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Capítulo 1 – FONOLOGIA Notas introdutórias: 1. Professor(a), segundo alguns autores, palavras como Mário, colégio e história admitem uma dupla classifica- ção (que implica uma dupla possibilidade de divisão si- lábica): tanto podemos afirmar que terminam em diton- go crescente como podemos considerar a ocorrência de hiato (Má -ri -o, co -lé -gi -o, his -tó -ri -a). Nesta obra opta- mos por classificar esses encontros como ditongos cres- centes e não como hiatos. Em consequência, tais pala- vras serão classificadas como paroxítonas e não como proparoxítonas eventuais, como fazem alguns autores. 2. Em vários exercícios, temos a ocorrência de ditongos fo- néticos, que não são representados na escrita (é o caso, por exemplo, de palavras terminadas em em ou am, em que, foneticamente, temos os ditongos / ̃ej/ e /ãw/); chamamos a atenção para a corriqueira ocorrência des- ses ditongos em questões de provas. Remeta o aluno para a página 21, em que explicamos como distinguir am e em dígrafos vocálicos de am e em ditongos nasais. Atividades (p. 25) 1. O trocadilho consiste no jogo de palavras existente entre “um achado” e “machado”. Na fala, o fonema re- presentado pela letra m de um funde-se com o a inicial de achado, formando a palavra machado. 2. a) conhecimentos, preenchida, raramente, interior, re- conhecimento, sempre, contra, Comando, imediata- mente, lembrariam. b) professor, guardas, desde, estamos, patrulha, sem- pre, mesmo, contra, lembrariam, outros. c) conhecimentos, professor, minha, preenchida, guar- das, guerra, patrulha, reconhecimento, missões, que. 3. a) arrancam, arrependidos, nenhum. b) gostei, estações, estou. 4. Fonema. 5. so -li -dá -rio; so -li -tá -rio. Professor(a), veja a nota intro- dutória 1. 6. Em ambas as palavras, ocorre o ditongo crescente ‑io. Professor(a), veja a nota introdutória 1. 7. O primeiro é uma vogal; o segundo, uma semivogal. Professor(a), veja a nota introdutória 1. 8. a (quatro ocorrências): átono; ser: tônico; o: átono; que (duas ocorrências): átono; não: tônico; é: tônico; e: átono; tem: tônico; de: átono; se: átono; das: átono; faz: tônico. 9. A letra destacada representa fonemas distintos nos pares b, d, f e g. Professor(a), seria interessante comentar que nos pares berra – gelo, cedo – belo e loja – moça, a letra destacada ora representa uma vogal aberta (berra, belo, loja), ora representa uma vogal fechada (gelo, cedo, moça). 10. ra -í -zes (o i representa uma vogal); di -rei -to (o primeiro i representa uma vogal; o segundo, uma semivogal); mi -ú -do (o i e o u representam vogais); he -rói (o i re- presenta uma semivogal); náu -fra -go (o u representa uma semivogal); ba -ú (o u representa uma vogal). 11. lixo agrotóxico máximo existência xarope paradoxo próximo exagero caixa complexo auxílio exército xingar reflexo contexto exame peixe anexo sintaxe exato 12. Deve -se levar em conta que, em decorrência de hábitos linguísticos, muitas pessoas pronunciam o fonema /e/ inicial de algumas palavras de forma reduzida, fazendo- -o soar de modo semelhante a /i/. Esse fenômeno é mais comum em palavras em que o fonema /e/ vem seguido por sc: “isculhambação”, “iscada”, “iscama”, “iscândalo”, etc. Muito provavelmente, na fala, a apre- sentadora realiza o fonema inicial de escola como /i/, o que a levou a concluir que a grafia da palavra deveria ser com a letra i. 13. e 14. Chave 15. Fixo 16. representante: 11; assanhado: 7. 17. Lixo 18. Laranja 19. Falange 20. Ficha 21. 8 fonemas. 22. Herói, tênue. Professor(a), com relação à tênue, veja a nota introdutória 1. 23. caderno, compor, laranjal, metafísica, música, herói, sabonete, alçapão, irmão, alemão, órfã, lâmpada, ven- der, talvez, café, japonês, altivez, mesquinhez, cami- nhão, maquinaria. 24. Apresentam dígrafo: quero, exceto, telha, agulha, exce- ção, assado, nasça, ficha, esquilo, foguete, murro, che- que (dois dígrafos ch e qu), descer, chinelo. Apresentam encontro consonantal: lucro, marco, livro, falso, brasa, prato, blusa, apto, aplauso, trava. 25. a) ignorância, demência, trégua, dicionário, leite, mamãe, dispõe, tesoura, irmão. Professor(a), com relação à ignorância, demência, trégua e dicionário, veja a nota introdutória 1. b) Saara, raiz, saída, saúva, retribuíssemos c) Paraguai, averiguei, saguão d) diário, régua. Professor(a), veja a nota introdutória 1. e) véu, anéis, vou, loira, férteis f) ninhada, carroça, quilo, guerra, esquilo, tampa, limpo, tinta, canto RESPOSTAS DAS ATIVIDADES CPGramatica_MP_001_056.indd 4 6/1/17 3:33 PM Ed ito ra Sc ipi on e Dos textos à gramática/Da gramática aos textos (p. 27) 1. É constituído por meio de letras (representações gráfi- cas de fonemas) que vão constituir uma palavra. 2. Trata-se de um texto sincrético, na medida em que con- tém linguagem verbal (palavra). No entanto, a disposi- ção dos sinais gráficos na folha de papel confere um caráter visual ao texto. Dessa forma, o plano da expres- são apresenta os aspectos visual (a imagem) e sonoro (os fonemas). Podemos dizer que se trata de um texto verbo-visual. 3. Resposta pessoal. Espera-se uma resposta afirmativa. A disposição das letras que representam os fonemas que formam a palavra velocidade demanda que a leitura do texto se processe de forma gradual, do mais lento ao mais rápido, contribuindo dessa forma para expressar o sentido de velocidade. Capítulo 2 – ORTOGRAFIA Atividades (p. 39) 1. Nesse enunciado, banco está empregado na acepção de “lugar destinado para sentar”. A segunda frase do texto (“Têm aquele apoiozinho [...]”) desfaz qualquer ambiguidade, na medida em que esclarece o sentido de banco na primeira frase. 2. Pessoa que deixa um país para viver em outro. 3. a) dengoso b) charmoso c) maravilhoso d) infeccioso e) impiedoso 4. a) delicadeza d) avareza b) aspereza e) fineza c) nobreza 5. Podem ser destacados: “praga”, “gente ociosa e de pou- cos escrúpulos”, “velhacos”, “só trouxeram maus hábi- tos, esperteza e velhacaria”. Pode-se comentar que o narrador não apenas diz isso, mas manifesta sua concordância ao dizer que a repu- tação negativa dos ciganos era merecida. 6. a) canjica b) estereótipo c) engolir d) pantomima e) hilaridade f) xifópago g) frontispício 7. a) frisar d) embolia b) acordeão e) baliza c) dentifrício 8. a) acessório b) celeiro c) cerração d) cocho e) apóstrofo f) custear g) pleito 9. Cravos é palavra homônima. Em um jardim, o sentido esperado era o de uma espécie de flor; no entanto, pela figura, o sentido que se dá a cravos é o de um ponto es- curo que aparece na pele por obstrução dos poros. 10. As palavras são “panhar” e “maginando”. 11. As palavras parônimas são cavaleiro, aquele que caval- ga, e cavalheiro, homem cortês. 12. a) macaxeira b) xilindró c) pichar d) cochicha; espicha e) Deixe; xereta; mexa; mochila 13. a) x b) x c) ch d) ch e) x 14. caxumba, cachimbo, chuchu, lagartixa, mexer, xarope, flecha, pechincha, xingar, puxar, piche, tocha, checar 15. consecução, imersão, sinusite, soçobrar 16. a 17. b 18. a Dos textos à gramática/Da gramática aos textos (p. 41) 1. Fazer o leitor rir, divertir-se. 2. Trata-se de um emprego da palavra em sentido figura- do, isto é, fora do sentido próprio. Ao dizer que o cardá- pio era indigesto, o autor chama a atenção para o fato de que é difícil aceitar (ou engolir, em sentido figurado) um cardápio com erros de ortografia. O título tem, por- tanto, caráter irônico. 3. “Traga-me uns erros de ortografia”. 4. Lista. 5. Erros de ortografia são desvios na grafia (escrita) da palavra, ou seja, há erro de ortografia quando uma pala- vra é grafada de forma diferente do que prescreve a or- tografia oficial. Por exemplo: escrever pesquiza (com z) ou cardapio (sem acento gráfico). Como a acentuação gráfica faz parte do sistema ortográfico, um erro de acentuação é considerado um erro ortográfico. Os erros ortográficos aparecem exclusivamentena língua escri- ta. Quando, na língua escrita, pronunciamos uma pala- vra em desacordo com o que estabelece a norma culta (prototipo em vez de protótipo), não há erro de orto- grafia, mas de prosódia, isto é, de pronúncia. Capítulo 3 – ACENTUAÇÃO GRÁFICA Atividades (p. 47) 1. Embora as regras de acentuação não prescrevam acen- to gráfico na palavra ruim, Guimarães Rosa usou o acento gráfico para indicar como o personagem pro- nunciou a palavra ruim nas duas ocorrências: na pri- meira como paroxítona (rúim) e na segunda como oxí- tona (ruím). Professor(a), destaque a pronúncia correta da palavra ruim: com acento tônico na última sílaba (oxítona), mas sem acento gráfico. 