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Análise de texto sobre adjetivos e advérbios

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Análise de adjetivos e advérbios utilizados no texto “Chuvas em Petrópolis seguem 
o curso de uma tragédia anunciada”, de Matheus Pichonelli, para construção do 
sentido. 
Logo no título do texto “Chuvas em Petrópolis seguem o curso de uma tragédia 
anunciada”, temos o adjetivo “anunciada”, que se refere ao substantivo tragédia. 
Segundo o significado da palavra — Fazer anúncio de algo, ou seja, deixar 
recado; informar; fazer propaganda. — pode-se aferir se tratar de algo que já era 
esperado, isto é, a tragédia que poderá ocorrer e que foi alertada. 
No primeiro parágrafo do texto, o autor faz uso de outros adjetivos e advérbios para situar 
o autor do que possa vir ocorrer, devido às chuvas na cidade de Petrópolis “tragédia na 
região serrana do Rio de Janeiro, onde mais de cem mortes foram confirmadas em razão 
dos deslizamentos provocados pelas chuvas, segue um roteiro conhecido de outras 
experiências não muito distantes na memória.”. Adjetivos como “conhecido” e “locuções 
adverbiais como “muito distantes” foram usadas para dar ênfase na problemática 
apresentada por Matheus em seu texto. Uma vez que relembra uma situação que ocorreu 
há pouco tempo em Minas Gerais, Bahia e São Paulo, e por provocar muitas mortes e ser 
uma grande tragédia, deveria ser evitada. 
Mais adiante, na frase “A tragédia mostra que pouco ou nada se aprende com a dor.”, a 
utilização dos advérbios de intensidade — pouco — e negação — nada — demonstram a 
indignação do autor ao mostrar que mesmo tendo gerado dor, prejuízos para as famílias 
e o governo, nada foi feito para evitar outra possível tragédia, causada pelos mesmos 
motivos que levaram às situações anteriores. 
No trecho que inicia-se na linha 25: “Inúmeras promessas foram feitas desde 2011. E, 
como parte do roteiro batido, descobre-se, ao fim da 26 enxurrada, e em meio aos 
escombros, que o poder público não investiu metade do previsto para conter o 27 desastre 
“natural” do futuro”, a utilização do adjetivo “inúmeras” deixa claro que o governo nada 
fez para evitar outro desastre, apenas munindo a população de promessas de melhorias 
que já passam de 11 anos. O adjetivo “batido’’ e “natural” referem-se respectivamente 
para falar que a situação ocorreu outras vezes e que o poder público apenas trata disso 
como se fosse uma ordem incontrolável da natureza, que não pode ser contida, quando 
sim pode-se fazer algo a respeito. 
Matheus ainda fala que com obras estruturais e emergenciais poderia ser contida boa parte 
do desastre. Novamente fazendo uso de adjetivos para se referir ao descaso do poder 
público frente a tragédia que poderia ser evitada — fato que ele relembra a todo momento 
no texto —. No trecho “O estresse climático é outro item que precisa ser lembrado 
antes, durante e depois de tudo que aconteceu em Petrópolis. Ninguém ignora ou deveria 
ignorar que o impacto da crise climática na América do Sul inclui um aumento da 
precipitação média no Sudeste do continente. Isso significa um aumento da ocorrência de 
chuvas extremas.” Os advérbios utilizados, que tratam de tempo, servem para dar ênfase 
que o fator climático é algo a ser estudado não apenas depois de acontecer todas as 
tragédias, mas sim antes e durante o desastre, de forma que pudesse ser pelo menos 
minimizado o efeito negativo causado por causa disto. O advérbio de negação “ninguém” 
é usado justamente para dar ênfase que a situação climática é sempre algo a ser levada 
em consideração, e que a quantidade de chuva aumentou e não teve sua devida atenção 
por conta da falta de atenção. 
E por fim, termina o texto com a frase “Que o fim do período chuvoso não deixe para 
depois a contenção da tragédia de amanhã que poderia ter sido contida ontem.”, em que 
os advérbios de tempo “depois” e “ontem’’ novamente explicitam a necessidade de fazer 
algo a respeito não quando está acontecendo os desastres e sim antes de ocorrer. 
Desta forma, com base na utilização dos adjetivos e advérbios supracitados no texto de 
Matheus Pichonelli, vemos que a finalidade do autor, a julgar pelo tema escolhido por ele 
— Chuvas em Petrópolis — é chamar atenção dos órgãos públicos para que sejam feitos 
projetos e estudos climáticos a fim de evitar tragédias como as que ocorreram na Bahia, 
Minas Gerais e São Paulo, em que muitas pessoas perdem suas casas, vidas, familiares e 
o governo somente faz algo depois que aconteceu o pior com essas pessoas.

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