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INTELLIGENT MANUFACTURING - SISTEMAS PRODUTIVOS JACKSON TAVARES VEIGA jackson.veiga@usp.br Resumo - Fábricas de manufatura buscam melhoria contínua de produtividade e qualidade, geralmente enfrentam desafios para lidar com complexidades de produção e incertezas. Essas são as áreas em que os processos de manufatura tradicionais têm enfrentado maior dificuldade devido à limitação da capacidade dos operadores humanos de lidar com essas complexidades, incertezas, compreensão, memorização de grandes volumes de dados e também sua incapacidade de tomar decisões que exigem tempo. Sistemas inteligentes de manufatura, por outro lado, podem produzir resultados superiores em comparação aos sistemas de manufatura tradicionais, pois são capazes de analisar, auto-aprender e também armazenar e analisar grandes quantidades de dados para obter maior qualidade do produto e menor custo de produção, encurtando o tempo de colocação no mercado tendo em vista o ciclo de vida do produto. O objetivo deste artigo é estudar os trabalhos existentes hoje sobre manufatura inteligente e ter um melhor entendimento quanto a aplicação implementação, metodologias no cenário atual. Palavras Chave – Sistema Inteligente de Manufatura, Operadores Humanos, Auto-aprender, Ciclo de Vida . 1. Introdução A adoção da tecnologia da informação e comunicação na indústria de manufatura iniciou nos anos de 1970. A figura 01 apresenta as revoluções industriais. I1.0: Aconteceu no final dos anos XVIII, marcada pela mecanização da produção por meio do uso da água e energia a vapor. I2.0: No século XX, foi marcada pela produção em massa onde a mecanização fazia uso da eletricidade. I3.0: Caracterizada pela introdução da eletrônica e as tecnologias da informação e comunicação (TIC). I4.0: Tem inicio com o conceito de verticalização da indústria, desenvolvimento do Cyber- physical systems e produção inteligente. Figura 01 – Estágios da Revolução Industrial. (Business Sweden, 2017, pg. 3) A ideia principal da indústria 4.0 foi publicada pela primeira vez em 2011. No mesmo ano que se tornou uma iniciativa estratégica do Governo Alemão e foi incluso no “High-Tech Strategy 2020 Action Plan”. Estratégias similares também foram propostas em outros Países, ex., a nível Europeu, o programa correspondente chama-se “Factories of the Future”, nos EUA“Industrial Internet” e“Internet + “ na China. (Kagermann H, Wahlster W, Helbig J, 2013 apud Mrugalska, Wyrwicka, 2017). Podemos definir Industria 4.0 como a integração de máquinas e dispositivos físicos complexos com sensores e software em rede (CPS), usados para prever, controlar e planejar melhores resultados produtivos e de negócios ou um novo nível de organização e gerenciamento da cadeia de valor em todo o ciclo de vida dos produtos. Assim, o conceito de Indústria 4.0 pode ser percebido como uma estratégia para ser competitivo no futuro. (A global nonprofit partnership of industry, government and academia, 2014). A fim de alcançar o aumento da automação, os conceitos tecnológicos da Cyber Physical Systems (CPS) podem ser usados para trabalhar de forma autônoma e interagir com seu ambiente de produção via microcontrolador, atuadores, sensores e uma interface de comunicação. (Broy M, Kargermann H, Achatz R. Agenda cyberphysical systems, 2010). No entanto, para que no futuro os CPS e Internet das Coisas estejam integrados entre si deve-se iniciar um processo de preparação, design, planejamento, otimização das tarefas, ferramentas e humanos o que chamamos de 4 Revolução Industrial referindo-se ao futuro conforme observamos na Tabela 01. Tabela 01 – (Elaborado por Mrugalska, Wyrwicka, 2017) A implementação da Industria 4.0 leva a novos paradigmas da cadeia de fornecimento baseados em redes complexas e entrelaçadas de manufatura com diferentes funções de designers, fornecedores de produtos físicos, clientes e provedores de serviços logísticos, possibilitando