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1 Melina Tavares 
INFECTOLOGIA 
DR. PABLO PITA – 10/08/2021 
• A sífilis é uma infecção bacteriana sistêmica, de 
evolução crônica 
• Quando não tratada progride ao longo de muitos 
anos – MUITOS ANOS PRA VOCE TER O 
ACOMETIMENTO GRAVE! 
• TEMOS A CLASSIFFICA ÇÃO SINTOMATICA (sífilis 
primária, secundária e terciária.) E 
ASSINTOMATICA (Classificada em latente recente 
e latente tardia) 
• Sinonímia - Lues, cancro duro, lues venérea, si 
lose, mal venéreo. 
• Agente etiológico: O T. pallidum é uma bactéria 
gram-negativa, do grupo das espiroquetas, de alta 
patogenicidade 
• Reservatório - O homem é o único reservatório. 
Modo de Transmissão: 
- Pode ser sexual, vertical ou sanguíneo. 
- A transmissão vertical pode ocorrer durante toda a 
gestação, resultando, muitas vezes, em graves danos para 
o feto ou para a criança. 
- A transmissão sexual é a maior. Lembrar que o 
preservativo não é 100%! pois através contato pele com 
pele você pode inocular o treponema, porque nem sempre 
a lesão estará no corpo do pênis. 
Período de incubação: 
- De 10 a 90 dias - média de 21 dias a partir do contato 
sexual (apresentação do cancro duro – lesão primaria) 
- Período de incubação é quando entro em contato com a 
doença X quando vou apresentar os sintomas! Nem sempre 
começa pela fase cancroide, as vezes posso ter contato e 
pular para a fase latente, que não tem sintoma! 
- é quando eu diagnostico e não tenho fase anterior! É uma 
coisa retrospectiva, a gente define uma coisa passada pela 
clínica atual. 
Período de Transmissibilidade: 
- Quanto mais lesão ativa + treponema + transmissibilidade 
- A transmissibilidade da sífilis adquirida requer a presença 
de lesões. O contágio é maior nos estágios iniciais da 
infecção, sendo reduzido gradativamente à medida que 
ocorre a progressão da doença. 
- No entanto, essas lesões são pouco sintomáticas e passam 
despercebidas na maioria dos casos. 
- Em gestantes, a sífilis pode ser transmitida para o feto 
(transmissão vertical) por via transplacentária, em 
qualquer fase da gestação: média de 100% na fase 
primária, 90% na fase secundária e 30% na fase latente 
Características: 
- Suscetibilidade, Vulnerabilidade e 
imunidade: anticorpos são sempre 
produzidos IGG e IGM 
 
Mas não são eficazes para evitar 
novas infecções!! Não são capazes 
de definir se a doença está ativa ou 
não e não são capazes de neutralizar 
a doença 
Sempre que exposto poderá adquirir novamente!!! 
Manifestação clínica e Classificação 
VAMOS DIVIDIR EM: 
Latente (precoce / tardia) X Sintomática - 1a. 2a. 3a. 
ATENÇAO 
➔ NÃO CONFUNDA AS FASES 
➔ MESMO QUE SEJA A MESMA PRESCRIÇAO, CADA 
FASE É UM TRATAMENTO 
➔ NÃO EXISTE: “TRATAR COMO PRIMÁRIA, OU 
TERCIÁRIA” 
Vamos separar em dois blocos: SINTOMATICA E 
ASSINTOMATICA!! 
 
 
2 Melina Tavares 
INFECTOLOGIA 
Sintomática 
-PRIMARIA→ É O CANCRO 
DURO!--> pode estar em 
qualquer parte do corpo 
CARACTERIZA A FASE 
PRIMARIA ➔ÚNICA + INDOLOR + ULCERADA (BORDAS 
ELEVADAS) 
- Mácula ou pápula vermelha escura que progride 
rapidamente para uma ulceração. 
Tamanho (0,5 a 2,0cm) em uma a duas semanas até a 
típica lesão ulcerada, com eritema em seu entorno, 
indolor**, com bordos endurecidos, bem delimitados, 
eritema e fundo liso e brilhante. 
**Sendo indolor, pode passar despercebida!! 
-Pode estar em região de glande, no sulco balanoprepucial, 
colo uterino, vulvar, perineal... 
- Geralmente é único, podendo ocorrer lesões múltiplas 
que diferem na aparência clínica. 
 - De 2 a 6 semanas e 
desaparece com ou sem 
tratamento. 
- Nas mulheres, a fase primária 
é de difícil diagnóstico clínico, 
porque as lesões podem estar 
dentro da vagina e não serem 
vistas 
- LOCALIZAÇOES EXTRA-GENITAIS 
É UMA DOENÇA DE ATENÇAO PRIMARIA, QUEM TRATA É O 
MEDICO GENERALISTA (DO POSTO) 
Aqui temos dois caminhos: TRATAR OU NÃO TRATAR – 
AUTOLIMITADA 
Obs=> so aparece 1x por contato. Mas, se eu tenho contato de novo, eu 
tenho primaria de novo e trato novamente como primaria !! 
Nem sempre ela some mais rapido com o tratamento 
- SÍFILIS SECUNDÁRIA 
- Pode Surgir na vigência da primária ou eu posso abrir o 
quadro diretamente 
- Normalmente após regressão do cancro ( de 6 a 8 
semanas após a lesão primária) 
-Suas manifestações duram, em média, entre 4 e 12 
semanas. AUTOLIMITADA – mas geralmente é tratada pq 
o paciente percebe a lesão e procura serviço de saude 
-CARACTERISTICAS: acometimento dermatológico: 
maculas e pápulas pouco pruriginosas com acometimento 
em todo o corpo! LESAO PALMOPLANTAR NÃO ULCERADA, 
HIPERCROMICA, DISSEMINADAS POR TODO O CORPO 
(obs: ao fim da fase primaria pode surgir a secundaria, podendo haver algum 
momento que tenho primaria e secundaria, mas o professor nunca viu...) 
- Marcada pela disseminação dos treponemas pelo 
organismo. 
- As lesões são constituídas por pápulas palmo-plantares, 
placas mucosas, poliadenopatia generalizada, alopecia em 
clareira, madarose e condilomas planos. 
- Roséola sifilítica: Lesões eritemato-róseas, disseminadas, 
em geral não pruriginosas e levemente descamativas 
"Colarete de Biet” - com 
acometimento palmoplantar 
=>(Base eritematosa e 
discretamente descamativa! É 
NÃO ULCERADA- é quando a 
roséola sifilítica se descama) 
- As lesões dessa fase desaparecem independentemente de 
tratamento, e aproximadamente 25% dos pacientes 
podem apresentar recrudescimento. 
- CONDILOMA PLANO: placas de 1 ou 2cm, brancas e 
úmidas (maceradas, nas áreas de dobras, principalmente 
persianas e vulvares, mas também axilas → PLACA 
ESBRANQUIÇADA QUE SE DISSEMINA PELO TECIDO E 
PODEM ATINGIR TAMANHOS DE 5 A 10CM, 
NORMALMENTE O TTO É CIRÚRGICO, PQ SOMENTE COM 
MEDICAÇÃO NÃO RESOLVE TOTALMENTE!! 
 
 
3 Melina Tavares 
INFECTOLOGIA 
- SÍFILIS TARDIA - SINTOMÁTICA - TÉRCIÁRIA 
- Forma mais grave de 
acometimento 
- 1/3 dos não tratados 
- Até 40 anos de 
evolução da doença 
CARACTERIZA ➔Lesões 
nodulares gomosas com envolvimento de mucosa- GOMA 
SIFILÍTICA 
 - Normalmente Indolor 
- Acomete tecido Subcutâneo, Ósseo e muscular 
- Aortite sifilítica, Aneurisma aórtico, estenose coronariana 
- Insuficiência valvar 
- Tuberculose cutânea - Leishmaniose - cromomicose - 
sarcoidose - esporotricose - tumores 
- ACOMETIMENTO NEUROLÓGICO - PRECOCE OU 
TARDIO→ eu tenho a sífilis terciaria de acometimento 
cutâneo E tenho a neuro sífilis, não é algo aditivo! 
OBS: SE EU TIVER APENAS ACOMPANHAMENTO 
NEUROLOGICO ➔ CLASSIFICO EM TERCIARIA! Não posso 
dizer de cara que é precoce ou tardia! Mas de cara já digo 
que é terciaria; posso ter somente o acometimento 
neurológico e ser uma sífilis terciaria. (ex: idoso com 
demência + VDRL positivo) 
- SÍFILIS NEUROLOGICA - TERCIÁRIA PRECOCE: 
Não há uma definição clara sobre o que é precoce e tardio 
na neurosifilis! Então nunca cobra em prova! So quer que 
saibamos que é terciaria. 
❖ Sífilis meningovascular: 
- ENDARTERITE (inflamação de vasos cerebrais) LEVANDO 
A TROMBOSE VASCULAR 
- Ocorre uma endarterite infecciosa que acomete qualquer 
vaso do SNC, gerando trombose e isquemia. 
- Causam déficits neurológicos que podem ser 
indistinguíveis dos gerados num evento vascular isquêmico 
ou hemorrágico. 
- Os pacientes podem apresentar pródromos, como 
cefaleia, vertigem, insônia e alterações de personalidade. 
❖ Meningite: 
- Ocorre Inflamação difusa das meninges acompanhadas ou 
não por gomas sifilíticas. 
- Cefaleia, febre, náuseas, vômitos, rigidez de nuca, 
neuropatias cranianas (II, VII e VIII nervos) e crises 
convulsivas são comuns no quadro clínico. 
- Já meningomielite e polirradiculopatia, apesar de raras, 
podem surgir também. 
- O acometimento é precoce, muitas vezes após 
tratamento falho de sífilis recente. 
SÍFILIS NEUROLÓGICA - TERCIÁRIA TARDIA 
❖ Tabes Dorsalis: 
 - Sintomas sensoriais iniciais incluem dor e parestesias com 
distribuiçãoradicular. 
- Tardiamente, ocorrem perda da sensibilidade vibratória e 
propriocepção, além de arreflexia. 
- Anormalidades pupilares (pupilas de 
Argyl Robertson-patognomonico), 
atrofia óptica, dores lancinantes, 
ataxia sensitiva, levando à tão famosa 
marcha tabética, e disfunção vesical 
são sintomas clássicos. – REFLEXO 
FOTOMOTOR AUSENTE/ 
CONSENSUAL DE ACOMODAÇÃO PRESENTE! (QR: video 
mostrando o reflexo) 
- Era a manifestação mais comum na era pré-antibiótica. 
Atualmente, pouco menos frequente em nosso meio. Surge 
cerca de 20 anos após infecção inicial não tratada. 
❖ Demência paralítica: 
 - Demência de caráter rapidamente progressivo ou 
crônico. 
- Pode mimetizar qualquer desordem psiquiátrica ou 
apresentar-se apenas como declínio cognitivo. 
- Ao exame neurológico, pode haver sinais de liberação 
frontal, disartria e alterações pupilares. - Na ressonância de 
crânio, há atrofia frontotemporal ou até mesmo pode estar 
normal em casos iniciais. Ocorre 10-30 anos após a infecção 
pelo T. pallidum 
- Sífilis Precoce E Tardia 
- Assintomática 
 
