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DESCRIÇÃO Princípios de funcionamento das máquinas de indução. Descrição do funcionamento e comportamento dos motores de indução monofásicos e trifásicos sob condições de operação. PROPÓSITO Compreender o princípio de funcionamento das máquinas de indução e o comportamento dos motores de indução trifásico e monofásico sob diferentes condições de operação. PREPARAÇÃO Antes de iniciar o conteúdo, tenha em mãos uma calculadora científica, a calculadora de seu smartphone/computador ou um software matemático sobre o qual você tenha mais conhecimento. OBJETIVOS MÓDULO 1 Descrever o funcionamento do motor de indução trifásico sob diferentes condições de operação MÓDULO 2 Descrever o funcionamento do motor de indução monofásico sob diferentes condições de operação MÓDULO 1 Descrever o funcionamento do motor de indução trifásico sob diferentes condições de operação INTRODUÇÃO As máquinas de indução funcionam, basicamente, a partir do mesmo princípio das máquinas elétricas síncronas. Desse modo, um conjunto de correntes alternadas trifásicas é aplicada aos enrolamentos do estator, produzindo o campo magnético do estator. Por sua vez, esse campo irá interagir com o campo magnético produzido pelo circuito de campo do rotor, produzindo o torque induzido necessário ao funcionamento da máquina. A diferença fundamental entre as máquinas síncronas e as máquinas de indução é a presença dos enrolamentos amortecedores nas máquinas de indução — elemento que é usado nas máquinas síncronas para permitir a partida dos motores, que não têm condições de partir sem um mecanismo auxiliar. O estudo do princípio de funcionamento das máquinas de indução trifásicas será iniciado na próxima seção. CONCEITOS BÁSICOS A partida do motor síncrono não é possível sem a utilização de um mecanismo de partida auxiliar. Entre as soluções apresentadas para a resolver esse problema, o enrolamento amortecedor mostrou ser a melhor solução. Então, as máquinas nas quais o circuito de campo do rotor foi substituído pelo enrolamento amortecedor são denominadas máquinas de indução. O enrolamento do estator das máquinas de indução é idêntico ao das máquinas síncronas, e o rotor pode ser de dois tipos: Fonte: Quora – adaptada. Figura 1 (a) – Tipos de rotor das máquinas de indução. Rotor bobinado. BOBINADO Consiste em um conjunto de enrolamentos trifásicos, normalmente ligados em Y, que são espelho do enrolamento do estator. Os terminais dos enrolamentos do rotor são acessíveis por meio de anéis coletores instalados no eixo do rotor. Tal enrolamento do rotor é curto-circuitado por meio das escovas. Fonte: Por Fouad A. Saad/Shutterstock Figura 1 (b) – Tipos de rotor das máquinas de indução. Enrolamento gaiola de esquilo. Fonte: Shutterstock GAIOLA DE ESQUILO Consiste em um conjunto de barras condutoras dispostas em ranhuras do rotor curto- circuitadas em suas extremidades por dois anéis condutores. O funcionamento do motor de indução se dá da seguinte forma: 1) Aplicando-se uma tensão trifásica nos enrolamentos do estator, um conjunto de correntes alternadas trifásicas começará a circular e produzirá um campo no estator, denominado BS, conforme mostrado na Figura 2. A velocidade de rotação de BS é dada por: NM= 120FE P (1) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Em que: nm é a velocidade de rotação do campo, em rpm. fe é a frequência elétrica da rede, em Hz. P é o número de polos do motor. Fonte: Fonte: o Autor. Figura 2 – Campo do estator. 2) Em função do movimento relativo entre o campo BS e o rotor, surgirá no rotor uma tensão induzida (ER) nos enrolamentos do rotor, que é dada por: ER= V×B ·L (2) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Como o rotor é curto-circuitado, surgirá uma corrente no rotor (IR). E, devido à indutância do circuito do rotor, essa corrente é atrasada em relação à tensão do rotor, conforme a Figura 3. ( ) Fonte: Fonte: o Autor Figura 3 – Campo do estator, corrente e tensão induzidas no rotor. 3) A corrente do rotor produzirá um campo do rotor (BR), defasado de 90° em relação à corrente do rotor. Os campos BS e BR irão interagir, resultando em um torque induzido, dado por: ΤIND=KBR×BS (3) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Esse torque fará com que o rotor acelere e rotacione, buscando acompanhar o campo do estator. A Figura 4 mostra os campos no interior do estator e o campo resultante, BRes = BR + BS. Fonte: Fonte: o Autor Figura 4 – Interação entre os campos do motor de indução No entanto, o rotor não atingirá a velocidade síncrona, visto que, caso o fizesse, não haveria mais movimento relativo do campo do estator em relação ao campo do rotor. Não havendo mais movimento relativo, a tensão induzida seria zero, a corrente induzida seria zero e, portanto, o campo do rotor também seria zero. Como resultado, o torque induzido seria zero e, sendo assim, as perdas rotacionais fariam o rotor perder velocidade. Ao perder velocidade, novamente surgem a tensão induzida, a corrente induzida, o campo do rotor e o torque induzido, fazendo com que o motor volte a acelerar. Isto é, o motor de indução acompanha a rotação do campo do estator com uma velocidade menor do que a velocidade síncrona. Chamamos a diferença entre a velocidade síncrona (nsinc) e a velocidade do rotor (nm) de velocidade de escorregamento (nesc), que é dada por: NESC=NSINC -NM (4) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Em que: nesc é a velocidade de escorregamento, em rpm. nsinc é a velocidade síncrona, em rpm. nm é a velocidade síncrona, em rpm. Um termo usual para se obter o movimento relativo entre o campo do estator e o rotor é o escorregamento (s), que é dado por: S= NESC NSINC × 100% (5) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Ou S= NSINC -NM NSINC × 100% (6) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal O escorregamento também pode ser calculado por meio da velocidade angular: S= ΩSINC -ΩM ΩSINC × 100% (7) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Em que: ωsinc é a velocidade angular síncrona, em rad/s. ωm é a velocidade angular do motor, em rad/s. Das equações apresentadas anteriormente, podemos concluir que: O escorregamento do motor é 1 (um) quando ele está parado. O escorregamento do motor seria 0 (zero) caso ele pudesse se mover na velocidade síncrona. Agora, conhecendo-se o escorregamento, é possível determinar a velocidade do motor pelas equações a seguir: NM= 1 -S NSINC (8) ΩM= 1 -S ΩSINC (9) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Essas equações permitem calcular a potência e o torque desenvolvidos pelas máquinas de indução. O motor de indução, como o próprio nome diz, funciona por meio da indução de tensão e corrente no rotor da máquina. Em virtude dessa característica, é conhecido como transformador rotativo, pois, assim como o transformador, o estator do motor de indução (primário) induz tensão no rotor da máquina (secundário). A diferença é que, ao contrário do transformador, no qual as tensões primária e secundária têm a mesma frequência, as tensões primária e secundária do motor de indução não terão, necessariamente, a mesma frequência. A frequência da tensão induzida do rotor dependerá da velocidade relativa entre o campo do estator e o rotor. ( ) ( ) Quanto o rotor está bloqueado, a frequência da tensão induzida no rotor é a mesma da rede. Ao