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UNIVERSIDADE XXXXXXXX SISTEMA DE ENSINO 100% ONLINE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA NOME RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR ATIVIDADE FÍSICA NA EMPRESA E LAZER CIDADE 2022 NOME RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR ATIVIDADE FÍSICA NA EMPRESA E LAZER Relatório apresentado à Universidade XXXXXX como requisito parcial para a obtenção de média semestral nas disciplinas norteadoras do semestre letivo. Tutor (a): INSERIR NOME CIDADE 2022 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 3 1 RELATO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO LOCAL/ INSTITUIÇÃO CONCEDENTE 4 2 RELATO DE ESTUDO DE REFERÊNCIAS ADICIONAIS 5 3 RELATO DA ANÁLISE DO LOCAL DE ATUAÇÃO DO ESTÁGIO 7 4 RELATO DAS METODOLOGIAS UTILIZADAS PELO SUPERVISOR DE CAMPO ............................................................................................................................. 8 5 RELATO DA OBSERVAÇÃO 9 6 RELATO DA PARTICIPAÇÃO 11 7 APRESENTAÇÃO DO PLANO DE INTERVENÇÃO 12 8 RELATO DOS APONTAMENTOS DO SUPERVISOR DE CAMPO 14 9 RELATO DE INTERVENÇÃO 15 10 ANÁLISE REFLEXIVA SOBRE AS ETAPAS DE CAMPO 16 11 APRESENTAÇÃO DOS DOCUMENTOS PEDAGÓGICOS 17 CONSIDERAÇÕES FINAIS 18 VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO 19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 20 INTRODUÇÃO Este trabalho apresentará o relatório de estágio curricular sobre o tema de Atividade Física na Empresa e Lazer. O objetivo do estágio curricular é conhecer, refletir e sistematizar sobre o campo de atuação do bacharel em educação física na área de cultura e lazer. Assim, foi realizada uma intervenção na empresa Saramago S. A., para criação de uma rotina de Ginástica Laboral para seus 40 colaboradores. A empresa em questão não possuía atividades físicas integradas à jornada de trabalho e, como seus colaboradores lidam diariamente com situações de estresse e tensão, além do trabalho de escritório ser realizado quase sem movimentação alguma dos funcionários, se torna importante inserir atividades físicas no cotidiano. Portanto, durante o tempo de realização deste estágio, foi desenvolvido e aplicado um plano de intervenção para inserção de Ginástica Laboral (GL) no cotidiano empresarial da Saramago S. A., com atividades físicas inerentes à prática de GL e realizadas três vezes por semana por todos os funcionários, com participação de um profissional de educação física. O trabalho é justificado, pois as práticas de Ginástica Laboral são uma excelente ferramenta para prevenção das Lesões por Esforços Repetitivos/Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (LER/DORT). Assim, este trabalho realiza o plano de intervenção e dá respaldo bibliográfico sobre as práticas de ginástica laboral. 1 RELATO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO LOCAL/ INSTITUIÇÃO CONCEDENTE A instituição escolhida para realização do estágio é uma situação-exemplo, no caso, a Saramago S. A., empresa do ramo de Tecnologia da Informação, que possui 40 funcionários ao todo. Como empresa do ramo de TI, os funcionários passam por situações de postura incorreta na estação de trabalho, sedentarismo, estresse, além dos impactos físicos, etc., que podem ser minimizados com a prática das atividades laborais. Os benefícios da ginástica laboral vão desde a melhoria da condição física, prevenção de lesões, redução do nível de estresse e satisfação no ambiente de trabalho. Dentre as medidas promotoras da melhoria da qualidade de vida do trabalhador a introdução da ginástica laboral passou a ser comum nos ambientes de trabalho, ocupando um grande espaço dentro das iniciativas de prevenção propostas pelos diferentes profissionais que atuam na saúde do trabalho (SANTOS et al., 2007). A Ginástica Laboral pode atuar positivamente na qualidade de vida do trabalhador, uma vez que consiste basicamente na realização de atividades físicas específicas, praticadas no ambiente de trabalho e direcionadas para