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Gabriela rocha
Mamas 
Prolactina e ocitocina 
Introdução
· As glândulas mamárias são pequenos órgãos que consistem na secreção de leite para a nutrição do recém-nascido. As mamas femininas são responsáveis pela síntese do leite durante o período de lactação. São formadas por células secretoras de leite encontradas nos ductos rodeadas por tecidos glandular. A menor parte da glândula é responsável pela produção do leite durante a lactação.
· Anatomicamente a mama é absolutamente bem estruturada logo, os eventos que sucedem durante o período gestacional são fantasticamente únicos. As mudanças que ocorrem são oscilantes. É importante conhecer a estrutura da mama pois a mesma é formidável na vida de uma mulher, não apenas na alimentação do recém-nascido, mas, também como características sexuais secundarias e outros fatores.
Estrutura 
· As mamas femininas são os órgãos responsáveis pela produção de leite e são constituídos por três tipos de tecido: o adiposo, tecidos e glândulas mamárias estão situadas na parede anterior do tórax.
· A menor parte da glândula é responsável pela produção do leite durante a lactação, o lobo mamário é conjunto de lóbulos que se liga à papila através de um ducto, e os ductos mamários em número de 15 a 20 canais conduzem a secreção (leite) até a papila.
· O tecido glandular é conjunto de lobos, ductos e papila elástica onde desembocam os ductos mamários. A aréola é a estrutura central da mama onde se projeta a papila e localiza todo tecido adiposo, cuja quantidade varia com as características físicas, estado nutricional e idade da mulher. 
“Cada lóbulo, separado dos vizinhos por um tecido conjuntivo denso e muito excretor, denominado ducto galactóforo. Esses ductos medem, aproximadamente, 2 a 4,5 centímetros de comprimento e emergem independentemente no mamilo, que possui de 15 a 25 aberturas, cada uma com cerca de 15 milímetros de diâmetro.”
· Estruturalmente a parte distal nos mamilos é formada por 15 a 20 lobos mamários, constituídos por tecido alveolar glandular, cada lobo mamário é uma unidade glandular independente, portanto separado dos restantes por tecido conjuntivo e por quantidade variáveis de tecido adiposo, encontrando-se dispostos relativamente ao mamilo, radialmente e a diferentes profundidade, o lobo mamário é constituído por um número variável de pequenos lóbulos estes consistem numa rede de canais e de pequenos alvéolos (3 a 100), os quais são revestidos internamente por células alveolares (secretoras), e externamente por uma camada de células mioepiteliais sensíveis à oxitocinamama é formada por duas porções distintas: parênquima e o estroma mamário. 
· O estroma é constituído por tecido conjuntivo, colágeno e tecido adiposo, responsável pela consistência característica da mama.
· O parênquima é constituído pela porção secretora (ácinos ou alvéolos) e um sistema canalicular que se inicia nos alvéolos mamários e termina na parte distal, nos mamilos, e é formado por 15 a 20 lobos mamários e são constituídos por tecido alveolar glandular. 
Glândulas mamárias 
· As glândulas mamárias são órgãos complementários do aparelho reprodutor feminino. 
· A função delas e de secretar leite adaptado à nutrição do recém-nascido. 
· O desenvolvimento da glândula mamária e a instalação de lactação são controlados pelo sistema nervoso central. 
· O controle da SNC se exercita sobre a função gonadotrópica da hipófise anterior. 
· A estação de controle neuro-hormonal é o hipotálamo. 
· A função da glândula mamária resulta pela interação dos vários sistemas hormonais, antagônicas ou sinérgicas.
Conceitos e funções
· As glândulas são órgãos ou tecidos formados por células epiteliais secretoras, que são capazes de segregar determinadas substâncias. Como afirma Hurley (2002) elas podem ser de dois tipos: exócrinas ou endócrinas, sendo a glândula da mama uma glândula exócrina, ou seja, são de secreção externa, libertando os seus produtos para o meio externo ou para cavidades internas que comuniquem com o exterior.
· As glândulas mamárias são glândulas formadas por células secretoras de leite encontradas nos ductos rodeadas por tecido glandular. De acordo com Pough, Janis e Heiser (2003 p.01) “As glândulas mamárias são glândulas exócrinas exclusivas dos mamíferos [...]. Ambos os sexos as possuem, embora nos machos, seu desenvolvimento cesse antes da puberdade.” 