identificar e rastrear produtos únicos durante todo o seu ciclo de vida. A indústria permitirá que os produtos sejam organizados e encontrem seu próprio caminho através dos processos de produção e dos canais finais de distribuição para o cliente, com base em redes de produção e logística abertas, dinâmicas e inteligentes (Bauer et al., 2014). A Indústria 4.0 pode ser descrito por três paradigmas: Smart Product, Smart Machine e Augmented Operator. A idéia principal do produto inteligente é mudar o papel da peça de trabalho de uma parte passiva para uma parte ativa do sistema. Em tal sistema, os produtos têm uma memória para armazenar dados operacionais e requisitos individualmente, e são capazes de solicitar os recursos necessários e coordenam os processos de produção para sua conclusão. (Loskyll M, Heck I, Schlick J, Schwarz M, 2012). No paradigma da Máquina Inteligente, uma hierarquia de produção tradicional é substituída por uma auto-organização descentralizada que é realizada pela CPS (Zamfirescu CB, Pîrvu BC, Loskyll M, Zühlke D). Em tal sistema, redes abertas e descrições semânticas permitem comunicar os componentes autonômicos e a inteligência de controle local se comunica com outros dispositivos, módulos de produção e produtos, o que torna a linha de produção flexível e modular. Isso leva à auto-organização de máquinas dentro da rede de produção, à integração plug-and-play ou mesmo à substituição de novas unidades de fabricação.(Schmitt M, Meixner G, Gorecky D, Seissler M, Loskyll M.2013). Finalmente, o Operador Aumentado aborda a automação do conhecimento, o que o torna a parte mais flexível e adaptável do sistema de produção.( Gorecky Gorecky D, Schmitt M, Loskyll M., 2014) Smart Product: Produtos inteligentes podem coletar e analisar as informações sobre a repetição de ações de seus sensores e tecnologias semânticas. Eles têm propriedades únicas como: sensível ao contexto, adaptativa, auto- organização, proativa e a capacidade de suportar todo o ciclo de vida o que lhes permite um processo de melhoria contínua. Além disso, seus dados permitem a visualização de processo de fabricação e fluxo de informações para um grupo de produtos escolhido. Nesta base, é possível criar um Mapa do Estado Atual, que mostra desperdícios em processos específicos e designa atividades futuras de planejamento estratégico, o que é o objetivo do Mapeamento do Fluxo de Valor. Além disso, um produto inteligente pode conter informações Kanban para controle de processos de produção que já foi apresentado pela SmartFactoryKL na Hannover Messe 2014 na Alemanha.( Kolberg D, Zühlke D., 2015 ) Smart Machine: Maquinas inteligente podem conter um painel inteligente baseado em RFID UHF (Keonn. Smart Kanban Pannels, 2016 ). Tal solução permite detectar os cartões Kanban em tempo real. A melhoria continua também pode ser assegurada devido aos dados da linha de produção coletados de máquinas com tecnologias como atuadores, sensores e conexão sem fio. Esses dados são analisados e enviados a nuvem para fornecer melhor inteligência operacional, mas principalmente para evitar erros em toda a linha de produção. (O autor apud Mrugalska, Wyrwicka, 2017) Augmented Operator: O Operador Aumentado deve reduzir o tempo entre a ocorrência de falha e a notificação de falha. Realiza-se mostrando luzes de sinal num relógio inteligente do operador em quase tempo real. As informações dizem respeito a mensagens de erro e locais de erro. Tais alertas podem ser gravados em um banco de dados e estudados como parte de um programa de melhoria contínua. Além disso, as falhas podem ser reconhecidas com CPS equipado com sensores apropriados e iniciar automaticamente ações de reparo de falhas em outros CPS. (Mrugalska, Wyrwicka, 2017) 2. Revisão Bibliográfica O termo “Intelligent Manufacturing”: o uso de tecnologia de processo de produçãoque pode se adaptar automaticamente a ambientes em mudança e requisitos de processo variados, com