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DEFINIÇÃO Coloração capilar. Abordagem das leis, normas e regulamentos referentes à fabricação dos produtos de coloração. Origem e classificação das cores de cabelo. Cores fundamentais e básicas. Tons básicos e fantasias no processo de coloração. PROPÓSITO Compreender os conceitos básicos de Colorimetria, bem como a legislação referente a essa prática, para a garantia de segurança no desenvolvimento dessa técnica. PREPARAÇÃO Antes de iniciar seu estudo, tenha em mão: Tinta guache nas cores azul, vermelha e amarela; Um pincel; Um copo d’água; Duas folhas A4; Um cartela de coloração. OBJETIVOS MÓDULO 1 Fonte: Subbotina Anna/Shutterstock Classificar os produtos de coloração capilar com base na legislação sobre a Colorimetria MÓDULO 2 Distinguir as cores em Colorimetria capilar com base em seu processo de formação MÓDULO 3 Reconhecer as cores fundamentais do cabelo e suas tonalidades INTRODUÇÃO Antes de verificarmos os princípios básicos da Colorimetria, vejamos a seguinte situação: Fonte: mulhervitrola.com.br EXPECTATIVA Fonte: mulhervitrola.com.br REALIDADE Ao vermos tal cena, podemos pensar como atualmente as pessoas estão em busca de resultados eficazes relacionados à estética, ainda que nem sempre isso seja possível. O cuidado com os cabelos é uma preocupação de mulheres e homens, o que requer do cabeleireiro conhecimento e constante atualização. É necessário dominar as técnicas e as tendências inovadoras do mercado da beleza. Fonte: Tyler Olson/Shutterstock Nesse mercado, existe uma variedade de marcas que oferece diversificados tipos de produtos com propostas diferentes. Por isso, é necessário compreender a classificação dos cosméticos destinados à transformação capilar, bem como as normas de regulação pertinentes à área em questão. Classificar os produtos de coloração capilar com base na legislação sobre a Colorimetria CLASSIFICAÇÃO DOS PRODUTOS DE COLORAÇÃO CAPILAR Fonte: Africa Studio/Shutterstock As colorações capilares passam por análises e testes de controle de qualidade para que seu uso doméstico ou profissional seja aprovado. Nesse caso, uma das etapas dos testes inclui os ensaios das amostras do produto designado para uma futura comercialização. Fonte: 279photo Studio/Shutterstock Nesse contexto, que normas regularizam o controle de qualidade? Os resultados das amostras separadas por lotes apontam a qualidade do produto, indicando se ele está (ou não) apto para o uso de acordo com as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo a Anvisa, a classificação de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes é definida da seguinte forma: PRODUTOS GRAU 1 Fonte: Shutterstock Itens de higiene pessoal, cosméticos e perfumes que se caracterizam por propriedades básicas ou elementares cuja comprovação não seja inicialmente necessária. Além disso, eles não requerem informações detalhadas quanto ao modo ou às restrições de uso devido às suas características intrínsecas. Exemplos : perfumes, colônias, base facial, esmaltes e fortalecedor de unhas. PRODUTOS GRAU 2 Fonte: Robert Przybysz/Shutterstock Itens de higiene pessoal, cosméticos e perfumes com indicações específicas nas formulações que exigem uma comprovação de segurança ou eficácia relativa às suas características, bem como outras informações, cuidados, modo e restrições de uso. Exemplos : bloqueador solar, bronzeador, clareador da pele, condicionador infantil e dentifrício anticárie. Observem que tanto a água oxigenada 10 a 40 volumes (incluindo as cremosas, exceto aquelas de uso medicinal) quanto o produto para alisar ou tingir os cabelos são classificados como produtos grau 2. LEGISLAÇÃO O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) é um órgão de fundamental importância no universo da coloração. Suas análises são feitas por meio do Programa de Análise de Produtos, que não tem caráter de fiscalização ou punição. Fonte: Shutterstock Segundo o Inmetro (2020): “ A apresentação dos resultados obtidos nos ensaios realizados em amostras de tinturas para cabelos consiste em uma das etapas do Programa