 
4 Melina Tavares 
INFECTOLOGIA 
- LATENTE: NO MOMENTO DA CONSULTA ELE NÃO TEM 
LESAO, SEMANA PASSADA ELE PODE ATÉ TER TIDO, MAS 
MEU DIAGNOSTICO É COM BASE NA CONSULTA ATUAL 
 - Diagnóstico exclusivamente sorológico 
 - Paciente Assintomático 
 - Menos que 2 anos de contágio- PRECOCE 
 - Mais que 2 anos de contágio- TARDIA 
EXEMPLIFICANDO→ SEM LESAO NA HORA DA CONSULTA + VDRL 
POSITIVO + ÚLCERA MÊS PASSADO: SIFILIS LATENTE PRECOCE 
OBS: SE A MINHA EVIDÊNCIA SOROLOGICA É INCERTA O 
PACIENTE É CLASSIFICADO COMO TARDIA 
=> SE NÃO TENHO NENHUMA EVIDÊNCIA QUE COMPROVE 
O TEMPO DE DOENÇA EU VOU SUPOR QUE É TARDIA, E 
TRATAR DE ACORDO COM ESSE DIAGNOSTICO 
 - Tardia 
 – Assintomática 
 - Diagnóstico exclusivamente sorológico 
 - Paciente Assintomático 
 - Mais que 2 anos de contágio 
OBS: BAIXA DO SISTEMA IMUNOLOGICO NÃO CAUSA RECIDIVA 
- Sífilis Adquirida 
- Sífilis em Gestante 
- Sífilis Congênita 
→ LEMBRAR QUE É DE NOTIFICAÇÃO COMPULSORIA 
- SÍFILIS PRIMÁRIA OU CANCRO DURO 
- Pesquisa de treponema em campo escuro 
- Histopatológico 
- Quadro clínico é útil na indisponibilidade dos exames 
- Exames sorológico não positivam, de forma precoce, no 
início do quadro o que pode dificultar o diagnóstico e o 
tratamento correto. 
 VDRL - 4 a 5 semanas após a infecção →NÃO 
TEPONEMICO → ACOMPANHAMENTO 
 FTA-ABS - 3 semana após a infecção→ 
TREPONEMICO → POSITIVO → DIAGNOSTICO 
- OUTRAS FASES – TESTES não específicos 
- TESTES DE Triagem 
- TESTES NÃO TREPONÊMICOS 
 - VDRL (Veneral Disease Research Laboratory) 
o mais utilizado 
o negativo no início e pode ser negativo 
tardiamente! Talvez negative com o 
tratamento. 
o seu resultado é em titulações (1:_), quanto 
maior a titulação, maior a quantidade de 
anticorpos. 
o Consideramos uma doença positiva quando o 
denominador é >8. 
o Denominadores menores/iguais do que 4, tem 
indicação de pesquisa de diagnostico 
diferencial, porém, se eu não tenho outro 
diagnostico, abaixo de 1:8 é diagnostico de 
sífilis! 
o Ex: paciente chegou com titulação 1:1, pergunta se já tratou 
sífilis, já fez teste, próximo passo, precisamos confirmar, 
pedindo o teste treponemico! (FTA- Abs ou o teste rapido) 
 
 - RPR (Reagina Plasmática Rápida) 
 
- Úteis, Baratos, Rapidos 
- Não são específicos 
-Diagnostico diferencial: Hanseníase virchowiana, Doença 
de Lyme, HTLV-1, Malária, Tuberculose e outras, Reação 
Cruzada → LOGO, se a titulação do VDRL deu <1:8 temos obrigação 
de pesquisar essas doenças 
- OUTRAS FASES - ESPECÍFICOS 
=> DETERMINAM A SIFILIS, MAS NÃO QUANDO 
ACONTECEU, não sendo bom para acompanhamento! 
- TESTES TREPONÊMICOS: sempre vai ser positivo, não 
sendo bom para acompanhamento! Positivo eu tive a 
doença, negativo nunca tive. Mas é agora ou de uma 
doença que já tratei? Serve para diagnosticar e não para 
acompanhar!!!!!! 
Uma pessoa que teve sifilis SEMPRE vai ter o teste 
treponemico positivo! 
Diagnostico de Certeza = FTA-Abs e TESTE RAPIDO! 
 
 
5 Melina Tavares 
INFECTOLOGIA 
- FTA- Abs - (Fluorescent Treponemal Antibody - 
Absorption test) 
- TPHA - Ensaio de Hemaglutinação de T. pallidum 
- MHA-TP - Reação de micro-hemaglutinação 
- ELISA - Confirmatorios - Ajudam a definir casos 
complexo → TESTE RAPIDO 
 TESTES TREPONEMICOS = SEMPRE POSITIVOS, O 
RESTO DA VIDA 
 TESTES NÃO TREPONEMICOS = É POSITIVO NO 
INICIO E PODE SER NEGATIVO TARDAIMENTE; 
POSSO PERDER O TITULOS. NAS PRIMARIAS, 
SECUNDARIAS E LATENTES, ELE TENDE A SER 
POSITIVO. 
 
 *VDRL = TITULO REAGENTE PODE SER CICATRIZ 
NÃO REAGENTE E NÃO REAGENTE = se tem duvida, repete com 
30 dias 
É CURATIVO
Penicilina Benzatina - Ainda é a droga de Escolha 
- Doses Altas 
- Varia conforma a FASE evolutiva 
- diminui 4x a titulação, é uma progressão geométrica! (ex: 
1028 →257) 
-Protocolo de dessenssibilização 
PRESCRIÇÃO 
- 1ª, 2ª, LATENTE PRECOCE 
 2,4 milhões UI P. dose única 
 
- 3ª, LATENTE TARDIA – 
 TOTAL : 7,2 milhões UI P. Benzatina 
 divididos em 3 tomadas de 2,4mi durante 3 
semanas 
 presc: 
 1amp de 1,2 – em cada glúteo - por semana/ 
durante 3 semanas 
- NeuroLues (Neurossífilis) 
 P. Cristalina 4 milhões UI EV de 4/4h por 14 dias 
 7,2 milhões UI P. Benzatina divididos em 3 tomadas 
de 2,4m 
O que pode ocorrer é que eu trato a sifilis sitemica e 
treponemas do sistema nervoso central caem na 
circulação. Se o paciente não teve mais contato com 
ninguém com sifilis e fez o tto correto, podemos estar 
diante da NEUROSSIFILIS, devemos então pesquisar atraves 
do LCR e VDRL 
TR ou 
 FTA-Abs 
VDRL 
 
 
6 Melina Tavares 
INFECTOLOGIA 
AO FINAL DO TTO DA NEUROSSIFILIS, EU PROPONHO O 
TRATAMETO DA SIFILIS SISTEMICA. 
- Doença com tratamento efetivo 
- Droga disponível a população 
- Testagem fácil e barata 
- Números alarmantes 
- 1 milhão de casos de Infecções Sexualmente 
Transmissíveis (IST) por dia, mundialmente. 
- 1 milhão de gestantes por ano em todo o mundo - 300 mil 
mortes fetais e neonatais e colocando em risco de morte 
prematura mais de 200 mil crianças. - Na América Latina e 
Caribe, estima-se que entre 166.000 e 344.000 crianças 
nasçam com sífilis congênita anualmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lyzandra Maria M35 
HIV/AIDS – MANEJO CLÍNICO 
 Período de eclipse: É o momento entre a hora em que
ocorreu a infecção e a hora que o RNA viral é
;detectado na corrente sanguínea
 Janela imunológica: É o período entre a hora em que
ocorreu a infecção e o aparecimento de anticorpos no
. Primeiro precisamos que haja exposição aosangue
antígeno, pra que tenha produção de anticorpos e eles
sejam detectados;
 Deve ser sempre considerada naquela abordagem
em relação ao diagnóstico laboratorial da infecção
por HIV: Quando o paciente faz o exame a
sorologia aparece negativa não significa dizer que
ele não está infectado, ele pode estar nesse
período de janela imunológica;
 Por isso, é importante conversar com o paciente e
analisar a última exposição de risco, pois vai ajudar
a decidir se e quando ele vai repetir a realização
das sorologias.
 O período de eclipse sempre será menor que a janela
imunológica: Primeiro detectamos o vírus e depois é
que conseguimos detectar os anticorpos.
OBS: Geralmente, para termos uma segurança maior em 
liberar o paciente após uma exposição sexual ou um 
acidente perfuro-cortante, devemos fazer a sorologia no 
momento em que houve a exposição, repetir 30 dias 
(3 meses depois e repetir novamente 90 dias depois 
depois). A sorologia de 30 dias depois estando negativa já 
nos dá uma segurança de quase 100% de que o indivíduo 
não foi contaminado. A de 3 meses depois serve 
realmente pra dar alta ao paciente com mais segurança, 
caso o exame esteja negativo. 
DÚVIDA DA AULA!! Quando eu diagnostico HIVpelos 
testes rápidos, já solicito carga viral, contagem de TCD4 e 
W.Bolt? Ou quem faz isso é o especialista? Atualmente, a
grande maioria dos pacientes que são acompanhados por
soropositividade é acompanhada na atenção secundária,
geralmente, SAE (Serviço de Atendimento Especializado).
Em Juazeiro do Norte e em outras cidades, existe o LACEN
que fornece assistência gratuita a diversas patologias,
inclusive a pacientes soropositivos e realiza carga viral e
contagem de TCD4 conforme a solicitação de alguns
profissionais cadastrados. Então na prática, geralmente, 
após o diagnóstico, o paciente é encaminhado e esses 
exames são solicitados em uma área específica, por um 
médico que presta serviço pra esse local. Em alguns 
lugares, como em algumas UBS de Fortaleza 
(pouquíssimas), alguns profissionais da própria atenção 
primária são capacitados para o manejo de pacientes 
soropositivos e são autorizados a solicitar esses exames 
pelo SUS. No entanto, no geral, na grande maioria o que 
acontece é o encaminhamento ao serviço 
especializado/atenção secundária. No setor privado, o 
próprio médico que faz o atendimento pode solicitar esses 
exames em laboratório particular e depois encaminhar ao 
especialista. 
CASO CLÍNICO 1 
Paciente masculino, 25 anos de idade, com história de 
febre, mialgia, cefaleia e faringite há ± 10 dias. Evoluiu 
com rash cutâneo no 3º dia de doença. Está em uso de 
paracetamol, sem melhora. Nega outros sintomas. Refere 
relação desprotegida com parceira desconhecida há 1 
mês. 
Ao exame físico chama atenção adenopatia cervical 
bilateral indolor. Temperatura de 37,5°C. Demais 
aparelhos sem achados relevantes. 
Qual a melhor conduta para este paciente? 
a) Solicitar sorologia para dengue, chikungunya e HIV;
b) Solicitar PCR quantitativo para HIV;
c) Iniciar terapia antirretroviral;
d) Tratar com sintomáticos (paracetamol) e solicitar
sorologia anti-HIV após 3 meses;
e) Realmente não sei o que fazer.
DÚVIDA DA AULA!! Poderíamos descartar a dengue já 
que o rash cutâneo só aparece em torno de 6 dias após 
Lesões maculopapulares em 
face e tronco. É um rash que 
lembra muito a dengue, 
avermelhado e pontilhado. 
 