5MANUAL DO PROFESSOR CPGramatica_MP_001_056.indd 5 6/1/17 3:33 PM Ed ito ra Sc ipi on e 2. a) Para sossegarmos os leitores, que estarão sem dúvi- da com cuidado no mestre de cerimônias, apressa- mo-nos a dizer que não chegou ele a ir à cadeia; o Vidigal quis dar-lhe apenas uma amostra do pano, e depois de o ter exposto na casa da guarda por algu- mas horas, como já acontecera ao Leonardo, à visto- ria pública, o deixou ir embora envergonhado, abati- do, maldizendo a ideia que tivera de ir assistir de dentro do quarto à festa dos anos da sua amásia. b) Cultivei por muito tempo uma convicção: a maior aventura humana é dizer o que se pensa. Meu bisa- vô, vigilante, puxava sempre da algibeira esta moeda antiga: “A diplomacia é a ciência dos sábios”. Era um ancião que usava botinas de pelica, camisa de trico- line em fio de Escócia, e gravata escolhida a dedo, em que uma ponta de cor volúvel marcava a austeri- dade da casimira inglesa. c) Um país de povo alegre, festeiro, que dribla todas as dificuldades com o célebre jeitinho, um país feliz. E mais! Um povo que nunca enfrentou guerras, nem pestes, nem vulcões, nem terremotos, nem furacões, nem lutas fratricidas. E mais! Um povo que convive em amenidade e cortesia, um povo prestativo, de coração bondoso, em que todas as cores e raças se misturam livremente, pois desconhece o preconcei- to racial, visto que aqui o preconceito é econômico. d) Como as plantas e os animais, também as pessoas podem se comunicar, dizer o que pensam e o que sentem, sem utilizar palavras. Um violinista utiliza a música para transmitir ao público o que sente; um pintor demonstra através de seus quadros sua forma de ver o mundo; os bailarinos usam o corpo para ex- pressar emoções... Você também, quando faz um desenho para alguém, quando dança, quando chora ou ri, está se expressando e se comunicando, mesmo sem usar uma palavra sequer. e) Finalmente eu ia começar a minha marcha, e fora o cadáver de Nina que descerrara as portas da minha prisão. Levantei-me de novo, inquieto, caminhei pelo quarto – ah, nunca me parecera tão pequeno, tão ir- respirável, de paredes tão estreitas. Conhecia cada um dos seus cantos como pedaços de um território amigo – e eis que de repente, a um simples sinal do destino, tornavam-se estrangeiros para mim. f) Em consequência da romanização, a língua portu- guesa tem a sua origem principal no latim: o chama- do latim coloquial tardio. O latim coloquial tardio, também designado latim vulgar, era utilizado por funcionários, soldados, co- merciantes e foi introduzido durante a romaniza- ção; este latim contrapõe -se ao chamado latim clássico, que entrou no português em épocas pos- teriores, sobretudo durante o Renascimento (sécu- los XV e XVI). 3. a) ateia c) europeia e) heroína b) plebeia d) juíza 4. a) caracóis d) coronéis f) céus b) anzóis e) troféus g) véus c) anéis 5. Há: monossílabo tônico terminado em ‑a; ninguém: pa- lavra oxítona terminada em ‑em; punível: palavra paro- xítona terminada em ‑l. 6. a) Antônio é da época em que com um vintém se com- pravam dois pastéis. b) É inútil pedir: Maurício insiste em pôr açúcar na chu- peta do nenê. c) Empresário sequestrado é solto no Amapá. d) O disc -jóquei não para de tocar aquela música. e) Antropólogos não conseguiram encontrar o pinguim perdido. 7. a) mantém b) intervém c) mantêm d) detêm 8. música – maracujá – júri – ínterim – freguês – bônus – tênis – lápis – régua – hífen – ímã Dos textos à gramática/Da gramática aos textos (p. 48) 1. Trata -se de palavras homógrafas (homo = mesmo; gra- fos = grafia, escrita). Coco é palavra paroxítona, e cocô, oxítona. 2. a) palavra oxítona terminada em ‑o b) palavra oxítona terminada em ‑em c) palavra oxítona terminada em ‑a 3. a) tônico b) átono c) tônico d) átono e) átono 4. Não. Salvo algumas exceções, entre as quais não se in- clui o substantivo erro, não se deve colocar acento cir- cunflexo diferencial nas palavras homógrafas. 5. No poema, os versos possuem sete sílabas métricas. Esse tipo de verso é chamado heptassílabo ou redondi- lha maior. Co lo car a cen to em co co É um er ro bem da na do Prin ci pal men te no fim Se o a cen to é co lo ca do Pois nin guém es tá ma lu co De be ber co cô ge la do 1 2 3 4 5 6 7 sílaba átona 6. danado, colocado, gelado 7. A cadência resultante da combinação de sílabas tôni- cas e átonas e da regularidade do número de sílabas poéticas. 6 MANUAL DO PROFESSOR CPGramatica_MP_001_056.indd 6 6/1/17 3:33 PM Ed ito ra Sc ipi on e Capítulo 4 – ESTRUTURA, FORMAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS Atividades (p. 72) 1. a) Aparelho que mede a pressão atmosférica. b) Aparelho que mede a intensidade das chuvas. c) Aparelho que mede a umidade. d) Aparelho que mede a velocidade dos ventos. Professor(a), considere corretas as respostas em que os alunos identifiquem o sentido dos radicais, por exemplo: barômetro (pressão ou peso + medi- da); anemômetro (vento + medida). 2. a) Considerando os radicais que formam a palavra, plu‑ tocracia é o governo dos que detêm a riqueza. b) O humor consiste no fato de que o cão que aparece na imagem lembra o cachorro Pluto, personagem de histórias de Walt Disney. Nesse caso, a palavra plu‑ tocracia teria o significado de governo do Pluto. Professor(a), a leitura de governo do Pluto não só é autorizada pela semelhança entre o cão da tira e o personagem da Disney, mas também pela posição que ele ocupa na tira (alguém que está no alto e se dirige a uma plateia, fazendo um discurso). 3. a) olhos e) crianças b) estômago e intestino f) pele c) sangue g) ouvido, nariz e garganta d) pulmão 4. Espera-se uma resposta negativa. No trecho, um chazi- nho não é um pequeno chá; uma canjinha não é uma pequena canja; um pescocinho não é um pequeno pes- coço; cedinho não é um pequeno cedo, mas muito cedo. Excetuando a palavra cedinho (muito cedo), nas demais o sufixo tem valor afetivo. 5. Resposta pessoal. Podem ser citadas, entre outras: logar, atachar, e-mail, download, upload (palavras novas). Baixar, anexar, recortar, colar, salvar (palavras que na internet assumiram novos significados). 6. A palavra homofobia é formada pelos radicais homo (= igual) e fobia (= aversão) e é usada para designar aversão a homossexuais, à homossexualidade. 7. a) Etimologia é o “estudo das palavras, de sua história, e das possíveis mudanças de seu significado”. b) No contexto em que aparece, o sufixo ‑ista significa “que pratica certo ofício”, “que tem certa ocupação”. No caso, etimologista é a pessoa que se ocupa da etimologia. 8. Na palavra quaresmal, o sufixo ‑al indica “relação de pertinência”. Quaresmal significa relativo à Quaresma. 9. Como substantivo, carnavalesco passou a designar tanto o folião de Carnaval como a pessoa que planeja e põe em execução os diversos festejos de Carnaval, como desfiles de escolas de samba, bailes, etc. 10. Segundo o texto, a origem mais remota é carne levare (carnelevare), que significa “suprimir a carne” (ou seja, “deixar de comer carne” = abstinência de carne). A abstinência se dava durante o período da Quaresma. 11. a) Misteriosa: derivação sufixal; sonolenta: derivação sufixal; choro: derivação regressiva. b) Silenciosa: derivação sufixal;cheiro: derivação regres- siva; dama‑da‑noite: composição por justaposição. c) Matéria‑prima: composição por justaposição; bilateral: derivação prefixal; extremamente: derivação sufixal. d) Boteco: abreviação (de botequim); malandragem: derivação sufixal. e) Derivação prefixal (des + trancar). f) Derivação parassintética. 12. Grupo 1: ascensorista, azulejista, balconista, cartunista, diarista, eletricista, figurinista, florista, lojista, motorista, propagandista, taxista, radialista. Nessas palavras, o su- fixo ‑ista indica profissão, ocupação. Grupo 2: monarquista, comunista, materialista, abolicio- nista, socialista, ambientalista, anarquista, racista, bu- dista, humanista, parlamentarista, esquerdista, evolucio- nista, fascista, feminista, governista, idealista, imperialis- ta, marxista, modernista, nacionalista. Nessas palavras, o sufixo ‑ista indica partidário de alguma doutrina. 13. a) ser c) vinho e) palavras g) mente b) células d) vida f) formas h) Deus 14. Violinista é a pessoa que toca violino; violonista é a pessoa que toca violão. 15. São palavras derivadas, pois advérbios foram transfor- mados em substantivos pela anteposição do artigo de- finido. Trata -se de derivação imprópria. 16. a) Trata -se de um decalque, ou seja, uma tradução lite- ral da expressão de língua inglesa serial killer. b) Anglicista é quem emprega frequentemente angli- cismos, isto é, palavras ou expressões tomadas por empréstimo da língua inglesa. c) suicida; homicida; fratricida; bactericida; formicida. 17. São radicais de origem grega eco (casa) e logo (conheci- mento, estudo), presentes na palavra ecologia. O radical de origem latina, cida (que mata), está na palavra inseticida. 18. a) menin: radical inh: sufixo a: desinência nominal s: desinência nominal b) in: prefixo apt: radical o: desinência nominal c) agend: radical a: vogal temática d) cant: radical a: vogal temática sse: desinência verbal mos: desinência verbal e) vend: radical e: vogal temática ra: desinência verbal mos: desinência verbal 7MANUAL DO PROFESSOR CPGramatica_MP_001_056.indd 7 6/1/17 3:33 PM Ed ito ra Sc ipi on e 19. a) chuvoso (d), engarrafamentos (d) b) treinamentos (d), recomeçar (d), época (p) c) reinício (d), veículos (p) d) feijoada (d), prato (p), brasileiro (d) Dos textos à gramática/Da gramática aos textos (p. 75) 1. Ele uniu os radicais latinos verbi ‑ e ‑fic(o); acrescentou a vogal temática a, da primeira conjugação, e a desi- nência do infinitivo ‑r. 2. Criar verbos. 3. Respostas pessoais. Professor(a), os verbos aqui apre- sentados são sugestões. Solidificar (tornar sólido), li- quidificar (tornar líquido), intensificar (tornar intenso), petrificar (transformar em pedra), retificar (tornar reto, corrigir), purificar (tornar puro), etc. 4. O significado de acesso é ingresso, entrada. Essa pala- vra pertence à classe dos substantivos. 5. É vogal temática, porque a palavra não possui uma forma feminina. 6. Foi usado como sujeito, portanto na função de nome. 7. Esquisitar. 8. Ele não conseguiu seu intento, pois a frase é com preen- sí vel. Professor(a), espera -se que os alunos percebam que, embora Calvin tenha transportado o adjetivo para o lugar do verbo na oração, este assumiu a forma de um verbo de primeira conjugação (“esquisitar”), na ter- ceira pessoa do singular do presente do indicativo. Com parando com outros verbos da primeira conjuga- ção, te ría mos: tornar → torna, estranhar → estranha, diversificar → diversifica, emperrar → emperra, tumul- tuar → tumultua, etc. Ou seja: radical do verbo (esquisit -) + vogal temática ( -a). 9. Eles têm intenções anticomunicativas. Capítulo 5 – SUBSTANTIVO Atividades (p. 90) 1. A Bela Desdenhosa e Joli. 2. a) desdém b) previsibilidade c) rótulo, classificação, exorcismo 3. a) bela b) beleza 4. Japão. 