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III Teorico - Defesas Comerciais e a Formação de Blocos Econômicos

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Regulação do 
Comércio Internacional 
Defesas Comerciais e a Formação de Blocos Econômicos
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Esp. Renata Cristina Cicaroni
Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites
Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:
• Medidas de Defesa Comercial;
• Compras Governamentais;
• Blocos Econômicos.
Objetivos
• Apresentar as medidas de defesa comercial existentes no comércio internacional;
• Analisar a formação de blocos econômicos, aprendendo sobre os principais deles;
• Mostrar os principais blocos econômicos existentes hoje;
• Ensinar as regras para compras governamentais.
Caro Aluno(a)!
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para 
o último momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no 
material trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades 
solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, 
você poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos 
ou alguns dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como suges-
tões de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpre-
tação e auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns 
de discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, 
além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico 
espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
Defesas Comerciais e a 
Formação de Blocos Econômicos 
Fonte: Getty Im
ages
UNIDADE 
Defesas Comerciais e a Formação de Blocos Econômicos
Contextualização 
Pense que trabalha para o governo do Brasil e precisa comprar um tipo de papel 
para imprimir e escrever que é utilizado em livros. É possível comprar de outro país? 
Como ficam as regras para esse tipo de compra? Será que pode importar esse pro-
duto de qualquer país ou existem alguns com barreiras não-tarifárias que aumentam 
o custo desse produto? E se importarmos de países do Mercosul, por exemplo, será 
que o custo seria menor?
Todas essas questões serão analisadas nesta unidade. Para os papéis, por exem-
plo, existem medidas antidumping para algumas qualidades, como a do nosso exem-
plo, e fornecedores específicos. Assim, o custo do papel proveniente desses expor-
tadores internacionais deve ser acrescido de um valor em dólar antes do cálculo dos 
custos de nacionalização.
Outro ponto que analisaremos são as normas para compras governamentais in-
ternacionais. Será que o Brasil está inserido nesse acordo?
Por fim, veremos a formação de blocos econômicos que reduzem ou extinguem as 
taxas de importação e exportação para os países-membros, reduzindo o custo final 
do produto.
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7
Medidas de Defesa Comercial
Iniciaremos esta unidade analisando, ainda, acordos concluídos no âmbito da 
Organização Mundial do Comércio (OMC). Dessa vez, veremos os acordos sobre 
medidas de defesa comercial.
Vimos que o GATT se tornou o acordo base da OMC. Já nele foram incluídos 
assuntos como o antidumping e as medidas compensatórias, os quais são formas de 
proteger a indústria nacional de cada país contra práticas desleais de comércio. Já 
no acordo de Marrakesh, iniciaram-se as discussões sobre medidas de salvaguarda, 
que também são um meio de proteção do comércio nacional.
É importante saber que qualquer medida de defesa comercial deve ser analisada 
por meio de um processo administrativo, o qual propiciará uma ampla investigação 
com análise de dados e informações, confrontando as opiniões divergentes entre as 
partes envolvidas. Assim, será possível determinar a existência, o grau e o efeito de 
qualquer subsídio. 
Os processos de análise de petição de implementação de defesa comercial, assim 
como a regulamentação delas, são necessários para evitar a utilização dessas ferra-
mentas como forma de barreira não tarifária ao comércio internacional.
Vejamos, então, quais são as defesas comerciais autorizadas pelos acordos internacionais.
Medidas Antidumping
Para compreender o que é e como funciona o antidumping, é necessário enten-
der o que configura o Dumping.
O nome Dumping é derivado da palavra inglesa Dump, que, em português, sig-
nifica despejar. Ele ocorre quando uma empresa exportadora vende o seu produto 
para outro país, com preço inferior ao praticado no seu próprio mercado interno. 
Por exemplo, suponhamos que uma empresa venda seu produto a US$ 50,00 no 
mercado nacional, mas o exporte por US$ 30,00, considerando as mesmas condi-
ções comerciais. Dessa forma, fica caracterizada a utilização da ferramenta dumping.
Esse instrumento é considerado desleal, pois costuma ocorrer com o objetivo de 
ganhar mercado, eliminando o concorrente devido ao baixo preço, ou até de escoar 
produtos que estejam com excesso de produção.