a capacidade de fabricar vários produtos com o mínimo de supervisão e assistência dos operadores. (McGraw-Hill Science & Technology Dictionary). Um processo de fabricação inteligente tem a capacidade de se auto-regular e / ou autocontrolar para fabricar o produto dentro das especificações do projeto. (Prof. Nam You Suh, MIT) Intteligent Manufacturing tem (Rao et al ., Integrated distributed intelligent systems in manufacturing) Design Inteligente; Planejamento Inteligente de Processos; Gestão Inteligente da Qualidade; Manutenção e Diagnósticos Inteligentes; Controle Inteligente, Agendamento Inteligente. Intelligent Manufacturing pode ser categorizado em três paradigmas básicos: Digital Manufacturing, Digital- Network Manufacturing e New-Generetion Inteligent Manufacturing.(Figura 03) Figura 03 – A evolução dos três paradigmas básicos da manufatura inteligente. (Zhou, 2018, pg. 5) Digital Manufacturing: Refere-se à primeira geração de manufatura inteligente onde aparece em 1980s (Beijing, 2016) trazendo as tecnologias AI afim de resolver problemas específicos de Engenharia. Na segunda metade do sec. 20, com a crescente demanda tecnológica na indústria de manufatura torna-se inerente o uso da informação digital na indústria de manufatura. Digital manufacturing engloba a descrição digital, analises, tomada de decisão, controle de informação do produto, informação do processo e recursos da informação, dessa forma manufatura digital traz o tempo necessário para modelamento e construção do produto afim de atender determinada necessidade do cliente. (Chen D, Heyer S, Ibbotson S, Salonitis K, SteingrpimsSon JG, Thiede S, 2015) Digital-Network Manufacturing: Pode-se ser descrito como “Internet + manufacturing” ou como a segunda geração de manufatura inteligente. (Tian GY, Yin G, Taylor D, 2002). No final do século 20, a internet na indústria começa a se tornar popular de forma a conectar: humanos, processos, dados e coisas. Através da colaboração da intra e internet possibilitando o compartilhamento e integração de todos os tipos de recursos, “Internet+” remodela a cadeia de valor da indústria de manufatura e caminhando da manufatura digital para manufatura digital conectada. . (Kang HS, Lee JY, Choi SS, Kim H, Park JH, Son JY, 2006 – 30-33) New-Generetion Inteligent Manufacturing: Tendo em vista a forte demanda de desenvolvimento econômico e social, a chegada da internet, big data e cloud computing, o desenvolvimento da internet das coisas (IoT) e a rápida mudança de informação no meio, surge então o terceiro paradigma para manufatura inteligente, se dará então um avanço acelerado na estratégia de desenvolvimento com a inclusão de AI tecnologias, big data inteligente, realidade aumentada entre homem-maquina, crowd inteligenc e cross- media inteligence. (Pan Y, 2016). New-Generetion Inteligent Manufacturing redesenhará todos os processos do ciclo de vida do produto, incluindo design, manufatura e serviços, assim como a integração desses processos. (Ji, Peigen, Yanhong, Baicun, Jiyuan, Liu, 2018) Traditional manufacturing and the human-physical system O sistema tradicional de manufatura inclui duas partes importantes: humana e sistemas físicos. O controle da operação de máquina é completamente manual a fim de completar todos os tipos de tarefas de trabalho: sentidos, analises, tomada de decisão, operação, controle, conhecimento e aprendizado. O sistema de manufatura tradicional pode ser descrito abstratamente como human- physical sistem (HPS) na fig 04. Figura 04 – (a) O mecanismo tecnológico tradicional do sistema de manufatura tradicional (b) esquema para human-physical system. (Zhou J., Li P., Zhou Y., Wang B., Zang J., Meng L, 2016) Digital manufacturing, digital-networked manufacturing and the human-cyber-physical system A primeira e segunda geração de manufatura inteligente difere-se do sistema de manufatura tradicional com a adição do cyber-physical system (CPS). O CPS pode substituir