passo que, na hipótese de o rotor alcançar a velocidade síncrona, a frequência da tensão induzida seria zero. Do trecho anterior, podemos concluir que, quando temos: NM= 0 N M = N S I N C F R = 0 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Em que: fr é a frequênciada tensão induzida no rotor, em Hz. fe é a frequência da rede elétrica em, em Hz. Como o escorregamento é dado pela equação: S = N S I N C - N M N S I N C (10) A frequência da tensão induzida no rotor pode ser dada por: F R = N S I N C - N M N S I N C F E (11) Ou: F R = S F E (12) Como: N S I N C = 120 F E P Podemos reescrever a Equação 11 da seguinte forma: F R = ( N S I N C - N M ) P 120 F E F E (13) Que resultará na seguinte equação: F R = P 120 ( N S I N C - N M ) (14) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal CIRCUITO EQUIVALENTE DO MOTOR DE INDUÇÃO Conforme dito na seção anterior, o princípio de funcionamento do motor de indução se baseia na indução de tensões e correntes no rotor por meio do campo do estator. Em virtude disso, o circuito equivalente de um motor de indução será similar ao de um transformador. Inicialmente, trabalharemos com o circuito equivalente de um transformador, conforme a Figura 5. Em seguida, iremos adaptá-lo para a frequência variável da tensão induzida no rotor. Fonte: Fonte: o Autor Figura 5 – Circuito equivalente monofásico do motor de indução. Em que: V ϕ é a tensão de fase. I 1 é a corrente do estator. R 1 é a resistência do cobre do estator. j X 1 é a reatância do estator. R C é a resistência que simula as perdas no núcleo (perdas por histerese e por correntes parasitas). j X m é a reatância de magnetização do motor. I 2 é a corrente do rotor refletida para o estator. E 1 é a tensão induzida no estator. E R é a tensão induzida no rotor. I R é a corrente do rotor. R R é a resistência do cobre do rotor. j X R é a reatância do rotor. A tensão induzida E1 será relacionada com a tensão ER por meio de uma relação de transformação aef. Essa relação de transformação é fácil de se determinar em máquinas com rotores bobinados, mas é difícil de se determinar nas máquinas com rotores gaiola de esquilo. Essa tensão induzida ER produzirá uma corrente no rotor curto-circuitado, cujo circuito equivalente é indicado na figura abaixo: Fonte: Fonte: o Autor Figura 6 – Circuito equivalente do rotor do motor de indução. Quando uma tensão é aplicada aos terminais do estator, uma tensão é induzida no rotor. Quanto maior o movimento relativo entre o campo do estator e o rotor, maior será a tensão do rotor. Para s = 1 (rotor parado), temos a maior tensão gerada no rotor. Para s = 0 (rotor na velocidade síncrona), a tensão gerada no rotor é zero. Portanto, com o rotor bloqueado, teremos a maior tensão gerada no rotor, que será denominada ER0. Então, para qualquer escorregamento, a tensão do rotor será dada por: E R = S E R O (15) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal E, agora, para incluir o efeito da frequência variável na resistência, veja as seguintes considerações: a) A resistência permanecerá constante, caso seja desconsiderado o efeito pelicular, que aumenta a resistência enquanto a frequência aumenta. b) A reatância, que é variável em função da frequência, será dada por: X R = Ω R L R = 2 Π F R L R (16) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Como: F R = S F E Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Podemos escrever a Equação 16 da seguinte forma: X R = 2 Π S F E L R = S ( 2 Π F E L R ) = S X R 0 (17) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Em que XR0 é a reatância com o rotor bloqueado. Diante das considerações apresentadas, o circuito equivalente monofásico do rotor do motor de indução é apresentado na figura abaixo. Fonte: Fonte: o Autor Figura 7 – Circuito equivalente do rotor do motor de indução com os efeitos da frequência variável. Portanto, a corrente do rotor será dada por: I R = E R R R + J X R (18) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Colocando na equação o efeito da variação de frequência, teremos: I R = S E R 0 R R + J S X R 0 (19) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Repare que, se dividirmos o numerador e o denominador da Equação 19 por s, eliminaremos o efeito da frequência da tensão do rotor e da reatância, colocando-o na resistência do rotor, conforme indicado na equação a seguir: I R = E R 0 R R S + J X R 0 (20) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Ou seja, pela manipulação realizada, o comportamento da variação da velocidade pode ser representado por meio de uma impedância formada por uma resistência variável e reatância constante, dada por: Z R = R R S + J X R 0 , (21) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal E alimentada por uma fonte de tensão constante, conforme mostra o circuito da figura abaixo: Fonte: Fonte: O autor. Figura 8 – Circuito equivalente do rotor do motor de indução com os efeitos da variação da frequência na resistência. Analisando o circuito da figura acima, pode-se observar que, quando o rotor está bloqueado, teremos s = 1 e o valor da impedância será mínimo. Portanto, teremos o maior valor da corrente do rotor. À medida que o rotor ganha velocidade, o escorregamento vai diminuindo e o valor da impedância vai aumentando. No limite, para s=0, a impedância viraria um circuito aberto e a corrente do rotor seria zero. A variação da corrente em função do escorregamento é mostrada na figura abaixo: Fonte: Fonte: O autor. Figura 9 – Variação da corrente do rotor em função do percentual de escorregamento. Uma vez conhecido o valor da relação de transformação aef, a tensão do rotor referida para o lado do estator será: E 1 = A E F E R 0 (22) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal A corrente do rotor refletida para o lado do estator será: I 2 = I R A E F (23) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal A impedância do rotor referida para o lado do estator será: Z 2 = A E F 2 ( R R S + J X R O ) (24) R 2 = A E F 2 R R (25) X 2 = A E F 2 X R O (26) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Resultando, assim, no circuito equivalente indicado na figura a seguir, em que todas as grandezas do rotor estão referidas para o lado do estator. Fonte: Fonte: O autor. Figura 10 – Circuito equivalente monofásico da máquina de indução com as grandezas referidas para o lado do estator. POTÊNCIA E TORQUE DO MOTOR DE INDUÇÃO Em um transformador, a saída é obtida na forma de potência elétrica nos enrolamentos do secundário. Já no motor de indução, o secundário está em curto e, portanto, a potência elétrica é zero. Desse modo, a potência de saída do motor de indução é obtida por meio da potência mecânica no eixo do motor, que será empregada para realizar trabalho útil. O fluxo de potência do motor de indução é indicado na figura abaixo: Fonte: Fonte: O autor. Figura 11 – Fluxo de potência do motor de indução. A potência de entrada do motor é fornecida pela rede elétrica, sendo dada por: Grandezas em valores de linha: P E N T R A D A = 3 V L I L C O S ( Θ ) (27) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Grandezas em valores de fase: P E N T R A D A = 3 V Φ I 1 C O S ( Θ ) (28) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal As primeiras perdas encontradas no motor são devidas às perdas do cobre do estator. Em seguida, há uma parcela de energia perdida em função