Lyzandra Maria M35 
 
início dos sintomas? A clínica é parecida com a clínica da 
dengue. Notamos algumas diferenças inicialmente no 
tempo de doença, já são 10 dias de febre e a febre na 
dengue, geralmente, não ultrapassa 7 dias (embora alguns 
pacientes com dengue, no final da primeira semana, 
possam evoluir com uma infecção bacteriana secundária, 
como ITU e pneumonia, por exemplo). Na chikungunya a 
febre também duro pouco tempo, geralmente, 3 dias. O 
rash da dengue pode ser em qualquer momento, precoce, 
tardio, no meio.. Não existe uma regra, existe o mais 
frequente que é no fim da doença (em torno de 5 dias). O 
linfonodo também pode aparecer na dengue, mas não é 
esperada. 
OBS: Quando “descarto” a doença ou acho um sintoma 
“não comum” não posso deixar de investigar, 
principalmente na infectologia, que quanto maior o 
diagnóstico diferencial, maior é a probabilidade de dar o 
diagnóstico correto. 
ENTÃO.. Com esses sintomas descritos, além de dengue 
e chikungunya, no que mais eu posso pensar? 
Toxoplasmose, mononucleose infecciosa (Epstein-Barr), 
síndrome mono-like (citomegalovírus), sífilis secundária, 
entre outros. 
OBS: Pensei em Epstein-Barr, preciso pensar também em 
citomegalovírus. 
ENTÃO.. Que relação teria entre essa apresentação 
clínica e o vírus HIV? A sífilis e a tuberculose possuem 
muita incidência em pacientes acometidos pelo HIV. A 
toxoplasmose, nessa perspectiva clínica do paciente em 
questão, é uma toxoplasmose linfadenítica que não possui 
incidência maior em pacientes com HIV (a 
neurotoxoplasmose que é maior em pacientes 
soropositivos). 
SUSPEITA DIAGNÓSTICA 
Infecção retroviral aguda: É uma doença semelhante a 
todo o leque de diagnósticos diferenciais discutidos 
anteriormente; 
 Atendendo numa urgência, numa UBS, num 
consultório ou em qualquer lugar em que eu atenda 
uma e síndrome febril que me leve a pensar em algum 
, devo pensar também em dos diagnósticos diferenciais
infecção aguda pelo HIV; 
 Atualmente a conseguimos diagnosticar muito pouco 
infecção aguda pelo HIV porque as pessoas que pegam 
o HIV, nas primeiras semanas que é quando surge esse 
quadro clínico, procuram o atendimento médico, mas 
, acabam sendo diagnosticadas com outra doença
como dengue ou outros diagnósticos diferenciais. 
 
Figura 1: Gráfico da história natural da infecção pelo HIV. 
A linha preta representa a contagem de linfócitos TCD4, a 
linha cinza representa a carga viral (o quanto de vírus tem 
no sangue do indivíduo) e embaixo nós temos a contagem 
de semanas e anos. 
 A seta indica exatamente o momento em que ocorreu 
a infecção pelo HIV; 
 No tempo 0: O indivíduo tem a contagem de linfócitos 
TCD4 acima de 1000; 
 A partir do momento em que a pessoa pega o HIV a 
(linha cinza) : Nas primeiras carga viral começa a subir
semanas de infecção, grande parte dos infectados 
manifestações clínicas; 
 50 a 90% das pessoas infectadas vão apresentar essas 
manifestações, que não chamamos de AIDS e sim de 
infecção aguda pelo retrovírus ou síndrome retroviral 
aguda; 
DÚVIDA DA AULA!! Então a infecção retroviral aguda 
seria uma co-infecção? Não. A infecção aguda pelo HIV é 
uma apresentação clínica/uma fase que faz parte da 
. Já a co-infecção é nos história natural da infecção por ele
 
Lyzandra Maria M35 
 
casos onde o indivíduo apresenta 2 agentes infecciosos ao 
mesmo tempo. Na história natural a pessoa está infectada 
apenas pelo HIV: Teve uma relação sexual, se infectou 
pelo HIV e nas primeiras semanas quando o vírus começa 
a se replicar (a linha cinza do gráfico mostra a carga viral 
subindo) o organismo reconhece aquilo como um agente 
agressor, desencadeando resposta imune celular e 
humoral. 
 Nessa fase de infecção aguda o CD4 cai até encontrar 
; uma zona de equilíbrio
DÚVIDA DA AULA!! Nesse caso, não são duas doenças, 
é a fase aguda que simula outras patologias, mas na 
verdade é uma manifestação clínica aguda do HIV? Isso. 
O paciente chega com um quadro clínico típico de dengue, 
por exemplo, o médico dá diagnóstico de outra patologia, 
manda o paciente pra casa e na verdade o paciente tem 
infecção aguda pelo HIV. Isso ocorre, muitas vezes, porque 
o diagnóstico diferencial é curto, as pessoas pensam 
resumidamente em dengue, chikungunya e esquecem o 
HIV. 
 É importante se atentar pra isso porque se o paciente 
nessa infecção é atendido, diagnosticado com outra 
doença e liberado pra casa pra tomar sintomáticos e 
ficar de repouso, se a infecção for o HIV esse paciente 
pode demorar muitos anos pra descobrir, mesmo já 
tendo tido essa possibilidade de ter um diagnóstico. 
DÚVIDA DA AULA!! Porque a AIDS não começa antes e 
mesmo depois que a carga viral ultrapassa o número de 
linfócitos TCD4 ainda chamamos de período de latência? 
A AIDS é a Síndrome da Imunodeficiência Humana, ou 
seja, do ponto de vista clínico é a ocorrência de inúmeras 
 que não iriam surgir se o indivíduo doenças oportunistas
estivesse com a sua resposta imune normal. São exemplos 
a pneumocistose, sarcoma de Kaposi, toxoplasmose no 
SNC, entre outros. Há um marcador laboratorial que 
consegue dizer com grande segurança para a maioria dos 
pacientes, a partir de que faixa que muitas das doenças 
oportunistas começam a surgir: Esse marcador é a 
. As doenças oportunistas contagem de linfócitos TCD4
clássicas que caracterizam a imunodeficiência aparecem 
quando o CD4 está abaixo de 200. 
 Então observe no gráfico: A linha preta tem uma 
queda na infecção aguda porque o organismo começa 
a brigar com o vírus já que a carga viral está muito alta 
(veja a linha cinza); 
 Porém, uma carga viral alta não significa presença de 
sintomas, a pessoa pode não estar sentindo nada 
(podefazer uma síndrome aguda discreta ou não fazer 
uma síndrome aguda e mesmo assim ter carga viral 
alta); 
 O que vai definir a imunodeficiência não é a 
quantidade de vírus e sim a contagem de linfócitos 
: Após a infecção aguda, o organismo age na TCD4
tentativa de se livrar da doença, faz com que a carga 
viral caia (observe a linha cinza), a contagem de 
linfócitos TCD4 se recupera (linha preta) e o indivíduo 
segue sem sintomas, ativo e saudável; 
 No entanto, a medida que os anos vão passando, o 
CD4 volta a cair progressivamente e a carga viral que 
: Esse havia baixado volta a subir lentamente
processo, até o CD4 chegar na casa de 200, é muito 
, e nesse momento é lento leva em média 8 a 10 anos 
que as doenças oportunistas começam a aparecer; 
IMPORTANTE: Em termos de notificação, passa-se a 
dizer que a pessoa infectada por HIV, além de ser 
soropositiva, está com AIDS quando a contagem de 
(ponto de corte linfócitos TD4 passa a ser menor que 350 
laboratorial) ou quando o paciente apresentar doenças 
 que definem a AIDS. oportunistas
EXEMPLO: Um paciente apresenta contagem de CD4 de 
374 e 2 lesões de sarcoma de Kaposi. Consideramos que 
esse paciente tem AIDS, pois mesmo com a contagem 
acima de 350, o paciente apresenta uma doença 
oportunista. Quando tenho uma discordância entre a 
contagem e a apresentação clínica, se ele possui 
apresentação clínica presente, devemos considerar que 
ele é um indivíduo imunodeprimido e tem AIDS. Da 
mesma forma que se ele não apresenta nenhuma clínica, 
mas sua contagem está abaixo de 350, também devemos 
considerar que o paciente tem AIDS. Só não vai ser AIDS 
quando o paciente não tiver apresentação clínica 
nenhuma e o CD4 estiver maior que 350. 
 
Lyzandra Maria M35 
 
 
Figura 2: Frequência dos sintomas na síndrome retroviral 
aguda. Muito interessante reparar que a frequência de 
rash cutâneo nos pacientes que fazem síndrome retroviral 
aguda é muito maior do que na dengue (apenas 25 a 30% 
dos pacientes com dengue têm rash cutâneo). 
DÚVIDA DA AULA!! Existem pessoas que pegam o HIV e 
não fazem síndrome retroviral aguda? Sim, há pessoas 
que pegam o HIV e entram direto na fase de latência! 
Porém, as estatísticas mostram que a síndrome retroviral 
. Então aguda acomete 50 a 90% dos pacientes infectados
a imensa maioria vai fazer a síndrome retroviral aguda. 
 É : Os sintomas da síndrome retroviral autolimitada
aguda se resolvem espontaneamente (como a dengue, 
por exemplo). 
 
Figura 3: Linfadenopatia generalizada persistente (LGP). 
Notamos na imagem que é bilateral, bem visível à 
inspeção no paciente com síndrome retroviral aguda. O 
que acontece é que a síndrome entra em regressão, os 
sintomas vão embora e o paciente entra na fase de 
latência, ficando totalmente assintomático e, ainda assim, 
transmitindo o vírus. Vai ficar de 8 a 10 anos sem adoecer, 
sem saber que tem o vírus, tendo relações sexuais e 
transmitindo o HIV, já que não houve diagnóstico precoce 
(por isso a doença se disseminou tanto pelo mundo). 
EXAMES 
 RNA viral (PCR): O melhor exame pra dar diagnóstico 
é o PCR, porque nessa na síndrome retroviral aguda 
fase a pessoa ainda está ; soroconvertendo
 Então na ocorrência desses sintomas, a sorologia ainda 
, já que na síndrome retroviral o pode ser negativa
indivíduo ainda está começando a produzir anticorpos. 
VOLTANDO AO CASO 1... 
Qual a melhor conduta para este paciente? 
a) Solicitar sorologia para dengue, chikungunya e HIV; 
 b) Solicitar PCR quantitativo para HIV; 
c) Iniciar terapia antirretroviral; 
d) Tratar com sintomáticos (paracetamol) e solicitar 
sorologia anti-HIV após 3 meses; 
e) Realmente não sei o que fazer. 
A resposta correta seria a letra B. E nesse caso, 
esperaríamos uma . carga viral bastante elevada
Voltando ao gráfico da figura 1 (observando a linha cinza), 
podemos ver que a pessoa que tem a infecção pelo HIV 
terá em 2 momentos da sua vida picos de carga viral: 
 ; O primeiro pico de carga viral é na infecção aguda
 . O segundo pico é se o paciente evoluir para AIDS
OBS: Se a pessoa com síndrome retroviral aguda tem 
relações sexuais, transmite muito mais que a pessoa em 
fase de latência (a carga viral já está baixa aqui). 
 : Muitas vezes, posso não ter acesso ao PCR no Letra A
meu serviço. Nesses casos, solicitando a sorologia pra 
dengue, chikungunya e HIV, o que se espera é que 
ambos venham negativos. Portanto, cabe a atenção, 
se veio tudo negativo e não fechei diagnóstico, não 
posso liberar o paciente mesmo que ele evolua bem e 
com remissão dos sintomas e sim, repetir o anti-HIV 
 
Lyzandra Maria M35 
 
com 30 e 90 dias, pra garantir que não estou diante de 
uma janela imunológica. 
 : Não posso iniciar terapia antirretrovirais sem Letra C
antes fechar diagnóstico; 
 : A prescrição de sintomáticos está correta, Letra D
mas não é adequado repetir o anti-HIV apenas quando 
já tiver passado 3 meses. Até porque se eles só forem 
realizados em 3 meses, a soroconversão não será 
flagrada. O anti-HIV realizado após 30 dias e 
soconvertendo no exame de 3 meses, documento e 
fecho o diagnóstico em síndrome retroviral aguda. 
DÚVIDA DA AULA!! Se com 30 dias o anti-HIV der 
positivo, preciso repetir o exame com 90 dias? Não. Se 
 (por meio de um dos fecho o diagnóstico já com 30 dias
fluxogramas) , o paciente já não preciso repetir com 90
será acompanhado como um paciente soropositivo pra 
HIV. 
DÚVIDA DA AULA!! Quanto tempo dura a síndrome 
retroviral aguda (mesmo sendo autolimitada)? Aparece 
em torno de 2 semanas após a infecção e dura de 2 a 4 
. É um pouco mais demorada que uma dengue semanas
(não pra todo mundo, mas pode acontecer). 
CASO CLÍNICO 2 
Paciente, 35 anos, com história de febre, perda de peso 
(10 kg em 3 meses) e tosse seca há 4 semanas, evoluindo 
para desconforto respiratório e cianose de extremidades. 
Apresenta ausculta respiratória limpa, DHL sérico de 890 e 
infecção por HIV confirmada através de sorologia na 
urgência do hospital. 
 