de Análise de Produtos, coordenado pela Diretoria de Avaliação da Conformidade do Inmetro e que tem por objetivos: Prover mecanismos para que o Inmetro mantenha o consumidor brasileiro informado sobre a adequação dos produtos e serviços aos regulamentos e às normas técnicas, contribuindo para que ele faça escolhas mais bem fundamentadas. javascript:void(0) Fornecer subsídios para a indústria nacional melhorar continuamente a qualidade de seus produtos, tornando-a mais competitiva. Tornar o consumidor parte efetiva desse processo de melhoria da qualidade da indústria nacional. Diferenciar os produtos disponíveis no mercado nacional em relação à sua qualidade, tornando a concorrência mais equalizada.” ESCOLHAS MAIS BEM FUNDAMENTADAS São levados em consideração outros atributos do produto além do preço, tornando-o mais consciente de seus direitos e responsabilidades. É necessário, portanto, analisar as amostras. O fato de elas estarem (ou não) de acordo com as especificações contidas em uma norma ou regulamento técnico indica uma tendência do setor em termos de qualidade. Por conta disso, listaremos a seguir uma série de decretos, leis e resoluções da diretoria colegiada emitida, ao longo das décadas, pela União: 1 LEI Nº 6.360/1976 “Dispõe sobre a vigilância sanitária a que ficam sujeitos os medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e correlatos, cosméticos, saneantes e outros produtos, e dá outras providências.” RDC Nº 481/1999 “Estabelece os parâmetros de controle microbiológico para os produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes.” 2 3 RDC Nº 79/2000 “Adota a definição de produtos cosméticos e estabelece normas e procedimentos para registro de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes (para produtos introduzidos no mercado até 14/07/2005).” RDC Nº 250/2004 “Dispõe sobre o período a ser observado para a revalidação do registro do produto.” 4 5 RDC Nº 211/2005 “[Atualiza] as normas e procedimentos constantes da Resolução nº 79, de 28 de agosto de 2000, [compatibilizando] os regulamentos nacionais com os instrumentos harmonizados no âmbito do Mercosul (para produtos introduzidos no mercado após 14/07/2005).” RDC Nº 215/2005 “[Aprova] o regulamento técnico listas de substâncias que os produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes não devem conter, exceto nas condições e com as restrições estabelecidas”, tendo como base os “instrumentos harmonizados no âmbito do Mercosul.” 6 7 RDC Nº 29/2012 “Aprova o regulamento técnico do Mercosul sobre ‘lista de substâncias de ação conservante permitidas para produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes’ e dá outras providências.” DECRETO Nº 8.077/2013 “Regulamenta as condições para o funcionamento de empresas sujeitas ao licenciamento sanitário, e o registro, controle e monitoramento, no âmbito da vigilância sanitária, dos produtos de que trata a Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, e dá outras providências.” 8 9 RDC Nº 288/2019 “Altera a Resolução da Diretoria Colegiada ― RDC nº 7, de 10 de fevereiro de 2015, que dispõe sobre os ‘requisitos técnicos para produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes’.” Publicado pela Anvisa, o Parecer Técnico Nº 1, de 15 de dezembro de 2008, trata do uso de acetato de chumbo em tinturas capilares progressivas. Esse produto, que tinha seu uso permitido e regulamentado até 31 de janeiro de 2006, passou a ser proibido graças a uma normativa do Mercosul. SAIBA MAIS javascript:void(0); Acesse na íntegra as normas estudadas até aqui. Clique em: Decreto nº 8.077/2013 Lei nº 6.360/1976 Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 29/2012 Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 79/2000 Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 211/2005 Resolução da Diretoria Colegiada- RDC nº 215/2005 Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 250/2004 Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 288/2019 Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 481/1999 Neste vídeo, iremos fazer uma breve abordagem sobre o programa