5. Lamento, destino, amor, paz. 6. a) pazes b) revoluções c) corações d) chãos e) mares f) amores g) explosões h) contradições i) os cais Professor(a), comente com os alunos que o(s) cais é um substantivo invariável. 7. a) Fortes e fracos. b) Rei e gente. c) Executivo e férias. d) Almoço, opções e entrada. 8. a) guardar b) perder c) extraviar d) furtar e) emitir 9. a) Tais palavras referem -se ao substantivo cheques. b) Elas têm a função de caracterizá -los. c) Pertencem à classe dos adjetivos. 10. O substantivo assinatura: “[...] se a assinatura do emi- tente não for facilmente reconhecível em confronto com a (assinatura) existente em seus registros [...]”. 11. Assim, passa cada noite com uma jovem, mandando matar a jovem no dia seguinte, até que Sherazade se ofe- rece para passar uma noite com o sultão, com a condi- ção de contar ao sultão uma história antes da execução. 12. Substantivo comum de dois gêneros: parentes; substan- tivos derivados: aventureiros (de aventura) e barbeiro (de barba). 13. Na primeira ocorrência, o cura (substantivo masculino) significa o pároco, o vigário. Na segunda, a cura (subs- tantivo feminino) foi empregado pela sobrinha para in- formar que a doença de Dom Quixote não tem mais tratamento ou solução. 14. a) tripulação, convés, passos, semblantes, coisa, ansie- dade, esperança, apatia, desespero b) impossibilidade, lâmpadas, apartamento, claridade c) anos, homem, porteiro, interrupção, porteiros, obs- táculo, entrada, lei 15. a) Os guardas -noturnos perderam os guarda -chuvas. b) As ex -alunas compareceram aos chás de cozinha. 16. a) A czarina era uma autêntica dama. b) A nora e a sogra criavam ovelhas e cabras. c) A juíza e a heroína eram madrinhas da consulesa. d) Aquele indivíduo conhecia a jornalista e a estu dante. e) Aquele artista era o ídolo da dentista. 17. Ônibus, pires, lápis, camponês, núpcias, alferes, atlas, país, tênis. Dos textos à gramática/Da gramática aos textos (p. 92) 1. Aos substantivos próprios Portugal (aqui) e Brasil (lá). 2. O Brasil é valorizado positivamente em relação a Portugal. 3. a) visual d) visual b) visual e auditivo e) visual c) visual e auditivo f) visual e olfativo 4. Cantar e gorjear são verbos que exprimem ideias con- cretas e referem-se a sensações auditivas. Relacionam- -se aos substantivos sabiá e aves, respectivamente. 5. Ao tema da religiosidade. 6. O tema do nacionalismo, o da exaltação à natureza pá- tria, o da saudade da pátria e o do exílio. Professor(a), pode-se comentar que tais temas permi- tem inserir o poema na estética romântica. 8 MANUAL DO PROFESSOR CPGramatica_MP_001_056.indd 8 6/1/17 3:33 PM Ed ito ra Sc ipi on e Capítulo 6 – ARTIGO Atividades (p. 97) 1. “O homem” retoma o termo “um mercador”. 2. A frase refere-se ao termo “um admirador do calculista Beremiz”: um (artigo indefinido) admirador (substanti- vo), do (preposição + artigo definido), calculista (subs- tantivo), Beremiz (substantivo). 3. Na primeira ocorrência, trata-se de um garoto ainda não apresentado ao leitor, portanto um garoto desco- nhecido para ele. Na segunda, como se trata de um ga- roto conhecido do leitor, pois já havia sido mencionado no texto, empregou-se o artigo definido. 4. Na primeira ocorrência (um homem), a palavra homem possui sentido genérico, isto é, significa “qualquer re- presentante da espécie humana”; a segunda ocorrência (o homem) também apresenta sentido genérico, mas significa “a humanidade” ou “o ser humano”. 5. uma, uma, um, a, a 6. Uma notícia é de interesse público quando diz respeito ao bem da população em geral, a questões relativas a seus direitos. Uma notícia é de interesse do público quando, por algum motivo, desperta interesse na po- pulação. Uma notícia de que determinado artista mor- reu costuma ser de interesse do público, mas não de interesse público. Isso significa que nem toda notícia de interesse público desperta interesse do público. O interesse público é uma noção política e é relativa aos direitos do cidadão. O interesse do público não diz res- peito à cidadania, mas ao indivíduo como consumidorde notícias. 7. Em “o jogo” o sentido é de “um grande jogo”, “um belo jogo”; em “um jogo”, o sentido é de “um jogo qualquer”, “um jogo comum”. 8. Porque nesses ditados populares (e em diversos outros) os substantivos estão sendo usados de modo genérico. 9. a) Em I, um é um numeral porque exprime quantidade exata, opondo -se ao numeral dois. b) Em II, a é preposição exigida pelo verbo ir (quem vai, vai a algum lugar). O nome de lugar Roma não ad- mite a anteposição de artigo. Não se diz “A Roma é uma bela cidade”, mas “Roma é uma bela cidade”. 10. Dona da casa é a proprietária da casa, já dona de casa faz referência à pessoa que dirige ou administra o lar. 11. a) o champanha b) o guaraná c) a alface d) os pêsames e) as núpcias f) as olheiras 12. Em a, afirma -se que ele leu o livro inteiro; em b, que qualquer livro deve ser bem conservado. 13. a) Todos três foram reprovados em Matemática. b) Li a notícia da demissão do técnico em O Estado de S. Paulo. c) Discutia os assuntos mais profundos. d) Está correta. e) Haverá hoje uma reunião com Sua Majestade. f) Não conheço a escola cuja diretora se aposentou. Dos textos à gramática/Da gramática aos textos (p. 99) 1. Trata -se de uma história, uma fábula. 2. Sim, há um interlocutor a quem se conta a história, ex- plicitado logo no início do texto por meio do vocativo Maria. 3. Na primeira vez que o autor se refere ao peixinho e ao homem, ele usa o artigo um, que não define quem é o homem e o peixinho. Depois, emprega o artigo o até o fim do texto. Isso ocorre porque, na introdução da histó- ria, como nos contos de fadas ou nas fábulas, trata -se apenas de um homem e de um peixinho qualquer, então emprega -se o artigo indefinido; no transcorrer da histó- ria, os personagens já foram apresentados, vão se defi- nindo, assumem características próprias, tornam -se “co- nhecidos” do leitor, pois já foram mencionados, e então passa a se empregar o artigo definido. 4. a) O segundo artigo determina o substantivo animalzi‑ nho, por isso é definido. b) O primeiro substitui o substantivo peixinho, comple- tando o sentido do verbo; portanto, não é um artigo (no caso, temos um pronome pessoal desempe- nhando a função de objeto direto). 5. a) Porque a palavra trote é masculina e diante dela só caberia o artigo o. Nesse caso, o a é uma preposição. Professor(a), comente com os alunos que o artigo varia e concorda com o substantivo a que se refere. b) É possível afirmar que cachorrinho vem acompanha- do pelo artigo indefinido um por se tratar de um exemplo, podendo ser um cachorro qualquer. Não há alusão a um animal determinado e conhecido do leitor. 6. a) O segundo é o peixinho. b) O primeiro é o homem. c) Essas formas foram utilizadas para evitar a repetição das palavras peixinho e homem, que já haviam sido empregadas pelo autor. 7. O adjetivo é quente (“[...] para que o animalzinho sa- rasse no quente.”). O uso do artigo definido transfor- mou o adjetivo em substantivo. Professor(a), recorde com os alunos que, nesse caso, temos uma derivação imprópria. 8. Mão. 9. No primeiro caso, tem-se a junção de a (preposição) + a (artigo), ligado à palavra margem. No segundo caso, o artigo é o, que determina peixinho, e a é preposição. Capítulo 7 – ADJETIVO Atividades (p. 111) 1. Gorda, baixa, sardenta (referem -se a ela); crespos e ar- ruivados (referem -se a cabelos); enorme (refere -se a busto); achatadas (refere -se a nós). 2. Com a finalidade de descrever a personagem. 3. a) “éramos achatadas” c) “esguias, altinhas” b) “de cabelos livres” 9MANUAL DO PROFESSOR CPGramatica_MP_001_056.indd 9 6/1/17 3:33 PM Ed ito ra Sc ipi on e 4. a) superlativo absoluto analítico b) superlativo absoluto sintético 5. Natalício refere -se ao dia do nascimento, portanto data natalícia é a data de nascimento de alguém. 6. Adjunto adnominal: crespos, arruivados, enorme; pre‑ dicativo: gorda, baixa, sardenta, achatadas, bonitinhas, esguias, altinhas. 7. A crueldade consiste no fato de a filha do dono da livra- ria não atender aos desejos da personagem narradora (ler os livros), embora pudesse fazê -lo. No aniversário, em vez de livro, enviava um cartão -postal da própria cidade onde moravam. 8. Celeste (orvalho e perfume); fecunda (terra); benéfica (mão); asqueroso (verme); feio (verme); gerado (verme); virginal (flor). 9. As palavras destacadas nas frases não são adjetivos, pois não caracterizam substantivos. Essas palavras ligam-se a verbos, funcionando, portanto, como advérbios. Professor(a), se julgar conveniente, retome com os alu- nos o quadro com a classe de palavras apresentado no capítulo 4 (p. 70) e comente que os advérbios têm a função de modificar o sentido de verbos, adjetivos ou de outros advérbios. 10. O incidente que se vai narrar, e de que Antares foi tea- tro na sexta-feira 13 de dezembro do ano de 1963, tor- nou esse lugar conhecido e de certo modo famoso da noite para o dia – fama um tanto ambígua e efêmera, é verdade – não só no estado do Rio Grande do Sul como também no resto do Brasil e mesmo através do mundo civilizado. Entretanto, esse fato, ao que parece, não sen- sibilizou até agora geógrafos e cartógrafos. Professor(a), comente com os alunos que as alterações feitas nos adjetivos conhecida e famosa se devem à concordância de gênero com o substantivo a que se re- ferem, antes no feminino (localidade), substituída por um substantivo do gênero masculino (lugar). 