“A glândula mamária é considerada uma parte do sistema reprodutor, e a lactação pode ser considerada como a fase final de um ciclo de reprodução. Assim, pode-se dizer que, para a maioria dos mamíferos, uma falha em aleitar, tal como a falha de ovular, é também uma falha em reproduzir.”
· As glândulas mamárias têm por função a produção e secreção de leite para a alimentação do bebê durante os primeiros meses de vida. Á secreção de leite materno apenas se desenvolve depois do parto, durante o período conhecido como lactância como resposta às influências hormonais que se produzem no organismo da mulher, sobretudo com a influência da progesterona, os seios sofrem várias modificações logo no primeiro mês de gestação já havendo a proliferação dos canais galactóforos, aumentando assim o volume dos seios. Nas últimas semanas de gestação também é produzida uma proliferação dos ácinos glandulares, ficando as mamas preparadas para iniciar a sua atividade secretora.
· O início da secreção láctea inicia-se pouco depois do parto, com à influência da hormona hipofisária, denominada prolactina que atua sobre as células glandulares das mamas estimulando a fabricar uma mistura de água, açúcares, proteínas e outras substâncias que se resulta no leite materno. Após o nascimento do bebê os seios secretam um líquido espesso amarelado com o nome de colostro, e somente no quarto ou quinto dia pós-parto inicia o chamado "subida do leite" onde os seios começam a produzirem este poderoso alimento para o recém-nascido.
 
Hormônios 
· A produção de leite se dá no início da lactação, que ocorre nos alvéolos das glândulas mamárias. Através dos ductos lactíferos o leite sai dos alvéolos e caminha até o mamilo. Um dos hormônios responsáveis para que haja o desenvolvimento das mamas é o estrogênio, que é produzido pela tireoide.
” Este desenvolvimento vai ser acentuado através da ação da progesterona, que também produz a proliferação dos ductos. Durante a gravidez, há a necessidade de uma proliferação dos alvéolos e dos ductos para a lactação. Isto ocorre devido à ação dos hormônios progesterona e estrogênio.”
· Durante a gravidez a prolactina aumenta homogeneamente, e é aumentado após o parto e durante a lactação. Com a presença do estrogênio e da progesterona a prolactina é inibida, ao final do trabalho de parto há queda no nível desses hormônios possibilitando o aumento da prolactina e, assim, o início da produção do leite. A sucção do recém-nascido é o responsável pela secreção de prolactina. Ressalta ainda a avaliação de Gerald, (2002 p.01). Isso acontece porque quando o bebê faz sucção nos mamilos, estimula o hipotálamo a secretar fator liberador da prolactina, mantendo seus níveis e, consequentemente, a produção do leite. Essa produção só reduzirá ou estancará completamente se a mãe não amamentar seu filho [...].
· Para ocorrer a produção de ocitocina pela hipófise anterior deve se estimulá-la, fazendo a sucção dos mamilos. Esse hormônio desempenha importante papel na lactação, pois ele é o responsável pela descida do leite dos alvéolos mamários aos mamilos. Para promovendo a descida do leite até os mamilos a ocitocina secretada pela hipófise cai na corrente sanguínea e irá promover a contração da musculatura lisa ao redor dos alvéolos. O leite só é produzido após o primeiro dia, sendo a secreção das primeiras horas após o parto o colostro, líquido aquoso, amarelado, que contém anticorpos maternos que irão proteger o bebê ao longo da sua vida extrauterina.
Função do estrogênio:
· Durante a gravidez é secretada pela placenta uma grande quantidade de estrogênio, que promove um desenvolvimento ainda maior das mamas, aumentando o estromae a deposição de grande quantidade de gordura, como também a ramificação do sistema de ductos. 
” Outros hormônios também estão envolvidos no desenvolvimento dos sistemas de ductos, são eles: o hormônio do crescimento, a prolactina, os glicocorticóides adrenais e a insulina. Como cada um deles desempenha função no metabolismo das proteínas, presume-se a sua função no desenvolvimento mamário. [...]”