de análise do produto. TIPOS DE COLORAÇÕES CAPILARES javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); Fonte: Subbotina Anna/Shutterstock Produtos destinados à transformação capilar, as colorações capilares têm a função de mudar a cor dos cabelos mediante técnicas de aplicação. Para o consumo doméstico e profissional, existem três tipos de colorações capilares com as seguintes classificações: temporárias, semipermanentes e permanentes Nas temporárias, incluem-se as henas (corantes naturais) provenientes dos vegetais na textura de pó, assim como o henê, que, ao contrário da hena, possui corante sintético. Conhecidas como tonalizantes à base de corantes (sintéticos), as semipermanentes tingem as camadas mais externas do cabelo (cutículas) e parte do córtex (interior da fibra). As permanentes são colorações capilares à base de amônia (constituída de pigmentos sintéticos que penetram no córtex do cabelo) misturadas a oxidantes de volumagens específicas para coloração capilar. Trata-se de uma ação oxidativa dos pigmentos naturais do cabelo. Afinal, qual é o tempo de duração desse tipos de colorações capilares? Fonte: Arjan Ard Studio/Shutterstock Tanto a hena quanto o henê precisam ser misturados à água morna para o tingimento dos cabelos. Esse tipo de tingimento é pouco durável, podendo sair dos fios em até seis lavagens. Fonte: ID stock photography/Shutterstock Quanto aos tonalizantes, existem os de textura líquida (prontos para a aplicação imediata) e os que necessitam de emulsão oxidativa (oxigenada a 3%) para a pigmentação dos fios. Assim como a hena, eles têm pouca durabilidade nos fios, podendo permanecer, no máximo, entre 8 e 10 lavagens. Fonte: Dmitry Kalinovsky/Shutterstock As colorações permanentes têm o poder de fazer penetrar seus pigmentos dentro do córtex, região onde se encontram os pigmentos naturais. No processo de coloração, pode ser feita uma mistura da cor (tubo de coloração) mais oxidante – ou seja, água oxigenada – para três tamanhos de volume: 20, para tingimento ou clareamento do cabelo entre 1 e 2 tons; 30, para clareamento de 2 a 3 tons; e, por fim, 40 volumes, para clareamento de 3 a 4. O oxidante promove a oxidação dos pigmentos naturais dentro do córtex, fazendo com que os pigmentos sintéticos sejam revelados. Esse procedimento colore artificialmente o cabelo com uma maior durabilidade (aproximadamente três meses). Fonte: Subbotina Anna/Shutterstock As colorações permanentes têm os seguintes elementos em sua formulação: SUPORTE Referente à textura do produto. Pode ser em gel ou em creme – no segundo caso, mais popular comercialmente. PRECURSORES DE CORANTES Moléculas incolores que, por meio da oxidação dos pigmentos naturais, se transformam em moléculas coloridas em formato linear. AGENTES OXIDANTES Substâncias preservadoras da fórmula do produto dentro do recipiente de coloração (tubo). AMÔNIA Composto químico com as funções de inchaço da fibra capilar, promovendo a abertura das cutículas capilares. Isso permite a liberação do oxigênio contido no oxidante. ESTABILIZANTES Mantêm a estabilidade da cor e a liberação gradativa de oxigênio nos oxidantes. AGENTES COSMÉTICOS Responsáveis pela cosmeticidade do produto. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. COM CABELOS LOIROS, UMA CLIENTE DE MEIA-IDADE DESEJA DISFARÇAR ALGUNS FIOS DE CABELOS BRANCOS. PORÉM, DEVIDO À SUA CONVICÇÃO NATURALISTA, ELA NÃO GOSTARIA QUE FOSSE APLICADO ALGUM PRODUTO INDUSTRIALIZADO, E SIM, DE PREFERÊNCIA, O MAIS NATURAL POSSÍVEL. JÁ SABEMOS QUE HÁ TRÊS CLASSIFICAÇÕES DE COLORAÇÕES. QUAL TIPO DE COLORAÇÃO É A MAIS INDICADA PARA ESSA CLIENTE? A) Coloração tonalizante (semipermanente), contendo pigmentos sintéticos mais emulsão de 10 volumes. B) Coloração permanente à base de amônia, contendo pigmentos sintéticos mais oxidante de 20 volumes. C) Coloração tonalizante líquida (temporária) de aplicação imediata, contendo pigmentos sintéticos. D) Hena: coloração temporária à base de vegetal que, misturada com água, serve para colorir e disfarçar um pequeno percentual de fios brancos. 