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O “chiado no peito” é uma expressão clinica de uma variedade de doenças localizadas nas vias aéreas. É o principal motivo de demanda de atendimento a crianças nos serviços de saúde São denominados lactentes sibilantes crianças <2 anos que apresentam quadro de sibilância por pelo menos 1 mês ou 3x em um período de 2 meses A asma é uma das principais causas de sibilância nessa faixa etária. Acredita-se que 1/3 daqueles que iniciam com quadro de sibilância antes dos 3 anos permanecerão sintomáticos, e entre esses, 60% terão manifestações atópicas aos 6 anos de idade FENÓTIPOS DE MARTINEZ: É um esquema epidemiológico acerca da evolução dos quadros de sibilância, que não necessariamente pode ser aplicado na clinica para definir uma evolução Sibilante Transitório: Início dos sintomas com <3 anos de idade e se tornam assintomáticos aos 6 anos Sibilante persistente: - Atópico - Não Atópico Início dos sintomas com <3 anos de idade e sintomáticos aos 6 anos. Pode ser dividido em: • Persistente Atópico: persistência da sibilância na adolescência • Persistente Não Atópico: persistência da sibilância aos 11, mas não aos 13 anos Sibilante Tardio: Inicio > 3 anos de idade Os sibilantes atópicos, de acordo com o estudo de Martinez, apresentavam história familiar positiva para asma e maior probabilidade de desenvolver atopia e asma Os sibilantes tardios, iniciaram crises após 3 anos e apresentaram prognósticos diferentes Características dos lactentes que facilitam fenômenos obstrutivos: • Calibre das vias aéreas reduzido • ↑ nº de glândulas mucosas nos epitélios das vias aéreas = ↑ produção de muco • ↓ complacência pulmonar Quando há presença de processo inflamatório, pode-se ter edema e acumulo de secreções, limitando o fluxo aéreo e resultando em dispneia, uso de musculatura acessória e aparecimento de sibilos ou ruídos adventícios (estertores) ACOLHIMENTO DA CRIANÇA: • É importante valorizar a fala da mãe e a impressão dela acerca do quadro • Intensidade e direção da febre se houver AFECCOES RESPIRATORIAS EM CRIANCAS • Caracterizar o que a mãe define como “dificuldade respiratória” • Características da tosse • Dor torácica (pode ocorrer na asma e pneumonia) • Histórico familiar • Exposição a alérgenos e tabaco • Todo profissional deve ser treinado para identificar sinais de alerta que podem evidenciar gravidade de afecção respiratória: Definição: doença inflamatória crônica das vias aéreas que resulta em decorrência de fatores genéticos + ambientais (acaro, fungos, epitélio de ação, gato; alimentos como leite e ovo – menos comum). A inflamação crônica se torna hiper- reativa resultando em obstrução, a qual se manifesta por: • Tosse • Sibilância • Dispneia • Dor torácica A obstrução da asma é reversível, com uso de medicamentos ou espontaneamente A inflamação decorre de reação complexa entre células inflamatórias, mediadores químicos e células das vias aéreas Agentes bacterianos raramente causam crises Muitas crianças com asma apresentam diagnostico equivocado de pneumonia. Isso porque, é possível que infecções virais e atelectasias estejam sendo tratadas como pneumonias bacterianas há sinergismo dos fatores ambientais quando associados a exposição ao tabaco Diagnóstico: É difícil, visto que os episódios de tosse e sibilância são muito comuns em >3 anos e causados por doença viral Necessário uma história clinica detalhada. Na asma, os fatores que sugerem diagnostico são: • Episódios frequentes de sibilância (>1x ao mês) • Tosse ou sibilo induzido por exercício • Tosse noturna fora de episódio de infecção viral • Ausência de variação sazonal na sibilância • Sintomas que persistem após 3 anos É importante se atentar para sinais de diagnóstico diferencial, ou seja, sintomas parecidos, porém não se trata de asma. Tratamento Preventivo da Asma: Tem como objetivo manter o controle dos sintomas clínicos, evitando exacerbações e hospitalização Envolve ações educativas entre família paciente e equipe Para que o tratamento preventivo tenha impacto é necessário que haja: • Parceria entre paciente, família e equipe • Identificação e classificação da asma de cada criança • Identificação e redução da exposição aos fatores de risco desencadeantes • Tratamento farmacológico aliado e monitoramento do seu controle • Tratamento das exacerbações Tratamento Preventivo Farmacológico: Corticoide inalatório é o principal, pois bloqueia as vias de inflamação (budesonida, fluticasona, beclometasona, salbutamol) • Radiografia de tórax não deve ser realizada inicialmente, apenas nas suspeitas de complicações • Quando o paciente não obtém o controle após a medicação, é fundamental que se verifiquem os motivos que possam estar interferindo, antes de modificar o plano de tratamento • A asma quando não tratada durante a infância pode regredir as taxas de crescimento e altura final Definição: distúrbio sintomático, induzido por inflamação após exposição das membranas do nariz a alérgenos. A única via considerada é a do nariz aos brônquios. O quadro clinico se manifesta por: • Rinorreia (corrimento de muco excessivo) • Obstrução nasal • Prurido nasal • Espirros • Pode estar associado ainda (conjuntivite, otite e sinusites de repetição) A rinite é classificada como: Fatores de Risco: • Histórico familiar de doenças alérgicas; • Sexo masculino; • Nascimento durante a estação do pólen; • Estado de primogênito; • Uso precoce de antibióticos; • Tabagismo materno; • Exposição interna a alérgenos; • Níveis elevados de IgE sérica (> 100 UI/mL) antes dos 6 anos; • Qualquer IgE específica para alérgenos.... ASMA X RINITE: Tratamento Preventivo da Rinite: • Redução da exposição aos alérgenos (acaro, animais, pólen, mofo) • Lavagem nasal • Uso de medicamentos como anti-histamínicos orais e descongestionantes nasais • Imunoterapia Definição: é a inflamação do parênquima pulmonar, causada, na maioria das vezes, por vírus e/ou bactérias 50-60% dos casos referem a etiologia bacteriana Etiologia viral prevalece em >5 anos Os agentes mais comuns são: Streptococcus pneumoniae e vírus respiratório sincicial (VRS) ou Streptococcus pneumoniae e Mycoplasma pneumoniae Os vírus ocorrem com mais frequência no outono e inverno. Os principais vírus causadores de pneumonia são: vírus sincicial respiratório (que causa também bronquiolite), influenza (da gripe), parainfluenza (do crupe) e adenovírus (da bronquiolite grave). As manifestações clinicas são: • Sinais e sintomas de desconforto respiratório • Opacidades à radiografia de tórax Por isso, é necessário exame físico, história clínica e exames como radiografia de tórax A taquipneia é o sinal isolado mais sensível para o diagnóstico de pneumonia Outros sinais são crepitações e tiragens. Sibilância sugere etiologia viral ou asma Em caso de tosse e/ou dificuldade respiratória, deve-se suspeitar de pneumonia. Se houver taquipneia, deve-se considerar pneumonia e iniciar antibioticoterapia. Se houver tiragem, considera-se pneumonia grave, indicando-se a internação Tratamento Preventivo da Pneumonia: • Manter bom estado nutricional • Manter calendário vacinal atualizado • Evitar exposição a agentes como cigarro e poluição • Higienizar as mãos Definição: A bronquiolite é uma infecção viral que afeta as vias respiratórias inferiores de bebês e crianças pequenas com menos de 24 meses de idade. Os sintomas se caracterizam por: • Corrimento nasal • Tosse • Sibilos • Dificuldade para respirar A bronquiolite costuma ser causada por infecções por • Vírus sincicial respiratório (VSR) • Vírus do resfriado comum (rinovírus) • Parainfluenza e outros vírus Tratamento Preventivo da Bronquiolite: • Evitar contato com pessoas contaminadas • Aleitamentomaterno exclusivo • Cuidados básicos de higiene (lavar as mãos) • Evitar ambientes fechados/mal ventilados https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/infec%C3%A7%C3%B5es-virais-em-beb%C3%AAs-e-crian%C3%A7as/infec%C3%A7%C3%A3o-pelo-v%C3%ADrus-sincicial-respirat%C3%B3rio-vsr-e-infec%C3%A7%C3%A3o-pelo-metapneumov%C3%ADrus-humano https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/v%C3%ADrus-respirat%C3%B3rios/resfriado-comum