O GATT traz em seu artigo VI as condições para que o dumping seja caracteri-
zado, conforme a seguir:
[...] Para os efeitos deste Artigo, considera-se que um produto exportado 
de um país para outro se introduz no comércio de um país importador, a 
preço abaixo do normal, se o preço desse produto:
7
UNIDADE 
Defesas Comerciais e a Formação de Blocos Econômicos
a) é inferior ao preço comparável que se pede, nas condições normais 
de comércio, pelo produto similar que se destina ao consumo no país 
exportador; ou
b) na ausência desse preço nacional, é inferior:
I) ao preço comparável mais alto do produto similar destinado à expor-
tação para qualquer terceiro país, no curso normal de comércio; ou
II) ao custo de produção no país de origem, mais um acréscimo razoá-
vel para as despesas de venda e o lucro. (GATT, 1994)
Considerando que um produto similar é um produto idêntico sob todas as formas e as-
pectos ou, na falta desse produto, com características bem parecidas com o produto a ser 
comparado, o acordo estipula que o preço da mercadoria para a exportação não pode ser 
menor do que o preço para o mercado interno no país exportador. Caso esse produto não 
seja vendido no mercado nacional do país exportador, deve-se, então, considerar o preço 
mais alto de um produto similar a ser exportado ou o custo de produção somado às despe-
sas de venda e margem de lucro no país de origem.
Assim, quando um país perceber que está sofrendo dumping, será necessário o 
envio de petição por escrito com evidências suficientes e, se possível, o montante do 
dano causado, essa petição será analisada para posterior abertura de processo de in-
vestigação, o qual envolverá o levantamento de documentações e informações das par-
tes envolvidas nos processos de importação e exportação desses produtos. Isso mes-
mo, a documentação deve ser entregue pelas empresas exportadoras e importadoras.
Aberto o processo, será feita a comparação das informações levantadas, as quais 
devem abranger um período não inferior a 6 meses, conforme estipulado pela OMC.
Uma vez constatado o dumping, será estabelecida a margem de dumping, que é 
a diferença entre o valor normal e o valor da exportação, podendo ser implantada 
em porcentagem a ser cobrada sobre o valor da mercadoria ou como um valor fixo 
a ser acrescido no preço do produto.
Supondo que o dumping tenha se configurado em mais de um exportador de um mesmo 
produto, a margem de dumping será calculada para cada um de acordo com o preço utili-
zado nas exportações.
Assim que a margem for definida, todo produto em questão proveniente daquele 
exportador deverá ser acrescido da margem estipulada para fins de desembaraço adu-
aneiro. Ou seja, se considerarmos o nosso exemplo anterior, quando importarmos 
o produto que estava sendo exportado a US$ 30,00, devemos somar US$ 20,00,
caso essa seja a margem definida, para somente depois calcularmos os custos de 
nacionalização do produto.
Note que as medidas antidumpingdurarão por prazo determinado e na medida 
necessária para neutralizar o dumping. Esse prazo, previamente estabelecido, pode 
ser estendido caso a utilização da medida desleal não tenha parado.
8
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Medidas Compensatórias
O objetivo das medidas compensatórias é compensar um subsídio concedido pelo 
país exportador para a produção ou exportação de um produto.
No artigo VI do GATT, encontramos a seguinte definição:
A expressão ‘direito de compensação’ significa um direito especial cobra-
do com o fim de neutralizar qualquer prêmio ou subvenção concedidos, 
direta ou indiretamente à manufatura, produção ou exportação de qual-
quer mercadoria.
É claro que, para entendermos melhor essa medida, precisamos compreender o 
que é subsídio. Segundo Ana Carla Bliacheriene, que deu uma definição bem com-
pleta para essa ferramenta, subsídio é:
[...] o aporte econômico, advindo de qualquer esfera da administração es-
tatal, que beneficie empresa ou setor produtivo – direta ou indiretamente, 
por ação ou por omissão – em seu território ou fora dele, reduzindo, de 
maneira não desprezível, a vantagem comparativa dos produtos estran-
geiros no mercado interno ou do produto nacional no mercado interna-
cional. (BLIACHERIENE, 2007, p. 136-137)
No Acordo de Subsídios e Medidas Compensatórias (ASMC) presente no GATT 
de 1994, foi estipulado, ainda que para ser considerado um subsídio, que são ne-
cessárias três características: ser uma contribuição financeira; ser concedida pelo 
governo; e ser dada diretamente a uma indústria. 
Note que para os fins de implementação de defesa comercial, são considerados 
somente os subsídios específicos. Mas o que são eles?
Subsídios específicos são aqueles limitados a uma ou a um grupo de indústrias, 
a ramos de produção ou a regiões geográficas. Incluem-se nessa categoria os subsí-
dios considerados proibidos pela legislação. Analisaremos, a seguir, os três tipos de 
subsídios existentes:
• Subsídios proibidos: são aqueles vinculados à melhoria de desempenho na 
exportação ou ao uso preferencial de produtos nacionais frente aos importados;
• Subsídios não-acionáveis: são os não sujeitos à medida compensatória por 
não serem específicos. Entram aqui, também, os subsídios à pesquisa; à assis-
tência à região desfavorecida; a promover a adaptação de instalações devido a 
novas exigências ambientalistas, entre outros;
• Subsídios acionáveis: todos os subsídios específicos, conforme definição aci-
ma, e os proibidos são acionáveis e passíveis de medida compensatória.