2. UMA CLIENTE, POR VOLTA DOS 60 ANOS DE IDADE, ESTÁ COM 100% DOS CABELOS BRANCOS E DESEJA TINGI-LOS TOTALMENTE, A PONTO DE NÃO RESTAR SEQUER UM FIO BRANCO. COM ESSE OBJETIVO, ELA SAI À PROCURA DE UM SALÃO DE BELEZA PARA SATISFAZER SEU DESEJO. PENSANDO TECNICAMENTE, QUE TIPO DE COLORAÇÃO O PROFISSIONAL DEVERÁ APLICAR EM SEUS CABELOS? A) Coloração tonalizante líquida (temporária) de aplicação imediata, contendo pigmentos sintéticos, com cobertura parcial dos cabelos brancos. B) Coloração permanente à base de amônia, contendo pigmentos sintéticos e oxidante, com um poder de cobertura de 100% dos cabelos brancos. C) Hena: coloração temporária à base de vegetal que, misturada com água, promove uma cobertura parcial dos fios brancos. D) Coloração tonalizante líquida (temporária) de aplicação imediata, contendo pigmentos sintéticos, com pouca cobertura dos cabelos brancos. GABARITO 1. Com cabelos loiros, uma cliente de meia-idade deseja disfarçar alguns fios de cabelos brancos. Porém, devido à sua convicção naturalista, ela não gostaria que fosse aplicado algum produto industrializado, e sim, de preferência, o mais natural possível. Já sabemos que há três classificações de colorações. Qual tipo de coloração é a mais indicada para essa cliente? A alternativa "D " está correta. Somente uma coloração do tipo permanente, à base de amônia e contendo pigmentos sintéticos, tem condições de colorir 100% dos cabelos brancos. Afinal, em sua mistura oxidante, ela utiliza um produto responsável pela revelação da cor. 2. Uma cliente, por volta dos 60 anos de idade, está com 100% dos cabelos brancos e deseja tingi-los totalmente, a ponto de não restar sequer um fio branco. Com esse objetivo, ela sai à procura de um salão de beleza para satisfazer seu desejo. Pensando tecnicamente, que tipo de coloração o profissional deverá aplicar em seus cabelos? A alternativa "B " está correta. Somente uma coloração do tipo permanente, à base de amônia e contendo pigmentos sintéticos, tem condições de colorir 100% dos cabelos brancos. Afinal, em sua mistura oxidante, ela utiliza um produto responsável pela revelação da cor. Distinguir as cores em Colorimetria capilar com base em seu processo de formação FORMAÇÃO DAS CORES EM COLORIMETRIA Fonte: NeonShot/Shutterstock A Colorimetria é uma ciência que estuda a definição e a catalogação das cores químicas. Ela constitui um método de análise quantitativa baseado na medida das cores. Trata-se de medir e analisar fisicamente a composição de uma cor, englobando os efeitos refletidos em relação à luz natural ou artificial. Fonte: Subbotina Anna/Shutterstock CORES PRIMÁRIAS Únicas, elas não podem ser criadas por meio da mistura de outras. São, portanto, únicas em seu universo. As cores primárias são identificadas como: azul, vermelho e amarelo. Fonte: Shutterstock Na mistura das primárias em partes iguais, percebe-se o aparecimento da cor marrom, que pode, dependendo do desequilíbrio nas partes das cores misturadas entre si, variar de uma tonalidade mais escura para outra mais clara. A TÍTULO DE EXPERIÊNCIA, FAÇAMOS UM LABORATÓRIO PRÁTICO DESSA MISTURA! Escolha uma das Etapas a seguir. PASSO 1 PASSO 2 Utilize tinta guache (cores azul, vermelho e amarela), uma folha de papel A4, um pincel e um copo com água para a limpeza do pincel. Misture na folha A4 as três cores em partes iguais para comprovar o aparecimento da cor marrom. Para obter um resultado de marrom mais claro, basta misturarem quantidades menores as cores azul e vermelho. Já para um marrom muito escuro, deve-se diminuir a quantidade de cor amarela. Fonte: Shutterstock CORES SECUNDÁRIAS OU COMPLEMENTARES São formadas graças às misturas entre duas cores primárias, dando origem às seguintes cores: laranja, violeta e verde. Para comprovarmos isso na prática, aplicaremos o mesmo método utilizado na mistura das primárias. Desse modo, misture as cores conforme descreve a figura a seguir: Fonte: Shutterstock Repare que a figura seguinte mostra dois tipos de mistura: a feita somente entre as cores primárias e outra promovida entre as primárias e as secundárias. O resultado disso é o aparecimento da cor