Ao exame físico apresentou o achado acima: Cavidade oral 
com diversas placas esbranquiçadas. 
 
Na radiografia de tórax apresentava um pulmão 
esbranquiçado. Notou-se um infiltrado intersticial 
(pontilhado) em hemitórax esquerdo que pegava quase 
todo o pulmão, ou seja, do ápice à base. Do lado direito 
viu-se o mesmo infiltrado pegando do terço médio à base. 
Qual a sua conduta nesse momento? 
a) Iniciar anfotericina B; 
b) Iniciar sulfametoxazol-trimetoprim + antirretrovirais; 
c) Iniciar sulfametoxazol-trimetoprim + fluconazol; 
d) Iniciar antirretrovirais com urgência; 
e) Iniciar ceftriaxona + azitromicina. 
DOENÇAS OPORTUNISTAS 
A) CANDIDÍASE ORAL 
Extremamente frequente em pacientes soroconvertidos 
pra HIV com CD4 menor que 200. Aparecimento de placas 
. esbranquiçadas, não dolorosas e não ulceradas
 
Lyzandra Maria M35 
 
 
Figura 4: Candidíase na língua. Bem discreta, algumas 
vezes o paciente pode chegar a perder o paladar porque 
as placas recobrem a língua. 
 
Figura 5: Acometimento amplo da candidíase. Nesse 
paciente, a patologia pega palato duro, palato mole, úvula 
e pilares amigdalianos. Na candidíase, essas placas são 
removíveis . Ao remover as placas, a com uma espátula
, e ao fazer a microscopia podemos base é eritematosa
visualizar a . Candida
 
O TRATAMENTO é feito da seguinte forma: 
 : Quando a candidíase se restringe à cavidade oral
Nistatina; 
 Coloca a nistatina em um copo de , o paciente 5 ml
, e a nistatina; gargareja bochecha engole
 Esse processo deve ser feito de , 4 a 5 vezes ao dia
das placas esbranquiçadas. até o desaparecimento 
 Quando o paciente tem candidíase oral, mas também 
como disfagia, dor tem sintomas esofágicos 
retroesternal e epigastralgia ou quando há uma 
endoscopia mostrando a presença das mesmas placas 
no esôfago: Fluconazol . 150 mg/dia durante 14 dias
 Não adianta tratar esse pacienteapenas com 
estatina; 
 Lembrar que no primeiro dia de tratamento faz 300 
. mg e nos dias posteriores 150 mg
 
B) LEUCOPLASIA PILOSA ORAL 
Também costuma ocorrer em pacientes com CD4 menor 
que 200 
 
Figura 7: Leucoplasia pilosa oral. Diagnóstico diferencial 
importante, essa doença também acomete pacientes com 
AIDS e é semelhante à candidíase. Também é o 
aparecimento de , mas que placas esbranquiçadas
geralmente, quando são causadas pela reativação do 
, são localizadas na e são Epstein-Barr lateral da língua 
, ou seja, aderidas não conseguimos remover com espátula 
(ao contrário da candidíase0. Além disso são finas e 
reticuladas. 
O TRATAMENTO ocorre da seguinte forma: 
 Como é uma reativação do Epstein-Barr, geralmente, 
pra esse não é indicado fazer medicação específica 
vírus: Já que quando o paciente iniciar a terapia 
antirretroviral ele vai ter elevação de CD4 e melhora 
da condição clínica. 
 Com o aumento da contagem de CD4 essas lesões, 
geralmente, . tendem a desaparecer naturalmente
Figura 6: Apresentação de 
candidíase cronificada. 
 
Lyzandra Maria M35 
 
 
C) PNEUMOCISTOSE (PCP) 
Também é uma doença que costuma ocorrer quando o 
CD4 está menor que 200. , a Além do pulmão
pneumocistose dos pode acometer outros órgãos 
pacientes . Sua apresentação imunocomprometidos
clássica é uma , então o indivíduo pneumonia subaguda
começa a ter uma que dura tosse seca persistente 
algumas semanas. 
 
Figura 8: Descrição clássica de um paciente com 
pneumocistose na apresentação pulmonar. O infiltrado é 
, então na maioria das vezes não vou ter intersticial
consolidação com broncograma aéreo. Portanto, a 
radiográfica de tórax de um paciente com pneumocistose 
tende a ser diferente da radiografia de um paciente com 
pneumonia bacteriana comunitária. 
 O , que causa a pneumocistose, Pneumocystis jirovecii
é um que vai induzindo uma resposta fungo
inflamatória que tem como característica clínica mais 
importante a : O paciente hipoxemia progressiva
começa a entrar e muitas em desconforto respiratório 
vezes pulmonar. não há alteração na ausculta 
 Há uma queda na saturação de oxigênio, a pressão 
parcial de oxigênio na gasometria também começa 
a cair e o paciente começa a entrar em 
insuficiência respiratória após algumas semanas; 
 A radiografia evidencia um ; infiltrado intersticial
 : É uma característica importante em DHL alterado
muitos quadros de pneumocistose. 
O TRATAMENTO ocorre da seguinte forma: 
 O tratamento de escolha é: Sulfametoxazol + trime-
toprim (Bactrim é o nome comercial); 
 Ao se deparar com um paciente com o quadro de 
pneumocistose é mandatório iniciar o tratamento 
específico pra doença. 
 
D) SARCOMA DE KAPOSI 
Neoplasia induzida pelo . É uma herpesvírus tipo 8
neoplasia que têm relação específica com um vírus que 
induz a . Também costuma neoproliferação vascular
acontecer com CD4 menor que 200. 
 
 
Figuras 10 e 11: Sarcoma de Kaposi acometendo ponta 
do nariz e pênis (glande, prepúcio e corpo), 
respectivamente. 
Figura 9: Quadro 
típico de sarcoma 
de Kaposi. A prin-
cipal característica 
são esses nódulos 
acastanhados ou 
amarronzados, prin-
cipalmente na pele, 
mas que também 
podem acometer 
linfonodos e outros 
órgãos. 
 
Lyzandra Maria M35 
 
 
Figura 12: Sarcoma de Kaposi acometendo a gengiva. 
Lesão mais localizada. 
 
Figura 13: Sarcoma de Kaposi acometendo a gengiva. 
Lesão bem mais extensa, pegando toda a gengiva 
superior. 
 
Figura 14: Sarcoma de Kaposi com acometimento 
pulmonar. O paciente terá , tosse e alteração de ausculta
fazendo com que o médico pense em um quadro 
infeccioso quando, na verdade, é um quadro neoplásico. 
Esse paciente específico faleceu 1 semana após esta 
radiografia. 
VOLTANDO AO CASO 2... 
Qual a sua conduta nesse momento? 
a) Iniciar anfotericina B; 
b) Iniciar sulfametoxazol-trimetoprim + antirretrovirais; 
 c) Iniciar sulfametoxazol-trimetoprim + fluconazol; 
d) Iniciar antirretrovirais com urgência; 
e) Iniciar ceftriaxona + azitromicina. 
A resposta correta seria a letra C. Dou início ao esquema 
para tratar pneumocistose (sulfametoxazol-trimetoprim) e 
candidíase oral/esofágica (fluconazol). Espero de 2 a 3 
semanas e quando o paciente estabilizar clinicamente é 
que dou início à terapia com antirretrovirais focando em 
melhorar a resposta imune e retirar o paciente dessa 
clínica de AIDS. 
 : Existe um quadro diferente, onde a Letra A
radiografia não mostra acometimento intersticial, com 
consolidação alteração de ausculta e 
hepatoesplenomegalia, que é a histoplasmose. É um 
diagnóstico diferencial, pois também é uma infecção 
fúngica e nesse caso, a anfotericina B seria uma droga 
de escolha; 
 : A parte que diz que usaria sulfametoxazol-Letra B
trimetoprim está certa, pois é droga de escolha pro 
tratamento da pneumocistose. Porém, a TARV, nesse 
. momento, não deve ser iniciada ainda Em pacientes 
, a TARV pode induzir a síndrome com CD4 muito baixo
da reconstituição imune, que acontece em virtude da 
recuperação rápida da produção de citocinas após 
em indivíduos com CD4 muito baixo e iniciar a TARV 
que . Como o paciente já pode piorar o quadro clínico
tem um quadro clínico potencialmente grave, 
podemos piorar o quadro; 
 É uma : Melhora a resposta reação paradoxal
imune e a produção de citocinas, mas piora o 
paciente clinicamente, porque a resposta passa a 
ser exagerada. 
 : O retroviral raramente é uma urgência; Letra D
 Considera o tratamento apenas da pneumonia Letra E: 
comunitária e despreza a principal hipótese que é a 
 
Lyzandra Maria M35 
 
pneumocistose. Geralmente, nesses pacientes faz o 
tratamento pra pneumocistose e associa o tratamento 
, então não está pra pneumonia comunitária
totalmente errada, o maior erro foi não colocar o 
sulfametoxazol pra esse paciente. 
CASO CLÍNICO 3 
T.O.S., 43 anos, encaminhado para o ambulatório de 
infectologia, devido perda de peso, febre há 2 meses e 
astenia. Durante a consulta apresenta sorologias que 
confirmam diagnóstico de infecção pelo HIV. Relata ainda 
que perdeu acuidade visual do olho E. 
 