a musculatura mais requisitada durante a jornada de trabalho. É efetuada primariamente através de exercícios de alongamento e com duração variável entre cinco e quinze minutos, seus objetivos principais são a prevenção as doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho (DORT) e redução do estresse psicológico (MARTINS, 2005). Para tanto, deve ser bem planejada e variada, já que consiste numa pausa ativa no trabalho, servindo para quebrar o ritmo da tarefa que o trabalhador desempenha, funcionando como uma ruptura da monotonia (SANTOS et al., 2007). Assim, será elaborado um plano de intervenção que consiste na idealização de atividades de ginástica laboral três vezes por semana, com duração de 15 minutos e acompanhadas por um profissional de educação física. 2 RELATO DE ESTUDO DE REFERÊNCIAS ADICIONAIS Zilli (2002) diz que o estilo de vida sedentário é considerado atualmente um dos quatro principais fatores de risco para arteriosclerose e doenças isquêmicas coronárias, além de ser o mais forte e independente fator para o desenvolvimento de uma série de doenças degenerativas. Já Pereira (2003), afirma que estudos realizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que o sedentarismo é uma das dez principais causas mundiais de morte e incapacidade, sendo que mais de dois milhões de mortes por ano seriam atribuíveis à inatividade física. Silva (1999) nos sugere que a prática regular de atividades físicas como forma de prevenção e controle das doenças crônico degenerativas, tem papel equivalente ao representado pela imunização na prevenção e controle de doenças infectocontagiosas Diante deste contexto, o local de trabalho se constitui em um local importante para o desenvolvimento de intervenções visando à promoção de um estilo de vida fisicamente ativo, visto que, os indivíduos passam nesse mais de 8 horas por dia, durante pelo menos 35 anos de suas vidas, ou seja, muitas vezes as pessoas passam mais horas no local de trabalho do que em suas casas (MORAES; DELBIN, 2005; PAPINI, 2009). A Ginástica Laboral (GL) pode ser definida como a prática de exercícios específicos de curta duração, realizados no local de trabalho de forma voluntária e coletiva por trabalhadores na hora do expediente, cujo objetivo é a promoção da saúde dos trabalhadores através de uma atuação preventiva e compensatória (SAMPAIO; OLIVEIRA, 2008). No Brasil, a difusão da GL ocorreu na segunda metade da década de 1980, com uma adesão ainda maior nos anos 1990, coincidindo com a “epidemia” das LER/DORT, sendo, naquela época, introduzida com finalidades diversas como a prevenção de doenças ocupacionais, diminuição dos acidentes de trabalho, aumento da produtividade e melhora do bem estar geral dos trabalhadores (MILITÃO, 2001; MENDES; LEITE, 2004). Quando se fala em GL, é necessário entender sobre as especificidades dos DORT/LER. Segundo Couto et al. (1998), os DORT (distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho são: Transtornos funcionais, transtornos mecânicos e lesões de músculos e/ou de tendões e/ou de fáscias e/ou de nervos e/ou de bolsas articulares e pontas ósseas nos membros superiores, ocasionados pela utilização biomecanicamente incorreta dos membros superiores, que resultam em fadiga, queda da performance no trabalho, incapacidade temporária e, conforme o caso, podem evoluir para uma síndrome dolorosa crônica, nessa fase agravada por todos os fatores psíquicos (inerentes ao trabalho ou não) capazes de reduzir o limiar de sensibilidade dolorosa do indivíduo. Segundo Quilter (1998), estes distúrbios podem apresentar-se como fadiga, falta de resistência, fraqueza, tremores, sentimento de peso, falta de coordenação, dormência dos membros, dor ou irritação dos membros afetados, entorpecimento, formigamento ou perda de sensação, inabilidade ao manusear objetos, dificuldade ao abrir e/ou fechar as mãos, articulações enrijecidas, dores ou dormência nas mãos e punhos ao acordar e no decorrer da manhã, mãos frequentemente frias, necessidade de automassagem