marrom na interseção dos três círculos: Fonte: Shutterstock CORES TERCIÁRIAS E CÍRCULO CROMÁTICO Assim como fizemos para obter as cores secundárias – ou seja, misturando duas primárias –, deveremos realizar outra mistura na obtenção da cor terciária. Desta vez, à primária será juntada uma cor secundária. EXEMPLO Amarelo (cor primária) + verde (cor secundária) = verde-limão (cor terciária). Azul (primária) + violeta (secundária) = azul-arroxeado (terciária). Isso possibilita a criação de cores infinitas, como veremos na imagem a seguir: Fonte: Shutterstock Com a junção das primárias, secundárias e terciárias, forma-se um grupo de cores análogas (complementares) representado pelo que chamamos de círculo cromático. Elas se complementam pela mesma cor de base. As cores azul e verde, por exemplo, possuem a cor amarela como base. Fonte: Shutterstock CORES QUENTES, FRIAS E NEUTRAS As nuances ou os tons de reflexos são luminosidades de tons apresentadas pela ação das cores fundamentais sob a presença de luz. São elas: CORES FRIAS Passam a sensação de frieza mesmo sob a presença de luz. Representadas pelas nuances azul, violeta e verde. CORES QUENTES Dão uma sensação de calor. Representadas pelas nuances vermelho, laranja e amarelo. CORES NEUTRAS Não refletem luminosidade, apresentando uma aparência fosca. Representadas pelas nuances cinza e marrom. Esta figura ilustra algumas dessas cores: Fonte: Shutterstock NEUTRALIZAÇÃO DA COR DE REFLEXO Neutralizar a cor de reflexo equivale a levar determinada tonalidade de cor (reflexo) para outra na cor marrom. Na prática, isso significa que, se o cabelo estiver com uma cor muito quente, ela poderá ser esfriada por meio do processo de neutralização, aplicando-se por cima um tom de reflexo mais frio. Fonte: lithian/Shutterstock Esse processo segue a mesma lógica de neutralização entre as cores primárias e secundárias. Observe a figura adiante: Fonte: Shutterstock ESCALA MONOCROMÁTICA E ESTRELA CROMÁTICA DE TONS DE REFLEXOS Fonte: Subbotina Anna/Shutterstock A escala monocromática refere-se às variações de tonalidades de determinada cor que, misturadas ao preto, tendem a ficar mais escuras. Esse fenômeno é chamado de escala de valor: trata-se da forma subtrativa da intensidade de cor. Quando essas tonalidades são misturadas à cor branca, elas tendem a ficar mais claras. Isso é denominado escala de intensidadeditiva da intensidade da cor. Fonte: Shutterstock Da estrela cromática são extraídas as nuances de reflexos obtidas pelas reflexões de luminosidade dos pigmentos contidos nas cores primárias, secundárias e uma terciária: o acaju (mistura entre azul e laranja). Cada reflexo é enumerado e nomeado da seguinte forma: REFLEXO CINZA derivado de pigmentos azuis; REFLEXO IRISADO derivado de pigmentos violetas; REFLEXO DOURADO derivado de pigmentos amarelos; REFLEXO COBRE derivado de pigmentos alaranjados; REFLEXO ACAJU derivado de pigmentos azuis e alaranjados em partes iguais; REFLEXO VERMELHO derivado de pigmentos avermelhados; REFLEXO MATE OU MARROM derivado de pigmentos esverdeados. Esta figura mostra esses tipos de reflexos: Fonte: Shutterstock Para reforçar seu aprendizado, neste vídeo, trataremos sobre a formação das Cores. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. QUAL FATOR INTERFERE DIRETAMENTE PARA QUE A COR MARROM TENHA UMA INTENSIDADE MAIS CLARA OU MAIS ESCURA? A) A mistura de apenas duas cores primárias em partes iguais. B) A mistura de apenas cores frias em partes iguais. C) Não há necessidade de misturas de cores para se obter a cor marrom. D) O desequilíbrio entre a quantidade das partes das cores primárias a serem misturadas entre si. 2. A MISTURA ENTRE AS CORES PRIMÁRIAS RESULTA EM MAIS TRÊS CORES CHAMADAS DE SECUNDÁRIAS. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA AS CORES SECUNDÁRIAS DECORRENTES DESSA MISTURA E SUAS CARACTERÍSTICAS: A) Cobre, laranja e vermelho – três cores quentes. B) Amarelo-limão, cobre e vermelho – três cores quentes. C) Verde, roxo e laranja – a cor fria é o verde. D) Azul, amarelo e vermelho – a cor fria é o azul. GABARITO 1. Qual fator interfere diretamente para que a cor marrom tenha uma intensidade mais clara ou mais escura? A alternativa "D " está correta. Ao promovermos a mistura das cores primárias em partes iguais, percebemos o aparecimento da cor marrom, que pode variar de um tom mais escuro para outro mais claro. O desequilíbrio entre a quantidade das partes da mistura das três cores primárias produz esse efeito. 2. A mistura entre as cores primárias resulta em mais três cores chamadas de secundárias. Assinale a alternativa que apresenta as cores secundárias decorrentes dessa mistura e suas características: A alternativa "C " está correta. As alternativas A, B e D limitam-se a identificar apenas as cores primárias e terciárias. Reconhecer as cores fundamentais do cabelo e suas tonalidades ORIGEM DA COR DOS CABELOS Geneticamente, a cor natural dos cabelos é sinalizada pela presença de grânulos de pigmentos de melanina produzidos por células de melanócitos, que residem no interior do cabelo (córtex), a partir do bulbo capilar (raiz capilar). A melanina tem como papel principal a coloração da pele e dos cabelos. No cabelo, ela pode ser percebida no córtex, preenchendo-o totalmente de cor. Os cabelos possuem dois tipos de pigmentos: GRANULOSOS OU EUMELANINA Fornecem tonalidades de cores que variam do preto ao castanho claro. São compostos por partículas de cores azul, vermelha e amarela. Costumam ser grandes e dissolvem-se facilmente, estando mais próximos das extremidades do córtex. Quanto maior for a concentração de pigmentos azuis e vermelhos, mais escuro será o cabelo. DIFUSOS OU FEUMELANINA Dão tonalidades mais claras, variando do loiro escuro ao loiro extraclaro. Compostos por mais partículas de cor amarela que azuis e vermelhas, eles costumam ser bem menores que os granulosos. Em sua organização dentro do córtex, encontram-se separados entre si e mais afastados das extremidades das cutículas. CORES FUNDAMENTAIS DO CABELO Fonte: Olena Yakobchuk/Shutterstock As cores fundamentais referem-se aos tons naturais, de base, responsáveis por determinar a cor genética dos cabelos de cada indivíduo. Elas são classificadas e numeradas por meio de uma escala universal chamada de escala de altura de tom. Nessa escala, é estabelecida uma numeração das 10 cores fundamentais (bases), em que cada número corresponde a determinada cor. Ela também serve para determinar o quanto uma cor é mais escura ou mais clara que outra. Para entendermos isso melhor, observaremos a figura a seguir: Fonte: Shutterstock Do lado esquerdo, vemos a disposição numérica da escala de altura de tom, que enumera cada uma das cores. Ela começa de cima para baixo: da altura de tom nº 1 (preto) à de tom nº 10 (louro claríssimo). Do lado direito, de cima para baixo, percebe-se a existência de outra escala. Apresentada na cor vermelho-magenta, ela passa por variações de vermelho mais claro, alaranjado e alaranjado-amarelo, até finalizar em um amarelo bem claro. Nesta escala de fundo de clareamento, cada uma das cores expostas possui uma correlação com as de altura de tom. Essas cores de fundode clareamento são ocultas, pois só estarão visíveis quando o cabelo sofrer algum tipo de clareamento – seja ele natural ou artificial. Nesse processo, a fibra capilar perde desde os pigmentos azuis até os vermelhos. Em seguida, é a vez dos alaranjados, restando apenas os amarelos bem claros. Para vivenciarmos a experiência do clareamento natural dos fios, basta lembrarmos que, em exposição constante ao sol, os cabelos são sensivelmente clareados pela ação do ar (oxigênio) e dos raios solares UV e UVB. Essa combinação dos dois fenômenos promove a abertura das cutículas dos cabelos, expondo seus pigmentos e deixando-os vulneráveis à oxidação (perda de pigmentos). Neste momento, conseguimos perceber as variações de cores que aparecem na escala de fundo de clareamento. EXEMPLO Quando expostos muito tempo ao sol, os cabelos pretos ficam levemente avermelhados. Já os castanhos se revelam levemente dourados. No caso do clareamento artificial, certos elementos químicos proporcionam a ação de abertura das cutículas do cabelo