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Amebíase | Questões para estudo | queroresumo_

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Bárbara Lorena | Medicina - Funepe 
Questões para estudo | Amebíase 
1. Classifique como verdadeiro ou falso 
( ) a. A amebíase é considerada a segunda causa de morte por parasitose 
indicando um quadro importante de morbimortalidade 
( ) b. Consiste em uma doença endêmica onde a sua distribuição geográfica 
abrange regiões tropicais, subtropicais e de clima quente 
( ) c. Acomete 10% da população mundial 
( ) d. Higiene e educação sanitária são questões deficientes e precárias podendo 
ser direcionamento para a profilaxia 
( ) e. 10% da sua forma é invasora e caracteriza-se pela presença de sintomas 
( ) f. A transmissão é oral a partir de alimentos e água contaminada com cistos 
 g. Átropodes podem carrear mecanicamente cistos contribuindo para a 
contaminação de água e alimentos, por exemplo: formigas e moscas. 
( ) h. É mais frequente em crianças 
( ) i. Não há diferença entre profissões 
( ) j. Ao ser eliminado pelas fezes persiste por até 24h não necessitando de 
muitas condições como luz e umidade o que os torno extremamente 
resistentes ao ambiente 
( ) k. Em sua grande maioria, é destruído pelo hospedeiro, porém, depende das 
condições inerentes do hospedeiro e da forma pois, entamoeba possui uma 
grande variação de espécies 
( ) l. As formas mais frequentes de entamoeba são: E. coli, E. díspar (não 
patogênica) e E; histolytica (forma patogênica) sendo as duas últimas, muito 
parecidas histologicamente 
h. mais frequente em adultos 
i. profissionais que tem contato com redes de esgoto são mais susceptíveis 
j. os cistos duram até 20 dias nos ambiente desde que haja condições adequadas de luz e 
umidade 
 
2. Explique de forma sucinta os três tipos morfológicos, trofozóito, pré-cisto e cisto. 
 
Bárbara Lorena | Medicina - Funepe 
 Trofozoíto: possui afinidade pelo intestino onde habita de forma comensal alimentando-se 
das bactérias da microbiota intestinal, onde a sua capacidade de se multiplicar em úlceras 
faz com que assume a forma mais invasiva, virulenta e ativa contribuindo para a sua alta 
patogênia faz com que ele possa invadir outros órgãos via hematogênica, ingere células e 
hemácias. Possui forma alongada, pseudópodes (movimentação direcional) e realiza divisão 
binária. 
 Cisto é resistente ao conteúdo gástrico, ocorre a sua eclosão ao ser ingerido, é a forma 
predominante nas fezes e responsável pela contaminação de alimentos e água, principalmente 
por ser capaz de sobreviver por 20 dias no ambiente em condições adequadas (luz e 
umidade). Contém vacúolo de glicogênio, corpos cromatóide (ribonucleoproteínas importante 
para amplicação do material nuclear) e núcleos 
 Pré-cisto: caracteriza o metacistos sendo este, multinucleado, realiza o encistamento, e no 
intestino delgado pode originar o trofozoíto. 
 
3. Quais são os órgãos que podem ser acometidos nos sintomas extra-intestinais? 
Fígado, rins, cérebro, pulmão e pele. 
 
4. Caracterize o ciclo da entamoeba 
Ciclo não patogênico: intestino grosso 
Ciclo patogênico: intestino grosso, fígado, cérebro, pulmão, rim e pele 
 
 Desencistamento: liberação do conteúdo do cisto maduro absorvido assim, o metacisto 
irá sofrer divisões binárias e se transformará no trofozoíto; 
 Ciclo de vida não patogênico: forma comensal no intestino onde o trofozoíto se alimenta 
de bactérias da microbiota intestinal; podendo ser eliminado nas fezes; 
Bárbara Lorena | Medicina - Funepe 
 Pode ocorrer o encistamento formando o cisto o que irá contribuir para que se torne 
mais resistente, é eliminado pelas fezes. 
 O ciclo patogênico é caracterizado pela presença do trofozoíto podendo ser comensal 
se alimentando de bactérias da microbiota ou adentrar a via hematogênica a partir da 
formação de ulceras no intestino, onde se multiplicam e podem acometer outros órgãos. 
Se nutre de células e hemácias. 
 
5. Relação parasito-hospedeiro que contribui para e eliminação do parasito 
Liberação de citocinas: IL3, IL4, IL5, IL10 e IL13 
 Desencadeia a ativação de macrófagos M2 (via alternativa) contribuindo para o reparo 
de lesões; 
 Aumento do peristaltismo e produção de muco para expulsão do parasito; 
 Degranulação mastócito e eosinófilos para eliminação do parasito porém, pode ocasionar 
dano tecidual e necrose; 
 E a produção de anticorpos (IgE e IgA) aumentando o peristaltismo e a memória 
imunológica. 
 Diarreia 
 
6. Relação parasito-hospedeiro que predispõe a permanência do hospedeiro. 
A condição dos fatores inerentes do organismo como: estado nutricional, idade, alcoolismo e 
ineficiência da resposta imune; alta carga parasitária; alterações na microbiota intestinal, 
principalmente se houver outras bactérias na mucosa intestinal potencializam a virulência (E. 
coli, Salmonella, etc.) e a ocorrência de ciclos de reinfecção contribuindo para a tolerância 
imunológica, 
7. Cite bactérias que contrbuem para potencialização da virulência da entamoeba. 
Escherichia coli, Salmonella, Shiguela, Enterobacter e Clostridium 
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8. Caracterize o amebaporos e a citólise das células do intestino 
 Aderência 
 Surgimento de amebaporos a partir da entrada de cálcio 
 Perda da permeabilidade celular 
 Intumescência e ativação da via das caspases 
 Morte celular: lise e apoptose 
Liberação de cisteína-proteinases contribuindo para a proteólise da MEC permitindo a “abertura 
de caminhos” provocando úlceras e invasão tecidual. Não observa-se processo inflamatório 
atenuado. 
Acesso a regiões extra-intestinais. 
 
9. Sinais e sintomas 
Aumento do número de evacuações, podendo ter fezes pastosa ou diarreia ou sangue nas 
fezes em decorrência de úlceras, desconforto abdominal, flatulências, dor e distensão 
abdominal, náuseas, vômitos, febre baixa. 
Pode ser assintomática ou evoluir para uma forma mais grave da doença (perfurações, 
hemorragia e apendicite) = colite fulminante, peritonite fecal, paralisia do íleo, etc. 
 Fígado: necrose – dor, febre e hepatomegalia, abscesso hepático (células mortas e 
trofozoítos; pode ser drenado para o abdome ou para pleura) 
 Pulmão: pleura – febre, dor torácica no lado direito; tosse e expectoração (vermelha ou 
marrom) 
 Cérebro: desfecho fatal 
 
Abscesso hepático: predominante na região da amazônia 
 
10. Tratamento e profilaxia 
Exames de imagem e hemograma, análise parasitológica, análise imunológica, utilização de 
medicamentos (amebicidas) e tratamento adequado da população, educação sanitária, higiene 
correta das mãos e dos alimentos, incentivo financeiro ao desenvolvimento de fármacos e 
saneamento básico (tratamento da água e esgoto).

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