o homem em algumas tarefas intelectuais. Uma porção considerável de tarefas: sentidos, analise e tomada de decisão são reproduzidas e migradas aos CPS. Os sistemas físicos são controlados pelos CPS afim de substituir humanos em tarefas manuais como podemos observar na fig 05. Figura 05 – Primeira e segunda geração de sistemas de manufatura inteligente incorporado aos CPS. (Zhou J., Li P., Zhou Y., Wang B., Zang J., Meng L, 2016) Integrando as qualidades humanas, CPS e sistemas físicos, primeira e segunda geração adquire-se grande capacidade de aprimoramento, especialmente em analise computacional, controle preciso e capacidades sensitivas. A evolução do sistema de manufatura tradicional HPSs para (HCPSs) está descrito de forma abstrata na fig 06. Figura 06 – A evolução dos sistemas de manufatura HPSs para HCPSs. (Zhou J., Li P., Zhou Y., Wang B., Zang J., Meng L, 2016) New-generation intelligent manufacturing and the new- generation HCPS A característica fundamental da nova geração do sistema de manufatura inteligente é que funções cognitivas e de aprendizado são adicionados aos CPS. Os CPS não é apenas um sistema podereso de sensoriamento, analise computacional e capacidade de controle mas também adquire a capacidade de aprendizado e gerar conhecimento. Fig 07. Figura 07 – Mecanismo básico da nova geração de sistema de manufatura inteligente. (Zhou J., Li P., Zhou Y., Wang B., Zang J., Meng L, 2016) Nesse estagio, nova geração de AI tecnologia induzirá mudanças significativas no HCPS e forma uma nova geração HCPS como mostrado na Fig 07. Podemos destacar como principal mudança: (1) Humanos irão transferir alguns de seus conhecimentos cognitivos e aprendizados cerebral aos CPS, permitindo com que eles conheçam e aprendam. (2) Através do sistema integrado inteligente “humans in the loop” a integração homem-máquina aumentará a capacidade do sistema de manufatura manusear problemas complexos e incertos, e irão otimizar muito a performance dos sistemas de manufatura. Figura 08 – A nova geração de HCPS. (Zhou J., Li P., Zhou Y., Wang B., Zang J., Meng L, 2016) A nova geração de manufatura inteligente dará outro destaque a posição central do humano. Sendo um grande sistema integrado que coordenará humanos, CS e PS. Trará qualidade e eficiência na indústria de manufatura elevando a um novo patamar. Libertará a humanidade do trabalho manual intenso e cansativo e do pensamento de baixo nível, permitindo que os seres humanos se envolvam em um trabalho mais criativo. Com a produção inteligente de nova geração, a sociedade humana entrará autenticamente na era da inteligência. (National Manufacturing Chinese Strategy, 2016) Resumindo, o desenvolvimento da indústria de manufatura de manufatura tradicional para nova geração de processos inteligente de manufatura é uma evolução: do antigo “human-physical” sistema binário para a nova geração de sistema terciário “human-cyber-phisical”. Fig 09. Figura 09 – Evolução de HPS para nova geração de HCPS. (Zhou J., Li P., Zhou Y., Wang B., Zang J., Meng L, 2016) System composition and integration of new-generation intelligent manufacturing A nova geração de manufatura inteligente consiste de três subsistemas: produtos inteligentes, produção inteligente e serviços inteligentes. Também inclui o sistema de suporte da Internet Industrial e a fabricação inteligente em nuvem. Fig10 Figura 10 – Integração de Sistemas da nova geração de manufatura inteligente. (Zhou J., Li P., Zhou Y., Wang B., Zang J., Meng L, 2016) Produtos Inteligentes: Produtos e equipamentos estão no centro da manufatura inteligente. Produtos são portadores de valor, enquanto os equipamentos éa precondição e fundação para implementar a manufatura inteligente. (Meyer GG, Framling k, 2009) A nova geração de AI e manufatura inteligente trará oportunidades ilimitadas inovando produção de hoje. Haverá a transformação da geração digital para geração inteligente. Em termos de mecanismos tecnológicos