das perdas por histerese e correntes parasitas. Essas perdas do núcleo são modeladas por meio da resistência RC no circuito. A potência restante é transferida ao rotor por meio do entreferro do motor (ou gap), sendo denominada potência do gap. Depois de a potência ser transferida pelo gap, parte dela é dissipada nos enrolamentos do rotor. O restante da potência é convertido em potência mecânica, mas parte dessa potênciaé perdida por meio de atrito, ventilação e perdas diversas. Finalmente, temos a potência de saída do motor de indução. Vamos agora analisar o circuito monofásico equivalente do motor de indução: Fonte: Fonte: O autor. Figura 12 – Circuito equivalente monofásico da máquina de indução com as grandezas referidas para o lado do estator. A corrente do estator é dada por: I 1 = V Φ Z E Q Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Sendo que a impedância equivalente do circuito monofásico do motor de indução é: Z E Q = R 1 + J X 1 + 1 G C - J B M + 1 R 2 S + J X 2 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal As perdas do cobre do estator serão: P C O _ E S T = 3 R 1 I 1 2 (29) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal As perdas no núcleo serão: P N U C L E O = 3 E 1 2 G C = 3 E 1 2 R C (30) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Portanto, as perdas no gap serão: P G A P = P E N T R A D A - P C O _ E S T - P N U C L E O (31) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Olhando atentamente para o circuito, o único ponto do rotor em que a potência do gap pode ser dissipada é no resistor R 2 s , logo, a potência do gap é dada por: P G A P = 3 I 2 2 R 2 S (32) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Para os valores da corrente e de impedâncias referidos para o primário, a potência dissipada no cobre do rotor é: P C O _ R O T = 3 I 2 2 R 2 (33) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal A quantidade de potência de entrada que será convertida em potência mecânica será: P C O N V = P G A P - P C O _ R O T (34) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Que é dada por: P C O N V = 3 I 2 2 R 2 S - 3 I 2 2 R 2 (35) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Agora, manipulando a equação da potência dissipada no cobre do rotor, podemos reescrevê-la da seguinte forma: P C O _ R O T = S P G A P (36) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Resultando em uma nova forma de escrever a potência convertida: P C O N V = P A G - S P G A P = 1 - S P G A P (37) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal O torque induzido é definido como sendo o torque gerado pela potência convertida e, portanto, será: Τ I N D = P C O N V Ω M Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal No entanto, temos: P C O N V = ( 1 - S ) P G A P Ω M = ( 1 - S ) Ω S I N C Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Logo: Τ I N D = ( 1 - S ) Ω S I N C ( 1 - S ) P G A P = P G A P Ω S I N C (38) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Conhecendo-se as perdas por atrito, ventilação e diversas, a potência de saída do motor será: P S A I D A = P C O N V - P A V - P D I V E R S A S Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Que também pode ser dada por: P S A I D A = Τ C A R G A Ω M Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Repare que, se pusermos 3 I 2 2 R 2 em evidência na Equação 35, a potência convertida ficará: P C O N V = 3 I 2 2 R 2 1 - S S (39) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Ou seja, podemos redesenhar o circuito emulando um resistor R 2 1 - s s no qual a potência convertida é dissipada. Fonte: O autor. Figura 13 – Circuito equivalente monofásico com o resistor R 2 1 - s s . Agora, veremos como o torque do motor de indução varia com a velocidade. Para tal, vamos considerar, inicialmente, que o motor está operando em vazio, ou seja, próximo à sua velocidade síncrona. Quando o rotor gira próximo à velocidade síncrona, o valor de R 2 s é muito maior do que X2 e, portanto, a corrente do rotor está praticamente em fase com a tensão do rotor. Como s ≈ 0, o valor de R 2 s é muito grande e a corrente do rotor é muito pequena, produzindo um campo BR pequeno. Como a impedância do estator do motor é muito pequena, podemos considerar que a tensão E 1 ≈ V ϕ e, assim, a corrente de magnetização Im é, aproximadamente, constante para todas as condições de operação do motor. Como Im produz o fluxo Bres, podemos concluir que o Bres é constante para todas as condições de operação do motor. O diagrama com os campos no interior do estator é apresentado na figura abaixo: Fonte: Fonte: O autor. Figura 14 – Campos no interior do motor operando em vazio. E o torque do motor será: Τ I N D = K B R × B R E S Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Esse torque será suficiente apenas para suprir as perdas por atrito, ventilação e diversas do rotor. Suponha que haja um aumento de carga. Nessas novas condições, o escorregamento crescerá, ampliando a velocidade relativa entre o campo do estator e o rotor. Esse aumento de velocidade aumentará a tensão do rotor. Como, agora, a corrente do rotor começa a ser indutiva, há uma maior defasagem entre a tensão do rotor e a corrente. Como o valor da impedância do rotor diminui, a corrente do rotor aumenta, aumentando o valor de BR. Essa sequência de eventos produzirá um aumento de δ, que reduz o torque induzido do motor, e um aumento do campo BR, que aumenta o torque induzido no motor. Inicialmente, o efeito do aumento BR prevalecerá e o torque induzido do motor aumentará. Os campos do estator na nova configuração de carga são indicados a seguir: Fonte: Fonte: O autor. Figura 15 – Campos no interior do motor após o aumento de carga. A variação do torque do motor de indução em função da sua velocidade é apresentada na Figura 16. Percebemos que o torque pode ser dividido em três regiões distintas: BAIXO ESCORREGAMENTO A variação do torque é praticamente linear em função do aumento de carga. Reatância desprezível, portanto, o fator de potência do rotor é unitário. Essa é a região de operação do motor. MÉDIO ESCORREGAMENTO A reatância do rotor possui a mesma magnitude da resistência do rotor e, por isso, o fator de potência começa a cair. Nessa região, encontra-se o torque máximo do motor. ALTO ESCORREGAMENTO O torque induzido cai com o aumento da carga. Essa região apresenta um alto fator de potência, em virtude de maior participação da reatância síncrona na impedância do rotor. Fonte: Fonte: O autor. Figura 16 – Torque do motor de indução. DEDUÇÃO DA EQUAÇÃO DO TORQUE INDUZIDO DO ROTOR As equações do torque induzido do rotor podem ser obtidas por meio da análise de seu circuito equivalente e de seu diagrama de fluxo de potência. Inicialmente, sabemos que o torque induzido é dado por: Τ I N D = P C O N V Ω M = P G A P Ω S I N C Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Como a velocidade síncrona do motor é constante, para conhecermos o seu torque induzido, basta determinar a potência do gap. A potência do gap é dada por: P G A P = 3 I 2 2 R 2 S Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Para determinarmos o valor de I2, vamos apresentar o circuito equivalente, indicado na Figura 17. Nesse circuito, o resistor RC será retirado e as perdas do núcleo serão incorporadas às perdas por atrito, ventilação e diversas, que serão determinadas no ensaio em vazio do motor de