frequente, dificuldade ao executar movimentos precisos. Schantz (1992), diz que entre trabalhadores de escritório, os usuários de computador parecem ter mais queixas físicas, relacionadas a suas ocupações.Em pesquisas publicadas tendo como amostra usuários de computador, aproximadamente 33% informaram problemas de saúde: a região lombar, pescoço e dor no ombro responderam por 66% das reclamações, enquanto mais de 50% reclamou de tensão nos olhos e aproximadamente 15% informou sobre problemas nos cotovelos e danos nos braços, atribuídos a movimentos repetitivos. Souza (1998), diz que os DORT costumam manifestar-se em trabalhadores que utilizam microcomputadores acima de quatro horas diárias por, em média, dez anos. Os digitadores foram os primeiros trabalhadores a fazerem parte do grupo de risco do desenvolvimento dos DORT, pela existência dos seguintes fatores: repetitividade, postura indevida e teclados excessivamente duros, obrigando os trabalhadores a dispensarem muita força nas mãos, ocasionando lesões. Portanto, fica demonstrada a importância e justifica-se a aplicação do programa de intervenção objetivando a inserção de uma rotina de GL. 3 RELATO DA ANÁLISE DO LOCAL DE ATUAÇÃO DO ESTÁGIO A Saramago S. A. é uma empresa do ramo de Tecnologia da Informação localizada na cidade de São Paulo – SP. A empresa conta com 40 colaboradores, nos cargos operacionais (programação, marketing, financeiro, etc.), serviços gerais, supervisão, gerência e direção. A empresa funciona em horário comercial, de segunda a sexta-feira, das 08h00 às 12h00 e das 14h00 às 18:00; e aos sábados, das 08h00 às 12h00. Com exceção dos colaboradores de serviços gerais, todos os outros trabalham sentados, com pouquíssima movimentação e realizam esforços repetitivos, como a digitação, por exemplo. Além de incorrerem nos problemas de postura inadequada. A Saramago S. A. pode ser considerada como uma empresa recém chegada ao mercado de TI, crescendo recentemente e ampliando o número de funcionários presenciais, assim, ainda não possuía qualquer plano de atividades físicas conjuntas. Seus sócios, entendendo que precisariam presar mais sobre o bem-estar e a saúde dos colaboradores, decidiram por buscar a criação de um plano de ginástica laboral para a empresa, assim, constituindo seções três vezes por semana de exercícios com duração de, no máximo, 15 minutos. A intenção é, também, melhorar a produtividade dos colaboradores, e fomentar o companheirismo entre a equipe. A infraestrutura da empresa é constituída de salas com cerca de 5 mesas com computadores cada; além das salas privativas para os cargos mais elevados. Além disso, a empresa possui ainda uma cantina para confraternização, que possui espaço suficiente para abrigar todos os funcionários durante a prática de ginástica laboral a ser instituída. Também serão realizadas atividades de descontração e palestras de temas variados relacionados a saúde, uma vez ao mês com duração de uma hora e meia; objetivando maior bem-estar e lazer dos funcionários que, uma vez que possam estar mais descontraídos e alegres, poderão desempenhar de melhor maneira suas funções. 4 RELATO DAS METODOLOGIAS UTILIZADAS PELO SUPERVISOR DE CAMPO O programa de intervenção para criação de uma rotina de GL se iniciou com uma reunião entre o profissional de educação física, a empresa e eu, a parte do estágio. Durante esta reunião, foram estabelecidos alguns dos parâmetros que a empresa gostaria de ter, visando a melhoria da qualidade de vida de seus colaboradores. Se decidiu pela aplicação três vezes por semana de ginástica laboral, com duração de 15 minutos cada, além da distribuição de dicas sobre saúde e realização de palestras mensais sobre os temas de saúde e exercícios físicos. Cada sessão de GL durou 15 minutos, como mencionado, e seu direcionamento inicial foi feito através de um questionário de pontos de sensibilidade, aplicado a todos os funcionários e que buscava verificar os grupos musculares mais requisitados. Assim, as sessões de exercícios contaram com