podemos dizer que os produtos e equipamentos de manufatura “geração inteligente” serão altamente inteligente, interface amigável, alta qualidade, baixo custo efetivo e as características já citadas do HCPS. (Zhou J., Li P., Zhou Y., Wang B., Zang J., Meng L, 2016) Produção Inteligente: Produção inteligente é o tema central da nova geração de manufatura inteligente e linhas de produção inteligente, oficinas inteligentes, plantas inteligentes são os portadores principais da produção inteligente. (Gonsalves R, Romero D, Grilo A, 2017). A nova geração de produção inteligente permitirá mais precisão em modelamento, otimização em tempo real, tomada de decisão para sistemas complexos, formando: aprendizado, sentido, adaptação e controle de linha, oficinas e plantas seguras. Alcançaremos alta performance, qualidade, flexibilidade, eficiência, segurança e produtos alto sustentáveis manufaturados. (Zhou J., Li P., Zhou Y., Wang B., Zang J., Meng L, 2016) Serviços Inteligentes: Considerando o novo conceito de manufatura inteligente, todos os serviços pertinentes ao tempo de vida do produto, incluindo marketing, vendas, compras, operação e manutenção vai assumir um conteúdo totalmente novo como: IoT, big data, AI e outras novas tecnologias. A aplicação da nova geração da tecnologia AI dará forma a novos modelos de negocio na indústria de manufatura: (1) Produção em larga escala serão substituídas por pequenas escalas e produtos customizados. (2) Produção baseada em manufatura será alterada para serviços orientandos a manufatura. Essas mudanças impulsionarão o desenvolvimento integrado de serviços orientados na indústria de manufatura e criarão novas formas de negocio para manufatura universal. Modelos Industrial na indústria de manufatura sofrerão mudanças fundamentais de produtos centralizados para modelos centralizados de usuários. . (Zhou J., Li P., Zhou Y., Wang B., Zang J., Meng L, 2016) Ciclo de vida para produto iterativo provendo flexibilidade na I4.0: Técnicas de manufatura avançada permite tempo de vida menor e intenso orientação do cliente com produtos individualizados. (Brecher, Jeschke, Schuh, Aghassi, Arnoscht, Bauhoff, Fuchs, Jooß, Karmann, Kozielski, Orilski, Richert, Roderburg, Schiffer, Schubert, Stiller, Tönissen, 201. Em comparação com o tradicional determinístico ciclo de vida do produto, consistindo nas fases, desenvolvimento, introdução, crescimento, maturidade e declínio, um processo iterativo processo de desenvolvimento inclui uma fase de avaliação com o possibilidade de integrar com os clientes e, assim, reunir dados de campo. (Homburg, 2012) Figura 11. Figura 11 - Macrotact com base nos ciclos de vida de produtos iterativos. (Brettel, Klein, Friederichsen, 2015) O ciclo de vida de produto iterativo é dividido em várias etapas chamados macrotatos, cada um consistindo de duas fases de desenvolvimento, ou seja, conceituação de produto e produto e processo design, e uma etapa de entrada no mercado. Os estágios de crescimento, maturidade e declínio são vistos como etapas intermediárias da fase de avaliação e como pré-passo do próximo macrotato. Processos de desenvolvimento de produtos ágeis e iterativos aumentam produtividade de desenvolvimento e permitem lidar com alta complexidade sob incerteza (Paasivaara, Durasiewicz, Lasenius, 2008). A abordagem para desenvolver produtos com base no “feedback” do cliente é muito semelhante a abordagem de “startup lean” conhecida por fornecer alta produtividade com recursos muito limitados (Mueller, Thoring, 2012). De acordo com a referência sistema de produtividade colaborativa, ambos retornam engenharia e retorno da produção são afetados positivamente pelo ciclo de vida iterativo do produto (Schuh, Potente, Wesch-potente, Weber, Prote, 2014). Ao estabelecer a fase de avaliação como parte integrante do ciclo de vida do produto diminui-se o risco de perder tendências de mercado e aumenta-se assim a capacidade de resposta às mudanças no