indução. Agora, para determinarmos a corrente I2, vamos resolver o circuito usando o seu equivalente de Thevenin entre seus pontos A e B, indicados na figura. Fonte: Fonte: O autor. Figura 17 – Circuito equivalente para a determinação de I2. A módulo da tensão de Thevenin será: V T H = X M R 1 2 + ( X 1 + X M ) 2 V Φ (40) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagemhorizontal E a impedância de Thevenin será: Z T H = J X M ( R 1 + J X 1 ) R 1 + J X 1 + J X M (41) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Resultando no seguinte circuito equivalente: Fonte: Fonte: O autor. Figura 18 – Circuito equivalente para a determinação de I2. Como XM ≫ X1 e XM + X1 ≫ R1, o módulo da tensão de Thevenin pode ser simplificado para: V T H = X M X 1 + X M V Φ (42) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal A parte real e a parte imaginária da impedância de Thevenin podem ser aproximadas por: R T H ≈ R 1 X M X 1 + X M 2 (43) X T H ≈ X 1 (44) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal A corrente I2 será, então: I 2 = V T H Z T H + Z 2 = V T H R T H + R 2 S + J X T H + J X 2 (45) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Cujo módulo será: I 2 = V T H R T H + R 2 S 2 + X T H + X 2 2 (46) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Finalmente, a potência do gap será: P G A P = 3 I 2 2 R 2 S = 3 V T H 2 R 2 S R T H + R 2 S 2 + X T H + X 2 2 (47) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal E o torque induzido será: Τ I N D = P A G Ω S I N C = 3 V T H 2 R 2 S Ω S I N C R T H + R 2 S 2 + X T H + X 2 2 (48) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Analisando a Equação 48, que fornece o torque induzido do motor, podemos concluir que: 1 O torque induzido no motor de indução na velocidade síncrona é zero. 2 A curva torque versus velocidade é praticamente linear dentro da faixa em vazio e a plena carga. 3 Existe um torque máximo que não pode ser excedido. 4 O torque de partida do motor é maior do que o torque a plena carga, portanto, a partida do motor pode ser feita com uma carga acoplada a seu eixo. 5 O torque varia com o quadrado da tensão aplicada, e essa característica será usada para controle de velocidade do motor. 6 Se o rotor do motor fosse acionado com uma velocidade maior do que a síncrona, ele passaria a funcionar como um gerador. 7 Se invertermos o movimento relativo entre o campo do estator e o rotor, ocorrerá um processo de frenagem e, na sequência, o motor inverterá seu sentido de rotação. Para a determinação do torque máximo do motor, devemos encontrar o ponto de operação em que a máxima potência seja dissipada em R 2 s . Isso ocorrerá quando R 2 s for igual à impedância equivalente de Thevenin, ou seja: R 2 S = R T H 2 + X T H + X 2 2 (49) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Nesse ponto de operação, o escorregamento máximo será: S M A X = R 2 R T H 2 + X T H + X 2 2 (50) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal E o torque induzido máximo será: Τ M A X = 3 V T H 2 2 Ω S I N C R T H + R T H 2 + X T H + X 2 2 (51) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Da Equação 50, podemos concluir que o escorregamento para o qual o torque é máximo é proporcional a R2. E quanto maior a resistência, maior será o escorregamento para o qual teremos o torque máximo, conforme indicado na figura abaixo: Fonte: Fonte: O autor. Figura 19 – Variação do ponto do torque máximo em função de R2. Fonte: O autor EQUAÇÕES SIMPLIFICADAS DOS PONTOS DE OPERAÇÃO DO MOTOR DE INDUÇÃO Do conhecimento da equação do torque do motor, podemos chegar a expressões simplificadas de torque e potência para pontos de operações específicos: PARTIDA Como na partida sabemos que s = 1, o torque de partida será: Τ P A R T I D A = 3 V T H 2 R 2 Ω S I N C ( R T H + R 2 ) 2 + ( X T H + X 2 ) 2 (52) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal EM VAZIO Nessa região, como R 2 s ≫ R T H e R 2 s ≫ X T H + X 2 , a corrente I2 pode ser simplificada para: I 2 ≈ S V T H R 2 (53) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Portanto, a potência do gap pode ser reescrita da seguinte forma: P G A P ≈ 3 S V T H 2 R 2 (53A) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal E o torque induzido poderá ser reescrito como: Τ I N D ≈ 3 S V T H 2 Ω S I N C R 2 (54) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Da análise da Equação 53a, podemos observar que, na região próxima à velocidade síncrona do motor de indução, o torque é proporcional ao escorregamento. E, usando a Equação 52, podemos reescrever a potência convertida da seguinte forma: P C O N V ≈ 3 S V T H 2 R 2 1 - S S (55) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal DETERMINAÇÃO DOS PARÂMETROS DO MOTOR DE INDUÇÃO O conhecimento do circuito equivalente de um motor de indução é importante para o estudo de seu comportamento frente às variações de carga. Na sequência, veremos os ensaios a serem realizados no motor de indução para determinarmos os valores de R1, R2, X1, X2 e Xm. ENSAIO EM VAZIO Nesse ensaio, o motor de indução trifásico (MIT) é alimentado com tensão nominal e sem carga conectado ao seu eixo. Então, a potência ativa de entrada e as correntes são medidas conforme indicado na Figura 20. Como o escorregamento é próximo de zero, a corrente do rotor I2 pode ser desprezada. Como a corrente de magnetização é muito grande, o resistor RC pode ser desprezado. E, como X1 ≫ R1, o circuito equivalente do ensaio em vazio é indicado na Figura 21. Fonte: Fonte: O autor. Figura 20 – Ensaio em vazio do MIT. Fonte: Fonte: O autor. Figura 21 – Circuito equivalente o ensaio em vazio. Como o motor está operando em vazio, a potência de entrada atenderá somente as perdas por atrito, ventilação, perdas diversas, do núcleo e do cobre do estator, conforme indicado na equação a seguir: P E N T R A D A = 3 I 1 2 R 1 + P N U C L E O + P A V + P D I V E R S A S (56) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal E, da análise do circuito equivalente do ensaio em vazio, verificamos que a impedância do circuito é: Z E Q = X 1 + X M (57) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Teste DC: Nesse ensaio, o valor de R1 é obtido aplicando-se uma tensão contínua ajustável aos terminais do motor até que comece a circular uma corrente igual à corrente nominal do motor. Então, o valor de R1 para o motor ligado em Y será: R 1 = V D C 2 I D C (58) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Fonte: Fonte: O autor. Figura 22 – Circuito para a realização do ensaio DC. Atente para o fato de que, no ensaio em vazio, a resistência do estator havia sido desprezada. Agora, de posse de seu valor, podemos calcular as perdas do cobre do estator no ensaio em vazio, utilizando a Equação 56. ENSAIO DE ROTOR BLOQUEADO Nesse ensaio, o rotor é travado de modo que não possa rotacionar. Desse modo, como o escorregamento é 1, o valor de R2 é muito pequeno e o valor de X2 também será. Assim, o circuito equivalente desse ensaio é mostrado na Figura 23, na qual a impedância vista pela fonte será a associação série da impedância do estator e da impedância do rotor. Fonte: Fonte: O autor. Figura 23 – Circuito equivalente para ensaio de rotor bloqueado. No entanto, tal ensaio não representa as condições de operação do motor de indução, uma vez que, em suas condições nominais de operação, a frequência da tensão induzida é baixa. Para