Aos exames de fundo de olho, destaca-se a presença de 
extensa área de hemorragia retiniana. 
Qual a conduta nesse momento? 
 a) Iniciar ganciclovir; 
b) Iniciar aciclovir; 
c) Encaminhar para a oftalmologista; 
d) Iniciar TARV o mais urgente possível; 
e) Punção ocular para coleta de material e pesquisa de 
agente infeccioso. 
A resposta é a letra A. Essa é uma apresentação clássica 
de RETINITE HEMORRÁGICA POR CMV. Lesões 
 em pacientes soropositivos pra hemorrágicas na retina
HIV (além disso já há síndrome consumptiva) nos devem 
fazer pensar nessa reativação. Vai ocorrer, geralmente, 
em indivíduos que já estão com contagem de CD4 menor 
 que 50. 
O TRATAMENTO de escolha é o ganciclovir, então nesse 
caso, é urgente internar o paciente e iniciar a terapia com 
ganciclovir injetável. Pacientes que possuem atraso nesse 
tratamento correm risco de cursar com cegueira total 
(acomete primeiro a retina de um olho e depois acomete 
do outro). 
 : Aciclovir não cobre CMV; Letra B
 : O prejuízo e o risco de lesão secundária dessa Letra E
coleta são muito grandes. 
OBS: A hemorragia retiniana não é um achado tão 
clássico da toxoplasmose ocular. Pode acontecer, mas 
lesões hemorrágicas não são tão comuns. 
DÚVIDA DA AULA!! O ganciclovir não tem no SUS? 
Tem sim. O programa de AIDS fornece ganciclovir pra 
esses pacientes soropositivos que fazem retinite. Pra esses 
pacientes, consegue. 
DÚVIDA DA AULA!! Nesse caso (referindo-se ao 3), o 
diagnóstico será clínico ou existe algum diagnóstico 
diferencial? É clínico. Na realidade, entram outras 
retinites como diagnóstico diferencial. Se não houver 
resposta ao tratamento, podemos procurar outros 
diagnósticos. Podemos ter retinite por herpes simples, 
toxoplasmose, tuberculose, entre outros, porémnão é 
clássico que essas abram o quadro já com hemorragia. O 
que pode ajudar também nesse diagnóstico, é investigar 
outros sítios que o CMV geralmente acomete, como por 
exemplo o cólon (geralmente são pacientes que possuem 
colite ulcerativa, então uma colonoscopia com biópsia do 
cólon pode ajudar), nesses casos o paciente tem diarreia, 
geralmente. 
OBS: Algumas vezes, os pacientes não fazem hemorragia 
só na retina. Como o CD4 é de 50 e a imunodepressão é 
grave, as vezes eles fazem citomegalovirose disseminada. 
Nesses casos, pode ser que o PCR sérico consiga encontrar 
o vírus e aí daria o diagnóstico etiológico. 
CASO CLÍNICO 4 
R.O.U., 24 anos, deu entrada na urgência do Hospital 
Regional do Cariri em virtude de cefaleia há 2 semanas, 
seguida de hemiparesia à direita, crises convulsivas e 
perda do nível de consciência. 
Foi transferido para a UTI e apresentou 2 testes rápidos 
(de fabricantes diferentes) positivos para HIV. Além disso, 
apresentou a seguinte tomografia de crânio: 
 
Lyzandra Maria M35 
 
 
 
Qual a melhor conduta nesse momento? 
a) Iniciar TARV; 
b) Iniciar tuberculostáticos; 
c) Iniciar antifúngico (Anfotericina B); 
 d) Iniciar sulfadiazina + pirimetamina; 
e) Iniciar ceftriaxona + metronidazol; 
A resposta correta é a letra D. Quadro clínico clássico de 
NEUROTOXOPLASMOSE. É uma das doenças oportunistas 
mais frequentes em pacientes que dão entrada com AIDS. 
O TRATAMENTO de escolha é sulfadiazina 
+pirimetamina. Esses pacientes não podem ter o 
tratamento retardado. Associa ainda o ácido folínico, 
como uma prova de esse esquema de prevenir 
antimicrobianos. 
 : Não iniciamos a TARV concomitante, Letra A
esperamos em torno de 2 semanas também pelo risco 
da síndrome de reconstituição imune; 
 : É frequente em pacientes com AIDS Letra B
tuberculose do SNC, mas essa não é a apresentação 
clínica esperada; 
 : O antifúngico consideramos porque existem Letra C
algumas infecções fúngicas do SNC que fazem 
diagnóstico diferencial como, por exemplo, a 
criptococose/criptococoma; 
 : Cobertura que visa tratar abcesso cerebral de Letra E
origem comunitária. É um diagnóstico diferencial 
importante pra patologia em questão, mas 
geralmente, não tem o realce anelar. Caso não haja 
resposta após o tratamento pra neurotoxoplasmose, é 
que posso cogitar investigar um abcesso cerebral e 
outras patologias. 
OBS: A neoplasia do SNC mais frequente em pacientes 
com AIDS é o linfoma primário de SNC. Então pode 
acontecer do paciente abrir um quadro com o linfoma e 
ele abcedar. 
INFECÇÕES OPORTUNISTAS 
Existem 3 grandes agentes causadores de diarreia crônica 
em pacientes imunodeprimidos, que são: 
 Cryptosporidium; 
 Isospora beli; 
 Microsporidium. 
RETINOPATIA, NEFROPATIA E ENCEFALOPATIA 
POR HIV 
 
Tomografia de crâ-
nio sem contraste 
com lesão hipoden-
sa. 
Após a injeção de 
contraste, visualiza-
mos essa lesão 
chamada de SINAL 
DO ANEL, que é uma 
impregnação anelar 
da área onde há 
acometimento. 
 
Lyzandra Maria M35 
 
O HIV também é um teciduais e causador direto de lesões 
não apenas um intermediário para doenças oportunistas! 
Pode causar RETINITE, que nesse caso não é marcada por 
áreas hemorrágica e sim por como áreas pálidas 
visualizamos na figura acima. 
Além do acometimento ocular, também posso destacar: 
NEFROPATIA e ENCEFALOPATIA, que são apresentações 
comuns do acometimento pelo HIV. 
OBS: O HIV pode ainda, induzir insuficiência renal, mesmo 
que o paciente tenha CD4 normal, por conta da lesão 
direta do HIV no rim. 
OBS: A encefalopatia causa um quadro demencial 
importante, por isso muitos pacientes diagnosticados 
tardiamente já possuem uma perda cognitiva importante. 
LEMBRAR!! Como a maioria dessas doenças oportunistas 
acontecem com o CD4 muito baixo, não vão aparecer no 
primeiro ou segundo ano de doença. Geralmente, 
aparecem 8 a 10 anos após a infecção. Por isso o 
diagnóstico precoce e o tratamento precoce são tão 
importantes. 
DÚVIDA DA AULA!! Com relação ao tratamento do 
último caso, o tratamento será igual à toxoplasmose 
normal ou as doses serão aumentadas por se tratar de 
um acometimento neurológico? A toxoplasmose ocular, 
geralmente, é tratada por 4 semanas (30 dias). Já a 
neurotoxoplasmose é tratada por 6 a 8 semanas. Então a 
variação é só em relação ao tempo, as doses são iguais e a 
abordagem é igual. 
DÚVIDA DA AULA!! No final do tratamento precisa 
repetir a tomografia? Quando o paciente tem uma 
evolução clínica satisfatória, não ficamos aperreados pra 
repetir logo a tomografia, principalmente quando há 
dificuldade de acesso. Nesses casos, deixamos pra realizar 
, só pra ver se a tomografia de 4 a 6 meses após a alta
sobrou alguma lesão cicatricial e me dar segurança pra 
suspender a profilaxia secundária. Se for em um serviço 
à tomografia, muitas vezes, que ofereça acesso fácil 
repete-se o exame pra ver o grau em torno de 4 semanas 
de redução das lesões, para dar também uma segurança 
de que o paciente está com o tratamento correto. 
*Ler os tópicos do protocolo marcados pelo professor na 
aula. 
 
 
 
 
Lyzandra Maria M35 
 
TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV 
EPIDEMIOLOGIA 
 NE acumula 14% dos casos de AIDS (1980-
2013); 
 De 2006 até agosto de 2014: 8052 casos 
acumulados (SINAN CEARÁ); 
 98% dos municípios do CE já registraram pelo 
menos 1 caso: Há uma interiorização do vírus, 
desatualizando o conceito de que o HIV é uma 
doença de cidade grande; 
 23 municípios concentram 83% do total de 
casos: Cidades maiores, zona industrial, 
comércio e turismo; 
 Números ascendentes de casos em jovens de 
15 a 24 anos em ambos os sexos; 
 Taxa de detecção de casos de AIDS em 
menores que 5 anos ainda se mantém em 
patamares elevados; 
 Indicador de monitoramento de 
transmissão vertical: Quanto mais 
crianças nascerem com HIV maior é o 
impacto (é evitável); 
 O SUS tem organizado uma série de metas 
de gestão que indiretamente representam 
a identificação da qualidade assistencial 
do município: Por exemplo, sífilis 
gestacional é um indicador de mau 
prognóstico municipal, é como se fosse 
resultado de uma sequência de eventos 
(falta de educação sexual, falta de 
diagnóstico e tratamento, pré-natal 
inadequado, entre outros); 
 Da mesma forma, a infecção pelo HIV é 
uma demonstração da fragilidade do 
serviço de saúde; 
 Mortalidade: Não deveria acontecer, porém 
tem uma curva ascendente, ou seja, é um 
prognóstico ruim, pois o HIV atualmente é pra 
ser uma doença crônica e não que leva à 
mortalidade. 
 
 
INTRODUÇÃO 
Definição: É a transmissão da infecção pelo HIV 
de uma gestante soropositiva para o bebê. 
 Epidemia do HIV vem afetando cada vez 
mais as mulheres: Atualmente, ainda há uma 
ascensão maior da população masculina, mas 
mesmo assim observamos um número cresce 
de acometimento em mulheres; 
 Muitos diagnósticos são dados durante a 
gestação: É algo que implica uma abordagem 
clínica extremamente delicada. 
 O atendimento de uma pessoa que recebe 
o diagnóstico de HIV já não é fácil, há 
limitações, exige todo um cenário de 
aconselhamento (pré-teste e pós-teste), 
de abordagem para o paciente digerir o 
diagnóstico, como se contaminou, para 
que ele entenda a abordagem e comece o 
tratamento: Durante a gestação temos um 
cenário totalmente inverso, a mulher 
recebe a notícia da gestação, tem um pico 
de felicidade e em seguida detecta o HIV 
positivo; 
 Essa gestante passará por alterações 
emocionais da própria gravidez e também 
pelo baque da detecção do HIV; 
 Triagem sorológica HIV: O diagnóstico na 
gravidez feito pela triagem sorológica do 
MS representa uma falha na prevenção; 
 Falha na prevenção: Cada diagnóstico 
novo do HIV representa uma falha, assim 
como a sífilis congênita, em toda uma 
cadeia organizada pra trabalhar a 
prevenção. Se a UBS não consegue 
rastrear,prever ou educar a população na 
prevenção do vírus há essa falha. 
 Em 1998 a taxa de transmissão vertical era 
de 16%, em 2004 já era de 1,56%, 
atualmente está em torno de 1%: Com o 
advento da terapia, da testagem sorológica 
nas UBS e da disseminação de testes rápidos 
na atenção primária, melhorou muito o 
diagnóstico. 
Lyzandra Maria M35 
 
