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Verusca Luiza APG 23 – Objetivos • Estudar a produção, secreção e atuação da ocitocina e prolactina; • Entender o processo fisiológico de lactação; • Analisar a anatomia das glândulas mamárias. Referência: Tortora Cap – 28 Silverthorn Cap – 26 Fisiologia endócrina Cap - 3 Anatomia da Mama • As mamas se localizam na porção anterior do tórax (anterior aos músculos peitoral maior e serrátil anterior); • Fascia peitoral: camada de tecido conjuntivo denso irregular que faz a separação das glândulas mamárias com os músculos citados; • Papila: projeção pigmentada das mamas; • Ductos lactíferos: aberturas presentes nas papilas mamárias, pouco espaçadas, dos quais emergem o leite; • Auréola da mama: área circular de pele pigmentada ao redor do mamilo e apresenta glândulas aureolares (sebáceas); • Ligamentos suspensores da mama: ficam entre a pele a fáscia e apoiam a mama. Esses ligamentos tornam-se mais soltos com a idade ou com a tensão excessiva; • Glândula mamária: fica no interior de cada mama. É uma glândula sudorífera modificada que produz leite; • Lobos: Constitui a glândula mamária (de 15 a 20); • Lóbulo: compartimentos dos lobos; • Alvéolos: agrupamentos de glândulas secretoras de leite que compõe os lóbulos; • Células mioepiteliais: ficam em torno dos alvéolos e a contração dessas células ajuda a impulsionar o leite em direção às papilas mamárias; • Túbulos secundários • Ductos mamários • Seios lactíferos: expansão dos ductos mamários, onde um pouco de leite pode ser armazenado antes de ser drenado para oducto lactífero. • Alvéolos – Túbulos secundários – Ductos mamários – seios lactíferos – ducto lactífero. • As funções das glândulas mamárias são: síntese, secreção e a ejeção de leite → Lactação. Lactação • Sucção → Hipófise anterior → Prolactina → Produção de leite nos alvéolos. Verusca Luiza • Durante o período de gravidez, normalmente não ocorre produção do leite devido a presença de progesterona e estrogênio (inibem a produção do leite); ➢ Quando os níveis de estrogênio e progesterona ainda estão altos, as glândulas produzem pequenas quantidades de uma secreção fina e com baixa quantidade de gordura, chamada de colostro. • No final da gestação os níveis de estrogênio e progesterona são reduzidos, logo a inibição da produção do leite também é reduzida. No entanto, a produção efetiva só ocorre pós-parto; • Sucção → hipófise posterior → Ocitocina → Saída do leite. • Embora a liberação de prolactina necessite do estímulo mecânico da sucção, a liberação da ocitocina pode ser estimulada por vários estímulos cerebrais, incluindo pensar na criança. Muitas mães podem ter a liberação inapropriada de leite desencadeada pelo choro de alguma outra criança. Ocitocina • A liberação e produção desse hormônio é estimulada pela sucção durante a lactação e pela distensão do colo do útero durante o parto. Efeitos fisiológicos da Ocitocina • Na mama, a ocitocina estimula a ejeção do leite ao produzir a contração das células mioepiteliais que revestem os alvéolos e os ductos da glândula mamária; • No útero gravido, produz contrações rítmicas para ajudar a induzir o trabalho de parto. Controle da liberação de Ocitocina • Estimulação mecânica do colo do útero pelo feto no final da gestação; Verusca Luiza • Estimulação dos receptores táteis nos mamilos em fase de lactação durante a sucção (O aleitamento materno gera impulsos que são transmitidos à medula espinal e aos neurônios produtores de ocitocina no hipotálamo); • Além de sua secreção pelas terminações neurohipofisárias na hipófise posterior, a ocitocina é liberada no NOS e NPV do hipotálamo (Consiste em controlar a atividade dos neurônios de ocitocina de modo autócrino, por meio de um mecanismo de retroalimentação positiva, aumentando a liberação neuro – hipofisária de ocitocina); • A liberação é inibida pela ocorrência de dor intensa, aumento da temperatura corporal e ruídos altos. Receptores de ocitocina • São receptores de membrana acoplados a proteína G; • Encontrados no útero, glândulas mamárias e cérebro. Prolactina • É um hormônio peptídico sintetizado pelos lactotropos presentes na adeno – hipófise; • Os lactotropos correspondem a certa de 12 – 20 % da população celular da adeno – hipófise, entretanto essa porcentagem aumenta em níveis elevados de estrogênio, particularmente durante a gravidez; • Os níveis de Prl são mais altos no sexo feminino do que no masculino; • As concentrações de Prl são mais altas durante o sono e mais baixas durante as horas de vigília nos seres humanos. Regulação da liberação da prolactina • Encontra-se predominantemente sob inibição tônica pela dopamina (neurônios dopaminérgicos do hipotálamo); • A inibição dopaminérgica é mediada pelos receptores dopaminérgicos (D2) acoplados a proteína Gi; • A liberação também está sob controle inibitório pela somatostatina (SS) e pelo GABA; A regulação global é complexa, envolvendo não apenas sua inibição pela dopamina, mas também a estimulação por vias serotoninérgicas e opioidérgicas, pelo GnRH e possivelmente pela galanina. • A liberação da Prl é afetada por uma grande variedade de estímulos provenientes do ambiente e do meio interno: principalmente sucção e o aumento dos níveis de hormônios esteroides do ovário, principalmente estrogênio; • A liberação de Prl em resposta a sucção é conhecido como reflexo neuroendôcrino de estimulação – secreção: é mediado pela diminuição na quantidade de dopamina na eminência mediana, removendo a inibição trófica dos lactotrpos; • Neuropeptídeos como fatores de liberação da Prl: TRH, ocitocina, peptídeo intestinal vasoativo e neurotensina; ➢ Esses fatores de liberação pertecem a duas categorias: os ativos na presença do tônus de inibição da dopamina e os que só exercem seu efeito quando o tônus inibitório da dopamina é removido. Ex: O TRH é um fator de liberação que atua na presença nos tônus inibitórios. Ele funciona como um potente estímulo para a liberação da Prl pela estimulação dos receptores de TRH na membrana celular do lactotropo. Contudo o papel fisiológico da liberação de Prl induzida pelo TRH não foi esclarecido. Verusca Luiza • A Prl regula sua própria secreção por meio de um mecanismo de retroalimentação de alça curta, por sua ligação aos receptores de Prl localizados nos neurônios dopaminérgicos neuroendócrinos. Essa ligação determina um aumento na síntese de dopamina pelo hipotálamo. Efeitos fisiológicos da prolactina • São mediados pelo receptor de Prl (receptores de membrana); • Os receptores de Prl são encontrados na glândula mamária e no ovário e em várias regiões do cérebro; • Os principais efeitos fisiológicos: ➢ Estimulação do crescimento e do desenvolvimento da glândula mamária; ➢ Sintese de leite e na manutenção da secreção de leite; ➢ Durante a gravidez, a Prl prepara a mama para a lactação; ➢ Inibição da liberação de GnRH, biossíntese de progesterona e a hipertrofia de células lúteas durante a gravidez; A produção e secreção do leite são impedidas durante a gravidez pelos níveis elevados de progesterona.
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