ter o mesmo número de forças reativas desconhecidas que equações de equilíbrio disponíveis nem sempre garante que um corpo será estável quando sujeito a uma determinada carga. Por exemplo, 66 Restrições impróprias • Outra maneira em que a restrição imprópria leva à instabilidade ocorre quando as forças reativas são todas paralelas: 67 Restrições impróprias • Em alguns casos, um corpo pode ter menos forças reativas do que equações de equilíbrio que precisem ser satisfeitas. O corpo, então, se torna apenas parcialmente restrito. Por exemplo, 68 Pontos importantes 69 ▪ Sempre desenhe o diagrama de corpo livre primeiro quando resolver qualquer problema de equilíbrio. ▪ Se um suporte impede a translação de um corpo em uma direção específica, então o suporte exerce uma força sobre o corpo nessa direção. ▪ Se um suporte impede a rotação em relação a um eixo, então o suporte exerce um momento de binário sobre o corpo em relação a esse eixo. Pontos importantes 70 ▪ Se um corpo está sujeito a mais reações desconhecidas do que equações de equilíbrio disponíveis, então o problema é estaticamente indeterminado. ▪ Um corpo estável exige que as linhas de ação das forças reativas não interceptem um eixo comum e não sejam paralelas. Exemplo 71 Atividade 72 1-Defina resistência dos materiais? 2-Cite 3 tipos de reações de apoio? 3-Defina as reações de apoio, da figura a seguir: