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Princípios Processuais Penais

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@Elisastudies.
_ 
 
 
 
 
 
• Princípio do Juiz Natural 
Ninguém será processado nem sentenciado 
senão pela autoridade competente. 
Assim, sempre deve ser observada a 
competência fixada em lei (competência 
relativa) ou na Constituição Federal 
(competência absoluta), garantindo-se, 
assim, a imparcialidade do julgamento. 
STF 
Não fere o princípio do juiz natural o 
deslocamento de ação penal já em 
andamento em razão da criação de vara 
especializada ou pela criação de nova 
Comarca. 
 
• Princípio da Identidade Física do Juiz 
O juiz que presidiu a instrução deverá 
proferir a sentença. 
• Princípio do Devido Processo Legal 
Ninguém será privado da liberdade ou de 
seus bens sem o devido processo legal. 
Para que alguém seja criminalmente 
processado, todas as formalidades legais 
devem ser satisfeitas. 
• Princípio do Contraditório 
O advogado deve ter a oportunidade de 
poder contrapor ao que a acusação alega. 
− Contraditório diferido (mediato): é 
aquele que ocorre posteriormente, como 
as provas periciais. 
− Contraditório real (imediato ou 
direto): é aquele exercido no momento 
da produção da prova. 
Não há contraditório na fase do inquérito 
policial, por isso diz-se que é inquisitivo. 
Assim, o advogado pode acompanhar, mas 
não pode intervir no inquérito, visto tratar-se 
de responsabilidade do delegado. 
• Princípio da Ampla Defesa 
O acusado, no exercício do contraditório, 
deve ter ao seu dispor todos os mecanismos 
defensivos existentes no ordenamento 
jurídico. Abrange a autodefesa e a defesa 
técnica: 
− Autodefesa: realizada pelo próprio 
acusado no interrogatório, podendo 
este, inclusive, permanecer em silêncio 
sem que isso seja considerado confissão 
ou interpretado em seu prejuízo 
(extraindo-se, daqui, o direito à não 
autoincriminação). 
− Defesa técnica: é indispensável, sendo 
sua ausência causa de nulidade 
absoluta no processo. 
 
• Princípio da Vedação da Prova Ilícita 
São inadmissíveis, no processo, as provas 
obtidas por meios ilícitos, salvo quando esta 
for a ÚNICA capaz de propiciar a 
absolvição do réu. 
LEI 13.964/2019 – PACOTE ANTICRIME 
O juiz que conhecer do conteúdo da 
prova declarada inadmissível não poderá 
proferir a sentença ou acórdão. 
(Atualmente, a eficácia deste dispositivo 
encontra-se suspensa pelo STF) 
 
• Princípio da Presunção de Inocência 
Também conhecido como in dubio pro reo 
ou favor rei. Segundo ele, todo acusado 
deve ser tido como inocente até que ocorra 
o trânsito em julgado da sentença 
condenatória. 
Em 2019, o STF decidiu pela impossibilidade 
de execução provisória de sentença de 1o 
grau confirmada por TJ ou TRF, sendo 
imprescindível o trânsito em julgado da 
decisão para a sua execução. 
Processuais Penais 
 
• Princípio da Iniciativa das Partes 
Não é o juiz quem dá início à ação penal, 
cabendo exclusivamente ao Ministério 
Público a iniciativa da ação nos crimes de 
ação penal pública e, no caso de ação 
penal privada, ao ofendido. 
 
• Princípio da Duração Razoável do 
Processo 
A todos, no âmbito judicial e administrativo, 
são assegurados a razoável duração do 
processo e os meios que garantam a 
celeridade de sua tramitação. 
 
• Princípio da Verdade Real no Processo 
Penal 
No Processo Penal, como o que está em jogo 
é a liberdade, a verdade deve ser a mais 
próxima da realidade fática, não sendo 
possível provas frágeis para a condenação. 
Por esse princípio, o juiz pode, de ofício, 
trazer para os autos do processo qualquer 
prova, sem provocação das partes, sendo 
livre para ouvir testemunhas e juntar provas 
que entenda serem necessárias. 
 
• Princípio da Fundamentação das 
Decisões 
Toda decisão judicial deve ser 
fundamentada. 
A única exceção é a decisão do Tribunal 
do Júri, em virtude do sigilo nas votações. 
 
• Princípio do Duplo Grau de Jurisdição 
Toda questão criminal merece ser 
reexaminada pela segunda instância de 
jurisdição, com o fim de impedir-se 
julgamento feito por um único Juiz, que, em 
não raras vezes, pode estar equivocado. 
NÃO está expresso na CF/88, mas no Pacto 
de San Jose da Costa Rica. 
• Princípio da Publicidade 
Por meio deste princípio, a lei só poderá 
restringir a publicidade dos atos 
processuais quando a defesa da intimidade 
ou o interesse social o exigirem. 
Desta forma, as audiências, sessões e os atos 
processuais serão, em regra, públicos. 
Contudo, se da publicidade da audiência, 
da sessão ou do ato processual, puder 
resultar escândalo, inconveniente grave ou 
perigo de perturbação da ordem, o juiz, ou 
o tribunal, câmara, ou turma, poderá, de 
ofício ou a requerimento da parte ou do 
Ministério Público, determinar que o ato seja 
realizado a portas fechadas, limitando o 
número de pessoas que possam estar 
presentes. 
Além disso, o juiz tomará as providências 
necessárias à preservação da intimidade 
do ofendido, podendo, inclusive, determinar 
o segredo de justiça. 
 
• Princípio do non bis in idem 
Uma pessoa não pode ser punida 
duplamente pelo mesmo fato.

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