11. Ao incidente que se vai narrar no texto. Dos textos à gramática/Da gramática aos textos (p. 113) 1. a) ostento b) verbo (1ª pessoa do singular) c) presente (ostento agora) Professor(a), é importante comentar com os alunos que o “eu” que fala no poema não deve ser confundido com o autor, pessoa empírica que tem existência real, RG e CPF. O “eu” poético ou o narrador é um ser ficcional, uma cria- ção do autor, a quem ele delegou voz. Pode-se comentar ainda que o uso da primeira pessoa cria um efeito de sentido de subjetividade de aproximação com o leitor, na medida em que o “eu” cria um “tu” com o qual estabele- ce uma relação intersubjetiva. Comente ainda que o uso do presente revela a concomitância entre o que se diz no poema e o momento em que se diz. 2. O “eu” fala de seu próprio corpo como algo que foi partido (talhado) e que por isso está quase morto (moribundo), sem forças (cansado, caminhar lento), sem voz (mudo). 3. Há um predomínio de palavras concretas: corpo, talhado, sangue, manchado, caminhar, lento, grassento, passos, cimento, brancos, cabelos, etc. Com o uso de palavras concretas, obtém-se um efeito de sentido de realidade, ou seja, o leitor, mesmo sabendo se tratar de um texto poético-ficcional, aceita-o como real. 4. O predomínio é de sensações visuais: corpo, talhado, sangue, manchado, caminhar, passos, cimento, bran- cos, cabelo, sombras, pano, pranto. O próprio título do poema faz referência a uma sensação visual: cicatriz. Tais sensações visuais se mesclam a sensações auditivas: mudo, sussurrar, cala-se. 5. a) Os adjetivos referentes a corpo são talhado, mudo e cansado. b) Esses adjetivos caracterizam o corpo como algo que está despossuído de sua inteireza (está talhado), de sua voz (está mudo) e de sua força (está cansado). 6. É um caminhar lento, vagaroso, pesado, escorregadio (grassento). Trata-se de um corpo que se arrasta. Professor(a), comente que se trata de um corpo muti- lado, que perdeu sua inteireza. A leveza dos passos não é ausência de peso. Veja que se compara a leveza dos passos ao cimento (duro, pesado), ou seja, a leveza dos passos está associada à ideia de lentidão. 7. Os adjetivos são aniquilados e esviscerados, que se re- ferem ao substantivo dias, conferindo-lhe a ideia de que foram totalmente destruídos, que perderam aquilo que lhes dava vida. Professor(a), comente com os alu- nos que vísceras são órgãos vitais interiores. Assim, o que se perde, o que se tira dos dias é justamente aquilo que lhes é interior, essencial;e essa perda da essência dos dias instala o caos. Se julgar conveniente, chame a atenção dos alunos para a ideia de caos, que na cosmo- gonia ocidental tem o sentido do vazio primordial, da- quilo que precede tudo, os deuses e os homens, e que, justamente por isso, propiciou o surgimento de todos os seres e todas as realidades do Universo. 8. a) Os verbos são sobe, cala‑se, nasce. Todos estão no presente do indicativo (3ª pessoa do singular). b) Os verbos referem-se, respectivamente, a pano, pranto e encanto. c) Os verbos expressam ações que ocorrem no momento em que se fala e indicam uma mudança no movimento do poema: o estático cede lugar ao dinâmico, a tristeza, ao encanto (“cala-se o pranto, nasce o encanto”). Professor(a), comente com os alunos que a ordem das orações do primeiro verso está invertida: os verbos vêm antes dos sujeitos (“Sobe o pano, cala-se o pranto, nasce o encanto” em vez de “O pano sobe, o pranto se cala, o encanto nasce”), o que destaca os verbos, con- ferindo mais dinamismo à ideia expressa nesse verso. 9. Numa mudança de perspectiva. As estrofes anteriores falam do aniquilamento, da dilaceração de algo que ca- minha para o fim. Já na última, revela-se o fim desse processo e o início de outro (“sobe o pano”) que, por não haver mais o sofrimento (“cala-se o pranto”), é um renascer do que é encantatório e que, portanto, fascina e traz prazer porque está além do humano. 10 MANUAL DO PROFESSOR CPGramatica_MP_001_056.indd 10 6/1/17 3:33 PM Ed ito ra Sc ipi on e 10. Resposta pessoal. Professor(a), comente com os alunos que o sentido dos textos é uma construção do leitor com base no que o texto diz e no conhecimento de mundo do leitor. O texto é uma espécie de input a partir do qual o leitor constrói sentido(s). Os textos, principalmente os poéticos, admitem várias leituras e, consequentemente, vários sentidos. Isso não quer dizer que qualquer sentido que se dê a ele é válido. Devem-se considerar válidas apenas as leituras autorizadas pelo texto. Caso queira se aprofundar na análise e nos comentários sobre este texto, sugerimos a leitura de artigo de nossa autoria publicado no volume 12, número 2, jul./dez. 2012, da Revista Entretextos, da Universidade Estadual de Londrina, disponível em: <www.uel.br/revistas/uel/ index.php/entretextos>. Acesso em: 19 abr. 2017. Capítulo 8 – NUMERAL Atividades (p. 120) 1. a) A mãe mandou a ele muitos beijos. b) Ele demora muito tempo para se arrumar. c) Já contei a mesma história inúmeras vezes. d) Em pouco tempo falo com você. Professor(a), as respostas são sugestões. Em todos os casos, os numerais exprimem quantidade indeterminada. 2. a) século XV (século quinze, ou décimo quinto século) b) século XIX (século dezenove, ou décimo nono século) c) século XIX (século dezenove, ou décimo nono século) d) século XX (século vinte, ou vigésimo século) e) século XX (século vinte, ou vigésimo século) f) século XXI (século vinte e um, ou vigésimo primeiro século) 3. a) numeral b) artigo indefinido c) uma história: artigo indefinido; uma sequer: numeral d) artigo indefinido e) numeral 4. Em três casos trata -se do artigo indefinido (“um pe río do”, “um eminente professor”, “um dos ataques”). A palavra só está funcionando como numeral cardinal na frase “Há sete milhões de pessoas em Moscou e um elefante”. 5. a) segunda fase b) cem por cento vendido c) duzentos e setenta metros quadrados d) quilômetro duzentos e nove e) cento e vinte quilômetros f) três mil e quinhentos reais o metro quadrado 6. Ocorreu ontem o sorteio do quadragésimo oitavo con- curso da quina. O prêmio total de dezessete milhões, quinhentos e noventa e quatro mil, trezentos e vinte e um reais e doze centavos foi dividido entre os dezesseis acertadores, cabendo a cada um deles a importância de um milhão, noventa e nove mil, seiscentos e quarenta e cinco reais e sete centavos. 7. No trecho, uma é numeral cardinal por exprimir quanti- dade exata, opondo -se a duas. Dos textos à gramática/Da gramática aos textos (p. 121) 1. Em ambas as expressões ficam subentendidas as pala- vras mil e réis: “pra pagar três mil e trezentos réis”; “você tem que voltar dezessete mil e setecentos réis”. 2. No sentido de mil -réis. 3. Tirar os nove fora, no texto, significa fazer a prova dos nove. A prova dos nove era uma maneira utilizada anti- gamente para confirmar (provar) se uma operação arit- mética elementar estava correta. 4. “Você tem que me voltar dezessete e setecentos”; “Dezessete e setecentos, você tem que me voltar”. 5. Resposta pessoal. Sugestão: grana, dindim, cacau, arame, bufunfa, etc. As gírias mango e pau são usadas para substituir o nome da moeda corrente: duzentos mangos, quinhentos paus. 6. Não. Se foi dado 20 000 mil para pagar 3 300, o troco tem de ser 16 700. Capítulo 9 – PRONOME Atividades (p. 128) 1. Temos uma narração em terceira pessoa (ele), não há no texto nenhuma marca linguística que identifique o narrador, tais como pronomes e verbos em primeira pessoa (eu, me, servi). 2. Dos personagens do texto, Jacó, Labão, Raquel e Lia, apenas Jacó fala no texto. Sua fala está na passagem: “— Mais servira, se não fora / Pera tão longo amor tão curta a vida!”. 3. O tema é o amor. Professor(a), comente que se trata de um amor obstinado. Tudo o que Jacó faz é para obter o amor de Raquel, aceitando inclusive servir a Labão mais sete anos para conseguir isso. 4. a) Raquel b) Raquel c) Jacó 5. [...] Estavam no jardim. Inclinou a cabeça para o ombro num movimento de débil interrogação, Mudei?... E ficou pensando, ela disse abismada. Abismada significava estar num abismo? Outra palavra que ela teria compar- tilhado com Margarida se fosse ainda o tempo de com- partilhação. Mas a avó prosseguia: fazia tudo por ela, os melhores colégios, as melhores roupas. E ela naquela apatia, como se a evitasse. Fechou sua gramática en- quanto ia ouvindo suas críticas com o rumor do aço da tesoura que cortava implacável. Viu no chão os galhos caídos, tão viçosos quanto os outros. Como ela soubera distingui-los? Qual seria a lei dessa escolha? Foi se en- colhendo no banco de pedra. Assim a cortaria também se não lhe provasse sua força. 6. São verdadeiras as informações dos itens a, c, e e f. 7. a) príncipes b) papas c) altas autoridades d) cardeais e) reitores de universidades 11MANUAL DO PROFESSOR CPGramatica_MP_001_056.indd 11 6/1/17 3:33 PM Ed ito ra Sc ipi on e 8. a) Pronome adjetivo. b) Todos são pronomes substantivos. c) Tudo (pronome substantivo); outra e meu (prono- mes adjetivos). 9. a) Convidei -a para a festa de aniversário. b) Vi -o no cinema. c) Deram o livro para mim. d) Emprestaram o caderno para ti. e) Receberam -nos com muita atenção. f) Entre ela e mim não há qualquer problema. g) Jamais houve qualquer problema entre mim e ti. h) Não vá à festa sem mim. i) Deram o livro para eu ler. j) Não deu para eu ir à escola ontem. k) Falta muito pouco para eu descobrir a verdade. l) Meu amor, preciso muito falar com você / contigo. m) Querida, eu gosto muito de você / de ti. n) Heloísa, preciso falar com você / contigo ainda hoje. o) Eles queriam falar conosco. p) Não o(a) convidei para a festa. q) Não lhe obedeço porque não o(a) respeito. 10. Um príncipe (ou princesa) e um rei (ou rainha). 11. a) Roubaram os seus documentos. (Ou: Roubaram os documentos dele.) b) Vendaram os meus olhos. 12. a) Não houve condições para eu resolver os problemas. b) Está correta. c) Ninguém irá sem mim. d) Está correta. 13. a) Você sabe da sua capacidade. b) Vossa Excelência conhece bem seus ministros. c) Vossa Majestade não confia em seus assessores. 