alongamentos, massagens e exercícios de relaxamento. Após a verificação dos grupos musculares mais requisitados, foram enfatizadas, ao longo das sessões de GL, exercícios de alongamento que envolviam as articulações do pescoço, ombro, punho, joelho e para a região lombar, todas selecionadas devido à requisição laboral. Vale ressaltar que os colaboradores possuíam liberdade de requisitar exercícios específicos de alongamento de acordo com o grupo muscular dolorido em determinada sessão. As sessões não foram repetidas, sendo que os exercícios de alongamento, massagem e relaxamento variavam constantemente. Ao todo, desde a fase de preparação, elaboração e distribuição dos questionários, até a fase de execução semanal de GL, o programa durou seis meses. Em cada um destes seis meses, foram realizadas também palestras com temas relacionados à saúde, exercícios físicos, postura e alimentação saudável. Ao fim do período de teste, foi realizado também um questionário objetivando saber como os colaboradores julgavam as aplicações de GL, se foram consideradas proveitosas ou não. 5 RELATO DA OBSERVAÇÃO O profissional de educação física responsável por este plano de intervenção agiu de maneira muito bem direcionada, procurando entender quais eram as principais situações estressantes para os colaboradores da empresa, a partir do questionário inicial realizado, e então, desenvolveu o plano de exercícios diários voltados aos grupos musculares e de articulações mais requisitados nas atividades laborais da empresa. Ainda, agiu atenciosamente com relação às dúvidas que os colaboradores possuíam, seja nas sessões de ginastica laboral ou nas seis palestras realizadas com temas de saúde, exercícios físicos e alimentação saudável. Segundo um estudo realizado por Militão (2001), que aplicou o questionário utilizado por Cañete (1995), e teve o objetivo de verificar se a ginástica laboral contribui para a saúde dos trabalhadores e se existe diferenças significativas nos resultados, da ginástica laboral quando orientada diretamente por um professor de educação física ou por um multiplicador. Os resultados mostraram que a ginástica laboral, quando orientada diretamente pelo professor de educação física, reduziu significativamente as dores nas costas, de cabeça, nos ombros e pescoço, nos membros superiores e inferiores. Diminuiu também o desânimo, a falta de disposição, insônia e irritabilidade, promovendo uma melhor qualidade de vida. Quando orientada por multiplicador, a redução das dores só ocorreu nos membros inferiores e superiores. Lima (2005) reforça a importância de uma atividade física no combate ao sedentarismo para a conservação da postura e, automaticamente, saúde física e mental para uma boa performance profissional. A preocupação em encontrar técnicas de prevenir ou amenizar problemas e doenças crônicas degenerativas, causadas pela constante repetição de movimentos pela falta de orientação adequada no trabalho, é algo cada vez mais comum. A Ginástica Laboral deve ser integrada ao ambiente de trabalho e ao bem estar do trabalhador. O Profissional de Educação Física deve planejar parte do programa de Ginástica Laboral a partir de uma análise das atividades desenvolvidas em cada setor da empresa, e de acordo com as principais causas de afastamentos, queixas mais frequentes ou outro objetivo relacionado à qualidade de vida, pois a Saramago S. A. buscou implantar o programa de GL dentro de um conjunto de ações motivacionais e não especificamente relacionado apenas à prevenção de lesões. 