Função da progesterona:
· A progesterona age em conjunto com todos os hormônios que formaram os ductos, especialmente com o estrogênio, que provoca o crescimento dos lóbulos e dos alvéolos. Durante a segunda metade do ciclo menstrual feminino a progesterona age sobre o endométrio do útero, explicando certos desconfortos. Essas alterações são análogas aos efeitos secretores da prolactina.
Função da ocitocina:
· O leite é secretado no interior dos alvéolos das mamas, mas não é diretamente conduzido para o sistema de ductos, não sendo espontâneo o vazamento aos mamilos. O leite precisa ser ejetado do interior dos alvéolos para os ductos e daí para os mamilos. Como se observa no entendimento de Gerald (2002 p.04).”A mamada do lactente provoca transmissão de impulsos sensoriais pelos nervos somáticos dos mamilos para a medula espinhal da mãe e, daí para o hipotálamo, promovendo a secreção da ocitocina juntamente com a prolactina [...].”
· Para promover a descida do leite, a ocitocina secretada cai na corrente sanguínea, provocando a contração dos alvéolos, fazendo que o leite flua até os ductos. O efeito da sucção da mamada garante a ejeção do leite nas duas mamas.
Início da lactação
· A hipófise anterior secreta o hormônio da prolactina, desde a quinta semana de gestação até o nascimento sua concentração no sangue aumenta uniformemente. A prolactina tem a função de promover a secreção do leite, após o parto aumenta de 10 a 20 vezes em relação ao nível normal antes da gravidez. Entretanto o estrogênio e a progesterona funcionam como antagonista inibindo a própria secreção do leite. 
“A secreção de somatomamotropina coriônica humana (hormônio relacionado à nutrição do feto) pela placenta mantém a prolactina da hipófise materna durante a gestação, mesmo assim os efeitos do estrogênio e progesterona inibem a secreção do leite além de pequenas gotas diárias durante o período gestacional.”
· Os níveis de estrogênio e progesterona produzidos pela placenta tem queda acentuada logo após o parto, permitindo o efeito lactogênio da prolactina da hipófise materna assuma seu papel natural da secreção do leite. A produção do leite requer a secreção de outros hormônios maternos imprescindíveis à formação da composição do leite rico em aminoácidos, ácidos graxos, glicose e cálcio, são eles: o hormônio do crescimento, cortisol, o hormônio paratireóideo e a insulina.
· Os níveis de secreção de prolactina após o nascimento da criança voltam aos níveis normais não-grávido, entretanto a prolactina secretada delo hipotálamo aumenta de 10 a 20 vezes quando a mãe amamenta o filho, os receptores nervosos dos mamilos atingem o hipotálamo, provocando o aumento dessa secreção, que permanece elevado por até uma hora.
· Caso aconteça a paralisação do aleitamento ou ocorra alguma lesão no hipotálamo, a mama produzirá leite em média por mais uma semana. Se a criança continuar sugando o leite sua produção continuará por vários anos, mas em quantidade menor a partir de sete a nove meses depois do parto.
Controle da secreção da prolactina:
· O hipotálamo controla a secreção da prolactina, e quase todos os hormônios da hipófise anterior. Entretanto o controle da prolactina difere dos demais hormônios: o hipotálamo estimula a produção de todos os hormônios, mas inibe a produção da prolactina.
“[...] lesões do hipotálamo ou do sistema de condução porta-hipotálamo-hipofisário aumentam a secreção de prolactina e inibe a secreção dos outros hormônios da hipófise anterior. Poderemos concluir que a secreção da prolactina seja controlada por um fator inibidor do hipotálamo e transmitida para hipófise pelo sistema porta-hipotálamo-hipofisário. Esse fator é denominado hormônio de inibição da prolactina [...].”
· É importante ressaltar a importância funcional que o hipotálamo exerce sobre o controle da secreção de prolactina no organismo, sabendo diferenciar a inibição e a própria produção.
Referências 
CAMPBELL, Mary K. Bioquimica. 3. ed. Porto Alegre: Editora ARTMED, 2005.
GUYTON, Artur C. HALL, John. Fisiologia Médica. 10. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2002.
GERALD, Tartora. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 9. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2002.
CUNNINGHAM, J. G. Tratado de Fisiologia Veterinária. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 1999. 527p