14. a) Aquelas atitudes deixaram -nas magoadas. b) Gostei muito daquele carro, por isso desejo com prá-lo. c) Aquela tarefa? Fê -la com satisfação. d) Aquele livro? Temo -lo para pronta entrega. Atividades (p. 134) 1. a) A palavra responsávelpelo quiproquó é o pronome demonstrativo isto. b) No diálogo, o tenente Escovinha usa esse pronome demonstrativo para retomar as orações que o ante- cedem. Dentinho, no entanto, não atribui a essa pa- lavra o valor de uso, ou seja, o que ela significa den- tro de um contexto. Para ele, tratava -se de simples- mente escrever uma determinada palavra, sem levar em conta seu uso. 2. a) Este b) Esse c) Este d) Esse 3. A palavra pizza. 4. a) Possessivo: nossos; demonstrativo: essa. b) Possessivo: meu; demonstrativo: esse. c) Possessivos: minha, nossa. d) Possessivos: minha, meu; demonstrativos: esses, isso, esta. e) Possessivos: minha (impureza), minha (bondade), minha (imagem), meu (amor); demonstrativo: isso. 5. a) esta / aquela b) aquele / este c) esta / aquela d) Isto e) Isso f) Aquilo g) Esta h) Estas 6. a) D b) D c) PO d) PO e) PR f) P g) D h) PO 7. Os pronomes demonstrativos aquele e esta recuperam, respectivamente, os termos “meu país” e “minha família”, funcionando como importantes elementos de coesão textual. 8. c 9. b 10. e 11. a 12. e Atividades (p. 144) 1. b 2. O drama do treinador, a meu ver, é que todas as pessoas , no mundo inteiro, dizem que o Brasil tem hoje o melhor elenco de craques do planeta. Com esse material nas mãos, se a seleção for campeã, todos vão dizer: “Também, com um time desses, até eu”. 3. Todos: pronome indefinido; meu: pronome possessivo; que: pronome relativo; nada: pronome indefinido; nos: pronome pessoal oblíquo; nós: pronome pessoal reto; nossa: pronome possessivo; nos: pronome pessoal oblí- quo; eu: pronome pessoal reto; que: pronome relativo. 4. a) Lembrei -me do tacho velho, que era o centro da pe- quenina casa onde vivíamos. b) Ele, que se mostrara sempre tão generoso, tão dis- plicente pelas faltas alheias, não lhe perdoara. c) Aquele menino, cujo pai é professor, disse que não faria o trabalho que lhe pediram. d) Aquelas pessoas que compareceram à reunião fala- ram tudo quanto queriam falar. e) Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei no trem da Central um rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu. 5. a) Da forma como está redigida, o pronome relativo está se referindo ao termo aeroporto de Congonhas, ou seja, a frase dá a entender que o comandante Carlos Silva é o responsável pelo aeroporto. b) Para ficar claro que o comandante Carlos Silva é o res- ponsável pelo voo, e não pelo aeroporto, a frase deve- ria estar assim redigida: “Este é o voo 3216, que hoje está sob a responsabilidade do comandante Carlos Silva, com destino ao aeroporto de Con go nhas”. 12 MANUAL DO PROFESSOR CPGramatica_MP_001_056.indd 12 6/1/17 3:33 PM Ed ito ra Sc ipi on e Dos textos à gramática/Da gramática aos textos (p. 145) 1. Espera -se que os alunos apontem no texto palavras, ex- pressões e construções sintáticas características de uma variedade de língua não urbana, como: quadra de dormir (quarto em forma de quadrilátero); trempe (chapa de ferro colocada sobre o fogão para segurar as panelas); calango (uma espécie de lagarto); treladas (em vez de atreladas); arriba (acima); anódio (em vez de anódino = insignificante); quenga (prostituta); re- mancheou (fez algo devagar); bufa (pum, peido). 2. Podem ser apontadas as seguintes construções: “topei a casa vazia” (em vez de topei com a casa vazia); “dizia que ausentava de mim” (em vez de dizia que se ausen- tava de mim); “que eu não reparasse sua atitude” (em vez de que eu não reparasse em sua atitude). 3. No fragmento, o presente do indicativo (volto) foi em- pregado com valor de passado (voltei). 4. Tais enunciados, no contexto da narrativa, expressam o ponto de vista do narrador. O primeiro em relação à personagem Lucinda; o segundo em relação às mulhe- res em geral. 5. a) Ao personagem -narrador: trata -se de uma narrativa em primeira pessoa. b) Os verbos aparecem em uma sequência cronológi- ca, do passado para o presente. 6. Ela retoma o substantivo Lucinda anteriormente expresso. 7. O termo implícito é Lucinda. 8. a) Lucinda. b) A portadora do bilhete. Capítulo 10 – VERBO Atividades (p. 187) 1. a) Predominam os verbos no presente do indicativo. b) Os acontecimentos narrados não são concomitantes ao momento da narração, ou seja, o jantar é anterior à narração dos fatos. Narra-se um fato já ocorrido. c) Como se trata de uma narração de acontecimento passado, o uso comum seria o emprego dos verbos em uma forma do passado, particularmente no pre- térito imperfeito do indicativo. Ao optar por usar o presente no lugar do pretérito, o autor produz o sen- tido de atualidade dos fatos passados. É como se, para o leitor, o acontecimento ocorresse naquele mo- mento. Há, pois, uma presentificação do passado. d) O trecho apresenta ao leitor o jantar como não con- cluído, nem em seu início, nem em seu término, mas em seu desenvolvimento. Portanto, estão presentes o aspecto imperfectivo (processo não concluído) e o cursivo. 2. É o verbo contar em “mais tarde eu contava”. A expres- são que indica um fato futuro é mais tarde. 3. a) Os convites de formatura já tinham sido preparados pela comissão. b) Interrogaram -se as testemunhas. c) Convocaram os sócios para uma reunião. d) Um brasileiro ia pilotar o carro. e) Aplaudiu -se com entusiasmo a apresentação do cantor. 4. a) radical: vend - vogal temática: -e tema: vende - desinência modo ‑temporal: -ri (alomorfe da desi- nência ‑ra) desinência número ‑pessoal: -eis b) radical: part - vogal temática: -i tema: parti - desinência modo ‑temporal: -ra desinência número ‑pessoal: -s c) radical: am - vogal temática: não há tema: não há desinência modo ‑temporal: -e desinência número ‑pessoal: -mos d) radical: distribu - vogal temática: não há tema: não há desinência modo ‑temporal: -a desinência número ‑pessoal: -m e) radical: sofr - vogal temática: não há tema: não há desinência modo ‑temporal: -a desinência número ‑pessoal: -s f) radical: escut - vogal temática: não há tema: não há desinência modo ‑temporal: não há desinência número ‑pessoal: -o g) radical: estud - vogal temática: -a tema: estuda - desinência modo ‑temporal: não há desinência número ‑pessoal: -ste h) radical: and - vogal temática: -a tema: anda - desinência modo ‑temporal: -re desinência número ‑pessoal: -mos 5. a) choveu: fenômeno da natureza, 2ª conjugação b) garoou: fenômeno da natureza, 1ª conjugação c) derrubou: ação, 1ª conjugação; destelhou: ação, 1ª conjugação d) estão: estado, 1ª conjugação e) ficaram: estado (mudança de), 1ª conjugação f) houve: existência, 2ª conjugação g) decretou: ação, 1ª conjugação h) estão: estado, 1ª conjugação; ficou: estado (mudan- ça de), 1ª conjugação i) causou: ação, 1ª conjugação j) transferiu: ação, 3ª conjugação 13MANUAL DO PROFESSOR CPGramatica_MP_001_056.indd 13 6/1/17 3:33 PM Ed ito ra Sc ipi on e 6. a) passiva analítica b) ativa c) passiva sintética d) passiva analítica e) ativa f) passiva analítica g) passiva sintética h) passiva sintética 7. a) Uma história linda foi contada por mim para as crianças dormirem. b) As roupas do varal são recolhidas por Joana toda manhã. c) Um aumento salarial foi concedido aos funcionários pela empresa. d) Muitos livros são lidos por Pedro todos os anos. e) Toda a safra de soja deste ano foi queimada. f) O pianista e o piano são envolvidos pela luz circular do refletor. 8. a) O impostor enganou as moças. b) O comandante abandonou o navio no cais. c) O esgrimista comprou o florete. d) Aquele grupo encenará uma nova peça. e) O técnico incorporará um novo atleta ao time. 9. a) Os responsáveis não são conhecidos. b) A compra do imóvel será efetuada. c) As provas não serão corrigidas. d) Um requerimento ao diretor foi entregue. e) A contratação dos aprovados será efetivada. 10. a) Entregar -se -ão as mercadorias. b) Consertar -se -á a roupa. c) Regar -se-ão as plantas todos os dias. d) Tomaram -se as providências. e) Analisar -se -ão os trabalhos amanhã. 11. a) defectivo d) abundante b) irregular e) regular c) defectivo 12. a) enxugado b) enxuta c) prendido d) preso e) acendido f) aceso g) entregado h) entregue i) expulsado j) expulso k) imprimido l) impresso 13. a) relatou b) imaginei c) pensava Dos textos à gramática/Da gramática aos textos (p. 189) 1. Apresentar objetivamente instruções ao interlocutor sobre como preparar um prato (caldo verde). Trata -se de um texto instrucional. 2. Na primeira parte, enumerar os ingredientes de que o interlocutor precisará para fazer o prato. Na segunda parte, o autor indica os procedimentos necessários para fazer o prato. 3. Na primeira parte, não há orações, pois não há verbos. Na segunda, há orações, pois há verbos. 4. Predominam os verbos lexicais (verbos que exprimem ações), na medida em que a função da segunda parte do texto é relacionar os procedimentos (ações) a serem executados para o preparo da receita. 5. Excetuando as formas verbais presentes na última frase do texto, todas as demais não fazem referência a sujei- to algum: estão no infinitivo impessoal. Na última frase, a forma verbal “deverá estar pronta” refere -se ao sujei- to “a sopa” e a forma verbal “ter sido colocada” refere- -se ao sujeito “a couve”. 6. A sopa deverá estar pronta depois de uns dez minutos de a couve ter sido colocada. 7. Com um único verbo a oração ficaria assim: “A sopa es- tará pronta depois de uns dez minutos”. Com um único verbo, passa -se a informação de um fato certo; com o uso do verbo auxiliar (deverá) passa -se a ideia de que é previsível que a sopa esteja pronta após dez minutos. 8. Professor(a), espera -se uma resposta negativa, já que, ao apresentar os ingredientes, o autor informa que a quantidade de azeite a ser usada é de 150 mililitros. Se, ao cozinhar as batatas, temos de juntar a metade do azeite, é óbvio que se teria de juntar 75 mililitros. 