FATORES RELACIONADOS 
A transmissão da infecção do HIV tem uma 
relação multifatorial, não depende apenas da 
infecção viral e sim de inúmeros fatores que farão 
a infecção acontecer. 
 Fatores virais: Necessita-se de um vírus 
agressivo o suficiente pra passar a barreira 
placentária; 
 Carga viral alta: Ou descontrolada, da 
gestante durante a gestação, fala a favor 
de uma probabilidade mais alta de 
transmissão para o bebê; 
 Não há evidências sobre os subtipos virais: 
Supõe que o subtipo C na África esteja 
mais relacionado com a TV, mas ainda não 
está bem elucidado. 
 Fatores clínicos e imunológicos: Necessita-se 
de uma condição clínica e imunológica da 
gestante e do feto em desenvolvimento que 
facilite essa infecção; 
 Doenças oportunistas ou imunossupressão 
severa: Manejo clínico difícil interferindo 
nas intervenções que reduzem o risco de 
TV; 
 IST: Algumas podem levar ao dano 
placentário aumentando o risco de TV; 
 Hepatites e tuberculose: Manejo clínico 
complexo, interferindo nas intervenções 
para reduzir a TV; 
 CD4 < 200 células/mm³: Implica num 
estado de imunossupressão grave e, 
consequentemente, uma incapacidade 
técnica de controle viral mais adequado e 
facilitando a transmissão. 
 Fatores comportamentais: Como, por 
exemplo, uso de drogas, bebidas alcoólicas, 
cigarros e tudo que leva à fragilidade da 
consistência da barreira placentária. Vão fazer 
com que aconteçam sangramentos, infartos 
placentários, entre outros eventos, que virão 
a promover a infecção fetal; 
 Uso de drogas ilícitas: Dano vascular 
placentário; 
 Prática sexual desprotegida: Reinfecção 
pelo HIV (de diferentes mutações) e IST. 
IMPORTANTE: Esse termo reinfecção está um 
pouco errado. Na realidade é como se fosse uma 
transmissão de fatores genéticos evolutivos do 
HIV para mecanismo de resistência. O vírus 
quando entra em contato com os retrovirais 
começa a produzir mecanismos compensatórios 
de resistência. Essa mutação adquirida para 
desenvolver a resistência, num relação sexual 
(mesmo que seja entre casais HIV positivo) pode 
ser transmitida (o mecanismo de resistência pode 
ser transmitido) e um dos indivíduos desenvolver 
resistência viral a algum medicamento que esteja 
usando. 
 Fatores obstétricos: Durante o trabalho de 
parto e o desenvolvimento; 
 Transmissão é maior no 3º trimestre: É 
quando ocorre o amadurecimento 
placentário, microinfartos e maior 
probabilidade de contaminação do sangue 
materno; 
 Procedimentos invasivos: Amniocentese e 
cordocentese. Podem causar a 
contaminação do bebê, por meio da 
inoculação direta do vírus; 
 Tempo de ruptura das membranas: Maior 
que 4 horas, há maior risco; 
 Trabalho de parto: Dinâmica uterina 
aumentada pode provocar microtrans-
fusões na placenta; 
 Cesária reduz o risco de transmissão 
vertical: Rever conceitos, atualmente não 
funciona mais assim; 
 Atualmente, a via recomendada para o 
parto de gestantes infectadas pelo HIV é a 
via obstétrica. Não há mais recomen-
dação formal para realização de 
cesariana obrigatoriamente; 
 Portanto, atualmente o trabalho de parto 
não é mais considerado um risco pra 
transmissão do HIV, baseado nas 
condições atuas de novos medicamentos, 
Lyzandra Maria M35 
 
carga viral detectável, entre outros 
avanços: Então a mãe pode SIM ter parto 
normal, dependendo do seu desejo e da 
habilidade da equipe que esteja realizando 
o cuidado. 
 
Figura 1: Parto empelicado. Antes do advento 
dos novos conceitos era o parto indicado pras 
gestantes soropositivas. Nele, o bebê nasce ainda 
dentro do saco amniótico e só é rompido após a 
retirada do bebê completo do útero. 
OBS: Na prática, a maioria dos serviços acaba 
fazendo o parto cesariano, os obstetras ainda 
têm um receio pra o parto normal dessa 
população. 
 Fatores relacionados ao recém-nascido; 
 Prematuridade; 
 Baixo peso ao nascer; 
 Ambos infringem de que houve uma 
intercorrência durante o parto com a 
necessidade de nascimento precoce e 
consequentemente chance de transmissão 
para o bebê. 
 Fatores relacionados ao aleitamento mater-
no: A única contraindicação formal de 
aleitamento materno é o vírus HIV. 
 Amamentação está relacionada a um risco 
adicional de 7 a 22% de transmissão; 
 Infecções maternas agudas: Transmissão 
vertical de 29%, ou seja, quando a mãe 
adquire o HIV durante a gestação; 
 Cuidado com a fala na hora de realizar as 
orientações; 
 AME (aleitamento materno exclusivo): É 
bom e essencial pro bebê; 
 Aleitamento suplementar não é o vilão da 
história, ele pode ser a vida: O programa 
DST/Aids do Ministério da Saúde fornece 
o leite suplementar até o 6º mês de vida. 
O leite fornecido é o nestogeno, que é 
uma fórmula adequada e prescrita por 
muitos pediatras. 
Então existem vários pontos aos quais precisamos 
entender e explicar pra gestante que são 
importantes e não dependem apenas do serviço 
de saúde. A transmissão vertical hoje está bem 
controlada, há uma baixa incidência dela e uma 
diminuição com o passar dos anos. 
DÚVIDA DA AULA!! Essas mutações que 
aumentam a resistência viral causam danos 
apenas pra mãe ou o feto também já receberia 
elas? Não necessariamente a criança receberia. 
Na verdade, quando a mãe adquire essas 
mutações, a terapia materna se torna mais 
limitada (não posso usar todos os retrovirais nela) 
e as terapias de resgate ainda possuem algumas 
limitações porque não foram totalmente testadas 
em gestantes. Então acabamos não conseguindo 
controlar a carga viral de forma oportuna e, 
consequentemente, aumenta as chances do bebê 
nascer contaminado pelo vírus. Se a mãe tiver a 
resistência e o bebê for contaminado, ele pode 
nascer já com o vírus mutante também, tornando 
mais difícil o tratamento da criança pós 
nascimento. 
PROFILAXIA DA TRANSMISSÃO VERTICAL 
A primeira medida a ser realizada no pré-parto é 
identificar a gestante HIV e fazer o início do 
tratamento precoce. Quando a gestante chega na 
idade gestacional de interromper a gravidez (seja 
por início do trabalho de parto ou não) é 
importante que a Unidade de Saúde esteja 
preparada pra realizar a profilaxia antirretroviral 
intraparto. 
PROFILAXIA DA TV DO HIV NO PARTO 
É a profilaxia antirretroviral intraparto: 
Lyzandra Maria M35 
 
 AZT venoso: É usada a zidovudina (também 
chamada de azidotimidina) venosa; 
 Desde o início do trabalho de parto ou pelo 
menos 3 horas antes da cesária eletiva: O 
AZT fica sendo infundido em infusão 
prolongada; 
 Manter a infusão até o clampeamento do 
cordão; 
 Se já faz uso de TARV, mesmo em jejum, 
ingerir os medicamentos com pouca água, 
inclusive durante a infusão do AZT (no 
horário da TARV): Mesmo se a gestante já faz 
a TARV, precisa fazer o uso do coquetel nas 
doses corretas no dia do nascimento. 
 O jejum da cesárea não contraindica o uso 
dos antirretrovirais, apenas faz uso com 
pouca água. 
PROFILAXIA DA TV DO HIV NO PUERPÉRIO 
 Não isolar a puérpera ou seu RN, devendo 
ambos irem pro alojamento conjunto: Desde 
que estejam em condições clínicas favoráveis; 
 Orientar quanto ao acompanhante clínico e 
ginecológico bem como o acompanhamento 
da criança até definição sorológica; 
 A gestante deve receber alta com consulta 
marcada para serviço especializado; 
 TODA mãe soropositiva para o HIV deverá 
ser orientada a NÃO AMAMENTAR! 
 Direito a receber fórmula láctea infantil até 
os 6 meses de idade; 
 Uso de inibidores da lactação: Durante a 
gestação, a mãe faz uso de cabergolinaque é 
um inibidor da produção de prolactina e, 
consequentemente, da produção láctea. 
 Orienta que ela pode dar algumas 
desculpas, que a criança não pegou o 
peito, ou que o seio tinha fissuras, entre 
outros, pra que ela tenha justificativas 
mais confortáveis pra quem perguntar. 
QUIMIOPROFILAXIA ANTIRRETROVIRAL NO 
RECÉM-NASCIDO 
Deve ser feita imediatamente após o parto, a 
primeira dose principalmente. Essa medicação é 
feita para o RN, após o nascimento e após avaliar 
o estado de controle de HIV da mãe. 
 Está indicada após os primeiros cuidados 
médicos até 2 horas após o nascimento, 
devendo ser mantida por 4 a 6 semanas; 
 AZT xarope: Dose ajustada para o peso; 
 Feito para todas as crianças nascidas de 
mães que vivem com o vírus HIV, 
independente da carga viral pré-parto; 
 Administrado pelas 6 semanas. 
 Nevirapina xarope: Dose ajustada para o 
peso. É um inibidor não análogo a 
nucleosídeos. 
 Só vai ser prescrito caso a mãe tenha uma 
carga viral superior a 5 mil cópias em um 
período de 30 dias antes do nascimento 
da criança ou caso a mãe seja 
diagnosticada com HIV no momento do 
parto ou que não tenham evidência de 
carga viral recente; 
 É uma medicação emergencial e só deve 
ser feita por 3 doses: É como se fosse um 
reforço inicial para o controle da TV. Uma 
dose na hora do parto, outra em 12 horas 
e outra em 24 horas (de 12 em 12 h). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mães com carga viral indetectável até 30 
dias do nascimento e que fizeram pré-natal 
de fora adequada: 
Mãe faz AZT no periparto e o bebê usará 
apenas AZT xarope de 4 a 6 semanas. 
 
Mães com diagnóstico realizado na sala de 
parto (momento do parto) ou que tenham 
evidência de carga viral positiva acima de 
5000 cópias até 30 dias antes do parto: 
Faz 3 doses de nevirapina no bebê, em 
seguida suspende e mantém o AZT até o final 
das 6 semanas (coadministração). 
Lyzandra Maria M35 
 
 
DÚVIDA DA AULA!! Então é um ou outro? 
NÃO! O AZT SEMPRE vai ser feito pra todos. Vou 
adicionar a nevirapina nas situações em que a 
mãe não tem controle de carga viral. O AZT, 
mesmo nos casos em que usa a nevirapina, vai 
ser iniciado com 2 horas e continuado por 6 
semanas pra todos. Adicionado ao AZT, faço uma 
COADMINISTRAÇÃO da nevirapina por 3 doses, 
caso a mãe apresente as condições de indicação. 
DÚVIDA DA AULA!! A carga viral indetectável 
só considera que o HIV não é transmissível por 
via sexual? Aí no caso, pelas demais formas ele 
pode transmitir? Quem é indetectável, no 
conceito novo, é intransmissível como um todo, 
não apenas por via sexual. Porém, a 
quimioprofilaxia do bebê precisa ocorrer de toda 
forma. 
SEGUIMENTO 
É feito pela realização de, basicamente, 3 
exames. 
 1º carga viral do RN realizada até 30 dias de 
vida; 
 Se for negativa: Repete com 6 meses; 
 Se for positivo: Repete com 30 dias. 
 2º carga viral do lactente realizada em 6 
meses de vida (no 6º mês); 
 Se for negativa: Faz a sorologia simples 
com 18 meses; 
 Sorologia simples realizada aos 18 meses de 
vida; 
Se qualquer um destes testes vier positivo deve 
encaminhar imediatamente para a referência em 
infectologia do município. 
OBS: Na região do Cariri, apenas infectologistas 
conseguem solicitar a carga viral. Então toda 
criança exposta (filho de mãe HIV positivo) vai ser 
encaminhada ao infectologista de toda forma. 
IMPORTANTE: A ordem dos exames de 
seguimento só vale se der negativo em todos. A 
partir do momento em que um deles dá positivo, 
preciso fazer os testes confirmatórios logo em 
seguida (fazer imunoblot, repetir carga viral) pra 
tentar fazer o diagnóstico. 
LEMBRAR!! Se fizer sorologia de uma criança 
exposta antes de 1 ano e 6 meses (18 meses), ela 
pode vir positiva, pois o anticorpo materno passa 
pro bebê. A mãe passa o IgG que vai positivar no 
ELISA. 
OBS: Um dos primeiros erros que percebemos é 
fazer teste rápido em RN na sala de parto, o que 
vai atrapalhar muito o seguimento da gestante. 
Durante todo o período gestacional fazemos um 
trabalho muito pesado sobre a profilaxia do vírus, 
então quando a mãe passa o HIV pra criança há 
um sentimento de culpa grande, então 
precisamos ter muito cuidado. 
ENTÃO... Não é sorologia que dá diagnóstico na 
criança, é a carga viral!! Encaminha ao 
infectologista que ele vai pedir. 
RECOMENDAÇÕES 
 Aconselhamento materno: Pré-parto, 
periparto e pós-parto; 
 Quebra do preconceito do HIV: Entender que 
as pessoas podem conviver com o HIV e ter 
uma vida normal; 
 Há inclusive planejamento familiar para 
pacientes com HIV, pra que possam 
engravidar e formar suas famílias e para 
que seus filhos nasçam sem o vírus. 
 Sigilo médico e da equipe de saúde: É o 
maior entrave do HIV atualmente. Os 
pacientes se sentem muito fragilizados nas 
equipes de saúde porque nem sempre se 
consegue ter cuidado com o registro e a 
guarda da informação; 
 Monitorização do acompanhamento do 
recém-nascido até 5 anos de idade: O AZT é 
uma droga que pode alterar o metabolismo 
das hemácias, é mielotóxico. 
Lyzandra Maria M35 
 