para que eles possam oxidar os pigmentos. Tais elementos são o descolorante e a água oxigenada (oxidante), fazendo – com a ajuda do tempo de exposição dos produtos – com que a fibra capilar clareie até o ponto máximo em que o cabelo permite ser clareado, ou seja, de acordo com sua resistência. Para o clareamento menos intenso dos fios, recomenda-se um menor tempo de exposição desses elementos químicos; já para um mais intenso, obviamente é necessário um tempo maior. No clareamento artificial, não só os pigmentos naturais podem ser clareados, mas também os artificiais (coloração cosmética). TABELA DE CORES Abordaremos as variações de intensidade de cor em relação às suas tonalidades: cinzas, marrons frios e quentes, vermelhos, acajus e cobres. Todos esses tons são representados por chumaços de fios sintéticos coloridos artificialmente, como aponta a figura a seguir: Fonte: Shutterstock Na leitura técnica dessa numeração, o primeiro número escrito antes do ponto indica o tom de base da cor; o escrito após o ponto, a nuance de reflexo dela. A mistura do tom de base com a nuance de reflexo é chamada de cor fantasia. Katrina Brown/Shutterstock TONS BÁSICOS OU FUNDAMENTAIS Os tons básicos ou fundamentais referem-se às cores naturais descritas na tabela de escala de altura de tom. Como já sabemos, são os tons de cor característicos da genética de cada indivíduo (cores básicas). Dependendo da marca da coloração, essa numeração pode vir acrescentada de um ponto (. ) e do número 0 (zero) ou ser representada somente por um número principal. Analisemos seu funcionamento: Fonte: Casther/Shutterstock 1. 0 – Preto 2. 0 – Castanho-escuríssimo 3. 0 – Castanho-escuro 4. 0 – Castanho ou castanho-médio 5. 0 – Castanho-claro 6. 0 – Louro-escuro 7. 0 – Louro-médio 8. 0 – Louro-claro 9. 0 – Louro-claríssimo 10. 0 – Louro extraclaro Vamos ler a cor 8. 0 . O número 8 indica ser uma cor de base ou fundamental louro-claro. TONS SECUNDÁRIOS – NUANCES OU CORES FANTASIA As nuances descritas na numeração de uma coloração servem para identificar a cor dos reflexos sobre os tons de base. EXEMPLO Leiamos a cor 6.3. O número 6 representa a cor de base louro-escuro. Em seguida, após o ponto, o número 3 aponta o reflexo principal da cor. Neste caso, trata-se de uma nuance de reflexo dourada. Lendo a cor por inteiro, temos, portanto, 6.3 = louro-escuro. Fonte: Neyman Kseniya/Shutterstock A indústria cosmética possibilita a criação de uma infinidade de cores fantasia a partir da inclusão de variados tons de nuances de reflexos. Dessa forma, ao se acrescentar, além do principal, um reflexo secundário, permite-se a criação de outra cor. EXEMPLO Vamos ler a cor 6.31 Temos: 6 (louro-escuro); após o ponto, 3 (nuance dourada) acrescentado de 1 (nuance cinza) = louro-escuro-dourado-acinzentado. A cor 6.13, desse modo, corresponde ao louro-escuro-acinzentado-dourado. Fonte: Shutterstock No primeiro exemplo, a cor 6.3 representa um louro-dourado. No segundo, 6.31 indica um louro menos dourado, pois o reflexo cinza secundário esfria um pouco a intensidade da cor. A cor 6.13 é mais fria que a 6.31, pois tem como reflexo principal a nuance cinza, esfriando a secundária dourada. Para auxiliar na sua aprendizagem, apresentaremos neste vídeo, definições importantes sobre Tonalidades e Nuances. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. NO ESTUDO SOBRE A ORIGEM DA COR DOS CABELOS, UM ALUNO AINDA TEM DÚVIDAS RELATIVAS À DIFERENÇA ENTRE OS TIPOS DE PIGMENTOS E ÀS SUAS FUNÇÕES. SOBRE O ASSUNTO, É CORRETO AFIRMAR QUE: . A) Geneticamente , a cor natural dos cabelos é sinalizada pela presença de grânulos de pigmentos de melanina. B) A melanina tem como papel principal a coloração da pele e do cabelo. C) No cabelo, a melanina pode ser percebida ao longo do córtex. D) Os pigmentos granulosos dão aos cabelos tons mais escuros, como o preto, e aos pigmentos difusos, tons mais claros, como o louro-claro. 2. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA, DE FORMA CORRETA, A DIFERENÇA ENTRE A ESCALA DE ALTURA DE TOM E A TABELA DE CORES: A) A escala de altura de tom indica a cor fundamental (base) do cabelo de determinada pessoa, enquanto a tabela de cores serve para as ilustrar. B) Na escala de altura de tom, é estabelecida uma numeração de 10 cores fundamentais (bases), enquanto existem, na tabela de cores, as cores fantasia. C) A escala de altura de tom identifica as cores fundamentais dos cabelos de cada indivíduo, enquanto a tabela de cores inclui tanto essas básicas quanto as cores fantasia de acordo com os tipos de nuances de reflexos. D) A tabela de cores indica as nuances de reflexos. GABARITO 1. No estudo sobre a origem da cor dos cabelos, um aluno ainda tem dúvidas relativas à diferença entre os tipos de pigmentos e às suas funções. Sobre o assunto, é correto afirmar que: . A alternativa "D " está correta. Cada um dos pigmentos (granulosos e difusos) age na formação das cores dos cabelos e em suas tonalidades 2. Assinale a alternativa que apresenta, de forma correta, a diferença entre a escala de altura de tom e a tabela de cores: A alternativa "C " está correta. Tanto a escala de altura de tom quanto a tabela de cores são instrumentos para a demonstração das cores. CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS O mercado de beleza, estética e cosméticos está bastante aquecido e cresce a cada ano, apresentando uma infinidade de produtos destinados ao embelezamento capilar. Por isso, seus profissionais devem buscar uma capacitação e ficar atentos às normas, às eis e às regulamentações nacionais da área. Assim como existe uma diversidade de marcas e produtos, há muitos profissionais no mercado nacional atuando nesse ramo. Portanto, entender a formação das cores na Colorimetria capilar é fundamental. A partir desse conhecimento, é possível agregar novos conceitos e novas técnicas desse universo, bem como aproveitar muitas oportunidades de trabalho. AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS BRASIL. Anvisa. Parecer Técnico Nº 1, de 15 de dezembro de 2008. Utilização de acetato de chumbo em tinturas capilares progressivas. BRASIL. Decreto nº 8.077/2013. Regulamenta as condições para o funcionamento de empresas sujeitas ao licenciamento sanitário, e o registro, controle e monitoramento, no âmbito da vigilância sanitária, dos produtos de que trata a Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, e dá outras providências. Publicado em: 14 ago. 2013. BRASIL. Lei nº 6.360/1976. Dispõe sobre a vigilância sanitária a que ficam sujeitos os medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e correlatos, cosméticos, saneantes e outros produtos, e dá outras providências. Publicado em: 23 set. 1976. BRASIL. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 29/2012. Publicado em: 1. jun. 2012. BRASIL. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 79/2000. Publicado em: 25 ago. 2000. BRASIL. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 211/2005.Publicado em: 14 jul. 2005. BRASIL. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 215/2005. Publicado 25 jul. 2005. BRASIL. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 250/2004. Publicado em: 20 out. 2018. BRASIL. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 288/2019. Publicado em: 4 jun. 2019. BRASIL. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 481/1999. Publicado em: 23 set. 1999. INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA. Tinturas para cabelos. Consultado em meio eletrônico em: 22 jun. 2020. JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Coogan, 2015. PEREIRA, M. J. Propedêutica das doenças dos cabelos e do couro cabeludo. 1. ed. São Paulo: Atheneu, 2001. SALLUM, J. M. C. Guia para avaliação de segurança de produtos cosméticos SHUEELLER, R.; ROMANOWSKI, P. Iniciação à química cosmética. v. 2. São Paulo: Tecnopress, 2002. EXPLORE+ Pesquise na internet e acesse o portal da Anvisa. Pesquise no YouTube para assistir ao seguinte vídeo: Cores - o essencial que você deve saber – parte 1. Produção: Bárbara Bueno. Publicado em: 19 jan. 2018. CONTEUDISTA Gustavo Francisco Barbosa CURRÍCULO LATTES javascript:void(0);
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