mercado e necessidades. O ideal é que haja uma assimilação constante do mercado feedback no sentido de integração do cliente que permite empresas direcionar seus processos de fabricação para o mudanças no mercado (Wong, Boon-itt,Y. Wong, 2011). Além disso, o emprego de tecnologias ágeis podem ser vistas como estratégia de flexibilidade proativa. Essa mudança na estrutura de custos pode ser usada de acordo com a estrutura de Gerwin para aplicar pressão sobre concorrentes no mercado, no sentido de redefinir o ciclos de vida do produto e grau de individualização de cada clientes em um mercado específicos para (Gerwin, 1993). Fabrica Inteligente - Ex. fabricação de móveis: Planta inteligente conecta os dispositivos físicos inteligentes por meio de dispositivos de internet industrial. Dispositivos inteligentes podem fazer computação, comunicação, controle preciso, assistência remota e autônoma (Jun, Yin, 2015). No futuro, primeiro precisamos obter informações personalizadas do cliente. Em seguida, a fábrica virtual que baseia-se em design orientando e fabricação em nuvem fará o design e simulação. Finalmente, o cliente confirma o produto e o computador integrado envia os dados específicos para o equipamento apropriado. Dispositivos inteligentes podem ler uns aos outros através tags para alcançar a função de transferência da informação. Com base nas informações, os dispositivos inteligentes podem concluir a fabricação, testes e outras atividades. A fábrica inteligente é a empresa baseada em dados. A operação diária da fábrica inteligente depende principalmente dos softwares e hardware a seguir: a rede da indústria, a segurança da rede da indústria, o big data da indústria, a plataforma de computação em nuvem, o sistema MES, a realidade virtual, RFID, impressão 3D, visão de máquina, logística inteligente e assim por diante. O hardware inclui robôs industriais, aquisição de dados, sensoress industriais (Shu, Zhang, 2014). Figura 11. Figura 12 – Principais atividades de operação para fabrica. (Wang1, Jinfeng, Xu, 2016) Sistema de rede operacional proposto para Fabrica de Móveis Inteligente: A fábrica de móveis inteligente utilizará tecnologia de comunicação de informação (ICT) e sistema físico cibernético (CPS) para vincular equipamentos relacionados, linhas de produção, fábricas, partes relacionadas e produtos. A entrada de rede inteligente será dividida em duas partes. A transmissão de informação, na fabrica de móveis customizados é chamado de M2M. A Fábrica trocará informações através da Internet das Coisas que inclui a plataforma de pagamento da fábrica, plataforma logística inteligente e plataforma de design para finalizar a produção. Conforme podemos observar o processo na Figura 2. Figura 13 – Principais atividades de operação para fabrica. (Wang1, Jinfeng, Xu, 2016) 3. Contribuições A contribuição para essa monografia se deu comparando as abordagens nos trabalhos relacionados à Manufatura Inteligente. Foram selecionados para comparação os artigos: “Toward New-Generetion Intelligent Manufacturing” (Zhou Ji, Li Peigen, Zhou Yanhong, Wang Baicun, Zang Jiyuan, Meng Liu, 2018). “The relevance of manufacturing flexibility in the context of Industrie 4.0” (Brettel, Klein, Friederichsen, 2015). “The Application of Industry 4.0 in Customized Furniture, Manufacturing Industry” ( Wang1, Jinfeng, Songjie Xu2, 2017). No artigo de (Zhou J., Li P., Zhou Y., Wang B., Zang J., Meng L, 2016), O autor traz uma abordagem sistemática onde explicaa evolução no tempo da Industria de manufatura em três etapas: Digital Manufacturing; Digital Networking Manufacturing; New Generation Internet Manufacturing; Tendo em vista essas três evoluções é feita uma representação abstrata buscando o entendimento do cenário atual interface homem com CPS, onde na manufatura tradicional todo nível cognitivo, aprendizado e tomada de decisão é feita pelo homem. Com a chegada da manufatura digital, através do Systema Cyber físico (CPS) o homem transfere algumas de suas atribuições cognitivas e agora o CPS passa a fazer: controle, sistema de analise e decisão, informação e processamento de dados. Os sistemas físicos (PS) substituem o homem em tarefas manuais e sensitivas. O autor também menciona que a nova geração de Indústria de Manufatura, além de funções cognitivas e de sensoriamento poderosas é adicionada ao CPSs o aprendizado e geração de conhecimento. Assim o sistema passa de HPS, HCPS para HCPS-inteligente. Segundo o autor com a manufatura inteligente, demais itens relacionados também se adequam: produto inteligente, produção inteligente e serviços inteligente. Por fim ele conclui que com a chegada da I4.0, IOT e Big Data o modelo de serviços que conhecemos hoje será totalmente adequado, como por exemplo: tempo de vida do produto, marketing, vendas, compras, operação e manutenção. No segundo artigo (Brettel, Klein, Friederichsen, 2015) o autor menciona produtos que nascem e morre rápido devido a alta customização de produtos pelos clientes. É feito uma abordagem quanto ao ciclo de vida do produto, propondo uma nova fase de forma a integrar o cliente com o produto, trazendo o máximo de dados coletados em campo. Dessa forma o autor apresenta cada uma das fases chamadas de Macrotact e propõe que a melhoria da curva se dará com a adição do “feedback” do cliente. O autor conclui então que com a adição da “fase de avaliação” tem-se sempre produtos competitivos em relação ao mercado atual. O terceiro arquivo analisado (Wang1, Jinfeng, Songjie Xu2, 2017) o autor traz uma visão prática na I4.0 com o estudo de uma fábrica de móveis. Dispositivos inteligentes interagem por meio da internet industrial. O inicio do processo de dará com a obtenção da necessidade do cliente (mobília customizada). A fábrica se baseará em design orientado e computação em nuvem, onde haverá a digitalização da informação, analise de design e simulação. O cliente confirma o produto e o computador integrado enviará dados específicos ao equipamento apropriado, dispositivos conversarão entre si. Os próprios dispositivos fabricarão, testarão, enviarão o material para expedição. Haverá uma inteligência no nível alto administrativo, financeiro e logístico da empresa, conectado com a produção e demais processos. 4. Conclusão A indústria atual enfrenta muitos problemas com baixa eficiência dos usos de recursos, condições sub humanas de trabalho, auto custo de trabalho e mercado extremamente competitivo em relação a necessidade do cliente final. A fabricação inteligente é a tendência para acompanharmos o alto crescimento do mercado frente ao avanço tecnológico. O sistema de produção inteligente adquire cada vez mais capacidade de aprendizagem cognitiva. Processo de produção inteligente apresenta qualidade, flexibilidade, alta eficiência e sustentabilidade. Na nova geração inteligente de manufatura os produtos são altamente inteligentes e o centro dos demais processos. Devido a auta-customização e nível de mudanças no produto toda cadeia envolvida no ciclo de vida do produto terão que se adequar a crescente demanda. 5. Referências Bibliográficas Toward New-Generetion Intelligent Manufacturing” (Zhou Ji, Li Peigen, Zhou Yanhong, Wang Baicun, Zang Jiyuan, Meng Liu, 2018). The relevance of manufacturing flexibility in the context of Industrie 4.0” (Brettel, Klein, Friederichsen, 2015). The Application of Industry 4.0 in Customized Furniture, Manufacturing Industry” ( Wang1, Jinfeng, Songjie Xu2, 2017). The future of manufacturing: A new era of opportunity and challenge for the UK. Project report. London: The Government Office for Science; 2013 Oct. Intelligent Manufacturing Systems: A Review (Liang, Rajora, Liu, Yue, Zou, Wang, 2018) Towards Lean Production in Industry 4.0 (Mrugalska, Magdalena K. Wyrwicka, 2017) On sustainable production networks for Industry 4.0 (Prause, Atari, 2017) Intelligent manufacturing: challenges and trends (Sibalija, 2013)