DÚVIDA DE AULA!! O ponto de corte da carga 
viral do bebê também é 5000? Não. A carga viral 
do bebê deve ser baseada no diagnóstico 
convencional. Se a carga viral for positiva 
(independente do valor, mas lembrar de que 
abaixo de 5000 pode ser uma transativação 
materna heteróloga e não significa que houve 
contaminação) muda o protocolo. Em vez de 
repetir com 6 meses, repete com 30 dias e se der 
positiva já dá seguimento e inicia TARV na 
criança. Se der positiva e ao repetir der negativa, 
continua monitorando mensalmente até ter 2 
cargas negativas, se negativar 2, aos 18 meses faz 
a sorologia pra confirmar. 
EPIDEMIOLOGIA ATUAL E NOVAS 
ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO 
O objetivo hoje não é apenas dar qualidade de 
vida ao paciente com HIV, mas também fortalecer 
que o tratamento correto dos infectados e o 
autocuidado dos não infectados têm um único 
objetivo: Impedir a cadeia de transmissão do 
vírus. 
 HIV no tempo: Sofreu muitas mudanças no 
decorrer do tempo, mesmo sendo muito nova 
(descoberta na década de 80). Ainda mantém 
seu estigma, mas avanço muito do ponto de 
vista de tratamento; 
 SUS: Extremamente importante. O 
tratamento do HIV hoje é integralmente 
fornecido pelo SUS; 
 Fornece o esquema básico inicial da 
terapia retroviral que é o dolutegravir, 
lamivudina e tenofovir: É o esquema que 
está dentro das recomendações 
internacionais de tratamento. 
 
Figura 2: Gráfico com taxas de detecção de aids. 
No decorrer dos últimos 10 anos podemos 
perceber que o gráfico pouco se modifica. A taxa 
de detecção em gestantes, por exemplo, se 
manteve praticamente a mesma. Isso é ruim 
porque significa que não estou conseguindo 
trabalhar a prevenção, mesmo que sejam taxas 
baixas, o certo era o diagnóstico ser feito cada 
vez menos na gestação e cada vez mais antes 
dela. Já a detecção em crianças (menores de 5 
anos) houve queda. O óbito (em roxo), que é um 
marcador de mau prognóstico, diminuiu muito 
pouco. Essas pessoas que morrem, refletem 
pessoas que não trataram adequadamente, não 
aderiram adequadamente ou que não foram 
diagnosticados a tempo. 
 O número de pessoas já detectadas com AIDS 
(vermelho) nos indica um péssimo indicador 
de diagnóstico, porque significa que se o 
paciente só conseguiu ser diagnosticado após 
evoluir pra AIDS é porque a prevenção e o 
diagnóstico estão ruins; 
 A linha amarela mostra o cenário mais 
desejado: Um aumento da detecção do HIV+, 
ou seja, do diagnóstico da infecção, em 
detrimento da diminuição da detecção de 
aids e dos óbitos; 
OBS: O tratamento da AIDS é um tratamento 
que custa em torno de 12000 reais por mês por 
cada paciente. 
Lyzandra Maria M35 
 
 
Figura 3: Taxa de detecção geral (por 100 mil 
habitantes). Tendendo à uma ligeira queda nos 
últimos 3 a 4 anos.Figura 4: Taxa de detecção geral e por sexo (por 
100 mil habitantes). Ainda há um valor superior 
de homens comparado ao de mulheres. 
 
Figura 5: Taxa de detecção em jovens entre 15 e 
24 anos (por 100 mil habitantes). Está em 
ascensão direta. 
EPIDEMIOLOGIA 
 O que vemos no dia a dia: Vemos que o 
número de diagnósticos de HIV é muito mais 
intenso; 
 Qual o real número? É muito difícil ter a 
incidência exata. O MS estima que 60% dos 
contaminados não sabem que têm o vírus. O 
número de hoje seria apenas 40% dos 
contaminados, apenas os que sabem que 
possuem; 
 Cerca de 40 mil novos casos por ano; 
 Crescimento da epidemia entre jovens de 15 
a 24 anos; 
 2004: Taxa de detecção de 9,6/100 mil 
habitantes; 
 2015: Taxa de detecção de 13,6/100 mil 
habitantes. 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
 Vírus do tipo selvagem: É o vírus de infecção 
primária que possui um alto tutoma (não 
entendi a palavra) viral, ou seja, uma alta taxa 
de replicação viral. Porém, possui uma baixa 
capacidade de trazer imunossupressão 
rápida; 
 Evolui na forma clássica da doença: É o 
paciente que se infecta, apresenta 
síndrome retroviral aguda, melhora e só 
vai adoecer novamente anos depois com a 
evolução pra AIDS. 
 Vírus mutante: É o vírus mutado 
geneticamente. É exposto a algum tipo de 
retroviral e acaba sofrendo uma mutação e se 
tornando mais resistente; 
 Fitness viral: Termo usado para se referir à 
capacidade do vírus de gerar replicação; 
 Existem mutações específicas que 
diminuem o fitness viral, fazendo com que 
a replicação viral se torne mais lenta; 
 Quando o fitness viral está aumentado 
significa que o vírus está se replicando 
com muita intensidade. 
 Barreira genética: É a capacidade da droga 
que vai garantir uma proteção à resistência. 
O MECANISMO VIRAL 
O vídeo mostra a atracação do vírus pelas 
proteínas gp120 e gp41. Em seguida, o vírus entra 
na célula humana via CD4, há abertura do núcleo 
e as proteínas de replicação se dispersam no 
citoplasma: O RNA viral, a protease, a integrase e 
a transcriptase reversa. 
 A transcriptase reversa faz uma fita dupla de 
DNA que contém toda a mensagem genética 
do vírus; 
Lyzandra Maria M35 
 
 A integrase vai integrar o DNA viral ao DNA da 
célula hospedeira; 
 Nesse momento, o vírus começa um cenário 
de replicação, onde vai haver a produção de 
proteínas virais propriamente ditas; 
 As proteínas são quebradas e são formadas 
novas estruturas proteicas do vírus; 
 Em seguida, essas estruturas são colocadas 
pra fora. 
OBS: 1 vírus pode gerar até 1 milhão de novos 
vírus. 
CLASSES DE ANTIRRETROVIRAIS 
 Inibidores da transcriptase reversa: Vão 
impedir a transformação de RNA em DNA 
viral; 
 Análogos a nucleosídeos: Se assemelham 
a tiamina, guanina, etc; 
 Não análogos a nucleosídeos. 
 Inibidores da protease: Vão impedir que a 
proteína formada pelo vírus conforme as 
proteínas propriamente ditas de construção 
viral; 
 Inibidores da integrase: Vão impedir a 
integração do DNA viral no DNA celular 
humano. O dolutegravir é um inibidor de 
integrase; 
 Inibidores de fusão: Vão impedir a atracação 
de gp41 e gp120 no receptor CCR5; 
 Antagonista de correceptores CCR5. 
INIBIDORES DA TRANSCRIPTASE REVERSA 
 Análogos a nucleosídeos: 
 Atuam como terminadores da cadeia de 
DNA, inibindo a transcrição do genoma 
viral (RNA) pra DNA; 
 São medicamentos estruturalmente muito 
semelhantes à adenosina (a), guanosina 
(g), citosina (c) e timidina (t); 
 Substituem de forma competitiva os 
nucleosídeos verdadeiros; 
 AZT-d4T (timidina), 3TC FTC (citosina), ddI 
TDF (adenosina) e ABC (guanosina). 
 Não análogos a nucleosídeos: 
 Atuam por meio da ligação direta com a 
transcriptase reversa, impedindo, da 
mesma forma, a transcrição do RNA viral 
presente no citoplasma para o DNA 
celular; 
 Esses medicamentos se ligam a sítios 
específicos da TR, localizados próximos ao 
sítio ativo desta. Tal ação inibe a ação da 
enzima. 
INIBIDORES DA PROTEASE 
 Os inibidores da protease (IP) ocupam de 
forma competitiva o sítio ativo da protease; 
 Se a PR do HIV está bloqueada, as 
poliproteínas virais não são clivadas, 
ocorrendo a liberação de partículas imaturas 
e não infectantes; 
 Promovendo inibição da replicação do vírus; 
 O vírus continua sendo encapsulado e 
liberado da célula por mais um ciclo 
replicativo; 
 Entretanto, por possuírem poliproteínas não 
clivadas em seu interior, as partículas virais 
que sofreram ação dos IP não serão 
infectantes e, portanto, o ciclo de vida do HIV 
é interrompido. 
INIBIDORES DA INTEGRASE 
 A integrase é uma enzima fundamental pra 
replicação do HIV. Em seu mecanismo de 
ação, essa enzima se liga às extremidades do 
DNA do HIV assumindo uma forma circular, 
com as suas duas extremidades ligadas à 
integrase; 
 A integrase promove a catálise (ruptura) do 
DNA humano em uma determinada posição e 
introduz o genoma do HIV dentro do genoma 
do hospedeiro (integração); 
 A ligação dos INI nessa alça diminui a 
flexibilidade da enzima integrase e impede a 
ligação da região terminal do genoma do HIV 
à região do genoma humano. 
Lyzandra Maria M35 
 
NOVAS ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO AO 
HIV (PEP E PREP) 
 