9. No texto, os infinitivos impessoais têm valor de impera- tivo, por isso poderiam ter sido usadas as formas do imperativo afirmativo. 10. Nas receitas culinárias, os momentos da leitura do texto e da execução das instruções costumam coincidir, ou seja, o leitor lê uma instrução e a executa imediata- mente. Caso se optasse por uma construção sintática com períodos longos, orações em ordem inversa ou su- bordinação de ideias, o tempo entre a leitura e a execu- ção seria bem maior, dificultando a realização das ins- truções de modo imediato. Capítulo 11 – CATEGORIAS GRAMATICAIS INVARIÁVEIS Atividades (p. 202) 1. Ao gênero poesia, mais especificamente à poesia de cordel. 2. O texto critica a diferença entre o tratamento dado a homens e a mulheres na sociedade, que privilegia os homens. O texto defende, portanto, a igualdade de di- reitos entre os gêneros. 3. Neste trecho, a palavra se é uma conjunção subordina- tiva condicional na primeira ocorrência e um pronome pessoal (reflexivo) na segunda ocorrência. 4. Tempo (no momento em que). 5. Ao tratar a mulher (Amélia) de aquilo há uma coisifica- ção da mulher, ou seja, ela não é vista como pessoa, mas como um objeto, uma coisa qualquer. A segunda parte pede resposta pessoal. 14 MANUAL DO PROFESSOR CPGramatica_MP_001_056.indd 14 6/1/17 3:33 PM Ed ito ra Sc ipi on e Professor(a), chame a atenção dos alunos para a visão preconceituosa e machista que a letra da música veicu- la. Seria interessante discutir que, embora esse tipo de discurso machista não seja tolerado nos dias de hoje, ele era veiculado abertamente, tanto que essa canção teve grande recepção por parte do público no século passado e chegou a ser um grande sucesso. 6. Nas alternativas a e b, quanto é pronome interrogativo, por se referir a substantivo (dinheiro e alunos); nas al- ternativas c e d, é advérbio interrogativo, por modificar o verbo (pesa e custa). 7. Não há entre as duas orações que formam o período relação de causa e consequência. A oração iniciada pela conjunção porque deveria exprimir a causa da ora- ção anterior, o que não ocorre. O fato de os livros custarem caro não é causa para não ter tempo de ler. Poderia até ser causa de não ler, por- que o preço alto pode inviabilizar a aquisição de livros e, em consequência, a leitura. Causa para não ter tempo de ler poderia ser, por exemplo, o excesso de trabalho. Uma frase como “Não tenho tido tempo para ler, porque tenho trabalhado muito nos últimos tem- pos” seria lógica, uma vez que aí sim há relação de causa e consequência. 8. a) A oração é "se a seleção for campeã" e a palavra responsável por imprimir-lhe a ideia de condição é a conjunção condicional se. b) Até é usado para introduzir um argumento mais forte numa escala argumentativa. O que se diz é que, com o material humano de que a seleção dis- põe, qualquer um, mesmo que não seja um técnico de futebol, é capaz de ser campeão. Tal argumento minimiza a importância do técnico para a obtenção do sucesso. 9. a) em b) de c) sobre d) de e) de f) com g) sem h) para i) à j) com k) em l) contra 10. Só, não, agora, tarde (duas ocorrências), muito, delicio- samente. 11. Só, indica exclusão (pode ser substituída por apenas). 12. Muito, advérbio de intensidade, está modificando o ad- vérbio tarde; deliciosamente, advérbio de modo, está modificando o advérbio tarde. Professor(a), comente que “deliciosamente” expressa um julgamento e que, nesse caso, o advérbio é considerado um modalizador. 13. Em a, o falante exprime um fato como certo; em b, com o uso do advérbio, a afirmação é modalizada, isto é, o comprometimento do falante com aquilo que enuncia é menor, já que coloca a afirmação não como certa, mas como provável. 14. A primeira faixa foi colocada com muita antecedência em relação ao Natal. Os possíveis interlocutores são as pessoas previdentes, que gostam de fazer as compras com bastante antecedência. A segunda faixa foi coloca- da mais tarde, quase às vésperas do Natal, e se destina aos retardatários. Já e ainda orientam a atenção do inter- locutor para essas ideias: é cedo, mas você já pode fazer encomendas; é tarde, mas você ainda pode fazer enco- mendas. 15. Quanto melhor é a queima do combustível, ou melhor dizendo, quanto mais bem regulado estiver seu veículo, menor será a poluição. 16. Em ambos os casos, a preposição de exprime causa. 17. A função do operador argumentativo até é introduzir ar- gumento pressuposto, ou seja, disseram várias coisas e, entre elas, que o sol ia nascer antes da madrugada. 18. Em a, argumenta -se em favor de Luciano. Tal frase seria proferida pelo defensor de Luciano. Em b, argumenta- -se contra Luciano. Tal frase seria proferida por aquele que o acusa. 19. a) lugar b) assunto c) meio d) lugar e) causa f) finalidade g) lugar h) lugar i) tempo Dos textos à gramática/Da gramática aos textos (p. 204) 1. O termo retomado pelo pronome relativo é o samba. “O samba faz dançar os galhos do arvoredo.” 2. Os galhos do arvoredo. Professor(a), o verso “Os ga- lhos do arvoredo” exerce a função sintática de sujeito de dançar. O samba faz com que os galhos do arvoredo dancem. Observe ainda que, nesse caso, é correto o emprego da forma não flexionada do infinitivo: faz dan- çar os galhos e não faz dançarem os galhos. 3. No sentido de produzir. 4. a) Em “Feitiço da Vila”, a preposição indica relação de posse. b) O verso que comprova a relação de posse é “A Vila tem um feitiço […]”. 5. Relação de ausência, falta. 6. O feitiço da Vila é decente, nos faz bem. 7. Relação de explicação ao que foi expresso anteriormen- te: Sol, não venha agora, pois as morenas vão logo em- bora. 8. “O sol na Vila é triste / Samba não assiste”; “[…] o samba […] faz dançar os galhos do arvoredo.” 9. Não. Observar que o advérbio de lugar lá, que se refere a Vila Isabel, faz menção a um lugardistante da pessoa que fala. Caso o compositor estivesse na Vila, teria dito: “Quem nasce aqui na Vila […]”. 10. “Modéstia à parte, / Meus senhores, eu sou da Vila!” 15MANUAL DO PROFESSOR CPGramatica_MP_001_056.indd 15 6/1/17 3:33 PM Ed ito ra Sc ipi on e Capítulo 12 – TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO Atividades (p. 215) 1. a) a mulher (determinado simples) b) o cheiro quente (determinado simples) c) ela (determinado simples) d) o leão (determinado simples) e) a leoa (determinado simples) 2. a) Frase declarativa. b) Trata-se de uma oração sem sujeito. 3. a) A redação sem a preposição até é possível; no en- tanto, o sentido seria outro, uma vez que a orienta- ção argumentativa do enunciado seria retirada. b) Introduzir um argumento mais forte de uma escala argumentativa; ou seja, de que todos os animais, até aquele que é considerado o mais feroz, são capazes de uma atitude de carinho. 4. O sujeito é o pronome pessoal reto nós (oculto), sujeito determinado simples. 5. O sujeito da segunda oração é esse, que é um pronome substantivo demonstrativo, referindo -se a ódio. 6. O medo. 7. Nós: sujeito determinado simples, oculto. 8. E flores amarelas e medrosas nascerão sobre nossos túmulos. Sujeito: flores amarelas e medrosas; núcleo: flores. 9. Em a, temos sujeito composto com dois núcleos (mo- torista e dona): duas pessoas compareceram. Em b, temos sujeito simples, cujo núcleo é motorista. Nesse caso, apenas uma pessoa compareceu: a motorista que é também dona do carro. 10. Professor(a), as respostas apresentadas são apenas sugestões. a) Muitos livros de História faziam parte da biblioteca. b) Dois carros antigos estavam em exposição. c) O apito do trem era ouvido ao longe. d) Dois experientes jogadores de futebol participaram do evento. e) Naquele mês, chegaram vários navios de carga ao porto. f) O novo gerente de vendas foi o responsável pelo bom desempenho da loja. 11. a) núcleo: telefones. Eles eram escassos naquele bairro. b) núcleos: Gabriela, Camila e Raquel. Elas (ou as três) chegaram atrasadas. c) núcleo: atitude. Isso (ou aquilo) não me agrada nem um pouco. d) núcleo: pessoa. Alguém fez alusão ao acontecimento. e) núcleos: Atos, Portos e Aramis. Os três eram os mosqueteiros. 12. a) ele: determinado, simples b) eu: determinado, simples (oculto) c) nós: determinado, simples (oculto) d) nós: determinado, simples (oculto) e) a mulher dele: determinado, simples f) nós: determinado, simples (oculto) g) você: determinado, simples h) dois signos: determinado, simples 13. a) A violência explode no beco escuro. Sujeito: a violência; núcleo: violência. b) Um ramalhete de flores apareceu no jardim da casa de Ana Maria. Sujeito: um ramalhete de flores; núcleo: ramalhete. c) O presidente da Fifa chegou ontem a São Paulo. Sujeito: o presidente da Fifa; núcleo: presidente. d) Muitos fenômenos inexplicáveis aconteceram na- quela cidade. Sujeito: muitos fenômenos inexplicáveis; núcleo: fe- nômenos. 14. a) Sujeito: aqueles famosos atores da novela; núcleo: atores (substantivo). b) Sujeito: aquilo (pronome substantivo demonstrativo). c) Sujeito: viver (verbo substantivado). 15. a) Núcleo: robôs. Eles nunca se cansam. b) Núcleos: Ana, Cláudia e Patrícia. Elas (ou as três) já foram almoçar. c) Núcleo: atitude. Isso (ou aquilo) não me surpreen- deu nem um pouco. Atividades (p. 223) 1. Respostas pessoais. Professor(a), nas respostas deve- rão ser usados, necessariamente, verbos de ligação. 2. Respostas pessoais. Professor(a), nas respostas deve- rão ser usados, necessariamente, verbos nocionais; mas não poderão ser usados predicativos. 3. Respostas pessoais. Professor(a), nas respostas dos alunos deverão ser usados, necessariamente, verbos nocionais que poderão vir acompanhados de adjunto adverbial. Caso sejam usados verbos transitivos, estes deverão vir acompanhados de objeto. 