Como proceder quando uma empresa se sente afetada por um subsídio específico?
Da mesma forma que o antidumping, para a possível implementação de medida 
compensatória, é necessário que a indústria afetada apresente petição, por escrito, 
9
UNIDADE 
Defesas Comerciais e a Formação de Blocos Econômicos
contendo provas para dar início a um procedimento de investigação. Nos casos em que 
o subsídio não fique aparentemente configurado como específico, mas haja indícios de 
especificidade, podem ser apresentados documentos que comprovem, por exemplo, o 
uso de um programa de subsídio por um número limitado de empresas ou a concessão 
de parcela desproporcionalmente maior destinada à determinadas empresas.
No decorrer do processo, a investigação pode ser suspensa sem implementação 
da medida compensatória, caso o governo do país do exportador concorde em retirar 
ou reduzir os subsídios ou, ainda, em adotar medidas que compensem seus efeitos.
Caso o país exportador não concorde, e comprovado o dano, a medida com-
pensatória é aplicada para cada exportador envolvido, tendo como limite o valor do 
subsídio. Da mesma forma que no antidumping, pode ser definida uma alíquota a 
ser acrescida no valor do produto ou um montante em dólares a ser somado ao seu 
valor, além de ser temporária enquanto os subsídios permanecerem.
Salvaguarda
Analisaremos, agora, uma medida de defesa comercial diferente das outras, pois 
não ocorre devido a alguma prática desleal no comércio ou ato ilícito, conforme a 
definição a seguir.
De acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), as 
medidas de salvaguarda têm como objetivo aumentar, temporariamente, a proteção 
à indústria doméstica que esteja sofrendo prejuízo grave ou ameaça de prejuízo gra-
ve decorrente do aumento, em quantidade, das importações de um determinado pro-
duto, com o intuito de que, durante o período de vigência de tais medidas, a indústria 
doméstica se ajuste, aumentando a sua competitividade nacional e internacionalmente.
A definição de prejuízo grave ou ameaça de prejuízo grave é crucial para a análise e implan-
tação de salvaguarda. Para considerar o prejuízo grave, deve-se notar a deterioração geral 
e significativa da situação de uma determinada indústria nacional, tendo como base fatos 
reais demonstrados em números, e não somente alegações ou possibilidades.
Note que a salvaguarda é adotada contra um determinado produto, independente 
do país de origem, e é aplicada como acréscimo ao imposto sobre importação. Deve 
ter caráter temporário, obedecendo o princípio da não-discriminação e da não sele-
tividade, justamente por não ser direcionado a certo país ou exportador, mas sim ao 
produto específico, objeto da medida.
Isso fica claro na explicação de Brogini, a seguir:
[...] não pode haver discriminação de origem do produto quando da ado-
ção da medida, justamente porque essa atitude iria contra seus objetivos: 
proporcionar uma proteção contra as importações – e não contra esse ou 
aquele competidor estrangeiro. Ao contrário, as medidas antidumping e 
compensatórias são aplicadas a empresa ou país, segundo determinar 
a autoridade investigadora, na condução do processo administrativo. 
(BROGINI, 2004)
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Analisando as informações acima, é possível pensar se seria, então, possível soli-
citar a salvaguarda alegando somente o aumento do volume de importação de certo 
produto. Será que essa afirmação está correta?
Para responder a essa questão, veremos quais itens são analisados no processo 
de salvaguarda:
• Volume e taxa de crescimento das importações do produto;
• O percentual do mercado interno atendido pelas crescentes importações;
• O impacto sobre a indústria doméstica, considerando: nível de produção; esto-
ques; venda; preços; lucros e perdas; fluxo de caixa; emprego; dentre outros.
Além dos pontos acima citados, a indústria que solicitar a aplicação da medida de 
salvaguarda deve apresentar um programa de ajuste a ser implementado durante a 
vigência da medida, visando alcançar a reestruturação e retomar a competitividade 
no mercado. Caso verifique-se que o projeto não está sendo seguido, a salvaguarda 
poderá ser revogada.
Assim, podemos concluir que o processo para implementação de salvaguarda é 
bastante amplo e complexo, não podendo ser aberto somente pelo aumento de vo-
lume nas importações de certo produto. Assim como visto na definição de prejuízo 
grave, serão analisados dados contundentes que mostrem o impacto real das impor-
tações crescentes na indústria nacional.
A salvaguarda é muito pouco utilizada pelos países membros da OMC. Por ser uma medida 
não-discriminatória, estendida a todos os fornecedores de um produto, pode gerar mal-
-estar nas relações comerciais entre os membros. Como exemplo, de 1988 a 2015, o Brasil 
iniciou somente 8 casos de investigação e aplicou 6 medidas de salvaguarda, sendo, princi-
palmente, para brinquedos e coco ralado.