que o ensaio represente condições próximas às da operação do motor, a frequência da tensão desse ensaio é menor do que a frequência nominal do motor. Realizado o ensaio, a potência de entrada do motor será: P E N T R A D A = 3 V L I L C O S ( Θ ) O módulo da impedância será: | Z R B | = V Φ I 1 A parte real da impedância será: Z R B = R R B + J X ' R B Z R B = | Z R B | C O S ( Θ ) + J | Z R B | S E N ( Θ ) Portanto, a resistência do rotor bloqueadoserá: R R B = R 1 + R 2 Como R1 foi obtido do ensaio DC, temos: R 2 = R R B - R 1 E a reatância do rotor bloqueado, para a frequência do ensaio, será: X R B ' = X 1 ' + X 2 ' Para obter as reatâncias para a frequência nominal do motor, devemos fazer: X R B = F N O M I N A L F R B X R B ' = X 1 + X 2 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Ao contrário das resistências, não é possível separar as reatâncias do estator e do rotor. A boa prática nos ensina a usar as relações apresentadas na Tabela 1, para se determinar os valores de X1 e X2. X1 e X2 em função de XLR Tipo de rotor X1 X2 Bobinado 0,5 XLR 0,5 XLR Classe A 0,5 XLR 0,5 XLR Classe B 0,4 XLR 0,6 XLR Classe C 0,3 XLR 0,7 XLR Classe D 0,5 XLR 0,5 XLR Tabela 1 – Relação entre X1 e X2. MÃO NA MASSA 1. UM MOTOR DE INDUÇÃO COM 6 POLOS OPERA EM UMA FREQUÊNCIA DE 60 HZ. SABENDO QUE SEU ESCORREGAMENTO É DE 5%, A VELOCIDADE DE ROTAÇÃO DO MOTOR, EM RPM, É: A) 1120 B) 1140 C) 1160 D) 1180 E) 1200 2. COM RELAÇÃO AO FUNCIONAMENTO DO MOTOR DE INDUÇÃO, CONSIDERE AS SEGUINTES AFIRMATIVAS: I. A TENSÃO INDUZIDA NO ROTOR É MÁXIMA QUANDO O MOTOR ESTÁ PRÓXIMO DA VELOCIDADE SÍNCRONA. II. A FREQUÊNCIA DA TENSÃO INDUZIDA NO ROTOR É CONSTANTE PARA TODA A FAIXA DE OPERAÇÃO DO ROTOR. III. A CORRENTE INDUZIDA NO ROTOR É MÁXIMA QUANDO O ROTOR ESTÁ BLOQUEADO. ESTÁ(ÃO) CORRETA(S) A(S) AFIRMATIVA(S): A) I, apenas B) II, apenas C) III, apenas D) I e III, apenas E) I, II e III 3. UM MOTOR SÍNCRONO, LIGADO EM Y, 4 POLOS, 60 HZ, POSSUI AS SEGUINTES IMPEDÂNCIAS, TODAS REFERIDAS PARA O LADO DO ESTATOR: R1 = 0,2 Ω R2 = 0,4 Ω X1 = 1,5 Ω X2 = 1,4 Ω XM = 50,0 Ω ATENÇÃO! PARA VISUALIZAÇÃO COMPLETA DA EQUAÇÃO UTILIZE A ROLAGEM HORIZONTAL CONSIDERANDO QUE O MOTOR OPERE COM UM ESCORREGAMENTO DE 4%, A IMPEDÂNCIA EQUIVALENTE DO CIRCUITO MONOFÁSICO, REFERIDA PARA O ESTATOR, EM Ω, É APROXIMADAMENTE: A) 0,3 + j 2,9 B) 0,6 + j 2,9 C) 9,3 + j 4,6 D) 18,6 + j 4,6 E) 18,6 + j 9,2 4. CONSIDERE QUE O MOTOR DE INDUÇÃO DO EXERCÍCIO ANTERIOR SEJA ALIMENTADO POR UMA TENSÃO DE LINHA DE 480 V. O MÓDULO DA CORRENTE DO ESTATOR, EM A, É APROXIMADAMENTE: A) 27 B) 46 C) 80 D) 94 E) 166 5. DESPREZANDO A CORRENTE DO RAMO DE MAGNETIZAÇÃO, A POTÊNCIA CONVERTIDA PELO MOTOR DE INDUÇÃO, EM KW, É APROXIMADAMENTE: A) 61,3 B) 20,4 C) 13,6 D) 7,0 E) 3,4 6. CONSIDERE QUE O MESMO MOTOR SÍNCRONO ABORDADO NAS QUESTÕES 3), 4) E 5), POSSUA PERDAS POR: ATRITO, VENTILAÇÃO, DIVERSAS E DO NÚCLEO, QUE SOMADAS RESULTAM EM 500 W. O TORQUE MECÂNICO DO MOTOR, EM NM, É APROXIMADAMENTE DE: A) 4 B) 10 C) 36 D) 39 E) 72 GABARITO 1. Um motor de indução com 6 polos opera em uma frequência de 60 Hz. Sabendo que seu escorregamento é de 5%, a velocidade de rotação do motor, em rpm, é: A alternativa "B " está correta. A velocidade síncrona do motor de indução, em rpm, é dada pela expressão: nsinc=120fP=120×606=1200 rpm Agora, sua velocidade do motor, em função do escorregamento, será: nm=(1-s)nsinc=(1-5100)1200=1140 rpm Portanto, a opção correta é a letra B. Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal 2. Com relação ao funcionamento do motor de indução, considere as seguintes afirmativas: I. A tensão induzida no rotor é máxima quando o motor está próximo da velocidade síncrona. II. A frequência da tensão induzida no rotor é constante para toda a faixa de operação do rotor. III. A corrente induzida no rotor é máxima quando o rotor está bloqueado. Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s): A alternativa "C " está correta. Afirmativa I: Quando está próximo da velocidade síncrona, o escorregamento é próximo de zero. Como a tensão induzida no rotor é dada por: Erotor=sER0≈0V Logo, a afirmativa I está errada. Afirmativa II: A frequência da tensão induzida depende do escorregamento e é dada pela seguinte fórmula: fR=sfe Logo, a afirmativa II está errada. Afirmativa III: Com o rotor bloqueado, o escorregamento é igual a 1 e a tensão induzida no rotor terá o seu valor máximo, dado por: Erotor=sER0=ER0V A impedância do rotor terá seu valor mínimo, dado por: ZR=RRs+jXR0=RR+jXR0 Portanto, a corrente terá seu valor máximo, cujo módulo será dado por: IR=ER0RR2+XR02 Logo, a afirmativa III está certa. Assim, a opção correta é a letra C. Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal 3. Um motor síncrono, ligado em Y, 4 polos, 60 Hz, possui as seguintes impedâncias, todas referidas para o lado do estator: R1 = 0,2 Ω R2 = 0,4 Ω X1 = 1,5 Ω X2 = 1,4 Ω Xm = 50,0 Ω Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Considerando que o motor opere com um escorregamento de 4%, a impedância equivalente do circuito monofásico, referida para o estator, em Ω, é aproximadamente: A alternativa "C " está correta. Veja a resolução da questão no vídeo a seguir: Impedância equivalente do motor de indução Erro HTTP 404.0 - Not Found O recurso que você está procurando foi removido, teve o seu nome alterado ou está temporariamente indisponível. 4. Considere que o motor de indução do exercício anterior seja alimentado por uma tensão de linha de 480 V. O módulo da corrente do estator, em A, é aproximadamente: A alternativa "A " está correta. Veja a resolução da questão no vídeo a seguir: Cálculo da corrente do estator Erro HTTP 404.0 - Not Found O recurso que você está procurando foi removido, teve o seu nome alterado ou está temporariamente indisponível. 5. Desprezando a corrente do ramo de magnetização, a potência convertida pelo motor de indução, em kW, é aproximadamente: A alternativa "D " está correta. Veja a resolução da questão no vídeo a seguir: Cálculo da potência convertida HTTP Error 404.0 - Not Found The resource you are looking for has been removed, had its name changed, or is temporarily unavailable. 6. Considere que o mesmo motor síncrono abordado nas questões 3), 4) e 5), possua perdas por: atrito, ventilação, diversas e do núcleo, que somadas resultam em 500 W. O torque mecânico do motor, em Nm, é aproximadamente de: A alternativa "C " está correta. Solução: A potência de saída do gerador será: Psaida=Pconv-PAV-Pdiversas-Pnucleo=7000-500=6500 Portanto, o torque mecânico de saída será: τind=Psaida(1-s)120fP2π60=6500(1-0,04)120×6042π60≈36Nm Logo, a opção correta é a letra C. Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal GABARITO TEORIA NA PRÁTICA Você trabalha na seção de manutenção industrial de uma empresa hipotética. Arrumando os arquivos da seção, você encontrou um livro de manutenção que apresentava os seguintes dados de um motor de indução trifásico: Motor de indução trifásico (MIT) Potência de saída: 40 HP Rendimento: 90% Escorregamento nominal: 6% Fator de potência nominal: 0,8 Frequência: 60 Hz Polos: 8 Tensão de linha: 220 V Diante do exposto, determine, para as condições nominais de operação: a) A corrente de linha do motor. b) O módulo da impedância do circuito monofásico do motor, referida ao estator. RESOLUÇÃO a) A corrente de linha do motor será dada por: I L I N H A = P S A I D A 3 V L I N H A Η COS ( Φ ) = 40 × 746 3 × 220 × 0 , 9 × 0 , 8 = 108 A b) A impedância referida ao estator será: Z E Q = V Φ I L I N H A = 220 3 108 = 1 , 18 Ω Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. UM MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO BOBINADO APRESENTA O TORQUE NOMINAL (ΤNOM) COM UM ESCORREGAMENTO (SNOM). CONSIDERANDO R2 A RESISTÊNCIA DO ROTOR E RAD A RESISTÊNCIA ADICIONAL A SER INSERIDA NO CIRCUITO DO ROTOR, A RAZÃO ENTRE RAD E R2 PARA QUE O MOTOR DESENVOLVA O MESMO TORQUE PARA UM ESCORREGAMENTO S > SNOM É: A) snom-ssnom B) s-snom2snom C) s-2snomsnom D) s+snomsnom E) s-snomsnom 2. NA HIPÓTESE DE O CAMPO DO ROTOR ATINGIR A VELOCIDADE SÍNCRONA: A) A tensão induzida no rotor seria máxima.B) O escorregamento do rotor seria 1. C) A frequência da tensão induzida no rotor seria igual à da rede. D) A potência de saída motor seria zero. E) A corrente induzida no motor seria máxima. GABARITO 1. Um motor de indução trifásico bobinado apresenta o torque nominal (τnom) com um escorregamento (snom). Considerando R2 a resistência do rotor e Rad a resistência adicional a ser inserida no circuito do rotor, a razão entre Rad e R2 para que o motor desenvolva o mesmo torque para um escorregamento s > snom é: A alternativa "E " está correta. A expressão simplificada que nos fornece o torque induzido é: τind=3sVTH2ωsincR2 Como a tensão de Thevenin e velocidade síncrona são as mesmas para os dois escorregamentos, temos: snomR2=sR2+Rad Desenvolvendo a equação apresentada, para encontrar a razão entre Rad e R2, temos: RadR2=s-snomsnom Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal 2. Na hipótese de o campo do rotor atingir a velocidade síncrona: A alternativa "D " está correta. Na hipótese de o rotor alcançar a velocidade síncrona, não haveria mais velocidade relativa entre o campo do estator e o campo do rotor, portanto: 1) A tensão induzida no rotor seria zero. 2) O escorregamento seria zero. 3) A frequência da tensão induzida seria zero. 4) A potência de saída do motor seria zero. 5) A corrente induzida seria máxima. MÓDULO 2 Descrever o funcionamento do motor de indução monofásico sob diferentes condições de operação INTRODUÇÃO Motores de indução trifásicos são largamente usados em aplicações comerciais e industriais. Entretanto, muitas instalações residenciais e comerciais de pequeno porte não possuem alimentação trifásica. Pensando nesses tipos de instalação, foram desenvolvidos os motores universais e os motores de indução monofásicos. Esses tipos de motores serão vistos a seguir. MOTORES UNIVERSAIS Vimos, no estudo de máquinas de corrente alternada, que o campo magnético do estator, produzido por um conjunto de correntes alternadas, gira no interior do estator com frequência igual à da rede. Entretanto, o campo produzido por um enrolamento monofásico é pulsante e possui a mesma direção. A Figura 24 mostra o campo magnético do estator pulsante na direção do eixo x, produzido pela corrente que circula no enrolamento aa’. Fonte: Fonte: O autor. Figura 24 – Campo do estator pulsante na direção do eixo x. Tal campo magnético pulsante não é suficiente para criar o torque induzido necessário para permitir a partida do motor. O projeto de motor mais simples para contornar o problema do campo magnético pulsante é do motor universal, que nada mais é do que um motor de corrente contínua (motor DC série), alimentado por uma fonte de corrente alternada. O motor DC série, cujo circuito equivalente é apresentado na Figura 25, possui o torque induzido dado por: Τ I N D = K Φ I A (59) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Fonte: Fonte: O autor. Figura 25 – Motor DC série. Invertendo-se a polaridade da tensão aplicada ao motor DC série: A direção do fluxo inverterá. A direção da corrente inverterá. No entanto, como as duas inversões são simultâneas, o torque continuará na mesma direção, fazendo com que o motor gire no mesmo sentido. Com isso, é possível produzir um torque unidirecional em um motor DC alimentado por uma fonte alternada de tensão. Porém, para permitir que o motor DC série funcione como motor AC, o seu núcleo deverá ser laminado para diminuir as perdas por histerese e por correntes parasitas. Um problema que surge em motores DC série usados em corrente alternada é a comutação, pois a constante inversão do sentido da corrente no circuito do estator do motor diminui a vida útil das escovas. ATENÇÃO Outro ponto a se destacar nos motores universais é a redução do torque desenvolvido nesse tipo de motor. Como, agora, estamos alimentando o motor com tensão alternada, além da queda de tensão na resistência de armadura, teremos a queda de tensão na reatância do estator do motor. Esse aumento de queda de tensão provocará uma queda da tensão induzida Ea e da corrente de armadura, diminuindo o torque induzido e, consequentemente, a velocidade do motor. A Figura 26 mostra a comparação entre um motor operado como motor DC série e o mesmo motor sendo alimentado com uma fonte de tensão alternada. Outro motivo para a redução do torque é que o valor de pico de uma corrente AC é √2 maior do que o seu valor eficaz. Esse elevado valor de corrente pode saturar o núcleo do motor, provocando a redução do valor médio do fluxo, reduzindo, dessa forma, a velocidade do motor. Fonte: Fonte: O autor. Figura 26 – Torque no motor universal versus torque no motor DC série. Por possuírem uma queda acentuada de velocidade em função do torque solicitado, os motores universais não são empregados em aplicações que demandam uma velocidade constante. Por outro lado, são compactos e possuem uma relação torque induzido por ampère maior do que qualquer outro motor monofásico AC. Por isso, são usados em aplicações que demandam torque elevado em motores com peso reduzido, tais como: aspiradores de pó, ferramentas portáteis, utensílios de cozinha etc. A melhor forma de controlar a velocidade do motor universal é variando o valor da tensão eficaz aplicada na entrada. Quanto maior a tensão aplicada na entrada, maior será a velocidade do motor universal. MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS Observe o motor de indução monofásico com gaiola de esquilo indicado na Figura 27. Suponha que o campo Bs, no momento indicado na figura, esteja aumentando na direção positiva do eixo x. Nessa situação, a tensão induzida nas barras da gaiola de esquilo será tal que a corrente induzida produza um campo BR que se opõe à variação do fluxo Bs. Fonte: Fonte: O autor. Figura 27 – Motor de indução monofásico com rotor gaiola de esquilo. Como o torque induzido é dado por: Τ I N D = K B R × B S = K B R B S S E N ( Δ ) = K B R B S S E N ( 180 O ) = 0 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal O torque induzido sempre será zero, e o motor não partirá. Porém, surgirá um torque induzido nesse motor, fazendo-o girar, desde que ele seja posto em movimento. Para explicar tal comportamento, podemos utilizar a abordagem dos campos girantes duplos. A teoria dos campos magnéticos girantes duplos consiste em criar um campo magnético pulsante a partir de dois campos magnéticos que giram em direções opostas, mas que possuem módulos constantes e iguais, conforme a Figura 28. Verificamos que, em cada um dos instantes indicados na figura, o campo Bs é a soma de dois campos que se movem em direções opostas, a saber: BS_ah: Campo do estator que gira no sentido