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FORMAÇÃO DO EMBRIÃO: 1ª SEMANA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO Durante as primeiras semanas de desenvolvimento humano, podemos observar os processos de fecundação, clivagem do zigoto, formação do blastocisto, desenvolvimento do disco embrionário bilaminar, a gastrulação, a neurulação, os anexos embrionários e o dobramento do embrião. FECUNDAÇÃO · Sequência de eventos moleculares coordenados, que se inicia com o encontro dos gametas e finaliza com o encontro do zigoto. · Local ideal para fecundação: ampola da tuba uterina · Se a fecundação não ocorrer na tuba, o ovócito chega no útero, se degenera e é reabsorvido · Dura em torno de 24 horas FASES DA FECUNDAÇÃO 1. Passagem do espermatozoide através da corona radiata (HIALURONIDASE) · 3 fatores que ajudam a atravessar a corona radiata: · Enzima acrossomal hialuronidase, que auxilia na passagem do espermatozoide entre as células da corona radiata · Batimento do flagelo do espermatozoide · Tuba uterina libera secreção auxilia na separação das células da corona radiata 2. Penetração da zona pelúcida (esterases, ACROSINA e neuraminidase): reação zonal –muda suas propriedades químicas e torna-se impermeável aos outros espermatozoides 3. Fusão das membranas plasmáticas do ovócito II e do espermatozoide – entra a cabeça e a cauda (se degenera) do espermatozoide para dentro no ovócito. A membrana plasmática e as mitocôndrias do espermatozoide não adentram o ovócito 4. Término da segunda divisão meiótica e formação do pronúcleo feminino - entrada do espermatozoide estimula o termino da segunda divisão meiótica, dando origem ao ovócito maduro e o segundo corpúsculo polar (que posteriormente se degenera). O núcleo volta a se formar. Como é grande, recebe o nome de pronúcleo feminino 5. Formação do pronúcleo masculino, formação do oótide. Cauda do espermatozoide degenera, o núcleo masculino cresce e dá origem ao pronúcleo masculino. Célula com dois pronúcleos recebe o nome de oótide 6. Fusão dos pronúcleos, forma-se o zigoto FERTILIZAÇÃO - Estimula o ovócito a completar a 2ª divisão meiótica - Restaura o número diploide normal de cromossomos - Resulta na variação da espécie humana - Determina o sexo cromossômico do embrião - determinação cromossômica - Causa a ativação metabólica do oótide e inicia a clivagem do zigoto CLIVAGEM DO ZIGOTO · Inicia-se cerca de 30 horas após a fecundação · Quando já existem de 12 a 32 blastômeros: mórula - massa compacta de células (3 dias após a fecundação) · Acontece ainda na tuba uterina · Zona pelúcida: limita o tamanho da concepto FORMAÇÃO DO BLASTOCISTO · 4 dias após a fecundação, ele chega no útero · No útero, o concepto flutua na secreção uterina por 2 dias · Essa secreção consegue ultrapassar a zona pelúcida (é destruída) e as células, formando uma cavidade no meio dessas células - CAVIDADE BLASTOCÍSTICA ou BLASTOCELE · Com a formação da cavidade, as células vão se reorganizar · Separação dos blastômeros em 2 partes: · TROFOBLASTO, que formará a parte embrionária da placenta · EMBRIOBLASTO, que formará o embrião · Secreção uterina destrói a zona pelúcida · 6 dias após a fecundação, o blastocisto se adere superficialmente ao endométrio (epitélio endometrial) materno · Quando o trofoblasto se liga ao endométrio, estimula o surgimento do Citotrofoblasto (camada que reveste o trofoblasto) e Sinciciotrofoblasto (massa multinucleada de células que invade o endométrio materno - responsável pelo processo de implantação) · Em torno de 7 dias, o hipoblasto surge na superfície do embrioblasto e forma o teto da cavidade blastocística · No fim da primeira semana, o blastocisto está superficialmente implantado no endométrio SEGUNDA SEMANA · 6º ao 10º dia: continua o processo de implantação · Término da implantação e continuação do desenvolvimento embrionário · Sinciciotrofoblasto: inicia a invasão do endométrio materno – gonadotrofina coriônica humana (hCG) - estimula o corpo lúteo a secretar estrógeno e progesterona · Células decíduas sofrem apoptose e liberam glicogênio (fonte de nutrição para o embrião) · FORMAÇÃO: · Cavidade amniótica · No meio das células do embrioblasto surge uma cavidade · Células do embrioblasto que revestem a cavidade amniótica se diferenciam e dão origem aos amnioblastos, formando o âmnio (reveste a cavidade amniótica) · Disco embrionário bilaminar · O embrioblasto dá origem ao epiblasto (formado na segunda semana) e hipoblasto (formado na primeira semana) · COMPLETAR · Vesícula umbilical primitiva · Cavidade blastocística recebe o nome de cav. Exocelômica · Lateralmente, surge uma membrana que recebe o nome de membrana exocelômica · Cav. Exocelômica + membrana exocelômica + hipoblasto · Hipoblasto pode ser chamado de endoderma extraembrionário. Células do hipoblasto secretam mesoderma extraembrionário · O fluido dos espaços lacunares (embriotrofo) passa por difusão para o disco embrionário e fornece material nutritivo ao embrião · Circulação uteroplacentária primitiva (o sangue oxigenado das artérias endometriais passa para as lacunas e o sangue pobremente oxigenado é removido pelas veias endometriais) · 10º dia completamente implantado · DESENVOLVIMENTO · Celoma extraembrionário: espaços isolados (ESPAÇO CELÔMICO EXTRAEMBRIONÁRIO) surgem no meio do mesoderma extraembrionário. Esses espaços vão se fusionar e formar o celoma extraembrionário · Vesícula umbilical secundária: com a formação do celoma, a vesícula umbilical primitiva diminui de tamanho e torna-se um resquício (podendo desaparecer). Antes de seu desaparecimento, a célula hipoblasto dá origem à vesícula umbilical secundária (menor) · O mesoderma está dividido em dois: · Mesoderma somático extraembrionário: reveste externamente as camadas do trofoblasto e o âmnio · Mesoderma esplâncnico extraembrionário: reveste a vesícula umbilical · DESENVOLVIMENTO DO SACO CORIÔNICO · Córion: parede do saco coriônico. É formado pelo mesoderma somático extraembrionário e pelas 2 camadas do trofoblasto (sinciciotrofoblasto e citotrofoblasto) · Saco coriônico: embrião, cavidade amniótica, vesícula umbilical · Celoma extraembrionário torna-se CAVIDADE CORIÔNICA · Fim da segunda semana: surgimento das VILOSIDADES CORIÔNICAS PRIMÁRIAS · Se formam a partir da proliferação do citotrofoblasto, formando um grupo de células (colunas celulares) e invadem o sinciciotrofoblasto. Estas células são as vilosidades coriônicas primárias · No último dia da segunda semana as células do hipoblasto adquirem o formato colunar. Células do hipoblasto e do epiblasto no mesmo formato = PLACA PRÉ-CORDAL (dão origem à boca e organizam a cabeça) · Início primitivo da formação das estruturas da placenta RESUMO DA SEGUNDA SEMANA · Blastocisto completa sua implantação · Embrioblasto origina o disco embrionário bilaminar: epiblasto e hipoblasto · Vesícula umbilical primitiva diminui e forma a vesícula umbilical secundária · Desenvolvimento do mesoderma extraembrionário · Surgimento da cavidade amniótica · Formação do saco coriônico · Formação da placa precordal.
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