Defesa Comercial no Brasil
Sabemos que o Brasil é membro fundador do GATT, ou seja, é membro desde 
1948. Porém, só se tornou signatário dos acordos de defesa comercial em 1979 – 
lembrando que, no âmbito do GATT, os acordos eram plurilaterais, podendo, os 
membros, fazerem parte ou não. 
Mas mesmo como signatário, essas normas passaram a ter maior valor no país 
somente em 1994, quando o congresso Brasileiro aprovou a Ata Final da Rodada 
Uruguai, que incluía os novos Acordos Antidumping, de Subsídios e Medidas Com-
pensatórias e deSalvaguarda, bem como o Acordo de Marrakesh, que criou a Orga-
nização Mundial do  Comércio (OMC).
Então, a partir desse momento, tornou-se necessária a criação de um departamen-
to especializado nesses assuntos, conhecido como Departamento de Defesa Comer-
cial (DECOM), o que ocorreu em 1995. Sua finalidade era a de conduzir investigações 
referentes às defesas comerciais. Faziam parte desse departamento os Ministros do 
Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços e da Fazenda.
11
UNIDADE 
Defesas Comerciais e a Formação de Blocos Econômicos
Conforme os departamentos de Comércio Exterior do Brasil foram sendo mais 
bem estruturados, ficou definido que a responsabilidade pela análise e implemen-
tação de defesas comerciais seria passada para a Câmara de Comércio Exterior
(CAMEX), em 2001, a qual, então, tornou-se o órgão habilitado para as funções a seguir:
• aplicação de medidas provisórias;
• homologação de compromissos de preços;
• encerramento da investigação com a aplicação de medidas definitivas;
• suspensão, alteração ou prorrogação de medidas definitivas;
• encerramento de revisão dos direitos definitivos ou compromissos de preços.
A Camex responde diretamente à Presidência da República, conforme organograma do co-
mércio exterior brasileiro na Figura 1.
Presidência
da República
CAMEX
MRE MDIC Ministérioda Fazenda
Órgãos
Anuentes
Ministério
da Defesa
ANVISA
BACEN
Receita
Federal
DENOC
DEINT
DEPLA
DECEX
DECOM
SECOMS
MAPA
SECEX
Figura 1 – Organograma do Comex-Brasil
Fonte: Abracomex
Compras Governamentais
Conforme visto anteriormente, o Anexo IV B do Acordo de Marrakesh discorre sobre 
normas internacionais para compras dos governos dos países signatários do acordo sobre 
Compras Governamentais (Government Procurement Agreement – GPA). Lembramos 
que é um dos poucos acordos plurilaterais no âmbito da OMC, ou seja, do qual os mem-
bros podem optar por fazer parte ou não.
12
13
Compras governamentais são aquelas feitas por entes governamentais que destinam 
recursos para compras de bens, serviços e obras. No Brasil, é regulamentado pela Lei 
de Licitações n° 8.666 de 1993.
No período de implementação do GPA, o acordo era considerado obscuro e, por 
isso, poucos países decidiram participar. Além disso, existia uma forte visão de que 
o governo deveria priorizar as compras com empresas nacionais, com o intuito de 
propiciar o desenvolvimento interno da economia. 
Com vistas a ampliar o número de signatários, foram sendo feitas alterações no 
acordo, sendo que a última foi definida em 2012, embora só efetivada em 2014.
A partir dessa data, mais membros da OMC passaram a interessar-se pelas normas 
estabelecidas. Hoje são 48 signatários, 34 membros da OMC que participam dos 
comitês como observadores e 10 membros em processo de adesão ao GPA.
Você deve estar se perguntando: o que é e o que faz um membro observador?
O membro observador é aquele que age somente como observador nos comitês, 
podendo fazer parte das discussões que influenciam nas decisões futuras sobre o 
acordo, sem que tenha nenhum ônus. Em outras palavras, pode levantar questões 
de seu interesse visando, um dia, fazer parte do acordo.
Vejamos, então, o que diz o acordo e quais os itens implantados em suas revisões 
que fizeram aumentar o número de países interessados.
O GPA segue os princípios do Tratamento Nacional e da Não Discriminação 
frente a países signatários do acordo, considerando os bens e serviços constantes 
nas listas de compromisso de cada país signatário. Segue, também, o princípio de 
Transparência para o processo licitatório, incluindo, principalmente, a divulgação de 
leis e regulamentos relacionados às contratações públicas de cada signatário.
Dentre as normas, apresenta-se uma exceção geral na aplicação do acordo quando 
se tratar de segurança nacional, além de exceções para aplicação de medidas neces-
sárias para proteger a ordem, a moral, a segurança pública, a vida e a saúde de huma-
nos, animais e plantas, a propriedade intelectual, entre outras, desde que essas me-
didas não discriminem de forma arbitrária ou injustificada o fornecedor estrangeiro. 