6 RELATO DA PARTICIPAÇÃO Inicialmente, fiquei responsável pela elaboração e aplicação do questionário de pontos de sensibilidade, desenvolvendo-o e o entregando a cada um dos funcionários da empresa. Depois, com a escolha dos exercícios realizada em conjunto com o supervisor de campo, fiquei responsável por analisar e corrigir a execução dos exercícios pelos colaboradores. Também realizei a retirada de dúvidas por parte dos colaboradores e por parte da chefia da empresa. Nas seis palestras realizadas, fiquei responsável por relatar as dúvidas em cinco delas e por realizar uma destas, sobre o tema de posturas e ergonomia. As principais dúvidas relatadastanto nas sessões de ginástica laboral quanto nas palestras que tinham relação ao tema eram sobre postura e sobre como realizar os exercícios de alongamento da melhor maneira possível. Nota-se que a maioria dos funcionários se interessou muito sobre as etapas de alongamento. Ainda, por fim, fiquei responsável por elaborar e entregar um questionário anônimo aos colaboradores para compreender como estes consideraram a aplicação das práticas de ginástica laboral. Todos os funcionários responderam ao questionário e alguns até colocaram seu nome, demonstrando os elogios às práticas elencadas. Para realização dos questionários e da palestra sobre ergonomia, foram consultadas diferentes fontes bibliográficas, como artigo, monografias, livros, periódicos e apostilas. Sobre a realização correta dos exercícios selecionados, também foi consultado bibliografia especializada, porém, o conhecimento do profissional de educação física (supervisor de campo) foi imprescindível para a realização e entendimento das atividades. Relata-se que os colaboradores, antes mesmo da aplicação do questionário final, já apresentavam indícios de gostarem e perceberem os benefícios das práticas de ginástica laboral. Dentre os benefícios elencados verbalmente por estes, se destaca o ganho de flexibilidade, a diminuição de dores na parte lombar da coluna e a diminuição da fadiga motiva pelas práticas laborais. Ainda, destaca-se os momentos de descontração que ocorreram uma vez ao mês, com palestras e confraternização, as quais os colaboradores gostavam muito. 7 APRESENTAÇÃO DO PLANO DE INTERVENÇÃO O questionário inicial de pontos de sensibilidade foi feito baseando-se na referência de Couto et al. (1998), adaptado por Martins (2000). Conforme segue o exemplo: Figura 1 – exemplo de questionário aplicado. Fonte: MARTINS (2000). Assim, cada um dos funcionários recebeu uma cópia do questionário e a respondeu. Após a aplicação deste questionário, o mesmo foi recolhido e as respostas foram analisadas junto ao supervisor de campo. Então, com base nestas observações e outras feitas de maneira verbal, foram desenvolvidas as sessões de exercícios de alongamentos, massagens e relaxamento. Assim, minha área de atuação durante as três sessões semanais de GL foi a de análise da execução dos exercícios por parte dos colaboradores, correção de posturas e execuções inadequadas e retiradas de dúvidas em respeito aos exercícios e outras mais. Se destaca aqui que muitos funcionários tiveram dificuldades na execução de alguns exercícios de alongamento, principalmente pelo fato de terem pouca flexibilidade, mas ao longo das sessões de ginástica laboral, se notou um ganho de flexibilidade por parte dos funcionários. Ainda, durante cinco das seis palestras realizadas, a função realizada foi a de coletar e repassar as dúvidas dos colaboradores ao palestrante. E em uma das seis palestras, minha função foi a de palestrante, desenvolvendo a apresentação relacionada a posturas e ergonometria, com duração de 30 minutos. Por fim, foi realizado o desenvolvimento de um questionário anônimo para entender a percepção dos colaboradores sobre as práticas de ginástica laboral. O questionário continha os seguintes campos: a) Como você analisa a realização das atividades de ginástica laboral realizadas ao longo dos últimos meses? Ruim - indiferente - proveitosa - ótima b) Você notou alguma diferença com relação a dores, postura ou produtividade após a realização das práticas de ginástica laboral? Sim - Não - Comente sobre: c) Você acredita que as práticas de ginástica laboral devem continuar a fazer parte do cotidiano da empresa? Sim - Não d) Você tem alguma reclamação, dúvida ou sugestão a fazer? Assim, após o recolhimento das cédulas, os resultados foram analisados e repassados aos sócios da empresa. Ressalta-se que a maioria dos colaboradores analisou de maneira proveitosa a realização das práticas de GL, considerando que estas práticas devessem continuar no cotidiano da empresa e entendendo que os ganhos de saúde, flexibilidade e até produtividade foram perceptíveis para quase todos. 