Figura 6: Medidas gerais (circuladas) de 
prevenção combinada. As que não estão 
circuladas são as medidas mais específicas. 
Ao falarmos sobre prevenção do HIV, nos 
referimos a um conjunto de ações organizadas 
que possuem objetivo de ajudar a impedir a 
cadeia de transmissão do vírus. 
1. Testagem regular para o HIV, outras IST e 
HV: O diagnóstico precoce quebra a cadeia de 
transmissão, pois quanto mais cedo o 
indivíduo souber que tem o vírus, mais eficaz 
será a sua forma de controle viral e 
diminuição de transmissibilidade; 
2. Usar preservativo masculino, feminino e gel 
lubrificante: Forma de diminuir a exposição 
sexual. Há políticas públicas de distribuição de 
preservativos nas unidades; 
3. Redução de danos: Orientação pra minimizar 
o uso de álcool, drogas e cigarros; 
 Além disso, orientação a profissionais do 
sexo pra não usar fio dental antes do início 
do turno de trabalho pra não fragilizar a 
gengiva, por exemplo; 
 O uso de drogas pode favorecer a não 
utilização de preservativos, por conta da 
alteração sensorial associada. 
4. Imunizar para HBV e HPV: Não previne o 
vírus de uma forma direta, mas previne 
portas de entrada para outros vírus e, 
consequente-mente, pro HIV; 
5. Diagnosticar e tratar as pessoas com IST e 
HV; 
6. Tratar todas as pessoas vivendo com 
HIV/AIDS: É importante entendermos que 
todas essas etapas já contribuem pra 
prevenção da transmissão; 
7. Prevenir a transmissão vertical. 
As 2 últimas medidas, que não foram circuladas, 
são medidas mais pontuais, que veremos a 
seguir. 
PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO (PEP) 
Essa profilaxia ocorre quando o indivíduo se 
expõe ao vírus HIV ou à suspeita do vírus. Após a 
exposição, a pessoa vai ser submetida à terapia 
antirretroviral por 28 dias com o objetivo de 
prevenir/evitar a transmissão do HIV. 
 Indicações (tanto pra adulto quanto pra 
crianças): 
 Violência sexual: A PEP só não é indicada 
nesses casos quando o agressor é passível 
de testagem; 
 Sexo consensual: Se houve sexo 
consensual, mas mesmo houve suspeita 
de contaminação pode realizar a PEP; 
 Acidente de trabalho: Com perfurocor-
tantes, principalmente quando ocorre em 
ambiente hospitalar. 
 A PEP é uma urgência médica: Há prazo pra 
começar, então é necessário que o serviço de 
saúde esteja organizado para isso; 
OBS: Todos os municípios podem solicitar ao 
serviço especializado esquemas para dispensação 
de PEP em seus serviços/unidades. É feito um 
treinamento das equipes e em seguida há a 
dispensação da PEP pra esses municípios, tanto 
pra adulto quanto pra crianças. 
 Mecanismo de ação: 
 Impedir a replicação viral; Atuar antes da disseminação do vírus no 
sistema retículo-endotelial: Começando a 
terapia de forma oportuna, ou seja, até 2 
Lyzandra Maria M35 
 
horas depois do evento vai conseguir 
impedir a replicação e a transmissão; 
 Usa o inibidor de integrase e transcriptase 
reversa análogos a nucleosídeos. 
 Janela de uso da PEP: É bem restrita; 
 Ideal: Até 2 horas após o evento; 
 Prazo máximo: Até 72 horas após o 
evento. 
 Após 72 horas não está mais indicado o uso 
da PEP, fazemos apenas o acompanhamento 
com sorologia; 
 Efetividade: 
 Não há no protocolo clínico e diretrizes de 
tratamento a taxa de efetividade; 
 Fala em melhor eficácia quando tomado 
corretamente; 
 Estudos demonstram eficácia acima de 
95% para evitar o HIV quando tomado 
dentro do prazo máximo estabelecido. 
 Esquemas preferenciais: Variam conforme 
idade e status de gravidez; 
 Adultos: Dolutegravir + tenofovir + 
lamivudina; 
 Grávidas (após 12 semanas de idade 
gestacional): Dolutegravir + tenofovir + 
lamivudina; 
 Jovens que estão com risco engravidar 
não podem fazer uso do dolutegravir, 
então fazem um esquema adicional: 
Raltegravir + tenofovir + lamivudina. 
 Crianças: Raltegravir + zidovudina + 
lamivudina. 
OBS: Será sempre, basicamente, um inibidor de 
integrase associado a dois inibidores análogos de 
nucleosídeos. 
PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO (PREP) 
 Consiste em tomar um esquema 
antirretroviral, de forma contínua (enquanto 
houver risco de exposição ao HIV): É feita com 
o uso de 2 drogas combinadas em 1 
comprimido; 
 Feita por quem se sente vulnerável ao HIV 
e não possui o vírus; 
 Feita de forma interrupta, por longo 
prazo. 
 Objetivo: Evitar a infecção pelo HIV; 
 Eficácia: Efetividade pode chegar a 100%. 
 A efetividade depende do uso correto, 
sem atrasos nas doses, sem falhas/esque-
cimentos e associado a pelo menos 2 
mecanismos da prevenção combinada pra 
prevenir HIV. 
 Hábitos: Pra mudar um hábito é preciso de 
muita insistência e um período de adaptação. 
Quem já tem o hábito de usar preservativo, 
por exemplo, não perde esse hábito; 
 A ideia da PrEP é que quem não usa 
preservativo, não vai começar a usar, 
porque é um hábito. Porém, essa pessoa 
que não usa e tem muitas exposições ao 
vírus durante sua vida, tem mais chances 
de se contaminar: Se pegar o vírus, ainda 
assim o hábito de não usar preservativo 
vai continuar, sendo o indivíduo uma 
potencial fonte de transmissão do vírus; 
 Ou seja, se não consigo introduzir o hábito 
do preservativo, mas consigo introduzir o 
hábito da PrEP: Mesmo mantendo um 
comportamento vulnerável, impedimos a 
cadeia de transmissão do HIV, pois a partir 
do momento que a pessoa não se 
contamina, não vai transmitir, mesmo que 
continue com relações desprotegidas. 
 Comportamento vulnerável; 
 Uso de drogas lícitas e ilícitas; 
 População chave: São populações prioritárias 
para os programas de incentivo do uso da 
PrEP; 
 Profissionais do sexo; 
 Gays/HSH; 
 Pessoas trans; 
 Casais sorodiferentes; 
 Usuários de drogas injetáveis; 
 Múltiplos usos de PEP. 
 Atualmente, a população chave já foi 
ampliada: Qualquer pessoa pode buscar a 
PrEP, é feita apenas uma investigação se há 
vulnerabilidade pro vírus; 
Lyzandra Maria M35 
 
 Como funciona: 
 Vamos usar 2 inibidores análogos a 
nucleosídeos: 
 Tenofovir (Adenosina); 
 Entricitabina (Citosina). 
 Vão agir bloqueando a transcriptase 
reversa, impedindo o vírus de replicar e, 
consequentemente, inibindo o ciclo viral; 
 A ideia é usar uma medicação de uso 
contínuo, pra quando houver o contato 
com o vírus, existir uma inibição imediata. 
 Por quanto tempo funciona (Por quanto 
tempo posso usar a medicação?): Pode ser 
usado por toda a vida, desde que alguns 
pontos sejam mantidos, como... 
 Hábitos; 
 Exposição ao HIV; 
 Vulnerabilidade; 
 Adesão a PrEP: Só vai funcionar se usar 
corretamente, o esquecimento de um 
comprimido já pode diminuir a efetividade 
(de 100 pra 94%). 
 Com quanto tempo começa a funcionar? 
Esses valores de dias são quando se acredita 
que há uma melhor distribuição sérica da 
droga nesses sítios; 
 7 dias para sexo anal receptivo; 
 20 dias para sexo vaginal receptivo; 
 Pra sexo oral e para o sexo ativo não há 
registro: Estima-se um tempo de 20 dias 
por garantia. 
 Posologia e efeitos colaterais: 
 1 comprimido diário: Pode ser tomado em 
qualquer horário do dia, desde que seja no 
mesmo horário; 
 Baixos efeitos colaterais: Muito bem 
tolerado. 
 Primeiras semanas: Empachamento, 
flatulências e náuseas; 
 Critérios de elegibilidade: 
 HIV negativo: Pressuposto principal; 
 Ausência de suspeita de infecção pelo HIV; 
 Em risco substancial de infecção por HIV 
(Fora da janela imunológica); 
 Depuração de creatinina > 60ml/min; 
 Determinação de usar a PrEP como 
prescrito. 
 Não há contraindicação pro uso de 
contracepção hormonal: Até mesmo porque 
o uso da PrEP e a retirada do preservativo vão 
facilitar a gestação; 
 Gravidez e amamentação: A terapia não 
fornece riscos pra gravidez (apenas pra 
engravidar), então pode ser usada por toda a 
gestação; 
 Inclusive é uma indicação para casais 
sorodiferentes que querem engravidar; 
 A paciente pode amamentar no pós-parto. 
 A PrEP não diminui o risco de outras IST: 
 Seu uso não autoriza o abandono do 
preservativo que: 
 Previne contra outras IST: Sífilis, 
gonorreia, clamídia, cancro, 
linfragranuloma, donavonose; 
 Evita gravidez. 
 O uso do preservativo nos usuários a PrEP 
se torna opcional, entretanto na cadeia da 
prevenção combinada, precisamos usar 
pelo menos outras 2 medidas, estando o 
preservativo entre as opções: O professor 
coloca o preservativo como 2° pilar 
fundamental. 
ACESSO A PEP 
 Emergências locais: Devem estar capacitadas 
para acolher e medicar os pacientes com 
indicação de PEP; 
 Serviços especializados em infectologia: 
 Juazeiro do Norte: Hospital Estefania 
Rocha; 
 Crato: Centro Municipal de Infectologia 
(Rua do Sesc); 
 Brejo Santo: AMAI (Praça Dionísio Rocha 
de Lucena). 
ACESSO A PREP 
 Serviços especializados em infectologia 
(SUS): 
Lyzandra Maria M35 
 
 Juazeiro do Norte: Hospital Estefania 
Rocha; 
 Crato: Centro Municipal de Infectologia 
(Rua do Sesc). 
 Serviço Privado de Atendimento em 
Infectologia. 
CUSTO 
 PEP: Gratuito e exclusivo do SUS; 
 PrEP: Gratuito quando o acompanhamento 
pelo SUS. 
 Truvada (sob importação): 350,00 a 
500,00 em média. Lembrando que é a 
mesma dose do SUS, tenofovir e 
entricitabina. 
PRA FINALIZAR 
 
Figura 7: Estudo sobre intransmissibilidade do 
vírus. Foi feito um estudo prospectivo 
observacional, feito em casais sorodiferentes e 
HSH que não costumavam utilizar preservativo. 
Foi concluído que a taxa de transmissão de 
pacientes indetectáveis, ou seja, que tratam e são 
indetectáveis, é menor que a transmissão de uma 
pessoa aleatória. Então a intransmissibilidade de 
pessoas com carga viral indetectável é uma 
realidade hoje em dia. 
 O que esse isso representa? 
 Impedir novas infecções; 
 Reduzir as taxas de incidência; 
 Fim da epidemia. 
 Porque precisamos das medidas da mandala? 
Por exemplo, quando existe um namoro e a 
responsabilidade do planejamento familiar é 
colocada na mulher por meio da utilização do 
ACO (muitas alterações e riscos), é com se 
homem saísse da responsabilidade, sendo 
que o homem também pode ser 
corresponsável e utilizar o preservativo. Da 
mesma forma ocorre quando a 
responsabilidade da não transmissão é jogada 
para o paciente HIV positivo indetectável, já 
que o peso da terapia antirretroviral também 
é grande (muitos altos e baixos). Dessa forma, 
a responsabilidade também seria unilateral, 
sendo que o parceiro pode fazer sua parte, 
mesmo porque não há uma garantia de que o 
indivíduo estará com a

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