Em sua última revisão, o acordo incluiu o princípio do Tratamento Especial e 
Diferenciado, garantindo que países em desenvolvimento possam ter um acesso gra-
dual e flexível ao acordo, podendo, temporariamente, fazer acordos de preferência 
de preço com outros países, estabelecer patamares de acesso mais altos e ampliar, 
gradativamente, a cobertura do acordo para entidades ou setores específicos. Assim, 
os países em desenvolvimento podem aderir ao acordo sem a obrigação da recipro-
cidade, comprometendo-se, inicialmente, somente com as regras procedimentais e 
o princípio de Transparência.
13
UNIDADE 
Defesas Comerciais e a Formação de Blocos Econômicos
Vimos, anteriormente, que o Brasil não era signatário do acordo no seu início. 
Somente em 2017 que ele se tornou membro observador do acordo. Com isso, o 
país passou a ter acesso aos documentos e comitês, podendo conhecer a posição 
dos outros signatários e discutir assuntos que interessam para o próprio país.
Em 2020, foi anunciada a adesão do país ao GPA. Para que ela se efetive, ainda 
serão necessárias a aprovação internacional através de negociações entre os mem-
bros do GPA sobre a oferta de cobertura de bens e serviços do Brasil e a verificação 
de que as leis brasileiras são condizentes com as normas do acordo. Após a aprova-
ção internacional, será necessária, por fim, a aprovação do congresso.
Entre os benefícios dessa adesão estão:
• A abertura de compras governamentais internacionais de outros países para 
empresas brasileiras;
• O aumento da concorrência;
• A maior transparência das compras governamentais, que pode contribuir para 
a queda na corrupção.
Blocos Econômicos
Depois da análise de todos esses acordos, fica claro que a concorrência interna-
cional está cada vez maior, tornando os mercados bastante competitivos. Por isso, 
muitos países não se limitam à OMC e se unem para alcançar mercados e au-
mentar a sua participação e influência no mundo, formando blocos econômicos, os 
quais proporcionam a redução de barreiras e consolidação de acordos entre eles.
O principal objetivo dessas uniões é a redução ou eliminação de tarifas ou impostos 
incidentes sobre mercadorias ou serviços comercializados entre os países membros. 
Normalmente são países com interesses comuns de crescimento econômico e social.
O conceito de bloco econômico é a formação de mercados regionais entres países a 
fim de dinamizar e integrar a economia de seus membros, através da livre circulação 
de mercadorias ou da redução dos impostos cobrados em importações. A tendência 
para a criação e difusão de blocos econômicos em todo o mundo aconteceu após o 
término da Guerra Fria, mas a sua prática começou a ocorrer após o final da Segunda 
Guerra Mundial (1939-1945).
Os blocos econômicos podem ser divididos em cinco modalidades:
• Zona de Preferência Tarifária: pode ser considerado o passo inicial para in-
tegração entre os países. Envolve tarifas preferenciais para certos produtos, 
tornando-os mais baratos do que para países fora do grupo. Exemplo: Associa-
ção Latino-Americana de Integração (ALADI) ;
14
15
• Zona de Livre Comércio: são acordos comerciais de redução ou até eliminação 
das tarifas alfandegárias e das burocracias tradicionais de uma importação nor-
mal entre os países membros do bloco. Exemplo: Acordo de Livre Comércio da 
América do Norte (NAFTA) ;
• União Aduaneira: aqui, além de reduzir ou eliminar as tarifas entre os países 
integrantes do bloco, é elaborada, também, condutas e regras de comércio para 
nações terceiras, que não façam parte do bloco, incluindo a definição de uma 
tarifa única a ser utilizada por todos os membros, conhecida como TEC (Tarifa 
Externa Comum). Exemplo: Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) ;
• Mercado Comum: mais amplo que os anteriores, implica em uma integração 
maior entre as economias e regras decomércio interno e externo, incluindo 
ainda a livre circulação de capitais, serviços e pessoas entre os países do bloco ; 
• União Aduaneira e Monetária: é o estágio máximo de ligação, com união eco-
nômica e monetária. Nessa quarta etapa, os países adotam uma mesma política 
de desenvolvimento e uma moeda única. Exemplo: União Europeia (EU).
Esses estágios são baseados nas fases ou categorias vividas pelos blocos, mas 
não há uma ordem obrigatória para sua criação. O único bloco que seguiu todos os 
passos citados foi a União Europeia, enquanto outros, já formados, não seguiram 
necessariamente essa ordem. 
Como se deu a formação dos primeiros blocos?
O primeiro bloco econômico, de maior relevância que se tem conhecimento, surgiu 
no fim da Segunda Guerra Mundial entre Bélgica, Holanda e Luxemburgo (BENELUX). 