8 RELATO DOS APONTAMENTOS DO SUPERVISOR DE CAMPO Com a aplicação do plano de intervenção na situação-exemplo, ressalta-se, muito provavelmente, o cuidado e a atenção necessários para que os colaboradores compreendam a importância das atividades, como realiza-las e buscassem vencer as dificuldades iniciais encontradas. O supervisor de campo explicou e aplicou ao iniciar o processo de intervenção na Saramago S. A. que, para o profissional de educação física que vá começar a aplicar ginástica laboral em uma empresa, é preciso se atentar a alguns pontos, como: Segundo o CONFEF, os programas de Ginástica Laboral devem ser elaborados de acordo com as características e necessidades de cada empresa, destacando-se como fatores determinantes os itens abaixo: 1. Perfil da empresa e ramo de atividade É fundamental, para elaboração inicial do programa, conhecer a cultura da Empresa e a peculiaridade de sua rotina diária. 2. Inserções adaptadas aos horários/turnos da Empresa 3. Áreas de risco Os Profissionais de Educação Física devem conhecer previamente os setores da empresa, preparando-se adequadamente para respeitar suas normas de segurança, assim como os riscos ambientais (químicos, físicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes) que podem estar relacionados a suas atividades. 4.Causas de afastamento O Profissional de Educação Física deve planejar parte do programa de Ginástica Laboral a partir de uma análise das atividades desenvolvidas em cada setor da empresa, e de acordo com as principais causas de afastamentos, queixas mais frequentes ou outro objetivo relacionado à qualidade de vida, pois algumas empresas implantam o programa dentro de um conjunto de ações motivacionais e não especificamente relacionado à prevenção de lesões. 9 RELATO DE INTERVENÇÃO Com o projeto de intervenção, encontrou-se algumas dificuldades na realização dos exercícios por parte dos colaboradores, principalmente no início em que estes ainda não julgavam necessário ou mesmo desconheciam a importância das práticas de ginástica laboral. Além disso, conforme citado anteriormente, alguns dos colaboradores possuíam dificuldades na execução de alguns alongamentos, principalmente os colaboradores mais velhos, que possuíam pouca flexibilidade e condicionamento físico. Mas, com paciência e atenção na execução das sessões correntes, foi possível melhorar o quadro de falta de flexibilidade e condicionamento físico para que então estes funcionários pudessem desenvolver os exercícios de maneira correta. Dentre os aprendizados encontrados com o estágio curricular, encontra-se as habilidades de se lidar com um grupo relativamente grande de pessoas, com suas especificidades, idades, comportamentos e históricos diferentes. Assim, foi possível compreender como os exercícios físicos, mesmo os mais simples como os de relaxamento e alongamento, se adaptam à natureza do executor e como o profissional de educação física deve se atentar a estas especificidades individuais. Outro conhecimento importante foi o adquirido com a execução da palestra sobre posturas e ergonomia, pois, ao pesquisar e estudar para desenvolver a apresentação, foi possível aprender mais sobre o tema e ao apresenta-lo ao público, foi possível compreender melhor como trabalhar com um público grande, lidando com a pressão, o nervosismo de se apresentar para várias pessoas, etc., fundamentos que são imprescindíveis para o sucesso profissional. Ressalta-se que os funcionários, por fim, julgaram de maneira positiva a execução das práticas, então, acredita-se que, em uma situação futura, a empresa continue adotando as práticas de ginástica laboral em sua rotina de trabalho, dados os benefícios encontrados com esta prática, em relação a saúde e produtividade dos colaboradores. 