anti-horário. BS_h: Campo do estator que gira no sentido horário. Fonte: Fonte: O autor. Figura 28 – Campos magnéticos girantes duplos e o campo do estator resultante. O campo pulsante BS é dado por: B S ( T ) = B S E N ( Ω T ) I → (60) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Que é dado pela soma dos campos: B S A H ( T ) = 1 2 B C O S ( Ω T ) I → + 1 2 B S E N ( Ω T ) J → (61) B S H ( T ) = 1 2 B C O S ( Ω T ) I → - 1 2 B S E N ( Ω T ) J → (62) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Resultando em: B S ( T ) = B S A H ( T ) + B S _ H ( T ) (63) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal E o torque resultante no motor é indicado na figura abaixo: Fonte: Fonte: O autor. Figura 29 – Torque induzido em um motor de indução monofásico. Verificamos que, pelo gráfico da Figura 29, quando a velocidade do motor é zero, ele não possui torque para dar a partida. ENTÃO, COMO DAR PARTIDA NOS MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS? Basicamente, em todos os métodos de partida, os enrolamentos principal e auxiliar são dispostos no estator de modo que produzam camposem direções ortogonais, conforme a figura a seguir: Fonte: Fonte: O autor. Figura 30 – Campos magnéticos pulsantes ortogonais produzidos pelo enrolamento principal (Bp) e pelo enrolamento auxiliar (Ba). De acordo com os valores de resistência e impedância dos enrolamentos, o lugar geométrico do campo resultante poderá ser uma elipse, conforme indica a Figura 31. Fonte: Fonte: O autor. Figura 31 – Lugar geométrico do campo resultante (BS). Como visto, após o rotor ser posto em movimento, o torque induzido do motor monofásico de indução será capaz de fazer com que o rotor continue girando até chegar na velocidade de regime e, por isso, o enrolamento auxiliar pode ou não ser retirado do circuito por meio de uma chave centrífuga. Diante disso, os principais métodos de partida dos motores de indução monofásicos são: COM ENROLAMENTO AUXILIAR E FASE DIVIDIDA Fonte: Fonte: O autor. Figura 32 – Enrolamento principal e fase dividida. COM ENROLAMENTO AUXILIAR E CAPACITOR DE PARTIDA Fonte: Fonte: O autor. Figura 33 – Enrolamento auxiliar e capacitor de partida. COM ENROLAMENTO AUXILIAR E CAPACITOR PERMANENTE Fonte: Fonte: O autor. Figura 34 – Enrolamento auxiliar e capacitor permanente. COM ENROLAMENTO AUXILIAR E DOIS CAPACITORES Fonte: Fonte: O autor. Figura 35 – Enrolamento auxiliar e dois capacitores. CIRCUITO EQUIVALENTE DO MOTOR DE INDUÇÃO MONOFÁSICO A melhor forma de analisar o motor de um motor de indução monofásico é considerá-lo quando o rotor está bloqueado. Nessa condição de funcionamento, o circuito equivalente do motor é o de um transformador, conforme indicado na Figura 36. Nesse modelo, as perdas no núcleo estão agrupadas nas perdas rotacionais do motor. Fonte: Fonte: O autor. Figura 36 – Circuito equivalente do motor de indução monofásico com o rotor bloqueado. Lembrando que o fluxo pulsante no interior do motor pode ser modelado por dois campos rotativos, podemos dividir o rotor em dois circuitos: cada um responderá por metade da resistência e metade da reatância, conforme apresenta a Figura 37. A parte superior do circuito representa o campo que gira no mesmo sentido do rotor e, assim, é denominado campo magnético direto. Enquanto a parte inferior, representando o campo que gira no sentido contrário ao do rotor, é denominada campo magnético reverso. Fonte: Fonte: O autor. Figura 37 – Circuito equivalente do motor de indução monofásico com o rotor bloqueado com o enrolamento do rotor dividido. Agora, suponha que, por meio do enrolamento auxiliar, a partida do motor seja efetuada e, depois, pela ação de um mecanismo qualquer, este enrolamento seja retirado do circuito. Para o campo magnético direto, a diferença de velocidade (o escorregamento) vale s. Já para o campo magnético reverso, a diferença de velocidade é dada por 2 – s, resultando no circuito equivalente apresentado a seguir: Fonte: Fonte: O autor. Figura 38 – Circuito equivalente do motor de indução monofásico em operação normal com o enrolamento do rotor dividido. Dessa forma, observamos que o circuito equivalente é o mesmo, a menos da presença dos dois campos. Por isso, as mesmas relações de potência e torque aprendidas no motor de indução trifásico valerão para o motor monofásico, cujo fluxo de potência é mostrado a seguir: Fonte: Fonte: O autor. Figura 39 – Fluxo de potência de um motor de indução monofásico. Em que: P E N T R A D A = V I C O S ( Θ ) (64) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Para o cálculo da corrente do rotor, são definidas as impedâncias relativas ao campo magnético direto (ZD) e ao campo magnético reverso (ZR), que valem, respectivamente: Z D = R D + J X D = R 2 S + J X 2 J X M R 2 S + J X 2 + J X M (65) Z R = R R + J X R = R 2 2 - S + J X 2 J X M R 2 2 - S + J X 2 + J X M (66) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Essas impedâncias resultarão na corrente do estator, que será dada por: I 1 = V Φ R 1 + J X 1 + 0 , 5 Z D + 0 , 5 Z R (67) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Assim, a potência do gap será a diferença entre as potências de campo direto e campo reverso, conforme a seguir: P G A P = P G A P D - P G A P R = | I 1 | 2 0 , 5 R D - | I 1 | 2 0 , 5 R R (68) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal O torque induzido será: Τ I N D = P G A P Ω S I N C (69) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal As perdas totais no cobre do rotor serão: P C O _ R O T = P C O _ R O T _ D + P C O _ R O T _ R (70) P C O R O T D = S P G A P D (71) P C O _ R O T _ R = ( 2 - S ) P G A P R (72) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal A potência convertida pode ser escrita da seguinte forma: P C O N V = Τ I N D Ω M (73) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Mas como: Ω M = ( 1 - S ) Ω S I N C (74) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal A potência convertida pode ser reescrita da forma: P C O N V = Τ I N D ( 1 - S ) Ω S I N C = ( 1 - S ) P G A P (75) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal A potência de saída será obtida subtraindo-se a potência convertida pelas perdas por atrito, por ventilação, perdas diversas e do núcleo. P S A I D A = P C O N V - P A V - P D I V E R S A S - P N U C L E O (76) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal MÃO NA MASSA 1. EM UM MOTOR DC SÉRIE, ALIMENTADO POR UMA FONTE DE TENSÃO ALTERNADA: A) O torque é maior do que se ele fosse alimentado por uma fonte de tensão contínua. B) O motor não partirá em virtude da constante inversão do fluxo no interior da máquina C) O motor não partirá em função da constante alteração do fluxo de corrente na armadura da máquina. D) Há uma impedância de armadura maior, o que aumentará sua corrente de armadura. E) Há um torque menor, tendo em vista que a reatância do circuito do estator reduzirá a corrente de armadura. 