Esse acordo trouxe diversas vantagens para seus participantes e atraiu novos países 
europeus ao longo do tempo. Assim, a Itália, a Alemanha e a França aderiram a esse 
grupo, formando a antiga Comunidade Econômica Europeia (CEE). Com o aumento de 
países aderindo ao grupo, em 1992, surgiu a atual União Europeia (UE).
O intuito inicial dos blocos como a BENELUX era viabilizar a recuperação dos 
países membros após a Segunda Guerra. Porém, foram se transformando para fa-
zer frente ao poderio econômico e influência dos Estados Unidos e da antiga União 
Soviética na economia mundial. Com o passar do tempo, outros blocos foram sendo 
criados com o objetivo de incrementar a economia de outros países em ascensão.
Em 1988, foi criada uma zona de livre comércio integrada por Estados Unidos, 
Canadá e México que levou o nome de NAFTA (North America Free Trade 
Agreement) e foi efetivada em 1992. Já na América do Sul, Bolívia, Peru, Equador 
e Colômbia formaram o chamado Pacto Andino, fundado em 1969, hoje conhecido 
como Comunidade Andina de Nações (CAN). Ainda no continente americano, Brasil, 
Argentina e Uruguai organizaram o Mercosul (Mercado Comum do Sul). Chegando 
ao mundo oriental, a formação de blocos econômicos foi marcada pela constituição 
da APEC (Asian-Pacific Economic Cooperation) – composta por Austrália, Brunei, 
Indonésia, Japão, China, Coreia do Sul, Malásia, Nova Zelândia, Papua nova Guiné, 
Filipinas, Peru, Chile, Rússia, Singapura, Tailândia, Vietnã, EUA, México e Canadá.
15
UNIDADE 
Defesas Comerciais e a Formação de Blocos Econômicos
Atualmente, a grande crise enfrentada pelos blocos econômicos vem colocando 
em risco esses acordos. No ano de 2011, por exemplo, a crise da União Europeia 
colocou em dúvida a permanência de países como Grécia, Espanha e Portugal nes-
se mesmo bloco. Em 2020, ocorreu a saída do Reino Unido, no famoso processo 
conhecido como Brexit (British Exit). Vários analistas colocam em dúvida a sobrevi-
vência dos blocos na economia internacional.
Principais Blocos Econômicos no Mundo
Vamos conhecer, então, os principais blocos econômicos atuais existentes no mundo?
União Europeia
É o maior bloco de integração da atualidade, não somente pela quantidade de 
membros, mas pelo número de acordos e diversidade de medidas. Conhecido inicial-
mente como Comunidade Econômica Europeia (CEE), possui, atualmente, 27 países-
-membros. Tem como características uma forte dinâmica econômica e comercial, um 
elevado nível de organização, que serve como exemplo aos demais blocos emergen-
tes, e inclui a livre circulação de pessoas entre as nações que fazem parte do bloco.
Figura 2
Fonte: Wikimedia Commons
Dos 27 países, a maioria adotou a moeda comum que é o Euro, porém, nem todos 
os membros aderiram à moeda – como a Finlândia, por exemplo. O objetivo da utili-
zação de uma única moeda é reduzir problemas com transações cambiais. Como dito, 
em 31 de janeiro de 2020, o Reino Unido deixou de fazer parte desse bloco, contudo, 
existem negociações para o ingresso de alguns países como Montenegro e Turquia, e 
outros que figuram, ainda, como candidatos, a exemplo de Sérvia e Macedônia.
Vejamos, então, os países participantes desse bloco hoje: Alemanha, Hungria, 
Áustria, Irlanda, Bélgica, Itália, Bulgária, Letônia, Chipre, Lituânia, Croácia, 
Luxemburgo, Dinamarca, Malta, Eslováquia, Países Baixos, Eslovênia, Polônia, 
Espanha, Portugal, Estónia, Finlândia, República Checa, França, Romênia, Grécia 
e Suécia.
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NAFTA
Como vimos, o NAFTA é o Tratado Norte-Americano de Livre comércio en-
tre Estados Unidos, México e Canadá. Note que o Chile faz parte desse acordo 
como associado.
Figura 3
Fonte: Adaptada de Fotolia
Esse bloco tem como objetivos:
• Reduzir as barreiras alfandegárias, visando aumentar o fluxo de mercadorias 
entre os países-membros;
• Diminuir os custos comerciais entre os membros com a redução de tarifas;
• Aumentar o percentual de exportação;
• Adquirir maior competitividade no mercado mundial.
Esse bloco enfrenta problemas internos com relação a divergências sobre algumas 
normas, principalmente vindas do México, que é o país menos desenvolvido do bloco. 
Temia-se que os efeitos do NAFTA pudessem impactar na taxa de desemprego e na 
movimentação de capital.