4. a) Eles saíram de casa esperançosos. b) Tranquilos, eles esperavam o acontecimento. c) Todos caminhavam apressados para o local do es- petáculo. d) Indignados, eles observavam os acontecimentos. e) As pessoas dirigiam-se à saída do teatro serenas. 5. “[…] um bruto saco […]”; “[…] tudo malandro velho […]”. 6. Resposta pessoal. Sugestão: “O pessoal da Alfândega – pessoas muito experientes – começou a desconfiar da velhinha”. 7. a) pessoal b) verbal c) transitivo indireto 8. Passava, em: “Todo dia ela passava […]”. 16 MANUAL DO PROFESSOR CPGramatica_MP_001_056.indd 16 6/1/17 3:33 PM Ed ito ra Sc ipi on e 9. a) B b) B c) C d) A e) C f) D g) A h) E i) B j) C k) B l) A m) E n) D o) C p) A q) A 10. a) Sujeito: os dinossauros; predicado: também viveram nos polos. b) Sujeito: as denúncias contra cientistas; predicado: têm aumentado ultimamente. c) Sujeito: mais de cem espécies de frutas venenosas; predicado: existem. d) Sujeito: os pássaros; predicado: nos galhos da pitan- gueira, brincavam livremente. e) Sujeito: muitos; predicado: nos últimos dez anos, abandonaram seus sonhos. f) Sujeito: muitos autores; predicado: nestes livros, contam suas experiências pessoais. g) Sujeito: os culpados; predicado: naquele momento, foram saindo disfarçadamente. h) Sujeito: os crimes de guerra da Bósnia; predicado: são inadmissíveis. Professor(a), os núcleos são as palavras destacadas. 11. a) limpos (do objeto) b) preso (do objeto) c) desprezível (do objeto) d) insatisfeitas (do sujeito) e) cansados (do sujeito) f) desesperados (do sujeito) g) inadmissíveis (do sujeito) h) triste (do objeto) i) preso (do objeto) j) murchos (do objeto) k) imperdoável (do objeto) l) incerta (do objeto) m) preocupados (do objeto) n) arriscada (do objeto) o) confortável (do objeto) p) de incompetente (do objeto) q) desesperados (do sujeito) r) abertas (do objeto) s) solícito (do sujeito) t) fácil (do sujeito) u) inflexível (do sujeito) v) inflexível (do objeto) 12. Na primeira frase, temos o adjetivo cerrados na função sintática de predicativo do objeto. Por se tratar de adje- tivo, exprime uma característica do substantivo olhos, com o qual concorda em gênero e número (olhos cerra- dos). Na segunda, cerrado é particípio do verbo cerrar (= fechar), formando com o verbo auxiliar ter o pretérito mais -que -perfeito composto do indicativo do verbo cer‑ rar; exprime, portanto, uma ação. 13. Respostas pessoais. Sugestões: a) Os programas daquela emissora são educativos. b) A Copa do Mundo tornou ‑se impossível para os paí- ses pobres. c) Meu primeiro texto ficou brilhante. d) Nós estamos gripados. e) As mochilas estão mais caras que os livros. f) O velho anda doente. g) À minha direita, os prédios permanecem intactos depois do terremoto. 14. Respostas pessoais. 15. Respostas pessoais. 16. a) delirante b) desesperada c) paciente 17. a) predicado verbo-nominal b) predicado verbal c) predicado verbal d) predicado nominal e) predicado verbo-nominal 18. a) Verbo de ligação; predicado nominal. b) Verbo transitivo direto; predicado verbal. c) Verbo transitivo direto; predicado verbo-nominal. d) Verbo de ligação; predicado nominal. e) Verbo transitivo direto; predicado verbo-nominal. f) Verbo transitivo indireto; predicado verbal. 19. a) infeliz b) furioso c) campeão d) afoito e) preocupado f) frias g) atrasada h) inevitável Dos textos à gramática/Da gramática aos textos (p. 225) 1. Avarento é aquele que é obcecado por adquirir e acu- mular dinheiro; excessivamente apegado ao dinheiro; sovina, mesquinho. 2. Essas informações, denominadas rubricas, têm por fina- lidade indicar como o personagem deve agir no palco. 3. Não é possível identificar o autor da ação de roubar. Temos no caso um sujeito indeterminado. O próprio personagem declara que não sabe quem lhe roubou o dinheiro em frases como “Quem poderia ter sido?”, “Quem fez isso?”. 4. O sujeito de “foste arrebatado” é tu (= o dinheiro), que recebe a ação expressa pelo verbo. Temos, portanto, um verbo navoz passiva sem indicação do agente. 5. Entre outras, podem -se citar: “Assassinaram -me, de go- la ram -me”; “Eu estou morto!... Eu estou enterrado!...” 17MANUAL DO PROFESSOR CPGramatica_MP_001_056.indd 17 6/1/17 3:33 PM Ed ito ra Sc ipi on e Capítulo 13 – TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO Atividades (p. 233) 1. Na primeira ocorrência, o verbo dizer apresenta objeto direto, representado por uma oração (“Precisamos visi- tar o Henrique e o Julião que há muito tempo não vemos”) e indireto (“à mamãe”). Na segunda ocorrên- cia, apresenta objeto direto, representado pela oração “Vamos primeiro ao Julião, depois ao Henrique”. 2. a) O complemento de visitar é “o Henrique e o Julião” (objeto direto). Professor(a), comente que se trata de um objeto direto composto. b) O complemento de “vemos” é “o Henrique e o João”, que se considera implícito pelo contexto. Professor(a), comente que a autora poderia retomar o termo “o Henrique e o João”, apresentando-os por meio de um pronome oblíquo átono: há muito tempo que não os vemos. 3. a) Estes dois. b) Dois. Pertence à classe dos numerais. c) O Henrique e o João. 4. a) o leite da vaca c) a flor b) nós d) nós (implícito) 5. a) Substitui o leite da vaca; exerce a função de objeto direto. b) Substitui a flor; exerce a função de objeto direto. 6. Por nós. 7. a) O complemento de beber é o leite da vaca, que vem repetido por meio do pronome oblíquo o. Professor(a), comente com os alunos que, nesse caso, temos um objeto pleonástico. b) Tirar o leite. c) No texto, usar foi empregado no sentido de “fazer uso”, “servir -se”. Trata -se de um verbo transitivo indireto. Seu complemento é da violência (objeto indireto). 8. a) Sujeito: você (determinado, simples); predicado: já mostrou muita nota vermelha para seu pai (predicado verbal); complementos verbais: muita nota vermelha (objeto direto); para seu pai (objeto indireto). b) Nota vermelha significa “nota baixa”. Nota preta é uma expressão popular que significa “muito dinheiro”. 9. Importante: predicativo do sujeito; lhe: objeto indireto; acesso: objeto direto; às coisas: complemento nominal; você: sujeito. 10. a) necessidade de carinho b) sequestro do empresário c) confiança no colega d) obediência ao regulamento e) combate à fome 11. a) da perfeição b) da tempestade c) de água fria d) de mosquitos e) do voo f) ao dicionário g) de petróleo h) da barraca i) da casa j) ao parque k) com o trabalho l) para menores m) a baratas Professor(a), as respostas dadas são apenas sugestões. Dos textos à gramática/Da gramática aos textos (p. 234) 1. Qualidade, característica, atributo. 2. Meu professor de análise sintática. 3. Sua inexpressividade. 4. A infidelidade. 5. a) Temos um caso de sujeito indeterminado. b) Objeto direto. c) Predicado verbal. d) Voz ativa. 6. a) Ele (determinado oculto). b) Predicado nominal. c) Predicativo do sujeito. Capítulo 14 – TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO E VOCATIVO Atividades (p. 241) 1. a) Pode -se entender que a polícia encontrou um livro que fora roubado do escritor argentino Jorge Luis Borges, ou seja, o escritor possuía um livro que lhe foi roubado. Outra leitura possível é que a polícia en- controu um livro escrito por Jorge Luis Borges e esse livro havia sido roubado. b) Uma forma de o título expressar sem ambiguidades o teor da notícia seria “Polícia encontra livro de Borges roubado”. 2. Pode-se ler que Wilson Simonal delatou o regime mi- litar. Nesse caso, Simonal é o agente da delação e a função sintática de “do regime militar” é a de comple- mento nominal, já que exprime no objeto o alvo da delação. A outra leitura possível é que Simonal pres- tava serviços ao regime militar, exercendo a função de delatar pessoas. Nesse sentido, Simonal não dela- ta o regime, mas delata pessoas ao regime militar, como um agente desse serviço. Nessa acepção, “do regime militar” exerce a função sintática de adjunto adnominal. 18 MANUAL DO PROFESSOR CPGramatica_MP_001_056.indd 18 6/1/17 3:33 PM Ed ito ra Sc ipi on e 3. Em I, pela internet não indica o agente da compra, mas o meio utilizado para fazê -la: trata -se, portanto, de um adjunto adverbial de meio; em II, pela própria aluna in- dica o elemento que pratica a ação expressa pelo verbo: trata -se, pois, de um agente da passiva. Professor(a), comente com os alunos que ambas as frases estão na voz passiva analítica, mas em I, ao con- trário de II, não se exprime o agente da ação. 4. e 5. As leituras possíveis são: “O livro é entregue aos pro- fessores que se cadastraram no início do ano letivo” e “O livro é entregue no início do ano letivo aos profes- sores que se cadastraram”. A ambiguidade decorre do fato de que o adjunto adverbial “no início do ano letivo” pode estar se referindo a cadastrados ou entregue. 6. Pode -se entender que o diretor indicou alguém e esta indicação, feita por ele, agradou a todos os acionistas. Nesse caso, do diretor tem sentido ativo (o diretor é o agente da indicação), exercendo a função sintática de adjunto adnominal. Numa segunda interpretação, pode -se entender que alguém indicou o diretor e essa indicação agradou aos acionistas. Nesse caso, do dire‑ tor tem sentido passivo, exercendo a função sintática de complemento nominal. 7. Em a, o adjunto adverbial à noite refere -se a disse, indicando o momento em que o professor disse que não gosta de dirigir. Em b, o adjunto adverbial à noite re fe re -se a dirigir, portanto afirma -se que o profes- sor disse (não se esclarece quando) que não gosta de dirigir à noite. 8. a) este / aquele b) de verão / de chuva c) deserta d) primeiro e) um, uma f) dentais g) seu h) a, bacteriana i) carnívoros / ferozes j) que falam k) do animal l) brasileiro m) sem saída n) dois, competentes Professor(a), as respostas dadas são apenas sugestões. 