2. A FIGURA APRESENTADA MOSTRA O CIRCUITO EQUIVALENTE DE UM MOTOR DE INDUÇÃO MONOFÁSICO DE 127 V, OPERANDO EM VAZIO. SUAS IMPEDÂNCIAS DOS ENROLAMENTOS PRINCIPAL E AUXILIAR SÃO, RESPECTIVAMENTE: FIGURA 40. ENROLAMENTO PRINCIPAL DO ESTATOR: ZP = 3 + J4 Ω ENROLAMENTO AUXILIAR DO ESTATOR: ZA = 8 + J6 Ω DIANTE DISSO, A POTÊNCIA TOTAL DISSIPADA NOS ENROLAMENTOS, EM KW, É APROXIMADAMENTE: A) 1,3 B) 1,9 C) 2,4 D) 3,2 E) 4,4 3. SUPONHA QUE OS ENROLAMENTOS DO MOTOR DO PROBLEMA ANTERIOR TENHAM SIDOS ENROLADOS DE TAL FORMA QUE OS CAMPOS DOS ENROLAMENTOS PRINCIPAL BP E AUXILIAR BA SEJAM DADOS POR: BP(T)=2IP(T)AX→ BA(T)=IA(T)AY→ CONSIDERA AINDA QUE A TENSÃO APLICADA AOS TERMINAIS DO MOTOR SEJA: VΦ(T)=127COS(T) V ATENÇÃO! PARA VISUALIZAÇÃO COMPLETA DA EQUAÇÃO UTILIZE A ROLAGEM HORIZONTAL ASSIM SENDO, EM T = 0, O CAMPO RESULTANTE NO INTERIOR DO ESTATOR, EM T, É APROXIMADAMENTE: A) 32∠18 B) 32∠ - 18 C) 32∠108 D) 64∠108 E) 32∠ - 108 4. UM MOTOR MONOFÁSICO DE INDUÇÃO DE 127 V, 60 HZ, 4 POLOS, POSSUI AS SEGUINTES IMPEDÂNCIAS: • R1 = 2,0 Ω • R2 = 2,5 Ω • X1 = 2,7 Ω • X2 = 2,7 Ω • XM = 50,0 Ω CONSIDERANDO UM ESCORREGAMENTO DE 5% E AS PERDAS POR ATRITO, POR VENTILAÇÃO, DIVERSAS E DO NÚCLEO DESPREZÍVEIS, O MÓDULO DA CORRENTE DE ARMADURA É, APROXIMADAMENTE: A) 1,6 B) 2,4 C) 3,3 D) 4,8 E) 5,8 5. PARA O MOTOR DO PROBLEMA ANTERIOR, A POTÊNCIA DO GAP, EM W, É APROXIMADAMENTE: A) 790 B) 390 C) 490 D) 378 E) 506 6. PARA O MOTOR DE INDUÇÃO DO EXERCÍCIO ANTERIOR, O TORQUE MECÂNICO DE SAÍDA, EM NM, É, APROXIMADAMENTE: A) 1,2 B) 2,0 C) 2,4 D) 3,0 E) 3,6 GABARITO 1. Em um motor DC série, alimentado por uma fonte de tensão alternada: A alternativa "E " está correta. Como as inversões da corrente de do fluxo no motor ocorrem simultaneamente, o torque produzido apontará semprepara a mesma direção e sentido, o que permitirá que o motor saia da condição de repouso. Por isso as opções B e C estão erradas. Ao ser alimentado por corrente alternada, a reatância do estator entrará no circuito equivalente do motor, de modo que o módulo da impedância aumentará. Aumentando o módulo da impedância, a corrente do estator reduzirá o seu valor e, consequentemente, o seu torque. Portanto, a opção correta é a letra E. 2. A figura apresentada mostra o circuito equivalente de um motor de indução monofásico de 127 V, operando em vazio. Suas impedâncias dos enrolamentos principal e auxiliar são, respectivamente: Figura 40. Enrolamento principal do estator: Zp = 3 + j4 Ω Enrolamento auxiliar do estator: Za = 8 + j6 Ω Diante disso, a potência total dissipada nos enrolamentos, em kW, é aproximadamente: A alternativa "D " está correta. Potência dissipada nos enrolamentos de campo Erro HTTP 404.0 - Not Found O recurso que você está procurando foi removido, teve o seu nome alterado ou está temporariamente indisponível. 3. Suponha que os enrolamentos do motor do problema anterior tenham sidos enrolados de tal forma que os campos dos enrolamentos principal Bp e auxiliar Ba sejam dados por: Bp(t)=2ip(t)ax→ Ba(t)=ia(t)ay→ Considera ainda que a tensão aplicada aos terminais do motor seja: Vϕ(t)=127cos(t) V Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Assim sendo, em t = 0, o campo resultante no interior do estator, em T, é aproximadamente: A alternativa "A " está correta. Solução: As correntes dos enrolamentos principal e auxiliar calculadas no exemplo anterior são, respectivamente: Ip=25,4∠-53 Ia=12,7∠-36 E os campos dos enrolamentos principal e auxiliar serão: Bp(t)=2×25,4cos(t-53)ax→ Ba(t)=12,7cos(t-36)ay→ Agora, o valor do campo resultante será: BR(t)=BP(t)+Ba(t) E, para t = 0, teremos BR(0)=30,5ax→+10,28ay→=32,25∠18,58 Portanto, a opção correta é a letra A. Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal 4. Um motor monofásico de indução de 127 V, 60 Hz, 4 polos, possui as seguintes impedâncias: • R1 = 2,0 Ω • R2 = 2,5 Ω • X1 = 2,7 Ω • X2 = 2,7 Ω • Xm = 50,0 Ω Considerando um escorregamento de 5% e as perdas por atrito, por ventilação, diversas e do núcleo desprezíveis, o módulo da corrente de armadura é, aproximadamente: A alternativa "E " está correta. Determinação da corrente do motor de indução monofásico Erro HTTP 404.0 - Not Found O recurso que você está procurando foi removido, teve o seu nome alterado ou está temporariamente indisponível. 5. Para o motor do problema anterior, a potência do gap, em W, é aproximadamente: A alternativa "D " está correta. Solução: Pgap=PgapD-PgapR=I120,5RD-I120,5RR Pgap=5,82×0,5×23,7-5,82×0,5×1,2=398,63-20,18=378,4 Portanto, a opção correta é a letra D. Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal 6. Para o motor de indução do exercício anterior, o torque mecânico de saída, em Nm, é, aproximadamente: A alternativa "B " está correta. Determinação do torque mecânico do motor monofásico HTTP Error 404.0 - Not Found The resource you are looking for has been removed, had its name changed, or is temporarily unavailable. GABARITO TEORIA NA PRÁTICA Você encontrou um motor de indução monofásico que apresenta os seguintes dados de placa: Potência de saída: ¼ HP Rendimento: 80% Tensão nominal: 220 V Fator de potência: 0,85 Calcule a corrente nominal desse motor, em A, para que seja efetuado o dimensionamento de sua proteção. RESOLUÇÃO Solução: I N O M I N A L = P S A I D A V T E R M I N A L C O S ( Φ ) Η = 1 ⁄ 4 × 746 220 × 0 , 85 × 0 , 8 = 1 , 24 A Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. A POTÊNCIA DE ENTRADA DE UM MOTOR DE INDUÇÃO MONOFÁSICO É 800 W. A POTÊNCIA NO GAP E A POTÊNCIA INDUZIDA SÃO, RESPECTIVAMENTE, 750 W E 675 W. SABENDO QUE AS PERDAS ROTACIONAIS SÃO 70 W, A PERDA NO COBRE DO ESTATOR, EM W, É: DADO: TENSÃO DE LINHA DA INSTALAÇÃO FABRIL: 440 V. A) 50 B) 100 C) 150 D) 200 E) 250 2. O RENDIMENTO DO MOTOR DO PROBLEMA ANTERIOR É: A) 69,5 B) 71,2 C) 75,6 D) 84,4 E) 93,1 GABARITO 1. A potência de entrada de um motor de indução monofásico é 800 W. A potência no gap e a potência induzida são, respectivamente, 750 W e 675 W. Sabendo que as perdas rotacionais são 70 W, a perda no cobre do estator, em W, é: Dado: tensão de linha da instalação fabril: 440 V. A alternativa "A " está correta. Solução: As perdas no cobre do estator são iguais a: Pcobre_estator=Pentrada-Pgap=800-750=50W Portanto, a opção correta é a letra A. Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal 2. O rendimento do motor do problema anterior é: A alternativa "C " está correta. Solução: η%=PsaidaPentrada=675-70800×100%=75,6 Portanto, a opção correta é a letra C. Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS Vimos que o motor de indução trifásico foi originado a partir do mecanismo de partida do motor síncrono, os enrolamentos amortecedores. Também estudamos a relação entre a frequência da rede elétrica e a frequência da tensão induzida no rotor do motor de indução. A partir daí, determinamos o modelo equivalente monofásico do motor e as equações que regem o seu funcionamento e fluxo de potência. Na sequência, estudamos o motor de indução monofásico, bem como a teoria dos campos direto e reverso, que nos permitem equacionar o modelo equivalente de seu circuito. Acreditamos que, a partir deste momento, você tenha condições de determinar os parâmetros de funcionamento das máquinas de indução, descrever seus princípios de funcionamento e calcular as suas condições de operação em regime permanente. AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS CHAPMAN, Stephen J. Fundamentos de máquinas elétricas (Minha Biblioteca). 5. ed. Porto ALegre: Bookman, 2013. Umans, Stephen D. Máquinas elétricas (Minha Biblioteca). 7. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014. EXPLORE+ Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, resolva os exercícios nos livros constantes na bibliografia. CONTEUDISTA Sandro Santos de Lima CURRÍCULO LATTES javascript:void(0);
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