10 ANÁLISE REFLEXIVA SOBRE AS ETAPAS DE CAMPO Nas atividades de campo, foram realizadas as aplicações dos questionários, a retirada de dúvidas e correção da execução dos exercíciospressupostos e a palestra sobre ergonomia. Todas estas, foram, indiscutivelmente, importantíssimas para o desenvolvimento profissional e tiveram, em conjunto, papel importante para a execução do projeto de intervenção. Com a execução destas, aliada a supervisão do supervisor de campo e suas ações, foi possível realizar a criação do plano de ginástica laboral na Saramago S. A. E, como visto, dadas aos questionários realizados com os colaboradores por fim, as práticas foram satisfatórias e os ajudaram a ganhar flexibilidade, condicionamento físico, saúde e bem-estar, além de terem servido de prática de lazer e divertimento entre os funcionários, em cada uma das sessões realizadas. Assim, analisa-se como proveitosa a inserção das práticas de ginástica laboral na Saramago S. A., pois estas atenderam corretamente aos objetivos levantados anteriormente, ou seja, para melhorar os índices de saúde física dos colaboradores e ainda seu ânimo, produtividade, suas dores e para diminuir as probabilidades de lesões por esforços repetitivos ou mesmo postura inadequada. Foi proveitosa também a supervisão do profissional de educação física elencado, e, destaca-se também a proatividade da equipe da Saramago S. A. que possibilitou a realização do estágio e a inserção do projeto de intervenção objetivando a inserção da ginástica laboral no cotidiano de seus colaboradores. 11 APRESENTAÇÃO DOS DOCUMENTOS PEDAGÓGICOS Incluir todos os documentos pedagógicos, com exceção da ficha de validação do relatório. Os modelos encontram-se em PDF para download no AVA. CONSIDERAÇÕES FINAIS Com a realização do estágio, foi possível compreender as diferentes atuações de um profissional de educação física, bem como as dificuldades e especificidades inerentes da profissão. Já com a execução do plano de intervenção, destaca-se que os fundamentos foram muito úteis tanto para consolidação de conhecimentos, quanto para a empresa e seus colaboradores, que adquiriram, através das práticas de ginástica laboral, mais saúde, flexibilidade, condicionamento físico, aumento da produtividade e melhora das situações de estresse, com os momentos de descontração e dinâmica em grupo. Além de servir como prevenção para possíveis lesões por esforço repetitivo ou postura inadequada dos funcionários. Ressalta-se ainda que, para os colaboradores do setor de serviços gerais, alguns exercícios diferentes foram pressupostos por fim, para melhorar os elementos relacionados à área, que é totalmente diferente do trabalho em escritório, pois exige mais do corpo, cansa de maneira diferente, etc. Assim, a empresa possivelmente manterá as práticas de ginástica laboral em seu cotidiano, dadas as perspectivas positivas encontradas tanto nos questionários, quanto verbalmente, ao se falar com os diferentes colaboradores, que demonstraram estar animados com as práticas de ginástica laboral semanais. Contudo, vale ressaltar que estas práticas devem continuar a receber a atenção de um profissional de educação física, visando evitar possíveis lesões, a correção de execuções errôneas e a adequação das práticas de acordo com as especificidades de cada um dos colaboradores, que possuem diferentes níveis de práticas de atividade física, idades, gêneros e históricos. VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO Incluir o termo de validação digitalizado REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAÑETE, I. Humanização: desafio da empresa moderna. Porto Alegre: Foco Editorial, 1996. CONFEF. Ginástica Laboral. Disponível em: https://www.confef.org.br/confef/comunicacao/revistaedf/3529#:~:text=O%20Profissional%20de%20Educa%C3%A7%C3%A3o%20F%C3%ADsica%20deve%20planejar%20parte%20do%20programa,de%20vida%2C%20pois%20algumas%20empresas. Acesso em: 04 set. 2022. COUTO, Hudson de Araújo e NICOLETTI, Sérgio José e LECH, Osvandré. 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