9. Os dois sentidos possíveis são “A filha de 17 anos de um engenheiro foi libertada do cativeiro” e “A filha de um engenheiro de 17 anos foi libertada do cativei- ro”, ou seja, o adjunto adnominal “de 17 anos” pode se referir tanto à filha quanto ao engenheiro. Nosso conhecimento de mundo, no entanto, leva -nos a optar pela leitura em que se afirma que é a filha que tem dezessete anos e não o engenheiro, já que com essa idade é pouco provável que alguém fosse forma- do em engenharia. 10. a) Sim, porque não fica claro se as fotos foram tiradas por Marilyn Monroe ou se foram tiradas fotos dela. Em síntese: não fica claro se Marilyn Monroe é a fo- tógrafa ou a fotografada. b) Fora de contexto, é impossível afirmar com precisão qual a função sintática de de Marilyn Monroe, já que há ambiguidade no enunciado. Se as fotos foram tiradas por Marilyn, a função sintática será de adjun- to adnominal (sentido ativo); se as fotos foram tira- das de Marilyn, será complemento nominal (ou seja, ela foi fotografada, sentido passivo). 11. Hagar emprega a expressão “cão de guarda” para de- signar uma raça de cães normalmente usada para efe- tuar a guarda de pessoas ou de bens. Eddie entende a preposição de, em “de guarda”, como um indicador de posse: um cão que pertence a um guarda. Dos textos à gramática/Da gramática aos textos (p. 242) 1. Podem ser citados os trechos em que o narrador des- creve os pensamentos e sentimentos da personagem, como em: “[...] tentou lembrar se havia tirado as pou- cas peças de roupa do varal [...]”; “Pensava em como se livrar desse odor [...]”. 2. Descrevem-se as características físicas da personagem e o que ela pensa e sente. Em outro plano, há também a descrição do espaço e do incêndio, vistos sob a ótica da personagem. 3. a) Fina e cinza caracterizam o substantivo poeira e exercem a função sintática de adjunto adnominal; brancos e lisos caracterizam o substantivo fios e exercem a função sintática de adjunto adnominal. b) Mórbido caracteriza o substantivo odor e exercea função sintática de adjunto adnominal; perturbada caracteriza o ser representado pelo pronome oblí- quo a, exercendo a função sintática de predicativo do objeto. c) Espalhados refere-se a quadros e exerce a função sintática de predicativo do sujeito; empoeirados re- fere-se a discos e exerce a função sintática de ad- junto adnominal; lenta refere-se a câmera e exerce a função sintática de adjunto adnominal. 4. Temos a narração de um evento passado. Os verbos demonstram isso, pois estão no pretérito: caía, zuniam, tentou lembrar, pensava, etc. 5. Os verbos no imperfeito têm o sentido de destacar um processo em duração; assim, pode-se dizer que essas formas verbais produzem, na narrativa, o efeito de sen- tido de prolongamento do passado, isto é, como se o incêndio não tivesse terminado e se prolongasse até o presente. Professor(a), pode-se comentar com os alu- nos os efeitos de sentido decorrentes dos tempos do perfeito e do imperfeito. No perfeito, não há duração interna, ou seja, trata-se de um aspecto pontual; e no imperfeito aspectualiza-se a duração do processo. 19MANUAL DO PROFESSOR CPGramatica_MP_001_056.indd 19 6/1/17 3:33 PM Ed ito ra Sc ipi on e 6. a) Lentamente: modo; sobre seus fios brancos e lisos: lugar. b) aos poucos: modo. c) em câmera lenta: modo; com o calor: causa. 7. Poeira cinza, labareda jovem e indomável, chamas, calor que se aproximava, transformados em cinza, to- mada pelo calor, fogueira. Professor(a), comente que o encadeamento de temas e de figuras confere coerência aos textos. 8. De fragmentos de algo que foi destruído pelas chamas: a casa com tudo o que ela comportava. Professor(a), comente com os alunos que, aos fragmentos da casa, se somam os fragmentos de uma vida: lembranças, im- pressões, sensações. 9. A solidão não incomoda a personagem, pelo contrário, a solidão lhe é prazerosa. O que de fato a incomoda é a aglomeração, pois nela sente perder a individualidade. Capítulo 15 – ORAÇÕES COORDENADAS Atividades (p. 248) 1. a) Por duas orações (1. “Caiu uma chuva tão forte”; 2. “que durou dias e noites”). Trata -se de um período composto. b) O advérbio de intensidade tão e a repetição da ex- pressão tão forte. c) Exprime consequência. 2. É formado por três orações: 1. “A água subiu”; 2. “saltou dos rios”; 3. “encobriu os campos, as matas e, por fim, os montes”. 3. a) ou: alternância b) como: comparação 4. Choveu tão forte, tão forte, que durou dias e noites. A água subiu, saltou dos rios, encobriu os campos, as matas e, finalmente, os montes. Não se via árvore, bicho, uma ave sequer. 5. a) Por duas orações (trata -se de um período compos- to): 1. “Todos haviam fugido”; 2. “ou [haviam] sido levados pela enchente”. b) Referem -se a todos, que funciona como sujeito des- sas formas verbais. c) Haviam fugido está na voz ativa, e [haviam] sido levados, na voz passiva. 6. a) Períodos simples. b) Não temos períodos, porque nesses enunciados não há presença de verbo. c) “Júnior nunca conseguiu descobrir quem anuncia as estações”, período composto por subordinação. “Levanta com dificuldade e salta”, período composto por coordenação. 7. a) Orações coordenadas. b) “Desgostei com aquela casa”. O verbo desgostar, na norma culta, rege a preposição de e não a pre- posição com. Na segunda oração, o uso do prono- me ela como complemento. Na norma culta, deve- ria ser usado o pronome oblíquo a. O uso de pra em vez de para. 8. Professor(a), as respostas a seguir são apenas sugestões. a) O trânsito estava caótico, mas (porém, todavia, con- tudo, etc.) ninguém chegou atrasado à reunião. b) Por favor, devolva -me o livro, pois (porque, que) estou precisando dele. c) Há muitos tipos de colírios destinados ao tratamen- to de diferentes doenças dos olhos. Os olhos, entre‑ tanto (no entanto, porém), são órgãos de muita sen- sibilidade; portanto (logo, assim, por isso), o uso de qualquer tipo de colírio poderá causar mais proble- mas do que resultados positivos. d) Nunca me esqueço de um consórcio de moto que fiz quando tinha 17 anos. Estava começando a ganhar dinheiro e acabei gastando mais do que podia. A cada mês o valor aumentava. Fui sorteada, tirei a moto, mas as parcelas nunca acabavam. Hoje os consórcios podem ter mudado, mas eu nunca mais fiz um. 9. Ou vocês conseguem uma autorização ou não poderão viajar sozinhos. Aquela empresa triplicou suas exportações para o exte- rior; não é verdade, portanto, que esteja em crise. Vá diretamente à bilheteria do teatro, que lá você ainda encontrará ingressos. Era formado em Odontologia, todavia nunca exerceu a profissão. Vivia dizendo mentiras, por isso ninguém mais acredita nela. Nunca saiu de sua cidade, no entanto é capaz de des- crever lugares que nunca viu. O banco fecha às quatro horas, então corra, que ainda dá tempo de pagar as contas. Leve o guarda -chuva, pois está ameaçando chover. 10. Respostas pessoais. Sugestões: a) Ele morava bem distante do local de trabalho, por- tanto saía de casa bem cedo. b) Gabriela nasceu em 1991 e seu irmão, em 1992, logo ela é mais velha que o irmão. c) Fumar é prejudicial à saúde, então não fume. d) Sabiam que a prova seria difícil, por isso estudaram com afinco. e) O preço da geladeira na loja A estava mais baixo que na loja B, portanto preferi comprar na loja A. 11. Na frase d. Reescrita: Não esfregue os olhos nem pis- que depois de pingar o colírio. Dos textos à gramática/Da gramática aos textos (p. 250) 1. A coordenação. 2. a) Refere -se à ação de passear. b) Trata -se de um período simples. c) Sim. A situação é propícia ao passeio: é manhã e há calma, não há perigos, a paisagem é convidativa. 20 MANUAL DO PROFESSOR CPGramatica_MP_001_056.indd 20 6/1/17 3:33 PM Ed ito ra Sc ipi on e 3. Apresentam a descrição do lugar. Nessa descrição ressalta -se o aspecto visual, expresso pelas cores; a alegria transparece nas cores. 4. Resposta pessoal. Sugestão: É interessante notar, nes- ses dois versos, a forma como o poeta se refere às cores do céu e da água: na verdade, não são as suas cores, mas as que eles refletem. 5. Sugestão: “Havia jardins, havia manhãs naquele tempo!!!”. 6. “A boca, o nariz, os olhos” exerce a função sintática de su- jeito; trata -se de um sujeito composto. “A gripe, o calor, os insetos” exerce a função sintática de predicativo do sujeito. Professor(a), comente que, em ambos os casos, temos o processo da coordenação. Cada termo apresenta três núcleos coordenados entre si. 7. a) O guarda -civil, que sorria, e a menina, que pisa na relva. b) Porque, geralmente, o guarda -civil não sorriria (seria uma atitude em desacordo com a sisudez que se espe- ra de sua função); a menina não pisaria na relva, princi- palmente se houvesse um guarda por perto, pois isso seria proibido ou ele chamaria a atenção dela. c) Não, porque reina a harmonia: tudo é perfeito, as pessoas são felizes, não há proibições. 8. Opõe -se à ideia de perigo enunciada anteriormente e a pequenas contrariedades (cartas que demoram a che- gar – mas chegam! – ou não poder usar o vestido novo). 9. a) Praticamente todos os verbos estão no pretérito im- perfeito do indicativo. b) Indicam que as ações e o mundo a que se refere o poeta estão situados num tempo já transcorrido. Eram ações habituais e características que perdura- ram no passado. 10. Resposta pessoal. Sugestão: Na exata medida em que o poeta afirma ou nega situações passadas, ele afirma ou nega situações presentes. A “Lembrança do mundo an- tigo” remete imediatamente ao mundo atual: a perfei- ção daquele é a imperfeição deste; a harmonia daquele é a desarmonia deste; a ausência de perigos ontem é acúmulo de perigos hoje. Além disso, o poeta fala de um mundo ideal (quando, afinal, teria existido um tempo tão perfeito?) e isso nos leva a crer que, na ver- dade, ele fala das amarguras de um tempo presente. Capítulo 16 – ORAÇÕES SUBORDINADAS Atividades (p. 255) 1. a) Desejo que você venha.
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