Assim, um bloco com potência para crescer e concorrer com outros blocos viu um 
resultado diferente do esperado, pois ocorreu, de fato, uma concentração de capital 
no México, já que muitas empresas dos EUA e Canadá entraram no México para 
aproveitar a mão-de-obra mais barata e um aumento da taxa de migração ilegal dos 
mexicanos para os Estados Unidos.
APEC
A Cooperação Econômica Ásia-Pacífico é um bloco diferente, pois não apresenta 
a proximidade geológica como os outros, já que países de diferentes continentes 
fazem parte dele.
Figura 4
Fonte: apec.org
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UNIDADE 
Defesas Comerciais e a Formação de Blocos Econômicos
Iniciou em 1989 como um fórum econômico chamado ASEAN (Association of 
the SouthEast Asian Nations), no qual foram discutidas regras para a criação do 
bloco entre os seus participantes da região do pacífico e alguns parceiros como EUA 
e Japão. Em 1993, o bloco foi oficializado com o objetivo de:
• Cooperação econômica e técnica;
• Liberação comercial e de investimentos;
• Facilitação dos negócios entre os membros.
Formado, em sua maioria, por países em fase de crescimento econômico, o bloco 
representa mais da metade do PIB mundial e tende a crescer, pois o desenvolvimento 
deles está baseado no conhecimento, uma vez que o crescimento se dá nas áreas 
como informática e tecnologia.
São membros da APEC: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, China, Indonésia, 
Japão, Coreia do Sul, Malásia, México, Nova Zelândia, Papua Nova-Guiné, Peru, 
Filipinas, Rússia, Singapura, Tailândia, Vietnã e Estados Unidos.
Um aspecto estratégico dessa aliança é aproximar a economia norte-americana dos 
países do Pacífico.
ALCA
É importante conhecermos a Área de Livre Comércio das Américas, porém, esse 
é um bloco ainda não concretizado devido às divergências entre os países. Fariam 
parte desse bloco todos os países das Américas, com exceção de Cuba.
Figura 5
Fonte: Wikimedia Commons
A ALCA foi idealizada pelos EUA e as discussões pararam em 2005. Os países 
em desenvolvimento viam o acordo como uma forma dos EUA controlar o mercado 
das Américas. Já para alguns norte-americanos, o acordo não era bom, pois propi-
ciaria a saída de empresas para os países em desenvolvimento, devido à mão de obra 
mais barata, fazendo com que a oferta de emprego nos EUA fosse reduzida.
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Outra grande preocupação dos países latino-americanos são as barreiras não tari-
fárias que são aplicadas pelos EUA. Apesar da livre circulação de mercadorias, essas 
barreiras continuariam a dificultar a entrada de produtos naquele mercado.
Caso a formação desse bloco se efetive, os países membros serão: Antígua e 
Barbuda, Argentina, Bahamas, Barbados, Belize, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, 
Colômbia, Costa Rica, Dominica, El Salvador, Equador, Estados Unidos, Granada, 
Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Jamaica, México, Nicarágua, Panamá, 
Paraguai, Peru, República Dominicana, SantaLúcia, São Cristóvão e Neves, São 
Vicente e Granadinas, Suriname, Trinidad e Tobago, Uruguai e Venezuela.
Mercosul
Vejamos, então, um bloco econômico do qual o Brasil faz parte. Esse é o 
Mercosul ou Mercado Comum do Sul. Foi constituído em 1991 entre Brasil, 
Argentina, Paraguai e Uruguai, com a assinatura do Tratado de Assunção.
Figura 6
Fonte: Wikimedia Commons
O início se deu com a livre movimentação de produtos e serviços entre os mem-
bros. Depois foi implantado o uso da TEC (Tarifa Externa Comum), o que configu-
rou uma mesma política comercial entre os países. Assim, passou de Zona de Livre 
comércio para União Aduaneira. 
O objetivo era culminar em um Mercado Comum, porém, as negociações não 
estão tão avançadas, isso devido à forte crise econômica e à instabilidade política que 
ocorre na América do Sul, fazendo, inclusive, com que alguns membros colocassem 
medidas protecionistas frente a outros, o que afasta ainda mais a evolução do bloco.
De qualquer forma, o Mercosul é a quinta maior economia do mundo, consi-
derando o PIB internacional, sendo que aproximadamente 90% das mercadorias 
fabricadas nos países-membros podem ser comercializadas internamente sem tarifa 
de importação.
Os países participantes são os presentes em sua fundação (Brasil, Argentina, Uruguai 
e Paraguai), além da Venezuela, a qual está suspensa do bloco por descumprimento 
do Protocolo de Adesão. Todos os demais países sul-americanos participam como 
Estados Associados do Bloco, incluindo a Bolívia, que está em processo de adesão.
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UNIDADE 
Defesas Comerciais e a Formação de Blocos Econômicos
Outros blocos econômicos
Além dos principais blocos listados acima, é interessante conhecer, também,
outros, como:
• CEI – Comunidade dos Estados Independentes: é a formação econômica 
constituída pelos países que faziam parte da antiga União Soviética (URSS), 
com exceção de Estônia, Letônia e Lituânia ;
• UA – União Africana: baseada no modelo da União Europeia, é composto por 
54 países do continente africano ;
• Aliança do Pacífico: composta por México, Colômbia, Peru e Chile ;
• CARICOM – Mercado Comum e Comunidade do Caribe: tem como membros 
14 países e 4 territórios, que são: Barbados, Guiana, Jamaica, Trinidad e Tobago; 
Antígua e barbuda, Belize, Dominica, Granada, Santa Lúcia, São Vicente e 
Granadinas, São Cristóvão e Névis; Suriname; Bahamas (tornou-se membro 
em 1983, mas não participa do mercado comum), Haiti (foi admitido em 1997, 
porém suas condições de acesso ainda não foram concluídas); Montserrat; ilhas 
Virgens Britânicas, Ilhas Turks e Caicos; Anguilla ;
• CAN – Pacto Andino ou Comunidade Andina: seus membros são Bolívia, 
Colômbia, Equador, Peru e Venezuela ;
• Unasul – União das Nações Sul-Americanas: composto por Bolívia, Colômbia, 
Equador, Peru, Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, Venezuela, Chile, Guiana e 
Suriname. Tem como membros observadores o Panamá e o México. A ideia aqui 
é fazer uma integração sul-americana, conjugando os integrantes do Mercosul 
com os integrantes da Comunidade Andina ;
• ALADI – Associação Latino-Americana de Integração: visa à implantação, de 
forma gradual e progressiva, de um mercado comum latino-americano. Os países 
participantes são: Bolívia, Equador, Paraguai, Uruguai, Chile, Colômbia, Peru, 
Venezuela, Cuba, Panamá, Argentina, Brasil e México.
Existem muitos outros blocos econômicos e inúmeros acordos entre os blocos ou 
entre os blocos e países específicos.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Conexão Mundo – A formação dos blocos econômicos ( Parte 1)
https://youtu.be/Wyb2U4kLPMw
Conexão Mundo – A formação dos blocos econômicos (Parte 2)
https://youtu.be/Kf-CCiWxj6E
 Leitura
O Acordo de Compras Governamentais da OMC: avaliando o escopo para compras verdes
https://bit.ly/2xWLSSQ
Entenda o Brexit e seus impactos em 8 perguntas
https://bbc.in/2RmNITN
A defesa comercial no Brasil segundo a Organização Mundial do Comércio
https://bit.ly/2xgr0Wy
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UNIDADE 
Defesas Comerciais e a Formação de Blocos Econômicos
Referências
BLIACHERIENE, A. C. Defesa comercial: dumping, antidumping, subsídios, medidas 
compensatórias, medidas de salvaguarda. São Paulo: Quartier latin, 2007.
BRASIL. GATT - Acordo sobre a Implementação do Artigo VII do Acordo Geral 
sobre Tarifas e Comércio (1994). Disponível em: < http://planalto.gov.br/ccivil_03/
decreto/D2498.htm >. Acesso em: 06 abr 2020.
 _______. Ministério da Economia Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Acordos da 
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Comercial. [20--]b. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/index.php/comercio-
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como observador no Acordo de Compras Públicas (GPA). 23 ago. 2017. Disponível 
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ingresso-do-brasil-como-observador-no-acordo-de-compras-publicas-gpa >. Acesso em: 
30 jan. 2020.
BROGINI, G. D. OMC e Indústria Nacional: as salvaguardas para o desenvolvimento. 
São Paulo: Aduaneiras, 2004.
DUAILIBI, J. Abertura de compras governamentais a estrangeiros tem que passar pelo 
Congresso. G1, 21 jan. 2020. Disponível em: <https://g1.globo.com/politica/blog/
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MERCOSUL. Saiba mais sobre o Mercosul. [s.d.]. Disponível em <http://www.
mercosul.gov.br/saiba-mais-sobre-o-mercosul >. Acesso em: 04 fev. 2020.
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SOUSA, R. G. Blocos Econômicos. Brasil Escola, Disponível em <https://brasilescola.
uol.com.br/historiag/blocos-economicos.htm >. Acesso em: 31 jan. 2020.
VIEIRA, E. R. de P. A versão revisada do acordo de compras públicas da OMC: uma 
oportunidade? ES Economia de Serviços, 01 jun. 2017. Disponível em: <https://
economiadeservicos.com/2017/06/01/a-versao-revisada-do-acordo-de-compras-
publicas-da-omc-uma-oportunidade/ >. Acesso em: 30 jan. 2020.
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